Jornal Locomotiva 55

8
Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 25 de fevereiro - sábado - nº55 - Distribuição Gratuita Acabou a festa. Começou o ano ‘Carnaloucura’ recebe milhares de foliões, mas cidade sofre com arrastão | Págs 4 e 5 Pai de Rayane ainda espera justiça | Pág 5 Irmãos na política. Mais um Cecchettini pode ser prefeito na região | Pág 3 Padaria do Bahia. Prazer em servir bem | Pág 6

description

25 de Fevereiro de 2012

Transcript of Jornal Locomotiva 55

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva25 de fevereiro - sábado - nº55 - Distribuição Gratuita

Acabou a festa. Começou o ano‘Carnaloucura’ recebe milhares de foliões, mas cidade sofre com arrastão | Págs 4 e 5

Pai de Rayane ainda espera justiça | Pág 5

Irmãos na política. Mais um Cecchettini

pode ser prefeito na região | Pág 3

Padaria do Bahia. Prazer em servir bem | Pág 6

E enfim 2012 começa. O carnaval passou e não deixou marcas que pos-sam ser lembradas pelas próximas

gerações. Não tivemos desfiles das nossas escolas de samba pelas ruas do centro e nem a ansiedade da apresentação de fantasias de personagens que até hoje fazem parte de nossas lembranças infanto-juvenis. Também não ouvimos as marchinhas tocadas pelas bandas no Paulo Rogério – em reforma há muitos meses além do prazo previsto para entrega – e os concursos das crianças mais bem vestidas do carnaval franco-rochense.

Mas tivemos festa. E, embora a pre-ocupação com a segurança não tenha sido suficiente para proteger os comer-ciantes de prejuízos, a população marcou

presença. A nossa população tão carente de eventos culturais de qualidade e que não vê incentivos suficientes para novos artistas, costuma lotar a praça sempre que algo é oferecido. Mas ainda é pouco. A proximidade da eleição tenta maquiar a falta de eventos de cultura genuína com grandes apresentações, geralmente com arte emprestada de outras cidades.

Uma pena que nossas crianças estejam privadas de aprender as próprias tradições culturais. Uma oportunidade para que os pais repensem as suas prioridades e exijam um pouco mais de seus direitos. Porque cultura e lazer também fazem parte de uma administração que pensa, de fato, nos cidadãos.

Hora de tirar a fantasiaPassados o tríduo momesco, tá na hora de tirar a fantasia. Começamos efetivamente o ano de 2012, que promete muitas emoções. Esquentam os preparativos para a disputa eleitoral, quando a população escolherá seus governantes municipais.

Em CaieirasO grande atingido seria Névio Dártora, que em 2010 já teve dificuldades para garantir seu registro. Nesse cenário a disputa ganharia novo vigor, entre o atual prefeito, Roberto Hamamoto (PSD), e Miranda (PT).

No alvoEm Francisco Morato, Andréa também estaria sob risco. Coincidentemente, ambos são do PSDB.

PTBO partido também está otimista. Waldomiro Ramos, membro da executiva estadual, fez um giro pela região, em reuniões com as executivas locais para avaliar o quadro. Sairão com candidato

EDITORIAL

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

co Morato e Mairiporã.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e Editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

a prefeito em Mairiporã (vereador Du), manterão o vice em Caieiras e poderão ter candidato em Francisco Morato (vereador Liro). Em Franco da Rocha estão decidindo que caminhos tomar.

Deu na GloboFranco de Rocha de novo na telinha: o SPTV denuncia a falta de iluminação na Travessa Geraldo Viola, no bairro do Pouso Alegre. A prefeitura teria prometido instalar as luminárias, mas continuam na escuridão. Agora estão prometendo instalar até 2 de junho.

Direito de respostaO empresário Rubens M. de Aguiar Junior, contratado da Prefeitura para recolher os cavalos das ruas por cerca de R$ 6,5 mil mensais encaminhou e-mail ao jornal explicando que sua empresa possui uma grande estrutura e que, portanto, o valor não é considerável. Além disso, disse que o serviço começou recentemente e que está em fase de acertos. Aproveitou para avisar a população que chame o controle de zoonoses (telefone 4444-5550 ramais 209 ou 210) quando avistar animais à solta.

NOS TRILHOS

Carta do Leitor

“Moro aqui desde que nasci e nunca vi tanto des-caso com o nosso “jardim”. Simplesmente há mais de 6 meses não recebemos ne-nhuma manutenção nos brinquedos dos parquinho, não há nenhuma remoção do matagal que cresce em todo o canteiro central da avenida e muito menos aparamento da grama, que deveria enfeitar a avenida e que ao contrário disso, deixa tudo com um aspecto péssimo.

As crianças já não brin-cam mais por aqui e nem podemos usar os banco – já que estão cobertos pelo mato alto.

Minha indignação é gran-de, porque eles sempre aparecem perto da eleição, deixam tudo certo para

ganhar os votos por aqui, mas fora desse período é esse abandono que assistimos.

Não estou pedindo muito, só fiscalização, manuten-ção e atenção ao que eles se

Abandono na Av. Giovanni Rinaldi

propuseram a nos oferecer aqui”.

José Jonas da Silva dos San-tos, 27, morador da Avenida Giovani Rinaldi - parte baixa do Parque Vitória

2 25 de fevereiro- sábado - nº 55 - Distribuição Gratuita Locomotiva

A proximidade das eleições municipais vem movimentando o cenário po-lítico de nossa região. Eleito prefeito de Franco da Rocha em 2004, sem jamais ter dis-putado outra eleição, Márcio Cecchettini se valia dessa condição em seu discurso. Empresário, ex-presidente da Associação Comercial e In-dustrial de Franco da Rocha, Márcio, o então “candidato do bem” era o não-político, o empreendedor que não fazia parte da classe política tradicional. O discurso en-caixou e Márcio elegeu-se e reelegeu-se prefeito.

Com o sucesso eleitoral, Cecchettini dá mostras de que

tomou gosto pela coisa e que pretende seguir na política, firmando sua posição como líder regional, se capacitando para, quem sabe, alçar vôos mais altos.

Em Franco da Rocha, Márcio assumiu o controle municipal do partido em 2007, vencendo a disputa interna com o ex-deputado estadual Widerson Anzelot-ti, com as bênçãos do então governador José Serra. Para a sucessão, no entanto, a aposta é em Pinduca, vereador por dois mandatos que acabou compondo chapa com o pre-feito para a reeleição. Pinduca é um tucano de primeira viagem e ainda assim por

acidente: entrou no partido às pressas, no final do prazo para concorrer às eleições, quando a coligação perdeu o PMDB, que acabou lançando Roberto Seixas.

Entretanto, em outras ci-dades da região, ao que tudo indica Cecchettini está engaja-do na campanha de candidatos do PV (Partido Verde), contra candidatos de seu partido. Em Mairiporã, o apoio iria para o Dr. Marcio Pampuri, ainda que o prefeito Aiacyda, que também é tucano, já tenha anunciado que sua candidata é a secretária de Educação, Leila Rampazzo.

Em Francisco Morato, no entanto, a articulação ganha

contornos mais evidentes: Marcelo Cecchettini, irmão do prefeito de Franco da Rocha, já se anuncia como pré-can-didato à Prefeitura pelo PV, contra o atual prefeito Zezinho Bressane e a ex-prefeita do PSDB Andréa Pelizari. Chega a aparecer em fotos de eventos oficiais ao lado do irmão, em evidente campanha.

A única cidade da região onde Cecchettini caminha-ria junto com seu partido é Caieiras, onde o candidato pode ser o ex-prefeito Névio Dártora, ainda que Pinduca tenha pregado voto no atual prefeito Roberto Hamamoto (PSD) em evento público no ano passado.

A inserção de Márcio na política regional tem a ver com seu futuro político, onde ele seria candidato a deputado estadual em 2014. Segundo fontes próximas aos Cecchettini chegou a ser co-gitada uma candidatura já em 2010, plano que foi abortado pela apreensão de dinheiro na gaveta de secretários mu-nicipais em 2009.

O desprezo pelo PSDB na construção deste projeto, no entanto, têm incomodado as lideranças regionais e esta-duais. O caso mais grave é em Francisco Morato, onde a ex-prefeita Andréa tem criti-cado abertamente o prefeito de Franco.

Movimentações políticas causam mal-estar entre partidos

O Governador Geraldo Alckimin entre os irmãos Marcelo e Mário Ceccettini

325 de fevereiro- sábado - nº 55 - Distribuição GratuitaLocomotiva

Carnaval e loucura

Tudo foi organizado para oferecer aos foliões da cidade cinco dias de carnaval. Este ano, com o sugestivo nome de “Carnaloucura”, o carna-val da cidade foi realizado utilizando uma área coberta com mais de 2 mil metros quadrados, palco para apre-sentação de escolas de samba de São Paulo e som de qua-lidade, além da segurança e atendimento médico.

O ‘Carnaloucura’ aconte-ceu entre os dias 17 e 21 de fevereiro e reuniu milhares de pessoas, no Parque da Ci-dadania Benedito Bueno de Morais. Entre as atrações, o evento contou com apresen-tações concorridas das escolas de samba Acadêmicos do Tu-curuvi, Leandro de Itaquera,

Nenê da Vila Matilde e Vai--Vai, todas do grupo especial de São Paulo.

Apesar da qualidade das atrações e do sucesso de público, representantes de algumas associações culturais da cidade, como a Associação Cultural do Véio, da Vila Bela, e da Viva Vila, da Vila Ramos, reclamaram da falta de incen-tivo à cultura local. De acordo com eles seria importante o resgate da cultura local, com o incentivo às escolas de samba franco-rochenses.

Outro ponto questionado diz respeito ao nome es-colhido pela Secretaria de Cultura, ‘Carnaloucura’ que, segundo muitos munícipes, sugeria uma comemoração nada familiar.

4 25 de fevereiro- sábado - nº 55 - Distribuição Gratuita Locomotiva

A Elite da Farra em par-ceria com a Mel Produções realizou nos dias 20 e 21 de fevereiro (segunda e terça de carnaval) a Omega Folia A festa, que ficou sob o comando de Fernanda Nunes, vocalista da banda Fuxico, e que coman-dou um público de mais 300 pessoas na Choperia Omega.

Fernanda sacudiu a galera com as famosas marchinhas de carnaval, além de muito axé entre outros gêneros que embalam os grandes bailes de carnaval.

A grande perfomance, en-tretanto, ficou por conta da drag queen Lilian Paixão, que levou o público ao delírio na segunda noite do evento.

O Omega Folia foi o primeiro

Tumulto se espalhou pelas ruas do centro

A louvável ação da prefei-tura para retomar o Carnaval de rua na cidade teve, entre-tanto, um saldo negativo. Foliões e comerciantes da cida-de assistiram um espetáculo de vandalismo depois do fecha-mento dos portões do Parque. Ruas como a Hamilton Prado e a Avenida dos Expedicioná-rios foram os principais alvos do arrastão que se instalou na madrugada de segunda (20) para terça-feira (21).

Segundo as vítimas, por ter sido acionada em diversos pontos da cidade e simulta-neamente, a polícia quase não deu conta do tumulto.

De acordo com o relato do taxista Jairo da Silva, atingi-do na perna por uma bala de borracha, o tumulto começou quando os portões do Parque da Cidadania foram fechados, assim que a organização atin-giu sua capacidade máxima. “A multidão iniciou uma fes-ta paralela e a polícia tentou dispersar o pessoal, mas os policiais foram recebidos com garrafas e outros objetos. A polícia respondeu com balas de borracha e fez com que toda aquela ‘boiada’ fosse tomando conta da cidade”, comentou.

Jairo contou ainda que ele e outros amigos do ponto

deixaram o carro e saíram correndo, pois a multidão ame-açava atingir os veículos, mas foram contidos pela policia.

Maria Santos Rosa, 42, que levava os filhos para curtir o carnaval, explica que viu quando a multidão chegou até a Hamilton Prado. “Assim que eles seguiram sentido a rua Hamilton Prado, eu peguei meu pessoal e mudei o rumo. Estavam bêbados e gritando bobagens pela rua, foi algo deprimente”.

Não satisfeito, o grande grupo seguiu rumo ao Pos-to Zebrinha e foi contido pela força policial instalada

no local. “Eles vieram nes-sa direção, mas a polícia estava toda aqui. Então dis-persaram”, comenta um dos funcionários do posto.

Outro grupo seguiu para a Avenida dos Expedicioná-rios. Lá, primeiro saquearam o Auto Posto Veneza. “Foi uma confusão, eles entraram na loja, levaram coisas sem pagar, mas não houve violên-cia. Lá fora, a policia conteve a multidão – que chegou a assustar nossos funcionários”, comenta Ivanilda Maria dos Santos, gerente do Veneza, que teve a ação registrada pelas câmeras de segurança

do estabelecimento.Em seguida, o grupo

quebrou as portas do su-permercado O Dia. Já com as portas consertadas, a gerente do supermercado, Elizete Rodrigues, comenta que pela abertura feita na porta era possível a invasão, mas que a loja não chegou a ser invadida. “Temos câ-meras de segurança que não registraram nenhuma mo-vimentação interna. Foi a primeira vez que sofremos esse tipo de problema e ago-ra contratamos seguranças para inibir novas investi-das”, desabafa.

Carnaval LGBT foi a grande novidade. E sem bagunçaCarnaval LGBT de Franco da Rocha e a equipe de organiza-dores ficou bastante satisfeita com o resultado. “Nossa inten-ção foi desmistificar, quebrar tabu mesmo, pois muitos

atrelam a ideia de carnaval GLS com orgias e coisas do tipo. Nós provamos que não é assim. Foi uma diversão sadia e que contribuiu para derru-bar preconceitos “, afirma Erol

Wolhrs, um dos organizadores.“Nossa intenção foi atingida,

pois propusemos um carnaval animadíssimo, em um am-biente familiar. Todo mundo se divertiu demais” completa.

A Omega Folia contou com a discotecagem dos DJs Rodrigo Fee e Evando Skoll, e a apresentações das transformistas Diana Dhi e Rhyllary Spears.

Jairo Silva

525 de fevereiro- sábado - nº 55 - Distribuição GratuitaLocomotiva

Atualmente, as padarias e confeitarias representam 36,05% do faturamento do setor de food service e se comparado a outros setores ligados à alimentação e varejo, obtiveram desempenho supe-rior aos de supermercados e hipermercados, seus concor-rentes diretos.

Em Franco, confirmando toda essa estatística, está a Padaria do Bahia, na Vila Bel-miro. O local já está pequeno para a demanda do bairro e por ter uma clientela fiel, Bahia já investe no aumento do espa-ço. “Aos finais de semana, a fila do pão é enorme”, comemora.

José do Carmo de Souza Fontes, o Bahia, teve o que o marketing chama de visão de negócio. Há quase dois anos, em um passeio pelo bairro, onde havia ido pou-cas vezes, se encantou com o ponto onde hoje é a padaria.

Padaria do Bahia é exemplo de força do setor

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.AQUI TEM

“Conversei por aqui e desco-bri que as pessoas recebiam o pão de longe, isso me deu a ideia. Desde o primeiro dia que abri as portas, a aceitação foi ótima”, explica.

São 1300 pães por dia e aos finais de semana esse número dobra. Um dos grandes di-ferenciais é o sabor – o pão da padaria do Bahia, que há poucos meses ganhou um grande concorrente, não saiu da mesa dos moradores do bairro porque tem qualidade.

“Estamos crescendo, então o local já está ficando peque-no. Nossa ideia é ampliar e oferecer tudo que a popula-ção daqui precisa em termos de padaria. Hoje, mesmo desse tamanho, inovamos fazendo tipos de pães dife-rentes, revisitando fórmulas já usadas, enfim, tudo pra oferecer novidade e qualida-de à clientela”, finaliza.

Padaria do BahiaRua Primavera, 21 – Vila Belmiro(11)9437-5760

No último dia 10 de fevereiro o vereador Bebé (PT) participou de evento comemorativo dos 89 anos do aniversário da Previdência Social no município de Jundiaí. Na ocasião aproveitou para cumprimentar o ge-

rente executivo do INSS da regional de Jundiaí, Eudis Urbano dos Santos, que afirmou que nas primeiras semanas de março será avaliado o solo da área onde será instalada a nova agência de Franco da Rocha.

A Rua Gracinda Cardoso, no Parque Monte Verde, teve que ser interditada. O motivo é uma imensa

cratera que se formou sob ela e que ameaça a segurança de pedestres e motoristas.

Ponto positivo Ponto negativo

6 25 de fevereiro- sábado - nº 55 - Distribuição Gratuita Locomotiva

Caso Rayane: pai continua em busca de justiça

No dia 3 de novembro de 2011, com ape-nas 21 dias de vida, Rayane Aparecida Fidencio Melo chegou à Praça da Saúde com sintomas sérios, como tosse, cianose e desmaio. Segun-do os pais, Gerson Euzébio de Melo e Raquel Fidencio, o médico de plantão Dr. Oswaldo Silva Junior os atendeu com descaso e diagnosticou Rayane com alergia de fumaça de cigarros e

sabão para roupas. Após voltarem várias vezes no mesmo dia e nos dias que se seguiram, os pais rodaram a região em busca de atendi-mento e com a criança quase entrando em óbito chegaram na Santa Casa, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, onde Rayane foi diagnosticada e internada com coqueluche. A família inteira teve que ficar de quarentena.

Gerson Euzébio de Melo, pai da menina Rayane Aparecida Fiden-cio Melo que, com apenas 21 dias de vida foi vítima de negligência médica no Pronto Atendimento da Praça da Saúde, protocolou na última sexta-feira (17) uma denúncia no Conse-lho Regional de Medicina contra o médico plantonista Dr. Oswaldo Silva Junior e todo o sistema municipal de Saúde de Franco da Rocha.

No documento, Gerson

Entenda o caso

relata todo o drama vivido por ele e pela família que não conseguia atenção adequada do médico que, apesar dos graves sintomas apresenta-dos pela criança, dizia apenas que aquilo era alergia.

Alem do descaso no aten-dimento, Gerson denuncia uma ameaça que, segundo ele, teria sofrido pelo médi-co. Pede ainda averiguação do órgão nos atendimentos feitos na Praça da Saúde e nas UBS´s da cidade.

Gerson já protocolou

denúncias no Ministério Publico e na própria pre-feitura e ainda aguarda pareceres.

“Eu não vou desistir porque o que aconteceu com minha filha, acontece todos os dias na cidade. Só Deus sabe o desespero que eu fiquei em ter que levar minha filha naquelas con-dições para São Paulo e até agora ninguém se manifes-tou a nosso favor. Vou até as últimas consequências”, desabafa.

725 de fevereiro- sábado - nº 55 - Distribuição GratuitaLocomotiva

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS

Aniversariantes

Felipe Pinheiro, 26 de fevereiro

Jadiel Barbosa,24 de fevereiro

Bruno Barreto, 23 de fevereiro

Márcio Santos,22 de fevereiro

Suellen Rosa, 11 de fevereiro

Quando o alagoano Mi-guel Mozart Cavalcante Pimentel chegou com os pais por aqui, há mais ou menos uns 60 anos, gostou de cara da cidade. Seu Miguel, como é conhecido, construiu sua vida toda em Franco da Ro-cha e seu discurso é de pura gratidão.Saudosista, lembra da in-fância de muita diversão e futebol nas ruas de terras da cidade, ao lado de saudosos amigos, muito já falecidos. “Nossa diversão – depois da aula na escola Benedito Fa-gundes Marques, que ficava onde hoje é o Batalhão na Rua Dr. Franco da Rocha – era jogar futebol. Fiz amigos para a vida inteira ali”, comenta.

Segundo ele, os jogos da ra-paziada aconteciam no ‘Flor da Vila Bazu’, um campinho no bairro de mesmo nome, onde ao lado dos amigos viu a juventude chegar e passar.Diferente de muitos persona-gens Miguel não trabalhou no Juquery, nem tampouco na ferrovia. Miguel se especia-lizou na área de vendas e foi pra São Paulo “ganhar a vida”.O trabalho na capital sempre rendeu convite para uma mu-dança de cidade, que Miguel nunca aceitou, pois viver em Franco da Rocha pra ele é sinônimo de sucesso, tran-quilidade e proximidade com os amigos. Hoje são os filhos que o assediam para mudar de cidade, mas Miguel é taxativo:

Miguel Pimentel e uma vida toda com Franco no coração

NOSSA GENTEnEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

“Eu gosto de Franco da Rocha porque você sai de casa e en-contra amigos. Apesar de eu conhecer pessoas em outras cidades, não é a mesma coisa. O clima de vila, de amizade, não será o mesmo e eu não troco isso por nada”, dispara.Há alguns anos, Miguel ad-quiriu diabetes o que lhe rendeu uma deficiência visual. Mas ele conta que ainda passeia com a esposa que vai narrando a situação da cidade. “Um dia desses, passamos pela Cavaleiro Ân-gelo Sestini e minha esposa me disse que aquele pedaço está parecido com a Lapa. Eu sorri imaginando como a cidade mudou dos meus tempos de menino”, finaliza.

8 25 de fevereiro- sábado - nº 55 - Distribuição Gratuita Locomotiva