MAABE
description
Transcript of MAABE
MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR- INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE MELHORIA CONTÍNUA
Luísa Correia . Modelos e práticas de Auto-avaliação de Bibliotecas Escolares – RBE Outubro/Dezembro 2010
Pressupostos …
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (MAABE), proposto pela Rede de
Bibliotecas Escolares, enquadra-se na estratégia global de desenvolvimento das bibliotecas
escolares portuguesas.
Na sua construção, foram integrados os princípios definidos nos documentos fundadores (IFLA/
UNESCO e IASL) que orientam o trabalho das bibliotecas escolares e o conhecimento que a
investigação e os diferentes estudos têm revelado, apresentando caminhos e possibilidades
num contexto global de mudança, no qual as bibliotecas escolares devem evoluir.
Este modelo de auto-avaliação ajuda os professores bibliotecários a melhorarem a sua
percepção, bem como a das comunidades educativas relativamente à natureza e dimensões do
seu papel e da Biblioteca Escolar, demonstrando com evidências que a biblioteca é uma parte
vital da estrutura de aprendizagem da escola - que é integrante, e não periférica. (Ross
Todd,2001).
… e objectivos
Este modelo visa
Dotar as escolas/Bibliotecas de um quadro de referência e de uminstrumento pedagógico e de melhoria contínua;
permitir aos órgãos directivos e aos professores bibliotecários avaliar otrabalho da biblioteca escolar e o impacto desse trabalho nofuncionamento global da escola e nas aprendizagens dos alunos;
identificar as áreas de sucesso e áreas a requererem maiorinvestimento;
Induzir práticas de gestão integrada nas escolas.
Paradigmas de aprendizagem…
O Modelo de Auto-Avalaição da Biblioteca Escolar implica o recurso a novas metodologias e conceitos
pedagogia construtivista / pesquisa-acção (Wilson,1996 e Hein ,1991)
prática baseada em evidências – EBP (Ross Todd, 2008)
abordagem ao conhecimento baseada no questionamento
avaliação (no contexto das organizações)
factores críticos de sucesso
valor (capacidade de produzir resultados)
novos contextos de aprendizagem (web 2.0)
evolução da BE para um espaço de conhecimento, acessos, acções e de
oportunidades de aprendizagem acrescida (Ross Todd, 2003)
Estrutura global do Modelo
Domínios e subdomínios
A. Apoio ao desenvolvimento
curricular
Articulação Curricular da BE com as estruturas pedagógicas e docentes
Promoção das literacias da informação,
tecnológica e digital
B. Leitura e LiteraciaC. Projectos, parcerias e actividades livres e de
abertura à comunidade
Apoio a actividades livres, extra-curriculares
e de enriquecimento curricular
Projectos e parcerias
D. Gestão da BE
Articulação da BE com a Escola/agrupamento
Condições humanas e materiais para a
prestação dos serviços
Domínio A -Apoio ao Desenvolvimento Curricular
Acções Intervenientes
Cooperação com os órgãos
pedagógicosConselho Executivo
Departamentos Curriculares
Conselho Pedagógico
Serviço de Psicologia
Docentes
Articulação com os docentes em
actividades curriculares
Colaboração com os docentes do
Ensino Especial
Formação de Utilizadores Alunos
Professores
Funcionários
PTE
Promoção das TIC e da Internet
Formação da cidadania
Domínio B - Leitura e Literacia
Acções Intervenientes
Promoção da Leitura e da
Literacia
Conselho Pedagógico
Departamentos Curriculares
Biblioteca Municipal
RBE e RBESJM
PNL
Junta de Freguesia
Alunos
Funcionários
Encarregados de Educação
Escritores
Editoras
Domínio C - Projectos, Parcerias e Actividade
Livres e de Abertura à Comunidade
Acções Intervenientes
Aquisição e desenvolvimento de
métodos de trabalho
Conselho pedagógico
Departamentos Curriculares
Autarquia
Biblioteca Municipal
Junta de Freguesia
Docentes
EE
Dinamização de Actividades Livres
Envolvimento em projectos de escola
Apoio a actividades de
enriquecimento curricular
Utilização da BE com espaço de lazer
Desenvolvimento de trabalho
colaborativo com outras escolas
RBE/SJM
EE
Docentes
Alunos
Comunidade
Estímulo à participação dos EE
Abertura da Biblioteca à comunidade
Domínio D - Gestão da BE
Acções Intervenientes
Integração da BE na Escola Conselho pedagógico
Departamentos Curriculares
Docentes
EE
SABE e RBESJM
Valorização da BE pela Comunidade
Educativa
Resposta da BE às necessidades da
escola e utilizadores
Avaliação da BEEquipa da Biblioteca
Departamentos curriculares
Equipa PTE
Órgãos de gestão
Liderança do coordenador
Equipa de Apoio
Espaço e equipamento
Fundo documental
Difusão da Informação
Utilização das TIC
Perfis de Desempenho dos domínios
Nível Descrição
4 A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho desenvolvido é de grande qualidade e com um impacto bastante positivo.
3 A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio mas ainda é possível melhorar alguns aspectos.
2 A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo necessário melhorar o desempenho para que o seu impacto seja mais efectivo.
1 A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o seu impacto é bastante reduzido, sendo necessário intervir com urgência.
Fases de implementação
• Seleccionar o domínio.
• Verificar aspectos implicados.
1. Planear a avaliação
• Identificar as evidências mais relevantes para o domínio a avaliar.
• Organizar e produzir instrumentos.
2. Recolher evidências
• Fazer apreciações e retirar ilações.
• Confrontar os dados com os factores críticos de sucesso e os perfis de desempenho
3. Analisar os dados
• Preencher o modelo de relatório.
• Comunicar os resultados à escola/ agrupamento entre outros (Incluir resumo de resultados no relatório de auto-avaliação da escola).
4. Elaborar o relatório final e comunicar
resultados
• Identificar objectivos e metas a atingir.
• Planificar e implementar as acções para a melhoria.
• Monitorizar o processo de implementação das acções para a melhoria.
5. Preparar e implementar um plano de acção
Implementação do MAABE
No início da fase de implementação é muito importante que a escolha seja decidida a nível de escola, logo no início do ano lectivo, sob orientação do professor bibliotecário, envolvendo a sua equipa, a direcção do agrupamento, os docentes , os parceiros institucionais,…
Deverão ser considerados os projectos existentes no agrupamento e identificadas as evidências mais relevantes para o domínio a avaliar.
Uma avaliação prévia dos pontos fortes e fracos da biblioteca, bem como dos factores de sucesso e de risco será importante para orientar o trabalho.
De seguida deverá ser definida a amostra dos intervenientes a inquirir, equilibrada e representativa da comunidade educativa, bem como a produção de instrumentos adequados para a recolha de evidências.
(MAABE-RBE- 2010)
Implementação do MAABE
Identificar as evidências mais relevantes para o domínio a avaliar.Organizar e produzir instrumentos para recolha de evidências, seguindo as orientações do MAABE.
O agrupamento tem documentação muito preciosa para recolha de elementos e evidências essenciais à compreensão das dinâmicas e práticas instituídas que se reflectem também no dia-a-dia da BE: Projecto Educativo, Projecto Curricular do Agrupamento e das turmas, Plano Anual de Actividades, actas do Conselho Pedagógico , de grupo e de turma, relatórios trimestrais e anuais dos diferentes organismos da estrutura.
As fases seguintes, de análise de dados, divulgação e produção de relatório final conduzirão naturalmente à produção de um Plano de acção de melhoria a levar ao Conselho Pedagógico que, após aprovação , será amplamente divulgado.
Expectativas finais
Os resultados da implementação da auto-avaliação da Biblioteca Escolar vão possibilitar a elaboração de um Plano de Acção de melhoria das práticas, conducente a melhorar a eficácia da acção e impacto da BE na comunidade e em consequência, melhorar as aprendizagens dos alunos.
O MAABE vai permitir ainda melhorar as percepções que os docentes e restante comunidade educativa têm da figura do professor bibliotecário e do seu trabalho integrado no seio do agrupamento.
Pela importância que a prática baseada em evidências (EBP) tem neste modelo de auto-avaliação, esta será uma oportunidade para experienciar novas metodologias de trabalho conducentes à melhoria e sucesso, tal como defende Ross Todd.
Espera-se também que os resultados da auto-avaliação da BE possam integrar os resultados da avaliação global do agrupamento.
MAABE 2010
Bibliografia
A Biblioteca Escolar: desafios e oportunidades no contexto da mudança. Texto da Sessão 1.
RBE (2010). Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar).
Texto da Sessão 2.
TODD, Ross (2001). Transições para futuros desejáveis das bibliotecas escolares.
TODD, Ross (2002) Professores Bibliotecários Escolares: resultados da aprendizagem e prática baseada em evidências (Texto integral)
TODD, Ross (2003). Aprendizagem na Escola na Era da Informação: oportunidades, resultados e caminhos possíveis.
TODD, Ross (2008). O Manifesto para os Bibliotecários Escolares sobre a prática baseada em evidências. Jornal da Biblioteca Escolar, de 4/1/2008.
Todos estes textos foram disponibilizado na plataforma http://forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt. [Acedidos em Novembro de 2010]