Marketing de Varejo - Localização - Aula 3

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Marketing de Varejo Ueliton Leonidio

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Aula 3 Localização

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Programa da Disciplina

1. O Varejo no Brasil e no Mundo

– Origem, Conceito, Funções e Desenvolvimento

2. As Ferramentas do Marketing Ajustada ao Varejo

– Classificação do varejo

– Administração varejista – Localização, Compras, Análise da Concorrência, Segmentação, Tomada de Decisão

– Mix de Marketing – Produtos, Preço, Promoção, Distribuição

3- Perspectivas do Varejo no Brasil – Novas Tecnologias e Tendências

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Localização no Varejo

Uma das decisões estratégicas mais importantes para o varejo físico

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É a primeira consideração do consumidor

no processo de escolha da loja.

Permite criar diferenciais competitivos.

É a variável do composto varejista mais

difícil de ser alterada.

A má localização gera uma desvantagem

competitiva muito difícil de ser superada.

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Conceitos Iniciais

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• São extensas áreas geográficas que

contêm mercados regionais. A dimensão

de uma região de mercado é variável e pode incluir um país

(China), vários países (América do Sul), um

estado (Paraná), vários estados (Região Sul do Brasil), um município

(Bauru), vários municípios (Região de

Bauru).

Regiões de mercado

• São áreas geográficas menores, contidas em

uma região de mercado determinada,

onde existem atividades de

comércio. Em um estado podem ser os diversos municípios;

em um grande município podem ser

seus diversos distritos; em um distrito podem ser diversos bairros;

em um bairro pode ser uma determinada rua.

Áreas de comércio

• São os diversos espaços físicos

(terrenos, prédios, armazéns e lojas

desocupadas existentes) em uma

área de comércio onde poderá ser instalada

uma nova loja.

Locais para a loja

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Sequência de decisões para a localização de lojas de varejo de empresa com atuação nacional

• Existência de mercado • Nível e tipo de competição

existente • Disponibilidade de locais • Custos (aquisição ou aluguel) • Acessibilidade • Facilidade de

estacionamento • Disponibilidade de mídias

para comunicação com o público-alvo

• Aspectos legais, etc. 5

Pontos a serem considerados no processo de localização no varejo

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Processo de localização no varejo

• Identificação de regiões de mercado – Envolve decisões de macrolocalização, onde a preocupação

fundamental é com a identificação da existência de efetivo mercado para o varejo na região a ser explorada.

– Informações a serem levantadas:

– Tamanho da população

– Densidade populacional

– Estratos socioeconômicos e o poder de compra de cada um

– Renda disponível: familiar, per capita, total

– Ocupações

– Nível educacional

– Distribuição etária

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Fontes de informações secundárias para identificação de regiões de mercado

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Informações População residente, por Grandes Regiões, segundo o sexo e os grupos de idade – 2011/2012

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Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

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Informações Domicílios particulares permanentes, por existência de alguns bens duráveis, segundo as

Unidades da Federação - 2011-2012

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Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

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Informações Domicílios particulares permanentes, por existência de alguns bens duráveis, segundo as

Unidades da Federação - 2011-2012

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Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

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Informações Pessoas de 15 anos ou mais de idade, por Grandes Regiões, segundo o sexo e as classes de

rendimento mensal - 2012

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Dados do IPC Maps

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Potenciais de consumo por tipo de despesa ou classe de produtos nas Grandes Regiões do Brasil e no Total do

Brasil

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Determinação do mercado potencial

O varejista deve efetuar avaliações dos potenciais de

mercado de cada uma para verificar qual é a região

certa para instalar uma (ou mais de uma) nova loja.

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• Métodos para determinar os mercados potenciais de regiões de mercado

– IPC – Índice de Poder de Compra.

– Potencial de Mercado.

– Proporção em Cadeia.

– IAC – Índice de Atividade de Vendas.

– ABC.

– Geodemográfico.

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Determinação do mercado potencial

• Método IPC – Índice do Poder de Compra – Trata-se de um porcentual que procura representar o

poder de compra da região de mercado avaliada em

relação ao total de mercado do qual ela faz parte. Para

seu cálculo devem ser selecionadas diversas variáveis

(ou indicadores) que têm relação com o poder de compra

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Fórmula para o cálculo do IPC

Sendo:

– IPC = Índice de Poder de Compra.

– Vi = Variáveis ou indicadores considerados.

– Pi = Pesos das variáveis ou indicadores.

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Exemplo de utilização do método IPC

• Para o setor de varejo em que a empresa do exemplo atua, foram consideradas relevantes as variáveis: % da população (P), % de

recolhimento de ICMS (ICMS), % de consumo de energia elétrica (EE), % da frota de automóveis (A), sempre considerando as variáveis da área em

estudo como porcentagem do total nacional.

• Os valores obtidos, através de informações secundárias, para cada variável foram: P = 1,2%; ICMS = 1,6%; EE = 1,8%; A = 2,0%, aos quais foram

atribuídos, respectivamente, os pesos: 3,5; 3; 2; e 1,5.

IPC = 1,56%

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Conclusão do exemplo do método IPC

• A conclusão é de que a região avaliada tem uma estimativa do poder de compra para o negócio do varejista de 1,56% do poder de compra nacional respectivo.

• Basta aplicar este porcentual ao potencial de consumo nacional desse setor, para se chegar ao potencial de consumo estimado da região avaliada.

• Para completar o exemplo, admitindo-se que o setor estudado seja o de vestuário confeccionado, cujo potencial de consumo nacional foi, em 2008, de R$ 58.550 milhões, o potencial de consumo estimado da área de mercado estudada será de 1,56% de R$ 58.550 milhões, resultando em R$ 913.380.

R$ 58.550.000,00 X

1,56% =

R$ 913.380,00

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Potenciais de consumo por tipo de despesa ou classe de produtos nas Grandes Regiões do Brasil e no Total do Brasil em 2008, em R$ milhões

Exemplos de informações secundárias para identificação de regiões de mercado

Base para o exemplo IPC

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2007/2008.

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Potenciais de consumo por tipo de despesa ou classe de produtos nas Grandes Regiões do Brasil e no Total do Brasil em 2008, em R$ milhões

Fonte: Target Marketing. In: SuperHiper Panorama. Revista da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados, p. 56, São Paulo, 2009.

Exemplos de informações secundárias para identificação de regiões de mercado

Base para o exemplo IPC

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Método do Potencial de Mercado

Visa construir uma estimativa do potencial de mercado

através da identificação da estimativa do número de

compradores de um setor varejista e do gasto médio por

comprador desse setor (ou de um produto ou serviço) em

um período de tempo, sob determinadas condições.

• Onde: – PM = Potencial de mercado. – n = Número de compradores de um setor varejista, em uma

determinada região, durante um determinado período de tempo, sob determinadas condições.

– g = Gasto médio por comprador desse setor varejista, na região avaliada e no período de tempo considerado.

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Exemplo da utilização do Método do Potencial de Mercado

• O potencial de mercado para o setor de farmácias em uma cidade de 50.000 habitantes localizada

no Nordeste e, para outra do mesmo porte, localizada no Sudeste, seria:

Obtidos dividindo-se o potencial de consumo de medicamentos das Regiões

Nordeste e Sudeste pelas respectivas populações.

PMNE = 7.471.000.000 x R$ 54.493.000,00 = R$ 137,10 x 50000 = R$ 6.855.008,90

PMSE = 20.919.000.000 x R$ 79.800.000,00 = R$ 262,14 x 50000 = R$ 13.107.142,86

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Exemplos de informações secundárias

para identificação de regiões de mercado

Base para o exemplo Potencial de Mercado

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2007/2008.

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Método da Proporção em Cadeia

É uma variação do Método do Potencial de Mercado e

consiste em partir de um número básico e multiplicá-lo por

diversas porcentagens de ajustamento, até se chegar ao

potencial de mercado da área estudada.

Procedimento para determinar o potencial de mercado de uma região para o setor de farmácias, para determinado período de

tempo e em um determinado ambiente de negócios:

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Método do IAC – Índice de Atividade de Vendas

O IAC é calculado

com base em dados

estatísticos

disponíveis sobre

vendas de diferentes

regiões de interesse

para o varejista.

Consiste em calcular

um número relativo

utilizado como

estimador

comparável dos

potenciais dessas

regiões

• Sendo:

– % de v = % das vendas no varejo da região

estudada em relação ao total de vendas no varejo

do Brasil (ou estado, região do estado, município

etc.).

– % de p = % da população da região estudada em

relação ao total da população do Brasil (ou

estado, região do estado, município etc.).

De duas regiões ou áreas de comércio estudadas com, respectivamente, V1 =

15% e V2 = 20% e P1 = 20% e P2 = 15%, os respectivos IACs serão:

IAC1 = 0,75 e IAC2 = 1,33, ou seja,

a segunda tem 77,3% mais atividades de vendas do que a primeira e,

consequentemente, maior potencial de mercado.

1,33 / 0,75 = 77%

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Método ABC

Consiste simplesmente em hierarquizar em uma lista as regiões ou áreas de mercado segundo

variáveis como: população, população economicamente ativa, vendas no varejo, nível de emprego, renda disponível, número de residências

e inúmeras outras.

Classificam-se as regiões ou áreas de mercado consideradas em três grupos, segundo a

importância em relação à variável selecionada em mercados A, B e C.

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Método Geodemográfico

Os varejistas e os fornecedores de informações aos

varejistas têm à sua disposição, softwares de SIG –

Sistemas de Informações Geográficas (GIS –

Geographic Information System) que permitem a

combinação de mapas (ou imagens) geográficos

digitalizados com informações e dados das regiões

estudadas.

Saiba Mais

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Exemplo do Método Geodemográfico

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Atividade concorrencial

Uma das formas objetivas de

medir o nível de ação

concorrencial em uma região ou

área de comércio é através da

determinação da saturação de

varejo existente para um

determinado setor de varejo ou

para determinado produto ou linha

de produtos.

O conceito de saturação do varejo

parte do pressuposto de que

qualquer região ou área de

comércio, com determinado

potencial de mercado, pode

comportar apenas um número

máximo de m2 de espaço de área de

vendas para um determinado setor

de varejo ou para determinado

produto ou linha de produtos.

ISV – Índice de Saturação do Varejo

Mede o potencial de vendas por m2 da área de vendas de uma particular

região ou área de comércio para um determinado setor de varejo ou para

determinado produto ou linha de produtos.

Relaciona um indicador do potencial de mercado com um indicador da

oferta existente.

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Fórmula para cálculo do ISV

Sendo: – ISV = Índice de Saturação do Varejo. – C = Número de consumidores potenciais para um determinado setor de varejo ou para

determinado produto ou linha de produtos em uma região ou área de comércio. – GV = Gastos médios no período em R$ em um determinado setor de varejo ou para

determinado produto ou linha de produtos em uma região ou área de comércio. – E = Total dos espaços de área de vendas em m2 alocados em um determinado setor de

varejo ou determinado produto ou linha de produtos em uma região ou área de comércio.

• Três áreas de mercado são candidatas para a instalação de uma nova loja, com 4.000 m2 de área de venda, de uma rede de supermercados:

– Área 1, Área 2 e Área 3, cujos dados estão na tabela abaixo, linhas 1 a 4.

Qual área é mais atrativa?

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Área de influência

Área de influência é uma área

geográfica que contém os

consumidores de uma

empresa particular ou de um

grupo de empresas para bens

ou serviços específicos (AMA

– American Marketing

Association).

Uma área de comércio pode

ser dividida em três partes em

função da dispersão

geográfica dos consumidores

em torno dela: áreas de

influência primária,

secundária e terciária.

Fonte: Adaptada de Berman, Barry; Evans, Joel R. Retail Management – A strategic approach. 9th ed. New Jersey: Prentice Hall, 2004:222.

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Delineando uma área de influência para uma loja existente

O tamanho, o perfil e as características de uma área de influência para uma loja existente (ou área de comércio,

centro comercial natural ou shopping center) podem usualmente ser delineados com bastante precisão e rapidez

através da utilização de dados secundários internos e externos ou de dados primários através da realização de

estudos especiais.

Os endereços dos clientes podem ser obtidos nos bancos de

dados da(s) loja(s), além de outras informações como:

frequência de compra e valores da compra.

Se o varejista não dispuser de registros sobre os clientes, a

área de influência deverá ser delineada através de dados

primários.

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Exemplo de delineamento de áreas de influência

• Determinar as áreas de influência de cinco diferentes lojas de uma mesma rede de

supermercados, em São Paulo - SP, cada uma com tamanho diferente da área de

vendas. Para cada loja, foi selecionada, de forma probabilística, uma amostra de

800 clientes. A área de influência foi mapeada por georreferenciamento com base

nos endereços das residências dos clientes ativos sorteados do banco de dados de

cada loja.

• Mapas computadorizados da Grande São Paulo foram utilizados, facilitando o

cálculo da distância entre a loja e a residência de cada cliente pesquisado.

O tamanho da loja foi medido em m2 da área de vendas e a

densidade populacional foi determinada no raio de 1 km em

torno de cada loja, com dados do censo demográfico do IBGE de

1991. Na tabela “Porcentagem acumulada de clientes de cada loja

em raios concêntricos”, estão as porcentagens do número de

clientes de cada loja para vários tamanhos do raio da área de

influência, variando de 0,5 km em 0,5 km, começando em 0,5 km

até mais de 3,5 km, mostrando que cada loja tem um tamanho

diferente para a área de influência.

Fonte: Parente, Juraci; Kato, Heitor T. Área de Influência: um estudo no varejo de supermercados. RAE – Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 2,

p. 50, abr./jun., 2001.

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Porcentagem acumulada de clientes de cada loja em raios concêntricos

Fonte: Parente, Juraci; Kato, Heitor T. Área de Influência: um estudo no varejo de supermercados. RAE – Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 2,

p. 50, abr./jun., 2001.

Exemplo de delineamento de áreas de influência

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Mattar, 2011

Delineando uma área de influência para uma nova loja

A determinação do tamanho, perfil e características da área de

influência para uma nova loja deve ser realizada de forma

diferente, pois não há dados secundários internos disponíveis.

Modelo de analogia

• Compreende efetuar estimativas de projeções para uma nova loja com

base:

• Informações obtidas de lojas similares existentes na região;

• Na previsão do comportamento dos concorrentes com um novo

concorrente;

• Na expectativa de participação da nova loja no mercado da região;

• No tamanho e densidade da área de influência primária do local.

Modelo de regressão

• Estima o potencial de mercado da área através da relação com uma

série de variáveis independentes de cada local em uma formulação matemática como: tamanho da

população, renda média, número de residências e número de

concorrentes.

Modelo gravitacional

• É baseado na premissa de que os consumidores, diante de várias opções de lojas em diferentes

locais, vão à loja mais próxima e mais atrativa realizar suas compras.

• Neste modelo estão presentes as variáveis: imagem da loja, distância (ou tempo) entre as residências dos

consumidores e os locais onde estão os concorrentes e a distância (ou tempo) entre as residências dos consumidores e um dado local para

ser instalada a loja.

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Mattar, 2011

Problema na definição da localização pode ocorrer quando se tem mais de uma área de comércio

(cidades, shopping centers, bairros, lojas) em uma mesma região que concorrem entre si.

Para resolver este problema foram desenvolvidos os chamados modelos gravitacionais, inicialmente por Reilly, em 1929, aperfeiçoados por Converse,

em 1949, e Huff, em 1964.

Atração gravitacional

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Mattar, 2011

Permite ao varejista determinar o ponto de indiferença entre duas áreas

de comércio concorrentes em uma mesma região.

O ponto de indiferença é o ponto de equilíbrio entre duas áreas e

significa que, para o consumidor residente neste ponto, é indiferente

efetuar compras em um ou outro local.

Esse método parte do pressuposto que, quanto mais próxima e atrativa

for uma área de comércio, maior será a preferência do consumidor por

ela, em comparação a outra na mesma região.

Método Converse ou lei da gravitação do varejo

• Onde:

– PEab = Ponto de equilíbrio (em km) entre as áreas de comércio a e b.

– d = Distância (em km) entre as áreas de comércio a e b.

– Pa = População da maior área de comércio.

– Pb = População da menor área de comércio.

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Mattar, 2011

Exemplo de aplicação do Método Converse

• Uma empresa varejista

pretende instalar uma loja

em uma região onde ainda não

está presente. Nesta região,

através de informação

secundária, identificou cinco

diferentes cidades

interligadas por rodovias,

como áreas de comércio

interessantes e que concorrem

entre si.

• A empresa pretende

determinar quais seriam os

pontos de indiferença em

relação às outras quatro

cidades se resolvesse localizar

uma nova loja na localidade A.

• Para tanto, recorreu ao

Método Converse.

Dados das populações e distâncias

para a aplicação do Método Converse

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Mattar, 2011

• A utilização da fórmula do Método Converse para esses dados resulta nos

seguintes pontos de indiferença (ou de equilíbrio) entre a localidade A e as

demais:

– PEab = 20 / (1 + √ 400.000/400.000) = 10 km medidos a partir da localidade

A no sentido de B.

– PEac = 15 / (1 + √ 400.000/200.000) = 6,2 km medidos a partir da localidade

A no sentido de C.

– PEad = 10 / (1 + √ 400.000/150.000) = 3,8 km medidos a partir da localidade

A no sentido de D.

– PEae = 5 / (1 + √ 400.000/100.000) = 1,7 km medidos a partir da localidade A

no sentido de E.

Exemplo de aplicação do Método

Converse

• A variável população pode ser substituída pelo somatório das áreas de venda de

todos os varejistas de cada área.

• A variável distância pode ser substituída por tempo de deslocamento (em minutos)

e o ponto de indiferença será obtido em tempo.

• A concentração (ou dispersão) da população de cada área é desprezada no

modelo.

Observações ao Método Converse

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Mattar, 2011

Utiliza diversas variáveis, simultaneamente,

para determinar a melhor localização de uma

loja, tais como: tempo de viagem da

residência até cada alternativa de localização

possível; variedade de itens oferecidos de

uma mesma categoria de produto;

sensibilidade ao tempo de deslocamento em

função da categoria de compra do cliente;

área total de vendas em m2 de uma área de

comércio alocada a uma categoria de

produtos.

Método Huff

Page 40: Marketing de Varejo  - Localização - Aula 3

Mattar, 2011

Fórmula do Método Huff

• Onde:

– Pyj = Probabilidade do consumidor de se deslocar de sua residência até um determinado

local de compra.

– Sj = Somatório dos espaços de venda de todos os varejistas de uma determinada área

de comércio alocada a uma categoria de produtos.

– Tij = Tempo médio de deslocamento do consumidor de sua residência até um

determinado local de compra.

– ∂ = Parâmetro para estimar os efeitos do tempo de deslocamento para diferentes tipos

de compra (a ser determinado por pesquisas de marketing ou simulações em

computador).

– n = Número de diferentes locações de áreas de comércio existentes.

Segundo Huff (1964), o parâmetro ∂ varia de acordo com o tipo de produto vendido. Por

exemplo, em um estudo com lojas de móveis, foi encontrado um valor ideal de 2,723, e para

lojas de roupas, 3,191. O valor desse parâmetro está ligado à quantidade de tempo que um

consumidor está disposto a gastar para se deslocar na compra de um produto. Quanto maior

o valor estimado de ∂, menor é o tempo que o consumidor está disposto a gastar. Portanto,

quanto maior o valor de ∂, mais restrito será o escopo da área de influência

Page 41: Marketing de Varejo  - Localização - Aula 3

Mattar, 2011

Após levantamentos de informação secundária a empresa varejista

em questão chegou a três possíveis locais para uma nova loja de

confecções femininas em uma área de comércio potencialmente

interessante.

Exemplo de aplicação do Método Huff

• Local 1:

- Somatório dos espaços de venda alocados a confecções femininas = 400 m2.

- Tempo médio de deslocamento da consumidoras: 10 minutos.

• Local 2:

- Somatório dos espaços de venda alocados a confecções femininas = 600 m2.

- Tempo de deslocamento das consumidoras: 20 minutos.

• Local 3:

- Somatório dos espaços de venda alocados a confecções femininas = 800 m2.

- Tempo de deslocamento das consumidoras: 30 minutos.

Pesquisa de marketing realizada na região apontou que o parâmetro para

estimar os efeitos do tempo de deslocamento para confecções femininas

é ∂ = 2.

Page 42: Marketing de Varejo  - Localização - Aula 3

Mattar, 2011

Aplicação da fórmula com resultados para cada área:

Exemplo de aplicação do Método Huff

Resultados do exemplo do método Huff:

• De cada 100 mulheres residentes, respectivamente, nas

localidades 1, 2 e 3, 63 deverão efetuar compras de confecções

femininas no local 1; 23 no local 2; e apenas 14 no local 3.

• Para a complementação, cálculos semelhantes devem ser

efetuados com os tempos de deslocamento de 5, 10, 15, 20, 25 e

30 minutos.

• Os porcentuais obtidos para cada tempo em cada área devem

ser aplicados à população da área e somados para se obter o

número potencial de consumidores predispostos a adquirir essa

classe de produtos em cada área.

• O local que apresentar o maior número de consumidores

potenciais deverá ser o selecionado

À medida que só pode ser aplicado

para um determinado tipo de varejo

ou determinado produto ou linha de

produtos, é muito útil para lojas

especializadas, mas não pode ser

aplicado para lojas que trabalham

com variedade de produtos ou de

linhas de produtos diversas.

O tempo de deslocamento depende

do tipo de transporte a ser utilizado.

Page 43: Marketing de Varejo  - Localização - Aula 3

Mattar, 2011

Princípios a serem considerados na avaliação de locais para uma nova loja

• Diz respeito às qualidades específicas de um local

de comércio, que determina sua capacidade para

interceptar consumidores quando se locomovem de

um lugar para outro.

• A intercepção tem dois elementos distintos: a região

origem e a região destino do consumidor.

43

Intercepção

• Determinar as regiões de origem e destino.

• Determinar o trajeto conectando essas regiões (ruas, avenidas, estradas etc.).

• Determinar o volume de pessoas que percorrem esse trajeto de origem e destino

em determinado período de tempo.

• Encontrar pontos apropriados para a loja ao longo desse trajeto.

• Avaliar a magnitude e qualidade das regiões, trajeto e pontos.

• Determinar qual o melhor ponto a ser instalada a loja para funcionar como

interceptadora de consumidores.

Providências na intercepção para localização de uma loja

Page 44: Marketing de Varejo  - Localização - Aula 3

Mattar, 2011

Princípios a serem considerados na avaliação de locais para uma nova loja

• Este princípio indica que um aglomerado de

varejistas, exercendo atividades similares ou

complementares, tem maior poder de atração

sobre os consumidores do que varejistas

similares ou complementares, dispersos e

isolados.

44

Acumulação

atrativa

• Rua da Consolação Lustres e iluminação (SP)

• Rua São Caetano Vestidos de noivas (SP)

• Rua Santa Efigênia Material elétrico e eletrônico (SP)

• Bingen Móveis (Petrópolis)

Exemplos

Page 45: Marketing de Varejo  - Localização - Aula 3

Mattar, 2011

Princípios a serem considerados na avaliação de locais para uma nova loja

45

Congestionamento

de lojas

Resulta da diminuição da mobilidade das

pessoas e veículos na área, resultantes do

crescimento do centro comercial,

desencorajando novos e atuais consumidores a

irem ao local.

Na utilização do princípio do congestionamento

para a localização de loja o avaliador deve

estimar se o tráfego de pessoas e de veículos

na região já não ultrapassou o nível a ponto de

prejudicar os negócios.

Essa avaliação deve ser feita

concomitantemente com a verificação da

existência de opções próximas menos

congestionadas.

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Mattar, 2011

É o mais básico dos princípios para localização de

loja e estabelece que, quanto mais facilmente os

consumidores potenciais possam chegar, entrar,

percorrer e sair de um local, mais facilmente

estarão predispostos a visitá-lo para realizar

compras.

46

Acessibilidade

Princípios a serem considerados na avaliação de locais para uma nova loja

Ocorre quando diferentes negócios varejistas

localizados em um mesmo centro comercial forem

complementares e próximos como: uma padaria, um

açougue, uma farmácia, um pet shop, uma

lavanderia...

Na utilização do princípio da compatibilidade para a

localização de loja o avaliador deve levantar as

atividades de comércio existentes e verificar se a

atividade da nova loja será ou não compatível.

Compatibilidade

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Método da Lista de Verificação Ponderada para avaliação de locais

Para a utilização deste

método, deve ser formada uma lista de fatores de localização

aos quais devem ser atribuídos pesos de acordo com a

importância dos mesmos.

Fatores a considerar na avaliação de locais

• Aspectos demográficos locais:

– Base e perfil populacional.

– Renda familiar.

– Número e tipos de residências.

– Porcentual da população que faz parte do público-alvo.

– Característica do estilo de vida da população.

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Método da Lista de Verificação Ponderada para avaliação de locais

Fatores a considerar na avaliação de locais

• Estrutura e compatibilidade do varejo local:

– Nível de congestionamento de lojas.

– Número e tipos de lojas.

– Número, porte e força dos concorrentes diretos.

– Proximidade de outras áreas comerciais.

– Atividades cooperadas de interesse mútuo dos varejistas

– Nível de acumulação atrativa.

– Nível de compatibilidade.

– Afinidade no posicionamento.

– Complementaridade com outros varejistas

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Método da Lista de Verificação Ponderada para avaliação de locais

Fatores a considerar na avaliação de locais

• Fluxo de trânsito de veículos e acessibilidade:

– Número de veículos.

– Tipo de veículos.

– Disponibilidade e facilidade de estacionamento.

– Fluidez do trânsito: o Quantidade de grandes vias de trânsito.

o Número de pistas nas grandes vias de trânsito.

o Fluxo direcional das vias de trânsito

o Limite de velocidade.

o Número e tipos de aparelhos de controle de tráfego.

o Acesso às vias principais.

o Qualidade das principais vias de acesso.

o Nível de congestionamento na área.

o Existência de barreiras limitantes na área de influência como: pontes, viadutos,

linhas férreas, autopistas etc.

o Número de intersecções.

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Método da Lista de Verificação Ponderada para avaliação de locais

Fatores a considerar na avaliação de locais

• Disponibilidade e frequência de transportes públicos.

• Tráfego de pedestres:

– Número de pessoas.

– Tipos de pessoas.

• Características do local específico (ponto):

– Número de vagas de estacionamento disponíveis.

– Distância entre o(s) estacionamento(s) e o local da loja.

– Visibilidade do ponto.

– Posição do local (esquina ou meio do quarteirão).

– Tamanho do local.

– Formato do local.

– Estado de conservação da construção.

– Qualidade das entradas e saídas.

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Método da Lista de Verificação Ponderada para avaliação de locais

Fatores a considerar na avaliação de locais

– Termos e custos de ocupação: o Custo do aluguel ou de aquisição.

o Custo de condomínio.

o Período de arrendamento e cláusulas restritivas e de renovação.

o Limitações de horários.

o Facilidades existentes.

- Fatores legais: o Tipo de zoneamento.

o Impostos locais.

o Restrições à operação (horários de funcionamento, horários para carga e descarga,

horários e restrições para circulação de veículos de carga etc.).