O Bedelho - Maio/2012

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Ano 13 - Número 5 Natal, Maio de 2012 acesse nosso site: www.sintrajurn.org.br coNhEçA o siNTRAjuRN A vida corrida de uma mulher trabalhadora Evento acontece no mês de junho em Brasília Encontro Nacional dos Aposentados PÁGINA 4 Conheça seus di rei tos na co - lu na Jurídico Ação de estágio probatório do TRT 21 PÁGINA 4 PÁGINA 7 Perfilde um servidor eDitoriaL eDitoriaL PÁGINA 6 Sintrajurn participa da Plenária Nacional da Fenajufe, em São Luís do Maranhão, onde categoria decidiu por greve. A paralisação geral em junho foi ratificada na Reunião da Ampliada em Brasília PÁGINA 7 greve em junho para garantir o pCS Sindicato amplia número de convênios e site passa a ser mais informativo e atualizado PÁGINA 6 A paciência por um futuro melhor, com condições de trabalho e qualidade de vida tem limite? Devemos esperar ou fazer nossa parte?

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal do RN.

Transcript of O Bedelho - Maio/2012

Ano 13 - Número 5Natal, Maiode 2012

acesse nosso site: www.sintrajurn.org.br

coNhEçA o siNTRAjuRN

A vida corrida de uma mulhertrabalhadora

Evento acontece no mês dejunho em Brasília

EncontroNacional dosAposentados

PÁ­GI­NA­4

Conheça seus di rei tos na co -lu na Jurídico

Ação de estágioprobatório doTRT 21

PÁ­GI­NA­4

PÁ­GI­NA­­7

Perfild e u m s e r v i d o r

eDitoriaLeDitoriaL

PÁ­GI­NA­6

Sintrajurn participa da Plenária Nacional da Fenajufe, em São Luís do Maranhão, onde categoria decidiu porgreve. A paralisação geral em junho foi ratificada na Reunião da Ampliada em Brasília PÁ­GI­NA­7

greve em junho para garantir o pCS

Sindicato amplia número deconvênios e site passa a ser maisinformativo e atualizado

PÁ­GI­NA­6

A paciência por um futuro melhor, com condiçõesde trabalho e qualidade de vida tem limite?Devemos esperar ou fazer nossa parte?

Natal, Maio de 20122

Sobre a paciência com tribunais, conselhos e pCS4

eDi to riaL

Janilson Sales de Carvalho Coordenador Geral do Sintrajurn

Qual é o li mi te da pa ciên cia? Notrân si to pa re ce cur ta, na vi da pa re ce lon -ga. Acho que, in ti ma men te, es ta be le ce -mos os seus li mi tes pa ra ca da oca sião. Aex pe riên cia e a ida de re di men sio names ses cri té rios. Saímos lo go ce do com onos so ma nual de pa ciên cia pa ra con vi -ver com a agen da de ta re fas, os equi pa -men tos de fei tuo sos e a im pa ciên cia al-heia, até o úl ti mo mi nu to do ex pe dien -te. Descobri nes sa ro ti na que pa ciên ciaexi ge téc ni ca. É com a téc ni ca que saí -mos sem mui tos ar ra nhões no fim dotur no. A téc ni ca baseia-se em cri té riosde va lor e ris co, na ver da de, mais va lorcom me nos ris co. Na mi nha, o va lor es -tá es ta be le ci do no meu bem es tar fí si coe men tal. Estando as sim, aten do bem epro du zo me lhor ain da, e, na tu ral men te,so fro me nos ris cos e ofe re ço me nos ain -da. Lembro o tem po to do que sou umser vi vo que tem li mi tes fí si cos que pre -ci sam ser res pei ta dos, se não, adoe ço equem so fre sou eu.

Com re la ção a va lor e ris co, os tri -bu nais tra ba lham no sen ti do in ver so aomeu. O va lor es tá pau ta do por um mo -de lo de ges tão que baseia-se em me nosgen te pa ra mais pro ces sos. O en gra ça -do é que de sem bar ga do res e mi nis trossão co nhe ce do res da bru tal rea li da dedas va ras e da im pos si bi li da de de efi -ciên cia ba sea da no mar tí rio diá rio dosser vi do res. É ho ra de ob ser va rem osda dos es ta tís ti cos de afas ta men to pormo ti vo de doen ça comparando-os comos de pro du ti vi da de. As de ci sões doscon se lhos su pe rio res ca be riam bem emfil mes fu tu ris tas ou no mun do fic cio -nal de Harry Potter, on de a má gi ca subs -ti tui o tra ba lho hu ma no. Por que umabu ro cra cia mons truo sa con se gue cor -roer a hu ma ni da de das pes soas? E acom pe ti ti vi da de ins ti tu cio nal na cio nalcom os tri bu nais que ren do im plan taros me lho res re sul ta dos pa ra os elo giose pa ra béns. Nenhum bus ca o prê miodo tri bu nal que tem os ser vi do res maissa tis fei tos, mais fe li zes e mais sau dá -veis. Para so bre vi ver a es te sis te ma in -sen sí vel em bus ca de re sul ta dos é pre -

ci so mui ta au toes ti ma e es ta be le cer téc -ni cas de pa ciên cia e con vi vên cia, se não,o que so bra na vi da ou na apo sen ta do -ria é um mo ri bun do com de pres são.

Além des sa pa ciên cia, ur gen te e ne -ces sá ria pa ra con du zir o dia, te mos noju di ciá rio fe de ral a lon ga es pe ra pe laapro va ção do PCS. Esta en vol ve maisde 100 mil ser vi do res e a fer re nha opo -si ção da pre si den ta Dilma. Nessas ho -ras lembro-me de Gandhi e sua lu ta deanos pa ra li ber ta ção da Índia. Gandhiera pa ci fi co, mas não era iner te. Ele sa -bia que as gran des mo bi li za ções do po -vo pro vo ca riam a vi tó ria. Chegamos aomo men to do mu ro: ou rom pe mos a so -li dez da mu ra lha ou de sis ti mos. Os con -se lhos fe de rais da jus ti ça, in sen sí veis àrea li da de de tra ba lho nas va ras e tri bu -nais, ela bo ra ram ma nuais de cruel da despa ra im pe dir gre ves e pu nir ser vi do res.Em ple no sé cu lo XXI di go que es ta mosmui to mal. Ironicamente, vi ve mos nes -te sé cu lo prá ti cas me die vais. A for ça, aopres são, a in ti mi da ção e a amea ça sãotrans cri tas em re so lu ções, atos, ofí cios,me mo ran dos, e-mails, e subs ti tuem ade li ca de za do olhar, a pri ma zia da voz,o en can ta men to do diá lo go, a cor dia li -da de do con ta to hu ma no, pe lo ta cão daes cri ta do mo nó lo go se nho rial e feu daldos ad mi nis tra do res dos tri bu nais.

Paciência...co mo encontrá-la? Parao PCS acre di to que es tá no li mi te... masé ne ces sá ria. Devemos exercê-la mo bi -li za dos nos sin di ca tos e na FE NA JU -FE, co mo Gandhi, ati vos e aten tos. Oma nual da pa ciên cia acres cen ta que de -ve mos redimensioná-la de pen den do domo men to e lu gar, po rém, sem pre sa -ben do que so mos o cen tro das de ci -sões. O que é prio ri da de? No tra ba lhoa prio ri da de é o bem-estar de ca da ser -vi dor pa ra que pos sa exer cer com efi -ciên cia as suas atri bui ções. No PCS, orea jus te ime dia to. Estas duas lu tas nãoexis tem sem o SIN DI CA TO e é pre ci -so apoiá-lo e fortalecê-lo a ca da mo -men to. Lembre-se que vi ve mos tar dia -men te o me die va lis mo no Brasil e queso mos os cam po ne ses e ar te sãos. Assim,so mos os cul ti va do res e mo de la do resdos nos sos des ti nos e po de mos deixá-los far tos e be los. Depende de nós.

charge

PermutasRenata Fernandes Rocha Analista Judiciário/TRT 2ª Região - SPPermutar para TRT 1ª Região - RJFone: (21) 9157 0008 (Tim) ou (11) 8089 4936 (Oi)[email protected]

Bianca Dias TJAA / TJDFTPermutar para qualquer tribunalfederal no Rio de Janeiro (capital)Fone: [email protected]

DaniloAnalista Jud. - Área Judiciária/ TRT 2ªPermutar para TRT 15ªFone: [email protected]

Viviane Eterna de Morais Ferreira Téc. Judiciário Administrativo/TRT - 2Permutar para TRT - 18Fone: 11 [email protected]

Tiago Carneiro AmorimTécnico Judiciário - ÁreaAdministrativa / TRE São PauloPermutar para Piauí ou Maranhão

Fone: (86) [email protected]

Eustáquio Alves LinsAnalista Judiciário - Área Jurídica /Tribunal de Justiça do DF e Territórios Permutar para Fortaleza - CEFone: 61 [email protected]

EliasTécnico / TRE-RSPermutar para RN, AL, PB, PE, CE,RJ, SC, ES Fone: 51 [email protected]

Aurélio Cezar Prandel Téc. Judiciário - Área Adm. / TRT-15Permutar para TRT-9Fone: [email protected]

Aurélio Ribeiro Costa Analista Jud./Tec. da Informação /Supremo Tribunal FederalPermutar para qualquer cargo dojudiciário federal em NatalFone: [email protected]

Os ar ti gos as si na dos pu bli ca dos em O BE DE LHO não re fle tem ne ces sa ria men te a opi nião dojor nal ou da di re to ria do Sindicato, sen do de res pon sa bi li da de dos au to res. Os tex tos pa ra es ta se -ção, com no má xi mo 25 li nhas de 70 to ques e os das co lu nas, de vem che gar ao Sindicato im pre -te ri vel men te até o dia 15, sob pe na de não se rem pu bli ca dos na edi ção do mês.

o Bedelho

Coordenadores­Gerais­do­SIN­TRA­JURN­Janilson Sales de Carvalho (TRT)

Francisco Clayton Araújo da Silva (JFRN) Pedro de Figueiredo Lima Neto (TRE)

Coordenadores­de­FinançasWilson Barbosa Lopes

Kelson Guarines dos Anjos (TRT) Carlos Anacleto da Silva (TRT)

Coordenadores­Executivos­Carlos Roberto Pinheiro (JFRN), Francisca das Chagas Gomes (TRT), Fábio Maroja JalesCosta (TRT), Silvana Costa Gruska Benevides (JFRN), Elias Alves de Sousa (TRE), José

Roberto Pinheiro (TRE)

Coordenadores­Suplentes­Francisca Lima Fernandes (TRT), Paulo Marcelino da Silva (JFRN), Maria

Missilene Martins Silva (TRT)Valdeir Mário Pereira (TRE), Jerônimo Batista Davi Filho (TRT)

Rua Pe. Tiago Avico, 1815, Candelária, Natal/RN, CEP 59065-380 - Telefax: 3231-0152e-mail: im pren sa@sin tra jurn.org.br

ÓR GÃo iN FoR MA Ti Vo Do siN TRA juRN

Jornalista­ResponsávelLeane Fonseca - DRT 701

DiagramaçãoEdilson Martins - RN00033DG

RevisãoCássia Maria Oliveira

Tiragem1.200 exem pla res

Natal, Maio de 2012 3Jurídico

Dr.­Guilherme­Carvalhoju ri di co@sin tra jurn.org.br

Fones: (84) 3231-0152 / 9982-9170

Os ser vi do res que irão par ti ci -par do con cur so de re mo ção pro -mo vi do pe la TRT 21, de vem fi caraten tos ao de sen ro lar do cer ta me,bem co mo, pres tar aten ção aos pra -zos pa ra even tuais re cur sos, os quaisde vem ser obe de ci dos nos mol despre ci sos e es ta be le ci dos no edi tal.

Os pra zos são pre clu si vos e a sua

per da im pli ca rá em to tal im pos si bi -li da de de re dis cus são ad mi nis tra ti -va da ma té ria.

O Jurídico do Sintrajurn es táacom pa nhan do o con cur so e co lo -can do os seus prés ti mos à dis po si -ção da ca te go ria, se ja pa ra es cla re ci -men tos se ja pa ra a in ter po si ção deeven tuais re cur sos.

iNFoRMAçÃo pÚBlicA

Concurso de remoção do trt 21

Apesar de lar ga men te no ti cia dona edi ção an te rior de O Bedelho, as -sim na nos sa pá gi na ins ti tu cio nal doSintrajurn e re des so ciais acer ca daexe cu ção pro vi só ria da ação que de -ter mi nou o afas ta men to da ResoluçãoTST 680/2000 e com is so a re du çãodo pra zo do Estágio Probatório detrês pa ra dois anos e, con se quen te -men te, ge ran do mu dan ças no cri té -rio de pro mo ções, até o pre sen te mo -

men to so men te um ser vi dor man te -ve con ta to com o Jurídico.

Pedimos que os ser vi do res atin -gi dos pe los efei tos de tal de ci sãopro cu rem o Jurídico do Sintrajurnpa ra as de vi das pro mo ções das exe-cuçõs, as quais se pro ces sam deFOR MA IN DI VI DUAL de ven doain da ser rea li za das as res pec ti vasli qui da ções dos va lo res a se rem co -bra dos.

ação de estágio probatório do trt 21

tribunais levarão 60 dias pararegulamentar Lei de acesso

Os tri bu nais su pe rio res e seuscon se lhos le va rão 60 dias pa ra re -gu la men tar a Lei de Acesso àInformação, apro va da há seis me -ses pe lo Congresso. A de ci são foianun cia da nes ta quarta-feira, no pri -mei ro dia de vi gên cia da le gis la çãoque as se gu ra ao ci da dão o di rei tode co nhe cer to dos os do cu men tospú bli cos, ex ce to os pro te gi dos porsi gi lo jus ti fi ca do. Em no ta, oConselho Nacional de Justiça in -for mou que o pre si den te doConselho e do Supremo TribunalFederal (STF),mi nis tro CarlosAyres Britto, en -ca mi nhou ofí ciono úl ti mo dia 10,aler tan do "ospre si den tes detri bu nais da ne -ces si da de de seado tar pro vi dên -cias pa ra o cum -pri men to dosdis po si ti vos daLei 12.527".

No Judiciário,STF e SuperiorTribunal deJustiça usa ram os ca nais de co mu ni -ca ção já exis ten tes, co mo "FaleConosco" e "Aten di men to STF",pa ra aten der pe di dos pe la in ter net.O Senado lan çou o por tal "e-Cidadania". E a Câmara se va leu do"Fale Conosco". Nos dois Poderes,as di re ções dos ór gãos di zem que amaio ria das in for ma ções de in te res -se pú bli co já es tá na in ter net.

Só em dois me ses, os tri bu naiste rão pa râ me tros pa ra de fi nir o quede ve ser con si de ra do do cu men to re -ser va do, se cre to ou ul tras se cre to noJudiciário. Diferentemente do Exe -cutivo, on de qual quer ci da dão - in -de pen den te men te da pro fis são - se -gue as mes mas re gras pa ra re que rerdo cu men tos pú bli cos, o Judi ciáriofaz dis tin ções. Nos dois tri bu nais,por exem plo, to dos os re que ri men -tos de do cu men tos não pu bli ca dos

de vem ser fei tos pe la im pren sa à as -ses so ria, por e-mail ou te le fo ne.

O pre si den te do Senado, JoséSarney (PMDB-AP), anun ciou cria -ção de co mis são pa ra clas si fi car do -cu men tos da Casa pa ra di vul ga ção,co mo pre vis to na Lei. A co mis são,apro va da nes ta quarta-feira pe laMesa Diretora, nas ce 180 dias apósa san ção da lei. Sarney des ta cou olan ça men to, na úl ti ma terça-feira,do Portal e-Cidadania, com in for -ma ções do Senado:

- A Comissão Permanente de

Acesso a Documentos do Senadofi ca rá en car re ga da de as ses so rar adi re ção da Casa pa ra de fi nir a clas -si fi ca ção dos do cu men tos pro du -zi dos no Senado e pro por al te ra -ções nos pro ce di men tos de aces soe clas si fi ca ção.

O STJ in for mou que a re gu la -men ta ção do Judiciário de ve ado -tar pa drões pró prios, e lem brou quea lei foi re di gi da com fo co no pa -drão de fun cio na men to doExecutivo. Exclusivamente no CNJ,o re cur so pa ra quem ti ver pe di done ga do de ve ser fei to à ou vi do riado Conselho. Os de mais tri bu naisain da re gu la men ta rão as pró priasre gras. Ayres Britto su ge riu aos tri -bu nais do país que usem a ou vi do -ria pa ra fa zer o aten di men to a quembus ca do cu men tos ofi ciais.

Fonte: O Globo

Natal, Maio de 20124

AXVII Plenária Nacional daFenajufe, rea li za da de 4 a 6 de maio,em São Luís/MA, apro vou umca len dá rio na cio nal de lu ta, quepre vê atos, pa ra li sa ções e a de fla -

gra ção da gre ve por tem po in de ter mi na do. Ade ci são, que te ve o apoio da am pla maio riados 175 de le ga dos ins cri tos, acon te ceu apósum lon go de ba te com os ser vi do res e li de ran -ças de ca da sin di ca to so bre as con di ções daca te go ria pa ra de fla grar uma gre ve vi san do àapro va ção ime dia ta dos PLs 6613/09 e6697/09.

Os coor de na do res da Fenajufe fo ram re -ce bi dos no dia 09 de maio pe la pre si den ta doTSE, mi nis tra Carmén Lúcia. Na oca sião, elacon si de rou le gí ti ma a preo cu pa ção dos di ri -gen tes sin di cais, dis se que con ti nua apoian doa rei vin di ca ção da ca te go ria e se com pro me -teu a aju dar no que for pos sí vel.

"Concordamos e acha mos que é le gí ti ma arei vin di ca ção de vo cês. No que es ti ver ao meual can ce, vou ten tar au xi liar", dis se a pre si den -ta do TSE, na reu nião com os di ri gen tes daFederação.

DECISÕES DA AMPLIADAA necessidade da construção da greve

em todo o país para garantir a aprovação dosPLs 6613/09 e 6697/09 foi a principal con-clusão da reunião ampliada da Fenajufe rea -lizada no sábado, 26 de maio, em Brasília.Após fazer uma ampla avaliação sobre oquadro de mobilização nos estados, a partirdas atividades promovidas pelos sindicatosnos dias 9 e 17 de maio [dias nacionais de lu-ta da categoria] e também das assembleiasque discutiram a deflagração do movimen-to grevista, os delegados da ampliadaaprovaram um calendário de mobilização

GREVE GERAl

plenária e ampliada decidem por

greve para garantir o pCS

Delegados eleitos em assembleia representando o Sintrajurn na Plenária Nacional da Fenajufe

"Concordamos e achamosque é legítima a

reivindicação de vocês. Noque estiver ao meu alcance,

vou tentar auxiliar"Ministra Carmén Lúcia, pre si den ta do TSE

Natal, Maio de 2012 5

que indica uma nova data para a greve dosservidores do Judiciário Federal e do MPU:o dia 13 de junho. Com essa decisão, aFenajufe vai indicar às demais entidades na-cionais dos servidores públicos federais, quese organizam no Fórum Nacional deEntidades dos SPFs, a mudança da data dagreve unificada do funcionalismo do dia 11de junho para o dia 13 de junho.

Para a maioria dos servidores, somenteum movimento unificado será capaz de der-rotar a política de congelamento salarial im-posto pelo Palácio do Planalto. Além doJudiciário Federal e do MPU, outras catego-rias já aprovaram o início da greve em junho,sendo que os docentes das InstituiçõesFederais de Ensino, organizados no Andes-SN, já estão em greve desde o dia 17 de maionas principais universidades federais do país.

Embora as entidades tenham apontado asdificuldades que têm enfrentado em seus esta-dos para deflagrar o movimento grevista, con-siderando alguns motivos, como as retaliaçõespraticadas por várias administrações de tribunais,que traz reflexo até hoje para os servidores quefizeram as últimas greves, todos ressaltaram anecessidade urgente da construção da greve.

"As reuniões que estão ocorrendo dominis tro Ayres Britto com parlamentares erepresentantes do governo, conforme ele nosinformou, não garantem que as negociações

de fato estejam ocorrendo. Além disso, his-toricamente os nossos PCSs saíram com acate goria nas praças e nas ruas e não em reu -niões nos gabinetes com ar-condicionado eágua gelada", disse o coordenador Jean Loiola.

A categoria tem um compromisso com osdemais setores do funcionalismo público fede -ral, que é a Marcha Nacional à Brasília em 5 dejunho. O objetivo é cobrar do governo, maisuma vez, retorno aos pontos da pauta de reivin-dicações unificada, apresentada em fevereirodeste ano. Essa será a terceira grande manifes-tação promovida este ano pelo Fórum Nacionaldas Entidades dos SPFs desde o lançamentoda campanha. No mesmo dia da Marcha serárealizada uma plenária do Fórum Nacional deEntidades dos SPFs, a partir das 15h.

O dia 6 de junho será dia de pressão naComissão de Finanças e Tributação daCâmara, quando servidores de todos os es-tados irão a Brasília pressionar os deputa-dos a votar o PL 6613/09, que deverá estarna pauta da sessão.

05/06­- Marcha Nacional dos SPFsem Brasília e Plenária doFórum Nacional deEntidades

06/06­- Pressão na CFT e reunião da

Fenajufe com um representantede cada sindicato de base

13/06­- indicativo de greve nacional unifi-cada

05/07­-­Apagão na Justiça Eleitoral

CONFiRA O CALENDáRiO APROVADO NA REuNiãO AMPLiADA

Coordenador geral Janilson Sales na Reunião Amplida

OSintrajurn so li ci tou ao de pu ta do fe -de ral Paulo Wagner, par la men tar po -ti guar mem bro da Comissão Mistade Orçamento - CMO, que apre sen -te emen da a LDO 2012/2012 com

os re cur sos ne ces sá rios pa ra a im ple men ta ção doPL 6613/2009 que tra ta do rea jus te sa la rial dosser vi do res do Poder Judiciário da União e do PL6697/2009 que tra ta do rea jus te sa la rial dos ser vi -do res do Ministério Público da União.

De acor do com a as ses so ria do par la men tar, ode pu ta do fa rá to do o pos sí vel pa ra aten der o plei -to dos ser vi do res do Ju di ciá rio.

Abaixo se gue a co mu ni ca ção en via da pe lo coor -de na dor-ge ral do Sintrajurn, Clayton Araújo da Silva.

lDo 2012/2012

Sintrajurn solicita ao dep. pauloWagner inclusão de emendas à LDo

que garanta o pCS

A Fenajufe encaminhou a convo-catória do 2º Encontro do ColetivoNacional dos Aposentados [Conap], queserá no dia 2 de junho, em Brasília. Oencontro é destinado aos servidores doJudiciário Federal e do MPU aposenta-dos e, segundo o regimento interno doConap, os mesmos precisam ser associa -dos a algum sindicato filiado à Fenajufe.

Ainda de acordo com o regimentointerno o Coletivo será composto "doisaposentados eleitos como represen-tantes em reuniões no âmbito dos res -pectivos sindicatos, realizadas pelosNúcleos de Aposentados ou em reuniãodos aposentados nos sindicatos".

A Fenajufe explica, no entanto, quecomo a programação contará com umpainel sobre Previdência Complementarno Setor Público, os servidores não apo -sentados que se interessarem pelo tematambém poderão participar, desde queindicados pelo seu sindicato de base. Asecretaria da Fenajufe solicita que ossindicatos enviem até o dia 31 de maio,no e-mail [email protected], osnomes dos seus representantes ao en-contro.

colEGiADo

Fenajufe convoca2º encontro do

Coletivo nacionaldos aposentados

Natal, Maio de 20126

09h00­-Painel - PrevidênciaComplementar no Setor Público oLuciene Pereira da Silva - TCu [aconfirmar]12h00­- intervalo para almoço14h00­- informes dos sindicatos -Núcleos de aposentados ou reunião dosaposentados15h00­-Projetos de interesses dosaposentados o Antonio Augusto deQueiroz - Assessor Parlamentar daFenajufe [a confirmar] 16h30­-­intervalo do lanche17h00­-Passeio Turístico pela cidadeFonte: Fenajufe - Leonor Costa

Excelentíssimo Senhor Deputado Federal PauloWagner, O Sindicato dos Trabalhadores do PoderJudiciário Federal no RN - SIN TRA JURN, atra -vés de um de seus Coordenadores Gerais, vem so -li ci tar a so li da rie da de de Vossa Excelência, co moParlamentar mem bro da Comissão Mista deOrçamento - CMO, pa ra apre sen tar emen da a LDO2012/2013, até ama nhã (quarta-feira, 16/05/2012),no sen ti do de fi car con sig na do na re fe ri da Lei osre cur sos ne ces sá rios pa ra a im ple men ta ção do PL6613/2009 (que tra ta do rea jus te sa la rial dos ser -vi do res do Poder Judiciário da União) e do PL6697/2009 (que tra ta do rea jus te sa la rial dos ser -vi do res do Ministério Público da União).

Em con ver sa com a Vossa Excelência, em no -vem bro de 2011, por oca sião da de fla gra ção da gre -ve no Judiciário Federal do RN, em en tre vis ta noVosso pro gra ma na "SIM TV", Vossa Excelênciafoi bas ten te so li dá rio com os ser vi do res do Judiciárioe, co mo sem pre, co lo cou o seu no bre Mandato ànos sa dis po si ção pa ra nos au xi liar nes ta lu ta que jávem se es ten den do des de 2009.

Por es sa ra zão é que nós, ser vi do res do PoderJudiciário Federal do RN (Justiça do Trabalho, JustiçaFederal e Justiça Eleitoral), vie mos até VossaExcelência com a má xi ma ur gên cia!, ten do em vis -ta o pra zo fi nal pa ra apre sen ta ção de emen das àLDO ser ama nhã (16/05/2012), so li ci tar Vossano bre co la bo ra ção, no sen ti do de apre sen tar emen -da à re fe ri da Lei de Diretrizes Orçamentárias pa raque se ja in cluí do no Orçamento o dis po si ti vo le galque ga ran ta o au men to dos ser vi do res do JudiciárioFederal e do MPU, nos se guin tes ter mos:

JuDICIárIo

EMEN DA: O Poder Executivo ex pli ci ta rá osre cur sos ne ces sá rios à im ple men ta ção do PL6613/2009 re fe ren te ao Plano de Cargos e Saláriosdos ser vi do res do Poder Judiciário da União naPLOA Proposta de Lei Orçamentária Anual de2013.

JUS TI FI CA TI VA: a ca te go ria ju di ciá ria te ve oúl ti mo acor do sa la rial com o go ver no fe cha do em2006, ba sea do em uma ta be la de 2004. De lá pa racá, não hou ve ne nhum ou tro rea jus te pa ra os ser vi -do res, tor nan do os sa lá rios cor roí dos pe la in fla ção,além de de fa sa dos em re la ção a di ver sas ca te go riascom atri bui ções as se me lha das, as quais o go ver nocon ce deu rea li nha men to sa la rial.

MPu EMEN DA: O Poder Executivo ex pli ci ta rá os

re cur sos ne ces sá rios à im ple men ta ção do PL6697/2009 re fe ren te ao Plano de Cargos e Saláriosdos ser vi do res do Ministério Público da União naPLOA Proposta de Lei Orçamentária Anual de 2013.

JUS TI FI CA TI VA: a ca te go ria mi nis te rial te ve oúl ti mo acor do sa la rial com o go ver no fe cha do em2006, ba sea do em uma ta be la de 2004. De lá pa racá, não hou ve ne nhum ou tro rea jus te pa ra os ser vi -do res, tor nan do os sa lá rios cor roí dos pe la in fla ção,além de de fa sa dos em re la ção a di ver sas ca te go riascom atri bui ções as se me lha das, as quais o go ver nocon ce deu rea li nha men to sa la rial."

Desde já agra de ço imen sa men te Vossa aten ção,em no me de to dos os ser vi do res das três Justiçasque com põem o Poder Judiciário da União no RN.

Um for te abra ço,Francisco Clayton Araújo da SilvaCoordenador Geral do Sintrajurn

Confira­abaixo­a­programação

Natal, Maio de 2012 7coNhEçA o siNTRAjuRN

OSindicato dos Trabalhadores doPoder Judiciário Federal no RioGrande do Norte comemora, emoutubro deste ano, 15 anos de umagrande história de lutas, conquistas

e realizações. O Sintrajurn está sempre trabal-hando a serviço do servidor.

ConvênIoSO Sintrajurn está ampliando os convênios

com o objetivo de oferecer novas oportunidades,promoções, descontos entre outras vantagensaos filiados. Um dos convênios mais procuradosatu a l mente é o Ma-noa Park onde o filiado temdireito a um passaporte em qualquer dia da sem-ana podendo levar até cinco convidados, além dopróprio filiado, completando seis pessoas por ca-da dia. Para ter acesso é preciso ligar e solicitar àsecretaria do sindicato que faz a reserva e poste-riormente entrega o passaporte.

Além do Ma-noa, outros 16 convênios estãodisponíveis com diversas ofertas. Para conhecertodos basta acessar o site do Sintrajurn - www.ain-trajurn.org.br - descer um pouco a barra do ladodireito, ao final tem a lista de todos os convênioscom informações sobre o que cada um deles

ofere-ce e os contatos.Os mais novos convênios são a Faculdade

Maurício de Nassau, SOS Educação Profissional,Auri Auto Peças e HC Pneus que concedem des -contos especiais. Outros devem ser acrescenta-dos e expostos no site nos próximos dias.

SItE E rEDES SoCIAISO site do sindicato é atualizado todos os

dias com informações de interesse da catego-ria, a pesquisa vai desde as notícias das lutas daclasse, passando pelas ações desenvolvidas pe-lo sindicato, decisões judiciais, nomeações, pro-jetos, aprovação de leis, tudo o que faz parte davida do servidor público do Judiciário federal,muitas vezes a cobertura acontece quase queem tempo real.

O Sintrajurn também está presente nas redessociais, temos nosso perfil no facebook com maisde 600 amigos que interagem diariamente com asinformações e fotos postadas. No facebook épossível encontrar os álbuns de eventos realiza-dos pelo sindicato e outras dados curiosos. Notwitter, apesar de novos na rede, já somos segui-dos por outros sindicatos e órgãos federais. Nossoendereço nas redes sociais são: @Sintrajurn_ ewww.facebook.com/Sintrajurn.

AtEnDIMEntoPara prestar toda atenção aos filiados, co-

ordenadores e o público em geral três fun-cionárias desenvolvem as atividades adminis-trativas e acom-panham todas as ações exter-nas do sindicato junto com uma jornalista nacomunicação.

Saiba como funciona o seu sindicato e as vantagens proporcionadas aos filiados

Perfil Ana Paula Oliveira Cacho de Santana

Analista Judiciário

Tribunal Regional do Trabalhod e u m s e r v i d o r

A­garra­da­mulher,­mãe­e­profissional.­A natalense Ana Paula trabalha na CAEX

auxiliando no setor de leilão e na Secretariade Execução Especial. A advogada ingressouno Tribunal Regional do Trabalho em abrilde 2002 e acredita que o serviço público dáa estabilidade a qual não tinha na iniciativaprivada. "Gosto muito de trabalhar no TRT,é um ótimo ambiente no qual aprendo coisasnovas a cada dia, além de ter a respon -sabilidade social de ajudar a muitas pessoasatravés dos serviços oferecidos a sociedade",disse ela.

Nas horas vagas Ana Paula gosta de passearcom os filhos, de ir ao cinema, ler e nosmomentos de tempo livre, aproveita paradesenvolver a tese de doutorado em DireitosHumanos. Ela, assim como muitas mulheresmodernas e bem sucedidas, desen volve comhabilidade inúmeras atividades, compromissose responsabilidades de mãe, esposa eprofissional. "Sou sensível, apai xonada pelaminha família, pelos meus filhos e meu marido.Adoro escrever, estudar, ler e dar aulas,"

revelou.Ana Paula é casada há quase 10 anos e tem

dois filhos, Manoela de sete anos, que, aexemplo da mãe, adora ler, e Pedro Manoel,

de dois anos. "No momento, minha vida estámuito corrida, em virtude das exigências dodoutorado e em face de estar finalizando meusegundo livro em Direitos Humanos. Assim,todo o tempo que posso estar com as criançasé muito precioso".

Filiada ao Sintrajurn há 10 anos, a jovemmulher ver o sindicato como um órgão derepresentação dos interesses dos funcionáriosda justiça, o qual merece o respeito e re -conhecimento dos servidores já que o nívelde comprometimento e de atuação proativadevem ser ressaltados por sempre está lutandopelos interesses da classe. "Vejo a participaçãoem um sindicato, como algo de suma impor -tância, visto que, ele é legitimado para nos re -presentar, na luta por nossa categoria, poisaglutina a vontade da maioria na busca dasmelhorias do serviço público, para umasociedade que quer, exige e merece uma melhorassistência do judiciário, que tanto tem sofridocom descrédito quanto aos princípios daeficiência", finalizou.

Funcionárias do Sintrajurn de novo fardamento

Natal, Maio de 20128FuNpREsp

Com o propósito de esclarecer algumas dúvi-das a respeito da Previdência Complementar doservidor público, instituída em nosso ordenamentojurídico por intermédio da Lei 12.618, de 30 deabril de 2012, apresentamos alguns esclarecimen-tos sobre esta nova modalidade de previdênciapara os detentores de cargo efetivos na União.

A matéria, mesmo de caráter facultativo ouopcional, é muito complexa. Poderão aderir aonovo regime tanto os servidores entrantes noserviço público a partir do início de funciona-mento da entidade ou do fundo de pensão quan-to os atuais, entendendo-se como tais todosque estejam em exercício e os que vierem a in-gressar no serviço público até o dia anterior àinstitui-ção do fundo de pensão dos servidores,previsto para acontecer até 180 dias contadosde 30 de abril de 2012, data da publicação daLei 12.618.

Para se ter uma ideia da complexidade do tema,basta dizer que somente para os atuais servidores,conforme definido no parágrafo anterior, exis-tem quatro possibilidades de aposentadoria pelasregras atuais, que precisam ser consideradas antesde qualquer decisão sobre a adesão ou não à pre-vidência complementar.

1. Como é estruturado o Sistema Brasileirode Previdência e onde entra a PrevidênciaComplementar?

O Sistema Brasileiro de Previdência é forma-do por um tripé com três regimes previdenciários:a) o Regime Geral, a cargo do INSS, b) o RegimePróprio dos servidores, de responsabilidade doTesouro, e c) o Regime Complementar.

O Regime Geral de Previdência Social (GRPS),a cargo do Instituto Nacional de Seguro Social(INSS), é público e de caráter obrigatório para to-dos os trabalhadores do setor privado e servidorespúblicos contratados pela Consolidação das Leisdo Trabalho (CLT). De amplitude nacional e carátercontributivo, possui teto de contribuição e de bene-fício, atualmente de R$ 3.916,20 (abril de 2012).Oferta plano de benefício definido, o regime fi-nanceiro é de repartição simples e faz parte do sis-tema de Seguridade Social, que também custeia asdespesas com Saúde e Assistência Social.

Os regimes próprios dos servidores públi-cos, de responsabilidade dos respectivos tesouros(União, Estados e Municípios), são públicos e decaráter obrigatório para os detentores de cargoefetivo, no caso dos servidores civis, e para osservidores militares, no caso das Forças Armadas.Os planos ofertados são de benefício definido e,para os servidores civis, passará a ter teto de con-tribuição e de benefício a partir da instituição do

fundo de pensão (Funpresp), que será igual ou omesmo do INSS ou do RGPS. Faz parte do orça-mento fiscal e o regime financeiro é de repar-tição simples.

O Regime de Previdência Complementar éprivado, possui caráter facultativo (voluntário),se organiza sob a forma de entidade aberta (ban-cos e seguradoras) e entidade fechada (fundo depensão). É autônomo em relação à PrevidênciaSocial oficial e se baseia na constituição de reser-vas (poupança). Seu regime financeiro, portanto,é o de capitalização.

A Lei 12.618 autoriza a criação de três fundosde pensão ou três entidades fechadas de prev-idência complementar para administrar o planode benefício: 1) a Fundação de PrevidênciaComplementar do Servidor Público Federal doPoder Executivo (Funpresp.Exe), para os servi-dores do Poder Executivo; 2) a Fundação dePrevidência Complementar do Servidor PúblicoFederal do Poder Legislativo (Funpresp.Leg), paraos servidores do Poder Legislativo e servidores emembros do Tribunal de Contas da União; e 3) aFundação de Previdência Complementar doServidor Público Federal do Poder Judiciário(Funpresp.Jud), para servidores e membros doPoder Judiciário.

2. A Previdência Complementar para os servi-dores públicos está prevista na Constituição?

Sim, desde a Emenda à Constituição 20/1998,da reforma da previdência do governo FHC. Areferida emenda acrescentou o parágrafo 14 aoartigo 40 da Constituição para autorizar a União,os estados, o Distrito Federal e os municípios alimitarem a cobertura do Regime Próprio de pre-vidência dos servidores públicos ao teto doRegime Geral de Previdência Social, desde queinstituam fundo de pensão para seus servidores.

A Emenda Constitucional 41/2003, no gov-erno Lula, por sua vez, alterou a redação dadapela Emenda 20 ao parágrafo 15 do artigo 40 daConstituição, para substituir a exigência de LeiComplementar por Lei Ordinária e para deter-minar que a entidade fechada de previdência (ofundo de pensão) do servidor ofertaria aos seusparticipantes planos de benefícios somente namodalidade de contribuição definida.

3. Se a Previdência Complementar doservidor está prevista na Constituição desde1998, por que somente em 2012 foi aprovadaa lei que criou a Funpresp?

Porque houve forte resistência dos servidorespúblicos nos governos anteriores. O governoFHC, apesar ter enviado projeto de lei comple-

mentar, não teve força política para transformá-lo em lei. O governo Lula, que na reforma daprevidência passou a exigir lei ordinária para reg-ulamentar essa matéria, mesmo tendo enviado oPL 1.992/2007, não conseguiu aprová-lo antesdo término de seu mandato. A presidente DilmaRousseff, com menos de dois anos de mandato,mesmo com a oposição dos servidores e suasentidades, conseguiu no Congresso Nacional aaprovação do PL 1.992, que foi transformado naLei 12.618, de 30 de abril de 2012.

4. Que benefícios a entidade de PrevidênciaComplementar ou o Fundo de Pensão é obri-gado a oferecer a seus participantes?

Além do benefício programado, que é a com-plementação da aposentadoria, o fundo de pen-são deve assegurar, também, os benefícios nãoprogramados para os eventos de invalidez e morte.Em relação a estes, o fundo de pensão tanto poderáadministrá-los diretamente quanto contratá-losexternamente.

5. Qual a principal mudança na aposenta-doria com a Lei da Previdência Complementar?

Com a criação da Fundação de PrevidênciaComplementar do Servidor Público Federal(Funpresp), o valor das aposentadorias e pensõesno serviço público civil deixará de ser integral oude ter por base de cálculo a totalidade da remu-neração, e ficará limitado ao teto do Regime Geralde Previdência Social (RGPS), atualmente fixadoem R$ 3.916,20. E para fazer jus a esse benefíciolimitado ao teto, o servidor contribuirá com 11%até esse limite. Essa regra valerá, obrigatoriamente,para todos os servidores que ingressarem no serviçopúblico após a instituição do fundo.

6. Então deixa de existir a possibilidadede aposentadoria integral ou com base natotalidade da remuneração?

Para os servidores admitidos após a criação dofundo, sim. Eles serão segurados obrigatórios doRegime Próprio do servidor somente até o teto doINSS. Acima disto poderão aderir à PrevidênciaComplementar, filiando-se à Funpresp.

* Escrito por Antônio Augusto de Queiroz éjornalista, analista político, diretor de Diap, ide-alizador da publicação os "Cabeças doCongresso", colunista da Revista Teoria e Debatee do site Congresso em Foco, é autor dos livrosPor dentro do processo decisório - como se fazemas leis, Por dentro do governo - como funciona amáquina pública e Perfil, Propostas e Perspectivasdo Governo Dilma."

Previdência complementar em perguntas e respostas