Oratória, Comunicação Verbal e Expressão Corporal · 18 COMO ESCREVER DISCURSO PARA SER LIDO...

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Oratória, Comunicação Verbal e Expressão Corporal ____________________________________________________ FACILITADOR: CARLOS ALBERTO BITTENCOURT 1. Mais de 14 anos de experiência como Facilitador/Professor/Palestrante. 2. Professor do SENAC Blumenau há mais de 10 anos. (Curso de Oratória e Desenvolvimento Profissional). 3. Sócio e Facilitador da Facilitação Treinamentos atuando em várias cidades do Brasil e exterior. 4. Representante comercial há mais de 25 anos. 5. Graduação como Instrutor da JCI (Junior Chamber International) Training - Instrutor Nacional Certificado (CNT). Câmara Júnior Internacional. 6. Cursado em Dinâmicas de Grupo e PNL (Programação Neurolingüistica). Marketing Pessoal Eneagramático. PNL aplicada a Vendas. PNL Aplicada a Comunicação Persuasiva. Pratictioner em PNL. Personal e Professinal Coaching ( Sociedade Brasileira de Coaching). 7. Mais de 11.600 horas já ministradas de cursos e palestras. 8. Mais de 12.000 participantes em cursos e palestras. 9. Presidente Nacional do Senado JCI Brasil em 2011. 10. Prêmios que já recebeu na JCI: Campeão local e regional de oratória, campeão local, regional e estadual da recitação da carta de princípios, campeão regional de debates JCI. 11. Líder Comunitário do Ano de 1998 e Membro Individual JCI mais destacado. 12. Moção de Louvor em 2010 da Câmara de Vereadores de Blumenau, pelo Trabalho de Instrutor junto a Comunidade. 13. Ex - Apresentador do Programa Facilitação Treinamentos (Rede Brasil Esperança, TV Cabo) em Blumenau. 14. Acadêmico em Marketing (UNICESUMAR) 15. Cargos que ocupou na JCI (Câmara Júnior Internacional): Vice Presidente Executivo local, Presidente Local em 1998, VP Regional em 2000, Assessor Legal, Vice Presidente Comercial, Secretário Geral local. 16. Mestre de Cerimônia da JCI, SENAC e empresas privadas. 17. Palestrante na Convenção Nacional da JCI Brasil em 2008 em Chapecó/SC 18. Cursos / palestra que ministra com ABSOLUTO DOMÍNIO. a. Oratória, Comunicação Verbal e Expressão Corporal.

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Oratória, Comunicação Verbal e Expressão Corporal

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FACILITADOR: CARLOS ALBERTO BITTENCOURT

1. Mais de 14 anos de experiência como Facilitador/Professor/Palestrante.

2. Professor do SENAC Blumenau há mais de 10 anos. (Curso de Oratória e

Desenvolvimento Profissional).

3. Sócio e Facilitador da Facilitação Treinamentos atuando em várias cidades do Brasil

e exterior.

4. Representante comercial há mais de 25 anos.

5. Graduação como Instrutor da JCI (Junior Chamber International) Training -

Instrutor Nacional Certificado (CNT). Câmara Júnior Internacional.

6. Cursado em Dinâmicas de Grupo e PNL (Programação Neurolingüistica).

Marketing Pessoal Eneagramático. PNL aplicada a Vendas. PNL Aplicada a

Comunicação Persuasiva. Pratictioner em PNL. Personal e Professinal Coaching

( Sociedade Brasileira de Coaching).

7. Mais de 11.600 horas já ministradas de cursos e palestras.

8. Mais de 12.000 participantes em cursos e palestras.

9. Presidente Nacional do Senado JCI Brasil em 2011.

10. Prêmios que já recebeu na JCI: Campeão local e regional de oratória, campeão

local, regional e estadual da recitação da carta de princípios, campeão regional de

debates JCI.

11. Líder Comunitário do Ano de 1998 e Membro Individual JCI mais destacado.

12. Moção de Louvor em 2010 da Câmara de Vereadores de Blumenau, pelo Trabalho

de Instrutor junto a Comunidade.

13. Ex - Apresentador do Programa Facilitação Treinamentos (Rede Brasil Esperança,

TV Cabo) em Blumenau.

14. Acadêmico em Marketing (UNICESUMAR)

15. Cargos que ocupou na JCI (Câmara Júnior Internacional): Vice Presidente

Executivo local, Presidente Local em 1998, VP Regional em 2000, Assessor Legal,

Vice Presidente Comercial, Secretário Geral local.

16. Mestre de Cerimônia da JCI, SENAC e empresas privadas.

17. Palestrante na Convenção Nacional da JCI Brasil em 2008 em Chapecó/SC 18. Cursos / palestra que ministra com ABSOLUTO DOMÍNIO.

a. Oratória, Comunicação Verbal e Expressão Corporal.

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b. Motivação.

c. Comunicação Interpessoal.

d. Relações Humanas.

e. Atendimento Telefônico.

f. Atendimento a Clientes.

g. Problemas de Comunicação e Como Resolvê-los.

h. Empreendedorismo

i. Desenvolvimento Profissional.

19. OBS: Todos os temas acima podem ser aplicados em módulos de 2, 4, 6, 8, 10, 12,14 e

16h.

20. Contatos: 47 9909-4751 / e-mail: [email protected], [email protected]

Os cursos são ministrados com total interatividade, integração e acima de tudo

com dinâmicas em grupo, fazendo com que o assistente ao invés de assistir o curso, faça o

curso acontecer. É dado um enfoque totalmente diferente do que normalmente é dado a

outros cursos, pois acreditamos que a integração ou interatividade através da prática total,

faz com que os participantes tenham um aproveitamento bem maior.

Prepare-se para provocar mudanças em sua vida, prepare-se para causar uma nova

filosofia de vida em seus colaboradores, pois este é o grande propósito destes cursos, ou

seja, fazer com que tudo que não estiver a contento para você, comece a tomar rumos

diferentes, e lembre-se, “Tudo Muda Se Eu Mudar”.

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CURSO: ORATÓRIA,

COMUNICAÇÃO VERBAL

E EXPRESSÃO

CORPORAL

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AUTO-APRESENTAÇÃO

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CARGO QUE OCUPA:

ESTADO CIVIL:

GERAL: (gostos, esportes, etc...)

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Contatos para emissão de artigos, dicas e divulgação.

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SUMÁRIO

1 A IMPORTÂNCIA DE FALAR BEM ........................................................................ 6

2 COMO COMBATER O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO....................................... 6

3 CAUSAS DO MEDO ................................................................................................ 7

4 VENCENDO O MEDO ............................................................................................. 8

5 PERFIL DE UM BOM ORADOR .............................................................................. 9

6 EXPRESSÃO CORPORAL DO APRESENTADOR .............................................. 19

7 CONTATO VISUAL ............................................................................................... 19

8 MOVIMENTAÇÃO ................................................................................................. 20

9 A POSIÇÃO CORRETA EM PÉ ............................................................................ 20

10 A POSIÇÃO CORRETA SENTADO .................................................................... 21

11 GESTICULAÇÃO ................................................................................................. 21

12 APARÊNCIA / SEMBLANTE ............................................................................... 22

13 COMO PREPARAR UMA APRESENTAÇÃO EFICAZ ....................................... 23

14 COMO USAR BEM O MICROFONE.................................................................... 35

15 COMUNICAÇÃO VISUAL .................................................................................... 36

16 A POSTURA PARA LER ..................................................................................... 37

17 COMO INTERPRETAR BEM UM TEXTO LIDO .................................................. 38

18 COMO ESCREVER DISCURSO PARA SER LIDO ............................................. 39

19 PRATICANDO A TÉCNICA DA LEITURA .......................................................... 40

20 QUANDO LER EM PÚBLICO .............................................................................. 41

21 A FALA DE IMPROVISO ..................................................................................... 41

22 FALAS OCASIONAIS .......................................................................................... 48

23 RECEBA BEM O JORNALISMO ......................................................................... 50

24 COMO FALAR COM JORNALISMO DA IMPRENSA ESCRITA ........................ 51

25 COMO FALAR NA RÁDIO .................................................................................. 52

26 COMO FALAR DIANTE DAS CÂMERAS DE TELEVISÃO ................................ 53

27 RECURSOS AUDIOVISUAIS .............................................................................. 56

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APRESENTAÇÃO

Falar e ouvir são as atividades mais importantes do homem, em todos os tempos.

Pelo menos na vida ativa, em sociedade, a maior parte do tempo é gasto nestes misteres.

O tempo gasto para falar e ouvir corresponde a setenta e cinco por cento (75%) do

total. Apenas vinte e cinco por cento (25%) do nosso tempo são usados para outros

serviços, como escrever, pensar, corrigir coisas, locomover-se, etc.

Falar e ouvir ocupam três quartos do total do tempo que passamos trabalhando.

Vê-se aí, a importância fabulosa da Expressão Verbal.

Nas apresentações em público até mesmo os oradores mais experimentados

cometem erros. Os conhecedores por negligência, os novatos por desconhecerem os

fundamentos indispensáveis da Comunicação e Expressão.

Independente de quem comete a falha, a verdade é que, esta certamente produzirá

efeitos negativos na apresentação e reações imprevisíveis na platéia.

Para prevenir esses inconvenientes e, para desenvolver as habilidades necessárias

ao bom apresentador, reunimos nesse trabalho, fundamentos de Expressão Verbal e

Oratória que temos certeza, irá ajudá-lo a compreender mais facilmente os elementos

teóricos e a comunicar-se com mais eficácia.

Esperamos que essas informações possam, além de tranqüilizar nossa consciência,

abrir as portas para que a “comunicação e expressão” sejam empregadas como ferramentas

para produzir a paz e compreensão entre os homens.

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1 A IMPORTÂNCIA DE FALAR BEM

Quando alguém se expressa de maneira correta e desembaraçada, as pessoas não o

vêem apenas como um bom comunicador, ele é admirado também, e acima de tudo, pela

personalidade forte e segura projetada por sua comunicação.

Os ouvintes formam a imagem do orador partindo das indicações que recebem da

sua maneira de falar, pois ele mostra a sua capacidade e formação.

O público identifica pelo assunto, a ordenação lógica do raciocínio, a sinceridade

de propósitos e tantos outros elementos que influenciam a opinião das pessoas sobre o

apresentador.

Portanto, quanto melhor for a comunicação, melhor será a imagem construída e

mais positiva a imagem projetada.

a) A comunicação proporciona a quem fala bem, os seguintes benefícios:

É percebida como reflexo de uma personalidade forte e segura, e o apresentador

será altamente valorizado.

Projeta e põe em evidência os conhecimentos que possui sobre a matéria.

Faz de forma sutil, o seu Marketing pessoal.

É um valioso recurso de influência e persuasão.

Leva o ouvinte a praticar exatamente o que lhe foi transmitido, aproveita-se tempo e

dinheiro.

Contribui para o seu crescimento profissional como um todo.

Proporciona um melhor relacionamento com as pessoas e, conseqüentemente, o

tornará mais feliz.

2 COMO COMBATER O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Pesquisas mostram que o maior medo do homem é o de falar em público, em

seguida vem o medo de altura de insetos, etc.

O medo é um mecanismo de defesa que existe para nos proteger daquilo que nos

poderá fazer mal.

O medo provoca na maioria das pessoas, um descontrole generalizado no

organismo, que provoca alguns sintomas:

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Coração acelerado, descompassado;

Voz trêmula e hesitante;

As pernas tremem; as mãos suam; as faces empalidecem ou coram;

A boca fica seca ou com muita saliva;

Os movimentos e a gesticulação ficam descontrolados;

Fala rápido demais, atropela as palavras;

Idéias sem coordenação

Um frio na espinha;

3 CAUSAS DO MEDO

Sentimos medo do que nos possa prejudicar ou do que imaginamos que nos possa

prejudicar.

Quando falamos em público, queremos uma apresentação de boa qualidade, que os

ouvintes possam admirar, que nos propicie sucesso e nos realize nessa tarefa. Esse é um

desejo natural e legítimo de todos nós. Ninguém visa ao fracasso, mas há sempre medo de

que ele possa ocorrer. A possibilidade de o orador não se sair bem, provoca o medo.

a) O medo muitas vezes está no fato de o orador:

Não conhecer o assunto;

Não ter experiência de falar em público;

Superestimar ou subestimar seu potencial.

b) Para muitos oradores é comum o receio com:

Voz fraca, feia, muito aguda ou grave, etc.;

Postura incorreta, gestos inadequados;

Olhar perdido, tímido ou amedrontado;

Vocabulário hesitante, fraco, insuficiente;

Erros gramaticais ou dúvidas;

Dificuldade ou incapacidade para coordenar idéias.

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4 VENCENDO O MEDO

Aceite o medo de falar em público com um estado natural e não o confunda com

covardia.

Vencer o medo não significa acabar com ele, mas sim, administrá-lo para que o

orador não se prejudique.

Estar nervoso é uma forma de sentir medo, entretanto, o nervosismo controlado

pode significar uma preciosa energia positiva, que pode ser canalizada para a vibração, o

entusiasmo e a emoção da fala tornando o orador mais envolvente.

Com o medo controlado, o orador estará sempre alerta, não se descuidando da

preparação do assunto, respeitando sempre o auditório e afastando o ar arrogante que pode

ser desenvolvido pelo excesso de confiança.

Transformar o medo em um poderoso aliado.

a) Meios para o desenvolvimento:

Falar diante do espelho;

Usar um gravador;

Usar uma câmera de vídeo;

Praticar com amigos;

Fazer um curso de Comunicação Verbal;

b) Para combater as causas específicas do medo, o orador deve:

Estudar o assunto com profundidade;

Praticar e adquirir experiência, considerando o que é necessário;

Estudar as características do público e formas adequadas de tratá-lo;

Aproveitar as oportunidades para falar;

Familiarizar-se com o local, aparelhagem, microfone, antes das

apresentações;

Manter contato visual com os ouvintes antes de falar.

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5 PERFIL DE UM BOM ORADOR

Quando falamos no perfil de um bom orador, queremos nos referir aos atributos

indispensáveis que farão de você uma pessoa bem sucedida nesta arte de falar em público.

Cada pessoa possui valores diferentes, entretanto, os atributos que veremos a

seguir, deverão ser desenvolvidos por todos os que falam em público.

A) Credibilidade;

B) Conduta exemplar;

C) Naturalidade;

D) Emoção;

E) Conhecimento;

F) Conduta exemplar;

G) Voz;

H) Vocabulário;

I) Expressão corporal;

J) Aparência/Semblante.

A) Credibilidade

O grande objetivo do orador é transmitir sua informação de tal forma que ela seja

aceita pelos ouvintes. É preciso que acreditem nas suas palavras para aceitá-las.

O orador conseguirá convencer ou persuadir o público, se passar

CREDIBILIDADE com sua comunicação.

B) Conduta Exemplar

Para que um orador tenha credibilidade, suas palavras devem encontrar respaldo

no seu EXEMPLO PESSOAL.

Pense por um instante em pessoas nas quais você não acredita. Pode ser um

jornalista, um líder religioso, um político, um dirigente sindical, etc.

Procure descobrir por que não confia neles.

Provavelmente concluirá que eles não têm credibilidade porque sua conduta

pessoal não é exemplar, isto é, existe uma grande diferença entre o que diz e o que faz.

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Durante as campanhas eleitorais, é muito comum observarmos o uso de uma

conhecida técnica por parte dos candidatos. Eles procuram descobrir, na vida do adversário,

algum fato que demonstre que as suas atitudes são diferente daquilo que as suas palavras

comunicam.

Não importa de que lado esteja ou a causa que abraça, para conquistar

credibilidade, nossas palavras precisam estar respaldadas no exemplo da nossa conduta

pessoal.

C) Naturalidade

Se a platéia perceber sinais de artificialismo no comportamento do apresentador,

desconfiará de seus propósitos e colocará objeções à sua argumentação.

Para ter sucesso como orador, a pessoa precisa ser ela mesma, natural e

espontânea.

Para testar sua naturalidade questione-se:

Será que estou falando com os ouvintes da mesma forma como faria se estivesse

diante de amigos num outro ambiente, tratando do mesmo assunto.

Se a resposta for negativa, concentre-se na idéia de falar para esses amigos, até

conseguir naturalidade.

Ser natural, entretanto, não significa levar para frente do auditório os erros e as

negligências da comunicação deficiente.

Os defeitos e as incorreções de linguagem precisam ser combatidos com estudo,

experiência, disciplina e trabalho persistente.

Buscar o aperfeiçoamento não significa desviar-se de suas características pessoais.

D) Emoção

Se o orador falar apenas com naturalidade, irá somente transmitir as suas

informações aos ouvintes.

Para conquistar e envolver o auditório é necessário que o orador fale com

EMOÇÃO. Só assim fará com que todos participem efetivamente, conseguindo vender o

seu produto, o voto do eleitor, a entrada dos trabalhadores em greve, à volta dos grevistas

ao trabalho, o riso, o choro, etc.

VÁ PARA FRENTE DA PLATÉIA DISPOSTO A CONVERSAR COM OS

OUVINTES, E NÃO PENSANDO EM “FALAR EM PÚBLICO”.

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A emoção do orador é revelada pelo entusiasmo com que abraça uma causa, pela

forma como defende suas idéias e pelo interesse que dedica ao assunto que escolheu para

falar.

Sem emoção do orador e entusiasmo do apresentador, não haverá interesse da

parte dos ouvintes.

Exemplos:

Os dois últimos debates entre Fernando Collor de Melo e Luiz Inácio Lula da Silva

em 1989, servem para ilustrar a importância da emoção.

No primeiro, Collor desejando afastar a imagem de pessoa intolerante e agressiva,

procurou comportar-se com uma postura serena e equilibrada.

Por causa dessa atitude apática, saiu derrotado do debate.

No segundo, percebendo que este comportamento não o levaria a vitória, mudou a

estratégia e apresentou-se de maneira bem diferente.

Expôs seu plano de governo com entusiasmo, mostrou envolvimento e

empolgação pela causa que tinha abraçado e interesse em resolver os problemas da parcela

mais sofrida do povo brasileiro. Assim, acuou o adversário, teve domínio da disputa e saiu

como grande vencedor.

A emoção e o entusiasmo foram decisivos para esta conquista.

Ainda podemos citar outro exemplo, da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva e

José Serra, que Lula sempre foi conhecido como sindicalista ferrenho e brigão, através de

uma estratégia de marketing, mudou para Lula Paz e Amor, José Serra ao contrário, ficou

com seu jeito de homem sério e sem carisma durante toda a campanha, não demonstrando

emoção em sua fala, e sim muito conhecimento aliado a propostas, porém Lula sagrou-se

vencedor nas eleições pelo carisma e emoção.

Existem vários casos como estes nos diversos segmentos do dia a dia.

E) Conhecimento

A credibilidade do orador está intimamente ligada ao CONHECIMENTO que ele

demonstra possuir sobre o assunto.

A matéria da apresentação precisa estar embasada nas informações que ele

adquiriu com sua atividade profissional, experiência ou estudos realizados.

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O orador que fala de assunto que esteja fora de sua área de conhecimento, sem

preparo adequado, dificilmente obterá êxito diante da platéia.

Mesmo que fale com desembaraço, sem esse respaldo de conhecimento e

autoridade, correrá o risco de ser considerado um “falador presunçoso”.

F) Voz

Quando falamos, todo o nosso organismo passa a funcionar e se expressar. A voz

identifica tudo o que ocorre no nosso interior. Ela revelará se estamos apressados, calmos,

nervosos, hesitantes, convictos.

a) Respiração

Para que a voz saia bem é necessária uma respiração adequada.

Grande parte dos oradores não utiliza adequadamente a respiração. Não inspiram

nem expiram adequadamente, forçando a fala, dando a impressão que vão morrer por falta

de ar.

Com auxílio do ar expirado, o som produzido pelas cordas vocais ressoa pela

faringe, cavidade bucal e fossas nasais, dando qualidade à voz.

A respiração diafragmática, ou seja, inspirando pelo nariz e estufando somente a

barriga e expirando pela boca encolhendo a barriga, treinando várias vezes, você obterá

melhores resultados.

Algumas pessoas possuem voz:

Estridente;

Nasal;

Fina ou grossa;

Fraca, sem energia;

Baixa ou alta demais.

Esses e outros problemas de voz poderão ser corrigidos com exercício, para tanto,

recomenda-se procurar uma fonoaudióloga.

DEMONSTRE CONHECIMENTO, FALE COM CONVICÇÃO E CONQUISTE A

CREDIBILIDADE.

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Inicie este trabalho, gravando ou ouvindo a sua voz. Muitas pessoas não gostam do

que ouvem, isto porque, quando falamos, ouvimos o som da voz dentro da nossa cabeça,

com toda a ressonância produzida pelos ossos.Entretanto, o gravador capta a vibração de

uma onda de ar, um som diferente daquele que estamos acostumados a ouvir.

b) Pronunciar bem as palavras

Muita gente pronuncia mal as palavras, por pura negligência. Por serem

compreendidas em casa, julgam que os outros têm a obrigação de entender e agüentar sua

ignorância.

A pronúncia correta aumenta a credibilidade pelo orador.

Falhas mais comuns:

Outra negligência muito comum na maioria das pessoas é esquecer-se de

pronunciar o “R” no final das palavras; faze, em vez de fazer; corre em vez de correr, etc.

Se você pratica essas incorreções, trabalhe no sentido de corrigi-las, eliminando os

defeitos de dicção, procurando articular corretamente as palavras. Existem vários exercícios

para esta falha na comunicação.

QUEM PRONUNCIA AS PALAVRAS ADEQUADAMENTE PODE SER MAIS

BEM COMPREENDIDO.

FALA-SE NO LUGAR DE

Ino ou vino Indo ou vindo

Carrocero Carroceiro

Tamém Também

Pu cãs qui Por causa que

Percisa Precisa

Pcisa Precisa

Cardeneta Caderneta

Martenidade Maternidade

Inguinorância Ignorância

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c) Volume da voz

Deve ser adaptado a cada tipo de ambiente;

Não deve ser elevado quando falamos para poucas pessoas;

Esta deverá ser uma das primeiras preocupações do orador quando chegar ao

local da sua apresentação;

Deverá analisar a acústica da sala, o tamanho do auditório, à distância que

estará dos ouvintes e verificar se existe ou não microfone;

A partir dessa avaliação simples, saberá qual o volume de voz mais

apropriada para aquele momento.

d) Velocidade da fala

A velocidade da fala varia de pessoa para pessoa e dependerá da nossa

emoção de como respiramos e articulamos os sons;

A característica da frase pronunciada influencia na velocidade da fala;

Se o orador disser: O carro em alta velocidade desgovernou-se e precipitou-

se no abismo; pronunciará rapidamente esta informação;

Entretanto, se disser: A chuva demorou a passar e ela, na dúvida, preferiu

ficar em casa e esperar pacientemente a chegada do sol, a velocidade

certamente mudará;

Procure encontrar a velocidade da fala, pois ela ajudará no seu raciocínio;

A velocidade e volume da voz deverão sofrer ao longo da mensagem,

variações de forma a permitir aos ouvintes, uma compreensão maior da

comunicação;

A alternância do volume e da velocidade proporciona um colorido especial à

fala e, com esse ritmo agradável, será possível motivar e envolver mais

facilmente os ouvintes;

A COMUNICAÇÃO NO MESMO TOM E VELOCIDADE TORNA-SE

CANSATIVA E MONÓTONA.

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COLOQUE ÊNFASE NAS PALAVRAS

O sentido das palavras deve estar associado com a forma como são pronunciadas.

Se comunicarmos que algo é grande, precisamos dizer a palavra “graaaande” de maneira tal

que possamos exprimir seu verdadeiro significado.

O orador deve sempre pôr nas palavras a inflexão de voz e sentimentos que

caracterizam a mensagem.

Dentro de cada frase há sempre uma ou mais palavras que possuem valor mais

expressivo para a mensagem comunicada.

Para destacar certas palavras nas frases procure:

Pronunciá-las com mais ou menos intensidade;

Pronunciar pau-sa-da-men-te as sílabas das palavras;

Destacá-las entre pausas.

As pausas são indicadores de uma comunicação natural e segura. Pratique, pois

são ótimas auxiliares do raciocínio.

Exemplos: Varanda, maluco, xilófago, forçudo, café, índio, cartada, magriça.

Assim como a palavra tem sua sílaba tônica, em uma frase existem uma ou mais

palavras que pedem maior ênfase ao serem pronunciadas: A EXPRESSIVIDADE

DEPENDE DA ÊNFASE CORRETA NA PALAVRA CERTA.

Pronuncie as palavras a seguir, esforçando-se para expressar a ênfase, de

acordo com a palavra:

Eu ABSOLUTAMENTE não permito que você viaje esta semana!

Fique CERTO de que não havia outra solução!

Gosto de coisas CLARAS!

À minha CUSTA ele não faz!

Ponha-se na RUA!

Isto é MENTIRA!

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Exercício: Treinar as frases, enfatizando cada palavra, acompanhada dos

respectivos gestos.

Eu não disse que ele roubou dinheiro!

Você viu aquele sujeito sair daqui?

Eu não disse que ele é mentiroso!

e) Entonação

ENTONAÇÃO é a música da linguagem. Entonar bem e no tom certo, como se

cada palavra, cada sílaba, representasse uma nota musical. O Prof. Hermann Klinghardt, foi

o primeiro a propor, na língua inglesa, um sistema de sinais para indicar o tom exato das

palavras, facilitando a leitura em voz alta, na entonação certa e facilitando à compreensão

dos vocábulos. O sistema não teve ainda seguidores em português e faltam-lhe entusiastas

em inglês.

A definição poética que compara o tom a medida, é exata, exige-se de quem fala

bem, uma variedade melódica. Para isso, é indispensável uma voz flexível e expressiva. A

variedade melódica decorre do próprio significado da palavra – a palavra tem de ser

anunciada, de acordo com o seu significado e a expressão é toda ela, sentimento. Vamos

pronunciar cada uma das palavras seguintes, dando-lhes toda a expressão de que somos

capazes, de acordo com o significado.

Exemplos: assassino, anjo, lixo, perfume, samba, melodia, amor, biruta, funeral,

gargalhada, crápula, palhaço, estranho, ódio.

Cada uma das palavras do exemplo anterior tem a sua entonação certa, sugerida

pelo seu significado. Não se pronuncia com a mesma entonação as palavras “amor” e

“ódio”. A palavra ódio, pronunciada com a mesma entonação de amor, soa diferente.

Experimente pronunciar em voz alta a palavra “lixo”, com a mesma entonação que

pronuncia a palavra “perfume”. Sentirá como é difícil, porque a palavra pede o seu tom

correspondente.

Toda a variedade melódica da entonação tem por finalidade facilitar a

compreensão. Falar no tom certo é fazer-se mais facilmente compreendido.

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Eis algumas frases para exercícios em voz alta com a entonação certa:

Ele é um sujeito MALVADO!

Suas filhas são ENCANTADORAS!

Rafael é uma AUTORIDADE em psicologia!

Uma PENA ele estar morto!

Dei GARGALHADAS com Oscarito!

ADORO Portugal!

Esse camarada é BIRUTA!

Você está se portando como um PALHAÇO!

Casei-me com um ANJO!

É um garoto LEVADO da breca!

Que cheiro HORRÍVEL!

G) Vocabulário

Quanto mais amplo e abrangente for o vocabulário, mais pronta, desenvolta e

segura será a comunicação.

O orador que possui grande quantidade de palavras em seu vocabulário e as

encontra com facilidade para identificar seus pensamentos, estará contando com uma

poderosa arma para ser vitorioso na comunicação.

É importante observar e aprender novos termos para a ampliação do vocabulário,

mas é fundamental que eles sejam praticados.

Algumas formas de abordagem, início de fala e argumentação, poderão ser

automatizadas pelo orador.

Se vocês me permitem, gostaria de apresentar um ponto de vista...

Depois de ouvir atentamente as colocações de todos, julgo oportuno...

Vou refletir com carinho sobre a proposta...

Sua pergunta é muito boa sobre a proposta...

Sua pergunta é muito importante, porque nos ajuda a esclarecer...

Sua dúvida é extremamente oportuna, por que...

É com satisfação que volto a usar essa tribuna...

Antes de encerrar as minhas considerações, quero...

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a) Como ampliar o vocabulário

O processo de ampliação do vocabulário é extremamente trabalhoso, exige muito

esforço e disciplina.

b) Procure:

Anotar a palavra que não conhece ou tem dúvida do significado;

Recorrer a um dicionário para estudá-lo;

Construir algumas frases diferentes, incluindo o novo termo aprendido;

Usá-la na primeira oportunidade, escrevendo ou conversando.

O vocabulário técnico, próprio da atividade desenvolvida pelo apresentador,

somente deverá ser utilizado quando este estiver falando para pessoas com alguma base de

conhecimento do assunto.

c) Tipos de maneirismos

São expressões incorporadas à maneira de falar das pessoas. As mais comuns são:

“Né?” – “Tá?” – “Ok?”, no final das frases e os irritantes ããããããã - êêêêêêê e

hummmmmm, colocados durante as pausas.

Outras pessoas costumam utilizar: “você ta me entendendo?” – “ta

compreendendo?” - “tudo bem?” – “tudo certo?”, etc.

Esses “ruídos” de comunicação precisam ser eliminados, pois podem desviar a

atenção dos ouvintes e até comprometer a autoridade e credibilidade do orador.

A maioria dos apresentadores não tem consciência de que possui defeitos desta

natureza. Assustam-se quando descobrem as falhas ao assistir sua apresentação no vídeo

pela primeira vez.

APROVEITE BASTANTE, ASSINALE PALAVRAS E INFORMAÇÕES NOVAS.

PRATIQUE SEMPRE.

ELIMINE DO SEU VOCABULÁRIO O PALAVRÃO, AS GÍRIAS, O CHAVÃO E

AS FRASES VULGARES.

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d) Para eliminar esses defeitos, deve-se:

Reconhecer que tem e convencer-se da necessidade de superá-los;

Não se sentir incapaz por cometer esses defeitos;

Gravar suas apresentações e criticá-las;

Aprender a pensar em silêncio;

Entender que pausas não devem ser preenchidas com “ruídos”;

Preparar melhor o assunto a ser apresentado;

Praticar antes de ter contato com o público.

6 EXPRESSÃO CORPORAL DO APRESENTADOR

A Expressão Corporal, juntamente com a voz e a palavra, são responsáveis

pelo transporte da mensagem do orador para o público.

Todo o nosso corpo fala quando estamos nos comunicando.

A posição dos pés e das pernas, o movimento do tronco, dos braços e dos

dedos, a postura dos ombros, o balanço da cabeça, as contrações do

semblante e a expressão do olhar.

Cada gesto possui um significado próprio e encerra em si uma mensagem.

Um estudo realizado pelo psicólogo Albert Mehrabian concluiu que os ouvintes

são influenciados:

7% pela palavra;

38% pela voz;

55% pela expressão corporal.

7 CONTATO VISUAL

Através dos olhos conversamos com todo o auditório, poderemos obter o retorno

da mensagem que colocamos para os ouvintes. Verificamos também o comportamento da

platéia, se todos estão interessados em nossas afirmações, se apresentam resistência a

determinadas idéias.

O contato visual também serve para valorizar a presença de cada elemento da

platéia. Aquele que não for olhado pelo apresentador irá sentir-se marginalizado, começará

a se desinteressar pelo que está sendo tratado ou ficará contra as idéias do orador.

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Erros mais comuns do apresentador:

Fugir com os olhos;

Olhar para um ponto fixo, para uma só pessoa;

Olhar desconfiado;

Olhar limpador de pára-brisa;

Olhar perdido.

8 MOVIMENTAÇÃO

As pernas dão sustentação ao corpo e podem, dependendo do posicionamento,

tornar a postura um elemento positivo na sua comunicação ou, ao contrário, ser um fator

tão desfavorável que, poderá destruir sua apresentação.

“O que fazer com as pernas? Como se movimentar?”

São as dúvidas mais freqüentes dos oradores e que por não terem resposta, optam

por permanecer parados feito estátuas. Assim, cansam a platéia, pois a apresentação torna-

se monótona.

Os erros mais comuns do apresentador:

9 A POSIÇÃO CORRETA EM PÉ

Fique de frente para o público, posicionado sobre as duas pernas, possibilitando

bom equilíbrio ao corpo. Para evitar o cansaço, jogue o peso do corpo ora sobre uma perna,

ora sobre a outra, sem que o auditório perceba. Isto é recomendável quando o espaço para a

movimentação for pequeno, ou quando estivermos falando diante de microfones.

Muitas vezes a insegurança e o nervosismo prejudicam a movimentação, neste

caso o esforço é sempre redobrado para manter a postura correta. Treine bastante.

Cabe lembrar, que a movimentação das pernas precisa seguir a modulação e o

ritmo da fala.

Movimentação desordenada O Pêndulo

Cruzamento dos pés em forma de “X” Cruzar e descruzar as pernas

Animal enjaulado Espreguiçadeira

A gangorra O vaivém

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Uma frase dita com velocidade sugere uma movimentação de recuo e avanço mais

rápido. Se a frase obedecer a um ritmo lento, os movimentos também deverão ser lentos.

Isto não se constitui em uma regra obrigatória para o que é dito, ou seja, as pernas

não necessitam movimentar-se com rapidez ou não, sempre que falamos em ritmo

acelerado.

Na verdade, as pernas deverão ficar paradas a maior parte do tempo. Normalmente

as pernas deverão ficar afastadas a uma distância de aproximadamente 15 cm, isto dará

bom equilíbrio e postura elegante. O apresentador pode, se houver possibilidade,

movimentar-se no meio do público. Seja para melhorar a participação, provocar a

aproximação, chamar a atenção ou despertar interesse de determinado segmento da platéia.

10 A POSIÇÃO CORRETA SENTADO

Quando falar sentado, poderá agir de duas maneiras distintas:

Uma delas é colocar os dois pés no chão, demonstrando firmeza e permanecendo

esteticamente correto. Esta posição é recomendada para quando você for argumentar ou

defender com ênfase um ponto de vista, dará maior liberdade e inclinando o corpo para

frente demonstrará convicção no comportamento do apresentador. A outra maneira, é

cruzar as pernas. É uma forma elegante e confortável.

11 GESTICULAÇÃO

Observe como você e as outras pessoas gesticulam quando estão conversando

descontraidamente. Notará que o gesto obedece a um processo natural, isto é. Ocorre antes

ou junto com a palavra, não depois.

Para compreendermos melhor a gesticulação é preciso conhecer bem as funções

dos gestos. Poderemos então executá-los corretamente. O gesto correto é aquele que

identifica perfeitamente o pensamento e o sentimento do orador, interpretando e

transportando a convenientemente a mensagem.

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a) São funções dos gestos:

Interpretar corretamente o sentimento do que foi dito;

Completar a mensagem transmitida pelas palavras;

Determinar dentro de uma frase a informação de maior importância;

Tomar o lugar das palavras não pronunciadas.

OS GESTOS DEVEM CORRESPONDER AO TOM DA VOZ.

O orador que não gesticula, permanecendo imóvel, estará deixando de

utilizar um recurso valioso de comunicação;

Por outro lado, é bom lembrar que o excesso de gestos é mais grave do que a

sua falta;

Faça um gesto para cada informação predominante na frase.

b) Atitudes Desaconselháveis

As atitudes desaconselháveis não são, necessariamente, incorretas. Podem

ser desaconselháveis para alguns momentos e apropriados para outros;

De maneira geral, não fale com as mãos no bolso, atrás das costas, com os

braços cruzados, apoiados constantemente sobre a mesa, sobre a tribuna ou

haste do microfone;

Evite gestos abaixo da linha da cintura ou acima da linha da cabeça.

c) Gestos involuntários

Diante do público tenha cuidado com os gestos involuntários como coçar a cabeça,

segurar a gola da blusa ou paletó, mexer na aliança, na pulseira, mexer na genitália, distrair-

se com um lápis ou caneta e tantos outros movimentos inconvenientes.

12 APARÊNCIA / SEMBLANTE

Antes mesmo de dizer as primeiras palavras, a aparência do orador já poderá

revelar ao público como ele é.

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Os cuidados que o orador dispensa com a sua aparência dizem muito a seu respeito

e poderá fazer com que a sua platéia o veja de forma positiva e o respeite também por este

aspecto.

Se você se sentir confortável e bem arrumado, a aparência deixará de ser uma

preocupação e assim poderá se concentrar melhor no assunto e nas outras circunstâncias do

evento.

a) O que deve ser observado na aparência:

A roupa;

Os sapatos e meias;

Os acessórios.

No tocante às roupas, deve-se evitar as cores agressivas, como estampas muito

chamativas e com mensagens indiscretas.

Não esqueça também de manter os cabelos sempre cortados e a barba feita todos

os dias.

b) A importância do semblante

O semblante trabalha também como indicador de coerência e de sinceridade das

palavras. Deve demonstrar exatamente aquilo que estamos dizendo. Isto fica bem

caracterizado quando falamos de assuntos que provocam tristeza, alegria, agressividade ou

atitudes de simpatia.

Evite excessos no trabalho do jogo fisionômico. Contrair freqüentemente a face e

o nariz, fechar os olhos, franzir a testa de maneira exagerada poderá transformá-lo num

orador caricato e despersonalizado.

O abuso da comunicação facial chama demasiada a atenção da platéia. Barba,

cabelo, roupas, sapatos também fazem parte da sua aparência, procure estar de acordo com

a importância do seu trabalho.

13 COMO PREPARAR UMA APRESENTAÇÃO EFICAZ

Para preparar uma boa apresentação é preciso ter em mente que ela deverá ir ao

encontro do interesse dos ouvintes, desenvolver o assunto de forma clara, lógica e atingir os

objetivos propostos.

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A) Escolha o assunto

O assunto deverá estar o mais próximo possível dos acontecimentos da atualidade,

para que possa despertar o interesse do público. Ao escolher o assunto, lembre-se:

Fale sobre um tema atual;

Fale sobre o que você possui autoridade;

Escolha um tema do qual gosta;

Faça uma abordagem nova nos velhos assuntos;

Opte por um assunto pertinente as circunstâncias;

Fale sobre um assunto que a platéia desconheça;

Escolha um assunto que possua fontes de pesquisa.

B) Determine os objetivos

O que você deseja obter com sua apresentação? Quais as verdadeiras causas que o

motivaram a falar?

Muitos oradores apresentam-se diante de platéias, sem o mínimo de noção de seus

objetivos. Se não soubermos onde desejamos chegar, dificilmente saberemos, também,

quais os rumos que devemos tomar.

Alguns objetivos de uma apresentação:

a) Informar: Ser claro, objetivo e facilitar a compreensão;

b) Convencer e Motivar: Preparar argumentos, provas, analisar objeções e/ou pontos

que possam ser refutados;

c) Divertir: Possuir senso de humor, usar de alguma ironia e falar de assuntos de fácil

entendimento;

d) Promover-se: Transmitir informações que mostre seus princípios morais,

honestidade e interesse pelo próximo.

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C) Partes de uma apresentação

INTRODUÇÃO - VOCATIVO

ESTRUTURA CENTRAL

- ASSUNTO

- OBJETIVO

- NARRAÇÃO

- REFUTAÇÃO

CONCLUSÃO - REVISÃO

- EPÍLOGO

Uma fala bem estruturada facilita o desenvolvimento do raciocínio do orador e a

compreensão dos ouvintes.

Uma apresentação possui três partes principais:

1) Introdução;

2) Estrutura Central;

3) Conclusão.

Para todas as formas de apresentação, há a necessidade de se cumprir com eficácia

estas três partes.

O orador que não souber organizar a sua fala, não colocando as informações nas

partes apropriadas, poderá comprometer toda a sua apresentação e prejudicar o

entendimento da mensagem por parte dos ouvintes.

a) Introdução

A introdução é a parte do discurso que dedicamos a conquistar a vontade dos

ouvintes para receber a mensagem que temos a transmitir.

A introdução tem três finalidades:

Conquistar a atenção;

Romper a resistência;

Cativar a disposição favorável.

O orador deverá escolher o tipo de início de acordo com o público e as

circunstâncias que cercam a apresentação.

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A introdução deverá ser curta, consumir pouco tempo do discurso e possuir uma

relação direta com o que será falado pelo apresentador.

Vocativo

O vocativo é o cumprimento ao público, uma forma educada e respeitosa de nos

dirigir a ele chamando sua atenção para a nossa presença.

Deverá ser adequado à ocasião e às pessoas. Diante de grupos estranhos e

autoridades importantes, o vocativo deverá ser mais formal e cerimonioso.

Entretanto, o vocativo “Senhoras e Senhores” pode ser empregado na maioria das

situações.

Para um grupo de subordinados ou colegas com os quais temos contato freqüente,

recomenda-se um vocativo mais informal.

Por exemplo: “Olá Pessoal”, “Amigos Bom Dia”, “Como vão todos?”.

Mesa composta

Existindo uma mesa composta por pessoas que dirigem a reunião ou cerimônia,

devemos antes cumprimentá-las, logo em seguida os demais ouvintes.

Os cumprimentos devem seguir numa ordem decrescente da importância, por isso,

o cuidado de confirmar o nome dos que será mencionado, a função de cada um e a ordem

hierárquica, precisa estar sempre presente entre as preocupações do orador.

Se a mesa for numerosa e não existir um protocolo rigoroso que obrigue o

cumprimento a todos os seus componentes recomenda-se:

Cumprimentar a todos da mesa ao mesmo tempo:

“Autoridades que compõe a mesa de honra, Senhoras e Senhores”.

“Componentes da mesa que dirigem esta reunião, Senhoras e Senhores”.

Eleger uma pessoa representativa da mesa ou o presidente da reunião, saudá-

lo e estender o cumprimento a todos os componentes da mesa principal:

“Sr.Adriano de Camargo Pinduva, Excelentíssimo Senhor Governador,

muito bom dia, permita-me em seu nome estender os meus cumprimentos a

todos os componentes da mesa, Senhoras e Senhores”.

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“Sr. Fulano de Tal”, Digníssimo Prefeito da Cidade tal, cumprimentando-o,

cumprimento a todas as autoridades civis aqui presente, ou presente neste

evento...

“Se houver algum militar na mesa de honra, faz-se o mesmo, saudando

autoridades militares”, lembrando que a Marinha, exército e aeronáutica, são

forças armadas e policia militar ou corpo de bombeiros, são forças

auxiliares, por este motivo saúda-se após.

Lembre-se de que faz parte da introdução, cujo objetivo é conquistar a platéia, a

maneira como nós a saudamos poderá ter influência na aceitação de nossa mensagem.

Tipos de introdução

O orador poderá utilizar-se de vários tipos de introdução, conforme a necessidade

e o público.

Referir-se a ocasião

É a maneira mais comum, praticada pela maior parte dos apresentadores. Trata-se

de um rápido comentário sobre a presença dos ouvintes no ambiente e uma breve referência

ao tema que será abordado.

Se um médico fosse falar sobre saúde, poderia referir-se assim à ocasião.

“Raras são as oportunidades em que se pode reunir um grupo de pessoas tão

interessadas pela sua saúde e de sua família. O que abordaremos, conduzirá vocês a uma

reflexão, acerca de ações que poderão ser adotadas para combater e prevenir as doenças

mais comuns do nosso dia-a-dia”.

Este tipo de introdução é possível quando se supõe que os ouvintes não

apresentam resistência ao assunto a ser tratado e se interessam pela exposição, por estar

ligada ao seu dia-a-dia.

O VOCATIVO DEVE SER UMA ESPÉCIE DE ABRAÇO QUE DAMOS NO

AUDITÓRIO, UM COPORTAMENTO CALOROSO QUE TEMOS AO

ENCONTRAR UM AMIGO.

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Frase ou informação de impacto

A frase deve ser preparada como se tivéssemos que colocar uma manchete num

jornal sensacionalista.

O fato, embora exagerado, nunca deverá ser falso ou mentiroso, é questão ética,

visto que por se tratar de um acontecimento verdadeiro, a platéia prestigiará com maior

interesse a exposição do apresentador.

Exemplo: Se alguém fosse dar uma palestra sobre as cheias da região, poderia ser

assim a introdução de impacto:

“Ë com grande tristeza e emoção que após ouvir a Defesa Civil, tenho a informar

aos Senhores os números alarmantes das últimas cheias na região; soma 48 o número de

mortos, dos quais cinco crianças e 2600 desabrigados. Basta de mortos, de sofrimentos e de

enchentes”.

Fato bem humorado

Um fato bem humorado não é piada. Ele deve nascer da própria circunstância do

ambiente ou de mensagem que estamos transmitindo.

O fato bem humorado pode nascer da emoção do momento de uma situação atual

ou vivida e presenciada pelo público, não existe a responsabilidade de provocar o risco dos

ouvintes, como é o caso das piadas.

Exemplo: “Quando falamos dos cuidados que devemos ter com os detalhes do

local onde a apresentação será realizada, comentamos o fato ocorrido com a rainha

Elizabeth II da Inglaterra, que ao visitar os Estados Unidos, se utilizou uma tribuna

preparada para o presidente George Bush, muito mais alto do que ela. Vimos que, ao

discursar nesta tribuna mais alta, a rainha quase desapareceu ficando visível apenas parte do

seu semblante e o chapéu listrado que estava usando na ocasião. Pois bem, esse fato muito

comentado por toda a imprensa dos Estados Unidos e da Inglaterra e era uma informação

presente na cabeça da maioria das pessoas. Na mesma semana ela se apresentou, outra vez,

falando no Congresso Americano. Ao iniciar, aproveitou-se daquela informação que

passara a ser comentário geral, exagerando o acontecimento e transformando-o num fato

bem humorado”. “Espero que hoje os senhores possam me ver”.

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Uma historia ou narrativa interessante

Quando bem feita desperta naturalmente a curiosidade das pessoas, que passam a

ficar interessadas em conhecer o final do que começaram a ouvir.

Depois de alcançado este primeiro objetivo, o apresentador poderá fazer uma

relação da narrativa com o assunto que pretende desenvolver.

Levantar uma reflexão

Esta reflexão deve excitar a curiosidade sobre um assunto importante e se

relacionar de alguma forma com os ouvintes. Isto os fará pensar.

Exemplo:

Um candidato a prefeito pode levantar a seguinte reflexão:

“Muito me envaidece a oportunidade que tenho para poder conversar com vocês.

Tenho certeza que sairei daqui conhecendo um pouco mais dessa gente que forma esta bela

cidade na qual vivemos”.

“Que cidade queremos para nossos filhos e netos? Que destinos desejam para a

cidade que, juntos, nos cabe construir?”.

A partir daqui o orador desenvolve o seu raciocínio.

Apresentar os benefícios do assunto

Para poder acompanhar com entusiasmo e motivação a fala do orador, o público

precisa perceber de forma clara, que vantagens poderão obter pela atenção que será

dispensada.

O auditório deixa de ser indiferente e presta atenção quando percebe a

possibilidade de:

Aumentar seu prestígio social, suas perspectivas profissionais, ver confirmados

alguns princípios em que acredita aprender coisas novas, melhorar sua qualidade de vida,

pôr em prática algum projeto pessoal, ganhar dinheiro, obter algum tipo de vantagem

material, etc.

NA INTRODUÇÃO, RECOMENDA-SE AGIR COM NEUTRALIDADE DIANTE

DE ASSUNTOS POLÊMICOS.

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Hostilidade do auditório

Para quebrar a hostilidade e a resistência, o orador precisa encontrar pontos de

identificação com o auditório. Um desses pontos pode ser a presença de alguém conhecido

na platéia. Poderá fazer uma referência a esta pessoa, falando o seu nome dizendo a

felicidade de encontrá-lo naquele momento. A hostilidade poderá deixar de existir,

principalmente se a pessoa citada for bastante querida pelo grupo.

Outro caminho para quebrar a hostilidade, é aproveitar o lugar onde se encontra.

Tudo o que faça parte do ambiente e que toque de uma maneira ou outra a platéia, poderá

ser aproveitado.

Introdução para todas as circunstâncias

Aludir à ocasião;

Elogiar ou valorizar a platéia;

Prometa brevidade; e cumpra;

A pessoa do orador, brincar com o seu tipo físico;

Elogiar o concorrente ou adversário.

Introduções que devem ser evitadas

Contar piadas;

Fazer perguntas quando não desejar resposta;

Pedir desculpas ao auditório;

Assumir posição em assuntos polêmicos;

Começar com palavras inconsistentes;

Usar chavões ou frases feitas;

Mostrar-se muito humilde diante dos ouvintes importantes;

Criar expectativas que não possa cumprir.

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b) Estrutura central

A estrutura central é a montagem do conteúdo da fala.

Assunto

Procure sempre que possível, informar à platéia sobre o que você vai falar.

Objetivo

Informe o objetivo e onde pretende chegar com a sua mensagem.

Sabendo qual é o assunto a ser tratado, e identificado os objetivos a serem

atingidos, o público entende melhor a seqüência do raciocínio do orador.

É possível também que o assunto e o objetivo possam fazer parte da mesma

frase, que deve ser curta a clara.

Exemplo:

“Hoje nós iremos demonstrar como o processo de terceirização da saúde pública

poderá reduzir os custos da prefeitura e melhorar o padrão de atendimento à população.”

Narração

É o elemento da apresentação que expõe os motivos e os fatos que sustentam a

argumentação do orador.

Esses fatos podem ser:

Retrospectos;

Estudos de qualquer natureza;

Pesquisas diversas;

Descobertas científicas;

Levantamentos.

Uma narração bem feita permite:

Alcançar os objetivos da apresentação;

Encontrar solução para o problema;

Persuadir e convencer a platéia.

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Os fatos que norteiam a narração deverão ser bem ordenados, salientando as

causas e efeitos, prós e contras, valendo também das experiências, para que a platéia possa

compreender facilmente o tema da sua apresentação.

Refutação

A outra parte da estrutura central que deve ser trabalhada pelo apresentador é

a refutação. Refutar é defender suas idéias de possíveis ataques dos ouvintes;

O auditório poderá fazer objeções claras, ou não, aos nossos argumentos;

As objeções claras poderão ser refutadas no momento da manifestação dos

ouvintes;

Se a objeção for feita para um argumento específico, a refutação deverá ser

imediata;

Se, para mais argumentos, a refutação deverá ocorrer logo após a idéia

apresentada;

Quando os argumentos apresentados tiverem diferença de importância,

devemos primeiro refutar os mais fortes, deixando os mais frágeis para o

final;

Assim, teremos mais chances de ao vencer o mais frágil, que ficou por

último, induzir o público a pensar que os anteriores também não tinham

consistência e devem ser desconsiderados.

c) Conclusão

Quando chegamos à conclusão, temos um reduzido tempo pela frente. Se a

introdução tem de ser curta, a conclusão tem que ser ainda menor;

Normalmente a conclusão deve ser o coroamento da qualidade da

apresentação;

Ao chegarmos à conclusão, os ouvintes já devem estar convencidos das

nossas idéias e prontos a abraçá-las;

Aguardam apenas as últimas orientações para saberem como agir.

Diga aos ouvintes que irá encerrar, isto provocará um esforço final de

concentração da platéia, pois espera do apresentador uma revisão do que foi

apresentado.

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Sugestões para indicar ao auditório, que estamos encerrando:

Ao concluir minhas palavras...

E, para encerrar...

Chegou à hora de encerrar...

Antes de me retirar dessa tribuna, quero dizer que...

Quando chega o momento de concluir...

E, no instante em que encaminho as minhas palavras para o final...

Revisão

Ao concluir, o apresentador deverá fazer uma revisão em duas ou três frases,

recapitulando aos ouvintes a essência do assunto abordado.

Uma grande vantagem desse recurso é que, ao resumir o conteúdo da mensagem, o

apresentador associa os argumentos mais importantes e amplia o poder de persuasão.

Epílogo

Feita a revisão o apresentador ainda tem o epílogo que é o último momento

dele diante do auditório.

Neste momento da conclusão, as palavras precisam ser dirigidas mais para o

sentimento do que para a razão.

No epílogo, o apresentador deverá recorrer ao apelo emocional, deveremos

considerar este estado de espírito e concluir com informações leves, que

forcem a emoção.

A frase que leva o apresentador a fechar seu discurso deverá sofrer uma

inflexão de voz adequada. Lembre-se de agradecer a platéia.

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Formas de concluir

São semelhantes às usadas para a introdução da fala.

Levantar uma reflexão;

Usar uma citação ou uma frase poética;

Pedir ação;

Elogiar o auditório;

Aproveitar um fato bem humorado;

Narrar um fato histórico.

Alguns cuidados com a conclusão

Evite um dos erros mais graves e mais comuns na conclusão: “Era isso o que

eu tinha para dizer. Muito obrigado!”;

Não fique parado na frente do público esperando que os aplausos cessem.

Saia enquanto as pessoas ainda estiverem aplaudindo;

Não saia da tribuna balançando a cabeça negativamente, cabisbaixa, fazendo

comentários autodepreciativos, revelando que não gostou do seu discurso.

Saia da tribuna com a postura e fisionomia de quem fez uma grande

apresentação.

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14 COMO USAR BEM O MICROFONE

Quando aprendemos a usar corretamente o microfone, aproveitamos o seu

potencial e o transformamos num ótimo aliado para a voz e para a comunicação.

Deixando o microfone muito baixo, a voz não será captada

convenientemente, se muito alto, impedirá que o público veja o nosso

semblante;

A melhor altura do microfone é um pouco abaixo da boca, mais ou menos na

direção do queixo;

O grande segredo para o bom uso do microfone é falar sempre, olhando

sobre ele;

Assim, se nos dirigirmos às pessoas que estão no fundo da sala, à nossa

frente, nós nos posicionamos naturalmente diante do pedestal, olhando sobre

o microfone;

Torna-se uma postura elegante que nem chega a chamar a atenção da platéia;

Para segurar o microfone, os cuidados são os mesmos já comentados;

Ao segurá-lo, devemos fazer do nosso braço uma espécie de pedestal. Este

braço deverá ficar imóvel para que não se afaste da boca, prejudicando a

qualidade do som;

Não gesticule com este braço e evite também trocar o microfone de mão com

muita freqüência;

O microfone de lapela, principalmente se for sem fio, é o tipo mais indicado

para apresentações onde se deve ter acentuada movimentação e se usa o

retroprojetor;

Os microfones de mão, sem fio também, são ótimos recursos para quem quer

movimentar-se e usar o retroprojetor.

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15 COMUNICAÇÃO VISUAL

Muitos oradores não olham ou olham muito pouco para a platéia durante a

leitura;

Outros não tiram os olhos do discurso, dando a impressão de que conversam

com o papel, e não com o auditório. Alguns olham tão rapidamente, que

parecem apenas querer certificar-se de que as pessoas ainda estão lá;

Você não precisa, nem deve olhar para os ouvintes a cada palavra, mas deve

ter comunicação visual com eles durante as pausas mais prolongadas e no

final das frases;

Procure olhar para o auditório ao dizer as duas ou três últimas palavras de

frase. Guarde essas palavras na memória e as pronuncie, quando já estiver

olhando para o público;

Posicione o papel na altura do peito, será mais fácil manter contato visual

com os ouvintes, pois bastará que levante os olhos, e o público estará lá, na

sua frente;

Ao escrever o discurso, use apenas os dois terços superiores da página. Se

utilizar o terço inferior, ou será obrigado a baixar muito a cabeça para ler, ou

precisará subir demais a folha, com o risco de seu rosto não ser visto pelos

ouvintes;

Depois de olhar, volte ao texto com calma, sem precipitação;

Para não se perder enquanto olha para a platéia, habitue-se a marcar a linha

de leitura, usando o dedo polegar;

Um discurso de mais ou menos quinze minutos, só permitirá um bom

contato visual com os ouvintes, se for lido em voz alta, no mínimo trinta

vezes, antes de estar diante da platéia;

Treinando antes, o orador saberá quais são as palavras que deverá

pronunciar, apenas com uma rápida passada de olhos sobre o texto.

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16 A POSTURA PARA LER

Para ler, é importante segurar o papel corretamente;

Quando falar em pé, posicione o papel na altura do peito, pois bastará

levantar os olhos, para ter contato visual com o público;

Quando ler utilizando uma tribuna, não coloque as folhas lidas embaixo das

outras, deslize-as suavemente para o lado, de forma que o auditório nem

perceba;

Para ler diante de um microfone posto num pedestal, posicione a folha na

parte superior do peito, deixe o microfone um pouco abaixo do queixo (um

ou dois centímetros); com uma das mãos segure a folha próxima da

extremidade superior e, com a outra, próximo à parte inferior do papel;

Se falar sentado, atrás de uma mesa, levante um pouco a parte superior do

papel para facilitar a leitura e o contato visual com os ouvintes;

Nas apresentações com discurso lido, os gestos devem ser moderados e

feitos, principalmente, para indicar as mensagens mais significativas;

Pratique na frente do espelho, use um gravador ou grave em VT.

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17 COMO INTERPRETAR BEM UM TEXTO LIDO

Qualquer texto seja ele redigido pelo próprio orador ou por outra pessoa, poderá

ser bem interpretado, se forem seguidas algumas recomendações.

A interpretação do texto requer habilidades de pausa e acentuação. Temos a pausa

expressiva e a meia pausa expressiva, os acentos expressivos e a unificação das palavras.

Sugestão para fazer a narração do texto

A pausa expressiva / serve para valorizar a informação transmitida / ou a que vem

a seguir/ facilita a respiração / e proporciona ritmo e melodia a leitura.

A meia pausa expressiva tem a mesma finalidade básica da pausa expressiva

apenas conforme o próprio nome está dizendo, com menor força que a primeira. Serve,

principalmente, para separar e por destaque algumas palavras mais importantes dentro das

frases.

Os acentos expressivos/ são sinais que indicam / qual a sílaba mais forte / da

palavra mais importante/ dentro de um conjunto /ou grupos de palavras /que compõem a

informação.

O sinal de U unificação/ indica a pronúncia unificada de duas ou mais palavras/

que devem ser transmitidas / como U se U fossem uma só.

Além dessas sugestões, você pode usar traços horizontais embaixo das palavras

mais importantes, ou linhas tracejadas, ou pronunciar estas palavras pau-sa-da-men-te.

/ PAUSA EXPRESSIVA

MEIA PAUSA EXPRESSIVA

^ , ACENTOS EXPRESSIVOS

U UNIFICAÇÃO DA PALAVRA

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18 COMO ESCREVER DISCURSO PARA SER LIDO

Alguns cuidados são importantes ao colocar o discurso no papel, pois poderão

facilitar a leitura diante do público:

Um detalhe importante deve ser a escolha do papel, que não pode ser do tipo

branco brilhoso, uma vez que pode refletir a luz e prejudicar o orador

durante a leitura. Use preferencialmente papel bege ou acinzentado;

Se a sua preocupação for o nervosismo que fará o papel tremer, escreva o

seu discurso num papel mais grosso ou cole na folha de cartolina na página

do discurso;

Algumas pessoas preferem utilizar uma pasta de papelão;

Outro aspecto importante é à disposição do texto no papel. Digite o seu

discurso em espaços (entrelinhas) duplos ou triplo e dobre esta distância

entre os parágrafos e outro;

Deixe margens mais largas para eventuais anotações, use apenas uma face da

folha;

Digite ou escreva com letras maiúsculas e bem legíveis, optando por uma

pressão forte da máquina de datilografia (se você ainda tiver uma), para que

as letras fiquem bem impressas;

No caso do computador, faça a impressão em “resolução máxima” ou em

“modo normal”, pois assim, a impressão poderá ser melhor visualizada,

utilizando fonte 16 ou 18 alternando letras maiúsculas e minúsculas

conforme regras de ortografia.

Mais dois detalhes importantes:

Misture números com palavras para facilitar a identificação. Por exemplo,

prefira escrever 85 milhões ao invés de 85.000.000 ou oitenta e cinco

milhões;

Não se esqueça de numerar as folhas para evitar problemas na localização

das páginas, preferencialmente, na parte superior da folha.

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19 PRATICANDO A TÉCNICA DA LEITURA

Uma vez pronto o discurso é hora de treinar sua leitura para o grande momento.

Sugerimos nove orientações importantes para uma leitura eficaz.

1) Selecione um texto curto para o treinamento da leitura, no máximo de cinco

minutos. Escolha o discurso de um político ou empresário, recente, pois a

linguagem estará atualizada;

2) Faça duas leituras do texto em voz alta, para sentir bem a mensagem e se

familiarizar com o conteúdo e com os termos empregados;

3) Marque o texto, para facilitar sua compreensão. Inicie com as pausas

expressivas e as meias pausas expressivas, em seguida, coloque os acentos

expressivos e finalmente, os sinais de unificação das palavras. Para fazer a

marcação, leia cada uma das frases do texto em voz alta. Até aqui você já

terá feito aproximadamente oito leituras;

4) Após marcar o texto, faça mais três leituras e procure interpretá-lo de

maneira mais correta possível. Alterne a velocidade, o volume da voz, a

intensidade, veja se está pronunciando bem as palavras, etc.;

5) Leia, gesticule e pratique em frente do espelho, de preferência um espelho

grande. Procure relaxar;

6) Inicie a leitura e procure gesticular com exagero para consolidar os gestos.

Faça a leitura exagerada quatro vezes na frente do espelho;

7) Agora, familiarizado com o texto e em condições de fazer a leitura de

maneira correta e expressiva, leia com naturalidade, pelo menos duas vezes

interpretando bem o texto. Grave em vídeo ou gravador a segunda leitura;

8) Assista o que foi gravado ou filmado e faça as correções necessárias;

9) Grave novamente com as correções feitas. Se sair tudo bem, está na hora de

trocar o texto por outro e fazer um novo treinamento.

Esses exercícios ajudarão você a desenvolver uma postura correta, gestos

harmoniosos, comunicação visual eficiente, boa cadência, ritmo agradável, pronúncia

compreensível das palavras e, acima de tudo, apurada técnica de leitura.

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20 QUANDO LER EM PÚBLICO

Um discurso de apresentação ou saudação a uma importante personalidade,

ou para agradecer um prêmio, uma homenagem, principalmente se tiver

divulgação pela imprensa. Nas homenagens e agradecimentos mais solenes e

revestidos de maior importância;

Nos pronunciamentos, cujos dados se baseiam na lei, como as decisões

judiciais, e precisam estar isentos de dúvidas, falhas ou erros;

Nos pronunciamentos de autoridades do governo, para divulgação de planos

oficiais ou decisões importantes;

Nos informes de pareceres técnicos e científicos;

Nas solenidades de posse ou transmissão de cargo de presidentes ou

diretores, onde são definidos as bases e o programa de sua gestão, como

também balanço de realizações;

Nas formaturas, quando o discurso do orador de turma representar a essência

do pensamento do grupo como um todo, por isso não pode ser improvisado.

21 A FALA DE IMPROVISO

Embora a prática e o treinamento possam tornar a leitura do discurso uma forma

de comunicação eficiente, o seu uso deverá ser reservado apenas para determinadas

ocasiões.

Uma boa alternativa para sair da leitura do discurso, é mesmo conseguir o apoio e

a atenção do público, e utilizar a fala de improviso. Vamos conhecer como isso pode

acontecer:

a) Improviso planejado com auxilio de um roteiro

Muitos oradores por dominar e conhecer profundamente o assunto, utilizam-se de

um roteiro para apresentar o seu discurso.

O ROTEIRO ESCRITO É UMA ESPÉCIE DE RESUMO DO DISCURSO

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Mesmo que você não domine profundamente o assunto, ainda assim pode-se

valer do roteiro;

Com o roteiro, o orador lerá pequenos trechos, como citações, artigos,

códigos, etc. E poderá manter um contato visual mais constante com a

platéia;

O roteiro pode ser escrito em papel menor (fichas), que se torna mais fácil o

seu manuseio.

Cuidados no uso do roteiro escrito

Não escreva demais, excesso de informação pode atrapalhar;

Escreva frases curtas, que permita rápida leitura;

Não use o roteiro como forma de fugir do contato com o público;

Não fique dobrando ou enrolando o papel durante a apresentação;

Não disfarce a leitura tentando esconder do público que está lendo;

Se usar mais de uma folha, numere as páginas para não se confundir.

Exemplo de um roteiro escrito:

Vejamos como poderia ser elaborado um roteiro sobre ATENDIMENTO A

CLIENTES.

Assunto: ATENDIMENTO A CLIENTES

Hoje nós vamos identificar a importância e a necessidade que o cliente tem, de

receber um atendimento de qualidade.

1) O que é qualidade?

2) Objetivos da qualidade do atendimento?

Pessoal ;

Profissional;

Organizacional.

O ROTEIRO ESCRITO SERVE PRINCIPALMENTE PARA DAR SEGURANÇA

AO ORADOR QUE PODERÁ RECORRER A ELE SEMPRE QUE FOR

NECESSÁRIO.

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3) Quem são os nossos clientes?

Internos;

Externos;

O que desejam?

Como se comportam?

4) Ouvindo a voz do cliente

Quem deve ouvir o cliente?

Como agir diante de reclamações?

Como eliminar problemas?

Tenho certeza de que informações aqui discutidas auxiliarão no desenvolvimento

profissional de todos vocês.

No improviso, com auxilio do roteiro escrito, a introdução e a conclusão podem

ser escritas, para dar mais segurança ao apresentador ao iniciar ou concluir.

b) Improviso planejado com o auxilio de um esquema mental

Esta forma de improviso pelos oradores mais experientes. O público fica fascinado

pelo apresentador que chega à sua frente sem nenhum tipo de apoio escrito e desenvolve o

tema com lógica, coerência e desenvoltura.

c) Critérios para preparar o improviso

Decore a introdução e a conclusão;

Conte qual é o assunto;

Faça um histórico ou levante um problema;

Seja objetivo na narração;

Faça a refutação;

Faça a conclusão.

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d) Improviso inesperado

Algumas pessoas pensam erroneamente, que falar de improviso inesperado, é falar

sempre sobre assunto desconhecidos ou sobre os quais o orador tenha poucas informações.

Muito raramente isso pode vir a acontecer. Normalmente, no improviso

inesperado, o orador é convidado a falar de algo que ele conhece.

Como agir no improviso inesperado

Habitue-se a planejar, a montar o seu esquema mental, esta é uma das

melhores maneiras de se proteger contra este tipo de improviso;

Pelo tipo de evento é possível se fazer uma idéia de quem sejam os

participantes e quais os assuntos que poderão ser tratados;

A característica da platéia poderá ser a base para o orador fazer a introdução

de sua fala;

Pode falar da administração por alguém em particular, que esteja no

auditório, elogiar a todos indistintamente, etc.;

Pode também fazer uma referência à ocasião, comentando os motivos da

presença das pessoas naquele local;

Pode ainda o orador, iniciar seu improviso, citando algo que aconteceu

enquanto se dirigia ao local, alguma notícia recém veiculada em jornais ou

televisão, lembrar de uma outra visita feita àquele ambiente etc.

O IMPROVISO INESPERADO NÃO PRESSUPÕE, PORTANTO, A FALTA DE

CONHECIMENTO, E SIM A AUSÊNCIA DE PLANEJAMENTO DO DISCURSO.

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Utilize um assunto paralelo no improviso inesperado

A técnica do assunto paralelo é na verdade o recurso mais fabuloso de que

dispõe o orador, quando do improviso inesperado;

Considera-se assunto paralelo àquela informação que se associa direta ou

indiretamente ao assunto principal;

Tem por objetivo, desenvolver uma idéia por tempo mais prolongado sem

cansar os ouvintes, falar de improviso sem preparação, ou responder de

forma interessante qualquer tipo de pergunta;

O assunto paralelo deverá ser sempre de íntimo conhecimento do orador,

pois ele objetiva auxiliar no processo de improvisação.

Como escolher bem o assunto paralelo

Na escolha paralela o orador deverá observar os seguintes critérios:

Escolher o assunto sobre o qual tenha o maior domínio;

Escolher o assunto que seja conhecido ou facilmente compreendido pelo

público;

Escolher o assunto que desperte maior interesse na platéia;

Escolher o assunto que seja mais relacionado ao tema central.

Você pode utilizar o assunto paralelo para fazer umas pontes para ligar várias

idéias até chegar ao assunto principal.

Cuidados na utilização do assunto paralelo

Procure não desenvolvê-lo por muito tempo, para não dar a impressão de que

ele é mais importante que o assunto principal;

Desenvolva-o com maturidade, sempre associado com o tema principal;

Não utilize vários assuntos paralelos numa mesma fala, isto poderá dificultar

a compreensão.

REGRA GERAL:

TODO TEMA POSSUI SEMPRE UM ASSUNTO PRINCIPAL

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ASSUNTO PRINCIPAL ASSUNTO PARALELO

SAÚDE

Política do governo, assistência médica,

condições dos hospitais, família,

alimentação, etc.

EDUCAÇÃO

Situação salarial dos professores, ensino

público, harmonia conjugal, analfabetismo,

etc.

TRÂNSITO

Acidentes, educação dos motoristas,

velocidade, conservação das ruas e avenidas.

TURISMO

Férias, viagens, economia, praia,

montanhismo, ecologia.

Recomendações importantes no improviso inesperado

Não peça desculpas;

Não tenha pressa para começar;

Fale mais baixo e pausado no início;

Seja breve;

Faça anotações quando tiver condições;

Não recuse convites para falar.

Na conclusão, você poderá utilizar formas que se adaptam às circunstâncias da

apresentação.

É um bom momento para incluir no encerramento um agradecimento rápido pelo

privilégio de falar, voto de felicidade, progresso, conquista ou realizações para o público.

O roteiro simplificado para o improviso inesperado pode ficar assim:

1) Faça a introdução, principalmente aproveitada às circunstâncias;

2) Conte sobre o que vai falar;

3) Desenvolva um assunto paralelo;

4) Ordene bem suas idéias;

5) Faça a conclusão, sempre agradecendo.

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e) Improviso alternativo

É um excelente recurso que pode ser utilizado pelo orador. Torna-se mais fácil

para muitas pessoas optarem por essa forma de improviso. Fala-se do:

Passado;

Presente;

Futuro.

f) Fala memorizada

Acontece quando o apresentador decora a sua apresentação palavra por palavra e

fala diante do público sem ajuda do papel.

Os oradores iniciantes, principalmente, costumam recorrer com freqüência a esta

forma de apresentação, porque se sentem mais seguros. Entretanto, é um risco que correm.

E se na hora der um “branco”?

A fala memorizada apresenta algumas:

VANTAGENS DESVANTAGENS

Segurança para o orador Esquecimento

Ordenação correta da mensagem Falta de naturalidade

Correção gramatical Rigidez de conduta

Tempo limitado de apresentação Comodismo

Expressão corporal adequada

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22 FALAS OCASIONAIS

a) Como fazer uma homenagem

Conquiste a simpatia e a benevolência do público, dizendo da satisfação de

estar diante de pessoas tão especiais, para homenagear um amigo tão

querido;

Faça um histórico das atividades ligadas à vida do homenageado;

Fale das qualidades do homenageado e o motivo da homenagem;

Encerre com mensagem de otimismo, desejando ao homenageado muitas

conquistas e realizações.

b) Como agradecer uma homenagem

Divida as glórias com a equipe;

Demonstre interesse pelo bem-estar social;

Encerre com uma mensagem forte e motivadora.

c) Como fazer um discurso

Comente de forma genérica a partida, como chegou, como foi tratado e

como está saindo;

Revele os motivos da partida e os planos para o futuro;

Demonstre vontade de retornar.

d) Como apresentar um orador

Fale sobre o motivo do evento;

Fale sobre a importância do tema;

Fale sobre o orador;

Convide-o para falar, dizendo o seu nome.

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e) Como entregar um prêmio

Faça alusão à ocasião;

Faça um rápido histórico da entidade que oferece o prêmio e comente porque

ele foi instituído;

Destaque as qualidades do agraciado;

Use uma frase motivadora e entregue o prêmio.

f) Como falar com a imprensa

Talvez você já tenha ouvido este tipo de reclamação:

“Os jornais publicam informações diferentes daqueles que forneci na

entrevista”;

“Falei quase duas horas com o repórter e quando li a matéria, só encontrei

uma frase publicada”;

“Depois da edição levaram ao ar apenas alguns segundos da entrevista”.

A dúvida de quem enfrentou situações semelhantes, é se deveria evitar a imprensa

ou prosseguir dando entrevistas. Por pior que tenha sido a experiência, é sempre preferível

enfrentá-la a fugir dela. Se apenas uma frase for aproveitada, encaremos o fato como uma

conquista; afinal é a nossa frase, não a do concorrente. Fomos lembrados e, de alguma

maneira, marcamos nossa presença.

Se mantivermos um bom relacionamento com a imprensa e aprendermos a nos

conduzir de maneira correta na entrevista, nossas chances de sermos bem-sucedidos se

ampliarão consideravelmente.

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23 RECEBA BEM O JORNALISMO

Quando um repórter nos procura para uma entrevista, estará ali para fazer o

seu trabalho e procurará executá-lo independentemente do tratamento que

receber;

Tratá-lo bem não impedirá que publique o que conseguir apurar, mas se for

bem recebido e tiver condições de trabalho, sua matéria poderá ser mais

benevolente do que se for hostilizado;

Instale-o numa sala confortável, onde possa trabalhar tranqüilo e, ofereça

água e café, inclusive para a equipe que o acompanha;

Se forem jornalistas de rádio e televisão, providencie um local com tomadas,

para que possam ligar seus aparelhos;

Se não puder dar a entrevista, devido a uma ordem superior, por exemplo,

atenda-o mesmo assim e procure esclarecer por que não poderá falar sobre o

assunto;

Quando um repórter telefonar querendo uma entrevista, atenda-o, descubra

qual o objetivo da matéria e, se for preciso, peça alguns instantes para

responde;

Nunca retarde uma entrevista por negligência ou para demonstrar ao

entrevistador que você é uma pessoa importante, com muitos compromissos

e que, por isso, não poderá recebê-lo na hora em que ele deseja.

LEMBRE-SE: SEJA SEMPRE PONTUAL. SE FOR ATRASAR-SE, PROCURE

INFORMAR COM ANTECEDÊNCIA.

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24 COMO FALAR COM JORNALISMO DA IMPRENSA ESCRITA

Como as características do repórter de jornal e de revista são semelhantes, as

orientações poderão ser aplicadas em ambos os casos.

Prepare informações com antecedência:

Selecione as informações mais importantes;

Forneça material de consulta posterior;

Não permita outras pessoas na sala durante a entrevista.

a) Converse naturalmente

Muitas pessoas ficam nervosas com a presença dos jornalistas e mudam seu

comportamento, passando a falar de maneira artificial e, geralmente com muita rapidez.

b) Fale com entusiasmo

Se você demonstrar que está envolvido e interessado na mensagem que transmite,

talvez consiga motivá-lo a conceder mais espaço às suas informações.

Há casos em que o jornalista se impressiona tanto com o entusiasmo do

entrevistado, que chega a sugerir mudanças na pauta da matéria, tornando as informações o

carro chefe da notícia.

c) Fale sobre o que deseja ver publicado

Limite-se a falar tão somente do assunto que você gostaria que fosse divulgado.

Muitas vezes, informalmente, depois da entrevista durante o cafezinho, o entrevistado

acaba fazendo certos comentários que poderão ser aproveitados pelo repórter e, aparecer

publicado no dia seguinte.

d) Tenha cuidado com as informações em “OFF”

Se você conhece muito bem o jornalista e está convicto de que, devido aos longos

anos de relacionamento, tem condições de confiar nele, poderá passar uma informação em

“OFF”. Informações sem identificação exigem confiança recíproca.

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e) Não aborreça o repórter depois da entrevista

Não peça ao jornalista para deixá-lo ler a matéria antes que ela seja publicada. Ele

não concordará e poderá se ofender com esta demonstração de fala de confiança. Se ele

tiver dúvidas lhe procurará antes da publicação da matéria.

Se o assunto for muito delicado e você estiver com receio de que o jornalista altere

as informações, peça licença para gravar a entrevista e diga que será para seu arquivo

pessoal. Sabendo o que você tem a gravação ele poderá ser mais cauteloso.

f) Outras recomendações:

Não invente respostas;

Fique atento ao interesse do repórter pelo assunto;

Atente para a roupa e aparência, pode haver fotografias.

25 COMO FALAR NA RÁDIO

Devemos falar no rádio como se estivéssemos conversando com apenas uma

pessoa. Cada ouvinte recebe a mensagem como se fosse apenas para ele, por isso, quanto

mais natural a comunicação, mais eficiente será.

Em entrevistas gravadas ou ao vivo, a fala deve ser pausada, com boa pronuncia

das palavras, inflexão da voz que interprete bem a mensagem para manter os ouvintes

atentos. Numa entrevista no rádio as respostas devem ser curtas e objetivas devido ao

tempo.

Dicas para você dar uma boa entrevista na rádio:

Prepare-se para a entrevista;

Evite dar opinião comprometedora;

Não exagere nos cumprimentos e agradecimentos;

Ouça atentamente as perguntas;

Revele seu interesse pelo bem-estar social;

Aborde a questão pelo lado positivo.

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26 COMO FALAR DIANTE DAS CÂMERAS DE TELEVISÃO

O segredo para se apresentar bem é a naturalidade. Devemos falar diante das

câmeras da mesma maneira como se estivéssemos conversando com as pessoas na sala de

visita de nossa casa. Lembre-se que a câmera é sua ligação com o telespectador, que o

repórter é o representante dos espectadores, portanto, quando lhe for dirigida uma pergunta,

inicie olhando para o repórter e vá dirigindo seu olhar para a câmera voltando o olhar

novamente ao final da resposta para o repórter. O mesmo acontece quando houver mais

pessoas em um debate ou programa de entrevista com mais pessoas no estúdio ou local da

matéria.

Algumas recomendações são necessárias, para que a nossa comunicação seja bem

recebida;

a) Conheça o programa

Ao ser convidado para um programa de televisão, procure conhecer tudo que

puder sobre ele. O ideal seria assistir a um deles, mas, se não for possível, poderá obter

informações fazendo perguntas a quem o está convidando.

Procure descobrir:

Quem é o entrevistador, seu estilo e tratamento dispensado aos entrevistados;

Quais as pessoas costuma convidar;

Se a entrevista será individual ou debates com outros convidados;

Se o programa é gravado ou ao vivo;

Quais assuntos costumam ser abordados nesse programa.

Qualquer outra dúvida ou curiosidade que possa tranqüilizá-lo deverá ser

investigada antes da entrevista. Não se esqueça de chegar no horário.

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b) Situe-se depois de chegar à emissora

Procure manter contato com o entrevistador ou com o responsável pela pauta do

programa, para se inteirar de qual será a linha adotada. Se for possível aproveite para

conhecer o cenário. Se sugerirem que você seja maquiado, aceite, isto vai ajudá-lo a

valorizar sua aparência no vídeo.

c) Escolha a roupa conveniente

Prefira cores que estejam próximos do azul, vinhos, bege, cinza, dependendo

do contraste e da harmonia que poderão produzir com os tons do cenário;

Evite roupas listradas, xadrez, com estampas pequenas e de cores berrantes

ou chamativas, como o vermelho e o branco, que acabam sobrepujando a

imagem da pessoa;

O mesmo serve para lenços e gravatas. Evite usar acessórios brilhantes,

como brincos, anéis e pulseiras, que reflitam a luz ou que sejam barulhentos,

pois podem distrair os telespectadores;

Dispense cuidados especiais aos óculos. As luzes do cenário poderão refletir

e prejudicar o contato visual com o público. Incline as lentes para baixo, isto

ajudará um pouco. Se for possível, tire os óculos.

d) Comunique-se com naturalidade diante das câmeras

Posicione-se de maneira firme, sem rigidez e com elegância. Verifique que

tipo de cadeira lhe será oferecida e, encontre a posição que te permitirá

maior equilíbrio;

Mantenha o equilíbrio e permita que sua expressão facial trabalhe a seu

favor;

Quando o entrevistador estiver fazendo a pergunta, olhe na sua direção;

Ao respondê-lo, comece a falar ainda olhando para ele e, depois das

primeiras palavras, volte-se para a câmera e continue como se você estivesse

conversando com três ou quatro pessoas de sua amizade;

Olhe de oitenta a noventa por cento para a câmera e o restante, para o

entrevistador.

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LEMBRE-SE: FALE COM ENVOLVIMENTO E ENTUSIASMO, MAS SEMPRE

PAUSADAMENTE, SEM PRECIPITAÇÃO.

e) Mantenha o equilíbrio emocional

Participando de um debate com outras pessoas ou sendo entrevistado sozinho, não

se mostre irritado com as perguntas ou ataque a que receber. Continue falando de maneira

firme, mas sem perder a calma e a tranqüilidade. Este comportamento conquistará a

simpatia e a admiração dos telespectadores.

f) Repita o que quiser destacar

Se estiver falando de um produto, um projeto ou qualquer assunto e desejar

que os telespectadores lembrem-se dele, não se refira a ele como um

produto, um projeto.

Repita o nome para que as pessoas possam fixá-lo.

Por exemplo, diga: “com o lançamento do programa leitura ao luar”..., Ou

“com a realização do curso oratória, comunicação verbal e expressão

corporal”..., Ou “com a implantação do projeto meninos de rua”...

g) Prepare-se para encerrar

O tempo da TV é curto e passa muito depressa, portanto, aproveite para passar as

informações mais importantes o mais cedo que puder.

Mesmo que a pergunta do entrevistador não venha ao encontro do assunto, dê um

jeito de encaixar algum dado como exemplo.

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27 RECURSOS AUDIOVISUAIS

São todos os aparelhos, materiais ou objetos que tenham a finalidade de estimular

os sentidos dos ouvintes, facilitando a compreensão e a aprendizagem.

Auxiliam o apresentador a esclarecer e a reforçar as informações mais importantes,

entretanto, se não forem bem utilizados poderão prejudicar a apresentação do orador.

Vantagens dos recursos audiovisuais:

Estimulam os sentidos dos ouvintes;

Auxiliam na retenção das informações;

Atuam como incentivos e despertam a curiosidade dos ouvintes;

Contribuem para um melhor aproveitamento do tempo;

Reforçam a comunicação oral do apresentador;

Mantém a platéia alerta durante a apresentação.

Um bom visual deverá ser:

Apropriado para a circunstância;

Visível para toda a platéia;

Esclarecedor do assunto;

Claro e limpo;

Objetivo e eficiente.

Recursos mais utilizados:

Quadro de giz e quadro branco;

Multimídia ou data show;

Flip Chart;

Retroprojetor ( Praticamente fora de uso)

Vídeo (procure utilizar trechos ou partes e não um filme inteiro de uma hora

ou mais).

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1) O flip chart é um recurso prático, flexível, econômico e que pode ser

adaptado à maioria dos ambientes;

2) Para maior aproveitamento, o flip chart pode ser preparado antecipadamente,

principalmente, quando se trata de tabelas, gráfico e desenhos;

3) Escreva sempre com letras grandes, destacando em cores as informações

mais importantes. Preocupe-se também com a qualidade dos pincéis;

4) O projetor multimídia ou data show é um excelente recurso de apoio para o

apresentador, porém, se não for corretamente utilizado, poderá prejudicá-lo;

5) Permite ao orador, um contato visual, quase de 100% com o auditório.

Preparação de Slides

Na preparação de transparência, considere esses critérios:

Visibilidade: Em todo original escreva, digite ou aplique letras grandes e

legíveis, mínimo 6 mm. Evite as letras comuns, mesmo que sejam

maiúsculas. Prepare um bom original e terá um bom slide;

Clareza: Em um visual tudo deverá ser fácil de entender. Dê sua mensagem

imediata. Sintetize e selecione os dados com cuidado. Menos quantidade de

informação significa maior repercussão.

Simplicidade: Sempre que possível, produza um visual bem simples. Faça

uso de ilustrações, gráficos, símbolos, etc. Não entulhe o slide de

informações, utilize frases simples e curtas. Se houver necessidade de um

número maior de informações num mesmo slide, subdivida-o.

Cores: Para colorir uma apresentação, não polua visualmente e utilize no

máximo cinco cores.

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Regras para livrar-se do medo:

1) Acredite em você;

2) Associe-se a pessoas confiantes;

3) Ajuste a sua máquina da confiança;

4) Seja o capitão de seu navio;

5) Mantenha-se ocupado;

6) Vá até a frente do espelho, segure o discurso na parte superior do peito, com

o papel pouco abaixo do queijo, para não esconder o semblante;

7) Inicie a leitura usando o dedo polegar para seguir a linha a ser lida. Faça a

leitura exagerada, com pausas e gestos.

8) Agora já familiarizado com o texto em condições de fazer a leitura de

maneira correta e expressiva, use uma câmera de vídeo ou um gravador;

9) Assista ao vídeo ou ouça a gravação;

10) Grave mais uma com as correções feitas.

Regras para uma boa comunicação:

1) O êxito da comunicação depende da sinceridade do orador;

2) Um bom orador demonstra serenidade;

3) A oratória é um meio de comunicação e não de exibição;

4) A eficácia de um discurso depende em grande parte da maturidade dos

gestos.

Para melhorar a comunicação devemos:

1) Olhar para as pessoas;

2) Manter atitude correta;

3) Sentir prazer em falar. É uma atitude mental contagiante.

4) Falar com maturidade, sem imitar ninguém;

5) Não divagar, repetindo assuntos;

6) Use linguagem simples;

7) Fale com entusiasmo;

8) Enfrente a crítica com coragem.

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Como vencer a timidez desenvolvendo a autoconfiança:

1) Medo é comum a todos;

2) Um pouco de nervosismo (sob controle) é benéfico;

3) Seja dedicado. A dedicação domina o medo;

4) O início é a parte mais difícil, depois fica mais fácil;

5) Cada nova fala em público lhe será mais fácil (é como andar de bicicleta)

6) Conheça o assunto.

Como usar os cartões de notas:

1) Coloque apenas as palavras chaves ou frases que possam ser esquecidas;

2) Só coloque frases que necessitem ser transmitidas sem nenhuma mudança;

3) Numere todos os cartões;

4) Leia as notas de maneira discreta;

5) Não se escravize aos cartões;

6) Evite prendê-los com grampos.

Os dez mandamentos de como falar em público:

1) Faça um discurso apropriado no momento conveniente;

2) Prepare-se para seus comentários;

3) Pratique seu discurso;

4) Tenha um aspecto agradável;

5) Aproveite efetivamente a oportunidade;

6) Fale como se fosse para uma só pessoa;

7) Empregue tons de voz, gestos e pausas;

8) Não seja perfeccionista, somente saia-se bem;

9) Mantenha seu tópico;

10) Resuma sua mensagem.

Cuidados no uso do roteiro escrito:

1) Não escreva demais. Lembre-se de que ele servirá apenas como roteiro;

2) Escreva frases curtas, que permitam rápida leitura;

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3) Não use o roteiro como forma de fugir do contato com o público use apenas

para breves consultas;

4) Não fique dobrando ou enrolando o papel durante a apresentação;

5) Não disfarce a leitura tentando esconder do público que está lendo;

6) Se usar mais de uma folha, enumere.

Antes de falar, eu penso:

1) Todos estão aqui para ouvir-me, num ambiente de favorável expectativa.

2) Conheço bem o assunto vou expô-lo bem;

3) Eu tenho satisfação em expor as minhas idéias.

4) Quanto mais falar, mas eu me desenvolverei;

5) É uma boa oportunidade que me é oferecida. Devo aproveitá-la do melhor

modo possível;

6) Vou dirigir-me à assistência com ar saudável e de confiança;

7) Vou falar naturalmente, com entusiasmo;

8) Vou falar claramente e pausadamente, com boa dicção;

9) Vou atrair, interessar e convencer.

Vantagens do uso de cartões de notas:

1) Ajuda a lembrar as etapas mais importantes da apresentação;

2) Proporciona confiança ao orador;

3) É discreto, não distrai a atenção dos ouvintes;

4) Não acusa o nervosismo do orador, por ser mais grossa que a folha de papel;

5) Confere ao orador imagem de segurança e profissionalismo;

6) Permite ao orador se apresentar com naturalidade, conversando

espontaneamente com o público;

7) Libera a comunicação visual praticamente o tempo todo, já que o orador não

pensa ler.

8) Possibilita uma apresentação vibrante e envolvente, pois o orador tem

liberdade de se comunicar;

9) Propicia uma expressão corporal mais livre e comunicativa;

10) Tem a possibilidade, se quiser repetir o discurso em outra oportunidade, pois

poderá se valer da mesma seqüência.

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Orientações para treinar a leitura:

1) Selecione um texto curto para treinamento de leitura no máximo de cinco

minutos;

2) Digite o discurso com tipos grandes, em espaços duplos ou triplos, e use

apenas 2/3 superiores da página. (numerar as páginas - tente encontrar papel

grosso);

3) Faça leituras do texto em voz alta, para sentir a mensagem e se familiarizar

com o conteúdo e termos empregados;

4) Marque o texto, para facilitar a interpretação. Faça marcações das frases que

merecem um destaque especial;

5) Após a marcação do texto ainda sentado, faça mais leituras para melhorar a

interpretação. Cuidar das pausas expressivas.

Recomendações importantes para o discurso moderno:

1) O discurso moderno deve ser cronometrado;

2) Seja breve e agradará;

3) Prepare-se antes de falar, para melhor transmitir a mensagem;

4) Se tiver alguma coisa para dizer, levante-se e diga com simplicidade;

5) O discurso divide-se em 3 partes;

a) Apresentação – começo.

b) Desenvolvimento – exposição

c) Conclusão – peroração (epílogo, finalização)

6) Adquira conhecimento, sobre o assunto que vai falar, para não importunar o

auditório;

7) Improviso: discurso – sem preparação prévia, não deve ir além de 3 a 5

minutos;

8) Fale corretamente, numa linguagem simples e atual;

9) Organize seu discurso, sempre que possível, um fato ligado à comunicação

feita;

10) Discurso eloqüente é o que se caracteriza por simplicidade.

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Auditório e tempo de duração do discurso:

É importante observar:

Quanto tempo está durando a cerimônia?

Qual a predisposição do auditório?

Quantos oradores o procederam?

Quantos minutos falaram cada um, em média?

Qual foi a reação do auditório?

Para que espécie de auditório vai falar?

Você se pronunciará antes ou depois do jantar?

Frase máxima: é muito difícil fazer um mau discurso, de um discurso pequeno.

Para melhorar a dicção

1) Pronunciar corretamente as palavras;

2) Fazer soar nas frases tônicas (com sílabas mais fortes);

3) Pronunciar os finais das palavras e das frases;

4) Cuidar com a concordância dos verbos e substantivos;

5) O timbre de voz deve combinar com o sentimento que a pessoa expressa nas

palavras;

6) Movimentar a boca, articulando adequadamente as palavras;

7) Ler em voz alta com freqüência e correção.

Dicção

A gata branca capenga que gosta de pegar camundongos na copa de casa de campo

do conde guatinguetal corre atrás da bola que rebola e bate no peito do papagaio que grita e

depois no bico do galo padres que bebe água no balde da bica do quintal e também no pato

pintado que dá bicadas na pata do pacato boi preto e branco que pastava no gramado;

O mameluco melancólico meditava e a megera megalocéfala, macabra e

maquiavélica mastigava mostarda na maloca miasmática. Migalhas minguadas de mioagem

mitigavam míseras meninas. Moleques magricelos mergulhavam no mucurro, murmurando

como uma matinada de macacos.

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Bela baiana, boneca de bronze, bailava brejera num burlesco bendeguê da Bahia.

O barroco do babalaô borborinha, babel da baixada, bacanal, borboleiam no bestial

bambaquerê.

Quem com ferro fere, com ferro será ferido, forjam fronte a fronte com fragor, o

ferreiro Felisberto furtado e seu filho Frederico felizardo. Na fornalha flamejante fulge o

fogo na terra misturada com areia fina, enquanto o rato roia a roupa do rei Renato

Rodrigues. Afinal ofegante e farto de fazer força, o filho do fanfarrão forja ferraduras,

ferrolhos e ferramentas.

O caçador corcunda que gostava de caçar codornas, carregou o cão para o campo.

O outro que cochilava acordou com o conflito e comeu o gato.

Para obter sucesso na comunicação global:

1) Olhe as pessoas nos olhos;

2) Quando cumprimentar alguém, aperte a mão com energia;

3) Organize sua vida, planejamento é fundamental. Use bem o seu tempo e

diversifique suas metas;

4) Aceite as críticas. (é próprio das grandes mentalidades discordar e conservar

as amizades);

5) Faça tudo com qualidade;

6) O tempo modifica a versão dos fatos, ignore fofocas e, nem tão pouco

participe de bate boca;

7) Aceite uma brincadeira, sabendo ser esportivo. Sorria;

8) Afaste-se de pessoas e fatos negativos;

9) Pense positivamente a respeito do próximo, não imagine coisas emitindo

opiniões incoerentes;

10) Desenvolva a empatia;

11) Invista em você, apresente-se bem;

12) Acerte o tom de voz.

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O ser humano é mais verbal do que gráfico:

Usa mais a palavra, que seu cartão de identidade, a manifestação de sua

personalidade.

Importante:

Precisamos primeiro pensar depois falar. A palavra é o retrato da imaginação.

Por essa razão é importante falarmos bem.

Em suma:

Tudo o que as pessoas desejam, é ter coragem para se levantar diante de

um grupo de pessoas e dar seu recado, de maneira clara e objetiva.

Sem gaguejar e vencendo a inibição.

Falar em público é a estrada que nos leva diretamente à autoconfiança.

Dicas para se apresentar melhor em público:

PREPARE-SE MUITO ANTES DE SE APRESENTAR: Se o tempo que vai discursar é

de 1h, tenha conhecimento do assunto como se fosse discursar durante 4 horas, quanto

maior o conhecimento e preparo menor são as possibilidades de surgir o famoso branco;

TREINE O DISCURSO: Discurse em frente ao espelho; discurse para os amigos ou

família; grave seu discurso para corrigir vícios da fala como maneirismos e posturas da voz

como timbre, dicção, ênfase e eloqüência;

PRATIQUE A RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA; ou seja, a respiração que se

movimenta o baixo ventre e não o peito, essa respiração lhe oxigenará o cérebro e lhe dará

um fôlego maior para pronunciar orações compridas, propiciando também uma serenidade

maior e diminuição da ansiedade.

ANTES DE SER CHAMADO PARA FALAR, se estiver sentado, fique em uma posição

correta, ou seja, com as plantas dos pés completamente deitadas sobre o chão. As mãos

devem ficar livres sobre as pernas, ou então, com as pernas cruzadas elegantemente.

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QUANDO FOR CHAMADO PARA FALAR, levante-se e caminhe até o local que irá

discursar com calma, respirando normalmente e com elegância.

CHEGANDO AO LOCAL NÃO FALE DE IMEDIATO, continue respirando com

calma, estabeleça contato visual com todo público e estampe um leve sorriso no semblante,

esteja ereto e apoiado sobre as duas pernas, os pés afastados um do outro aproximadamente

uns 20 cm, as mão caídas ao longo das pernas e só comece a falar quando houver silêncio

total na platéia.

INICIE SUA FALA COM O VOCATIVO, ou seja, cumprimentando quem o convidou e

ao público.

UTILIZE GESTOS PARA AUXILIAR E EXPRESSAR MELHOR O QUE ESTÁ

TRANSMITINDO. Procure fazer os gestos ao lado do corpo, um pouco acima da cintura e

não mais alto que sua cabeça. Os gestos devem estar sincronizados com sua fala e não

serem bruscos, agressivos ou obscenos.

ORGANIZE SEU DISCURSO DE FORMA QUE POSSUA INTRODUÇÃO, lembre-

se você terá 20% do tempo que dispor para falar para conquistar seus ouvintes, portanto a

introdução deve despertar interesse e uma necessidade aos ouvintes.

DEVE TER O DESENVOLVIMENTO, onde serão expostos os objetivos e

argumentações da sua proposta, ao falar de dados e lógica, direcione o olhar para o lado

esquerdo do auditório, para atingir principalmente aos racionais, quando o assunto mudar

para emoção direcione seu olhar para o lado direito do auditório, desta forma atingirá

melhor os emocionais.

E PARA ENCERRAR, faça uma conclusão, essa deve ser breve e conter um apelo ou

reflexão conforme seu propósito avise aos ouvintes que estará finalizando, assim o cérebro

fará um esforço maior para prestar atenção em suas palavras e conseguirá mais êxito à sua

causa.

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ACABOU DE FALAR, VOLTE AO LOCAL DE ORIGEM, salvo motivos que exijam

que permaneça onde está. Não agradeça, as pessoas estavam querendo lhe ouvir, se

houverem palmas aí sim diga muito obrigado, mas, somente após as mesmas cessarem.

SUA POSTURA DEVE SER CORRETA, durante todo o tempo que esteve presente no

evento.

ÚLTIMA DICA: NÃO PERCA NENHUMA OPORTUNIDADE DE FALAR EM

PÚBLICO, ORATÓRIA SOMENTE PROGRIDE QUEM PRATICA.

Livros para Melhorar a Oratória:

FURINI, Isabel Florinda. Práticas de Oratória. São Paulo. Ibrasa, 1992.

POLITO, Reinaldo. Como Preparar Boas Palestras e Apresentações. São Paulo. Saraiva,

1995.

POLITO, Reinaldo. Gestos e Posturas Para falar Melhor. São Paulo. Saraiva, 2000.

WRIGHT, C. W. Aprenda a Falar em Público. Record, 1995.

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Agradecimento

Agradeço meu amigo de juniorismo,

Bernardo Schlindwein, por sociabilizar o

aprender e o ensinar, pois este exercício,

certamente auxiliou, auxilia e auxiliará muitos

seres humanos neste mundo. O engrandecimento

da alma se mostra, quando realmente, nos

mobilizamos para uma sociedade melhor.

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“Exercícios práticos que irão beneficiá-lo como pequeno complemento à prática da

oratória. O Caminho do aprimoramento à oratória requer particularidades muitas

vezes ignoradas.”

EXERCÍCIOS PRÁTICOS.

EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO:

Relaxamento triangular:

a) Circular a cabeça para esquerda;

b) Circular a cabeça para direita;

c) Circular a cabeça.

Relaxamento dos músculos do rosto:

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Agilização de todas as partes do rosto

fazendo caretas.

Relaxamento diafragmático:

a) Movimentação do baixo ventre;

b) Falar movimentando o diafragma

pronunciando as vogais: a, e, i, o, u.

Relaxamento das cordas vocais:

Cantar uma música de forma anasalada.

Exercícios para Sibilação:

a) Zi... Si

b) Bi... Pi

c) F...V- F…V

d) Ji... chi

e) Di... Ti

f) S... Z S... Z S...

g) Vi... Fi

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h) Gui... Qui

i) X... G X... G X...

EXERCÍCIOS PARA PROBLEMAS DE

ARTICULAÇÃO DO “R”

vuR-vuR-vuR deR-deR-deR peR-pêR-pêR

xaR-xaR-xaR feR-feR-feR quéR-quéR-quéR

baR-baR-baR muR-muR-muR zêR-zêR-zêR

quiR-quiR-quiR riR-riR-riR joR-joR-

joRsôR-sôR-sôR lôR-lôR-lôR tôR-tôR-tôR

Terê-Terê-Terê-Trê-Trê-Trê.

Fará...Fara...Fará...Fra...Fra...Fra.

Viri...Viri...Viri...Vri..Vri..Vri.

Coró...Coró...Coró..Cró..Cró..Cró

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Durú...Durú...Durú..Drú..Drú..Drú

EXERCÍCIO TERAPÉUTICOS DIÁRIOS PARA:

Relaxamento antes de falar

Emitir de forma suave com baixa

intensidade as sílabas que se seguem:

... ME...TRÚ...VÊ...ZÊ...JÊ.

Obs: comece a fazer os exercícios de forma

linear, após repetí-los de forma ondulada.

EXERCÍCIOS PARA LIMPEZA DAS CORDAS

VOCAIS

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Colocar a língua totalmente para fora e

fazer a escala das notas musicais em escala

pronunciando a letra “E”:

EXERCÍCIOS VARIADOS DE

FONOARTICULAÇÃO

Exercício para articulação (leitura lenta)

“O Mameluco Melancólico Meditava E A

Megera Megalocéfala Macabra E Maquia

Vélica Mastigava Mostarda Na Maloca.

Minguadas E Migudas De Moagem Mitigavam

Míseras Meninas”

Exercício para pronúncia na cavidade superior

(leitura lenta)

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“E Há Envoentos Desencantos Dos

Encantos Dos Pensamentos Nos Santos Lentos

Dos Recantos Dos Bentos Cantos Dos

Conventos. Prantos De Intentos, Lentos Tantos

Que Encantam Os Atentos Ventos.”

Exercício para articulação e ritmo (leitura normal)

“A Hidra Adríade E O Dragão Ladrões Do

Dromedário Druída Foram Apedrejados.”

Exercício para o desenvolvimento da leitura

(leitura normal)

“ Estava Eu Sentado Em Minha Sede,

Antiga Postada Onde Tem Seu Porto O

Mundo Alígero. Quando Ouço Um Clamor

Vão De Aves Agourentas, Num

Incompreensível Falatório Bárbaro, Percebi

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Que Se Rasgavam Com Garras Pelo Ruído, É

Claro!”

Exercício para desenvolvimento do ritmo bilabial

(leitura normal)

“ A Boca Do Beco, Na Bica Do Belo,Um

Bravo Cadelo Berrava Bau!Bau!”

Exercício para a impostação de voz para colocação

grave (leitura normal)

“João Valentão Postou Em Seu Coração

Como Um Gibão Da Solidão Que Disse Não À

Condição E Segurou Na Mão Do Capitão Que

Indagou Ao Ancião A Ambição Do Cão.”

Exercício para impostação (leitura normal)

“Do Bater Das Asas Alarmado Então

Tentei Um Holocausto, Sobre A Pira Acesa Na

Ara. Mas Da Vítima Não Se Erguia Efesto Em

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Chama Clara A Enxúndia Das Cochas

Pingava Líquida Nas Cinzas Fumegava

Esborrifava-Se. E Eis Que O Fel Estourando

Salta E Evapora-Se.”

Exercício para e desenvolvimento das reservas de ar

(procure falar o máximo de palavras sem tomadas de ar)

“Galhudos- Gaiolos- Estrêlos- Espácios-

Combuscos- Cubetos- Lobunos- Lombados-

Caldeiros- Cambrais- Chamurros-

Churriados- Corombos- Cornetos- Boiveiros-

Borralhos- Chumbados- Chitados- Varreiros-

Silveiros.”

Exercícios para o desenvolvimento da pronúncia e

articulação (falar de forma lenta e baixa)

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“Moleques Magricelas Mergulhavam

Num Mucurro Como Uma Matinada De

Macacos E A Mucama Modulando Monótonas

Melodias Moía Milho E Macaxeiras Para A

Muqueca E O Munguzá Do Medonho

Mercador De Mugangalas.”

Exercício para ritmo de leitura (leitura rápida)

“Zulu, Zico, Zalo E Zeca- Zabumbaram

A Zabumba E Soou Um Zunido Sangrado.”

Exercício para o desenvolvimento de ritmo com

musicalidade ( falar de forma cantada)

“ Boi Bem Bravo,Bate Baixo, Bota Baba,

Boi Berrando, Dança Doido,Dá De Duro,Dá De

Dentro,Dá Direito,Vai,Vem, Volta,Vem Na

Vara,Vai Não Volta,Vai Varando.”

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Exercício para o desenvolvimento da interpretação

e leitura (falar de forma irada)

“ Em Hora Inda Louras,Lindas,Coloridas

E Berlindas Brandas,Brincam No Tempo Das

Berlindas,As Vindas Vendo Das Varandas,De

Onde Ouvem Vir A Rir As Vindas,Fitam A Fio

As Frias Bandas.”

Exercício para desenvolvimento da interpretação e

leitura (falar de forma irada)

“Mas Em Torno À Tarde Se Entorna, A

Atordoar O Ar Que Arde, Que A Eterna

TARDE JÁ NÃO Torna, E Em Tom Atordoa

Todo Alarme, Do Adornado Ardor

Transtorna, No Ar De Torpor Da Tarda

Tarde.”

Exercício para o desenvolvimento da agilização na

articulação:

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“O Cravo Ocre Cravado Extraído Do

Crave Do Craveiro Encruou Acruado E Cru.”

Exercício para o desenvolvimento da interpretação

e leitura (falar de forma irada)

“Balados De Uma Outra Terra. Aliadas,

Às Saudades Das Fadas, Amadas Por Gnomos

Idos, Retirem Lívidas Anda Aos Ouvindos,

Dos Luares Das Altas Noites Aladas Pelos

Canais Barcas Erradas, Segredam-Se Rumos

Descridos.

Ensaio geral de todas as técnicas já treinadas (falar

de forma compassada)

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“Um Prato De Trigo Pra Um Tigre, Dois

Pratos De Trigo Pra Dois Tigres, Três Pratos

De Trigo Pra Três Tigres, Quatro Pratos De

Trigo Pra Quatro Tigres, Cinco Pratos De

Trigo Pra Cinco Tigres, Seis Pratos De Trigo

Pra Seis Tigres, Sete Pratos De Trigo Pra Sete

Tigres, Oito Pratos De Trigo Pra Oito Tigres,

Nove Pratos De Trigo Pra Nove Tigres, Dez

Pratos De Trigo Pra Dez Tigres.”

Exercício para interpretação e leitura (locução

soturna e cavernosa)

“E Tresloucadas Ou Casadas Com O Som

Das Baladas As Fadas São Belas, As Estrelas

São Delas, Ei-Las Alheadas, E São Fumos Os

Rumos Das Barcas Sonhadas Nos Canais

Fatais Iguais De Erradas, Hiemais, E Caladas,

Toadas Afastadas, Irreais De Baladas Ais...”

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Exercício para o desenvolvimento da articulação,

pronuncia e dicção

As Bruzundangas Do Bricabraque Do

Brandão Abrangem Broqueis De Bronze

Brunido, Brocados Bruxuleantes, Brochuras,

Breviários, Abraxás, Blasonadas, Abricós E

Brinquedos ”

O Acróstico Cravado Na Cruz De

Crisólidas Da Criança Acreana Criada Na

Creche É O Credo Cristão.

A Frota De Frágeis Fragatas Frentadas

Por Frustrados Franco-Atiradores, Enfreados

De Frios Naufragou Na Refrega Com

Frementes Frecheiros Africanos.”

O Prato De Prata Premiado É Precioso E

Sem Preço; Foi Presente Do Preceptor Da

Princesa Primogênita, Probo Promaz,

Procurador Da Prússia.

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O Cabeleireiro Maneiroso Curou A

Cefaléia Do Barbeiro, Leiteiros, Padeiros,

Quitandeiros E Peixeiros Levaram A Bandeira

Do Eleitoreiro.

Gosto Mais Do Sol, Mas A Lua É Mais

Poética, Seu Colega Estuda Mais Que Você,

Mas Falta Mais Às Aulas.

O Rato, A Ratazana, O Ratinho Roeram

As Rútilas Roupas E Rasgaram As Ricas

Rendas Da Rainha Dona Urraca De

Rombarral.

A Serrilha Do Serrote Do Carpinteiro

Range Serrando A Ripa Verde.

Ri O Roto Do Esfarrapado, Ri O Tordo

Do Atarracando, Mas Não Ri O Morto Do

Aparvalhado.

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Sófocles Soluçante Ciciou No Senado,

Suaves Censuras Sobre A Insensatez De Seus

Filhos Insensíveis.

EXERCÍCIO PARA O DESENVOLVIMENTO DA

ARTICULAÇÃO E RESERVA DE AR (procure falar as

palavras da primeira a última sem respirar)

“Cólon = Cótion = Cupom = Zanom=

Agamenon = Calmon = Cânon = Verlon=

Paterno’n = Tom = Som = Com = Dom=

Marrom = Bom = Chifom = Pom = Blom =

Fom = Ion = Bombom = Papilon= Leon =

Paramon = Person = Píton = Poseidon =

Próton= Satiricon = Quíton = Ramon= Elétron

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= Pluton = Sólon = Tonto = Télamon= Tirón =

Trianon = Avinhon = Triton= Trimetron =

Tron = Vernon = Vison = Xilon= Hémon =

Piston = Filón = Frisson = Jêton = Ípsilon”

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PLANILHA DE OBSERVAÇÕES Participante:

Características 1ª Apres. 2ª Apres. 3ª Apres. 4ª Apres. 5ª Apres. 6ª Apres. 7ª Apres. 8ª Apres. 9ª Apres. TOTAL

Postura

Dicção

Ênfase

Gestos

Comunicação Visual

Expressão Corporal

Naturalidade

Conteúdo

Total

Observações

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AGRADECIMENTO

Esta apostila foi elaborada por uma pessoa muito especial chamado Laércio Rath

(in memorian), que acreditava na motivação como algo que vem do interior dos seres

humanos, que acreditava que somente pela educação e com educação, teríamos um mundo

melhor, e que acima de tudo, se divertia muito com sua profissão de instrutor e facilitador

dos processos da aprendizagem. Ao Laércio Rath, meu irmão de coração e meu grande

amigo, que me presenteou com esta obra magnífica e bem elaborada, na certeza que haveria

uma continuidade de seus trabalhos, meus eternos agradecimentos!!!

Carlos Alberto Bittencourt