Revista Negócios - Ed. 01

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Revista empresarial da ACIJS, de Jaragúa do Sul. Produzida Pela Mundi Editora. Blumenau / SC

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editorial

Falar do potencial econômico da região que abriga uma das cinco principais economias do Estado, onde o IDH e a renda per capita estão entre as 30

maiores do País, é déjà vu. A Negócios, publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu, volta a circular com o compromisso de debater e apontar soluções para o desenvolvimento da re-gião, pois o futuro é hoje. Fruto de uma parceria feita com a Mundi Editora, de Blumenau, a nova revista servirá como um fórum de discussões sobre as neces-sidades da microrregião, formado pelo empresariado e pela sociedade organi-zada. Trajetórias, conquistas e ideais das principais lideranças de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Massaranduba, Schroeder e Corupá serão destaque nas páginas da Negócios.

Dentro dessa perspectiva, a edição número um aborda aquele que pode

ser o divisor de águas entre um passa-do de desvalorização e o futuro com reconhecimento: o aumento da repre-sentatividade política.

Com nova direção em três e recon-dução de diretores em outras duas, as cinco entidades que compõem o setor produtivo do Vale do Itapocu (ACIJS, ACIAG, ACIAM, ACIAS e ACIAC) rea-firmam, em 2009, as bandeiras de lutar pelo associativismo e pelos projetos da região, como a duplicação da BR-280, que mais parece lenda. Para avançar, contudo, o empresariado entende que precisa de força política, pois de nada adianta ser conhecida como capital do empreendedorismo sem apoio e verba dos governos, especialmente agora, com os estragos causados pela catás-trofe de novembro, que causaram pre-juízo de R$ 300 milhões à região.

Mas para provar que apesar das difi-culdades a região é um exemplo de pu-

jança e superação – características pe-culiares a cidades de origem europeia –, a capa deste exemplar é estampada pelo empresário Paulo César Chiodi-ni, da rede de postos Mime. Uma das empresas mais sólidas de Jaraguá do Sul, com atuação em todo o Vale do Itapocu e várias cidades de Santa Ca-tarina, a rede Mime planeja expandir os negócios para o Sul do Brasil.

Confira também nesta edição uma entrevista com o presidente reeleito da ACIJS e CEJAS, o empresário Gui-do Jackson Bretzke, outro exemplo de perseverança e boa gestão. Com circu-lação bimensal e direcionada aos cinco municípios que compõem a Amvali, a nova revista Negócios promete muito para as próximas edições.

Boa leitura!

Conselho Editorial

O futuro é hoje

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sumário

O know how da família levou Paulo César Chiodini a desenvolver, ao lado dos irmãos, um negócio que promete tomar conta do Sul do País: a rede Mime.

14. Destaque EmpresarialResponsabilidade socioambiental é parte do cotidiano da Lunelli Têxtil. Há 7 anos, a empresa desenvolve o programa Preservar é Amar, que envolve estudantes da rede pública.

16. Responsabilidade Socioambiental

Depois de vários prazos não-cumpridos, Dnit anuncia que edital para duplicação da BR-280 será publicado ainda em 2009, mas obras começam apenas em 2010. Sucessão de datas e promessas desencontradas preocupa entidades empresariais do Vale do Itapocu.

10.Reportagem Especial

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Guido Bretzke reassume ACIJS e Cejas com foco no associativismo e determinado a atuar sobre várias frentes. Preocupado com a falta de organização política do Vale do Itapocu, o empresário fala em um novo modelo de desenvolvimento para a região e defende um trabalho coletivo que vá além dos interesses do setor produtivo.

22. Entrevista

Falta de representatividade política prejudica articulação e reduz fatia do Vale do Itapocu no bolo de recursos federais.

28. Força política

A defesa de projetos que atendam aos interesses da região é uma das bandeiras que as cinco entidades que congregam o setor produtivo do Vale do Itapocu reafirmam em 2009.

34. Institucional

Conselho EditorialBeatriz Zimmermann (ACIJS)Jean Carlo Chilomer (ACIAC)

Francisco Ricardo Schiochet (ACIAS)Rogério Souza Silva (ACIAG)

Ronaldo Corrêa (CEJAS)Danielle Fuchs (Mundi Editora)

Edição Danielle Fuchs (SC 01233 JP)

[email protected]

Texto Livre Serviços de Imprensa [email protected]

Fotos Ronaldo Corrêa, Piero Ragazzi, Flávio Ueta e divulgação

Foto de capa Flávio Ueta

Editor de arte Guilherme Faust Moreira

[email protected] gráfico

Ferver Comunicação [email protected]

Gerente comercial Cleomar Debarba

[email protected] Danielle Fuchs

[email protected] executivo

Niclas Mund [email protected]

Rua Almirante Barroso, 712 - Sala 2

Bairro Vila Nova - Blumenau/SC Telefone: (47) 3035-5500

CEP. 89.035-401 www.mundieditora.com.br

Esta é uma publicação das associações empresariais do Vale do Itapocu: Jaraguá do Sul (ACIJS), Corupá (ACIAC), Guaramirim (ACIG), Massaranbuba (ACIAM) e Schroeder (ACIAS). Mais informações no Centro Empresarial de

Jaraguá do Sul (CEJAS), na Rua Jorge Czerniewicz, 100 – (47) 3371-8190.

TIRAGEM 3.000 exemplares

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Ainda que seja indiscutível o mérito na ampliação da licença maternidade, em função do reflexo positivo no desenvolvimento físico

e mental das crianças, sua aplicação precisa ser melhor avaliada. Vejamos, pois, alguns pontos desta lei:

A prorrogação em mais 60 dias da licença maternidade será garantida a empregada da ‘pessoa jurídica’ que aderir ao Programa Empresa Cidadã, desde que a ‘empregada’ a requeira até o final do primeiro mês após o par-to, e concedida imediatamente após a fruição da licença maternidade de que trata o inciso XVIII do caput do Artigo

7 da Constituição (garantida também a empregada que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção).

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real, ‘poderá’ deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração integral da empregada paga nos 60 (sessenta) dias de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a sua de-dução como despesa operacional.

O Poder Executivo estimará o mon-tante da renúncia fiscal decorrente do disposto nesta lei e incluirá no orça-mento da União.

Esta lei produzirá efeitos a partir do primeiro dia do exercício subsequente

àquele em que for implementado o montante da renúncia no Orçamento da União.

Considera-se que a Lei não trata o tema de forma adequada pois é com-plexo na sua aplicação (troca INSS por IRPF nos últimos dois meses), oneran-do o custo do trabalho.

Ao impor os custos diretos nas em-presas, a Lei não caminha em direção a uma maior isonomia da mulher no mercado de trabalho. Isto ocorreria caso o ônus desta política pública re-caísse apenas sobre o Estado.

Fonte: Durval Marcatto Jr.Presidente da Câmara de Relações do Trabalho - Fiesc

Os dois lados da prorrogação da Licença MaternidadeUma breve análise sobre o Programa Empresa Cidadã – Lei nº 11.770, de 09 de Setembro de 2008

De olhos na tradição germâ-nica, que preserva o costume de presentear amigos com chocolate em datas especiais, a Nugali Cho-colates, de Pomerode, elegeu Ja-raguá do Sul para abrir uma filial

da chocolateria. Uma das únicas marcas do Brasil a fabricar seu próprio chocolate, a Nugali traba-lha com blend selecionado de ca-caus e somente com a mais pura manteiga de cacau, como fazem

os mais tradicionais chocolatiers belgas e suíços. Aberta uma se-mana antes da Páscoa, a unida-de já comemora os resultados da data. A loja fica na Rua Reinoldo Rau, 340 – loja 3.

Um pequeno pedaço da Suíça em Jaraguá do Sul

direitos & deveresTr

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A já esperada crise dos Estados Unidos chegou, refletindo direta ou in-diretamente em toda economia mun-dial, especialmente em países como a China. Diante desse cenário, é negó-cio continuar investindo na Ásia? Há

pouco menos de cinco anos, a WEG abria a quinta unidade no Exterior jus-tamente na China. Foi um bom negó-cio, tendo em vista que apesar da crise o país projeta crescer 10% em 2009?

“Era necessário termos uma fá-

brica lá. É o nosso pé na Ásia”, disse, à época, Décio da Silva, então presi-dente da empresa. Por aqui, a crise foi sentida, mas a WEG estima crescimen-to de 15% em 2009, segundo o atual presidente, Harry Schmelzer.

Em alta A solidarieda-

de do povo e do empresariado do Vale do Itapocu. Com prejuízo cal-culado em R$ 300 milhões na região devido à catástro-fe de novembro, cidadãos e empresários se mobilizaram para ajudar famílias e funcionários atingidos pelas chuvas que castigaram a região, chegando a atingir mais de 8 mil casas.

Em baixaAs pontes de acesso a Jaraguá do Sul, que preju-

dicam o escoamento da produção. Discutida desde 2008, a construção de uma terceira ponte ligan-do Schroeder e Jaraguá, sobre o Rio Itapocuzinho, ainda não está garantida no Orçamento 2009 da

União. O projeto de trans-formar a Ponte Trindade, de madeira, por uma es-trutura de cimento, tam-bém ainda está no papel. O mesmo ocorre com a Ponte do Portal (foto), de acesso a Guaramirim.

É um bom negócio?

Abrir um negócio, desenvolver um produto e não divulgá-lo, não fazer

publicidade, é a mesma coisa que dar uma piscada a uma linda mulher, numa

sala com a luz apagada”

Jordi Castan, empresário do setor de paisagismo, em treinamento realizado com entidades

associativistas de Blida, na Argélia

São os empresários que pagam a conta, através dos impostos, e dão emprego.

Eles têm que ser mais ouvidos”

Deputado Jorginho Mello, presidente da Alesc, após receber a Agenda Legislativa da Indústria

para 2009, de autoria da Fiesc

O lançamento da agenda é mais um marco na

aproximação e no trabalho conjunto do setor

produtivo com o Poder Legislativo”

Alcantaro Corrêa, presidente da Fiesc, ao entregar a Agenda Legislativa

da Indústria para 2009

canal abertoEm

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reportagem especial

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O lançamento do edital de lici-tação das obras para a dupli-cação da BR-280, que deveria ser uma etapa meramente formal de um projeto aguar-

dado há pelo menos duas décadas, assume importância fundamental para que a comunidade da região Nor-deste do Estado confie plenamente na execução. As sucessivas mudanças de datas para tornar público o edital dei-xaram dúvidas e, mais do que isso, o sentimento de que a região não está tendo a importância econômica devi-damente reconhecida.

A mais recente alteração nos pla-nos do governo federal de dar enca-minhamento ao assunto foi anunciada pelo diretor do Departamento Nacio-nal de Infraestrutura de Transportes em Santa Catarina (Dnit), João José dos Santos, ao ‘informar’, que o edital será apresentado à comunidade ainda em 2009. Segundo ele, as obras na rodovia devem começar no início de 2010, com a conclusão prevista para 2011.

João José deu a informação duran-te encontro organizado pela Secreta-ria de Desenvolvimento Regional de Joinville. “Estamos finalizando o pro-jeto, realizando estudos detalhados da região, além da questão do impacto ambiental, para que até maio pos-samos realizar a contratação destas obras, que serão iniciadas no começo de 2010”, assegurou a prefeitos, ve-readores e lideranças empresariais dos municípios da região.

Outra garantia de que a obra está com seus dias contados para começar veio de declaração da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, embora

com data diferente da anunciada pelo diretor do Dnit no Estado.

“A previsão de conclusão está mantida. As obras de duplicação da BR-280 entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul sofreram atrasos que não foram inicialmente previstos”, disse a ministra. A principal dificul-dade apontada é a negociação com nove comunidades indígenas cujas

terras estão na área de influência da rodovia. “Entre as demandas dessas comunidades está a solicitação para alteração no traçado da rodovia, que pode ocasionar mudanças no proje-to executivo. Após a solução destas questões e obtenção da licença pré-via será possível realizar a licitação da obra. A previsão atual de início da obra é dezembro de 2009”.

Lideranças da região cobram respostas, mas mesmo com nova data projeto ainda está longe de se tornar realidade

BR-2�0, uma duplicação de promessas

Nova previsão do Dnit é começar a obra em 2010 e encerrar no ano 2011

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Os impasses que surgiram no desen-volvimento do projeto, que ocasionou a alteração várias vezes de datas anun-ciadas pelo Dnit, trouxeram inquieta-ção entre as lideranças da região. No final do ano, durante visita a Jaraguá do Sul, onde participou de encontros na Câmara de Vereadores e no Cen-tro Empresarial, o diretor regional do Dnit, João José dos Santos, ouviu mui-tas queixas.

O empresário Edgard Maluta, na época ainda ocupando a presidência da Associação Empresarial de Guara-mirim (ACIAG), criticou o que definiu como “falta de clareza” na divulgação de prazos. O aumento no fluxo de ve-ículos no trecho a ser duplicado faz aumentar a pressão na comunidade. Transitam no local, diariamente, cerca de 15 mil veículos, volume que cresce com a entrada em circulação de cerca de 5 mil novos veículos por ano so-mente em Jaraguá do Sul.

“Não podemos mais aceitar isso. Sentimo-nos enganados diante de tan-

tas mudanças nas datas”, reclamou o empresário, para quem a comunidade está impotente. O presidente da As-sociação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), Guido Bretzke, concorda que as sucessivas alterações no cro-nograma trazem preocupação. “É o descumprimento de uma promessa que deixa toda a classe empresarial da região indignada”, assinala.

Guido lembra que já passaram pela ACIJS ministros, senadores, de-putados e técnicos que sempre pro-metem a obra, mas que ela demora cada vez mais para ser concretizada. Por outro lado, os empresários lem-bram que o município vem dando sua contrapartida na geração de riquezas. Em fevereiro, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário divulgou que o município já havia arrecadado em impostos estaduais e federais o equi-valente a R$ 45,7 milhões.

Ainda no encontro realizado no fi-nal do ano, o representante do gover-no afirmava que a situação é decorren-

te de uma obra de grande magnitude. Ele garante, contudo, que a obra não sofrerá por falta de recursos. “Deixo claro que os recursos estão assegura-dos através do Programa de Acelera-ção do Crescimento (PAC) e que existe a vontade política do governo federal. Entendo o descontentamento, esta-mos justamente mostrando o quanto é difícil executar uma obra desta gran-deza”, justificou-se.

Conforme o Dnit, o trecho previsto na primeira fase da duplicação envol-ve uma extensão de 71,2 quilômetros entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul (na localidade de Nereu Ramos, no acesso ao município de Corupá). A obra inclui o contorno de 23 quilôme-tros entre Guaramirim e Jaraguá do Sul para o desvio do tráfego pesado, além de melhorias na chamada Pon-te do Portal e no entroncamento com a Rodovia do Arroz (que liga Guara-mirim e região a Joinville em direção a BR-101). O custo estimado é de R$ 120 milhões.

Demora e sucessivas mudanças no cronograma preocupam lideranças

João José, diretor regional do Dnit, esteve no Cejas explicando os atrasos e ouvindo a posição do empresariado

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reportagem especial

Calendário não-cumprido

A duplicação da rodovia BR-280 é uma aspiração da comunidade do Vale do Itapocu que já dura ao menos 20 anos, mas a reivindicação vem se acentuando na última década. Acompanhe a cronologia e as algumas das datas prometidas para que a obra saia do papel:

Julho de 2004Plenária da ACIJS-APEVI traz a Jaraguá do Sul representantes do Consórcio Iguatemi/Sotepa que garantem a entrega do projeto de duplicação até o final de 2005, com promessa de início das obras para o ano seguinte

Janeiro de 2007A obra de duplicação é incluída no PAC, o que faz a comunidade acreditar que o projeto também seria acelerado. O Dnit prometeria a licitação para acontecer até maio, com início das obras em outubro

Maio de 2008Ao participar de reunião com empresários em Joinville, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anuncia para outubro de 2008 o lançamento do edital e início das obras em janeiro de 2009

Julho de 2008A ACIJS e demais entidades da região decidem cobrar do Dnit a fixação de um cronograma, recebendo a garantia de anúncio do edital de licitação para outubro; início das obras em janeiro de 2009; e conclusão no segundo semestre de 2009

Outubro de 2008O Dnit anuncia para o final de novembro a nova data para o lançamento do edital e garante que no primeiro trimestre de 2009 as obras teriam início

Novembro de 2008Alegando necessidade de ajustes no processo para a liberação da licença ambiental, Dnit transfere para março de 2009 o anúncio da licitação da duplicação

Janeiro de 2009Mais uma alteração no cronograma, com a informação de que o edital seria lançado em abril e início das obras em setembro de 2009

Março de 2009Atrasos na definição do EIA/RIMA provocam novo adiamento e edital de licitação é prometido para junho e início das obras em outubro de 2009

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A duplicação da BR-280 envolve várias outras obras e melhorias complementares. Confira as necessidades apontadas pela região:

Construção de viaduto no entroncamento da BR-280 com a Rodovia do Arroz (via que faz a ligação com a BR-101 por Joinville em direção a Curitiba)

Rotatória no acesso à localidade de Guamiranga

Viaduto no trevo de acesso a Massaranduba

Passarela ou túnel nas proximidades da empresa Mannes Estofados (Vila Progresso)

Mureta para divisão da pista e rotatória nas proximidades da Fameg

Obras que a região quer

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destaque empresarial

Quando tinha 10 anos, Pau-lo César Chiodini circulava com desenvoltura entre as bombas de combustível do posto que o pai recém

havia adquirido, ajudando os irmãos nas tarefas, lavando carros e realizan-do pequenos serviços. Hoje, aos 41 anos, o empresário Paulo César Chio-dini continua no posto, ou melhor, nos postos mantidos pela empresa, forma-da por três unidades de negócio: a rede de postos Mime, Mime Distribui-dora e a Agricopel.

Ao lado dele, os irmãos permane-cem integrados nos negócios, dividin-do tarefas na administração de uma das empresas mais sólidas de Jaraguá do Sul, com atuação em todo o Vale do Itapocu, várias cidades de Santa Catarina e disposta a ampliar a expan-são no Paraná. As metas mais ousadas

incluem chegar ao Rio Grande do Sul, mas tudo no seu tempo. “Meu pai, em toda a sua simplicidade de peque-no comerciante, sempre demonstrou muita visão de futuro, estimulando os filhos para o empreendedorismo com responsabilidade social”, conta.

O empresário entendeu as lições do pai de que o trabalho deve ser valorizado como uma forma de esti-mular o crescimento e a geração de oportunidades. Após pouco mais de três décadas, a empresa ainda preser-va o lado familiar, muito embora seja clara a percepção de que o profissio-nalismo deve imperar. “Somos quatro irmãos, todos com as suas atribuições definidas para uma gestão focada em resultados, da mesma maneira como o negócio começou”. Na primeira uni-dade, na rua Walter Marquardt, onde hoje a empresa também concentra a

administração, Paulo deu os primeiros e definitivos passos na atividade, as-sinando a carteira de trabalho aos 14 anos. A convivência com as rotinas di-árias do primeiro e único emprego deu ao empresário a experiência que, hoje, ele aplica na atividade executiva como diretor administrativo e comercial. A gestão com os irmãos – João, Angelo, Alberto e Miriam, cujo apelido ‘Mime’ dá nome à empresa – ocorre de manei-ra serena, como salienta o empresário. A diretoria conta com o apoio de um comitê formado pelos quatro irmãos, representantes dos funcionários e de um consultor. “Temos a consciência de que é preciso acima de tudo transpa-rência, competência e foco no negócio. A ascensão dos familiares deve ocorrer pela capacidade, pois isso fortalece o empreendimento. Não dá para pensar em cargo só pelo sobrenome”.

Criatividade leva rede Mime a crescerAmbiente competitivo desafia empresa do segmento de combustíveis a ousar com responsabilidade

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A compreensão dos valores deixa-dos pelo pai levou a rede Mime a ex-pandir as atividades a partir da década de 90. Os irmãos sabiam que apenas a venda fracionada de combustíveis limitaria o negócio, e que era preciso crescer e diversificar. Além da atuação no varejo, a empresa passou a buscar nichos que antes estavam concentra-dos nas mãos de multinacionais do setor, como o fornecimento de com-bustível a indústrias, a empresas de transportes e à agricultura.

Optando pelo crescimento e pela verticalização, a empresa rapidamente expandiu os braços para outras regi-ões, além de Jaraguá do Sul. A estra-tégia incluiu a definição de novas áre-as de negócios: além do incremento da venda a varejo, com a implantação de serviços diferenciados como lojas de conveniência e na personalização do atendimento ao consumidor nas lojas com bandeira própria; a criação da Mime Distribuidora para forneci-mento de combustíveis a uma rede de postos parceiros sem bandeira, e a Agricopel, para atender o fornecimen-to de volumes maiores a clientes em vários setores.

Na área de abastecimento, o ne-gócio da família concentra 97 postos com a bandeira Mime, sendo 8 ope-rados pela companhia com marca própria e outros 11 também opera-dos pela empresa, porém com outras bandeiras, e os demais operados por terceiros. “Nosso projeto é fortalecer

a marca Mime, atuando com uma identidade única na bandeira e atuar regionalmente”, explica o empresário. A meta é completar a estruturação em Santa Catarina, ampliar a presença e no Paraná e, posteriormente, bus-car oportunidades no Rio Grande do Sul. Para isso, a empresa inaugurou duas bases operacionais, em Irani, no Oeste de Santa Catarina, e em Içara, atendendo a região Sul do Estado. O objetivo é atender com mais rapidez a região Sul e iniciar o caminho para o Rio Grande do Sul, com suprimento via Araucária (PR) ou Canoas (RS).

Expansão atravésda diversificação

Raio-X

Gestão: Paulo César Chiodini, diretor administrativo e comercial, e os ir-mãos João, Angelo, Alberto e Miriam

Unidades de negócios: Rede de postos Mime, Mime Distribuidora e Agricopel

Tamanho: na área de abastecimento são 97 postos com a bandeira Mime, sendo 8 operados pela companhia e outros 11 também operados pela empresa, porém com outras bandei-ras. Os demais operados por terceiros

Atuação: Vale do Itapocu e várias cidades de Santa Catarina

Planos de expansão: Paraná e Rio Grande do Sul

Temos a consciência de que é preciso acima de tudo transparência, competência e foco no negócio. A ascensão dos familiares deve ocorrer pela capacidade, pois isso fortalece o empreendimento.

Não dá para pensar em cargo só pelo sobrenome

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destaque empresarial

Embora o mercado de combustí-veis seja muito pulverizado, a Mime vem comemorando bom desempenho nos últimos anos. Conforme Paulo Chiodini, em 2008 a empresa obteve um crescimento de 20%, repetindo o resultado de 2007, “Nossa média nos últimos 5 anos foi esta, que está den-tro do que foi planejado”, garante. Para dar sequência ao plano de expan-são, a meta é continuar investindo na abertura de novos postos para a ven-da de combustíveis, ativar plenamente as duas bases para melhorar a logís-tica de distribuição, e a expansão do fornecimento de gás natural em insta-lações nos postos em regiões atendi-das pelo sistema de gasoduto ou pelo transporte via caminhões, onde não chega a malha de gasoduto.

Neste segmento de negócio, a Mime foi pioneira em Santa Catarina. “Estamos desbravando um mercado muito promissor, pois o gás natural já comprovou que é um combustível que proporciona melhor resultado, com mais economia e ecologicamente cor-reto”. Com este sistema, a Mime leva o gás a cidades como São Francisco do Sul, Lages, Itapema, Santo Amaro da Imperatriz, Orleães, Timbó e Chape-có, entre outras. Em 2009, a empresa quer abastecer outras regiões em San-ta Catarina e no Paraná onde a malha de dutos ainda não chegou.

Outra meta é investir também na área de conveniências nos postos. Neste segmento, inclusive, a Mime conquistou no ano passado premia-ção internacional, obtendo a primeira colocação em concurso que avaliou os melhores projetos de lojas de con-veniência no mundo inteiro. “Com isso, podemos também oferecer para os nossos parceiros melhores resulta-dos. Damos completa assessoria, seja na questão da instalação, marketing, layout da loja, merchandising, com o objetivo de agregar maior valor à

marca e possibilitar ao próprio clien-te se profissionalizar e ter uma recei-ta a mais”. De olho na visibilidade da marca, a Mime inicia experiência de instalar uma loja de conveniências no Hospital e Maternidade São José, em Jaraguá do Sul. “Ao mesmo tempo em que oferecemos às pessoas que visitam o hospital um local onde se sinta bem, com confortos e serviços de qualidade, fixamos nossa marca no momento em que for procurar um posto”, acredita Chiodini.

Conforme o empresário, os di-ferenciais ajudam a empresa a se posicionar em um mercado muito competitivo. Além de concorrer com bandeiras fortes, muitas delas com conceito internacional, o setor convi-ve com empresas que não respeitam o

mercado e praticam sonegação, adul-teram produtos e geram desconfiança do cliente. “Isto nos exige muita criati-vidade todos os dias, investimentos no atendimento, em relacionamento com o cliente”.

Quanto à crise que atingiu o mer-cado norteamericano e trouxe reflexos também no Brasil, o empresário acre-dita que toda situação traz ensinamen-tos. “Por atuarmos em um segmento muito dinâmico, fazemos o exercício diário de reduzir custos, buscar a fide-lização dos clientes, porque acredita-mos que essa estratégia ajuda muito”, raciocina Chiodini. Mesmo assim, ele reconhece que a adversidade na eco-nomia traz reflexos imediatos como a redução do consumo em alguns seto-res, a restrição no crédito.

Inovação garante sustentabilidade

Projeto da rede Mime prevê a valorização da marca, diz Paulo Chiodini

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Melhor do que dar o peixe é ensinar a pescar. Levada por essa inspiração orien-tal, a Lunelli Têxtil, de Co-rupá, exercita há 7 anos o

ideal da responsabilidade social. Desde então, a empresa mantém o programa Preservar é Amar, que envolve estu-dantes da rede pública de ensino do município. Neste período, a empresa vem reafirmando o objetivo do proje-to de contribuir para a educação am-biental e, mais do que isso, conscien-tizar as novas gerações de que cuidar do ambiente agora é certeza de um mundo melhor daqui para a frente.

O programa não tem como preten-são redescobrir a roda. Ao contrário, parte de princípios básicos: conhecer para preservar. A ideia é que a cada ano um tema diferenciado, sempre relativo ao meio ambiente, estimule os alunos de oitava série das escolas estaduais e do município a refletir so-bre o assunto e a buscar alternativas de sustentabilidade. Com o apoio de um grupo mentor formado por repre-sentantes da empresa, das secretarias de Educação e do Meio Ambiente de Corupá e por especialistas, os estu-dantes trabalham propostas durante alguns meses e ao término do período

apresentam soluções. Em 2002, a em-presa produziu um gibi sobre o meio ambiente, orientando sobre o que é poluição, cuidados com os recursos naturais, e os estudantes participarem de um concurso de redação e, a partir daí, a cada ano evoluindo com pro-postas mais ousadas.

Com duas unidades, uma em Co-rupá e outra em Jaraguá do Sul, a empresa produz cerca de 800 tone-ladas/mês de malha em rolo, abaste-cendo confecções em todo o território nacional. O foco no mercado interno faz com que a empresa também tenha bem clara a importância do fortaleci-mento das suas relações com a co-munidade onde está instalada. Hoje, a Lunelli é uma das mais importantes empregadoras da região, concentran-do um quadro de 620 trabalhadores.

Embora jovem, fundada em 1º de julho de 1991 e, portanto, prestes a comemorar a maioridade, a empresa leva ao pé da letra os ensinamentos trazidos pela família Lunelli quando da chegada ao Brasil, no Século 19. Den-tre eles, o de respeito aos recursos na-turais como garantia de preservação da vida, valor que está presente desde o cuidado com as áreas verdes nas uni-dades, ao tratamento de efluentes, no

controle e destinação adequada dos resíduos do processo de fabricação.

“A empresa sempre entendeu que cuidar do ambiente onde está instala-da deveria ser um compromisso perma-nente, a partir da sua origem, gerando por consequência benefícios à comuni-dade. A melhor opção para tornar essa atitude algo concreto foi trabalhar com as crianças, porque elas formam uma consciência que acaba chegando aos pais e à comunidade”, assinala a super-visora de Recursos Humanos da Lunelli Têxtil, Adenilda Sievers.

“É muito gratificante ver os resul-tados de um trabalho que investe na formação de pessoas responsáveis, que exercitam a cidadania através de pequenas atitudes”, completa Ade-nilda, pedagoga por formação e há 7 anos na empresa. Ela viu o programa nascer e, desde então, coordena as ações de relacionamento da empresa com o tema. Neste período, diz ter percebido um grande envolvimento da comunidade, mas sente-se particu-larmente gratificada com a aceitação dos colegas. Uma pesquisa interna apurou que o grau de satisfação dos empregados com os projetos ambien-tais mantidos pela empresa chega a 80% de satisfação.

responsabilidade socioambiental

Programa Preservar é Amar, da Lunelli Têxtil, dissemina há 7 anos nas escolas das redes estadual e municipal de Corupá a importância do meio ambiente para manter a sustentabilidade do Planeta

Quando amor se traduz em proteção

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Renata Rocha Amaral, analista de recursos humanos, que atua dire-tamente com o programa, também destaca o apoio dos colaboradores, atuando como monitores nas visitas que as crianças realizam na empre-sa. Ela entende que um dos méritos da iniciativa é chegar às famílias das crianças. Para atingir este objetivo, as escolas recebem todas as informações sobre o projeto, e os alunos visitam a Lunelli para conhecer o processo de fabricação da empresa com relação à questão ambiental.

“Isto faz com que a proposta se identifique com os anseios da comuni-dade, pois a cada dia as pessoas estão mais esclarecidas sobre a questão am-

biental e passam a ficar atentas com o que acontece ao seu redor. A gente percebe um crescimento na qualidade dos trabalhos. Em 2008, tivemos um resultado muito positivo, as mães e outras mulheres na comunidade costu-raram bolsas ecológicas, motivando o comércio de Corupá a substituir as sa-colas plásticas. O projeto está em aná-lise pela Câmara de Vereadores para se tornar lei”, conta com orgulho.

Entrando no oitavo ano, na opinião de Renata o programa vem alcançan-do a cada edição um novo estágio. Em 2008, no entanto, o projeto alcançou uma dimensão maior, com os alunos desenvolvendo iniciativas mais concre-tas, como a coleta seletiva, na orga-

nização de formas de reciclagem de materiais e da água, no cuidado com o solo, entre outras formas de preser-vação dos recursos naturais.

Personagem adotado como sím-bolo do ideal de seus descendentes, o ‘nono’ (avô, em italiano) Lunelli iria sentir orgulho da semente que plan-tou e, hoje, germina em solo fértil. Um sentimento que está presente no manual de integração que cada novo colaborador recebe ao ser contratado pela Lunelli: “Transportai um punha-do de terra todos os dias e fareis uma montanha” (Confúcio). Em outras pa-lavras, da consciência e esforço indi-vidual, surge a conquista de todos. A natureza agradece!

Cidadania extensiva à família e comunidade

Reconhecimento

Como um dos resultados dos trabalhos realizados no âmbito da gestão ambiental, a Lunelli Têxtil vem conquistando sucessivas premiações. Algumas das premiações obtidas, em 2008, como reconhecimento do mercado:

Prêmio Fritz Müller(Categoria Educação Ambiental)

Prêmio CNI/FIESC(Categoria Desenvolvimento Sustentável)

Prêmio Expressão(Categoria Excelência em Gestão)

Prêmio Expressão de Ecologia(Categoria Gestão Ambiental)

1�

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Uma Comissão Intermunicipal de Reconstrução criada com o apoio da Amvali ajudou as vítimas da tragédia

pelo vale

Os dois últimos meses de 2008 ficarão na memória da po-pulação de Santa Catarina como uma triste lembrança que merece ser esquecida. O

que não pode cair no esquecimento é a solidariedade que mobilizou vários segmentos em favor daqueles que fo-ram atingidos pelas chuvas que regis-traram grandes perdas ao Estado em novembro e dezembro. O período mais intenso de chuvas trouxe alagamentos e deslizamentos que deixaram vítimas fatais e a perda de patrimônios.

No Vale do Itapocu, os maiores danos atingiram Jaraguá do Sul. Mas os estragos deixados pelo fenômeno climático também foram visíveis em outras cidades, comprometendo o es-coamento da produção. A Secretaria de Desenvolvimento Regional estima prejuízos de cerca de R$ 150 milhões à movimentação econômica nos cin-

co municípios da região. Somente em Jaraguá do Sul, as perdas soma-ram R$ 97 milhões. Em Guaramirim, segundo município mais atingido no Vale, a chuva causou um déficit de R$ 27.055.659 para a economia. Na área habitacional, o saldo também é pre-ocupante. Em todo o Vale foram 8,2 mil casas danificadas ou destruídas. Só em Jaraguá do Sul, o número de resi-dências atingidas ultrapassa os 7 mil, o que representa prejuízos de cerca de R$ 110 milhões.

Para fazer frente ao problema, a comunidade se organizou em torno da Comissão Intermunicipal de Re-construção criada em parceria com Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), Projaraguá (Fórum Permanente de Desenvolvimento de Jaraguá do Sul, Cejas (Centro Empre-sarial de Jaraguá do Sul), CPL (Centro Integrado dos Profissionais Liberais) e

Governo do Estado, através da Se-cretaria de Estado do Desenvolvi-mento Regional (SDR). Conforme a AMVALI, considerando os prejuízos causados na infraestrutura e habi-tação, o montante chega a R$ 300 milhões.

Além da ajuda imediata às vítimas da tragédia, a iniciativa teve o obje-tivo de viabilizar junto ao governo federal recursos para reconstruir as cidades do Vale do Itapocu castiga-das pela pior enchente da história de Santa Catarina. Os números da tra-gédia integram relatório entregues ao Governo do Estado e ao Fórum Parlamentar Catarinense com o ob-jetivo de assegurar os recursos.

“Queremos que parte dos recursos para a reconstrução do Estado venha para esta região, que foi também du-ramente castigada”, disse o presiden-te do Cejas, Guido Bretzke.

Com prejuízo estimado em R$ 300 milhões e 8,2 mil casas danificadas ou derrubadas, Vale do Itapocu dá exemplo de solidariedade, mas espera resposta governamental para reconstruir região

Vale do Itapocu unido pela reconstrução

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Page 21: Revista Negócios - Ed. 01

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Page 22: Revista Negócios - Ed. 01

‘Se nós não temos voz, como vamos reivindicar?’

Empresário Guido Jackson Bretzke, presidente reeleito da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS) e do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul (Cejas), permanece no comando até o ano 2010

Para se desenvolverem,

as empresas precisam

contar com uma condição favorável para a comunidade”

entrevista

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No comando da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS) até fevereiro de 2010, Guido Jackson Bretzke assume o segun-

do mandato pronto a atuar sobre vá-rias frentes sempre com foco no asso-ciativismo. O empresário de 39 anos, que preside a Bretzke Alimentos desde

maio de 2001, é conhecido pelo per-fil arrojado e agregador. Além de ter transformado uma empresa em con-cordata em uma gigante do ramo ali-mentício, o administrador de empresas imprime uma imagem ainda mais forte à ACIJS, que é o epicentro empresarial de uma região economicamente pujan-te. Na liderança de uma entidade que

une mais de 1 mil empresas, Bretzke fala à Revista Negócios sobre os pro-jetos dos próximos dois anos. Com a mesma determinação com que condu-ziu a entidade até então, o empresário defende o trabalho coletivo, um novo modelo de desenvolvimento para a re-gião e atuação além dos interesses do setor produtivo. Confira a entrevista.

Page 23: Revista Negócios - Ed. 01

Revista Negócios – Quais são as prioridades da gestão 2009-2010?Guido Bretzke – A nossa gestão não tem uma bandeira específica, a carac-terística da ACIJS tem sido de atuar coletivamente. Nós preservamos as mesmas bandeiras das gestões ante-riores, buscando respostas às neces-sidades da região em questões que preocupam mais, como infraestrutura, neste caso falando de rodovias ou dos sistemas de telefonia e transmissão de dados, por exemplo. Mas faremos as cobranças de maneira geral, pensan-do sempre no interesse dos associados e da comunidade.

RN – Como se dará essa atuação, isolada ou envolvendo outros se-tores?GB – A ACIJS nunca pautou suas ações apenas pelo interesse do setor produ-tivo. Muitas questões que levantamos em plenária de maneira geral inde-pendem da entidade, mas ao mesmo tempo estão ligadas ao que chama-mos bom ambiente de negócios. Isso significa dizer que as empresas, para se desenvolverem, precisam contar com uma condição favorável para a comunidade, pois os trabalhadores vi-vem aqui e se tiverem uma cidade com boa qualidade de vida isto vai refletir na sua atividade profissional. Além disso, as posições que a entidade vier a adotar acabam influenciando numa tomada de decisão pelo Poder Públi-co, principalmente.

RN – Como se dá a atuação da di-retoria?GB – Uma característica marcante que fazemos questão de implementar é o envolvimento dos vice-presidentes. Cada vice é responsável por uma pas-ta e em torno dela há os projetos nos quais estão envolvidos. Isto permite que a diretoria se sinta comprometida com o objetivo maior da entidade, e ao mesmo tempo permite que cada vice-presidente se sinta envolvido com as suas ações específicas. O resultado tem sido extraordinário, graças ao en-gajamento da nossa equipe.

RN – Esta forma de atuação traz que tipo de resultados?

GB – O principal deles é de mostrar ao associado que a entidade atua em várias frentes, e não apenas no que se-ria sua função primordial de contribuir para que as empresas possam buscar a melhoria da gestão.Tivemos muitos avanços na questão dos treinamentos, nas atividades in-ternas, na gestão dos recursos que são colocados à disposição dos asso-ciados. Mas a ação externa dá uma visibilidade que se acentua mais, sem dúvida. Há ações fortes em projetos como o das creches, na melhoria da comunicação, no apoio aos hospitais, entre outras necessidades que benefi-ciam a coletividade. Ainda que muita coisa não tenha se realizado, mar-camos presença junto aos governos municipal, estadual e federal, para o encaminhamento das soluções.

RN – Um tema recorrente é o da falta de representatividade políti-ca...GB – Nos custa entender como Jara-guá do Sul, por sua força econômica, pelo forte envolvimento do empre-sariado com a comunidade, não tem expressividade política. Queremos

reverter esse quadro, vamos procu-rar fortalecer a representatividade política, ouvindo os candidatos e no trabalho de conscientização para que a população vote corretamente. Mas não basta apenas a entidade querer, é preciso que as pessoas se motivem. Votando em candidatos comprome-tidos com a região, independente da cidade de onde estas pessoas vieram, pois é aqui que elas trabalham e for-mam suas famílias. Também é preciso que os candidatos e os partidos se de-sapeguem das suas vaidades, dos seus interesses pessoais. Nós não podemos interferir na vontade das pessoas, nas decisões dos partidos, mas vamos ten-tar conscientizá-los.

RN – Até que ponto não ter de-putados e senadores eleitos pela região compromete o desenvolvi-mento da região?GB – Se nós não temos voz, como va-mos reivindicar? Os recursos estão em Florianópolis, estão em Brasília, onde são tomadas as decisões. Se nós tivés-semos representatividade, obras como a duplicação da BR-280 já estariam concluídas ou adiantadas. Não digo que nós vamos conseguir sempre tudo facilmente, mas hoje sentimos essa ca-rência que não condiz com a grandeza da nossa região. Costumo dizer que as cadeiras estão lá, na Câmara de Vere-adores, na Assembléia Legislativa, no Senado, se os bons, as pessoas sérias e comprometidas não ocuparem esses espaços, sempre haverá condição da-queles menos comprometidos toma-rem este lugar.

Nos custa entender como Jaraguá do Sul, por sua

força econômica, pelo forte

envolvimento do empresariado com

a comunidade, não tem

expressividade política”

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Page 24: Revista Negócios - Ed. 01

entrevista

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RN – O senhor também tem enfati-zado a necessidade de Jaraguá do Sul repensar o seu modelo de de-senvolvimento.GB – Esta é uma questão crucial, es-pecialmente depois das tragédias que tivemos no final do ano. Lamentavel-mente passamos por momentos de muita tristeza, muito disto causado pela falta de cuidado com a ocupa-ção do solo, com a urbanização das áreas. É isto que estamos propondo, uma discussão que envolva todos os segmentos, como o Projaraguá, que tem um papel importante como orien-tador deste planejamento, ajudando a Prefeitura. Isto passa por muitas ques-tões.

RN - Incluindo a questão do meio ambiente?GB – Sem dúvida. Hoje nós estamos pagando caro porque não contamos com um sistema de tratamento e des-tinação do lixo. Então envolve muitos pontos, na preservação da Bacia Hi-drográfica, na definição de loteamen-

tos, na construção de edifícios, na mobilidade urbana. Enfim, cuidando da cidade que queremos para as no-vas gerações. O que implica em saber o que queremos em termos de cresci-mento.

RN – Um projeto que ganha muito espaço é o de Núcleos Setoriais?GB – Entendo que os Núcleos Setoriais são formadores de novas lideranças. Na própria diretoria temos exemplos de pessoas que passaram pelos nú-cleos, em diretorias anteriores esta também foi uma coisa positiva. Se incentivarmos essas pessoas, empre-endedoras, a participar cada vez mais, a entidade continuará com este ciclo positivo de valorizar os empreendedo-res da nossa comunidade.

RN – O senhor preside o CEJAS, que traz uma integração maior das entidades. Certo?GB – Historicamente, Jaraguá do Sul tem essa característica de contar com pessoas que colocam os interesses da

comunidade em primeiro plano. Nes-te sentido, o CEJAS é uma ideia do verdadeiro associativismo, pois as en-tidades de classe atuam em uma úni-ca direção. Evidentemente, elas têm as suas questões específicas porque afinal representam um determinado segmento. Mas nas questões maiores, que tratam coletivamente, elas se in-tegram no Centro Empresarial.

Hoje nós estamos pagando

caro porque não contamos

com um sistema de tratamento

do lixo

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A Fiesc entregou em meados de abril, ao presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Jorginho Mello, a Agenda Legislativa da Indústria 2009. O documento, a ser entregue também para todos os de-putados estaduais catarinenses, con-tém uma análise e o posicionamento da Fiesc sobre 26 projetos de lei sele-cionados em tramitação na Alesc que podem ter impactos sobre as indús-trias do Estado. De acordo com o pri-meiro vice-presidente e presidente da Câmara de Assuntos Tributários e Le-gislativos da Fiesc, Glauco José Côrte, a Agenda é importante porque firma a posição da federação e da indústria catarinense sobre projetos e questões importantes em discussão na Alesc.

Fiesc lança agenda industrial para 2009

Setor têxtil reunido em Blumenau

indústria em foco

2�

O fim do chamado imposto do cheque (CPMF) não deixou saudades. Em janeiro, quando se completou um ano da sus-pensão da cobrança, a carga tributária brasileira apresentou um novo recorde. A arrecada-ção em 2008 foi equivalente a 35,49% do Produto Interno Bruto (PIB), 0,70 ponto percen-tual acima dos 34,79% atingi-dos no período de 2007.

Mesmo sem a CPMF, no en-tanto, a carga tributária conti-nua alta no País, ultrapassando, em 2008, a casa do R$ 1 tri-lhão, que representa uma mor-dida de 7% maior em relação à de 2007.

CPMF nãofaz falta

Indústrias têxteis do Brasil e da América Latina se reúnem em Blu-menau, de 12 a 15 de maio, para a 10ª edição da Texfair do Brasil – Fei-ra Internacional da Indústria Têxtil. O evento, que apresenta os lan-çamentos da Primavera-Verão/2010, é promovido pelo Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex) e ocorre no Parque Vila Germânica. Em nove anos, a feira teve a visita-

ção de aproximadamente 185 mil pessoas, reunindo a cada edição uma média de 200 expositores e 400 marcas. Os têxteis

do Vale do Itapocu estarão presentes no evento que mostra o melhor em produtos de

cama, mesa, banho, vestuário, malharia e deco-

ração.

Setor têxtil reunido em Blumenau

Page 27: Revista Negócios - Ed. 01

27

Se o fim da CPMF trouxe alívio, o mesmo não se pode dizer dos tributos estaduais. Um estudo do consultor em finanças públicas Amir Khairos, feito com base em dados da Receita Federal, mostra que os Estados foram ainda mais vorazes que o governo federal e se tornaram os principais vilões do aumento da carga tributária. Para o aumento de 0,70 ponto percentual na carga, os Estados contribuí-ram com 0,42 ponto, enquanto a União respondeu por 0,25 e os municípios por apenas 0,04. De janeiro a outubro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte de ar-recadação dos governos estaduais e maior tributo do país, cresceu 13,4% acima da inflação medida pelo IPCA, superando o crescimen-to ocorrido no conjunto das receitas da União (10,3%). Segundo Khair, isso se deve basicamente à substituição tributária que tem sido adotada cada vez mais pelos Estados e cujos resultados deverão ser intensificados em 2009.

Estados são mais vorazes

Santa Catarina movimentou no ano passado US$ 17,8 bilhões em operações de comércio exterior. Do montante, US$ 9,9 bilhões foram exportados e US$ 7,9 bilhões, importados. Em relação a 2007, o número representa cerca de 30% de crescimento em negócios internacionais no estado. O cruzamento de dados foi realizado em fevereiro pelo portal Noti-center com dados oficiais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior. Itajaí continua sendo a cidade com maior movimentação: US$ 6,2 bilhões. A hegemonia do município no setor garante os maiores números do Estado em importação (US$ 3,2 bi-lhões) e exportação (US$ 2,9 bilhões). De 2007 para 2008, a movimentação internacional de Itajaí cresceu mais de 40%. O segundo lugar no ranking do comércio exterior em Santa Catarina continua sendo de Joinville, com US$ 2,4 bilhões em movimentação. A cida-de exportou US$ 1,7 bilhão e importou US$ 754 milhões em 2008. Em terceiro, Jaraguá do Sul (com o montante total de US$ 1 bilhão) e em quarto Blume-nau, com US$ 909 milhões.

SC perde com as exportações

O aumento de 10 dias no prazo de pagamento dos impostos fe-derais anunciado no final do ano pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ajudará empresas brasileiras a superar a falta de liquidez e a escassez de crédito provocada pela crise financeira internacional. “A medida terá impacto positivo, principalmente para as pequenas e médias empresas”, avalia o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. Ele destacou, no entanto, que o governo deveria estender o prazo de recolhimento da Con-tribuição para o Financiamento da Seguri-dade Social (Cofins) e do Programa de In-tegração Social para o último dia do mês. Isso porque, ao adiar do dia 20 para o dia 25 do mês, o prazo de recolhimento das duas contribuições aumentou em apenas cinco dias e não dez, como ocorreu com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Impos-to de Renda na fonte e as contribuições à Previdência So-cial.

Ajuda providencial

NÚMEROS

- R$ 1 trilhão é quanto os brasileiros pagaram em impostos em 2008

- 7% é quanto cresceu a arrecadação com impostos em 2008, em comparação com 2007

- 13,4% é quanto aumentou a arrecadação de ICMS acima da inflação oficial

- R$ 3,2 bilhões foi o total pago pelas empresas referente à CPMF residual em 2008

- R$ 81 bilhões é a receita extra, o dobro da que seria obtida com a CPMF

Page 28: Revista Negócios - Ed. 01

Embora o direito à saúde seja assegurado pela Constitui-ção Federal, que define como obrigação do estado aten-der a população por meio da

atenção hospitalar e ambulatorial, em Jaraguá do Sul os empresários perce-beram que não dá para esperar. Prova disso é o apoio financeiro dado por empresas da região, articuladas pelas associações empresariais a hospitais, do mesmo modo que a iniciativa pri-vada ajuda em áreas como educação e cultura, consideradas essenciais para um bom ambiente de negócios.

“Temos clareza das limitações do Poder Público. Por isso, acabamos nos antecipando e, muitas vezes, toma-mos a iniciativa de fazer o que caberia ao Estado”, diz o presidente da Asso-ciação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), Guido Jackson Bretzke. “Mas nem por isso deixamos de estar sem-pre cobrando que o Poder Público faça o que lhe cabe”.

A responsabilidade social das em-presas de Jaraguá do Sul está trans-formando os dois principais centros hospitalares do município em refe-rência. O assunto é tratado como di-retriz no planejamento estratégico da entidade empresarial. “Como não há em Jaraguá do Sul hospitais públicos, coube às empresas contribuírem para que as duas unidades filantrópicas de saúde tivessem condições de atender

a população local”, comenta Bretzke, referindo-se aos hospitais São José – que vem recebendo várias melhorias e caminha para se tornar um centro de excelência em tratamento contra o câncer – e ao Hospital Jaraguá – tam-bém buscando se tornar referência em doenças cardíacas – e iniciando um ousado projeto de ampliação.

Participação na gestão

O envolvimento da ACIJS com a estrutura hospitalar começou em 2003, com a assinatura de um con-vênio com a Congregação das Irmãs da Divina Providência, instituição re-ligiosa até então mantenedora do Hospital e Maternidade São José. Na época, ficou estabelecido que a Asso-ciação Empresarial buscaria formas de apoiar o saneamento financeiro e im-plementar melhorias na unidade de saúde somente se estas providências fossem acompanhadas por um forte choque de gestão. Assim, formou-se um Conselho Administrativo, presidi-do pelo ex-presidente da ACIJS, Paulo Luiz Mattos, e um Conselho de Cons-trução, liderado pelo empresário Vi-cente Donini, também ex-presidente da entidade.

Desde então, um plano de ação foi estabelecido com metas claras para os cinco anos seguintes. Mais de R$ 20 milhões já foram investidos,

com a participação do Poder Públi-co (Governo do Estado, Câmara de Vereadores e Prefeitura de Jaraguá do Sul) investindo R$ 6,5 milhões e a iniciativa privada mais de R$ 15,3 milhões. Neste período, o hospital ganhou novas UTI, centro cirúrgico, maternidade e Pronto Socorro, além de um Centro de Oncologia e de áre-as para internação, banco de sangue e outras instalações.

“Com o Centro de Oncologia, a comunidade passa a contar com uma referência de atendimento, evitando deslocamentos a outras regiões”, diz Paulo Mattos. Existe ainda a necessi-dade de investir mais R$ 10,2 milhões em 2009 e 2010, com melhorias na Ala Santo Antonio – dedicada aos pa-cientes do SUS –, e a construção da segunda UTI com 10 leitos.

Seguindo o mesmo caminho, o Hospital e Maternidade Jaraguá tam-bém vem colocando em prática um ambicioso projeto de ampliação da unidade, que passará dos atuais 4,4 mil metros quadrados para 10.805,74 metros quadrados e na sua moder-nização completa, focada principal-mente na construção de uma uni-dade cardiovascular. O investimento totaliza R$ 12,2 milhões somente nas obras físicas, alcançando R$ 20,2 mi-lhões com a inclusão de equipamen-tos, área de estacionamento e em obras complementares.

Parceriapela saúdeResponsabilidade social das empresas de Jaraguá do Sul está transformando os dois principais centros hospitalares do município em referência

institucional

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Hospital São José caminha para se tornar referência no

tratamento de câncer

Page 29: Revista Negócios - Ed. 01

Presidente do Conselho Deliberativo, o ex-presi-dente da ACIJS Rodolfo Francisco Hufenüssler ressalta novos serviços que o hospital mantido pela Comuni-dade Evangélica Luterana passará a dispor, como uma moderna unidade cardiovascular dotada de hemodinâ-mica, centro cirúrgico, UTI coronariana, 80 leitos, en-tre outros ambientes e recursos. Conforme o diretor administrativo Hilário Dalmann, a estrutura permitirá atender não apenas aos pacientes de Jaraguá do Sul e do Vale do Itapocu, mas também do Planalto Norte, como Canoinhas e Mafra. São 600 mil habitantes nes-tas três regiões, aonde os índices de mortes por fatores cardiovasculares chega a 24,28% segundo pesquisa realizada nas Secretarias Regionais.

Para viabilizar a obra, parcerias estão sendo busca-das. O governo do Estado garantiu participação com R$ 4 milhões, sendo que R$ 1 milhão já liberado e mais R$ 1 milhão dentro de 30 dias. Além de recursos pú-blicos, o plano já contou com a participação da Brasil Telecom na divulgação da campanha, que prevê a cap-tação junto a empresas e por meio de contribuições, via carnês, da comunidade.

Municípios da região apoiam iniciativa

Em Guaramirim, a Associação Empresarial também vem apoiando a modernização do Hospital Santo An-tonio, único hospital do município. Além de repassar ajuda financeira, a ACIAG vem estimulando a classe empresarial a participar do projeto que prevê investi-mentos de R$ 834 mil. Em Massaranduba, o empenho é para dar condições plenas ao hospital que atende a região. Em Corupá e Schroeder, cidades que não con-tam com hospitais, as associações também se mostram favoráveis aos investimentos no sistema de saúde de Jaraguá do Sul.

Estrutura diferenciada para atender a toda comunidade

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Entidades & Negócios

Se no cenário político o Vale do Itapocu deixa a desejar, na represen-tação empresarial a região vai bem. Além de ocupar uma vice-presidên-cia e uma das diretorias da Fiesc, e quatro vice-presidências da Facisc, mais duas entidades passaram a ser conduzidas por lideranças da região. O ex-presidente da APEVI, Márcio Manoel da Silveira, foi empossado na presidência da Federação das Associações das Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Fam-pesc), e Bruno Breithaupt ocupa o cargo no Sistema Federação do Co-mércio de Santa Catarina (Fecomér-cio). Ex-presidente da ACIJS, Bruno Breithoupt reiterou que irá ampliar parcerias com o Poder Público muni-cipal nas cidades catarinenses, como forma de participar ativamente do desenvolvimento do Estado, reali-zando junto ao empresariado e aos

administradores públicos, iniciativas que garantam a educação, qualida-de de vida, emprego e renda.

Representantes do Banco Mun-dial conheceram de perto o Projeto Microbacias 2, que estabelece uma série de ações na região. A mis-são foi recepcionada pelo secretá-rio executivo estadual do projeto,

Athos de Almeida Lopes, e pelo gerente regional da Epagri, Onévio Zabot, e pela Secretaria de Desen-volvimento Regional. A equipe for-mada por visitantes da Austrália, Espanha e Itália conheceu de perto o trabalho realizado pelo Núcleo de Secagem da Fibra da Bananeira. A iniciativa busca fomentar a ven-da da fibra da bananeira e agregar valor ao produto. Uma das ideias é investir em treinamentos, capacita-ção e buscar apoio técnico de de-signers para estudar a aplicabilida-de da matéria-prima. “O mercado europeu tem interesse no produto, pois valoriza os pequenos produto-res e os produtos ecologicamente corretos”, disse a australiana Anna Roumani, especialista em desenvol-vimento rural.

Força associativista

Projeto Microbacias

As vendas das empresas ca-tarinenses ao exterior sofreram queda de 21,86% no período de janeiro a março, na compa-ração com o mesmo período de 2008. Segundo levantamento da Fiesc com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os embarques ficaram em US$ 1,41 bilhão no primeiro trimestre. As importações também se redu-ziram na mesma comparação, porém apenas 6,03%, para US$ 1,66 bilhão. Com isso, a balança comercial catarinense registrou déficit de US$ 256,96 milhões nos três primeiros meses do ano, o primeiro saldo negativo no pe-ríodo desde 1989, último dado disponível no sistema do MDIC.

Exportaçõesem baixa

Desde o final de 2008, o Cen-tro Universitário de Jaraguá do Sul (Unerj) e o Fórum Permanen-te de Desenvolvimento de Jara-guá do Sul (Projaraguá) realizam a pesquisa ‘Cidadania e Seguran-ça’. Com duração de 12 meses, o trabalho tem como objetivo conhecer como a população do município percebe as questões relacionadas à segurança pública e como avalia o atendimento ofe-recido pelas diversas instituições que prestam serviços nesta área.

Cidadania e Segurança em pesquisa

institucional

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institucional

Produtos & Serviços

Muky cria espaço especial para a garotada

A Bretzke Alimentos, empresa de Jaraguá do Sul que fabrica o achocolatado Muky, in-veste na web. O site muky.com.br ganhou uma cara nova, visando a ampliar o relaciona-mento com o consumidor. Interatividade e a conectividade são pontos fortes para a explo-ração no site, que conta com atualizações de várias áreas, como: curiosidades, atualidades, informações sobre o Brasil, jornal colaborativo, além de um espaço recheado de diversão com jogos inteligentes.

Brinde da Paládio Simara

A agência OWP Comunicação, em parceria com a estilista Nadieska Reiser (Rosa Line) desenvolveu uma flanela de óculos especial para comemorar os 20 anos da Ótica e Joalheria Paládio Simara. O brin-de personalizado traz uma estampa alusiva às duas décadas de história da empresa, com sede em Jara-guá do Sul. A campanha tem o mote “Duas décadas de moda. Duas décadas de brilho.”, com o intuito de reforçar que as jóias, relógios e óculos da Paládio Simara possibilitam que seus clientes fiquem sempre na moda.

Meta disponibilizaescrituração eletrônica

O Grupo Meta esta colocando à disposição do merca-do o Sped - Sistema Público de Escrituração Digital, que engloba a NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), o Sped Contábil e o Sped Fiscal, que serão as formas como as empresas irão disponibilizar informações digitalmente para o fisco. O Sped Contábil é uma mudança na forma de apresen-tação ao fisco das informações contábeis onde serão en-tregues, entre outros, o Livro Diário, Razão, de Apuração de Inventário em arquivo digital para a Receita Federal. O Sped Fiscal é um meio de entrega das informações digitais para o fisco da apuração de impostos do ICMS e IPI, informações de entradas e saídas de mercadorias e registro de inventário. Conforme a empresa, a iniciativa é válida, pois irá reduzir a carga de obrigações acessórias, redução de recursos, otimizando as informações. Infor-mações pelo site www.grupometa.com.

Consultoria em Recursos Humanos

O Centro de Desenvolvimento de Habilidades (CE-DEHA), com atuação na região do Vale do Itapocu na prestação de serviços em seleção de profissionais, lançou a Consultoria para Seleção de Operacionais. Trata-se de um novo serviço com o objetivo de auxiliar as empresas na escolha dos melhores candidatos para exercer cargos operacionais. O processo envolve entrevista, aplicação de testes e apresentação dos resultados dos candidatos para a empresa, tudo acompanhado por psicólogo. Dessa forma são obtidas informações sobre a capacidade de aprendiza-gem, a rapidez e qualidade no trabalho, bem como aspec-tos pessoais e comportamentais fundamentais, de acordo com as necessidades do cargo e da empresa. Informações pelos telefones 3370-8940 e 9107-2747, ou no site www.cedeha.com.br.

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institucional

O fortalecimento do asso-ciativismo e a defesa de projetos que atendam aos interesses da região são bandeiras que as cinco

entidades que congregam o setor pro-dutivo do Vale do Itapocu reafirmam em 2009. O objetivo é atuar em uma única direção, ainda que respeitando os interesses de cada entidade. Schro-eder e Jaraguá do Sul não tiveram mu-dança na presidência, enquanto em Corupá, Guaramirim e Massaranduba houve mudanças.

O compromisso de atuarem inte-grados na região da Amvali foi enfa-tizado nas posses de Mauri da Silva (Massaranduba), Guido Jackson Bret-zke (Jaraguá do Sul), Heloísa Hertel Maiochi (Guaramirim) e Hermann Sue-

senbach (Corupá), assim como pelo presidente da Associação Empresarial de Schroeder, Ismário Bauer.

Reeleito para mais um período (2009-2010), o empresário Guido Bretzke diz que a entidade tem entre os principais desafios motivar as pes-soas a participar do associativismo. “Precisamos fazer com que cada vez mais empresários participem da enti-dade, pois assim conseguimos impor nossos anseios e aumentar a nossa for-ça”, assinala Guido. A questão política ganha ênfase para a ACIJS, ao lado da duplicação da BR-280. Em Guarami-rim, a mudança de diretoria colocou em evidência a participação feminina: de 33 cargos, 12 serão ocupados por empresárias. A presidente Eluisa Her-tel Maiochi é a primeira mulher a ocu-

par o cargo no município. Ela também destaca como prioridades a ação em parceria com os demais municípios vi-sando a assegurar maior peso político para a região. “Precisamos caminhar nessa direção para que nossos pleitos sejam atendidos com rapidez. O tra-balho das associações é fundamental para o desenvolvimento sustentável dos municípios”.

O presidente eleito da Associação Empresarial de Corupá (ACIAC), Her-mann Suesenbach, que também ocu-pa a vice-presidência regional Norte da Facisc, afirma que caminhar em sintonia é o mais adequado para as entidades da microrregião. “Somente com uma articulação, com interesses comuns, podemos obter respostas apositivas os nossos pleitos.

Entidades comprometidas com a regiãoSob nova direção na ACIAG, ACIAC e ACIAM e com diretorias reconduzidas na ACIJS e na ACIAS, entidades da Amvali elegem o associativismo como mecanismo para fortalecer setor produtivo

Hermann Suesenbach assumiu a liderança da ACIAC Eluisa Hertel Maiochi é primeira mulher na ACIAG

Guido Jackson Bretzke reassumiu a ACIJS e o CEJAS Schroeder manteve a diretoria para o próximo ano

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Câmara reconhece pequenas empresasSessão especial no Legislativo ressalta união de mais de 1 mil associados à Associação das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi), entidade que congrega associados da região

“Construir amigos e preservá-los é nosso maior empreendi-mento”, destacou o empresário Custódio

Vieira da Costa ao receber, no dia 31 de março, homenagem da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, em sessão especial dedicada à Associa-ção das Micro e Pequenas Empresas do Vale do Itapocu (Apevi).

O ex-presidente Custódio Vieira da Costa foi destacado por conduzir a Apevi de março de 2007 a março de 2009. Ele assumiu a presidência de 27 de março de 2007 a 12 de fevereiro de 2008, na vaga deixada pelo ex-presidente Márcio Mano-el da Silveira, que se licenciou para

ocupar a Secretaria de Desenvolvi-mento Econômico do município. Em 27 de março de 2008, tomou posse efetivamente como presidente, car-go que entregou no dia 19 de mar-ço ao empresário Edson Roberto Schmidt.

A sessão especial em alusão ao Dia Municipal da Micro e Pequena Empresa faz parte do calendário ofi-cial do município desde a aprovação da Lei nº 4215, de março de 2006, proposta pelo ex-vereador Dieter Janssen, que sugeriu a data como forma de reconhecer o trabalho das cerca de 1 mil empresas associadas à Apevi. Além disso, o dia 29 de mar-ço marca a fundação e registro da primeira associação do gênero do

Brasil, então chamada de Acimpevi. A Apevi é entidade parceira da As-sociação Empresarial de Jaraguá do Sul (ACIJS), no Centro Empresarial (CEJAS), na missão de fomentar a autossustentação, a união e o forta-lecimento das micro e pequenas em-presas, pela promoção da melhoria da gestão.

Foi fundada em 10 de setembro de 1985, tendo João Steinbacher, o Pedro Steinbacher, como primeiro presidente (1985 a 1986). Surgiu da iniciativa de empresários do ramo metal-mecânico e elétrico que, ao re-alizarem uma feira específica em Jara-guá do Sul, observaram a necessida-de das pequenas empresas se unirem em torno de uma associação.

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Bancada catarinense define projetos

cidades

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Se depender do esforço da bancada federal, Santa Ca-tarina pode ser beneficiada com recursos que podem fazer frente a algumas das

principais reivindicações do Estado. Após uma série de reuniões para de-finir as prioridades por região, os parlamentares definiram os projetos que foram incluídos como emendas ao Orçamento da União para 2009. Com base nas propostas, o valor total das emendas chega a R$ 650 milhões apresentadas pelos deputados e sena-dores que representam o Estado, além de outros R$ 150 milhões incluídos pelo relator-geral do orçamento, se-nador Delcídio Amaral, para ajudar na recuperação das áreas atingidas pelas chuvas que ocorreram nos últimos meses do ano passado.

As propostas foram definidas du-rante reuniões em várias regiões, ain-da sob a liderança da senadora Ideli Salvatti (PT), então coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense, re-centemente substituída na função pelo deputado federal Gervásio Silva (PSDB). Apesar de estar presente no Orçamen-to da União, porém, a aprovação das emendas não garante a liberação para Santa Catarina, o que exige a atuação e cobrança dos setores organizados da sociedade. Mauro Bramorski, vice-pre-sidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) para assuntos de mico e pequenas empresas, entende que a falta de re-presentatividade da região traz dificul-dades na articulação. Ele acompanhou as discussões das emendas, na época como presidente da ACIAM, e como dirigente da Facisc, e lamenta a au-sência de maior organização política do Vale do Itapocu. “Está bem claro que poderíamos buscar mais recursos se politicamente estivéssemos mais organizados”, pondera. Alessandro

Vargas, secretário-executivo da Asso-ciação dos Municípios do Vale do Ita-pocu (Amvali), acompanhou uma das reuniões, em Joinville, apresentando os pleitos da região. “Consideramos a reunião produtiva, acreditamos que as propostas defendidas serão contem-pladas”, disse. “Tivemos a presença de praticamente todos os parlamenta-res catarinenses e acordamos 12 emen-das, fomos para o voto em apenas três. Acredito que a decisão do destino dos

recursos para Santa Catarina foi feita de forma democrática e transparente”, disse Ideli. Ao todo a bancada catari-nense tem direito a 18 emendas, mas três são escolhidas pelos senadores. Ela destaca que nas reuniões regio-nais foram listadas todas as sugestões destacadas pelos setores organizados da sociedade. “Por esta razão, muitas emendas escolhidas estão dentro das expectativas da população de cada re-gião catarinense,” explicou.

Propostas para o Estado de Santa Catarina foram definidas em reuniões nas regiões, ainda sob a liderança da senadora Ideli Salvatti (PT), então coordenadora do Fórum Parlamentar Catarinense

Confira as emendas aprovadas pela bancada

- Adequação de Trecho Rodoviário Oeste/Florianópolis/BR-282- Adequação de Trecho Rodoviário na BR-470- Segunda Etapa da Interligação do Aeroporto de Florianópolis- Construção da Ponte Itajaí/Navegantes- Implantação da Universidade Federal da Mesorregião do Mercosul/Chapecó- Contorno do Anel Viário de Gaspar- Contenção de Cheias na Região da Foz do Rio Itajaí-Açú- Apoio a Implantação de Infraestrutura Aquícola e Pesqueira

- Construção e Adequação de Trecho Rodoviário Timbé do Sul/São José dos Ausentes/BR-285- Apoio à Uniplac (Universidade do Planalto Catarinense)- Ações de infraestrutura urbana em Joinville- Adequação de Trecho Rodoviário Jaraguá do Sul/Porto União/BR-280- Infraestrutura urbana de São José- Saneamento Básico na Grande Florianópolis- Reforma e Ampliação do Aeroporto de Chapecó

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acontece

MAIO

Planejamento Estratégico da ACIAC

Data: a definir

Local: Centro Empresarial de Corupá

Horário: 19h

Curso de Formação de Preço de Venda para a Indústria

Data: 18 a 21

Local: Centro Empresarial de Corupá

Horário: 19h às 22h30min

Realização: ACIAC e SEBRAE

Palestra “Como Conciliar Mãe, Mulher e Empresária”

Data: a definir

Local: Centro Empresarial de Corupá

Horário: 19h30min

JUNHO

Palestra Motivacional

Data: a definir

Horário: 19h30min

Local: Centro Empresarial de Corupá

Realização: ACIAC e SEBRAE

Curso de Análise de Crédito e Cobrança

Data: 15 a 18

Local: Centro Empresarial de Corupá

Horário: 19h às 22h30min

Realização: ACIAC e SEBRAE

ACIAC

13 de maio / 10 de junho 13h30min Consultoria BRDE Local:ACIAG

9 de maio / 6 de junho 8h30min - sem fechar para almoço Sábado Aberto Local:Comércio de Guaramirim

4 de maio 20h Palestra Teatro Seu Chico & Cia - “A incrível arte de vencer” Local:Auditório ACIAG

Cursos

Cadastro Crédito e Cobrança - maio de 2009 Planejamento Estratégico na Prática - maio de 2009 Negociação Eficaz - Junho de 2009 Neurolinguistica em Vendas - Junho de 2009 Grande Palestra em comemora-ção aos 31 anos da ACIAG - Julho de 2009

ACIAG

MAIO

05, 06, 12 e 13 - 18h30min às 22h30min Curso avançado de Desenvolvimento de Líderes

06 e 07 - 18h30min às 22h30min Curso Produtos de Investimento19, 20 e 21 - 18h30min às 22h30min Curso Neurolinguística na Prática20, 21 e 22 - 18h30min às 22h30min Curso Plano de Marketing para a Micro e a Pequena Empresa25, 26, 27 e 28 - 18h30min às 22h30min Curso de Formação de Auditores Internos de Sistema de Gestão da Qualidade

ACIJS

• 05/05 Reunião de Diretoria 19h30min

• 07/05 Núcleo de RH 15h30min

• 19/05 Reunião de Diretoria 18h30min

• 21/05 Núcleo de RH 15h30min

• 12/05 Núcleo do Comércio 19h30min

• 26/05 Núcleo do Comércio 19h30min

ACIAS

• 02/06 Reunião de Diretoria 18h30min

• 04/06 Núcleo de RH 15h30min

• 16/06 Reunião de Diretoria 18h30min

• 18/06 Núcleo de RH

15h30min

• 09/06 Núcleo do Comércio 19h30min

• 23/06 Núcleo do Comércio 19h30min

• 30/06 Reunião de Diretoria 18h30min

MAIO

JUNHO

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ponto de vista

A inovação é o caminho a ser trilhado pelas empre-sas que querem desenvol-ver soluções criativas que a levem a ganhar espaço

no mercado, buscando diferenciação, pós-venda convincente, avanços sig-nificativos em produtos e processos produtivos. Trata-se de um processo que vai além do lançamento ou cria-ção de novos produtos, envolve mais que projetistas e engenheiros e pode ocorrer a cada minuto.

Para falar em inovação, é preciso ter uma equipe que contemple a di-versidade cultural, racial, de talentos e de ideias existentes. Cada um tra-

zendo um pouco de sua vivência para contribuir nesse processo. Mas a quem cabe essa visão da multiplicidade de competências? A você, líder e empre-endedor. É a liderança que deve captar sonhos, abordar de frente as pessoas e buscar nelas o que há de melhor para deslanchar o processo da inovação.

Vencida esta etapa, o líder deve identificar as mudanças necessárias para que as ideias inovadoras possam fluir. Será exigida muita transpiração, mas as pessoas têm que sentir esse processo como uma forma prazerosa de desenvolver seu trabalho. Isso só acontece quando há um diagnóstico preciso dos rumos que a empresa es-pera tomar e por onde vai caminhar. A partir daí, a inovação deve estar alinhada à estratégia da empresa e impregnada na mentalidade do ne-gócio.

É preciso vencer resistências, espe-cialmente as internas, para que o pro-cesso de inovação avance. Mostrar a todos que o foco é o cliente. Há uma necessária mudança de comporta-mento, que só virá se após a mudança da consciência, a forma de pensar.

Inovar significa conhecer as neces-sidades do cliente, observá-lo atenta-mente e saber ler os seus sinais. Pro-dutos e processos inovadores surgiram da antecipação de necessidades do mercado que romperam com muito do que já existia anteriormente. Não se trata apenas de aperfeiçoar o que já existe, mas de criar algo realmente novo. A partir desta provocação, cabe a cada líder refletir se vale a pena cor-rer riscos e cometer erros, lembrando que sem erros não se inova. As me-lhores empresas do mundo passaram por isso e conquistaram o sucesso. O próximo pode ser o seu negócio.

Maria Aparecida Pereira GonçalvesDiretora da Stagio Propriedade

Intelectual e Inovitae

Inovação, desafio permanente

É preciso vencer

resistências, especialmente

as internas, para que o processo de inovação

avance. Mostrar a todos que o foco

é o cliente”

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