PERFIL DO DISTRITO DE MASSINGA PROVÍNCIA DE...

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República de Moçambique Ministério da Administração Estatal Edição 2014 PERFIL DO DISTRITO DE MASSINGA PROVÍNCIA DE INHAMBANE MABOTE PANDA FUNHALOURO MASSINGA VILANKULO GOVURO INHASSORO ZAVALA INHARRIME HOMOINE MORRUMBENE JANGAMO MAXIXE CIDADE_DE_INHAMBANE

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República de Moçambique

Ministério da Administração Estatal

Edição 2014

PERFIL DO DISTRITO DE MASSINGA PROVÍNCIA DE INHAMBANE

MABOTE

PANDA

FUNHALOURO MASSINGA

VILANKULO

GOVURO INHASSORO

ZAVALA INHARRIME

HOMOINE MORRUMBENE

JANGAMO MAXIXE

CIDADE_DE_INHAMBANE

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ÍÍÍnnndddiiiccceee

PPPrrreeefffáááccciiiooo v  

SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss vii  

111   BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaçççãããooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo 2  111...111   LLLooocccaaalll iiizzzaaaçççãããooo,,, SSSuuupppeeerrrfffíííccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaçççãããooo 2  111...222   CCClll iiimmmaaa eee SSSooolllooosss 2  111...333   IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss 3  111...444   EEEcccooonnnooommmiiiaaa eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss 4  111...555   HHHiiissstttóóórrriiiaaa eee CCCuuullltttuuurrraaa 5  111...666   SSSoooccciiieeedddaaadddeee CCCiiivvviii lll 7  

222   DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa 9  222...111   EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttááárrriiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo 9  222...222   TTTrrraaaçççooo sssoooccciiiooolllóóógggiiicccooo 10  222...333   AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrriiizzzaaaçççãããooo 11  

333   HHHaaabbbiiitttaaaçççãããooo eee CCCooonnndddiiiçççõõõeeesss dddeee VVViiidddaaa 12  

444   OOOrrrgggaaannniiizzzaaaçççãããooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaçççãããooo 17  444...111   GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll 17  444...222   SSSííínnnttteeessseee dddaaasss aaatttrrriiibbbuuuiiiçççõõõeeesss eee dddaaa aaaccctttiiivvviiidddaaadddeee dddooosss óóórrrgggãããooosss dddiiissstttrrriiitttaaaiiisss 20  4.2.1   Secretaria Distrital 20  4.2.2   Serviço Distrital de Actividades Económicas 20  4.2.3   Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 21  4.2.3.1   Educação 21  4.2.3.2   Cultura 24  4.2.4   Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 25  4.2.4.1   Saúde 25  4.2.4.2   Acção Social 27  4.2.4.3   Género 28  4.2.5   Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 31  444...333   FFFiiinnnaaannnçççaaasss PPPúúúbbblll iiicccaaasss eee IIInnnvvveeessstttiiimmmeeennntttooo 31  444...444   JJJuuussstttiiiçççaaa,,, OOOrrrdddeeemmm eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa pppúúúbbblll iiicccaaa 33  444...555   CCCooonnnssstttrrraaannngggiiimmmeeennntttooosss eee PPPeeerrrssspppeeeccctttiiivvvaaasss 33  

555   AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee EEEcccooonnnóóómmmiiicccaaa 34  555...111   PPPooopppuuulllaaaçççãããooo eeecccooonnnooommmiiicccaaammmeeennnttteee aaaccctttiiivvvaaa 34  555...222   PPPooobbbrrreeezzzaaa eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa AAAlll iiimmmeeennntttaaarrr 37  555...333   IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss dddeee bbbaaassseee 38  555...444   UUUsssooo eee CCCooobbbeeerrrtttuuurrraaa dddaaa TTTeeerrrrrraaa 40  555...555   SSSeeeccctttooorrr AAAgggrrrááárrriiiooo 43  5.5.1   Zonas agro-ecológicas 43  5.5.2   Produção agrícola e sistemas de cultivo 44  

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5.5.3   Pecuária 45  5.5.4   Pescas, Florestas e Fauna bravia 46  555...666   EEExxxppplllooorrraaaçççãããooo MMMiiinnneeeiiirrraaa 46  555...777   IIInnndddúúússstttrrriiiaaa,,, CCCooommmééérrrccciiiooo eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss 47  555...888   VVVeeeccctttooorrreeesss dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo eee CCCaaadddeeeiiiaaasss dddeee VVVaaalllooorrr 48  

666   VVViiisssãããooo eee EEEssstttrrraaatttééégggiiiaaa dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo LLLooocccaaalll 52  666...111   VVViiisssãããooo 52  666...222   MMMiiissssssãããooo 52  666...333   OOObbbjjjeeeccctttiiivvvooosss eeessstttrrraaatttééégggiiicccooosss 52  6.3.1   Actividades Económicas 53  6.3.2   Planeamento e Infraestruturas 53  6.3.3   Saúde, Mulher e Acção Social 53  6.3.4   Educação, Juventude e Tecnologia 54  6.3.5   Governação e Administração Pública 54  6.3.6   Administração da Justiça 54  

LLLiiissstttaaa dddeee QQQuuuaaadddrrrooosss

Quadro 1.   População por posto administrativo, 1/7/2012 9  Quadro 2.   Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 9  Quadro 3.   Agregados familiares, segundo a dimensão 10  Quadro 4.   Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 10  Quadro 5.   Distribuição da população, segundo o estado civil 10  Quadro 6.   População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 10  Quadro 7.   População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 11  Quadro 8.   População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 11  Quadro 9.   Habitações segundo o regime de propriedade 12  Quadro 10.   Tipo de habitações 12  Quadro 11.   Habitações segundo o material de construção 13  Quadro 12.   Habitações, água, saneamento e energia 15  Quadro 13.   Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 16  Quadro 14.   População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 21  Quadro 15.   População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 21  Quadro 16.   Taxas de escolarização 22  Quadro 17.   Escolas, alunos e professores, 2011 23  Quadro 18.   População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 24  Quadro 19.   Unidades de saúde, camas e pessoal, 2011 25  Quadro 20.   Indicadores de cuidados de saúde 26  Quadro 21.   Quadro epidémico, 2003 26  Quadro 22.   População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 27  Quadro 23.   População deficiente, 2007 27  Quadro 24.   População portadora de deficiência, segundo a causa 28  Quadro 25.   Programas de acção social, 2009-2011 28  Quadro 26.   Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 29  Quadro 27.   Execução orçamental (em ‘000 MT) 32  Quadro 28.   População segundo a condição de actividade 34  

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Quadro 29.   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 35  Quadro 30.   População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 36  Quadro 31.   Rede de estradas e estado de conservação, 2011 38  Quadro 32.   Fontes de água e sua operacionalidade, 2011 39  Quadro 33.   Uso e Cobertura da Terra 40  Quadro 34.   Produção agrícola, por principais culturas: 2009-2011 44  Quadro 35.   Efectivo Pecuário 45  

Lista de Figuras

Figura 1.   População com 5 anos ou mais, por língua materna ........................................ 11  Figura 2.   Tipo de habitações ................................................................................................. 12  Figura 3.   Habitações segundo o material de construção .................................................. 14  Figura 4.   Habitações e condições básicas existentes ......................................................... 15  Figura 5.   População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado ......................... 22  Figura 6.   População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ........................... 24  Figura 7.   Indicadores de escolarização por sexos .............................................................. 29  Figura 8.   População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................. 30  Figura 9.   População segundo a posição no trabalho e sexo ............................................. 31  Figura 10.   População com 15 anos ou mais, segundo a actividade ................................. 35  Figura 11.   População activa, segundo a ocupação principal ............................................ 36  Figura 12.   População activa, segundo o ramo de actividade ............................................ 37  Figura 13.   Explorações segundo a sua utilização ............................................................... 42  Figura 14.   Explorações por classes de área cultivada ........................................................ 42  Figura 15.   Zona de influência da exploração de gás .......................................................... 47  

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SSSiiiggglllaaasss eee AAAbbbrrreeevvviiiaaatttuuurrraaasss

APEs Agentes Polivalentes Elementares

BCI Banco Comercial e de Investimentos

BIM Banco Internacional de Moçambique

CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique

CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção

CFM Caminhos de Ferro de Moçambique

CGRN Comité de gestão de recursos naturais

CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária

CL’s Conselhos Locais

CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA

COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis

DNAL Direcção Nacional da Administração Local

DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento

DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação

DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças

DPS Direcção Provincial de Saúde

DTS Doença de Transmissão Sexual

EDM Electricidade de Moçambique

EN Estrada Nacional

EN1 Estrada Nacional nº 1

EP1 Ensino Primário do 1º Grau

EP2 Ensino Primário do 2º Grau

EPC Escola Primária Completa

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ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo

ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo

ET Ensino Técnico

FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital

GD Governo Distrital

IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar

IFP Instituto de Formação de Professores

INE Instituto Nacional de Estatística

IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária

ITS’s Infecções de Transmissão Sexual

LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado

MAE Ministério da Administração Estatal

Mcel Moçambique Celular

MF Ministério das Finanças

MINAG Ministério da Agricultura

MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento

ONGs Organizações Não Governamentais

ORAM Organização de Ajuda Mútua

PA Posto Administrativo

PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta

PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas

PQG Programa Quinquenal do Governo

PRM Polícia da República de Moçambique

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PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água

SD Secretaria Distrital

SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas

SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública

STV Soico Televisão

TDM Telecomunicações de Moçambique

VODACOM Operadora de telefonia móvel

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111 BBBrrreeevvveee CCCaaarrraaacccttteeerrriiizzzaaaçççãããooo dddooo DDDiiissstttrrriiitttooo

111...111 LLLooocccaaallliiizzzaaaçççãããooo,,, SSSuuupppeeerrrfffíííccciiieee eee PPPooopppuuulllaaaçççãããooo

distrito de Massinga está situado na zona central da província de Inhambane, tendo como

limites, a Sul os distritos de Funhalouro e Morrumbene, a oeste o distrito de Funhalouro, a

Norte e Nordeste o distrito de Vilankulo, e a Este o oceano Índico.

A superfície do distrito1 é de 7.426 km2 e a sua população está estimada em 199 mil

habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 26,8

hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 211 mil habitantes.

A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é,

por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população

jovem (46%), abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 79% (por cada 100

pessoas do sexo feminino existem 79 do masculino) e uma taxa de urbanização de 11%,

concentrada na Vila de Massinga e zonas periféricas de matriz semiurbana.

111...222 CCCllliiimmmaaa eee SSSooolllooosss

O clima do distrito é dominado por zonas do tipo tropical seco, no interior, e húmido, à

medida que se caminha para a costa, com duas estações: a quente ou chuvosa que vai de

Outubro a Março e a fresca ou seca de Abril a Setembro.

A zona litoral, com solos acidentados e permeáveis, é favorável para a agricultura e pecuária,

apresentando temperaturas médias entre os 18° e os 30° C. A precipitação média anual na

época das chuvas (Outubro a Março) é de 1200mm, com maior incidência nos meses de

Fevereiro e Março, em que chegam a ocorrer inundações.

A zona interior do distrito apresenta solos franco-arenosos e areno-argilosos e uma

precipitação média anual de 650 a 750mm, com temperaturas elevadas, que provocam

deficiências de água.

O distrito do Massinga é banhado pelo Oceano Índico a Leste, não sendo atravessado por

nenhum rio de caudal permanente.

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111...333 IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss

O distrito de Massinga é atravessado em toda a sua extensão pela EN1, que o liga, a Norte,

com o distrito de Vilankulo, e a sul, com o de Morrumbene, sendo servido por transporte

rodoviário.

As vias de acesso do Distrito com uma extensão de cerca de 600 km são distribuídas em:

i) Terra-planadas cerca de 250 Km (Crz EN1 - Murrungulo, Crz EN1 - Pomene, Massinga -

Sitila, Nhachengue - Chicomo e Chicomo - Fornos);

ii) Asfaltada a EN1 com cerca de 97 Km (limite de Murrombene - limite com Vilankulo); e

iii) Estradas não classificadas que ligam as comunidades mais produtivas rurais.

O abastec imento de água potável a muitas comunidades é deficiente. Existem povoados

que distam 21Km da fonte de água mais próxima, havendo outros cujas populações têm que

percorrer até meio-dia para a alcançar.

No Distrito existe uma rede de telefonia fixa com capacidade para 310 linhas, e três redes de

telefonia móvel (Mcel, Movitel e Vodacom) e conta ainda com uma Rádio Comunitária

sediada na Vila Sede.

O Distrito conta com a Rede Nacional de Electrificação desde 2008 que abastece a vila sede

de Massinga e as zonas de Morrungulo, Pomene, Conze, Matingane 1,2 e 3, Unguane, Rio

das Pedras e Chiunze.

Está em curso a Electrificação com sistemas fotovoltaicos em coordenação com a FUNAE

nas Localidades de Lionzuane, Guma ( Rio das pedras), Malamba (Mucácua) e Chicomo.

O distrito de Massinga possui 113 escolas (das quais, 65 do ensino primário nível 1) e está

servido por 10 unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos

serviços do Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se

conclui dos seguintes índices de cobertura média:

Uma unidade sanitária por cada 20 mil pessoas;

Um médico por cada 25 mil pessoas;

Uma cama por 1.400 habitantes; e

Um profissional técnico para cada 1.400 residentes no distrito.

1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

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Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e

manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água

a necessitar de manutenção e a rede de estradas e pontes quase na época das chuvas tem

problemas de transitabilidade.

111...444 EEEcccooonnnooommmiiiaaa eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss Massinga é um distrito com uma densidade populacional relativamente elevada, sendo de

referir a ocorrência de alguns conflitos pela posse de terras e áreas para construção.

De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações

familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais,

nomeadamente mapira e milho, embora os camponeses ainda produzam amendoim e feijão

nhemba sem grande sucesso, assim como no caso da cultura do milho.

A irregularidade da precipitação, a grande vulnerabilidade às calamidades naturais

condiciona o potencial de produção agrícola às áreas irrigadas existentes, de pequena

dimensão, já que a região é considerada marginalmente apta para o desenvolvimento de

agricultura irrigada. O distrito possui cerca de 150 hectares de regadios não operacionais por

avarias de equipamentos e destituições causadas pelas cheias.

O fomento pecuário tem sido fraco. Porém, a tradição na criação de gado conduziu ao

crescimento do efectivo bovino.

Dada a existência de boas áreas de pastagem e de fontes de água próximas, existem boas

condições para o desenvolvimento da pecuária no distrito, sendo as doenças e a falta de

fundos e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao seu desenvolvimento.

O distrito debate-se com problemas de erosão e de desflorestamento. A lenha e o carvão

são os principais combustíveis domésticos, sendo a madeira é muito utilizada na construção

das casas.

Coqueiros, cajueiros, citrinos, papaieiras e bananeiras são as árvores de fruto mais plantadas

no distrito. A fauna bravia fornece um suplemento importante para a alimentação das

famílias locais. Sendo um distrito costeiro, o peixe está, naturalmente, incluído nos hábitos

alimentares das famílias.

O distrito de Massinga inclui algumas zonas da área de direitos de exploração do gás, ainda

que não esteja abrangido pela actual zona de processamento e produção.

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Todavia, este empreendimento constitui, para toda a região, uma plataforma de

desenvolvimento importantíssima que, se devidamente integrada, poderá conduzir ao rápido

desenvolvimento económico e social de toda a província de Inhambane.

Massinga dispõe de zonas com potencial para a exploração mineira marcadamente artesanal

em todas as localidades. A Pedra ocorre nas povoações de Mubaujo, Nhachengue,

Muluguiane e Tsinone; o Barro ocorre nas povoações de Maguezane, Marrucua, Basso,

Ngade, Betela, Marilane; enquanto que o Calcário nas povoações de Ngongane, Nhabacal,

Mavangone.

O distrito está bem integrado nas redes de mercados da região sul do país. O escoamento de

muitos produtos faz-se por intermédio de comerciantes de Maputo e de outras partes da

província.

O distrito de Massinga não possui nenhum sistema formal de crédito implantado. As

possibilidades de acesso ao crédito derivam de prática no sector informal, nomeadamente

dos comerciantes locais.

111...555 HHHiiissstttóóórrriiiaaa eee CCCuuullltttuuurrraaa

A população fala basicamente a língua Xitswa, meio de comunicação entre as populações

das diferentes comunidades. Na vila sede podem ser encontrados pequenos núcleos falantes

de outras línguas nacionais, fruto das migrações.

As casas são basicamente feitas de pau, variando de zona para zona, mas, geralmente, a casa

redonda constitui a maior preferência e, numa casa poderão existir várias rondáveis

conforme o número de filhos que o casal tiver.

Geralmente as famílias possuem o seu cemitério na qual compartilham com diferentes

linhagens que convivem na comunidade. Entretanto, há casos de cemitérios exclusivos de

uma clã. A expansão do cristianismo, influenciou a organização social, havendo, por isso,

alguns cemitérios comunitários de iniciativa das igrejas. Em matéria de separação de

cemitérios por afinidades religiosas, destaque vai para a comunidade muçulmana que,

geralmente, tem o seu cemitério.

História do Distrito

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Pelo então Governador do distrito de Inhambane e através do ofício n° 28 datado de 2 de

Março, foi dado a conhecer que havia sido estabelecido o comando de Vilanculos e Muabsa.

Entretanto, nas terras que compreendiam o então conselho, já existia em 1894 o Comando

Militar de Massinga e estava feita a divisão militar do território, mas em Massinga não

funcionava como unidade autónoma, visto que só por Diploma de 30 de Junho desse ano

aparece pela primeira vez o Comando Militar de Massinga.

Em 1897, por Decreto n° 38 da então província de Moçambique, de 22 de Fevereiro, é

dotado o Comando Militar de Massinga, com um comandante de vencimento de soldo da

patente de 240 mil réis de gratificação, um adjunto com 100 réis diários e um intérprete com

120 réis por ano. Este comando subordinava-se ao então distrito de Gaza, atendendo que o

então distrito de Inhambane também se subordinava àquele extinto distrito por força do

disposto no Decreto 78-b, de 7 de Dezembro de 1895.

Em 1907, e por Decreto com força de Lei de 23 de Maio, é extinto o então distrito de Gaza,

passando algumas terras a pertencer ao de Inhambane. Desta data em diante ficou Massinga

a estar subordinada a este distrito, tanto civil como militar.

Por Decreto de 27 de Junho, foi extinto o comando militar de Massinga e criada a

circunscrição civil com sede na localidade do mesmo nome ficando com a área do comando

militar, tendo mais tarde sido desdobrada em dois postos administrativos, o da sede e o de

Nhambuica.

Através da Portaria n° 25 de 10 de Fevereiro de 1916, classifica-se em 1ª classe e reserva-se

uma área de 3 km de raio, destinado ao projecto de povoação de Massinga e seus subúrbios,

indicando como centro da reserva o ponto da implantação no terreno do mastro da

bandeira da sede da então circunscrição.

Em 1923, com o posto administrativo de Nhambuica e com a extinção da circunscrição de

Mocodoene, por Portaria n° 511, de 29 de Junho, passou a região dos Urongas a pertencer a

esta circunscrição, ficando a sua área completamente definida.

Por Portaria n° 1335, de 13 de Junho de 1931, é extinto o posto administrativo de

Nhambuica, continuando no entanto, a sua área a pertencer a circunscrição de Massinga,

que assim passou a ter um só posto administrativo, o da sede.

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Massinga

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Em 1934, através da Portaria n° 2189, de 14 de Fevereiro, foi extinta a circunscrição civil de

Massinga, a fim de reduzir com as despesas de administração civil, passando ao posto

administrativo da vizinha circunscrição de Morrumbene.

Por força da portaria n° 2415, de 30 de Janeiro de 1935, é classificada de 3ª ordem, a

povoação de Massinga, a qual aprovada a respectiva planta, devidamente catalogada e

autenticada os limites dos seus subúrbios.

Após a independência nacional em 1975, as circunscrições passaram a estatuto de distrito e

o distrito de Massinga se estendeu territorialmente até Funhalouro (posto administrativo).

Em 1986 e com vista a tornar mais operacionais as estruturas administrativas, foram criados

alguns distritos como é o caso de Funhalouro, ficando assim Massinga reduzido

territorialmente.

111...666 SSSoooccciiieeedddaaadddeee CCCiiivvviiilll

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital

e dois Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos pelo respectivo Chefe

do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes envolvem os membros

dos 5 Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do

PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,

bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e

projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são

submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias, de

acordo com as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo

em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido

envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho culminou com a legitimação pelas

respectivas comunidades dos Líderes Comunitários e com o seu reconhecimento pela

autoridade competente.

A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído

para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos

de terras existentes no distrito.

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Em relação à religião existem várias crenças no distrito e representes das respectivas

hierarquias e que se têm envolvido, em coordenação com as autoridades distritais em várias

actividades de índole social. A religião dominante é a Sião/Zione, praticada pela maioria da

população do distrito.

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222 DDDeeemmmooogggrrraaafffiiiaaa222 A superfície do distrito3 é de 7.426 km2 e a sua população está estimada em 199 mil

habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 26,8

hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 211 mil habitantes.

222...111 EEEssstttrrruuutttuuurrraaa eeetttááárrriiiaaa eee pppooorrr ssseeexxxooo A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é,

por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população

jovem (46%), abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 79% (por cada 100

pessoas do sexo feminino existem 79 do masculino) e uma taxa de urbanização de 11%,

concentrada na Vila de Massinga e zonas periféricas de matriz semiurbana.

Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012

TOTAL Grupos etários

0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais Distrito de Massinga 199,156 33,525 57,911 76,240 21,803 9,676 Homens 87,941 16,954 28,819 29,937 8,003 4,227 Mulheres 111,215 16,571 29,092 46,303 13,800 5,449 P.A. de Massinga Sede 160,239 26,852 46,461 62,404 16,993 7,530 Homens 70,972 13,555 23,039 24,832 6,295 3,252 Mulheres 89,283 13,297 23,424 37,588 10,696 4,279 P.A. do Chicomo 38,916 6,673 11,449 13,837 4,811 2,147 Homens 16,969 3,400 5,780 5,106 1,708 975 Mulheres 21,932 3,274 5,668 8,715 3,105 1,170

Fonte : INE, Dados do Censo de 2007. Das pessoas residentes no distrito, 87% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos

de migração internos baixos. No caso das mulheres este fluxo é maior entre distritos da

mesma província e menor quando considerado em relação a outras províncias do país.

Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento

    Local  de  Nascimento  

   No  próprio  distrito  

Noutro  distrito  da  mesma  província  

Noutra  Província  

Total   86.9%   9.4%   3.7%    -­‐  Homens   89.0%   7.1%   3.8%    -­‐  Mulheres   85.2%   11.1%   3.6%  

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

2 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 3 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com

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222...222 TTTrrraaaçççooo sssoooccciiiooolllóóógggiiicccooo

Das 47 mil famílias4 do distrito, a maioria é do tipo sociológico alargado (44%), isto é, com

um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 4.3 membros.

Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão % de agregados, por dimensão

1 - 2 3 - 5 6 e mais

14.3% 44.2% 41.5% Fonte : INE, Dados do Censo de 2007 e Pro je c ções g lobais da população .

Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR

Unipessoal Monoparental (1) Nuclear

Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos

14.3% 1.2% 14.2% 19.8% 6.7% 43.9%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 1) Família com um dos pais. 2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.

Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela

religião Sião ou Zione.

Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil Com 12 anos ou mais, por Estado civil

Total Solteiro Casado ou

união Separado/ Divorciado Viúvo

100.0% 32.5% 52.7% 5.0% 9.9%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. Tendo o Xitshwa como língua materna dominante, constata-se que 59% da população do

distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este

domínio predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no

mercado de trabalho.

Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo

TOTAL

GRUPO ETÁRIO

5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais

TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%

Xichangana 0.7% 0.5% 0.6% 0.9% 1.0% 0.7%

Bitonga 0.8% 0.2% 0.3% 0.9% 1.0% 1.1%

Português 2.2% 2.6% 2.9% 3.8% 3.1% 1.3%

Xitshwa 94.8% 95.3% 95.2% 93.0% 92.5% 95.4%

Outras 1.5% 1.5% 1.0% 1.5% 2.4% 1.6%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007.

4 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.

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Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português

Sabe falar Português Não sabe falar Português

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 59.4% 69.4% 51.9% 40.6% 30.6% 48.1%

5 - 9 anos 47.5% 46.8% 48.1% 52.5% 53.2% 51.9%

10 - 14 anos 86.2% 85.7% 86.7% 13.8% 14.3% 13.3%

15 - 44 anos 95.2% 96.4% 94.3% 4.8% 3.6% 5.7%

45 anos ou mais 68.1% 86.7% 43.1% 31.9% 13.3% 56.9%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca .

222...333 AAAnnnaaalllfffaaabbbeeetttiiisssmmmooo eee EEEssscccooolllaaarrriiizzzaaaçççãããooo

Com 56% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa

de escolarização normal, constatando-se que 64% dos seus habitantes frequentam ou já

frequentaram a escola, ainda que maioritariamente somente até ao nível primário.

Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 Taxa de analfabetismo

TOTAL Homens Mulheres

Total 44.3% 26.6% 55.4% 15 - 19 anos 15.0% 11.3% 18.1% 20 - 24 anos 31.1% 21.0% 36.7% 25 - 29 anos 37.6% 24.8% 44.8% 30 - 44 anos 45.4% 26.0% 56.2% 45 anos ou mais 68.1% 39.5% 87.1%

P.A. de Massinga Sede 42.6% 25.5% 53.6% P.A. do Chicomo 51.1% 31.6% 62.7%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

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333 HHHaaabbbiiitttaaaçççãããooo eee CCCooonnndddiiiçççõõõeeesss dddeee VVViiidddaaa555 As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e

o acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do

nível de vida dos agregados familiares. As características do parque habitacional duma

sociedade constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento

socioeconómico.

Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade

Total  de  Habitações   100.0%    -­‐  Próprias   97.6%    -­‐  Alugadas   0.5%    -­‐  Cedidas  ou  emprestadas   1.1%    -­‐  Outro  regime   0.7%  

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A maioria (98%) das cerca de 47 mil habitações· existentes no distrito é de propriedade própria. O tipo

de habitação dominante é a palhota (47%). A casa mista que é um tipo de habitação que

combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal, representa 41% do

parque habitacional do distrito.

Quadro 10. Tipo de habitações

Casa convencional6 ou apartamento7 1.0% Casa mista8 40.8% Casa básica9 10.8% Palhota10, casa improvisada11 e outras 47.4%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Figura 2. Tipo de habitações

5 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 6 Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e

construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Pode ser de rés-do-chão,

mais de 1 ou 2 pisos. 7 Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade

habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 8 Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão),

materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc) e adobe. 9 Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com

materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/laje de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de

quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 10 Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,

caniço, adobe, paus maticados, etc). 11 Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de

árvores, etc.

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Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do

distrito, verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:

• A maioria das casas tem paredes de caniço/paus (78%);

• A maioria das casas tem cobertura de chapas ou telhas (50%), ou capim e palha (50%); e

• A maior parte das casas tem pavimento de adobe (54%), seguido de cimento (38%).

Quadro 11. Habitações segundo o material de construção

Em  %       Total   Urbano   Rural  Paredes   100.0%   100.0%   100.0%    -­‐  Blocos  de  cimento  ou  tijolo   11.2%   13.5%   10.9%    -­‐  Caniço  /  Paus   77.8%   77.2%   77.8%    -­‐  Madeira  /  Zinco   10.0%   8.7%   10.1%    -­‐  Outro  material   1.1%   0.6%   1.1%  Cobertura   100.0%   100.0%   100.0%    -­‐  Chapas  ou  telhas   49.6%   65.4%   47.7%    -­‐  Laje  de  betão   0.7%   1.8%   0.6%    -­‐  Capim  ou  outro  material   49.7%   32.8%   51.7%  Pavimento   100.0%   100.0%   100.0%    -­‐  Cimento,  parquet  ou  mosaico   38.1%   61.3%   35.3%    -­‐  Adobe   53.8%   33.4%   56.3%    -­‐  Sem  nada   8.1%   5.3%   8.5%  

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

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Figura 3. Habitações segundo o material de construção

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações por acesso

aos serviços básicos. Ainda que maior nas áreas urbanas do distrito, o acesso a serviços

básicos é também limitado nestas áreas. Em geral a situação de acesso pode ser assim

caracterizada:

• A maioria das famílias (76%) usa o petróleo como fonte de energia;

• Cerca de 30% das famílias tem acesso a fontes de água potável12; os pequenos

sistemas de abastecimento canalizado nas vilas do distrito cobrem 12% das casas; e

• Somente 16% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados13.

12 Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 13 Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.

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Figura 4. Habitações e condições básicas existentes

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia

HABITAÇÕES  E  CONDIÇÕES  BÁSICAS  EXISTENTES TOTAL Casa convencional

Casa mista

Casa básica Palhota

ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Electricidade 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Gerador/placa solar 1.5 25.0 2.1 3.2 0.2 Gás 0.8 6.5 1.0 2.4 0.0 Petróleo/parafina/querosene 0.0 0.2 0.0 0.1 0.0 Velas 76.1 60.9 84.2 81.4 68.1 Baterias 8.6 3.6 5.5 4.2 12.4 Lenha 2.3 2.3 3.2 5.9 0.6 Outras 9.6 1.5 3.4 2.5 17.0 ÁGUA 1.0 0.0 0.5 0.5 1.6 Água canalizada 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 - dentro da casa 1.8 27.5 2.5 2.2 0.5 - fora de casa 0.3 16.4 0.3 0.0 0.0 Não-canalizada 1.5 11.1 2.2 2.2 0.5 - fontenário 98.2 72.5 97.5 97.8 99.5 - poço/furo protegido c/ bomba 4.2 3.8 5.6 4.0 2.9 - poço sem bomba 23.8 16.4 21.8 14.6 27.9 - rio/lago/lagoa 51.0 31.9 54.2 45.7 50.0 - chuva 4.0 1.7 3.4 2.4 5.0 - mineral 14.8 18.5 12.3 30.6 13.1 - outros 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 SANEAMENTO 0.3 0.2 0.2 0.5 0.4 Retrete ligada a fossa séptica 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Latrina melhorada 0.3 19.5 0.1 0.7 0.0 Latrina tradicional melhorada 3.3 23.1 4.6 8.5 0.5 Latrina não melhorada 12.6 19.7 15.7 22.2 7.5 Não tem retrete/latrina 66.0 35.1 69.7 62.8 64.2

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.

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No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias

residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.

Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis Casa

própria Rádio Televisor Telefone

fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta Nenhum

bem

97.6%   44.2%   9.8%   0.7%   0.2%   3.7%   1.0%   33.2%   44.3%   Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Constata-se que, exceptuando a casa própria, 44 por cento das famílias não possuem

nenhum dos bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.

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444 OOOrrrgggaaannniiizzzaaaçççãããooo AAAdddmmmiiinnniiissstttrrraaatttiiivvvaaa eee GGGooovvveeerrrnnnaaaçççãããooo O distrito tem dois Postos Administrativos: Massinga-Sede e Chicomo que, por sua vez,

estão subdivididos em 5 Localidades, para além da Vila de Massinga, onde o distrito tem a

sua sede.

Posto Administrativo Localidades Massinga Sede Rovene

Lihonzuane Guma

Chicomo Chicomo Malamba

444...111 GGGooovvveeerrrnnnooo DDDiiissstttrrriiitttaaalll

O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003

de 19 de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:

• Actividades Económicas;

• Saúde, Mulher e Acção Social;

• Educação, Juventude e Tecnologia; e

• Planeamento e Infraestruturas.

De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº

6/2006 de 12 de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é a que é apresentada em

seguida.

Estrutura Tipo do Governo Distrital

Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril

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Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:

• Tribunal Judicial;

• Registo e Notariado;

• Comando Distrital da PRM;

• Procuradoria Distrital da República;

• SISE.

O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital

e dois Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos pelo respectivo Chefe

do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes envolvem os membros

dos 5 Conselhos Consultivos de Localidade.

Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do

PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,

bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local e

projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são

submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.

No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital,

foram institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e

Distrito), descentralizados os investimentos no distrito, tramitados os expedientes para a

nomeação de directores dos serviços distritais bem como dos chefes de Localidade, e foi

feito ainda o lançamento da 2ª fase da reforma do sector público.

A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e

Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e

subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador

Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de

Quarteirões e Chefes de Blocos.

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444...222 SSSííínnnttteeessseee dddaaasss aaatttrrriiibbbuuuiiiçççõõõeeesss eee dddaaa aaaccctttiiivvviiidddaaadddeee dddooosss óóórrrgggãããooosss dddiiissstttrrriiitttaaaiiisss

Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-

se as principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o

desenvolvimento social e económico do distrito.

4.2.1 Secretaria Distrital

A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo

Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar

assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos

humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo

das actividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de

actividades do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa

necessária ao funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações.

Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital

SecretariaGeral

Repartição  de  Planificaçãoe  Desenvolvimento  Local

Secretário  PermanenteDistrital

Repartição  deFinanças

Repartição  de  Administração  Locale  Função  Pública

Fonte: MAE/DNAL.

4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

a promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção

alimentar e de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária

de tanques carracicidas; (d) a emissão de licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem

como o combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a

divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da

pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de

licenciamento de actividades económicas, licenciar actividades comerciais e emitir licenças

turísticas; (i) efectuar o recenseamento das actividades de artesanato; e (j) promover

mecanismos de financiamento das actividades produtivas.

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4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores,

alfabetização, educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura,

diversidade cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de

instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis,

bem como promover iniciativas geradoras de emprego, autoemprego e outras fontes de

rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.

4.2.3.1 Educação

A maioria da população (56%) do distrito é alfabetizada e 64% das pessoas com 5 ou mais

anos de idade, predominantemente homens, frequentam ou já frequentaram o nível

primário do ensino. A análise por sexos revela um padrão melhor entre os homens do que

nas mulheres.

Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar

P O P U L A Ç Ã O Q U E:

FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Total 32.2% 38.2% 27.7% 31.6% 36.1% 28.2% 36.2% 25.7% 44.1%

P.A. de Massinga Sede 32.5% 38.4% 28.2% 32.5% 36.8% 29.3% 34.9% 24.8% 42.5%

P.A. do Chicomo 30.6% 37.3% 25.9% 27.6% 33.2% 23.7% 41.7% 29.6% 50.5%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 1997. A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola,

revela uma concentração significativa no nível primário de ensino.

Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino

NÍVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA

Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior TOTAL 100.0% 1.5% 73.2% 15.4% 8.0% 1.4% 0.3% 0.1% 5 - 9 anos 100.0% 0.9% 99.1% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 10 - 14 anos 100.0% 0.7% 79.7% 17.9% 1.6% 0.0% 0.0% 0.0% 15 - 19 anos 100.0% 0.9% 26.0% 39.4% 30.4% 2.6% 0.7% 0.0% 20 - 24 anos 100.0% 2.9% 12.7% 16.1% 44.4% 18.9% 3.6% 1.5% 25 e + anos 100.0% 22.4% 34.9% 13.3% 15.6% 9.0% 2.7% 2.1% HOMENS 100.0% 0.7% 73.2% 15.5% 8.2% 1.8% 0.4% 0.2% MULHERES 100.0% 2.3% 73.2% 15.3% 7.9% 1.0% 0.3% 0.1%

EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

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Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado

Fonte de dados : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A

primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino

(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade

oficial para o referido nível14. Para calcular a segunda taxa , divide-se o total de alunos cuja

idade coincide com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário

correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns para estimar o

desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.

Quadro 16. Taxas de escolarização

Taxas  de  escolarização  

Taxa  Bruta  de  Escolarização  Taxa  Líquida  de  Escolarização  

TOTAL   H   M   TOTAL   H   M  EP1   125.4   127.1   123.7   73.0   72.6   73.4  EP2   76.1   76.0   76.3   11.2   9.7   12.7  ESG1   32.9   33.3   32.5   5.9   5.3   6.4  ESG2   10.7   14.8   7.0   1.0   1.3   0.7  

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007 .

Como se pode observar, a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do 1º Grau é de

125%, o que indica um elevado nível de cobertura escolar neste nível. Atendendo a que a

idade ideal para frequentar o EP1 é de 6 a 10 anos (para terminar este nível sem nenhuma

reprovação), este indicador acima dos 100% reflecte a entrada tardia na escola, a reprovação

14 EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.

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e desistência escolar, levando a que exista um elevado número de alunos no EP1, com

idades superiores a 10 anos.

Efectivamente, a taxa líquida de escolarização no EP1 confirma aquele facto ao indicar que

73% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua idade,

neste caso o EP1, e que somente 11% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível de

ensino correspondente a idade, o EP2.

Em geral, os rapazes apresentam melhores indicadores brutos. Nos indicadores líquidos, as

raparigas apresentam taxas mais elevadas, denotando um aumento de mulheres matriculadas

nos níveis de ensino correspondente as suas idades.

A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o facto de a rede

escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir a um ritmo

significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de aproveitamento e

altas taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido ao facto de haver

muitos casamentos prematuros e emigração de jovens.

Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2011

Níveis de Ensino Número de Escolas

Número de Alunos Número de Professores

M HM M HM

Total do Distrito - Massinga 113 33917 67884 574 1280

EP1 65 23144 47076 455 830

EP2 44 6016 11784 78 234

ESG1 2 3804 6955 25 129

ESG2 1 850 1691 7 56

ET 1 103 378 9 31 Fonte: SDEJT

EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG II – 11º e 12º anos.

O distrito em 2011 possuía 149 centros de alfabetização frequentados por 5.175

alfabetizandos, dos quais 3.500 eram mulheres.

Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos

ou mais de idade, só 29% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.

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Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído

NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO

Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior

TOTAL 28.6% 0.3% 23.9% 4.2% 0.1% 0.1% 0.0% 71.4%

10 - 14 anos 19.3% 0.0% 18.9% 0.3% 0.0% 0.0% 0.0% 80.7%

15 - 19 anos 57.4% 0.0% 51.4% 6.0% 0.0% 0.0% 0.0% 42.6%

20 - 24 anos 43.3% 0.2% 33.5% 9.3% 0.2% 0.1% 0.0% 56.7% 25 - 29 anos 35.5% 0.3% 27.4% 7.2% 0.3% 0.3% 0.0% 64.5% 30 e + anos 18.6% 0.4% 14.6% 3.2% 0.2% 0.1% 0.0% 81.4%

HOMENS 35.1% 0.4% 28.7% 5.6% 0.3% 0.1% 0.0% 64.9%

MULHERES 24.1% 0.2% 20.6% 3.2% 0.1% 0.1% 0.0% 75.9%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007. Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino

concluído

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

4.2.3.2 Cultura

Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos

típicos de toda a região.

No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos activistas e associações

juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus concidadãos.

O SDEJT tem promovido várias actividades, nomeadamente a participação no Festival

Nacional de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos culturais, bem

como o apoio ao desenvolvimento das artes plásticas, em particular a escultura.

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4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)

promover acções de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do

idoso; (c) desenvolver acções de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e

(d) promover a igualdade e equidade do género.

4.2.4.1 Saúde

A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é insuficiente,

evidenciando os seguintes índices de cobertura média:

Uma unidade sanitária por cada 20 mil pessoas;

Um médico por cada 25 mil pessoas;

Uma cama por 1.400 habitantes; e

Um profissional técnico para cada 1.400 residentes no distrito.

Quadro 19. Unidades de saúde, camas e pessoal, 2011

Unidades, Camas e Pessoal existente

Tipo de Unidades Sanitárias Pessoal existente por Sexo

Total Hospital Distrital

Hospital Rural

Centro de Saúde HM H M

Número de Unidades 10 1 0 9 Número de Camas 140 93 0 47 Pessoal Total 205 176 0 29 205 85 120 Licenciados 8 8 0 0 8 5 3 Nível Médio 42 39 0 3 42 20 22 Nível Básico e elementar

97 81 0 16 97 40 57 Pessoal de apoio 58 48 0 10 58 20 38

Fonte: SDSMAS.

A Direcção Distrital de saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”

e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a

posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços

do Sistema Nacional de Saúde.

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Quadro 20. Indicadores de cuidados de saúde Indicadores 2009 2010 2011 Taxa de ocupação de camas 4,10% 4,60% 11,60% Partos 3822 4440 4297 Vacinação 48442 73457 71622 Saúde Materno-Infantil 18576 39825 43672 Consultas Externas 228337 238929 240864 Taxa de baixo peso à nascença 3,50% 7,30% 8,40% Taxa de mau crescimento 0,60% 0,60% 0,80% Fonte: SDSMAS.

De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários

níveis que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:

• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias,

bem como em brigadas móveis e nos locais de interesse público

• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos

trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios

• Saúde reprodutiva

• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar

• Suplementação de Vitamina ‘A’

• Programa alargado de vacinação

• Saúde Mental.

O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no

seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.

Quadro 21. Quadro epidémico, 2003 Doenças 2009 2010 2011 Diarreia 3624 6252 3221 Cólera 0 0 0 Malária 34120 46621 29888 DTS 1632 143 143 Tuberculose 310 222 215 HIV/SIDA 3026 1069 1031 Disenteria 577 566 548 Sarampo 3 25 14 Fonte: SDSMAS.

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4.2.4.2 Acção Social

A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza

absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e

portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.

Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,

associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de

direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,

quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida

escolar.

No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 11 mil órfãos (na sua

maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 7 mil pessoas portadoras

de deficiência (92% com debilidade física e 8% com doenças mentais).

Quadro 22. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007

    População   Órfão  de:       0-­‐14  anos   Total   Mãe   Pai   Pai  e  Mãe  Total   100.0% 13.2% 3.3% 8.7% 1.1%  -­‐  Homens   100.0% 12.8% 3.2% 8.6% 1.0%  -­‐  Mulheres   100.0% 13.5% 3.5% 8.9% 1.2% Grupos  etários:      -­‐  0  a  4  anos   100.0% 5.4% 1.2% 4.0% 0.3%    -­‐  5  a  9  anos   100.0% 12.8% 3.2% 8.7% 0.9%    -­‐  10  a  14  anos   100.0% 23.6% 6.3% 14.9% 2.4%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Quadro 23. População deficiente, 2007

Grupos de Idade População Sem Com deficiência

Total Deficiência Total Física Mental Total 100.0% 96.3% 3.7% 3.4% 0.3% 0 - 14 100.0% 98.6% 1.4% 1.2% 0.2% 15 - 44 100.0% 96.5% 3.5% 3.1% 0.4% 45 e mais 100.0% 89.5% 10.5% 10.2% 0.3%

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 7 mil pessoas portadoras de

deficiência, segundo a causa.

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Quadro 24. População portadora de deficiência, segundo a causa

TOTAL Física Mental

Total 16.2% 15.0% 31.1%

À nascença 50.9% 50.8% 51.8%

Doença 3.9% 4.1% 0.4%

Minas/Guerra 1.9% 2.1% 0.2%

Serviço Militar 6.4% 6.9% 0.0%

Acidente de Trabalho 4.5% 4.8% 0.8%

Acidente de Viação 16.2% 16.3% 15.7%

Outras 16.2% 15.0% 31.1% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Quadro 25. Programas de acção social, 2009-2011 Tipo de Programa - 2009 Total Homens Mulheres Crianças perdidas identificadas e reunificadas 13 7 6 Apoio a órfãos em situação difícil 753 342 411 Educação Pré-escolar 65 24 41 Atendimento a idosos 585 199 386 Atendimento a deficientes 21 14 7 Tipo de Programa - 2010 Crianças perdidas identificadas e reunificadas 11 3 8 Apoio a órfãos em situação difícil 1129 780 349 Educação Pré-escolar 75 34 41 Atendimento a idosos 1083 397 686 Atendimento a deficientes 16 8 8 Tipo de Programa - 2011 Crianças perdidas identificadas e reunificadas 14 7 7 Apoio a órfãos em situação difícil 780 431 349 Educação Pré-escolar 60 30 30 Atendimento a idosos 1740 594 1146 Atendimento a deficientes 81 40 41 Sub-­‐total   6426   2910   3516  

Fonte: SDSMAS.

4.2.4.3 Género

O distrito tem uma população estimada de 199 mil habitantes - 111 mil do sexo feminino -

sendo 15% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.

Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações

não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de

oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e

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económica, e a integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de

rendimentos e vida escolar.

Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da

acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a

melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e

do sector privado.

Tendo por língua materna dominante o Xitshwa, 52% das mulheres do distrito com 5 ou

mais anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais

acentuado nos homens (69%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de

trabalho. A taxa de analfabetismo na população feminina é 55%, sendo 27% nos homens.

Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 44% nunca frequentaram a escola (no caso

dos homens só 26% nunca estudaram) e 21% concluíram o ensino primário (no caso dos

homens, 29% terminaram o primário).

Figura 7. Indicadores de escolarização por sexos

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio

acentuado entre sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.

Quadro 26. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)

    Número de pessoas que usou: % de pessoas

    Computador Internet c/ Telemóvel

Total   0.4%   0.1%   17.6%    -­‐  Homens   0.7%   0.2%   23.3%    -­‐  Mulheres   0.3%   0.1%   13.6%  

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

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No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 111 mil mulheres, 66 mil estão

em idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 48 mil são economicamente activas15. A

população não economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (27%) é

constituída principalmente por senhoras domésticas (13%) e estudantes a tempo inteiro

(8%). O nível da participação no trabalho no caso das mulheres (73%) é superior ao dos

homens (69%).

Figura 8. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a

posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:

Cerca de 92% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;

5% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e

As restantes 3% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo

empregadas do sector comercial formal e informal.

15 Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que

tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram

activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.

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Figura 9. População16 segundo a posição no trabalho e sexo

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas

Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)

elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a

construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos

sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a

disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do

aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar

a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de

travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de infra-estruturas e

edifícios públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infra-estruturas

desportivas e parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tracção

animal; (g) elaborar propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços

públicos tais como cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade,

iluminação pública, jardins campos de jogos e parques de diversão.

444...333 FFFiiinnnaaannnçççaaasss PPPúúúbbbllliiicccaaasss eee IIInnnvvveeessstttiiimmmeeennntttooo

O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles

descentralizadas é assegurado por via de:

16 Com 15 anos ou mais.

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(i) Receitas próprias17 que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao

nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo

Distrital; e

(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;

(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo

de Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);

(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,

educação e agricultura;

(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.

O Governo Distrital, sem inclusão das unidades sociais, teve em 2010 e 2011 a seguinte

execução orçamental.

Quadro 27. Execução orçamental (em ‘000 MT)

Rubricas 2010 2011

DESPESA TOTAL 101.474 182.353

Despesa corrente 85.579 167.132 - Despesas com pessoal 74.659 158.202 - Bens e serviços 10.501 8.774 - Outros gastos materiais 419 156 Despesa de Investimento (**) 15.895 15.221 - Fundo de desenvolvimento distrital 5.987 7.808 - Fundo de investimentos em infra-estruturas 9.908 7.413 - Fundos sectoriais descentralizados s.i. s.i.

Fonte: Ministério das Finanças, Conta Geral do Estado, 2010, 2011.

17 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património

público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e

aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infra-estruturas

simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;

(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e

conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)

licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de

espectáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou

outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,

concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.

Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua

administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d)

recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra

estruturas de lazer e gimnodesportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)

limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.

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444...444 JJJuuussstttiiiçççaaa,,, OOOrrrdddeeemmm eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa pppúúúbbbllliiicccaaa

A actividade do Registo Civil, para além de estar a ser realizada na sede do distrito, é

complementada pela acção dos três Postos Fixos de Registo Civil que foram montados nos

povoados de Anhane, Chicomo e Lihondzuane, com o objectivo de melhor servir as

populações daquelas zonas.

As preocupações com questões de segurança e ordem pública são pequenas. Os assaltos,

roubos e ofensas corporais são os crimes mais frequentes no distrito.

As minas constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à segurança da

população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em curso no país

desde 1992, permitiu diminuir o seu risco, sendo hoje a situação existente, muito mais

controlada e conhecida.

444...555 CCCooonnnssstttrrraaannngggiiimmmeeennntttooosss eee PPPeeerrrssspppeeeccctttiiivvvaaasss

No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os princ ipais

constrangimentos observados durante a governação dos últimos anos:

Falta de fundos para manutenção dos PS de Água e dos furos nas aldeias;

Falta de infra-estruturas de educação e saúde para a população do distrito;

Falta de viaturas para a Administração e de motorizadas para locomoção dos Chefes

dos Postos Administrativos; e

Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho

de estado.

Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido apoio de vários organismos de cooperação,

que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento

rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e

desenvolvimento locais.

A participação comunitária tem sido essencial para suprir várias necessidades em infra-

estruturas, face à falta de fundos existente, de que se destaca a participação activa no quadro

do programa “comida por trabalho” na reabilitação e manutenção de estradas interiores,

reabilitação e construção de postos de saúde e escolas, bem como residências para

professores e enfermeiros, em materiais locais.

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555 AAAccctttiiivvviiidddaaadddeee EEEcccooonnnóóómmmiiicccaaa

555...111 PPPooopppuuulllaaaçççãããooo eeecccooonnnooommmiiicccaaammmeeennnttteee aaaccctttiiivvvaaa

De um total em 2012 estimado de 199 mil habitantes, 108 mil estão em idade de trabalho

(mais de 15 anos).

Quadro 28. População segundo a condição de actividade18

Total Homens Mulheres

Total 107,720   42,167   65,552  Trabalhou 66.9%   64.3%   68.5%  Não trabalhou, mas tem emprego 1.2%   1.5%   0.9%  Ajudou familiares 3.4%   3.3%   3.5%  Procurava novo emprego 0.1%   0.3%   0.0%  Procurava emprego pela 1ª vez 0.9%   2.1%   0.2%  População economicamente activa 19 72.6%   71.6%   73.2%  Doméstico(a) 9.1%   3.2%   12.8%  Somente estudante 10.2%   14.3%   7.6%  Reformado(a) 0.4%   0.8%   0.2%  Incapacitado(a) 2.7%   2.9%   2.7%  Outra 5.0%   7.2%   3.6%  População não activa 27.4%   28.4%   26.8%  

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

Verifica-se que 73% da população de 15 anos ou mais (78 mil pessoas) constituem a

população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na

PEA é inferior à feminina: 72% contra 73%.

A população não economicamente activa (27%) é constituída principalmente por mulheres

domésticas e estudantes a tempo inteiro.

18 Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007. 19 Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.

A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),

incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.

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Figura 10. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade

Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A distribuição da população economicamente activa indica que 81% são camponeses por

conta própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de

10% da população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam

3% da população activa feminina e 21% no caso dos homens).

Quadro 29. População activa20, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇÃO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes

& Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 9.7% 1.7% 1.6% 6.5% 6.6% 81.1% 0.4% 2.3%

- Homens 100.0% 21.4% 2.9% 2.6% 15.9% 8.9% 63.8% 0.8% 5.1%

- Mulheres 100.0% 2.6% 0.9% 0.9% 0.8% 5.2% 91.5% 0.1% 0.6% Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 0.9% 0.0% 0.0% 0.8% 0.1% 98.2% 0.0% 0.8% Indústria, energia e construção 100.0% 94.5% 0.4% 0.5% 93.6% 0.0% 0.2% 0.6% 4.6% Comércio, Transportes Serviços 100.0% 30.9% 13.4% 12.7% 4.8% 54.6% 0.6% 2.9% 11.0% [1]  Com  15  anos  ou  mais,  excluindo  os  que  procuram  emprego  pela  primeira  vez.  

         Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

20 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

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Figura 11. População activa, segundo a ocupação principal

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito

é agrária, que ocupa 83% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem

tido uma importância crescente, ocupando já 12% da população activa do distrito.

Quadro 30. População activa21, ocupação e ramo de actividade, 2007

RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL

OCUPAÇÃO PRINCIPAL

Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e

Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido

Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%

- Homens 37.5% 83.0% 66.2% 62.0% 92.4% 50.4% 29.5% 82.7% 84.6%

- Mulheres 62.5% 17.0% 33.8% 38.0% 7.6% 49.6% 70.5% 17.3% 15.4% Agricultura, silvicultura e pesca 82.5% 7.3% 0.9% 0.8% 10.5% 0.9% 99.9% 0.7% 30.1% Indústria, energia e construção 5.6% 54.3% 1.5% 1.7% 80.5% 0.0% 0.0% 9.2% 11.4% Comércio, Transportes Serviços 12.0% 38.3% 97.6% 97.6% 9.0% 99.1% 0.1% 90.1% 58.4%

[1]  Com  15  anos  ou  mais,  excluindo  os  que  procuram  emprego  pela  primeira  vez.            Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

21 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.

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Figura 12. População activa, segundo o ramo de actividade

Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.

555...222 PPPooobbbrrreeezzzaaa eee SSSeeeggguuurrraaannnçççaaa AAAllliiimmmeeennntttaaarrr Este distrito apresenta uma redução no Índice de Incidência da Pobreza22 desde um nível de

87% em 1997 para 56% no ano de 200723.

O distrito de Massinga tem sido bastante afectado por secas e estiagem prolongada. Estes

desastres causaram sérios prejuízos à economia familiar do distrito.

Nos períodos de escassez, as famílias recorrem a uma diversidade de estratégias de

sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a

recolha de frutos silvestres e a caça. As famílias com homens activos recorrem, ainda, ao

trabalho remunerado na RSA, para além de outras fontes de rendimento, nomeadamente, a

venda de bebidas tradicionais.

Para fazer face à situação, as autoridades distritais lançaram um plano de acção para redução

do impacto da estiagem incluindo sementes e culturas resistentes e introdução de

tecnologias adequadas ao sector familiar.

22 O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha

da pobreza. 23 Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministério da Planificação e Desenvolvimento,

Direcc ̧a ̃o Nacional de Estudos e Ana ́lise de Poli ́ticas, Outubro de 2010 (District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007

Based on consumption adjusted for calorie underreporting).

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555...333 IIInnnfffrrraaaeeessstttrrruuutttuuurrraaasss dddeee bbbaaassseee

O distrito de Massinga é atravessado em toda a sua extensão pela EN1, que o liga, a Norte,

com o distrito de Vilankulo, e a sul, com o de Morrumbene, sendo servido por transporte

rodoviário.

As vias de acesso do Distrito com uma extensão de cerca de 600 km são distribuídas em:

i) Terra-planadas cerca de 250 Km (Crz EN1 - Murrungulo, Crz EN1 - Pomene, Massinga -

Sitila, Nhachengue - Chicomo e Chicomo - Fornos);

ii) Asfaltada a EN1 com cerca de 97 Km (limite de Murrombene - limite com Vilankulo); e

iii) Estradas não classificadas que ligam as comunidades mais produtivas rurais.

Quadro 31. Rede de estradas e estado de conservação, 2011

Boas condições Condições razoáveis Primárias Secundárias Terciárias Rurais Vicinais

Massinga- Nhanchengue X

Massinga - Maocha X R444 Massinga- Funhalouro X

R914 EN1-Murrungulo X

R915 EN1-Pomene X R484 Nhachengue-Chicomo X

EN1-Cangela X X EN1-Mangonha X X

R444 Lionzuane - Centro de saude Chiunze

X

EN1-Muvamba X

Rio das Pedras-Manhenje X

Mnhenje-Muchungo X

Unguana-Manhenje X Sahane-Nzilo X Sahane-Chicomo X Sahane-Marule X

Rio das Pedras-Ngomane X

EN1-Ngongane X EN1-Chibanhane X EN1-Chiduca X EN1-Queme X

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Crz Magacaia-Rio das Pedras X

EN1- Chiotive X

Muvamba -Mucuacua X

Crz EN1-Senwane-Paindane X

Nhachengue-Mulobjiane X

Mulobjiane-Marilane X

Crz Estrada de Pomene-Ngomane X

Rio das Perdas-Chiguelane X

Fonte: SDPI

O abastec imento de água potável a muitas comunidades é deficiente. Existem povoados

que distam 21Km da fonte de água mais próxima, havendo outros cujas populações têm que

percorrer até meio-dia para a alcançar.

Quadro 32. Fontes de água e sua operacionalidade, 2011

Fontes de água não

funcionais Fontes Funcionais PSAA

Furos Poços Furos Poços Total do Distrito – Massinga 27 6 187 21 7  Posto Administrativo - Massinga- Sede 19 4 96 18 4  Posto Administrativo – Chicomo 8 2 91 3 3  

Fonte: SDPI

No Distrito existe uma rede de telefonia fixa com capacidade para 310 linhas, e três redes de

telefonia móvel (Mcel, Movitel e Vodacom) e conta ainda com uma Rádio Comunitária

sediada na Vila Sede.

O Distrito conta com a Rede Nacional de Electrificação desde 2008 que abastece a vila sede

de Massinga e as zonas de Morrungulo, Pomene, Conze, Matingane 1,2 e 3, Unguane, Rio

das Pedras e Chiunze.

Está em curso a Electrificação com sistemas fotovoltaicos em coordenação com a FUNAE

nas Localidades de Lionzuane, Guma ( Rio das pedras), Malamba (Mucácua) e Chicomo.

Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e

manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água

a necessitar de manutenção e a rede de estradas e pontes quase na época das chuvas tem

problemas de transitabilidade.

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555...444 UUUsssooo eee CCCooobbbeeerrrtttuuurrraaa dddaaa TTTeeerrrrrraaa A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.

Quadro 33. Uso e Cobertura da Terra Classe Área (ha) (%)

Cultivado Sequeiro 91010.44 12.26 Solo Sem Vegetação 691.63 0.09 Formação Herbácea Inundável 2266.35 0.31 Formação Herbácea Inundada 2787.39 0.38 Mangais (localmente degradados) 933.3 0.13 Formação Herbácea 12525.7 1.69 Moita (arbustos baixos) 82301.2 11.08 Matagal Medio 120332.31 16.2 Matagal Alto 2587.82 0.35 Matagal Aberto 180921.43 24.36 Formação Herbácea Arborizada 124871.04 16.82 Floresta de Baixa Altitude Aberta 118240.64 15.92 Floresta de Baixa Altitude Fechada 3170.61 0.43 Oceano 0.15 0.0

TOTAL 742.610,01 100.0 Fonte : Centro Nacional de Cartogra f ia e Teledete c ção (CENACARTA).

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A restante informação desta secção24 foi extraída dos resultados do Censo Agro-pecuário

realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que

caracterizam a base agrícola do distrito.

O distrito possui cerca de 41 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.6 hectare,

sendo cerca de 94% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.

Figura 13. Explorações segundo a sua utilização

Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agro-pecuár io , 2009-2010

Com um grau de exploração familiar dominante, 68% das explorações do distrito têm

menos de 2 hectares.

Figura 14. Explorações por classes de área cultivada

Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agro-pecuár io , 2009-2010

24 Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar tendências e os principais aspectos estruturais.

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Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,

têm como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada

por mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da

terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares.

555...555 SSSeeeccctttooorrr AAAgggrrrááárrriiiooo

5.5.1 Zonas agro-ecológicas

O distrito de Massinga não possui forte apetência para a actividade agrícola, podendo-se

dividir em duas zonas agro-ecológicas ou de produção, principais:

Zona A (R25): Chamada a zona do interior, compreende as localidades de Chicomo,

Liondzane e Malamba. Apresenta em toda a sua extensão solos franco-arenosos,

vermelhos ou ferralíticos e algumas bolsas de aluvião. A precipitação média anual

oscila entre os 600 e 750 mm e as características dos solos não permitem a retenção

de água.

Praticam-se as culturas de milho, feijão-nhemba, amendoim, mandioca, feijão jugo,

batata-doce, mapira e mexoeira. As principais actividades de subsistência dos

camponeses nesta zona incluem a caça, o corte e venda de estacas, a criação de

animais de pequeno porte (cabritos, galinhas e patos) e pequenos negócios nos

mercados informais.

Zona B (R33): Esta zona compreende a zona litoral do distrito, abarcando parte do

Posto Administrativo de Massinga Sede e as localidades de Rovene e Guma, e a

localidade de Malamba pertencente ao Posto Administrativo de Chicomo. Os solos

são em geral franco-arenosos com ocorrência de algumas bolsas de machongos nas

terras baixas. A precipitação média anual situa-se em 1.200 mm. Prevalecem nesta

região inundações, sobretudo nas terras baixas, sendo também frequentes secas

cíclicas.

As culturas praticadas são em geral as mesmas da Zona A, acrescentando-se as

culturas permanentes, nomeadamente, coqueiros e cana-de-açúcar praticadas ao

longo da costa e nas baixas, respectivamente. As actividades de subsistência incluem,

para além da agricultura, a comercialização de copra, cocos, corte de caniço, pesca

artesanal, produção e venda de bebidas alcoólicas tradicionais feitas com base na

cana-de-açúcar, venda de fruta e criação de gado bovino.

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5.5.2 Produção agrícola e sistemas de cultivo

De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações

familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais,

nomeadamente mapira e milho, embora os camponeses ainda produzam amendoim e feijão

nhemba sem grande sucesso, assim como no caso da cultura do milho.

A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, uma vez que as

condições climáticas determinam uma colheita por ano (época das chuvas), nem sempre

bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de

armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.

Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio

das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das

questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta

ou insuficiência de sementes e pesticidas.

Em resumo, a irregularidade da precipitação, a grande vulnerabilidade às calamidades

naturais condiciona o potencial de produção agrícola às áreas irrigadas existentes, de

pequena dimensão, já que a região é considerada marginalmente apta para o

desenvolvimento de agricultura irrigada.

Quadro 34. Produção agrícola, por principais culturas: 2009-2011

Produtos

2009/10 2010/11

Real (ha) Prod (Ton) Real (ha) Prod (Ton)

Cereais

Milho 28430 31273 37115 46393.75

Mapira 9350 9163 9456 8888.64

Arroz 1034 2502.28 1225 2756.25

Sub Total 38814 42938.28 47796 58038.64

Leguminosas

Feijão nhemba 6500 7995 6450 7740

Feijão vulgar 6530 9142 6510 7486.5

Amendoim 12340 12957 12315 15147.45

Sub Total 31100 30094 25275 30373.95

Tubérculos

Mandioca 21306 328112.4 25245.5 636186.6

Batata reno 48 883.2 15 330

Batata-doce 1130 2768.5 1510 4756.5

Sub Total 22484 331764.1 26770.5 641273.10

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Hortícolas

Hortícolas diversas 704 9750.4 716 10446.44

Sub Total 704 9750.4 716 10446.44

TOTAL 95062 414546.8 100557.5 740132.13

Outros produtos

Ananás 50 195 65 260

Banana 40 100 50 210.5

Citrinos 8430 200634 24598 595763.56

Sub Total 41140 200929 24713 596234.06

TOTAL Geral 136202 615475.8 125270.5 1336366.19

Fonte : SDAE

5.5.3 Pecuária

O fomento pecuário tem sido fraco. Porém, a tradição na criação de gado conduziu ao

crescimento do efectivo bovino de 21 mil cabeças em 2009, para cerca de 24 mil em 2011,

cuja exploração é feita por vários criadores privados e familiares, servidos por algumas infra-

estruturas de apoio.

Quadro 35. Efectivo Pecuário 2009 2010 2011 Bovinos 20598 22245 23680 Caprinos 6595 10545 11553 Ovinos 43 217 193 Suínos 3711 7126 8127 Aves 102500 103389 104721 Asininos 141 200 233

Fonte: SDAE

Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar e comercialização são a

galinha, o cabrito, o porco e o boi. É prática corrente o recurso a animais de tracção,

principalmente bois e burros. As doenças e a falta de recursos financeiros para a aquisição

de mais efectivos constituem a grande limitação ao desenvolvimento da actividade.

Dada a existência de boas áreas de pastagem e de fontes de água próximas, existem boas

condições para o desenvolvimento da pecuária no distrito, sendo as doenças e a falta de

fundos e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao seu desenvolvimento.

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5.5.4 Pescas, Florestas e Fauna bravia

O distrito debate-se com problemas de erosão e de desflorestamento. A lenha e o carvão

são os principais combustíveis domésticos. A madeira é muito utilizada na construção das

casas, principalmente a madeira de simbirre, junto com outros materiais. As espécies de

árvore mais importantes para as famílias são as que fornecem madeira e fruta. Destas

constam o cajueiro, os citrinos, a chanfuta e a umbila, o pinheiro e o jambirre.

Coqueiros, cajueiros, citrinos, papaieiras e bananeiras são as árvores de fruto mais plantadas

no distrito. O principal obstáculo ao desenvolvimento da fruticultura inclui a insuficiência

de sementes, a seca, as pragas e a falta de hábito.

A fauna bravia fornece um suplemento importante para a alimentação das famílias locais,

muito embora as mesmas não atribuam muita importância a este tipo de alimento. As

espécies mais frequentemente caçadas incluem o cabrito amarelo e cinzento e a

galinha-do-mato. Sendo um distrito costeiro, o peixe está, naturalmente, incluído nos

hábitos alimentares das famílias.

555...666 EEExxxppplllooorrraaaçççãããooo MMMiiinnneeeiiirrraaa

O distrito de Massinga inclui algumas zonas da área de direitos de exploração do gás, ainda

que não esteja abrangido pela actual zona de processamento e produção.

Todavia, este empreendimento constitui, para toda a região, uma plataforma de

desenvolvimento importantíssima que, se devidamente integrada, poderá conduzir ao rápido

desenvolvimento económico e social de toda a província de Inhambane.

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Figura 15. Zona de influência da exploração de gás Fontes : Temane and Pande Gas Fie lds : Se i smic explorat ion – Exploratory and Deve lopment Dri l l ing Report , January 2002

555...777 IIInnndddúúússstttrrriiiaaa,,, CCCooommmééérrrccciiiooo eee SSSeeerrrvvviiiçççooosss

O distrito está bem integrado nas redes de mercados da região sul do país. O escoamento de

muitos produtos faz-se por intermédio de comerciantes de Maputo e de outras partes da

província.

A rede comercial do distrito funciona com lojas, não se incluindo as bancas por estas se

encontrarem em processo de transformação em comércio precário. Há a salientar que os

dados acima apenas de referem aos estabelecimentos operacionais, já que existem 28

estabelecimentos inoperacionais, distribuídos pela zona urbana e rural.

Existem ainda uma fábrica de sabão, sete moageiras, sete oficinas, várias carpintarias, três

estações de serviço e duas padarias, todas operacionais, embora a maioria das oficinas e

carpintarias funcione ao ar livre.

Massinga dispõe de zonas com potencial para a exploração mineira marcadamente artesanal

em todas as localidades. A Pedra ocorre nas povoações de Nhachengue, Muluguiane e

Tsinela; o Barro ocorre nas povoações de Maguezane, Marrucua, Basso,

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Ngade, Betela, Marilane; enquanto que o Calcário nas povoações de Ngongane, Nhabacal,

Mangonha.

Neste distrito está localizada a Reserva de Pomene com 200 km2 de extensão, que pode ser

um pólo de desenvolvimento turístico importante. De acordo com o Plano Estratégico de

Desenvolvimento Turístico de Moçambique, recomenda-se o desenvolvimento integral

desta zona, isto é, praia, mar e reserva. O tipo de turismo a ser desenvolvido nesta zona

deverá ser de alta qualidade e com empresários turísticos de experiência comprovada.

555...888 VVVeeeccctttooorrreeesss dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo eee CCCaaadddeeeiiiaaasss dddeee VVVaaalllooorrr222555

O Distrito de Massinga seleccionou 3 vectores de desenvolvimento num leque de vários

produtos/serviços a destacar:

- As hort í co las , cuja exploração beneficia muitas pessoas, tem mercado, embora com preços

ainda tidos como não compensatórios;

- O coco , que tem um mercado em expansão, preços relativamente compensatórios com a

possibilidade de fácil transformação do coco em copra para fornecimento às indústrias de

óleo e sabões dentro da província, e maior potencial para criar emprego e renda;

- O amendoim , maioritariamente explorado no distrito, com preços compensatórios,

embora sem maior potencial para criar emprego, dada a falta de processamento ao nível

local e da província.

Hortícolas

Problemas Componentes  da  Cadeia  de  Valores

Soluções/Oportunidades  de  Negócio

INSUMOS  A  produção  actual  é  de  7560  ton/  ano

Produção  potencial  de  10.612  ton/  ano

Incrementar  a  produção  em  3.052  ton/  ano  até  2014

Reduzida  capacidade  de  assistência  a  pragas  e  doenças  que  afectam  a  cultura  das  hortícolas    

Fornecimento  local  da  semente  certificada:  339Kg    

Aplicação  de  insecticidas  e  fungicidas  facilitado  pela  organização  dos  produtores  em  48  grupos  (para  fácil  aquisição  das  drogas)    

Fraco  acesso  aos  insumos  agrícolas  devido  aos  preços  elevados  (sementes  e  adubos)    

Fornecimento  local  de  adubos/fertilizantes:  114ton    

Subsidiar  o  preço  dos  insumos  em  50%  a  curto  prazo.    

Falta  de  alguns  equipamentos  agrícolas  (sistema  de  rega:  moto  bombas,  tubagem,  etc.)    

Fornecimento  de  pesticidas:  319  litros    

Criar  48  associações  de  produtores  para  facilitar  um  micro  financiamento  para  aquisição  do  sistema  de  rega    

25 Fonte: Revista de Marketing - Direcção Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural- DNPDR

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Fraca  produtividade  e  domínio  das  técnicas  de  produção    

Fornecimento  de  equipamentos  agrícolas  (Kit):  1444  uds    

Capacitação  de  96  produtores  em  técnicas  de  produção  agrícola  (selecção  e  conciliação  dos  factores  de  produção)    

    Aumento  da  área  de  produção  de  380  ha  para  786  há    

Falta  de  conhecimento  de    técnicas  de  agro  processamento    

TRANSFORMAÇÃO Capacitação  de  96  produtores  em  agro  processamento;  Introduzir  técnicas  e  novos  processos  de  processamento;  Pesquisa  e  venda  de  mais  derivados  das  hortícolas.  

Falta  de  equipamento  de  processamento    

Maquinetas  e  embalagens     Incentivar  a  aquisição  e  venda  de  maquinetas  e  embalagens  pelas  associações  e  as  famílias  produtoras.  

Dificuldade  de  acesso  ao  a  crédito     Facilidade  de  acesso  ao  crédito  para  aquisição  unidades  de  processamento    

Criação  de  linhas  de  créditos  para  actividades  agrícolas    

Fraca  capacidade  de  conservação  de  produtos  perecíveis  

Capacidade  de  processamento  

Promover  a  aquisição  de  equipamentos  e/ou  técnicas  de  conservação  

Falta  de  embalagem  de  qualidade  e  condições  para  rotulagem    

Fabrico  local  e  Diversificação  de  tamanho  das  embalagens    

Criação  de  embalagens  e  rótulos  específicos    

  COMERCIALIZAÇÃO  A  actuação  isolada  dos  produtores  na  comercialização  de  produtos  e  a  fixação  de  preços  

Associativismo   na  comercialização   das  hortícolas  

Facilitar/Estimular  o  associativismo  para  garantir  o  poder  de  negociação  

Ausência  de  organizações  intermediárias  na  venda  deste  tipo  de  produto    

Condições  de  colocação  da  produção  mais  facilitadas  para  o  produtor    

Promover  a  criação  de  entidades  formais  voltadas  para  a  venda  de  hortícolas    

Falta  de  habilidades  de  gestão  de  negócio  (comercialização,  definição  de  preços,  etc.)  por  parte  dos  produtores    

Elaboração  de  planos  de  negócios  para  garantir  a  sustentabilidade    

Capacitar  os  produtores  em  Gestão  de  pequenos  Negócios    

Coco

Problemas Componentes  da  Cadeia  de  Valores

Soluções/Oportunidades  de  Negócio

A  produção  actual  é  de  apenas  6247  Ton/  ano    

INSUMOS   Aumentar  a  produção  de  coco  em  3790  toneladas/  ano  (com  vista  a  atingir  o  nosso  potencial)  

Plantio  de  pomares  em  compassos  apertados    

Potencialidade  de  Coco  =  10.037  Ton/  ano  

Transmissão  de  técnicas  de  plantio  aos  produtores  (compasso  e  sachas)    

Falta  de  limpeza  de  alguns  pomares  (sacha)  

Técnicas  de  plantio   Promover  a  campanha  de  abate  e  uso  de  técnicas  e  produtos  locais  para  o  combate  a  broca    

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Ataque  ao  coqueiro  por  morcegos  e  outras  pragas  

Meios  de  prevenção:  Arma  de  caça,  munições,  uso  de  casca  de  castanha,  areia,  e  outros    

Disseminar  técnicas  de  queimadas  controladas    

Queimadas  descontroladas     Prevenção  queimadas  descontroladas     Promover  o  repovoamento  do  coqueiro    

Abate  indiscriminado  do  coqueiro     Produção  de  10.000  mudas  anuais    

 

Baixo  preço  de  compra  ao  produtor  

COMERCIALIZAÇÃO   Maior  divulgação  do  SIMA  

Vias  de  acesso  intransitáveis  para  o  escoamento  da  produção    

Associativismo,  feiras  e  mercados    

Criação  de  mais  mercados,  promoção  de  feiras  e  associativismo    

Falta  de  máquinas  para  produção  de  derivados  do  coco    

Transitabilidade  das  principais  vias  de  escoamento  melhorada    

Reparação  de  70  km  da  via  que  dão  acesso  à  Chibanhne,  Massambe,  Mangonha  até  Fitive    

Dificuldade  de  acesso  a  crédito  por  parte  dos  produtores    

Máquinas  processamento  de  coco    

Adquirir  máquinas  para  extrair  derivados  do  coco    

Falta  de  intervenientes  fortes  para  colocar  o  coco  no  mercado  externo    

Micro  créditos    Concessão  de  microcrédito  com  condições  acessíveis  para  a  comercialização  de  copra    

Falta  de  marketing  (ex:  receitas  de  pratos,  bolos  típicos  feitos  pelo  coco)    

Promover  exportações     Envolver  potenciais  exportadores  através  de  incentivos  fiscais    

 Divulgação  do  produto    

Publicidade  e  rótulos  (que  identificam  o  produto  como  "produto  deste  distrito….)  =  "marca  do  território"    

Amendoim

Problemas Componentes  da  Cadeia  de  Valores

Soluções/Oportunidades  de  Negócio

Doença  do  amendoim  já  semeado  (lagarta  da  folha)    

INSUMOS   Divulgação  do  hábito  de  tratamento  das  plantas  de  forma  preventiva.    

Falta  de  unidades  de  venda  de  insecticidas  nas  zonas  produtoras  de  amendoim    

Unidades  de  venda    

Instalação  de  4  representações/novas  lojas  em  pontos  estratégicos  das  localidades    

Falta  do  domínio  das  variedades  potenciais  de  semente  de  acordo  com  o  tipo  de  solo  

Zoneamento    

Zoneamento  de  culturas  para  garantir  a  extensificação    

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Problemas  com  a  semente  certificada:  algumas  vezes  sem  poder  germinativo,  com  rótulos  que  proíbem  o  consumo  (tratada  com  veneno)    

Capacitação  aos  agricultores  sobre  a  relevância  da  semente  certificada  

Capacitação  aos  agricultores  sobre  a  relevância  da  semente  certificada,  Envolvimento  do  SDAE  (montagem  de  campos  demonstrativos  do  poder  germinativo  das  sementes  junto  dos  produtores)  durante  a  fase  preparatória  da  campanha.  

Falta  de  condições  que  garantam  uma  agricultura  comercial/mecanizada  em  áreas  maiores:  crédito,  contratação  de  mão-­‐de-­‐obra  e  equipamentos    

Montagem  de  4  Campos  demonstrativos  junto  das  comunidades  (  em  fases  de  pré-­‐campanha)    

Formação  de  pelo  menos  4  associações  para  capitalizar  sinergias  o  que  garantirá  o  acesso  ao  crédito  e  mercados.    

Perdas  Pós  colheita     Instalação  de  4  armazéns,  distribuidores  e  revendedores    

Construção  de  pelo  menos  4  armazéns  e  silos  

Falta  de  rotação  de  culturas  nos  campos  de  produção  do  amendoim  

Controle  de  perdas    Rotação  de  culturas  

Divulgação  pelos  extensionistas  da  necessidade  de  rotação  e  consorciação  adequada  de  culturas  

  TRANSFORMAÇÃO  Falta  de  descascadoras  do  amendoim    

Mecanização  do  descasque  do  amendoim    

Alocar  pelo  menos  4  descascadoras  nas  localidades  potenciais    

Pouca  diversificação  dos  produtos  derivados  do  amendoim    

4  Associações  de  produtores  de  amendoim  com  capacidade  para  processar  o  amendoim  produzido    

Instalação  de  unidades  de  processamento  de  óleos,  manteiga,  doces,  etc  a  partir  do  amendoim  de  Massinga  Falta  de  rotação  de  culturas  nos  campos  de  produção  do  amendoim    

  COMERCIALIZAÇÃO  Falta  de  embalagens  padronizadas    para  a  venda  do  amendoim  

Padronização  e  diversificação  de  embalagens    

Instalação  de  1  unidade  de  empacotamento  do  amendoim  com  a  rótula  "AMENDOIM  DE  MASSINGA"  com  perspectivas  para  o  selo  "Made  in  Mozambique"    

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666 VVViiisssãããooo eee EEEssstttrrraaatttééégggiiiaaa dddeee DDDeeessseeennnvvvooolllvvviiimmmeeennntttooo LLLooocccaaalll

Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de

Desenvolvimento Distrital.

666...111 VVViiisssãããooo

“Massinga um distrito CELEIRO na produção agropecuária e pescas, centro

de negócios, pioneira na industrialização rural e destino turístico privilegiado

onde cada um desfruta do bem-estar em segurança.”

666...222 MMMiiissssssãããooo

Promover o desenvolvimento local integrado e inclusivo através:

• Aumento da produção e da produtividade das principais culturas, com destaque para

tubérculos, cereais, oleaginosas;

• Massificar produção de bovinos e caprinos em zonas de baixa densidade populacional e

massificar a produção de aves em zonas peri-urbanas;

• Montar fábrica de processamento de mandioca, fruta e castanha (atrair investimento

para agro-processamento);

• Zonear (ordenamento, acesso, energia e telefonia) a costa marítima de 83 km distrito

para turismo de alta qualidade;

• Promover o aproveitamento sustentável de recursos naturais nomeadamente florestas,

fauna, pescas, minérios de construção civil, recursos hídricos e a defesa do ambiente;

• Prevenir e combater doenças endémicas (HIV/SIDA e Malária) através da promoção de

treinamento vocacional e projectos de renda para os grupos vulneráveis;

• Promover o desenvolvimento do capital humano de qualidade através da prestação de

melhores serviços de educação e saúde.

666...333 OOObbbjjjeeeccctttiiivvvooosss eeessstttrrraaatttééégggiiicccooosss

A estratégia principal do Distrito tem em vista elevar os níveis de emprego, riqueza, a

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segurança alimentar e nutricional das famílias bem como o crescimento económico e social

do distrito, utilizando de forma sustentável os recursos disponíveis.

6.3.1 Actividades Económicas

Segurança Alimentar e Nutricional

Promover os agricultores de média e grande escala e transformar a agricultura de produção

essencialmente de subsistência para um sistema de produção mais orientado para o mercado

ao mesmo tempo que se melhora a segurança alimentar das famílias.

Indústria e Comércio

Garantir a participação de investidores e promover a exploração de recursos não

aproveitados industrialmente.

Recursos Minerais e Energia

Garantir a exploração dos recursos minerais e o fornecimento da energia eléctrica nas zonas

de maior aglomerados populacional do distrito.

Turismo

Assegurar que Massinga seja considerado um dos destinos turísticos ao nível da província ao

mesmo tempo que assegura uma exploração ambientalmente saudável dos recursos naturais

que constituem a base do seu potencial turístico.

6.3.2 Planeamento e Infraestruturas

Assegurar a construção de fontes de abastecimento de água e a reabilitação e manutenção de

estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de travessia para melhor garantir o

escoamento de produtos agrícolas aos mercados e o acesso aos centros turísticos de modo a

atrair mais investimentos.

6.3.3 Saúde, Mulher e Acção Social

Saúde

Garantir a Saúde pública da população e reduzir a mortalidade materna e infanto-juvenil.

Mulher e Acção Social

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Assegurar a assistência e apoio a grupos populacionais com carência de apoio material e

psicológico, social e moral nomeadamente a mulher, a criança, a pessoas portadora de

deficiências, o idoso e outros grupos vulneráveis.

6.3.4 Educação, Juventude e Tecnologia

Garantir uma educação de qualidade para todos, com destaque para ensino primário e

retenção da rapariga e pessoas portadoras de deficiência e promover o uso das TICS e

disseminação de informações.

6.3.5 Governação e Administração Pública

Modernizar e profissionalizar a administração pública para a elevação da qualidade da

Administração e da Governação.

6.3.6 Administração da Justiça

Assegurar uma maior cobertura no registo dos cidadãos e a segurança do cidadão e seus

bens e a tramitação dos casos criminais.

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- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo

Distrital.

- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo

Distrital.

- CENACARTA - http://www.cenacarta.com

- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional

do Orçamento.

- District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 - Based on

consumption adjusted for calorie underreporting - Ministério do Plano e Finanças,

Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas.

- Estrutura Tipo do Governo Distrital - Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril.

- Fichas estatísticas para o perfil distrital – Serviços Distritais

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo agropecuário, 2009-2010.

- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Recenseamento da População de 2007.

- Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.

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