NFORMATIVO DA UNDAÇÃO ARLOS LBERTO ANZOLINI … em foco nº 73... · Resenha: Implementação do...

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MARÇO/ABRIL de 2008 I NFORMATIVO DA F UNDAÇÃO C ARLOS A LBERTO VANZOLINI - D EPARTAMENTO DE E NGENHARIA DE P RODUÇÃO - E SCOLA P OLITÉCNICA - USP ANO XV n° 73 2 5 6 ENTREVISTA SOLUÇÃO SOLUÇÃO UP GRADE UP GRADE VANGUARDA EM DIA LEITURA VANGUARDA EM DIA LEITURA ENTREVISTA Sociedade beneficiada Promotor fala da importância das fundações e da ação do Ministério Público para garantir o bom funcionamento dessas entidades Planejamento estratégico Roadmap tecnológico auxilia empresas a estabelecer uma visão unificada sobre o futuro da organização Consciência ambiental Seminário internacional promove debate sobre certificação de construções sustentáveis e apresenta casos de sucesso Desenvolvimento de novos produtos baseado na tecnologia Web ICPR 2008 . Mais agilidade para a Poli . Profissionais bem informados Resenha: Implementação do QFD para o Desenvolvimento de Novos Produtos em foco em foco

Transcript of NFORMATIVO DA UNDAÇÃO ARLOS LBERTO ANZOLINI … em foco nº 73... · Resenha: Implementação do...

MARÇO/ABRIL de 2008INFORMATIVO DA FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOL IN I - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - ESCOLA POL ITÉCNICA - USPANO XV n° 73

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ENTREVISTA

SOLUÇÃOSOLUÇÃO

UP GRADEUP GRADE

VANGUARDA

EM DIA

LEITURA

VANGUARDA

EM DIA

LEITURA

ENTREVISTA

Sociedade beneficiada

Promotor fala da importância das fundações

e da ação do Ministério Público para garantir

o bom funcionamento dessas entidades

Planejamento estratégico

Roadmap tecnológico auxilia empresas

a estabelecer uma visão unificada

sobre o futuro da organização

Consciência ambiental

Seminário internacional promove debate

sobre certificação de construções

sustentáveis e apresenta casos de sucesso

Desenvolvimento de novos produtos baseado na tecnologia Web

ICPR 2008 . Mais agilidade para a Poli . Profissionais bem informados

Resenha: Implementação do QFD para o Desenvolvimento de Novos Produtos

em fo

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foco

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ENTREENTREvista

Patrimônio socialPromotor explica a relação entre o Ministério Público e as fundações, especialmente

as de apoio à universidade, e fala da importância desse tipo de entidade

O promotor Airton Grazzioli é curador de Fundações de São Paulo e membro do Ministério Público (MP) do estado. Em seu dia-a-dia, divide com outro promotor o acompanhamento

de todas as fundações com sede jurídica na capital do estado de São Paulo: assistenciais, de meio ambiente, de direitos humanos, de apoio à universidade, hospitalares, entre outras. Nesta entrevista ao Van-zolini em Foco, detalha o funcionamento das fundações e do traba-lho realizado pelo MP para garantir que as atividades empreendidas sejam de interesse social, que não haja concorrência desleal, e evitar desvios. “O termo empregado pelo código civil é velamento das fun-dações privadas. E velamento é acompanhamento, aconselhamento, um cuidado específico para que elas não cometam desvios de conduta. A fiscalização é também uma das parcelas da atribuição”, afirma. A seguir, os melhores trechos.

Vanzolini em Foco – Por que as funda-ções têm um acompanhamento do Ministé-rio Público e outras entidades não?Airton Grazzioli – Concebe-se inicial-mente a fundação como um patrimô-nio que recebe personalidade jurídica. Não se trata de um patrimônio públi-co, mas também não é privado, no sen-tido mais estrito. É um patrimônio so-cial. Ao mesmo tempo que é privado, pertence à sociedade como um todo. E para dar maior tranqüilidade e maior segurança às pessoas que se desfazem de um patrimônio para ele se tor-nar uma fundação, concebe-se que o Ministério Público acompanhe essa modalidade de entidade, que vai de-senvolver atividades necessariamente de interesse social, do momento em que nasce ao momento em que dei-xa de existir. Agora, essas atividades apresentam um leque bastante amplo. Vão desde atividades filantrópicas, de assistência à criança, ao idoso, a ações de fomento em prol da cidadania e do meio ambiente. Além disso, há o viés das fundações de apoio a univer-sidades privadas e públicas, com uma vertente de desenvolvimento da ino-vação tecnológica e da extensão e do ensino. A finalidade é evidentemente melhorar a sociedade por meio das ati-vidades da academia. No Brasil, desde o código de 1917, é o Ministério Públi-co que faz o acompanhamento. Friso muito esse termo, porque algumas ve-zes se vulgariza a atividade para dizer que ela é tão-somente de fiscalização. O termo empregado pelo Código Civil é velamento das fundações privadas. E

velamento é acompanhamento, acon-selhamento, um cuidado específico para que elas não cometam desvios de conduta. A fiscalização é também uma das parcelas da atribuição, quando ela se tornar necessária.

VF – Qual a diferença entre a empresa pri-vada e a fundação?AG – O Código Civil elenca as mo-dalidades de pessoa jurídica de direi-to privado, como titular de direitos e obrigações. Trata-se de um número restrito. São as sociedades comer-ciais, os partidos políticos, as organi-zações religiosas, as associações e as fundações. Entre elas, apenas uma compreende as entidades com fins lucrativos, as sociedades comerciais, que têm como escopo final o desen-volvimento de atividade econômica visando ao lucro. Lucro é aquilo que pode ser dividido entre os sócios. As demais têm em regra uma finalidade social, não lucrativa, muito embora elas possam desenvolver atividade econômica, o que importa numa mais valia pelo produto que elas colocam à disposição muitas vezes no mercado, mas isso não pode ser titulado de lu-cro, porque não pode ser dividido en-tre os associados ou integrantes dessa entidade. Esse superávit tem de ser investido nas finalidades sociais ou para incrementar o patrimônio da en-tidade. Esse é um equívoco que mui-tas vezes nem o Ministério Público vê como muito claro, quando se diz que as fundações não podem desen-volver atividade econômica. Podem

e devem, porque do contrário vão à míngua e morrem.

VF – E as organizações não-governamen-tais (ONGs), entram em que modalidade?AG – Não existe ONG no ordenamento jurídico. Essa é a verdade. Se você fizer uma interpretação literal do termo, a entidade, quando não é pública, é uma organização não-governamental, assim como o partido político, a entidade re-ligiosa, as associações e as fundações. O que se denomina popularmente de ONG, na maioria das vezes, ou é uma associação ou é uma fundação privada. O mesmo ocorre com a OSCIP. Não existe Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Há também as fundações públicas, que se encontram do outro lado do ordenamento, entre os órgãos públicos, geralmente sob a forma de autarquias. No entanto, as entidades não lucrativas podem obter determinados títulos do poder público. Esses títulos vão lhes garantir determi-nadas benesses, geralmente fiscais.

VF – Se uma fundação atua no mesmo mercado que uma empresa, isso não oca-sionará uma competição desleal?AG – Pode ocorrer, mas há instrumen-tos para evitar isso. O mais importante é o velamento do Ministério Público. Como ele tem de defender a fundação, mas também exigir que ela se paute pela extrema regularidade na sua con-duta, não pode permitir atos de concor-rência desleal. Uma fundação pode ou não praticar atos de concorrência desle-al, a meu ver dependendo do montan-

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ENTREENTREvista

te e da importância de suas atividades perante o mercado. Vejamos um caso prático: uma fundação tinha uma grá-fica de produção de rótulos de embala-gens de determinado segmento de pro-duto, com atividades de tal monta que ela praticamente conseguia abraçar o mercado nacional e eventualmente le-var para fora do país os seus serviços. Quando percebemos, consensualmen-te com a gestão da fundação, optou-se pela criação de uma empresa da qual ela é majoritária no quadro societário, para exercer a mesma atividade, só que em condições de igualdade com o mer-cado, pagando todos os tributos. E o lucro dessa empresa é canalizado inte-gralmente para os cofres da fundação e aí vai para o patrimônio e para as ativi-dades sociais. No caso de fundações de apoio à universidade, as duas entidades estão do mesmo lado. Não consigo con-ceber a prática desleal das atividades das fundações de apoio, porque são desenvolvidas com um interesse pú-blico muito forte, como a inovação e a extensão. E a empresa está ansiosa para que apareça uma inovação, porque ela vai beneficiar o seu produto.

VF – O senhor poderia detalhar as ativi-dades de acompanhamento e de fiscaliza-ção do Ministério Público? AG – Quando alguém pretende insti-tuir uma fundação, tem de conversar com o Ministério Público para verificar a viabilidade do projeto, sob o aspecto social, financeiro e econômico – ver se o capital é suficiente, se ele vai render os frutos necessários para amparar as ativi-dades, se o objeto social é de fato de in-teresse da sociedade. Caso a fundação seja criada – cerca de 90% dos pedidos são rejeitados –, o Ministério Público participa desde a escritura, fiscaliza a integralização do capital e todas as atas de conselho curador, de diretoria exe-cutiva e de conselho fiscal. Há também a apresentação de relatórios de todas as atividades desenvolvidas, a prestação anual de contas e reuniões periódicas. A movimentação de ativos, seja para aquisição, seja para venda, sempre pre-cisa de autorização do Ministério Pú-blico ou autorização judicial.

VF – Seria interessante traçar um quadro evolutivo das fundações no país.AG – As fundações no começo do sé-culo passado eram poucas, mas com patrimônio bastante significativo. Em

regra voltadas a atividades assistenciais no sentido mais estrito possível: para o abrigo de órfãos, crianças desassistidas e entidades para o abrigo de tuberculosos. Essas atividades ganharam uma regu-lamentação específica em 1917. Com o decorrer dos anos, elas foram ampliando o objeto social, as ações, e avançando em outros campos de interesse social, como direitos humanos, cidadania, meio ambiente, isso da década de 70 para cá. Hoje o Brasil tem algo em torno de 4 mil a 5 mil fundações privadas. Trata-se de uma estimativa. A capital de São Paulo tem cerca de 300 fundações, cerca de 650 fundações no estado. As entidades com o patrimônio mais significativo es-tão em São Paulo, que deve ter metade do patrimônio total.

VF – Qual a importância das fundações de apoio às universidades para a sociedade?AG – Tomemos como exemplo as ativi-dades da Fundação Vanzolini. Eu vejo como de superlativa importância o apoio à extensão, à pesquisa. E a Vanzolini tem um viés diferenciado no tocante à certificação, que é um serviço de extre-ma importância para a sociedade e para o mercado, pois interessa a todos, pois visa melhorar a qualidade dos serviços que as empresas colocam à disposição da sociedade. Outro dia, estive no ga-binete de um ministro em Brasília e na ante-sala do ministro havia um quadro dizendo que a secretaria do ministro ti-nha sido submetida a um procedimento de certificação da Vanzolini. Ou seja, aquele gabinete teve a preocupação de buscar a melhoria do serviço público que presta ao país inteiro. Fala-se que as fundações manejam verbas milionárias e destinam pouco ou quase nada para a universidade. A assertiva é feita ou por desconhecimento basilar de qualquer norma de mercado ou com pretensão de

mascarar a verdade. Uma fundação teve, por exemplo, um fluxo financeiro du-rante o ano de 100 milhões e destinou 1 milhão para a universidade, ou seja, 1% do que ela faturou. Agora vamos verifi-car uma empresa com faturamento de 100 milhões: quanto ela destina para os seus sócios em termos de lucro? Pode ser 1% ou 2%, não mais do que isso. Se levarmos em conta o custo da operação, e considerarmos que ela faz um traba-lho específico, em que muitas vezes a remuneração não é aquela de mercado, comercial, porque se trata de atividade da academia, destinar 1 milhão para de-terminado instituto ou universidade é algo bastante significativo. E significa-tivamente melhor do que não ter a fun-dação. Considerando que as fundações pertencem em última instância à própria universidade, já que em regra elas con-tam com disposição estatutária em que, caso venham a ser extintas, o patrimônio seja integralmente destinado à universi-dade, qual o pecado desse tipo de ativi-dade? O modelo, portanto, é bom para a sociedade e bom para o poder público. Os críticos deveriam procurar verificar se existe algum tipo de irregularidade na operação, se existe algum tipo de desvio comportamental por parte dos dirigen-tes ou colaboradores e denunciar esses desvios aos órgãos constituídos para que as providências sejam tomadas.

VF – Qual a diferença entre as fundações de apoio às universidades federais e as de apoio às universidades estaduais?AG – Enquanto as fundações de apoio às universidades federais têm um regu-lamento específico, uma lei federal e um decreto presidencial que permitem que elas recebam verba da própria universi-dade, nas estaduais esse canal não está aberto. Então as fundações de apoio à Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, não recebem recursos orça-mentários da USP. Existe uma orien-tação do Ministério Público para não permitir esse tipo de prática – o que eu acho muito bom. Por outro lado, a uti-lização de equipamentos ou de espaço público da universidade, se essa utiliza-ção estiver focada no desenvolvimento de atividades estatutárias e sociais da fundação e conveniadas com a universi-dade, é salutar. Esse é o lado bom do re-lacionamento público-privado, de modo a melhorar a qualidade do serviço colo-cado à disposição da população.

“Não consigo conceber

a prática desleal das

atividades das fundações

de apoio, porque são

desenvolvidas com um

interesse público

muito forte”

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Em diaEm dia

VANGUARDAVANGUARDA

O advento de novas tecnologias de informação e de comunicação ágil e rápida, como a Internet e microcomputadores cada vez mais poderosos e baratos, está levando ao sur-gimento de novos conceitos em termos de desenvolvimento de produtos, baseados na

interatividade e na interconectividade. Em dois estudos de caso em empresas de serviços, os autores, o professor livre docente do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP e vice-presidente do conselho curador da Fundação Vanzolini, Fernando José Barbin Laurindo, e Cláudia Aparecida de Mattos (doutoranda), entrevistaram diversos profissionais de vários ní-veis hierárquicos e diferentes áreas de atuação visando investigar esse fenômeno. Embora em ambos os casos tenha sido detectado um uso inovador da Internet na oferta de novos serviços, pode-se notar uma diferença de abordagens. Enquanto em um dos casos o portal na Internet foi usado unicamente para realizar transações e oferecer produtos e serviços, na outra empresa o portal foi usado para estabelecer um real canal de relacionamento com os clientes. Desse relacionamento, a empresa foi capaz de identificar necessidades dos clientes ainda não aten-

didas e assim desenvolver e ofertar novos produtos. Portanto, a primeira empresa usou a Internet como meio para melhorar seus produtos já existentes e a segunda usou-a de forma mais inovativa, ao se valer no inter-relacionamento com os clientes via web para conceber e desenvolver novos produtos. Do estudo, que será publicado no Brazilian Journal of Operations & Pro-duction Management, foi possível perceber o grande potencial que a Internet tem para ajudar a criar valor no desenvolvimento de produtos, reduzindo incertezas e custos no processo. No entanto, esse potencial ainda não tem sido plenamente utilizado pelas empresas. Os autores pretendem prosseguir com suas pesquisas para aprofundar a compreensão dessa nova realidade na busca cada vez mais intensa por inovação na acirrada competição entre as empresas nos mercados atuais.

Desenvolvimento de novos produtos baseado na tecnologia Web: estudo de casos em empresas brasileiras

ICPR 2008

No ano de seu cinqüentenário, o Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP vai organizar a quarta International Conference on Production Research – ICPR Americas 2008, evento endossado pelo The International Foundation for Production Research (IFPR) e apoiado pela Fundação Vanzolini. Com o tema The Role of Emerging Economies in the Future of Global Production: Creating New Multinationals, a conferência vai reunir especialistas nacionais e internacionais, além de estudantes e profissionais das áreas de projeto, gestão de operações, engenharia, otimização, economia e administração de empresas, para debater o papel que as economias emergentes e suas multinacionais, como produtoras de bens e serviços, começam a desempenhar nos mercados mundiais. Segundo o comitê organizador do encontro, trata-se de um relevante fórum de discussão sobre o tema para a comunidade acadêmica e empresarial. A ICPR Americas 2008 ocorrerá entre os dias 5 e 7 de junho na Poli-USP. Mais informações: www.icpramericas2008.net

Mais agilidade para a Poli

Desde 2003, o presidente do Conselho Curador da Fundação Vanzolini e professor do Departamento de Engenharia de Produção, Antonio Rafael Namur Muscat, vem coordenando o projeto Aperfeiçoamento de Processos Administrativos (APA) da Poli-USP. Com o objetivo de propor e implementar processos administrativos mais simples e racionalizados, o APA buscou beneficiar funcionários, docentes, alunos e, conseqüentemente, a escola, a universidade e a sociedade como um todo. O projeto foi dividido em quatro fases:

• Fase 1 – Análise Estratégica e Mapeamento de Processos. • Fase 2 – Estudo de Melhoria dos Processos Críticos e Implantação dos Processos-Piloto Aperfeiçoados. • Fase 3 – Implantação de Processos Críticos Aperfeiçoados e Capacitação de Recursos Humanos.• Fase 4 – Acompanhamento da Implantação de Processos Críticos, do Grupo de Qualidade e Processos, e Envolvimento da Poli.

Profissionais bem informados

As duas mais recentes palestras gratuitas do ciclo Noite em Dia, que ocorrem na unidade da Avenida Paulista da Fundação Vanzolini, das 19h30 às 21h30, foram realizadas em maio. Dia 8, o professor titular e chefe do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP, Mario Sergio Salerno, falou sobre o tema Gestão Estratégica da Inovação. Com o objetivo de discutir benefícios da inovação e diferenciação de produtos, seu panorama institucional e um modelo para analisar os gargalos na ca-deia de valor da inovação na empresa, o especialista apresentou resultados de pesquisa com 72 mil empresas industriais. Dia 14, a palestra, a cargo do biólogo e professor livre docente da Escola Paulista de Medicina, João S. Furtado, enfocou a Ecoeficiência Como Rota para a Sustentabilidade Organizacional. Furtado tratou do conceito de ecoeficiência e de procedimentos para a implantação no eixo de negócios da organização, visando prepará-la para a atuação sustentável. Mais informações: www.vanzolini.org.br ou pelo telefone (11) 3145-3700.

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gradegradeUP

Technology Roadmapping é uma técnica que auxilia as empresas no alinhamento

entre estratégia corporativa e gestão tecnológica. A primeira versão do roadmap tecnológico foi de-senvolvida na Motorola durante a década de 1980, buscando sintetizar a visão dos projetos em desenvolvimento naquela corporação, o horizonte de tempo em que as tecnologias seriam incorporadas aos novos serviços e produtos e o alinhamento com os objetivos estratégicos da corporação. Atualmente a técnica vem se popularizando, sendo empregada em diferentes situa-ções, como no planejamento de empreendimentos de turismo espacial, na criação de dispositivos de armazenagem de infor-mação usando nanotecnologia e, de forma geral, para promover uma visão unificada sobre o futuro da organização, conciliando as diferentes perspectivas necessárias para a formulação de um referencial de planejamento efetivo.

A crescente difusão das técnicas de alinhamento entre estratégia corporativa e gestão tecnológica encontra sua ex-plicação na evolução dos mercados ocorrida ao longo do sé-culo passado. Inicialmente operando em mercados capazes de absorver a totalidade dos produtos manufaturados, na-quele momento a principal preocupação das empresas consistia na obtenção de volumes crescentes de produção. Porém, com a globalização das economias e com os contínuos aprimoramentos tecnológi-cos, a oferta de produtos passou a exceder a demanda apresentada pelos mercados, fazendo com que fatores como qualida-de, velocidade, confiabilidade, custo e flexibilidade se tornassem prioridades, iniciando a reestruturação contínua dos seus processos produtivos. Atualmente, a crescente preocupação das empresas com a gestão de seus processos produti-vos reflete essa tendência.

O resultado final do processo de cons-trução do roadmap tecnológico é uma fi-gura que sumariza o alinhamento entre a

estratégia corporativa e a gestão tecnológica no horizonte de tempo considerado para a corporação. Os diferentes níveis estruturados nessa figura (veja reprodução abaixo) compreen-dem as principais tendências analisadas sobre o mercado, os principais produtos e serviços a serem desenvolvidos nesses horizontes de tempo e o gerenciamento das tecnologias con-sideradas como relevantes para a empresa.

Apesar de simples em sua forma final, o processo de cons-trução do roadmap é complexo, pois compreende a concilia-ção de diversos pontos de vista, como a priorização das ten-dências do mercado e das tecnologias a serem empregadas, considerando simultaneamente as visões dos departamentos de marketing e de engenharia da corporação.

A Fundação Vanzolini e o Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP vêm desenvolvendo pesquisas bá-sicas e aplicadas sobre o Technology Roadmapping. Uma pri-meira seqüência de projetos incluiu o desenvolvimento de roadmaps tecnológicos para empresas de base tecnológica e, num segundo momento, os roadmaps tiveram como foco o desenvolvimento de estratégias para os laboratórios de pes-quisa das universidades. Mais informações podem ser obti-das com o autor, pelo email: [email protected]

Planejamento efetivoRoadmap tecnológico ajuda a promover uma visão unificada

sobre o futuro da organizaçãoPor André Leme Fleury

André Leme Fleury é professor doutor do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP e atua na Fundação Vanzolini.

Plano de ação

Market/Customers/CompetitorsEnvironment/Industry/

Business/Trends/Drivers/Threats/Objectives/Milestones/Strategy

Products/Services/Applications/Services/Capabilities/Performance/

Features/Components/Families/Processes/Systems/Platforms/

Opportunities/Requirements/Risks

Technology/Competences/

Knowledge

Other resources: Skills/Partnerships/Suppliers/

Facilities/Infrastructure/Organisation/Standards/Science/Finance/R&D Projects

Past Now Plans Future Vision Time(know-when)

‘purpose’(know-why)

‘delivery’(know-what)

‘resources’

(know-how)

Time

Conheça os passos para estruturar um roadmap

Na década de 1990, Probert, Phaal e Farrukh, do Centre for Technology Management da Universidade de Cambridge, desenvolveram o T-

Plan, técnica elaborada especificamente para estruturar uma versão inicial do roadmap tecnológico. De acordo com esses autores, o processo

de elaboração do roadmap deve compreender quatro etapas:

1. Mercado: o foco é a análise dos mercados nos quais a empresa pretende atuar no curto, médio e longo prazo, tendo em vista a identificação

das principais oportunidades e ameaças ao longo do tempo e a compreensão das principais forças e fraquezas da empresa nesses contextos;

2. Produtos e Serviços: busca-se compreender como as questões sobre os mercados e as questões tecnológicas podem ser harmonizadas

nos produtos e serviços que serão disponibilizados pela corporação, e em qual horizonte de tempo;

3. Tecnologia: tem por objetivo identificar quais as características das principais tecnologias de interesse para a organização, desenvolven-

do um processo de gestão tecnológica capaz de incorporar as tecnologias necessárias no momento oportuno;

4. Roadmapping: inclui a aprovação do roadmap final entre os diferentes participantes do processo.

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SOLUÇÃOSOLUÇÃO

A construção sustentável ganha mercado à medida que a consciência ambientalavança no cenário econômico mundial

Para a saúde do planetafo

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A Fundação Vanzolini deu um passo decisivo na liderança nacional no campo da certificação de empreendimentos sustentáveis, com a realização do Seminário Interna-

cional Brasil-França Construção Sustentável, no Salão Nobre da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), no dia 3 de abril. Ao promover o evento e apresentar o processo de certifi-cação AQUA, referencial brasileiro para o setor – baseado em um modelo francês cuja adaptação às características locais foi coordenada pela diretoria da área de certificação da Vanzolini –, avançou na discussão de um tema fundamental para a socieda-de moderna, empenhada em garantir bem-estar ao ser humano com o menor impacto ambiental possível.

Em tempos de preocupação crescente com o aquecimento do planeta e a preservação do meio ambiente, encontros como esse, organizado em parceria com o Departamento de Enge-nharia de Produção da Poli-USP, como uma das atividades de comemoração de seus 50 anos, e com apoio de várias entidades interessadas no assunto, proporcionam o amadurecimento de questões que vão do uso de matéria-prima de baixo impacto ambiental a projetos arquitetônicos que privilegiem a econo-mia de água e energia em espaços urbanos, sem que isso sig-nifique perda de qualidade. O debate estimula a pesquisa, que alimenta o rol de soluções empregadas na construção civil, beneficiando o usuário dessas edificações e os demais agentes sociais. Com isso, fecha-se o círculo virtuoso da relação da aca-demia com o setor produtivo e a sociedade.

A abertura do seminário foi realizada pelo diretor da área de certificação da Fundação Vanzolini, José Joaquim do Amaral Ferreira, que logo passou a palavra ao vice-presidente da enti-dade, Renato de Castro Garcia. Em sua fala, Garcia ressaltou a atualidade e importância da temática. Em seguida, o chefe do

Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP, Mario Salerno, abordou a atenção do departamento para desenvolver pesquisas sobre sustentabilidade em várias áreas.

Garantia de qualidadeA primeira palestra, Revitalização de Centros Urbanos: Os

Bairros Sustentáveis – Paris Rive Gauche e Gare de Run-gis, relatou dois estudos de caso em que o pensamento da sustentabilidade ultrapassou a escala do edifício para abra-çar bairros da cidade de Paris, na França. O trabalho é fruto da pesquisa de pós-doutora-mento de Ana Rocha Melha-do, sob orientação de Amaral Ferreira, realizado no Depar-tamento de Engenharia de Produção. “Um dos objetivos foi analisar os critérios de sus-tentabilidade adotados nos empreendimentos, desde a fase de estudo e definição do produto, incluindo as de desenvol-vimento do projeto, execução e entrega da obra ao usuário final”, explicou a pesquisadora. Trata-se de empreendimen-tos urbanos de longo prazo (estimado em 20 anos), que pri-vilegiam o transporte coletivo e as ciclovias, numa operação envolvendo o setor público, o privado e a comunidade. O projeto voltado para a Gare de Rungis, por exemplo, é total-mente sustentável e prevê estudos de materiais, de utiliza-ção de energia e de água, a redução da poluição sonora e de resíduos, e a inclusão de vários pontos de aluguel e retorno de bicicletas. Ambos os bairros foram certificados segundo referenciais franceses para garantir sua sustentabilidade.

Palestrantes na cerimônia de abertura do Seminário Internacional Brasil-França Construção Sustentável

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SOLUÇÃOSOLUÇÃOCATEGORIAS da QUALIDADE AMBIENTAL do EDIFÍCIO

QAE

Ciente de sua responsabilidade ambiental e de olho nas oportunidades de negócios que a preocupação com a sus-

tentabilidade pode oferecer, a Método Engenharia resolveu investir no setor da construção sustentável. “Consideramos

a aplicação da metodologia de sustentabilidade mais fácil, porque já temos um sistema de gestão consolidado”, expli-

cou o diretor da unidade de negócios Hotéis e Hospitais da empresa, Roberto Rocha.

Daí a firmar uma parceria com a Fundação Vanzolini para o desenvolvimento de um empreendimento de Alta Qualida-

de Ambiental (AQUA) foi um pulo. O projeto piloto para certificação de hotéis está situado ao sul de Recife, em Pernam-

buco. Chama-se The Reef Club e se encaixa na categoria de empreendimento turístico e de segunda residência, com

foco no público europeu – com cerca de 70% das vendas. Segundo Rocha, a localização se justifica pela proximidade

com a Europa e a existência de vôos diretos para a região. O complexo turístico terá toda a estrutura de lazer – clubes,

hotéis, residências, centro comercial, campo de golfe etc. –, com responsabilidade ambiental, inclusive a despoluição

de um rio que corta o terreno. Os papéis da Método no empreendimento vão desde o apoio na concepção e a obtenção

da certificação dessa fase; engenharia e análise de valor, gestão do projeto e obtenção de certificação da fase; planeja-

mento e logística, contratações e orçamento executivo; à integração de fornecedores, fiscalização de campo, avaliação

de desvios, proposta de soluções e obtenção da certificação da etapa de execução.

Fundação Vanzolini concede certificação a empreendimento da Método em Pernambuco

Caso real

Para saber mais: www.vanzolini.org.br - www.geaconstruction.com.br/

O referencial brasileiroA apresentação do processo de certificação AQUA – Alta

Qualidade Ambiental ficou a cargo de Amaral Ferreira. O espe-cialista demonstrou a importância de iniciativas para o desen-volvimento sustentável enquanto traçava um breve panorama de ações mundiais sobre o assunto. No âmbito da construção ci-vil, o diretor citou desafios para a construção sustentável: “A re-dução do consumo de energia, a redução do consumo de água, a redução dos resíduos e da poluição do solo, água e ar, além de soluções que garantam o conforto e a saúde”.

Ao tratar das características do referencial brasileiro, ba-seado no modelo francês HQE (Haute Qualité Environne-mentale), expôs a participação de vários países no esforço de estabelecer um modelo mundial – ao qual o AQUA está vin-culado –, com a formação de uma rede internacional, a Global Environmental Alliance for Construction (GEA). “A GEA vai permitir o reconhecimento mútuo, a flexibilidade e a efici-ência na adaptação dos referenciais para os países membros, devido à experiência acumulada na rede, troca de tecnologias e conhecimento, e benefícios comerciais”, explicou. Entre as instituições parceiras da Vanzolini para a adaptação do HQE, está o Departamento de Engenharia Civil da Poli-USP.

O AQUA tem dois pilares de sustentação: o Sistema de Gestão do Empreendimento (SGE) e a Qualidade Ambiental do Edifício (QAE). A QAE é composta de 14 critérios, dividi-dos em impactos sobre o ambiente exterior, como a relação do

edifício com o entorno e a gestão da energia, da água e dos resíduos; e criação de um ambiente interior sa-dio e confortável, atentando para questões como con-forto higrotérmico e acústico e a qualidade sanitária dos ambientes. Já o SGE prevê o comprometimento com o perfil de QAE visado, o acompanhamento, a análise e a avaliação da QAE, entre outros pontos.

Das vantagens do referencial citadas pelo diretor, pode-se destacar a avaliação e certificação em três fases: a primeira já na fase Programa, que permite a apresentação do certificado desde o lançamento do empreendimento imobiliário, refletindo em van-tagem competitiva; a segunda na de Concepção, o que implica incorporar a sustentabilidade no proje-to; e a terceira na de Realização, garantindo parâ-metros para a realização da obra.

Modelos francesesPatrick Nossent, presidente do Certivéa, instituição france-

sa certificadora que acompanha os atores envolvidos no setor da construção, apresentou a metodologia HQE. O Certivéa é um braço do Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB), organismo responsável por pesquisas científicas e téc-nicas para o setor da construção e da habitação. Segundo Nos-sent, a certificação é uma ferramenta para melhorar a qualidade na área da construção sustentável. E não se trata apenas de le-var em conta a preocupação ambiental. “Hoje questões como a economia de energia geram ganhos econômicos”, afirmou. O presidente também traçou um panorama do ano de 2009, em que estão previstos, entre outros, 17 edifícios desportivos e 17 empreendimentos piloto de estradas sustentáveis.

Outro campo em crescimento no setor é o de habitação. Se-gundo Xavier Daniel, diretor de desenvolvimento da Quali-tel, associação francesa para a promoção e valorização da qua-lidade na habitação, vem aumentando a demanda – e a oferta – de certificações no mundo tanto de prédios de apartamentos quanto de habitações individuais novas ou não. “Esse aumen-to de interesse é também fruto da regulamentação para dimi-nuir o consumo de energia e de emissões de gases do efeito estufa”, afirmou, referindo-se à política energética internacio-nal e, particularmente, a leis francesas.

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LeiturALeiturA

CurtaSCurtaS

Conselho Curador: Antonio Rafael Namur Muscat – Fernando José Barbin Laurindo – Celma de Oliveira Ribeiro – Gregório Bouer – João Amato Neto – Marcelo Schneck de Paula Pessôa – Roberto Gilioli Rotondaro. Diretoria Executiva: Mauro Zilbovicius (diretor presidente) – Renato de Castro Garcia (diretor vice-presidente) – Clóvis Armando Alvarenga Netto (diretor administrativo) – Paulino Graciano Francischini (diretor financeiro) – Mauro de Mesquita Spinola (diretor de educação). Informações: Av. Prof. Almeida Prado, 531, 1° andar, Cidade Universitária, São Paulo - SP, cep 05508-900, tel. (11) 3814-7366, fax (11) 3814-7496 www.vanzolini.org.br – e-mai l : [email protected]. Diretora editorial: Celma de Oliveira Ribeiro. Criação e Realização: “Entre Aspas”, tel./fax (11) 3032-2049. Jornalista responsável. Fatima Cardoso MTB 19 945

Agradecemos as mensagens comentando as edições anteriores. Se você tiver alguma observação sobre esta ou quiser sugerir

assuntos para as próximas, entre em contato conosco. E-mail: [email protected]

Filosofia Lean no setor de serviços

Em 18 de abril, o diretor financeiro da Fundação Vanzolini, Paulino Graciano Francischini, professor doutor do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP, participou

do seminário Redução de Custos e Ganhos de Qualidade para Empresas de Serviços. Com a palestra Introdução à Filosofia Lean e Suas Aplicações no Setor de Serviços,

Francischini abriu o conjunto de trabalhos realizados no Paulista Wall Street Hotel, em São Paulo. Ao abordar a temática, o diretor expôs requisitos básicos para a aplicação do

Sistema Toyota de Gestão em empresas do setor de serviços e os ganhos proporcionados com a prática. Entre os destaques do evento, a apresentação de cases de aplicação

do Lean em grandes organizações.

Design for Six Sigma

A Fundação Vanzolini está lançando um novo curso de Design for Six Sigma (DFSS), coordenado pelo especialista na área e professor doutor do Departa-mento de Engenharia de Produção da Poli-USP, Alberto Wunderler Ramos. Trata-se de um programa voltado para empresas do setor químico e petroquími-co, que vem se juntar aos cursos DFSS para Serviços e o DFSS para Manufatura, presentes no portfolio da instituição. O DFSS é uma metodologia voltada para o projeto de novos produtos (bens ou serviços) e processos. Visa assegurar o correto desenvolvimento do projeto desde a identificação das necessida-des do cliente até o lançamento no mercado. Mais informações no portal da Fundação Vanzolini: www.vanzolini.org.br ou pelo telefone: (11) 3145-3700.

O livro Implementação do QFD para o Desenvolvimento de Novos Produtos, lançado recentemen-

te pela Editora Atlas, complementa a literatura sobre desenvolvimento de novos produtos a partir de uma aborda-gem detalhada sobre o desdobramento da função qualidade - QFD ou Quality Function Deployment.

É evidente nos dias de hoje o desafio que as empresas enfrentam para desen-volver produtos que venham a atender às necessidades do mercado a que se destinam e que também venham fazer frente à concorrência. Para vencer esse desafio, organizações de diversos seto-res industriais estruturam seu processo organizacional para desenvolver novos produtos e introduzem métodos e téc-nicas para dar suporte a esse processo, sendo o QFD um deles. Este é o tema central da obra, que descreve a estru-turação de um processo de desenvolvi-mento de novos produtos em conjunto com a implemen-tação do QFD para dar suporte a esse processo.

Com uma sólida base conceitual, a obra relata uma aplicação prática, conduzida pelo autor em uma empre-sa industrial por meio de uma abordagem de pesquisa-ação. De forma mais extensa, tal aplicação considera a

relação entre a carteira de desenvolvi-mento de produtos com o processo de desenvolvimento e, principalmente, com a introdução do desdobramento da função qualidade. Os resultados apontaram que a reestruturação do processo de desenvolvimento de novos produtos feita na empresa trouxe uma evolução em relação à versão anterior, que era limitada somente aos procedi-mentos e requisitos normativos da ISO 9001, resultando uma melhoria para a empresa desenvolver seus produtos e colocá-los no mercado. Nesse senti-do, o QFD oferece uma maior eficácia na condução das atividades de desen-volvimento associadas às dimensões mercadológicas e tecnológicas visando obter melhor organização e registro das informações relacionadas a essas duas dimensões, de modo centrado nos re-quisitos dos clientes.

Assim, considera-se que os leitores têm a sua disposição uma obra que pode ser usada no aprendizado teórico sobre o QFD, bem como um guia para implementá-lo. O livro é importante tanto para os profis-sionais das empresas das áreas de pesquisa e desenvolvi-mento, engenharia do produto ou qualidade, quanto para os pesquisadores e estudiosos sobre o tema.

Novos produtos em sintonia com os clientes

Obra traz abordagem detalhada

sobre o desdobramento do QFD

como suporte ao desenvolvimento

de novos produtos

Obra aborda o uso do método QFD de maneira prática, reunindo casos reais a partir de fundamentação teórica

Por Paulo Augusto Cauchick Miguel

Paulo Augusto Cauchick Miguel é professor associado do Departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP e atua na Fundação Vanzolini.