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JULHO DE 2 0102

O mundo das drogasUm dado alarmante foi revelado no

recentemente divulgado relatório anualdo Escritório da Organização das NaçõesUnidas (ONU) para Drogas e Crime. Odocumento concluiu que o abuso de es-timulantes e drogas vendidas com pres-crição médica subiu em todo o mundo.“As pessoas estão dizendo adeus à he-roína e não estão muito encantadas pelacocaína, mas estão começando a usardrogas com prescrição médica em vo-lumes que as tornam viciadas’, disse An-tonio Maria Costa, diretor executivo doescritório para drogas da ONU” (A GA-ZETA, 24/06/2010). Estamos diante deum problema de saúde pública, que hámuito tempo vem de forma silenciosa seampliando. Um ano após a morte doídolo pop Michael Jackson, atribuída auma overdose do sedativo Propofol, écada vez mais comum vermos ao nossoredor casos de pessoas que tomam re-médios em excesso para aliviar suas do-res físicas e psicológicas, sem levar emconsideração os riscos que isso pode tra-zer à sua saúde.

Os remédios, que deveriam ser ven-didos sob prescrição médica, são defácil acesso à população. Basta visitaruma farmácia e constatar: muitos es-tão expostos como em um supermer-cado, em gôndolas ao alcance dasmãos, com propagandas chamativas. Emesmo os que deveriam ser prescritospor um médico podem ser consegui-dos apenas ao mencionar seus nomesno balcão das drogarias, sem a exi-gência da receita. A indústria farma-cêutica agradece.

Como se não bastassem a ingestãoexcessiva de remédios e a automedica-ção, ainda há os falsos diagnósticos, co-mo nos revela a entrevista do Prova dos

Ao vivo na CBN

O uso de diferentes mídias naeducação é cada vez mais umarealidade. Confira no texto deFernanda Queiroz, editora eâncora da Rádio CBN Vitória.

“A história é a seguinte.Estávamos ao vivo no programaCBN Vitória na última semana (dodia 21/06), como fazemosdiariamente, quando fomossurpreendidos ao telefone com oouvinte Wagner, professor de umaescola pública de Cariacica,localizada no bairro Boa Sorte. Elee seus alunos estavam ouvindo arádio na hora da aula de Ciênciase pediram que eu informasse aprevisão do tempo - que era oassunto do dia na turma de 4ªs é r i e.

Prontamente eu atendi aopedido todo especial dosnossos ouvintes "mirins" edivulguei a previsão do tempopara todo o Estado, assimcomo também agredeci aaudiência da escola. Logodepois o professor Wagner feznovo contato telefônico paradizer que a CBN os acompanhana sala de aula e que os alunosestavam super animados coma menção que foi feita no ar.Ficamos todos no estúdiomuito felizes com o ocorrido!”

E aí, professor? Você tambémpode usar o rádio em suas aulas!Se você já usa outras mídias emseu trabalho, conte para nós nofórum do perfil A Gazeta na Salade Aula no Orkut!

9 deste mês. Crianças que a escola nãoquer e que são rotuladas por motivosabsurdos, condenadas a não aprender pe-lo simples fato de alguém ter feito, elas esuas famílias, acreditarem numa falsadoença. Alunos que já no início do anorecebem de seus professores uma “pre -visão de reprovação”, que espantosamen-te se confirma ao final do ano. Bastarotular, colocar a culpa no aluno, res-ponsabilizar a família pela “re c u p e ra ç ã o”da criança e lavar as mãos. Um quadropintado com tintas cheias de descaso,que infelizmente figura nas paredes de

muitas escolas brasileiras.O remédio de que precisamos na edu-

cação é composto de competência, per-sistência e amor. Tem em sua fórmula orespeito às diferenças, o entendimentode que cada pessoa tem um ritmo deaprendizado e a coragem da escola deassumir para si a tarefa de educar.

As crianças brasileiras têm direito auma educação de qualidade. Não queremser tratadas como incapazes. Elas não sãodignas de pena e merecem respeito.

Cristina Moraes

O livro “Como se constrói a paz?”, escritopor Luis Henrique Beust e Silmara RascalhaCasadei, da Cortez Editora, traz uma nova eeducativa história. A narrativa conta sobreum professor e filósofo chamado Joaquimque sempre visitava a escola em que deraaulas antigamente. Todas as vezes em queia à instituição, Joaquim conversava com osalunos e professores, o que despertava

grande admiração por parte dadiretora. Certa vez, o professorconheceu um aluno chamado JoãoAugusto e ficou impressionadocom as perguntas que omenininho lhe fizera. A partir daí,tornaram-se amigos. Por váriosmomentos, os dois trocavamconhecimentos. João teve, então,uma ideia que Joaquim adorou:juntar um grupinho de colegaspara conversar com o filósofo. Adiretora lhes cedeu uma sala naescola e um horário para quepudessem fazer as reuniões.

Desde então, várias crianças sejuntavam com o menino e oprofessor para discutirem sobrediversos temas. Faziam pesquisas,relatos de experiências, debates esugestões. Hoje, o espaçoeducativo é chamado de EspaçoPandeia e tem como lema “fo r m a ruma pessoa decente na cidadania,saudável no cuidado, competentena ciência, amorosa na convivênciae criativa na autonomia”. Os alunosparticipantes dos encontrosprocuram desenvolver todos essesvalores em si mesmos.

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JULHO DE 2 010 3

Valores na EscolaÉtica, respeito, solidariedade. Os valores são importantes no dia a

dia, e precisam ser trabalhados na escola. E você, professor?Como desenvolve esse tema com seus alunos?

O preço do petróleo

“Nós sempre procuramos incentivar os alunos a usarem os bonsvalores entre si e aceitar a posição de cada colega. Trabalhamos comeles a ideia de que o importante é que predomine o respeito. Esse éum valor muito enfatizado na sala de aula. O respeito à posição, aopensamento e ao direito de escolha de cada um. Para ressaltar osvalores essenciais para uma boa convivência em grupo, realizamosmuitas atividades práticas em que os alunos têm a oportunidade de iràs ruas e entrar em contato com outras pessoas, na pesquisa decampo. Dessa forma, eles têm uma compreensão melhor de que nemtodos pensam do mesmo modo, e aprendem a aceitar e a convivercom as diferenças. A atividade faz com que os estudantes valorizemos colegas. O jornal A Gazeta é um grande aliado nesse trabalho”.

Ana Raquel Spalenza é professora do Centro EducacionalPraia da Costa, do município de Vila Velha.

“Trabalho no Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil (PETI),de Alfredo Chaves. Trata-se de um programa do Governo Federalque abriga 100 crianças de baixa renda. Lidamos, muitas vezes, comalunos que se sentem discriminados por conta da posição social ouraça. Mas, em alguns casos, o preconceito vem do próprio es-tudante. Portanto, trabalhamos com valores que aumentem suaautoestima e sempre procuramos mostrar que é muito importanteser solidário, ético e cidadão. Com isso, nós do PETI, junto aosprofessores, conseguimos mudar a mentalidade de crianças que sesentiam inferiorizadas. Desenvolvemos o projeto A Gazeta na Salade Aula e os alunos passaram a ler o jornal, atividade que não erafrequente antes. Através do projeto os estudantes podem se in-formar sobre o que está acontecendo na sociedade e também nasua comunidade. E a nossa forma de ajudar é tirá-los das ruas ecolocá-los em um espaço onde terão cidadania e irão aprendervalores como respeito e ética.

Máxima Cristina Damasceno é coordenadora do Programa deErradicação ao Trabalho Infantil, do município de Alfredo Chaves.

n Converse com seus alunos sobre o derra-mamento de petróleo ocorrido na costa doGolfo, o pior ocorrido na história dos EstadosUnidos. Relembre o fato do vazamento tertriplicado de tamanho em um mês, como sepode ler na nota “Golfo do México: vazamentoestá três vezes maior” (A GAZETA, 03/06/2010,editoria de Mundo) e as sucessivas tentativasfracassadas de conter o problema (Veja na fotolegenda “Golfo do México: Casa Branca vaicobrar gastos da BP”, publicada na editoria deMundo do jornal A GAZETA de 04/06/2010).n Promova uma discussão sobre os impactos dolançamento de 12 a 19 mil barris de petróleopor dia na costa do Golfo, durante o períododo desastre ambiental. Apresente fotos como a

de Charlie Riedel (A GAZETA, 04/06/2010),que mostram animais cobertos de petróleodevido à chegada da mancha desse material àspraias. Consulte um globo terrestre e dimen-sione com sua turma as proporções do de-sastre: a mancha, em 03/06/2010, tinha 24.400km², mais que o dobro da ilha da Jamaica.n Conduza uma pesquisa sobre a utilidadedo petróleo, procurando descobrir de queforma e em que condições ele é extraído.Identifique os riscos da atividade petro-lífera não só para o meio ambiente, comotambém para as pessoas que dela se ocu-pam, como é o caso das que trabalham emplataformas em alto mar. Verifique se osalunos conhecem profissionais dessa área e

aproveite para entrevistá-los sobre sua ro-tina de trabalho.n Pesquise com sua turma e verifique alter-nativas que já existem no Brasil e no mundo,de utilização de energias renováveis em di-versas áreas, como propulsão de veículos eaquecimento de água. Faça uma exposição naescola mostrando os benefícios do uso daenergia renovável (elétrica, solar, eólica, etc)para o planeta. Promova um levantamento denotícias de diferentes veículos de comuni-cação e abra espaço para a discussão desseassunto com a comunidade.*Os materiais de A GAZETA citados nestasugestão encontram-se no perfil A Gazetana Sala de Aula no Orkut, no item “Fo to s ”.

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JULHO DE 2 0104 5

A força da superação

O b j e t i vo s :n Interessar-se pela leitura e familiarizar-se com aescrita por meio do manuseio do jornal.n Ampliar gradativamente suas possibilidades decomunicação e expressão.n Perceber as diferenças, tratando as pessoas comig ualdade.

D e s e nvo l v i m e n to :n Leitura, feita pelo professor, de entrevistasapresentadas em matérias do jornal A GAZETA,que relatam situações difíceis vividas no dia a diae mostram o valor da superação.n Conversa informal sobre o dia a dia dos alunosem sociedade, com foco na melhoria de atitudesde convívio com a comunidade.n Produção de tipos diferentes de textos usadosno cotidiano.

Comentário:“De acordo com o tema os alunos puderam

perceber a força da superação humana, respei-tando suas diferenças. Ao mesmo tempo per-ceberam a função social da leitura e da escrita.Debateram o tema, utilizando alguns exemplosvivenciados por eles no dia a dia.”

Profe s s o ra : Cláudia Mara Corrêa

E s co l a : Centro Educacional Praia da Costa

Série: 1º ano

Município: Vila Velha

Copa 2010, Brasil rumo ao hexaO b j e t i vo s :n Conhecer fatos importantes sobre a Copa do Mundo.n Respeitar, compreender e valorizar o trabalho coletivo.n Estimular o companheirismo e a cooperação.n Conhecer as diversas culturas referentes aos países queparticipam do Mundial.n Desenvolver a oralidade.

D e s e nvo l v i m e n to :n Apresentação do jornal do dia, dando destaque à man-chete relacionada ao jogador Dunga.n Leitura e debate da reportagem “Seleção brasileira: adois jogos de recorde. Dunga de 1994 é referência” (jornalA GAZETA).n Realização da atividade “Rumo ao hexa”, relacionadaaos valores necessários para que o Brasil seja um país des u ce ss o.n Apresentação de história sobre o mascote da Copa e

pintura desse personagem.n Produção de painel informativo sobre a Copa do Mun-d o.

Comentário:“O trabalho realizado foi extremamente prazeroso, pois

o tema é atual e de interesse de todos. A turma semostrou dinâmica e participativa durante todo o de-senvolvimento. Com isso, aprenderam o quanto é im-portante o trabalho em equipe, e que juntos podemosvencer em muitas situações, afinal a união faz a força.”

Profe s s o ra : Eliana Jaske

E s co l a : EMEI Ivoni Comper Zimmer

Série: Educação Infantil I

Município: Itag uaçu

Lan house: devo ir ou não?

O b j e t i vo s :n Promover a leitura do jornal como veículo deformação e cidadania.n Realizar uma pesquisa de opinião sobre lanhouse, levando o aluno a mudanças de atitude.n Trabalhar o tema Violência no âmbito escolare correlacioná-lo com o fenômeno bullying.

D e s e nvo l v i m e n to :n Trabalho com o tema Violência a partir dematéria publicada no jornal A GAZETA do dia24/ 10/09.n Estímulo à reflexão dos alunos, questionandose devem ou não frequentar uma lan house,uma vez que tem sido comum nos depararmoscom notícias de violência nesses estabeleci-m e n to s .n Leitura e discussão da matéria “Criança ébaleada em tiroteio em lan house”.

n Aplicação de questionário entre os alunossobre práticas que podem caracterizar violên-cia.n Relatos dos alunos sobre fatos relacionados atipos de violência em lan houses.n Confecção de um mural com o tema “Ostipos de violência”.

Comentário:“Esta atividade foi desenvolvida com bastante

participação dos alunos, porque um estudante daescola sofreu este tipo de violência numa lanhouse, perto da casa de um aluno de nossa salade aula. E isso foi assunto para muitas reflexões.”

Profe s s o ra : Yêda Marly FonsecaE s co l a : EMEB Anacleto RamosSérie: 5º anoMunicípio: Cachoeiro de Itapemirim

DengueO b j e t i vo s :n Entender o jornal como fonte de informação.n Reconhecer outras fontes de divulgação denotícias.n Discutir o assunto da dengue.n Perceber a importância do combate aos fo-cos do mosquito com atitudes conscientes nodia a dia.

D e s e nvo l v i m e n to :n Conversa com os alunos sobre a dengue.n Apresentação e leitura de um cartaz quecircula pela cidade sobre o assunto.n Leitura da matéria “Combate à dengue commulta no norte” (A GA-Z E TA ) .n Ilustração no caderno doconteúdo trabalhado.n Em casa, com os pais,conversa sobre o assunto erealização de uma entre-v i s ta .n Apresentação da entre-vista para a turma.n Análise de panfletos pro-duzidos pela Secretaria de

Saúde do município sobre a dengue e dis-tribuição desse material em todas as salas deaula.

Comentário:“A atividade foi excelente, pois possibilitou

aos alunos expressar seus pontos de vista,além de adquirir mais informações sobre oa ss u n to.”

Escola: EMEF Prof. Tio Liliu

Série: 1º ano

Município: A n c h i e ta

Profi ss õ esO b j e t i vo s :n Promover uma educação participativa.n Estimular o gosto pela leitura, a lin-guagem oral e o aspecto de desinibiçãono aluno.n Propiciar um ambiente de sociali-zação entre família e escola.n Valorizar as profissões sem discri-m i n a ç ã o.

D e s e nvo l v i m e n to :n Apresentação do jornal A GAZETA eleitura de matérias sobre o tema.n Pesquisa sobre alguns tipos de trabalhono jornal.n Idealização de um projeto sobre oassunto, incluindo uma apresentaçãopara os pais.n Escolha de uma música para aberturada apresentação do projeto e de per-sonagens para representar profissões.n Montagem de uma coreografia damúsica escolhida.

n Empréstimo de roupas e acessóriospara caracterizar os alunos.n Envio de convite aos pais para as-sistirem ao espetáculo.n Apresentação do tema para os paisdos alunos e demais membros da es-co l a .

Comentário:“Ao fazermos a pesquisa, sentimos a

necessidade de trabalharmos com asturmas de Maternal I e II esse tema‘Prof issões’. O Dia do Trabalho (1º demaio) foi comemorado na escola. Osalunos se sentiram valorizados e fe-lizes, uma vez que suas famílias vierama ss i s t i - l o s .”

Profe s s o ra s : Jorlene Regina Aboume-rad e Lilian dos SantosE s co l a : Creche PequerruchosSéries: Maternal I e IIMunicípio: Alfredo Chaves

Minha escola, minha históriaO b j e t i vo s :n Conhecer a história de sua escola.n Promover o bom relacionamento com osalunos.n Envolver a família em atividades de pes-q u i sa .

D e s e nvo l v i m e n to :n Pesquisa de reportagens sobre escolas (AGAZETA, 04/02/2010) e montagem de car-tazes com as matérias selecionadas.n Estudo de textos referentes à comunidadee s co l a r.n Atividade de pesquisa com os pais sobre aprimeira escola e a escola atual de seus filhos.

n Exposição oral da pesquisa.n Coleta de fotos.n Montagem de maquetes retratando a nossae s co l a .n Exposição dos trabalhos.

Comentário:“Com esta pesquisa os alunos conheceram a

história de sua escola. E seus pais partici-param ativamente: família + escola + comu-n i d ad e ! ”

Profe s s o ra : Adriana Gaigher LoureiroE s co l a : EMEIEF Maria Lino RamosSérie: 4º anoMunicípio: G u a ra pa r i

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JULHO DE 2 0106

Va l o res

O b j e t i vo s :n Resgatar os valores éticos e humanosna sala de aula, ampliando-os para as o c i e d ad e .n Trabalhar a valorização do ser hu-mano e a importância das virtudes.n Mostrar aos alunos que educar não éunicamente instruí-los, mas oferecer ex-periências significativas que os prepa-rem para a vida como cidadãos.n Reconhecer o próprio valor.n Abordar assuntos referentes aos sen-timentos de egoísmo, avareza, falta deeducação e respeito com outras pessoas.

D e s e nvo l v i m e n to :n Projeção de vídeos seguidos de de-bates sobre o tema.n Leitura de textos do jornal e de outrasfontes, provocando reflexões.

n Realização de dinâmicas e trabalhocom músicas.n Sensibilização, através de roda de con-versa, sobre o assunto.

Comentário:“A criança será mais feliz na medida em

que conseguir tomar decisões de formacorreta. Ela precisa ter inteligência paraconhecer as alternativas que levem aobem e caráter para implementar as al-ternativas escolhidas. Queremos criançasinteligentes que coloquem seus talentos aserviço dos demais.”

Profe s s o re s : Miriene Manzoli, VivianeRosa Gomes e Rogério MattediE s co l a : UMEF Gov. Christiano DiasLopes FilhoSéries: 6º e 7º anosMunicípio: Vila Velha

Jornal da Comunidade

Mídia e violência no trânsito

O b j e t i vo s :n Reconhecer a inten-cionalidade do meiojornal.n Analisar e compararas informações publi-cadas nos jornais e asvivenciadas na comu-n i d ad e .n Incentivar o prazere o encantamento pe-la leitura do jornal.n Produzir textos jor-nalísticos com clare-za .

D e s e nvo l v i m e n to :n Manifestação da curiosidade dos alu-nos pelo tema de estudo proposto, já quea escola está diretamente relacionada àco m u n i d ad e .n Decisão coletiva, na sala de aula, sobrea produção do Jornal da Comunidade.n Em grupos, pesquisa das principais no-tícias pelos alunos, verificando sugestõesdos moradores.n Pesquisa de informações contidas nojornal para embasamento dos textos pro-duzidos, referentes à saúde e agricultura.n Entrevistas com moradores.n Análise das informações obtidas.n Produção escrita de textos informa-tivos e humorísticos.n Ilustração de fatos corriqueiros, porémre l eva n te s .

n Uso de imagens publicadas no jornal,com a intenção de demonstrar a rea-lidade vivenciada na comunidade deMe l ga c i n h o.n Confecção do Jornal da Comunidade.

Comentário:“A atividade desenvolvida valorizou a

realidade dos alunos, o que despertouinteresse e comprometimento. É sempremaravilhoso contar com o auxílio dojornal A GAZETA na sala de aula.”

Professoras: Edna Lopes e ValkiriaB u l l e ja h n

E s co l a : EMEF Augusto Peter BerthodPag ung

Séries: 7ª e 8ª

Município: Domingos Martins

O b j e t i vo s :n Identificar os semáforos, bem como suasco re s .n Compreender a importância de se atra-vessar na faixa de pedestre.n Relembrar/identificar os diversos tipos det ra n s p o r te .n Entender a importância do uso do cintode segurança.

D e s e nvo l v i m e n to :n Apresentação de três reportagens do jornalA GAZETA (“Fúria no trânsito: o que faz osmotoristas perderem o controle” – 20/ 11 /09;“Motociclista avança o sinal e morre apósbater em caminhão” – 13/05/2010; e “Ta x i s tavai exigir que passageiro use cinto no bancode trás” – 20/0 5/20 10 ) .n Explicação dos elementos que compõemo trânsito (carro, caminhão, moto, pedes-tres...) com a participação dos alunos.n Estudo e confecção dos semáforos dos

pedestres e dos carros, explicando o con-ceito de pedestre e relacionando as cores aseus significados.n Leitura da história “A rua falante”, ex-plorando o sinal e a faixa de pedestres.n Exploração e pintura dos diversos tiposde veículos que circulam nas ruas. Con-fecção de um cartaz com colagem dos veí-culos na rua, com semáforo e faixa de

p e d e s t re s .n Leitura da história “Ma -nifesto dos sinais de trân-s i to”.n Trabalho com a música“Dirigindo o meu carro”( Xu xa ) .n Conversa na rodinha so-bre o cinto de segurança.n Leitura da história “G atonão late nem telefona”, fa-lando da importância docinto de segurança.

n Confecção de quatro veículos para seremutilizados em uma encenação, na culmi-nância do projeto.n Encenação do trânsito – simulação deuma rua movimentada, contendo veículos,sinalização e pedestres. Apresentação damúsica “Atravessar com segurança” ( Xu xa ) .

Comentário:

“Foi muito prazeroso. Trabalhamos a partirdo conhecimento prévio dos alunos, fazendocom que eles adquirissem novos conheci-mentos sobre o trânsito, tais como a utilizaçãocorreta do cinto de segurança e a prevençãode acidentes. Pudemos observar que os alu-nos estiveram interessados e que realmenteaprenderam sobre o trânsito, expondo suasopiniões e seu saber prévio. Este projeto foibaseado na sugestão da atividade nº 2, contidana apostila da Oficina A “Educação no con-vívio social: uma questão de valor”, fornecidapelo programa A Gazeta na Sala de Aula.”

Profe s s o ra s : Maria de Fátima de Souza,Viviane Miossi, Aletícia Pereira e Diana dosSa n to s

E s co l a : CMEI Wilson Alves do Nascimento

Séries: turmas de 2 e 3 anos

Município: Ca r i a c i c a

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JULHO DE 2 010 7

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Olhar com o coração

Seminário debate“Va l o res”

1ª Oficina Intermediáriaem Colatina

A Gazeta na Sala de Aula Informe é uma

publicação mensal da Gerência de Comu-

nicação Empresarial daRede Gazeta

Coordenação do projeto Educar: Let í c i a

Paoliello Lindenberg de Azevedo

C o o rd e n a ção do programa A Gazeta

na Sala de Aula: Cristina Barbiero

M o ra es

Te l efo n e : (27) 3321-8456

E- m a i l : a g a zeta n a sa l a d ea u l a @ re d e g a-

zeta .co m . b r

Hot site: w w w.g a zeta o n l i n e.co m .

b r/sa l a d ea u l a

Jornalista Responsável: Marcela Tes-

sarolo (MTB ES 00844 JP/99)

D i a g ra m a ç ã o : Alialba Custódio

I l u st ra ç ã o : Genildo

C o l a b o ra ç ã o : Thalita Ramos, Ana

Paula Salino, Luana Damasceno e Bar-

bara Tavares

O projeto A Gazeta na Salade Aula realizou, no dia 22 dejunho, no Centro de Conven-ções de Vila Velha, o Semi-nário 2010, que teve a par-ticipação de 400 educadores.O tema escolhido para esteano foi “Va l o re s ”. O eventoteve a presença do professorJosé Pacheco, fundador da Es-cola da Ponte de Portugal, queabordou “A construção de va-lores e o desafio de educar”.

O encontro contou aindacom relatos de duas jornalistasde A Gazeta que receberam o PrêmioCapixaba de Jornalismo em 2009, Vil-mara Fernandes e Elaine Vieira. O al-moço foi acompanhado de músicas doCD Serelepes, de José Antônio Mon-teiro, tocadas ao vivo. Na ocasião, foiexibido também o documentário “Si gaminhas mãos”, dirigido pela repórter eprodutora do Em Movimento, LucianaGama. Outro momento do Seminário

foi a exposição dos trabalhos desen-volvidos pelos professores em cada mu-nicípio participante.

O evento foi transmitido ao vivo pelaGTV no portal do Gazeta Online(www.gazetaonline.com.br), e teve co-mo mestres de cerimônia Jeanine Pa-checo e Cleberson Guerrera. A palestrade encerramento foi proferida pelo pro-fessor Nourival Júnior.

O Programa A Ga-zeta na Sala de Aularealizou, no dia 15 deabril, a 1ª Oficina In-termediária em Cola-tina. O evento aconte-ceu no auditório daSEMED. A oficina, queteve como objetivo re-fletir sobre a definiçãodos valores e o seu pa-pel na construção deuma sociedade de paz,abordou também ostemas “O que significaeducar para os valo-re s? ”, “Como a escola pode ajudar?” e “Va -lores da escola x Valores da família”.

O encontro contou com 20 partici-pantes. “Trabalhamos com notícias dojornal escolhidas antecipadamente. O

grupo se envolveu por inteiro, inclusiveassociando o que foi discutido com asvivências do dia a dia nas escolas”, contaa monitora do programa em Colatina,Rosa Nogueira Passamani.

III ENCONTRO REGIONAL (PA-RA MONITORES)

Data: 06/08Horário: 8h30 às 15 horasLocal: Restaurante do 2º piso

da Rede Gazeta

OFICINA C “VALORES NO JOGODA VIDA”

ESCOLAS PARTICULARESData: 12/08Horários e locais a serem de-

finidos por cada escola

GRUPO 1 (GUARAPARI, PIÚMA,ANCHIETA E ALFREDO CHAVES)

Data: 17/08Horário: 13 às 17 horasLocal: Piúma

GRUPO 2 (CACHOEIRO DE ITA-PEMIRIM E RIO NOVO DO SUL)

Data: 18/08Horário: 13 às 17 horasLocal a ser definido por cada

município

GRUPO 3 (LINHARES E JAGUA-RÉ)

Data: 19/08Horário: 13 às 17 horasLocal a ser definido por cada

município

GRUPO 4 (ITARANA, SANTAMª DE JETIBÁ E ITAGUAÇU)

Data: 24/08Horário: 13 às 17 horasLocal: Itarana

GRUPO 5 (SÃO GABRIEL DAPALHA E COLATINA)

Data: 25/08Horário: 13 às 17 horasLocal a ser definido por cada

município

GRUPO 6 (ALTO RIO NOVO,SÃO DOMINGOS DO NORTE EPA N CAS)

Data: 26/08Horário: 13 às 17 horasLocal: São Domingos do Nor-

te

DOMINGOS MARTINSData: 31/08Horário: 13 às 17 horasLocal a definir

O almoço do nosso Seminário, realizado no dia 22de junho, no Centro de Convenções de Vila Velha,teve um sabor especial. Foi acompanhado pela belavoz e pelo violão de José Antônio Monteiro, músicocapixaba, que tocou faixas de seu novo CD “Se -re l e p e”. Trouxemos a letra da música “Olhar com oco ra ç ã o” (uma das que ele apresentou no nossoevento) como sugestão para você, professor, refletirsobre o tema “Va l o res” com seus alunos, espe-cialmente combatendo o bullying.Bom trabalho!

Olhar com o coraçãoNão acho legalbrincadeira assimChamar gente de bichoou fazer comparaçãoChamar gordo de elefantequem tá sujo de porcãoÉ brincadeira de criançaque não tem educaçãoNinguém come que nem passarinhotem cheirinho de gambáSe veste que nem peruaé maritaca no falarLerdo que nem tartarugabravo que nem um leãoVara-pau, jacaré de quatro olhosninguém é não, ninguém é nãoTodo ser é diferentebasta olhar com o coraçãoÉ só olhar com o coraçãoque a gente vê tudo bonitoPode ser preto ou branqueloser gordinho ou magreloser estranho ou esquisito.

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JULHO DE 2 0108

Produção e medicalização do fracasso escolarO fracasso escolar tem sido uma mancha na

imagem do Brasil pelo mundo. Em um país que ficaapenas atrás da África nesse quesito, é urgenteestudar esse fenômeno e suas causas. Foi o quefizeram as professoras Cecília Collares e MariaAparecida Affonso, da UNICAMP. Um alarmante

dado apresentado na pesquisa que fizeram é o deque crianças têm sido rotuladas como portadoras

de TDAH e Dislexia, com diagnósticos inventados esem nenhuma comprovação científica. Confira na

entrevista, cujo teor na íntegra você acessa no perfilA Gazeta na Sala de Aula no Orkut.

O que o termo “medicaliza -ç ã o” quer dizer e que relação eletem com a produção do fracassoe s co l a r?

Significa tratar como médico umproblema que não é. Questões pre-ferencialmente sociais e políticassão artificialmente transformadasem problemas biológicos, indivi-duais. Esse processo, que aconteceem várias esferas da sociedade,isenta de responsabilidades todas asinstâncias, desde a família até au-toridades e governos, culpabilizan-do a própria vítima. No campoeducacional é cada vez mais fre-quente e pode ser percebido pelaatribuição do não-aprendizado apretensas doenças que acomete-riam a maior parte das crianças ejovens brasileiros. Desloca-se a dis-cussão de uma questão coletiva,institucional – o fracasso da edu-cação brasileira – para o plano in-dividual, biológico, como se ascrianças não aprendessem por se-rem doentes, mesmo quando astaxas de reprovação atingem níveisa ss u s tad o re s .

Comentem os “critérios diag-n ó st i co s” da dislexia e do TDAH,enfocando a naturalização douso desses rótulos nas escolasb ra s i l e i ra s .

Antes de falarmos dos “critériosd i a g n ó s t i co s ”, é necessário enfatizarque tais entidades são altamente

questionadas pela própria medicinaem todo o mundo; não são, emabsoluto, tranquilamente aceitas einquestionáveis, como se pretendefazer crer em nosso país. Tais ques-tionamentos derivam basicamentedo fato de nunca ter sido cien-tificamente comprovado que exis-tiriam doenças neurológicas que semanifestariam comprometendo ex-clusivamente o comportamentoe/ou a aprendizagem. Então, não háevidência científica de que essasdoenças existam de fato. Como sepode pretender que uma doençaneurológica que comprometeria ex-clusivamente o comportamento se-ja diagnosticada por um questio-nário (o conhecido SNAP IV, que éenviado para professores preenche-rem, composto de 18 perguntas; asnove primeiras se refeririam a de-satenção e as outras a hiperati-vidade e impulsividade)? Respon-dendo afirmativamente a seis itensem um subgrupo, está feito, res-pectivamente, o diagnóstico/rótulode predominância de déficit deatenção ou de hiperatividade noTDAH que, na verdade, já foradefinido quando os pais foram con-vencidos de que a criança tinhaproblemas. O diagnóstico de dis-lexia não é diferente. A AssociaçãoBrasileira de Dislexia (ABD) in-forma em sua página eletrônica que“a dislexia é diagnosticada dos se-guintes modos: a) por processo de

Divulgação

Na foto, as professoras Cecília Collares e Maria Aparecida Affonso

exclusão; b) indiretamente, à basede elementos neurológicos; c) di-retamente, à base da frequência epersistência de certos erros na es-crita e na leitura”. O estranhamentorecomenda reler, para constatar quenão nos enganamos. Em primeirolugar, o diagnóstico é feito pelos trêsmodos em conjunto ou basta um?Não explicitam algo tão simples etão fundamental em qualquer ra-ciocínio diagnóstico. Além disso,

sirenes! Diagnóstico de doençaneurológica ou rótulo? Cria-se umaengrenagem da qual não há comoescapar: afirma-se que uma doençaneurológica somente comprome-teria a leitura e essa doença seriadiagnosticada exclusivamente pelaleitura! Realmente, a racionalidademédica não é assim! Essa lógicapassa ao largo da ciência, passalonge da medicina! Parece até que opropósito seria rotular para fabricar

uma doença neurológica diagnos-ticada por processo de exclusão?Acende-se a luz amarela! Isso éradicalmente diferente de usar cri-térios de exclusão durante o ra-ciocínio clínico que conduz o atodiagnóstico. “Por exclusão”signif icasimplesmente que, ao excluir todasas outras causas por mim conhe-cidas e valorizadas, concluo queentão só pode ser essa, mesmo queessa tal não seja comprovada ouevidenciada! Esse tipo de raciocínionão se sustenta nem mesmo nodiagnóstico de uma simples virose,de um resfriado comum, que possuicritérios bem claros para que possaser aventado. Depois, uma doençaneurológica diagnosticada por ele-mentos indiretos? O que seria isso?Acende-se a luz vermelha! Por fim,um elemento direto; porém, errosna leitura e escrita? Ace n d a m - s etodas as luzes roxas e liguem-se as

doentes e tomadores de remédios.

Que riscos correm os pacien-tes supostamente diagnostica-dos como portadores de dislexiaou TDAH, com o uso de Ritalina,Conserta e outras drogas quesão administradas para con-t ê - l o s?

Essas drogas provocam inú-meras reações adversas, em to-dos os sistemas do corpo, emfrequência que não pode serminimizada. Em qualquer textosobre farmacologia, tais reaçõessão descritas: psicoses, aluci-nações, suicídio, convulsões, in-sônia, alterações cognitivas, ar-ritmias, hipertensão, dores to-rácicas, parada cardíaca, mortesúbita, retardo de crescimento,alterações de funções sexuais,etc. Devemos destacar ainda oefeito “z u m b i - l i ke”, em que a

pessoa passa a agir como zumbi,contida em si mesma. Em umasociedade que nos quer cada vezmais padronizados, acríticos,aqueles que não se submetemsão quimicamente contidos, as-sujeitados. Também devemosenfatizar que a dependênciaquímica é uma reação adversabastante frequente, com tendên-cia à drogadição pelo uso pro-longado e precoce de psicoes-timulantes. Podemos sintetizardizendo que todos os pretensosefeitos terapêuticos são, na ver-dade, sinais de toxicidade e in-dicariam a suspensão imediatada droga.

Como transformar a realidadede nossas escolas para que acriança seja respeitada em suacondição de criança e não ro-botizada, tendo que permanecerhoras sentada, obrigada a apren-der conteúdos que nada têm aver com sua realidade?Acreditamos que a transformaçãoda escola e da educação brasileirapassa, necessariamente, pela melhorformação do professor e por suavalorização real, refletida em me-lhores condições de trabalho e devida, algo muito distante da rea-lidade atual. É interessante lem-brarmos que crianças com doençasreais, com deficiências de váriostipos, inclusive intelectual, apren-dem quando o professor acreditaem suas potencialidades e se pre-para para trabalhar pedagogica-mente com elas, abstraindo suadoença. Afinal, a doença fala deimpossibilidades, dificuldades, e aaprendizagem acontece no terrenodas possibilidades, das potencia-lidades, do lúdico. Queremos frisarque mesmo lidando com uma pes-soa doente, o professor deve selibertar das amarras e limitações dodiagnóstico, esquecendo-o, para de-finir seu próprio chão: o trabalhopedagógico, que significa avaliar oque a pessoa já sabe, o que pode vira saber, ensinar.