Psicologia Do Desenvolvimento
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_________________________Psicologia Educacional _______________________
Psicologia do Desenvolvimento
Jean Piaget
Docente: Professor Nuno José Corte-Real Correia Alves
Discentes: Ana S. Sousa; Fabiana Silva; Fábio Teixeira; Fernando Santos; Filipa Teixeira; Joana Santos; Licurgo Figueiredo; Mariana Oliveira; Vanessa Nunes; Vítor Freixo; Vítor Martins
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Índice
Estádio
Esquema
Estrutura
Assimilação
Acomodação
Equilíbrio
Factores Influentes no Desenvolvimento Cognitivo
Bibliografia
Reflexão do Filme Intitulado: “Quanto Vale ou é Por Quilo?”
Questões que a Reflexão Inerente Suscita
Anexos
Discentes: Ana S. Sousa; Fabiana Silva; Fábio Teixeira; Fernando Santos; Filipa Teixeira; Joana Santos; Licurgo Figueiredo; Mariana Oliveira; Vanessa Nunes; Vítor Freixo; Vítor Martins
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Estádio
A Psicologia do desenvolvimento é um ramo da psicologia que se relaciona com
o estudo de todos os aspectos do desenvolvimento humano: físico-motor, intelectual,
afectivo-emocional e social. Este estudo não é apenas centrado numa etapa da vida, mas
voltado para o período decorrente desde o nascimento até à idade adulta, ou seja,
quando o ser humano atinge o seu maior grau de maturidade e estabilidade.
O desenvolvimento humano pressupõe uma estrutura humana, uma
estrutura da personalidade, esta é desenvolvida ao longo do tempo progressiva,
diferencial e globalmente. Não é possível, por isso, separar o desenvolvimento humano
da estrutura do sujeito, ou seja, o desenvolvimento humano não é mais do que a
progressiva evolução da estrutura do sujeito, da sua personalidade, através de diferentes
estágios, sendo estes regidos por determinados princípios, sendo estes:
Do simples para o complexo;
Do geral para o específico;
Do sensório-motor para o operatório;
Relativamente ao desenvolvimento físico, este obedece aos seguintes
princípios:
Céfalo-caudal;
Próximo-distal.
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Esquema
“O esquema de uma acção consiste na organização geral dessa acção, que se
mantém quando é repetida, consolidando-se através do exercício e aplicando-se às
diversas situações que vão variando, em consequência das modificações que ocorrem
no meio ambiente”
(Piaget, 1972,p.69).
O esquema é um conceito complexo, que abrange tanto padrões de
comportamento motor explicito quanto processos interiorizados de pensamento. Inclui
respostas simples e previsíveis do nível do reflexo, mas também organizações
complexas – por exemplo, a compreensão que a pessoa tem do sistema numérico. Jean
Piaget sustenta que todo o esquema tem certas propriedades unitárias, que justificam a
afirmativa de que todas as acções, nelas incluídas, são partes de um único esquema.
Estes esquemas são utilizados para processar e identificar a entrada de estímulos,
e graças a isto, o organismo está apto a diferenciar estímulos, como também está apto a
generalizá-los. O funcionamento é da seguinte forma: uma criança apresenta um certo
número de esquemas, que grosseiramente poderíamos compará-los como capas de um
arquivo. Diante de um estímulo, essa criança tenta incorporar o estímulo em um
esquema disponível.
Concluímos então, que os esquemas são estruturas intelectuais que organizam os
eventos como eles são percebidos pelo organismo, e classificados em grupos, de acordo
com características comuns.
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Estrutura
“O conceito de estrutura tornou-se clássico quando introduzido pela teoria de
Gestalt para combater a associação e seus hábitos atomísticos de pensamento”
(Carmichael, 1977)
Jean Piaget situa a problemática, no contexto de uma interacção
permanente e continuada entre o sujeito e o mundo exterior, que permite depreender o
desenvolvimento da criança, como uma construção activa e dinâmica. A vida é
adaptação às condições mutáveis do meio. Esta adaptação só está concluída quando há
equilíbrio entre a assimilação e a acomodação. A inteligência começa pelo
conhecimento da interacção, existindo uma continuidade do biológico para o
psicológico (Golse, Bernard, 2005).
O conceito de estrutura cognitiva é central e concomitantemente de
carácter basal, para a teoria de Piaget e suas inerências. Esta remete-nos para um padrão
de acção física e mental, subjacente a actos específicos de inteligência, correspondendo
estes, a estádios do desenvolvimento infantil. As estruturas cognitivas patenteiam
mutabilidade, através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação.
Sintetizando, a assimilação envolve a interpretação de eventos, em termos de estruturas
cognitivas existentes. Por outro lado, a acomodação refere-se à mudança da estrutura
cognitiva, no sentido de compreender o meio e toda a conjuntura envolvente.
O desenvolvimento cognitivo incorpora um esforço constante de
adaptação ao meio, quer em termos de assimilação quer de acomodação. Nesta nota, a
teoria de Piaget é similar à teoria de Vygotsky, contudo verificam-se nuances no que
aos diversos entendimentos e ideias conceptuais, assim como, normativas, diz respeito.
A grande diferença é que Vygotsky não incorpora os estádios e a delimitação de
apropriação derivada destes, defende sim que o indivíduo apropria-se, tendo em conta o
meio, por acção de mediadores (mediação simbólica: interna ou externa), não existe
uma estrutura pré-estabelecida. Não existe uma receita mediada para as apropriações.
Por outro lado, Jean Piaget assume que cada estágio delimita as aquisições passíveis de Discentes: Ana S. Sousa; Fabiana Silva; Fábio Teixeira; Fernando Santos; Filipa Teixeira; Joana Santos; Licurgo Figueiredo; Mariana Oliveira; Vanessa Nunes; Vítor Freixo; Vítor Martins
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acontecerem (fornece uma receita para determinado momento). Este defende que os
processos desenrolam-se de dentro para fora, as estruturas são formadas até certa idade.
Em suma, para Piaget, o paralelo comportamental de estrutura na
biologia é um esquema (Piaget, 1950). Este pode ser simples e unitário ou pode ser um
sistema global, assim como certas estruturas, como o dedo, são unitárias, enquanto
outras, como o sistema digestivo, são muito diferenciadas e distribuídas por todo o
corpo.
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Assimilação
“É na continuidade da assimilação que os esquemas se formam, se multiplicam,
se assimilam reciprocamente, se coordenam e se organizam finalmente numa estrutura
esquemática de conjunto que define a inteligência sensório-motora”
(Tavares, J.; Alarcão, I.; 1992)
A assimilação representa o processo da introdução ordenada de dados
conhecidos ou novos na experiência, de acordo com os esquemas existentes e patentes
no indivíduo. Designamos como assimilação, o predomínio da acção do sujeito sobre o
objecto. Esta fase é predominante, desde o nascimento da criança até aos seus 2 anos
(1º Estádio de Piaget- Sensóro-motor), quando ela quer explorar o mundo e tudo o que a
rodeia.
Acomodação
Segundo Jean Piaget acomodação é um mecanismo de adaptação que estrutura e
impulsiona o desenvolvimento cognitivo. É o processo pelo qual os esquemas mentais
existentes modificam-se em função das experiências e relações com o meio. É o
movimento que o organismo realiza no sentido de se submeter às exigências exteriores,
adequando-se ao meio. Na medida em que “ele” compreende aquele novo
conhecimento, se apropria dele e se acomoda, aquilo passa a ser normal (Tafner, M.
s/d). A acomodação é um complemento da assimilação. É qualquer modificação de um
esquema ou estrutura de assimilação pelos elementos assimilados (Netto, 1977).
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Exemplo: Uma criança está a aprender a distinguir os animais, quando é
apresentada a imagem de um cão ela assimila como tal, cria um esquema. No entanto,
quando lhe é mostrado um outro animal que possua alguma semelhança com um cão,
como um cavalo, ela também o verá como um cão (castanho, quadrúpede, um rabo,
pescoço, nariz molhado, etc.)
Neste caso, ocorre um processo de assimilação, ou seja a similaridade entre o
cavalo e o cão (apesar da diferença de tamanho) faz com que o cavalo passe por um cão
em função da proximidade dos estímulos e da pouca variedade e qualidade dos
esquemas acumulados pela criança até o momento. A diferenciação do cavalo para o
cão ocorrerá por um processo de acomodação (Tafner, M. s/d).
Assim, a acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um
novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova
informação, em função das particularidades desse novo estímulo (Nitzke et alli, 1997ª
citado por Tafner, M. s/d). Diante deste impasse, restam apenas duas saídas: criar um
novo esquema ou modificar um esquema existente. Ambas as acções resultam numa
mudança na estrutura cognitiva (Tafner, M. s/d).
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Ocorrida a acomodação, a criança pode tentar assimilar o estímulo novamente, e
uma vez modificada a estrutura cognitiva, o estímulo é prontamente assimilado, isto é,
altera o presente estádio de processamento cognitivo, de modo a incorporar novas
experiencias (Sprinthall & Sprinthall, 1993).
Outros Exemplos:
A criança que assimila o reflexo de sucção ao seu polegar, ao sugá-lo usará
movimentos diferentes daqueles que usa ao sugar o seio materno.
Qualquer criança depois de ter sido picada por um ouriço-cacheiro, diz “aquele
gatinho não é um gatinho!”
Equilíbrio
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Acomodação
Novas percepções;
Reformulação de conhecimentos passados;
Mudança e desenvolvimentos.
(Sprinthall & Sprinthall, 1993)
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A noção de equilíbrio fundamenta-se na seguinte premissa: todo o ser vivo
procura manter um estado de equilíbrio (adaptação) com o meio. Sendo este um ponto
de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e ao mesmo tempo um mecanismo
auto-regulador.
Se formos mais exemplificativos, a mente sendo uma estrutura (cognitiva) tende
a funcionar em equilíbrio, aumentando, permanentemente, o seu grau de organização
interna e da adaptação ao meio.
Quando este equilíbrio obtém experiências não assimiláveis, o organismo
(mente) reestrutura-se (acomodação), a fim de construir novos esquemas de assimilação
e atingir um novo equilíbrio, fortalecendo assim as características positivas pertencentes
aos esquemas no sistema cognitivo.
Factores influentes no desenvolvimento cognitivo
A aprendizagem está envolvida em múltiplos factores, que se inter-
relacionam, e que embora os possamos analisar em separado fazem parte de um todo
que depende, quer na sua natureza, quer na sua qualidade, de uma série de condições
internas e externas ao sujeito (Malglaive, 1990).
O processo de assimilação e aprendizagem é caracterizado pela
individualidade, é pessoal. Nele, encontramos uma partilha de processos passados, que
irão influenciar aprendizagens futuras, ou seja, no processo desmedido de aprendizagem
existe uma constante acumulação de conhecimentos aos conhecimentos já existentes,
rentabilizando aqueles que subsistiam.
A estrutura cognitiva é uma estrutura de extrema relevância na
aprendizagem. O aluno que durante o seu trajecto educativo, teve a possibilidade de
adquirir uma estrutura cognitiva clara, estável e organizada de forma adequada, tem a
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vantagem de poder consolidar conhecimentos novos, complementares e relacionados de
alguma forma (Ausubel, 1980). Esta estrutura cognitiva do aluno pode ser influenciada
por determinados factores relacionados com a sua exposição no mundo, pelos conteúdos
que o assaltam e pelos conceitos com que se depara constantemente.
Tendo em conta o desenvolvimento cognitivo tido por Jean Piaget, este
defende que a inteligência de uma criança constrói-se num processo temporal por
estádios ou etapas. Verificamos constantes estruturações do sujeito, que possui uma
acção de interacção contínua com o meio, tendo portanto um papel activo no seu
próprio desenvolvimento cognitivo.
Assim, o meio é tido como o factor principal, influente no desenvolvimento
cognitivo de uma criança, e tendo em conta o que foi escrito anteriormente, os quatro
factores piagetianos, são aqueles que a melhor esclarecem, sendo eles:
- Maturação - condução necessária no processo de desenvolvimento
gradual, da formação do indivíduo, verificada num plano genético;
- Experiência Física – na qual a criança toma conhecimento do objecto
e de tudo o que ele compreende;
- Experiência Lógico - matemática – compreende um conjunto de
acções experimentadas intelectualmente pela criança, onde são organizadas acções
sobre os objectos;
- Transmissão Social – na qual verificamos através de um meio
envolvente, onde a linguagem, contactos educacionais ou sociais são propulsores
de um agregar de informações;
- Equilibração – factor basal, pois completa uma não pré-concepção do
desenvolvimento das estruturas mentais do indivíduo (tendo em conta que a
evolução emerge no constante alcançar de um equilíbrio, sem ter um plano
predeterminado).
- O equilíbrio é dependente da acção do sujeito com o meio envolvente,
e da acção que este detém sobre o sujeito.
O desenvolvimento é caracterizado por uma constante procura do equilíbrio, Discentes: Ana S. Sousa; Fabiana Silva; Fábio Teixeira; Fernando Santos; Filipa Teixeira; Joana Santos; Licurgo Figueiredo; Mariana Oliveira; Vanessa Nunes; Vítor Freixo; Vítor Martins
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esta significa uma constante adaptação ao mundo exterior. Vê-se que, para Jean Piaget,
a aprendizagem não se resume a uma experiência imediata, mas a um processo
conjunto, com o processo de equilíbrio inerente.
Bibliografia
Discentes: Ana S. Sousa; Fabiana Silva; Fábio Teixeira; Fernando Santos; Filipa Teixeira; Joana Santos; Licurgo Figueiredo; Mariana Oliveira; Vanessa Nunes; Vítor Freixo; Vítor Martins
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José Tavares e Isabel Alarcão. Psicologia do desenvolvimento e da
aprendizagem. 1ª Edição. Livraria Almedina Coimbra 1999
Julia C. Berryman; David Hargreaves; Martin Herbert; Ann Taylor. A
Psicologia do desenvolvimento humano. Instituto Piaget 2002
Baldwin, Alfred L. (1967). Teorias do Desenvolvimento da Criança. 2ªEdição.
Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais.
Carmichael (1977) Manual de Psicologia da Criança. Volume 4.
Desenvolvimento Cognitivo I. Editora da Universidade de São Paulo.
Golse, Bernard (2005). O desenvolvimento afectivo e intelectual da criança.
Manuais Universitários. Climepsi Editores.
Netto, S. P. (1977). Manual de Psicologia da Criança - Volume 4 -
Desenvolvimento Cognitivo I. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
Sprinthall, N. A. & Sprinthall, R. C. (1993). Psicologia Educacional - Uma
abordagem desenvolvimentista. Editora McGraw - HILL de Portugal, Lda.
Tafner, M. (s.d.). A construção do conhecimento segundo piaget. Obtido em 14
de Outubro de 2010, de www.google.pt - Cérebro e mente:
www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.htm
www.fsc.ufsc.br/cbef/port/16-2/artpdf/a5.pdf
www.cerebromente.org.br
Reflexão do filme intitulado:
“Quanto vale ou é por quilo?”
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Tendo em conta o visionamento do filme, iremos abordar o conteúdo do mesmo,
visando uma abordagem substanciada, na teoria sobre a qual nos debruçamos.
Este filme pretende enfatizar uma determinada perspectiva (infelizmente uma
realidade conjuntural), que se desenrola em vários contextos. Estes relacionam-se
intrinsecamente com a escravidão que acontecia e a “escravidão” que acontece.
Consumir é o propósito das relações, subjacentes a diversas inverdades, o produto é
essencial sendo o processo acessório, até vítima de desprezo.
Tendo como suporte esta contextualização e a teoria que nos ampara, (Psicologia
do Desenvolvimento - Jean Piaget) podemos afirmar que o indivíduo apresenta um
desequilíbrio permanente perante o universo que o rodeia, sendo as assimilações
paralelas ao quadro de aquisições e acomodações, que estavam presentes e vigavam até
então, ou seja, muda o contexto, mudam ligeiramente as vivências, mas o quadro basal
de envolvência com o meio proveniente dele é paralelo.
Tendo em mente, estes pressupostos podemos enunciar os seguintes exemplos:
- Na escravatura, o “indivíduo era uma máquina”, neste
período os seus donos pagavam a sua “manutenção”, de forma que,
estes pudessem trabalhar de gratuitamente. Hoje, numa realidade
paralela, somos “escravos sem dono”, as cordas e algemas não são
visíveis, mas existem (paralelismo contextual)
- O consumo subsiste mesmo em entidades de ajuda
humanitária, é de tal forma extremo, que as crianças abandonadas não
eram ajudadas, eram de facto transportadas para outro local,
vivenciando contudo as mesmas experiências.
Logo, tendo presente estes exemplos, verificamos a existência do reverso de
uma moeda, que persiste em não ser alterada por uma nova, diferente e característica de
uma mudança clara e significativa de paradigma.
Em suma:
Num primeiro momento, abordamos o conteúdo inerente ao filme, de um ponto
de vista neutro, tendo sido esta abordagem preponderante para uma compreensão
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substanciada e sustentada na teoria, à qual nos dedicamos e colocamos o ónus desta
leitura.
Tendo como premissa contextualizar o filme, podemos afirmar que este se
situava em vários momentos históricos, desde 1799 (onde a escravidão está presente)
até a sociedade contemporânea. Este filme pretende enfatizar uma determinada
perspectiva (infelizmente uma realidade conjuntural), contudo fá-lo através de várias
vivências, de diferentes ponto de vista, de uma pluralidade de espectros, que contudo se
restringem a uma dimensão, que posteriormente iremos abordar. Esta ideia é basal e
escalpelizada intrinsecamente neste filme. Sendo este de certa forma, e com um grau
maior ou menor de aplicabilidade, intemporal.
Esta realidade espelhada remete-nos, para um ajudar, desmembrado da
verdadeira acepção da palavra, para uma delimitação do desenvolvimento. Neste filme,
a liberdade (tendo em conta o período da escravidão) é um conceito polissémico e
ambíguo. Observa-se de certa forma a “escravidão” dos tempos modernos, sendo esta
imagem chocante e marcante, quando compara à escravidão. De certa forma, este
paralelismo torna-se útil para chegar ao quadro valorativo do público em geral, e
demonstrar a realidade vigente, esta muitas vezes camuflada. Consumir é o propósito
das relações, subjacentes a diversas inverdades, o produto é essencial sendo o processo
acessório, até vítima de desprezo. Absorve-se das relações aos mais diversos níveis,
algo que não é a essência destas, somente o superficial, a súmula do resultante. Todas
estas ramificações inerentes a um processo de dominância encoberta, menos brutal mas
paralelamente danosa à verificada em outros momentos históricos.
Tendo como suporte esta contextualização, e a teoria que nos ampara a leitura do
filme (Psicologia do Desenvolvimento – Jean Piaget) podemos afirmar que o indivíduo
apresenta um desequilíbrio perante o universo espectral, sendo as assimilações (em
todos os casos e personagens intervenientes) paralela ou quadro de aquisições que
estavam presentes e vigavam até então, ou seja, muda o contexto, mudam ligeiramente
as vivência, mas o quadro basal de envolvência com o meio e inter-relacionamento
proveniente dele é paralelo, subjacente e concomitantemente o reverso de uma moeda,
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que persiste a não ser alterada por uma nova, diferente e característica de uma mudança
clara e significativa de paradigma, como mencionado anteriormente.
Questões que a Reflexão Inerente Suscita
Este filme, ao longo da nossa reflexão, levantou-nos as seguintes questões:
1. O processo de assimilação/acomodação/aquisição pode ser
considerado paralelo relativamente as diferentes épocas
(escravatura/actualidade)?Discentes: Ana S. Sousa; Fabiana Silva; Fábio Teixeira; Fernando Santos; Filipa Teixeira; Joana Santos; Licurgo Figueiredo; Mariana Oliveira; Vanessa Nunes; Vítor Freixo; Vítor Martins
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Por exemplo, quando nos olhamos ao espelho em diferentes sítios, somos a
mesma pessoa, mas o espelho onde nos vemos está localizado em locais diferentes.
2. Podemos considerar que a escravatura, influenciou a perpetuação
de determinado quadro de vivências e relações de dominância vigentes
actualmente, e a maneira como o indivíduo age hoje em dia?
3. Na sociedade em que o individuo se insere, existem acções que
são consideradas naturais e aceites pela sociedade a nível micro (porventura não
aceites a nível macro)?
Anexos
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