TRANSPORTE DE ÓRGÃOS E SANGUE Prof: Manoel Roman Camila Stocco Gislene Berto.

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TRANSPORTE DE ÓRGÃOS E SANGUE Prof: Manoel Roman Camila Stocco Gislene Berto

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TRANSPORTE DE

ÓRGÃOS E SANGUE

Prof: Manoel Roman

Camila StoccoGislene Berto

Introdução

Em 2011 o Brasil atingiu o número recorde de 23.397 transplantes de órgãos realizados. Somente na última década, este procedimento cresceu 124%, e desde 2001 somos parceiros do Ministério da Saúde para o transporte gratuito de órgãos.

Curiosidades- Os órgãos para transplante fazem parte de uma restrita lista de itens que não devem passar pelo detector de metais, uma preocupação para garantir as características naturais deles;-A aeronave que transporta um órgão possui prioridade no momento da decolagem;- O compartimento com o órgão deve ser acomodado na cabine aos cuidados do comandante do voo;- Antes de qualquer passageiro, deve ser efetuado o desembarque do órgão transportado;- Em 10 anos já transportamos gratuitamente mais de 6 mil órgãos.

Sistema Nacional de Transplante (SNT)

Adotado no Brasil tem a concepção de fila única de transplante com o propósito de garantir o acesso universal, justo e gratuito aos órgãos disponíveis. Assim, ao administrar as questões legais, morais e técnicas que envolvem todo o processo de transplante, o SNT busca garantir que os órgãos doados cheguem em tempo hábil a receptores previamente listados em conformidade com as determinações legais.

Aspectos logístico O transplante envolve o processo de

acondicionamento, armazenagem e transporte de órgãos dentro de tempo pré- determinados pelo tempo de isquemia de cada órgão, levando em consideração as distâncias entre o centro de captação e o da implantação. Além disso, também estão envolvidos aspectos mais específicos como o agendamento de salas cirúrgicas, material e equipamentos especializados.

Todo este processo inicia-se após a identificação da morte encefálica do potencial doador e sua notificação à Central de Transplante; sua efetividade, por sua vez, depende da rapidez e precisão com que o processo é conduzido.

Segundo a própria SNT, os aspectos logísticos são grandes responsáveis pela não efetivação de transplante após a constatação de morte encefálica.

Causa de NÃO efetivação do Transplante

LegislaçãoA lei 9434/97, que dispõe sobre a remoção de

órgãos e tecidos para transplantes, chega a abordar o transporte de forma geral.

O transportador e o serviço de saúde que realizam transporte de material biológico humano devem ser cadastrados na Anvisa, informando no mínimo, dados de identificação, tipo de material biológico a transportar e documentos de licenciamento sanitário emitido pela vigilância sanitária local, conforme procedimento ou norma específica.

A padronização pode ainda fazer com que o órgão chegue mais rápido ao receptor. “Se há procedimentos já estabelecidos, padronizados, eles tendem a ser executados em um tempo ideal”,

“A idéia da legislação é alcançar todos os envolvidos na cadeia do transporte.

Minimizar os riscos sanitários durante o transporte é garantir que as condições fisiológicas do órgão sejam preservadas, que não ocorra contaminação e consequentemente, reduzir as possibilidades de rejeição no paciente”, pontua o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano.

Obrigações do transportador

Art. 32. O transportador deve garantir a infra-estrutura necessária ao processo de transporte, considerando o tipo e a especificidade do material biológico humano.

Art. 33. O transportador deve portar durante o transporte de material biológico humano os seguintes documentos:

I- identificação da expedição/carga;II- documento emitido pela vigilância

sanitária competente para o transporte, quando necessário; e

III - Formulário de Informação de Segurança para Transporte de Material Biológico Humano.

Art. 34. O transportador deve comunicar ao expedidor e ao destinatário qualquer não conformidade na embalagem e documentação para a tomada de medidas corretivas cabíveis.

As atividades que estão relacionadas ao transporte dos órgãos devem conter as

ações preparativas, que são: Acondicionamento e embalagem: local onde será

guardado o órgão até o local onde será realizada a cirurgia;

Rotulagem e sinalização: identificação na embalagem descrevendo o conteúdo que será transportado;

Armazenamento temporário: caixa isotérmica que irá proteger a embalagem;

Entrega e recebimento do órgão transportado: desde a retirada do órgão do doador, todos os dados devem ser registrados para que na hora do recebimento, a equipe verifique as condições do órgão e a integridade das embalagens e rótulos. Se não existirem erros, o transplante será realizado.

Quanto ao Acondicionamento

O acondicionamento deve se dar de forma asséptica, utilizando-se uma embalagem primária (que fica em contato direto com o material), duas secundárias (que ficam entre a primária e a externa) e uma terciária, a mais externa de todas. As embalagens primária e secundárias devem ser estéreis, transparentes, resistentes e impermeáveis, além de não oferecer risco de citotoxicidade. A embalagem terciária deve ser preenchida com gelo em quantidade suficiente para manter a temperatura pelo tempo necessário. 

Observaram-se casos de perda e deterioração prematura do órgão, devido à queima do tecido pelo contato não homogêneo com as embalagens de gelo. Segundo Dr. Fernando A. G. Guimarães, médico cujo defendeu tese de mestrado de “Câmara Hiperbárica refrigerada para a preservação de órgãos e tecidos”, concluiu que órgãos transportados com controle de temperatura e pressão, demonstraram resultados de melhor conservação. Este sistema é baseado em um equipamento, que consiste de um vaso hermeticamente pressurizado com oxigênio puro e temperatura controlada.

Órgão para transplante é embarcado no voo errado em SP

 Um voo da TAM entre São Paulo e Rio atrasar cerca de dez minutos, como ocorreu na manhã desta sexta-feira, é coisa que ocorre com certa frequência.

O inusitado no voo JJ3910, entretanto, é o motivo. O voo atrasou porque o comandante da aeronave percebeu que estava transportando um órgão vivo, para transplante, que deveria seguir para um hospital de Brasília.

O piloto só percebeu o engano quando já preparava a decolagem da aeronave, que deveria deixar o aeroporto de Congonhas às 8h30 com destino ao Santos Dumont.

Como o voo para Brasília ainda não havia decolado, segundo a TAM, deu tempo de fazer a troca e o órgão chegou a tempo no Distrito Federal, por volta das 10h30.

De acordo com a companhia aérea, o transporte de órgãos é feito com frequência nas aeronaves devido a uma parceria da empresa com o Ministério da Saúde. Os órgãos são levados sempre na cabine, sem identificação de qual parte do corpo pertencem.A empresa afirma que o engano de hoje pode ter sido causado pelo reposicionamento das aeronaves, o que levou funcionários a embarcarem o recipiente no voo errado.

Para a sorte do paciente, o piloto não estava distraído.

Reportagem da folha de são Paulo 13/01/2012 - 20h32

 

O transporte, de maneira geral, é o meio pelo qual o órgão será levado do remetente para seu destinatário por um transportador. Deve ser feito de forma segura pra não danificar aquilo que está transportando. É importante ressaltar que cada órgão possui um tempo limite para a realização do transplante e isso interfere no tempo que o transporte deve ser concretizado. Por isso, dependendo da situação poderá ser realizado por diversos veículos autorizados (ambulâncias, helicópteros, viaturas da Polícia Militar, etc).

Contudo, percebe-se que para um transplante ter sucesso, todas as etapas devem estar integradas e bem organizadas. Sendo o transporte umas delas, ele se torna fundamental para levar o órgão doado até o seu receptor com êxito. Por isso, ao se realizar o transporte de algo tão frágil, é necessário seguir as normas estabelecidas. Assim, existirá a preservação do órgão, fazendo com que este chegue correta e rapidamente ao seu destino final. 

 

Considerações Finais

Referências

Sociedade Brasileira de Patologia Clínicawww.sbpc.org.br

Agência Nacional de Vigilância Sanitáriawww.anvisa.gov.br/

http://blog.tam.com.br/