PCS - Português - Semana 4 - REVISÃO

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End.: Rua Engenheiro Guilherme Greenhalg, nº 16, sobreloja 04 Icaraí Niterói/RJ Aluno: Data: Matéria: Língua Portuguesa Prof: Débora Muramoto Email: [email protected] Semana 4 - Revisão 1) (ENEM 2011) O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados. MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011. O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hipertexto a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente. b) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional. c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares. d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet. e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa. 2) (ENEM 2009) TEXTO A Canção do exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas tem mais flores,

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    Aluno: Data:

    Matria: Lngua Portuguesa Prof: Dbora Muramoto Email: [email protected]

    Semana 4 - Reviso

    1) (ENEM 2011)

    O hipertexto refere-se escritura eletrnica no sequencial e no linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um nmero praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condies de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequncia fixa ou a tpicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturao textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura eletrnica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espao de escrita. Assim, ao permitir vrios nveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de mltiplos graus de profundidade simultaneamente, j que no tem sequncia definida, mas liga textos no necessariamente correlacionados.

    MARCUSCHI, L. A. Disponvel em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011.

    O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espao de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autnomos de texto, apresentado em meio eletrnico computadorizado e no qual h remisses associando entre si diversos elementos, o hipertexto

    a) uma estratgia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente.

    b) uma forma artificial de produo da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequncia o menosprezo pela escrita tradicional.

    c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prvios, por isso deve ser evitado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares.

    d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informao especfica, segura e verdadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet.

    e) possibilita ao leitor escolher seu prprio percurso de leitura, sem seguir sequncia predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa.

    2) (ENEM 2009)

    TEXTO A Cano do exlio Minha terra tem palmeiras,

    Onde canta o Sabi;

    As aves, que aqui gorjeiam,

    No gorjeiam como l.

    Nosso cu tem mais estrelas,

    Nossas vrzeas tem mais flores,

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    Nossos bosques tem mais vida,

    Nossa vida mais amores.

    [...]

    Minha terra tem primores,

    Que tais no encontro eu c;

    Em cismar - sozinho, a noite -

    Mais prazer eu encontro la;

    Minha terra tem palmeiras

    Onde canta o Sabi.

    No permita Deus que eu morra,

    Sem que eu volte para l;

    Sem que desfrute os primores

    Que no encontro por c;

    Sem qu'inda aviste as palmeiras

    Onde canta o Sabi.

    (DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998.) TEXTO B Canto de regresso Ptria Minha terra tem palmares

    Onde gorjeia o mar

    Os passarinhos daqui

    No cantam como os de l

    Minha terra tem mais rosas

    E quase tem mais amores

    Minha terra tem mais ouro

    Minha terra tem mais terra

    Ouro terra amor e rosas

    Eu quero tudo de l

    No permita

    Deus que eu morra

    Sem que volte para l

    No permita Deus que eu morra

    Sem que volte pra So Paulo

    Sem que eu veja a rua 15

    E o progresso de So Paulo

    (ANDRADE, O. Cademos de poesia do aluno Oswald. So Paulo: Crculo do Livro. s/d). Os textos A e B, escritos em contextos histricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo potico: a paisagem brasileira entrevista a distncia. Analisando-os, conclui-se que:

    a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do pas em que nasceu, e o tom de que se revestem os dois textos.

    b) a exaltao da natureza a principal caracterstica do texto B, que valoriza a paisagem tropical realada no texto A.

    c) o texto B aborda o tema da nao, como o texto A, mas sem perder a viso crtica da realidade brasileira.

    d) o texto B, em oposio ao texto A, revela distanciamento geogrfico do poeta em relao ptria.

    e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira.

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    3) (ENEM 2003)

    Operrios, 1933, leo sobre tela, 150x205 cm, (P122), Acervo Artstico-Cultural dos Palcios do Governo do Estado de So Paulo Desiguais na fisionomia, na cor e na raa, o que lhes assegura identidade peculiar, so iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as chamins das indstrias se alam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pirmide que tende a se prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora.

    (Ndia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.) O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que tambm se encontra nos versos transcritos em: a) Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas. (Vincius de Moraes) b) Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na sina:/ a de abrandar estas pedras/ suando-se muito em cima. (Joo Cabral de Melo Neto) c) O funcionrio pblico no cabe no poema/ com seu salrio de fome/ sua vida fechada em arquivos. (Ferreira Gullar) d) No sou nada./ Nunca serei nada./ No posso querer ser nada./ parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. (Fernando Pessoa) e) Os inocentes do Leblon/ No viram o navio entrar (...)/ Os inocentes, definitivamente inocentes/ tudo ignoravam,/ mas a areia quente, e h um leo suave que eles passam pelas costas, e aquecem. (Carlos Drummond de Andrade)

    4) Texto I

    Mulher, Irm, escuta-me: no ames,

    Quando a teus ps um homem terno e curvo

    jurar amor; chorar pranto de sangue,

    No creias, no, mulher: ele te engana!

    as lgrimas so gotas de mentira

    E o juramento manto da perfdia.

    Joaquim Manoel de Macedo

    Texto II

    Teresa, se algum sujeito bancar o

    sentimental em cima de voc

    E te jurar uma paixo do tamanho de um

    bonde

    Se ele chorar

    Se ele ajoelhar

    Se ele se rasgar todo

    No acredite no Teresa

    lgrima de cinema

    tapeao

    Mentira

    CAI FORA

    Manuel Bandeira

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    (Enem) Os autores, ao fazerem aluso s imagens da lgrima, sugerem que:

    a) H um tratamento idealizado da relao homem/mulher.

    b) H um tratamento realista da relao homem/mulher.

    c) A relao familiar idealizada.

    d) A mulher superior ao homem.

    e) A mulher igual ao homem.

    5) (Enem 2009 - prova azul) Texto 1 No meio do caminho

    No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra

    ANDRADE, C. D. Antologia potica. Rio de Janeiro/ So Paulo: Record, 2000. (fragmento). Texto 2

    A comparao entre os recursos expressivos que constituem os dois textos revela que a) o texto 1 perde suas caractersticas de gnero potico ao ser vulgarizado por histrias em quadrinho. b) o texto 2 pertence ao gnero literrio, porque as escolhas lingusticas o tornam uma rplica do texto 1. c) a escolha do tema, desenvolvido por frases semelhantes, caracteriza-os como pertencentes ao mesmo gnero. d) os textos so de gneros diferentes porque, apesar da intertextualidade, foram elaborados com finalidades distintas. e) as linguagens que constroem significados nos dois textos permitem classific-los como pertencentes ao mesmo gnero.

    6) Classifique os textos em (1) descritivo, (2) narrativo ou (3) dissertativo. Justifique a sua resposta.

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    TEXTO I (...) Ele tinha o olhar fixo no anncio luminoso, suspenso no fundo negro de um cu sem estrelas. J fazia uma hora que tinha o olhar fixo no anncio onde um cisne branco aparecia fosforescente em primeiro plano no espao tumultuado de nuvens. Logo em seguida, com ondulaes de ptalas mansas, abria-se em torno do cisne um pequeno lago que chegava at quase a meia-lua branca da qual saa o letreiro. Cortado pelo perfil de um edifcio. S as cinco letras do anncio eram visveis, as outras desapareciam detrs do cimento armado. (Lygia Fagundes Telles) TEXTO II (...) Enfim, chegou a hora da recomendao e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam tambm, as mulheres todas. S Capitu, amparando a viva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arranc-la dali. A confuso era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadver, to fixa, to apaixonadamente fixa, que no admira lhe saltassem algumas lgrimas poucas e caladas. As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela. Capitu enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carcias para a amiga e quis lev-la; mas o cadver parece que a retinha tambm. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar l fora, como se quisesse tragar tambm o nadador da manh. (Machado de Assis) TEXTO III (...) A agresso ao meio que ameaa, hoje, todo o equilbrio climtico e a prpria existncia da vida no planeta uma conseqncia dos modos de produo capitalista. As evidncias dessa constatao saltam aos olhos quando se analisam os elementos que mais contribuem para a destruio do meio ambiente. Veja-se, primeiramente, a questo central da poluio do ar e das guas. O modelo industrial, implementado pelo capitalismo, continua a jogar gases txicos no ar e seus rejeitos nos rios e mares. Alm disso, importante frisar um fato especfico, ligado realidade brasileira: a gravssima e insana devastao das nossas florestas. As indstrias da madeira e de minerao, aliadas brutalidade de fazendeiros, vm provocando um verdadeiro desastre ambiental sem chances de reverso. Mais uma vez a noo de lucro supera a preocupao com o meio e o pior que, neste caso, a interveno das autoridades responsveis continua a ser tmida [...]

    7) (ENEM 2010) Na busca constante pela sua evoluco, o ser humano vem alternando a sua maneira de pensar, de sentir e de criar. Nas ltimas dcadas do sculo XVIII e no incio do sculo XIX, os artistas criaram obras em que predominam o equilbrio e a simetria de formas e cores, imprimindo um estilo caracterizado pela imagem da respeitabilidade, da sobriedade, do concreto e do civismo. Esses artistas misturaram o passado ao presente, retratando os personagens da nobreza e da burguesia, alm de cenas mticas e histrias cheias de vigor.

    RAZOUK, J. J. (Org.). Historias reais e belas nas telas. Posigraf: 2003. Atualmente, os artistas apropriam-se de desenhos, charges, grafismo e at de ilustraces de livros para compor obras em que se misturam personagens de diferentes pocas, como na seguinte imagem:

    a) Romero Brito. "Gisele e

    Tom"

    b) Andy Warhol. "Michael

    Jackson"

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    c) Funny

    Filez.Monabean.

    d) Andy Warhol. Marlyn

    Monroe.

    e) Pablo Picasso. Retrato

    de Jaqueline Roque com as Mos Cruzadas.

    8)

    Transtorno do comer compulsivo

    O transtorno do comer compulsivo vem sendo reconhecido, nos ltimos anos, como uma sndrome caracterizada por episdios de ingesto exagerada e compulsiva de alimentos, porm, diferentemente da bulimia nervosa, essas pessoas no tentam evitar ganho de peso com os mtodos compensatrios. Os episdios vm acompanhados de uma sensao de falta de controle sobre o ato de comer, sentimentos de culpa e de vergonha. Muitas pessoas com essa sndrome so obesas, apresentando uma histria de variao de peso, pois a comida usada para lidar com problemas psicolgicos. O transtorno do comer compulsivo encontrado em cerca de 2% da populao em geral, mais frequentemente acometendo mulheres entre 20 e 30 anos de idade. Pesquisas demonstram que 30% das pessoas que procuram tratamento para obesidade ou para perda de peso so portadoras de transtorno do comer compulsivo.

    Disponvel em: http://www.abcdasaude.com.br. Acesso em: 1 maio 2009 (adaptado).

    Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se que o texto tem a finalidade de:

    a) descrever e fornecer orientaes sobre a sndrome da compulso alimentcia.

    b) narrar a vida das pessoas que tm o transtorno do comer compulsivo.

    c) aconselhar as pessoas obesas a perder peso com mtodos simples.

    d) expor de forma geral o transtorno compulsivo por alimentao.

    e) encaminhar as pessoas para a mudana de hbitos alimentcios.

    9) A partida

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    Acordei pela madrugada. A princpio com tranquilidade, e logo com obstinao, quis novamente dormir. Intil, o sono esgotara-se. Com precauo, acendi um fsforo: passava das trs. Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria s cinco. Veio-me ento o desejo de no passar mais nem uma hora naquela casa. Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e de amor.

    Com receio de fazer barulho, dirigi-me cozinha, lavei o rosto, os dentes, penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti-me. Calcei os sapatos, sentei-me um instante beira da cama. Minha av continuava dormindo. Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavrasQue me custava acord-la, dizer-lhe adeus?

    LINS, O. A partida. Melhores contos. Seleo e prefcio de Sandra Nitrini. So Paulo: Global, 2003.

    No texto, o personagem narrador, na iminncia da partida, descreve a sua hesitao em separar-se da av. Esse sentimento contraditrio fica claramente expresso no trecho: a) A princpio com tranquilidade, e logo com obstinaco, quis novamente dormir

    b) Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem chegaria s cinco

    c) Calcei os sapatos, sentei-me um instante beira da cama

    d) Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas cadeias de disciplina e amor

    e) Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavras

    10) O termo (ou expresso) destacado que est empregado em seu sentido prprio, denotativo, ocorre em:

    a)(....) de laco e de n

    De gibeira o jil

    Dessa vida, cumprida a sol (....) (Renato Teixeira. Romaria. Kuarup Discos. setembro de 1992.)

    b) Protegendo os inocentes

    que Deus, sbio demais,

    pe cenrios diferentes nas impresses digitais.

    (Maria N. S. Carvalho. Evangelho da Trova. /s.n.b.)

    c)O dicionrio-padro da lngua e os dicionrios unilngues so os tipos mais comuns de dicionrios. Em nossos dias, eles se tornaram um objeto de consumo obrigatrio para as naes civilizadas e desenvolvidas.

    (Maria T. Camargo Biderman. O dicionrio-padro da lngua. Alfa (28), 2743, 1974 Supl.)

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    d)

    e) Humorismo a arte de fazer ccegas no raciocnio dos outros. H duas espcies de humorismo: o trgico e o cmico. O trgico o que no consegue fazer rir; o cmico o que verdadeiramente trgico para se fazer.

    (Leon Eliachar. www.mercadolivre.com.br. acessado em julho de 2005.)

    11) (ENEM 2014)

    S h uma sada para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudana da lngua como um fato.

    Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de lngua em suas atividades escritas? No deve

    mais corrigir? No!

    H outra dimenso a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, no existe apenas um portugus

    correto, que valeria para todas as ocasies: o estilo dos contratos no o mesmo dos manuais de instruo;

    o dos juzes do Supremo no o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais no o mesmo dos dos

    cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

    (POSSENTI, S. Gramtica na cabea. Lngua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 adaptado).

    Srio Possenti defende a tese de que no existe um nico portugus correto. Assim sendo, o domnio da

    lngua portuguesa implica, entre outras coisas, saber

    (A) descartar as marcas de informalidade do texto.

    (B) reservar o emprego da norma padro aos textos de circulao ampla.

    (C) moldar a norma padro do portugus pela linguagem do discurso jornalstico.

    (D) adequar as formas da lngua a diferentes tipos de texto e contexto.

    (E) desprezar as formas da lngua previstas pelas gramticas e manuais divulgados pela escola.

    12) (ENEM 2014)

    Em bom portugus

    No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. No somente pela gria que a gente apanhada

    (alis, no se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo a gente). A prpria

    linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do lxico cai em desuso.

    Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha ateno para os que falam assim:

    - Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.

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    Os que acharam natural essa frase, cuidado! No saber dizer que viram um filme que trabalha muito bem. E

    iro ao banho de mar em vez de ir praia, vestido de roupa de banho em vez de biquni, carregando guarda-

    sol em vez de barraca. Compraro um automvel em vez de comprar um carro, pegaro um defluxo em vez

    de um resfriado, vo andar no passeio em vez de passear na calada. Viajaro de trem de ferro e

    apresentaro sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher.

    (SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984)

    A lngua varia no tempo, no espao e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa

    caracterstica da lngua, evidenciando que

    (A) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.

    (B) a utilizao de inovaes do lxico percebida na comparao de geraes.

    (C) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geogrfica.

    (D) a pronncia e o vocabulrio so aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante.

    (E) o modo de falar especfico de pessoas de diferentes faixas etrias frequente em todas as regies.

    13) "Todas as variedades lingusticas so estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados

    s necessidades de seus usurios. Mas o fato de estar a lngua fortemente ligada estrutura social e aos

    sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliao distinta das caractersticas das suas diversas

    modalidades regionais, sociais e estilsticas. A lngua padro, por exemplo, embora seja uma entre as

    muitas variedades de um idioma, sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma,

    como ideal lingustico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua funo coercitiva sobre as

    outras variedades, com o que se torna uma pondervel fora contrria variao."

    Celso Cunha. Nova gramtica do portugus contemporneo. Adaptado.

    A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma lngua : a) conjunto de variedades lingusticas, dentre as quais uma alcana maior valor social e passa a ser considerada exemplar.

    b) sistema que no admite nenhum tipo de variao lingustica, sob pena de empobrecimento do lxico.

    c) a modalidade oral alcana maior prestgio social, pois o resultado das adaptaes lingusticas produzidas pelos falantes.

    d) A lngua padro deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificao prejudicial a um sistema lingustico.

    14) (ENEM 2013)

    At quando?

    No adianta olhar pro cu

    Com muita f e pouca luta

    Levanta a que voc tem muito protesto pra fazer

    E muita greve, voc pode, voc deve, pode crer

    No adianta olhar pro cho

    Virar a cara pra no ver

    Se liga a que te botaram numa cruz e s porque Jesus

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    Sofreu no quer dizer que voc tenha que sofrer! GABRIEL, O PENSADOR. Seja voc mesmo (mas no seja sempre o mesmo).

    Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

    As escolhas lingusticas feitas pelo autor conferem ao texto

    a) carter atual, pelo uso de linguagem prpria da internet.

    b) cunho apelativo, pela predominncia de imagens metafricas.

    c) tom de dilogo, pela recorrncia de grias.

    d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.

    e) originalidade, pela conciso da linguagem.

    15) (ENEM 2013)

    Texto I Antigamente

    Antigamente, os pirralhos dobravam a lngua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braos de Morfeu, era capaz de entrar no couro. No devia tambm se esquecer de lavar os ps, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. No ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que no entendesse patavina da instruo moral e cvica. O verdadeiro smart calcava botina de botes para comparecer todo lir ao copo dgua, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras que eram um precipcio, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os cois, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.

    ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento). Texto II

    Expresso Significado

    Cair nos braos de Morfeu Dormir

    Debicar Zombar, ridicularizar

    Tunda Surra

    Mangar Escarnecer, caoar

    Tugir Murmurar

    Lir Bem-vestido

    Copo d'gua Lanche oferecido pelos amigos

    Convescote Piquenique

    Treteiro de topete Tratante atrevido

    Abrir o arco Fugir

    Bilontra Velhaco

    FIORIN, J. L. As lnguas mudam. In: Revista Lngua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).

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    Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos no mais o so no portugus brasileiro atual. Esse fenmeno revela que

    a) a lngua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.

    b) o portugus brasileiro se constitui evitando a ampliao do lxico proveniente do portugus europeu.

    c) a heterogeneidade do portugus leva a uma estabilidade do seu lxico no eixo temporal.

    d) o portugus brasileiro apoia-se no lxico ingls para ser reconhecido como lngua independente.

    e) o lxico do portugus representa uma realidade lingustica varivel e diversificada.

    16)

    Contudo, a divergncia est no fato de existirem pessoas que possuem um grau de escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado modo de falar como o correto, no levando em considerao essas variaes que ocorrem na lngua. Porm, o senso lingustico diz que no h variao superior outra, e isso acontece pelo fato de no Brasil o portugus ser a lngua da imensa maioria da populaco no implica automaticamente que esse portugus seja um bloco compacto coeso e homogneo.

    (BAGNO, 1999, p. 18)

    Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:

    a) A lngua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opresso. Quem estudou mais define os padres lingusticos, analisando assim o que correto e o que deve ser evitado na lngua.

    b) As variaes lingusticas so prprias da lngua e esto aliceradas nas diversas intenes comunicacionais.

    c) A variedade lingustica um importante elemento de incluso, alm de instrumento de afirmao da identidade de alguns grupos sociais.

    d) O aprendizado da lngua portuguesa no deve estar restrito ao ensino das regras.

    e) Segundo Bagno, no podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser considerada superior outra, j que todas possuem funes dentro de um determinado grupo social.

    16) (ENEM 2014)

    O exerccio da crnica

    Escrever crnica uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; no a prosa de um

    ficcionista, na qual este levado meio a tapas pelas personagens e situaes que, azar dele, criou porque

    quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de uma mquina, olha atravs

    da janela e busca fundo em sua imaginao um assunto qualquer, de preferncia colhido no noticirio

    matutino, ou da vspera, em que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada

    houver, restar-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, atravs de um processo associativo, surja-lhe de

    repente a crnica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentrao.

    Ou ento, em ltima instncia, recorrer ao assunto da falta de assunto, j bastante gasto, mas do qual, no ato

    de escrever, pode surgir o inesperado.

    (MORAES, V. Para viver um grande amor: crnicas e poemas. So Paulo: Cia das Letras, 1991).

    Predomina nesse texto a funo da linguagem que se constitui

    (A) nas diferenas entre o cronista e o ficcionista.

    (B) nos elementos que servem de inspirao ao cronista.

    (C) nos assuntos que podem ser tratados em uma crnica.

    (D) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crnica.

  • End.: Rua Engenheiro Guilherme Greenhalg, n 16, sobreloja 04 Icara Niteri/RJ

    (E) nas dificuldades de se escrever uma crnica por meio de uma crnica.

    17) (ENEM 2014)

    eu acho um fato interessante n foi como meu pai e minha me vieram se conhecer n que minha

    me morava no Piau com toda a famlia nmeu meu av materno no caso era maquinista ele sofreu

    um acidente infelizmente morreuminha me tinha cinco anos n e o irmo mais velho dela meu

    padrinho tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar foi trabalhar no banco e ele foio banco no

    caso estava com um nmero de funcionrios cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferncia

    prum mais perto de Parnaba que era a cidade onde eles moravam e por engano o oescrivo entendeu

    Paraba n e meu minha famlia veio parar em Mossor que exatamente o local mais perto onde tinha

    vaga pra funcionrio do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai ne comearam a se

    conhecernamoraram onze anos n pararam algum tempo brigaram lgico porque todo

    relacionamento tem uma briga ne eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidncia

    incrveln como vieram se conhecer namoraram e hoje e at hoje esto juntos dezessete anos de

    casados.

    (CUNHA, M .F. A. (org.) Corpus discurso & gramtica: a lngua falada e escrita na cidade de Natal. Natal:

    EdUFRN, 1998.)

    Na transcrio de fala, h um breve relato de experincia pessoal, no qual se observa a frequente repetio de

    n. Essa repetico um

    (A) ndice de baixa escolaridade do falante.

    (B) estratgia tpica da manuteno da interao oral.

    (C) marca de conexo lgica entre contedos na fala.

    (D) manifestao caracterstica da fala nordestina.

    (E) recurso enfatizador da informao mais relevante da narrativa.

    18) (ENEM 2007)

    O canto do guerreiro

    (Gonalves Dias)

    Aqui na floresta

    Dos ventos batida,

    Faanhas de bravos

    No geram escravos,

    Que estimem a vida

    Sem guerra e lidar.

    Ouvi-me, Guerreiros,

    Ouvi meu cantar.

    Valente na guerra,

    Quem h, como eu sou?

    Quem vibra o tacape

    Com mais valentia?

    Quem golpes daria

    Fatais, como eu dou?

    Guerreiros, ouvi-me;

    Quem h, como eu sou?

  • End.: Rua Engenheiro Guilherme Greenhalg, n 16, sobreloja 04 Icara Niteri/RJ

    Macunama (Eplogo)

    Acabou-se a histria e morreu a vitria. No havia mais ningum l. Dera tangolomngolo na tribo Tapanhumas e

    os filhos dela se acabaram de um em um. No havia mais ningum l. Aqueles lugares, aqueles campos, furos

    puxadouros arrastadouros meiosbarrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solido do deserto... Um silncio

    imenso dormia beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra no sabia nem falar da tribo nem

    contar aqueles casos to panudos. Quem podia saber do Heri? Mrio de Andrade. Considerando-se a

    linguagem desses dois textos, verifica-se que

    a) a funo da linguagem centrada no receptor est ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.

    b) a linguagem utilizada no primeiro texto coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.

    c) h, em cada um dos textos, a utilizao de pelo menos uma palavra de origem indgena.

    d) a funo da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organizao da linguagem e, no segundo, no

    relato de informaes reais.

    e) a funo da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, est ausente no

    primeiro.

    21) (ENEM 2009 Cancelado)

    O texto a seguir e um trecho de uma conversa por meio de um programa de computador que permite

    comunicao direta pela Internet em tempo real, como o MSN Messenger. Esse tipo de conversa, embora escrita,

    apresenta muitas caractersticas da linguagem falada, segundo alguns linguistas. Uma delas e a interao ao vivo

    e imediata, que permite ao interlocutor conhecer, quase instantaneamente, a reao do outro, por meio de suas

    respostas e dos famosos emoticons (que podem ser definidos como cones que demonstram emoco").

    Joao diz: oi Pedro diz: blz?

    Joao diz: na paz e vc?

    Pedro diz: tudo trank .

    Joao diz: oq vc ta fazendo? [...]

    Pedro diz: tenho q sair agora...

    Joao diz: flw

    Pedro diz: vlw, abc

    Para que a comunicao, como no MSN Messenger se d em tempo real, necessrio que a escrita das

    informaes seja rpida, o que e feito por meio de

    a) frases completas, escritas cuidadosamente com acentos e Letras maisculas (como oq vc ta fazendo?).

    b) frases curtas e simples (como tudo trank') com abreviaturas padronizadas pelo uso (como vc voc vlw

    - valeu!).

    c) uso de reticncias no final da frase, para que no se tenha que escrever o resto da informao.

    d) estruturas coordenadas, como na paz e vc.

    e) flexo verbal rica e substituico de dgrafos consonantais por consoantes simples (qu" por k).

    22) (Enem Cancelado-2009)

    Sentimental

    Ponho-me a escrever teu nome

    com letras de macarro.

    No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruados na

    mesa todos contemplam

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    esse romntico trabalho.

    Desgraadamente falta uma letra, uma letra somente

    para acabar teu nome!

    Est sonhando? Olhe que a sopa esfria!

    Eu estava sonhando...

    E h em todas as conscincias este cartaz amarelo: "Neste

    pas proibido sonhar."

    ANDRADE, C. D. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro: Record, 1995.

    Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da predominncia das funes da linguagem no texto de

    Drummond, pode-se afirmar que

    a) por meio dos versos "Ponho-me a escrever teu nome" (v.1) e "esse romntico trabalho" (v.5), o poeta faz

    referncias ao seu prprio ofcio: o gesto de escrever poemas lricos.

    b) a linguagem essencialmente potica que constitui os versos "No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e

    debruados na mesa todos contemplam" (v.3 e 4) confere ao poema uma atmosfera irreal e impede o leitor de

    reconhecer no texto dados constitutivos de uma cena realista.

    c) na primeira estrofe, o poeta constri uma linguagem centrada na amada, receptora da mensagem, mas, na

    segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir o que sente.

    d) em "Eu estava sonhando..." (v. 10), o poeta demonstra que est mais preocupado em responder pergunta

    feita anteriormente e, assim, dar continuidade ao dilogo com seus interlocutores do que em expressar algo

    sobre si mesmo.

    e) no verso "Neste pas proibido sonhar." (v. 12), o poeta abandona a linguagem potica para fazer uso da

    funo referencial, informando sobre o contedo do "cartaz amarelo" (v.11) presente no local.

    23) (Mack 2007)

    Considere as seguintes afirmaes:

    I. Encontra-se na tira expresso que representa a funo ftica da linguagem, aquela que pe em evidncia

    o contato lingstico.

    II. Os sinais de exclamao (1. quadrinho) expressam estados emotivos distintos.

    III. As respostas da garota (2. e 3. quadrinhos) podem ser consideradas exemplos de oraes

    classificadas pela gramtica como reduzidas.

    Assinale:

    a) se apenas as afirmaes I e II estiverem corretas.

    b) se apenas as afirmaes I e III estiverem corretas.

    c) se apenas as afirmaes II e III estiverem corretas.

    d) se apenas a afirmao III estiver correta. e) se todas as afirmaes estiverem corretas. 24) (UFV-2005) Leia as passagens abaixo, extradas de So Bernardo, de Graciliano Ramos:

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    I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, municpio de Viosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salrio de cinco tostes.

    II. Uma semana depois, tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava caf e conversava, bastante satisfeito.

    III. Joo Nogueira queria o romance em lngua de Cames, com perodos formados de trs para diante. IV.

    IV. J viram como perdemos tempo em padecimentos inteis? No era melhor que fssemos como os bois? Bois com inteligncia. Haver estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Ser? No ser? Para que isso? Procurar dissabores! Ser? No ser?

    V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negcios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ningum me lia.

    Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exerccio de metalinguagem em So Bernardo: a) III e V. b) I e II. c) I e IV. d) III e IV. e) II e V.

    25) (UFSCar-2003) Para responder questo seguinte, leia os textos a seguir.

    Psicografia Ana Cristina Cesar

    Tambm eu saio revelia

    E procuro uma sntese nas demoras

    Cato obsesses com fria tmpera e digo

    Do corao: no soube e digo

    Da palavra: no digo(no posso ainda acreditar

    Na vida) e demito o verso como quem acena

    E vivo como quem despede a raiva de ter visto.

    Autopsicografia

    Fernando Pessoa

    O poeta um fingidor.

    Finge to completamente

    Que chega a fingir que dor

    A dor que deveras sente.

    E os que lem o que escreve,

    Na dor lida sentem bem,

    No as duas que ele teve,

    Mas s a que eles no tm.

    E assim nas calhas de roda

    Gira, a entreter a razo,

    Esse comboio de corda

    Que se chama corao.

    Vocabulrio: comboio: trem de ferro. calhas de roda: trilhos sobre os quais corre o trem de ferro. Compare os poemas de Fernando Pessoa e de Ana Cristina Cesar e responda: a) Por que se pode dizer que em ambos os poemas est presente a funo metalingstica? b) Explique a ambigidade presente no poema de Fernando Pessoa, revelada pelo ttulo e pelo adjetivo fingidor, em contraste com o poema de Ana Cristina Cesar.