NELI OLIMPIA BERLATTO - Paranဦ · A tecnologia e a informática têm participação...
Transcript of NELI OLIMPIA BERLATTO - Paranဦ · A tecnologia e a informática têm participação...
NELI OLIMPIA BERLATTO
UNIDADE TEMÁTICA
RECURSOS TECNOLÓGICOS E O DESPERTAR PARA A LEITURA NO
ENSINO FUNDAMENTAL
Orientador IES: Prof. Ms. Ari José de Souza
Área de concentração: Ensino e Aprendizagem de Leitura –
a Formação de Leitores
PATO BRANCO
2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO-SUED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE
3
FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: recursos tecnológicos e o despertar para a leitura no ensino fundamental
Autor Neli Olimpia Berlatto
Escola de Atuação Colégio Estadual Professor Agostinho Pereira
Município da escola Pato Branco - Paraná
Núcleo Regional de Educação
Pato Branco - Paraná
Orientador Ari José de Souza
Instituição de Ensino Superior
Universidade do Centro Oeste do Paraná
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Língua Portuguesa
Produção Didática pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Português; Informática; Leitura.
Público Alvo Alunos da 8ª série do ensino fundamental.
Localização Rua Silvio Vidal, 252 – Pato Branco - PR
Apresentação:
O presente estudo almeja verificar se os recursos tecnológicos trazem possibilidades de estimular o gosto pela leitura em alunos da 8º série do ensino fundamental, já que a escola disponibiliza de computadores em seus laboratórios. A ideia principal consiste em a professora convidar um grupo de alunos que tenham computador em casa e que apresentem interesse em participar da pesquisa. Nesse enfoque, ela indicará 03 livros: Os Miseráveis (Victor Hugo); Metamorfose (Franz Kafka); e o Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupery). A partir daí, caminhar para a pesquisa ação, ou seja, fazer o intercâmbio das leituras entre os alunos participantes - via blog. Nesses termos, o objetivo geral do presente estudo consiste em: estimular o educando a desenvolver o gosto pela leitura por meio de recursos tecnológicos disponíveis na escola, neste caso em específico, o blog como espaço para os alunos debaterem seus pontos de vista a respeito da leitura realizada, podendo ser um livro, revista ou até mesmo matéria de jornal impresso. Sendo que os objetivos específicos consistem em: desenvolver o senso crítico do aluno enquanto leitor, levando-o a posicionar-se diante do texto; despertar no aluno o interesse pela
4
leitura, mostrando-lhe que ela ultrapassa os limites da decodificação; contribuir com o desenvolvimento da leitura no âmbito e escolar e familiar.
Palavras-chave: Leitura; Recursos Tecnológicos; despertar.
5
1 PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA;
Recursos tecnológicos e o despertar para a leitura no
Ensino Fundamental
Várias pesquisas em torno da leitura vêm sendo desenvolvidas, o que demonstra uma
preocupação de vários estudiosos com o desenvolvimento e com a prática da leitura e,
consequentemente, com o seu ensino. Em 1979, Emile Javal “publicou seu primeiro artigo
sobre o movimento dos olhos durante a leitura” (SAMUELS; 1988). Desde aquela época, os
pesquisadores têm procurado responder como ocorre o inteiro processo de ler, desde a fixação
do olho até a compreensão total do texto (PINTO; RICHTER, 2010).
Entendemos que é preciso levar em conta que a aprendizagem da leitura é
fundamental para a aprendizagem de todas as disciplinas do currículo escolar. Por isso,
acreditamos, juntamente com o autor que o desenvolvimento do interesse e da capacidade de
leitura pode contribuir, automaticamente, para o sucesso da escolarização.
Segundo Aguiar et al. (1988, p. 17) ler confunde-se, pois com a aquisição de um
hábito e tem como consequência:
O acesso a um patamar do qual mais não se consegue regredir; porém a ação implícita no verbo em causa não torna nítido seu objeto direto: mas ler o quê? Desta maneira o cerne da leitura não se esclarece para o aluno que é beneficiário dela. Por conseguinte, sabendo ler e não mais perdendo esta condição, a criança não se converte necessariamente num leitor, já que se define, em princípio, pela assiduidade a uma instituição determinada – a literatura.
Quanto mais leituras o ser humano fizer, tanto mais ele evolui, uma vez que estará
desenvolvendo a competência linguística e a receptividade aos estímulos que lhe vêm do
mundo que o cerca.
Aprender a leitura e escrita envolve determinados fatores:
Envolve a memorização dos símbolos básicos e seu significado (a letra a representa um determinado som) e a compreensão do próprio sistema simbólico, de modo tal que o sujeito possa gerar qualquer elemento do sistema, ainda que nunca tenha encontrado aquele elemento específico (ler ou escrever palavras novas, ainda não-aprendidas) (CARRAHER; SCHLIEMANN, 1983,p. 28).
6
A leitura é uma atividade que tem a ver com a subjetividade do leitor, não só com o
que o leitor sabe, mas também com aquilo que ele é. A Leitura se manifesta como formação e
transformação do indivíduo. Ressalta-se que ela apresenta-se como uma prática social, em
outras palavras, que ao ler qualquer texto, coloca-se em ação todo o sistema de valores de
uma pessoa, crenças e atitudes que refletem o grupo social, isto é, o grupo social em que se
está inserido (LARROSA, 1996).
Considerando que o estudo visa estimular o educando a desenvolver o gosto pela
leitura por meio de recursos tecnológicos disponíveis na escola, neste caso em específico, o
blog é oportuno que se aborde sobre o computador.
Existe uma concordância de que os computadores são úteis como ferramentas de
ensino/aprendizado, incluindo o ensino fundamental e médio (BARROS, 2011).
Em conformidade com Valente (1993), o computador apresenta as seguintes
características:
• Computadores como máquinas de ensinar - os programas de computador
incorporam os conhecimentos de algum assunto e tornam-se ferramentas para
apresentar tal assunto ao aprendiz;
• Computadores como ferramentas - os programas de computador são usados como
ferramentas para que o aprendiz construa algo e aprenda com o processo.
A tecnologia e a informática têm participação indispensável no desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem. O uso das novas tecnologias traz a possibilidade de uma
interação mais ativa entre educadores e educandos (FERREIRA, 2007).
Nesse contexto, o que se quer é apontar é a importância dos recursos tecnológicos
para o ato de ler, lembrando que a leitura possibilita a sensação de liberdade, uma vez que:
Ler [...] é nutrir-se, respirar. É também voar. Ensinar a leitura é ao mesmo tempo formar a criança para uma técnica de vôo, revelar-lhe esse prazer e permitir-lhe que o mantenha. Se não gostasse de voar, os pássaros deixariam cair suas asas e praticariam a corrida a pé. Mas nos pássaros e nos homens, o prazer dos atos naturais está nos genes, em compensação, o prazer da leitura é criação do homem. Esse prazer, portanto, é de nossa responsabilidade, tanto quanto a própria leitura (MORAES, 1996, p. 294).
7
As tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) determinam novas
organizações textuais e visuais,
Modificando a relação do leitor com o texto. A textualidade eletrônica propõe novas modalidades para a organização da informação e a construção das argumentações, que diferem da lógica linear da página impressa com os links, criando o hipertexto; permitem lidar reflexivamente com a ortografia, o processo de monitoração, revisão e reelaboração da escrita on-line, a formatação e a editoração (tipos de letras, ilustrações, gráficos, tabelas, composição das páginas internas, da capa etc.), tendo em vista os objetivos comunicativos, o destinatário, o modo e a esfera de circulação do texto (FERREIRA, 2007, p. 5).
A bem da verdade os computadores estão aí “para auxiliar o aluno e o professor, e
seu papel na aprendizagem da leitura em particular é e será muito importante” (MORAES,
1996, p. 293).
Muitas crianças não gostam mais de ler após os 9 ou 10 anos de idade, porque ler não
é mais uma aventura no imaginário, mas somente um meio de satisfazer as exigências do
sucesso. A leitura na escola ou para a escola transforma-se rapidamente, quando se atinge a
idade de ser sério, numa leitura obrigatória, numa pura demonstração de conhecimento.
Quais os desafios no processo de aprendizagem da leitura na internet? É possível que
a internet favoreça a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura?
O que se observa é que os novos recursos tecnológicos (internet; chat; blog; Orkut,
entre outros) são meios que levam as crianças ou adolescentes a passarem muito tempo
usufruindo desses meios. Então o que se quer mostrar é que o blog pode se apresentar como
um importante meio de levar o aluno a sentir gosto pela leitura.
A apropriação das tecnologias na escola é uma realidade cada vez mais presente,
Porém, a formação dos educadores ainda apresenta aquém das necessidades que o domínio
exige (VALENTE, 1999). Essa realidade requer alternativas “pedagógicas que auxiliem esses
profissionais de forma mais eficiente”. A utilização dos recursos tecnológicos em sala de aula
permite “ao educando além de formular suas próprias indagações descobrir quais caminhos
deve seguir para encontrar as respostas” (SILVA; BARBOSA, 2010, p. 2).
Voltando para a questão do processo de leitura e escrita, observa-se que é muito
importante estar atentos a práticas inovadoras e estimulantes que despertem o gosto pela
leitura e produção textual, observando principalmente que as atividades interativas
8
enriquecem o desenvolvimento intelectual e social do educando (PATRÍCIO, 2009 apud
SILVA; BARBOSA, 2010).
Neste momento cabe retornar a problemática do presente estudo que consiste em
saber se os recursos tecnológicos (blog) disponibilizados na escola trazem possibilidades de
despertar o interesse do aluno pelo gosto da leitura. Nestes termos, para ir ainda mais a fundo
sobre esta questão, coube bem, recorrer a alguns questionamentos elaborados por Caldas
(2006),
[...] Em que medida a crescente utilização da mídia na escola pode melhorar ou servir como estímulo ao processo de cognição dos alunos? A sacralização da mídia como ferramenta didática contribui, de fato, para uma leitura crítica do mundo real? (CALDAS, 2006, p. 2).
A mídia se apresenta com um campo independente do conhecimento que deve ser
estudado e ensinado às crianças da mesma forma que se estuda e se ensina a literatura. A
relação da mídia com a escola tem essencialmente de ser realizada nesses dois níveis,
Enquanto objeto de estudo, fornecendo às crianças e aos adolescentes os meios de dominar esta nova linguagem; e enquanto instrumento pedagógico, fornecendo aos professores suportes altamente eficazes para a melhoria da qualidade do ensino [...] (BELLONI, 1991 apud CALDAS, 2006, p. 3).
A apropriação da mídia na escola é o primeiro passo para a leitura do mundo. Porém,
por outro lado, é fundamental que o exercício do dia-a-dia no uso da mídia na sala de aula não
fique limitado à leitura de jornais, revistas ou dos veículos eletrônicos (CALDAS, 2006).
Segundo a mesma autora para se ler o mundo a partir do ponto de vista de outros sujeitos, é
imprescindível que seus leitores aprendam antes a ler o mundo em que vivem por meio da
construção de suas próprias narrativas. Nesse sentido, seria presumível a construção do
conhecimento, a transformação da criança ou adolescente em sujeito de sua própria história. A
conquista do pensamento crítico é resultado do entendimento direto do aluno como agente
transformador de sua realidade (CALDAS, 2006).
9
À medida que os educandos passam a se utilizar do mundo digitalizado, alargam-se
as possibilidades de um aprendizado útil para sua formação social, facilitando o manejo dos
recursos midiáticos.
O Blog se apresenta como uma página de notícias ou um jornal que segue uma linha
de tempo com um fato após o outro. O conteúdo e tema dos blogs abrangem diversos assuntos
que vão desde diários, piadas, links, notícias, poesia, idéias, fotografias, enfim, tudo que a
imaginação do autor permitir.
Usar um blog é como mandar uma mensagem instantânea para toda a web: podendo
a pessoa escrever sempre que tiver vontade e todos que visitam seu blog têm acesso ao que
você escreveu.
Vários blogs são pessoais, exprimem idéias ou sentimentos do autor. Outros são
resultados da colaboração de um grupo de pessoas que se reúnem para atualizar um mesmo
blog. Alguns blogs são voltados para diversão, outros para trabalho e há até mesmo os que
misturam tudo. Porém, no presente estudo o blog, será utilizado por um grupo de alunos da 8º
série do ensino fundamental, como espaço para troca de informações a partir da leitura de
livros indicados pela professora pesquisadora. Busca-se com essa experiência desenvolver
motivação no aluno para o gosto pela leitura de livros.
A prática da leitura é uma tarefa imprescindível para a construção do conhecimento e
um manifestador do sentimento e opinião crítica do aluno.
Seria muito interessante se depois da leitura, fossem permitidos aos alunos espaços
para possíveis interpretações ou críticas, como forma de enriquecimento, e também como
forma de o educador conduzi-los a níveis mais intensos de compreensão.
Segundo Villardi, (1999, p. 20) “na maioria das vezes essa etapa é queimada [...]. Por
sua vez Bamberger (2000, p. 70) entende ser fundamental que o professor abra espaço para
várias interpretações, uma vez que o aluno deve saber que há um espaço reservado para a sua
leitura. “E o papel do professor não é o de instrutor nem o de examinador, mas o de uma
pessoa para a qual os livros são importantes.”.
É tarefa do educador criar espaço para a divergências de opiniões, partindo do
entendimento de que as respostas não se apresentam prontas e acabadas: Com isto, desaparece
a hierarquia rígida sobre a qual se apoia o sistema educativo, o que repercute em uma nova
aliança mais democrática, entre o professor e o estudante e com consequências relevantes, já
que o aluno se torna co-participante, e o professor menos sobrecarregado e mais flexível para
o diálogo (FECCHIO, 2001, p. 54).
10
2 PLANO NORTEADOR
2.1 TEMA
Ensino e Aprendizagem de Leitura – a Formação de Leitores.
2.2 JUSTIFICATIVA
Nas práticas de ensino por mim vivenciadas, busquei continuamente um caminho de
maior êxito na leitura, mas o resultado ficava aquém do almejado. Percebi que o encanto dos
alunos está voltado àquilo que diz respeito à tecnologia. É corriqueiro depararmos com alunos
do ensino fundamental ou médio que admitem nunca ter lido um livro, porque não gostam ou
porque não sentem interesse pela leitura. Assumem que não apresentam esse gosto, porém
passam horas e horas em frente ao computador, realizando os mais diversos tipos de
atividades, tais como: em chats; blogs, ou mesmo em jogos virtuais.
Por conta disso, o objetivo desse trabalho é o de encontrar um caminho que favoreça
ao educando o desenvolvimento de seu interesse pela leitura. Abrindo caminhos para entendê-
la como uma necessidade pessoal e sócio-cultural.
2.3 PÚBLICO ALVO
Alunos da 8ª série do Ensino Fundamental. Colégio Estadual Agostinho Pereira, -
Localizado na Rua Silvio Vidal, 252 – Pato Branco – PR.
Figura 1 – Colégio Agostinho Pereira – Ensino Fundamental e médio
Fonte: Colégio Agostinho Pereira, 2011
11
2.3 OBJETIVOS
2.3.1 Objetivo Geral
Estimular o educando a desenvolver o gosto pela leitura por meio de recursos
tecnológicos disponíveis na escola, neste caso em específico, o blog como espaço para os
alunos debaterem seus pontos de vista a respeito da leitura realizada, podendo ser um livro,
revista ou até mesmo matéria de jornal impresso.
2.3.2 Objetivos Específicos
• Desenvolver o senso crítico do aluno enquanto leitor, levando-o a posicionar-se
diante do texto;
• Despertar no aluno o interesse pela leitura, mostrando-lhe que ela ultrapassa os
limites da decodificação;
• Contribuir com o desenvolvimento da leitura no âmbito e escolar e familiar.
12
3 PROCEDIMENTOS
3.1 ATIVIDADES
As atividades consistem em:
• 1º Etapa- A professora convidará alunos da 8º série do ensino fundamental que
desejam fazer parte da pesquisa;
• 2º Etapa – Reunir esses alunos em um dia da semana para repassar as
informações;
• 3º Etapa – Determinar um dia da semana para o encontro do desenvolvimento da
Pesquisa Ação.
3.2 RECURSOS
Os recursos para o desenvolvimento das atividades compõem-se de: computadores
(hardware); programas blog (software) e indicações de três livros: Os miseráveis (Victor
Hugo); Metamorfose (Franz Kafka); O pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupery).
3.3 TÉCNICAS
As atividades serão desenvolvidas da seguinte forma:
• A professora indicará os 03 livros, mencionados acima – para que os alunos
façam a sua escolha:
Os miseráveis (Victor Hugo);
Metamorfose (Franz Kafka);
O pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupery).
• Os alunos deverão fazer a leitura em casa;
• Durante a semana esses alunos deverão entrar no ‘blog’ e participar com a turma
(grupo de pesquisa) sobre a leitura realizada – esse acompanhamento será
13
realizado pela professora – que os observará e participará (on line) e anotará
devidamente cada novidade ou evolução;
• Durante um dia da semana (a ser estabelecido) o grupo de alunos se encontrará no
laboratório da escola, para discutirem sobre a experiência vivenciada no blog. Ou
seja, o grupo discutirá livremente sobre os textos lidos, sempre com a presença da
professora orientadora. A intenção desse encontro é para verificar se Houve
envolvimento do aluno com a leitura, além disso, a professora buscará perceber o
envolvimento dos alunos sobre as trocas de informações sobre a leitura realizada.
Para verificar se os alunos tiveram envolvimento com o texto à professora participará
do blog com questionamentos a respeito das leituras, da seguinte forma:
Livro: Pequeno Príncipe
Serão levantadas questões, referentes ao conteúdo do livro, porém diante de comparações com
o convício diário do aluno, neste contexto, serão realizadas pontuações, sobre:
• Ganância;
• Preguiça;
• Avareza.
Livro: A Metamorfose
Serão levantadas questões, referentes ao conteúdo do livro, tais como:
• Família e o sustento;
• Convívio familiar;
• Valores familiares;
• Revolução Industrial e seu impacto na sociedade;
• Relações de poder.
Livro: Os Miseráveis
Serão levantadas questões, referentes ao conteúdo do livro, tais como:
• Injustiça social;
• Exclusão social;
• Energia que move o mundo;
• O cidadão: e a generosidade.
O recolhimento dos dados da pesquisa será realizado por meio da observação
participante. Uma das vantagens da observação participante é a possibilidade de um contato
pessoal da pesquisadora com o objeto de investigação, permitindo acompanhar as
14
experiências diárias dos alunos e apreender o significado que atribuem à realidade e às suas
ações.
A observação participante foi selecionada neste estudo como uma das técnicas de
coleta de dados, devido à possibilidade de se captar uma variedade de situações às quais não
se teria acesso somente por meio de perguntas realizadas aos alunos.
Ou seja, a professora fará o registro dos acontecimentos ocorridos durante este tempo
de experiência (trocas de informações – sobre a leitura – via blog e encontro semanais –
discussão das leituras pelos alunos). Este registro servirá de fundamentos empíricos, para
perceber a relação linguagem e mídia. Dessa forma, verificando a importância do computador
para o ensino e da leitura.
3.3 TEMPO DE AVALIAÇÃO
Para cada aula, a avaliação consistirá em 15 minutos.
3.5 CONTEÚDOS DE ESTUDO
Primeira Aula
Dia 25/08 – Quinta-feira
Ø Primeiramente, acontecerá a apresentação da professora e do grupo de alunos. Em
seguida a professora falará sobre as aulas que pretende desenvolver pelo projeto que
será apresentado; Exposição de conteúdos e livros indicados, falando sobre a intenção
e sobre as obras. Dessa forma, o professor verificará o que os alunos pensam sobre o
projeto e a ideia que tem formada a respeito de leitura;
Ø No segundo momento, a professora estabelece relação com os alunos, aproximando-se
do nível de conhecimento deles em tecnologia, apresentando o projeto através do
recurso do multimídia, em Power Point, Na medida do necessário a professora poderá
aprofundar-se nesse conteúdo;
Ø No terceiro momento o professor fará uma análise de conhecimento em leitura e
tecnologia.
15
Segunda Aula
Dia 01/09 – Quinta-feira
Ø O professor convidará os alunos a participarem do projeto no laboratório de
informática, onde serão passadas às senhas e instruções sobre as atividades de
interatividade do blog criado para o desenvolvimento do projeto, no qual os alunos
irão interagir com o professor pesquisador e seus colegas sobre a compreensão das
leituras feitas. Levantando questionamentos e discussões entre eles.
Prática social inicial do conteúdo:
Ø Os alunos devem expor seus conhecimentos sobre leitura;
Ø Os alunos devem apresentar os conhecimentos adicionados pelo professor. Formado
pelo estabelecimento de relações através da troca de informações entre o professor e
alunos.
Nota: esta exposição acontecerá de forma verbal, com o objetivo de estimular o
aluno a se comunicar com naturalidade com eles sentados em círculos.
PROBLEMATIZAÇÃO:
Ø Os alunos deverão apresentar motivos que justifiquem porque é importante
compreender o que leem. E em que momento é interessante a troca das ideias sobre o
que leram;
Ø Os alunos serão desafiados a mostrar a dimensão do conteúdo: expor fatos da vivência
cotidiana e questionar a sua realidade, apresentando questões que os levem a discutir
com os colegas as experiências vividas em diversos temas levantados pelo
questionamento das leituras.
Nota: esta justificativa acontecerá de forma verbal, e essas trocas de informações
deverão acontecer de forma descontraídas, com eles sentados em círculos.
INSTRUMENTALIZAÇÃO:
Ø OS alunos devem repassar o conhecimento ao colega, dessa forma facilitando as
interpretações;
16
Ø Para a realização da apresentação sobre o conteúdo, o professor solicitará aos alunos
que leiam os livros indicados, dentro do prazo estipulado e, ter todas as informações
da obra lida.
Nota: essas leituras serão realizadas em seus lares. Para posteriores discussões via
blog com colegas.
Terceira Aula
Dia 08/09 – Quinta-feira
Ø A Professora deverá ter um grupo de alunos para fazer a leitura do Pequeno Príncipe,
um grupo que lerá a Metamorfose e um grupo que lerá Os Miseráveis, dessa forma
através de um sorteio cada grupo de aluno ficará responsável para responder e
questionar as questões do livro lido e discutir com a professora e seus colegas do
grupo;
Ø Essa aula fica reservada para que o grupo de alunos iniciem a preparação dos debates,
como será exposto, em que grupo está inserido e devem levar os livros para que façam
a sua leitura em casa. Por meio dos esclarecimentos das dúvidas em sala de aula, a
professora estará avaliando o conhecimento dos alunos.
Nota: os alunos deverão anotar suas dúvidas a respeitos das próprias leituras em
casa, para quando reunidos possam expressar-se verbalmente.
Quarta Aula Dia 15/09 – Quinta-feira
Ø Todos os alunos deverão ter concluído as leituras em casa e, assim, devem apresentar
as dúvidas e os questionamentos para a professora tanto das leituras quanto da
comunicação com os alunos via blog, a professora discutirá com eles e acrescentará
informações necessárias;
Ø Nestes termos, a professora poderá avaliar o processo de construção do conhecimento
dos alunos, bem como o seu envolvimento com ele, além de esclarecer as suas
dúvidas. Assim, iniciam-se as discussões, podendo modificar o que for necessário para
melhorar o entendimento dos conteúdos propostos, de tal modo que a s próximas aulas
17
seguem o modelo desta, cabendo aos alunos escolherem os recursos metodológicos
apropriados para seu melhor desempenho.
Nota: a ideia dos encontros é que os alunos compartilhem de suas leituras, se estão
motivados ou não, qual a sensação de comunicarem via blog.
Quinta Aula
Dia 22/09 – Quinta-feira
Ø Apresentação e esclarecimento das dúvidas, acréscimo de informações, troca de ideias
para o enriquecimento do trabalho.
Nota: neste dia a professora fará um apanhado geral dos conteúdos dos livros,
porém convidando os alunos a se posicionarem com seus pontos de vista.
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO:
Ø A professora avaliará o conteúdo pelos textos e debates, após o término das leituras o
comentará os textos explicando detalhes, nos termos de que essa aprendizagem nos
fará ver o mundo com mais clareza, compreender melhor a nossa vivência cotidiana;
Ø Através da leitura, avalia-se a sua importância em nossas vidas, mostrando que a nossa
liberdade faz parte do conhecimento adquirido e que nos faz homens sábios.
Sexta Aula
Dia 29/09 – Quinta-feira
Ø Nesta aula os alunos trocarão ideias e experiências do seu convívio social de cada um
em seus blog.
Nota: esse encontro é reservado para que os alunos compartilhem de suas
experiências, vivenciadas via blog, considerando sempre como ponto norteador as leituras
de seus livros.
18
Sétima Aula
Dia 06/10 – Quinta-feira
Ø Apresentação das leituras, debate sobre os temas principais e enriquecimento e troca
de ideias pelos temas das obras levando-as ao nível social do seu convívio;
Ø Após os debates a professora pedirá que cada um escreva um texto sobre o que achou
da experiência vivida comparando com sua vida social a obra lida;
Ø Após apresentação do texto perante o grupo a professora fará as intervenções
necessárias para que os textos possam ser postados no blog.
Ø A professora dará sugestões para a elaboração desse trabalho individual, mostrando o
quanto é importante o entendimento das leituras e o que o autor mostra através de sua
obra ao seu leitor e porque é importante ler, mostrando que a leitura supera todos os
obstáculos, o da oralidade, o da escrita além de proporcionar a liberdade, pois só é
livre o homem que tem conhecimento. Essa produção deverá estar pronta na próxima
aula.
Nota: após o aluno ter colocado no papel suas experiências de informação via
blog, cada um apresentará seu ponto de vista verbalmente. E a professora fará o
fechamento do encontro dessa aula.
Oitava Aula
Dia 13/10 – Quinta-feira
AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO:
Ø A professora avaliará o conteúdo pelos textos e debates;
Ø Após o término das leituras, a professora comentará os textos explicando detalhes e
que essa aprendizagem nos fará ver o mundo com mais clareza, além de compreender
melhor a nossa vivência cotidiana;
19
3.6 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES
Foram destacados indicações e procedimentos para trabalhar a leitura através de
blog, todavia não é uma indicação que não se encerra por si mesma, deixando espaço para
toda criatividade do educador.
20
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Vera Teixeira et al. ZILBERMAN, Regina (Org.) Leitura em crise na escola. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.
AEBERSOLD, J.A.; FIELD, M.L. From reader to reading teacher. USA: Cambridge University Press, 1997. Tradução: Luiz André zanette.
BAMBERGER, R. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2000.
BARROS, André C. Uso de computadores no ensino fundamental e médio uma revisão sistemática da literatura. Disponível em: <http://www.br-ie.org/pub/index.php/rbie/article/view/22/18>. Acesso em: Jan. 2011.
CALDAS, GRAÇA. Mídia, escola e leitura crítica do mundo. Educ. Soc., Campinas, v. 27, n. 94, p. 117-130, jan./abr. 2006 129. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>. Acesso em: Mar. 2011.
CAMPOS, Gisela Pincowsca Cardoso. O processo de leitura: da decodificação à interação. Disponível em: <http://www.faculdadeobjetivo.com.br/arquivos/OProcessoDeLeitura.pdf>. Acesso em: jan. 2011.
CARRAHER, T. N., REGO, L. L. B. O realismo nominal como obstáculo na aprendizagem da leitura. Cadernos de Pesquisa, n.39, p.3-10, novembro, 1981.
CARRAHER, T. N., SCHLIEMANN, A. D. Fracasso escolar: uma questão social. Cadernos de pesquisa, n.45, p.3-18, maio, 1983.
FECCHIO, M. A influência da leitura no comportamento social do acadêmico da Unipar-Campus Cianorte. Uberlândia, 2001. 197 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Uberlândia.
FERREIRA, Rita de Cassia Delconte. Tecnologias da informação e comunicação na leitura e produção de textos (2007). Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/205-4.pdf> Jan. 2011.
FRANCO, M. A. S. Pedagogia da Pesquisa-Ação. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v.31, n.3, p.483-502, 2005. Disponível em: SciELO - Scientific Electronic Library On-line Disponível em:<http://www.scielo.br>. Acesso em: 22 set. 2010.
GOODMAN. K. Unity in reading. In: SINGER H. & RUDDELL, R. B. Theoretical model and processes of reading. Newark Delaware: Internacional Reading Association, 1988, p.813-840. Tradução: luiz Abndré Zanette.
KATO, Mary. O aprendizado da leitura. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 9. ed., 2004.
LARROSA, J. Literatura, experiência e formação. In. Costa, M.V. (org.): Caminhos investigativos. Porto Alegre: Mediação, 1996.
21
MORAES, José. A arte de ler. Tradução Álvaro Lorencini. São Paulo: UNESP, 1996, 1996.
NUTTAL, C. Teaching Reading Skills in a Foreign Language, New Edition, Ed. Heinemann, 1996. Tradução: Luiz André Zanette.
PAZ, Dioni Maria dos Santos. Teoria da atividade e modelos de leitura em livros didáticos de português - L2. Disponível em: http://jararaca.ufsm.br/websites/l&c/download/Artigos/L&C_2S_06/Marcos_Candida.pdf. Acesso em: jan. 2011.
PINTO, Cândida Martins; MOREIRA, Anamaria Pereira; PIETCZAK, Celma. Ensino de leitura: teoria, prática ou prazer? Revista Trama, v 4, n 7 - 1º Semestre de 2008, p. 69-84.
SILVA, Francielly Falcão da; BARBOSA, Amanda Oliveira. Pontos de vista: um objeto de aprendizagem para o ensino de gêneros textuais. 3º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação, Redes Sociais e aprendizagem (2010). Disponínvel em: <http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Francielly-Falcao-Silva&Amanda-Oliveira-Barbosa.pdf>. Acesso em: Marc. 2011.
SOARES, M. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto. In: ZILBERMAN, R.; SILVA, E. T. (Org.). Leitura: perspectivas disciplinares. São Paulo: Ed. Ática, 2000. p. 18-29.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação. 14. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2005.
VALENTE, J. Diferentes usos do computador na educação. In Valente, J. Computadores e Conhecimento: repensando a educação, p. 1– 23. Gráfica da UNICAMP, 1993.
VALENTE, José Armando. Análise dos diferentes tipos de software usados na educação. Em J. A. Valente (org.) Computadores na Sociedade do Conhecimento. Campinas: Nied – Unicamp, 1999 - p. 89-110. Disponível em: <www.nied.unicamp.br/oea>. Acesso em mar. 2011.
VILLARDI, R. Ensinando a gostar de ler. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.