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Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
Governo do Estado de São Paulo
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SOROCABA-SP CUSO DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS BIOMÉDICOS
MARIA RAQUEL GOMES FERNANDES
ESTUDOS PRELIMINARES PARA SUBSIDIAR A IMPLANTAÇÃO D O LABORATÓRIO DE HEMODIÁLISE NA FACULDADE DE TECNOLOG IA DE
SOROCABA
RELATÓRIO FINAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (Período: 24/02/15 a 11/12/15)
SOROCABA, DEZEMBRO DE 2015
MARIA RAQUEL GOMES FERNANDES
ESTUDOS PRELIMINARES PARA SUBSIDIAR A IMPLANTAÇÃO D O LABORATÓRIO DE HEMODIÁLISES NA FACULDADE DE TECNOLO GIA DE
SOROCABA
Relatório final do período de fevereiro a dezembro de 2015, referente a iniciação científica na área de tecnologia em hemodiálise, dentro das atividades do NATS FATEC-SO, Coordenadoria de Sistemas Biomédicos.
Orientador Prof. M.Sc. Eng. Marcos José de Lima
SOROCABA, DEZEMBRO DE 2015
RESUMO Nos últimos anos o índice de prevalência de portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC) submetidos ao tratamento dialítico mais que dobrou e o gasto com essa forma de tratamento e transplante renal ao Brasil é de R$ 1,4 bilhões/ano aproximadamente. Quem sofre de IRC e possui menos de 10 % das atividades renais efetivas deve iniciar imediatamente o tratamento dialítico o qual é dividido em diálise peritoneal e hemodiálise, ambos com a mesma meta de substituir parcialmente ou totalmente a função renal. Na maioria dos casos opta-se pela hemodiálise e o indivíduo precisa reservar 12 h semanais, realizando 3 sessões de 4 h. O paciente estará sob essas condições até que seja contemplado com um transplante de rins. Como é expressivo o índice de pessoas em tratamento dialítico, houve desenvolvimento de pesquisas questionando quais inovações tecnológicas proporcionariam uma melhora na qualidade de vida, aumento de sobrevida e diminuição de efeitos colaterais ligados, principalmente, a complicações com o sistema cardiovascular no paciente. No Brasil atualmente existem aproximadamente 17000 máquinas de hemodiálise para atender a demanda. Este número foi obtido com base nos dados de 2007, acrescidos de 5% de crescimento ao ano. Este montante de equipamentos gera um número significativo de necessidades de intervenções de manutenção e reparo, via de regra, executados por profissionais capacitados. Considerando todo o contexto é importante que haja formação de profissionais tecnólogos qualificados e capazes de atuar em diversas situações desde a orientação de uso da máquina de hemodiálise até realização de manutenções preventivas e corretivas. Esse estudo tem como proposta subsidiar a instalação de laboratório de ensino de hemodiálise na FATEC SO, o qual proporcionará um maior contato dos alunos em graduação do Curso Superior Tecnológico em Sistemas Biomédicos com a tecnologia empregada no equipamento, tornando-os capazes de ingressar, atuar e oferecer suporte nessa área para os estabelecimentos de saúde ou indústrias. Existem no Laboratório de Análise de Equipamentos Médico-hospitalares da Faculdade de Tecnologia José Crespo Gonzales – Sorocaba (FATEC SO) 2 máquinas de hemodiálise modelo 1550, fabricadas pela empresa Baxter international Inc. que foram analisadas quanto a problemas físicos e funcionais. Tais problemas foram sanados em parte e aqueles que perduram serão notificados a profissional especialista na tecnologia, a fim de tornar as máquinas possíveis de serem operadas em nível experimental, constituindo-se, deste modo, em material didático para treinamento dos alunos, capacitando-os na área. Palavras-chave: Máquina de hemodiálise, Tecnologia em hemodiálise, Insuficiência Renal Crônica, Tratamento dialítico.
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................... į
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4
2. OBJETIVOS ......................................... ...................................................................... 7
3. JUSTIFICATIVA ..................................... .................................................................... 8
4. REVISÃO DE LITERATURA ............................. ......................................................... 9
5. METODOLOGIA DE TRABALHO ........................... ................................................. 18
6. RESULTADOS ........................................ ................................................................. 20
7. COMENTÁRIOS ...................................................................................................... 30
8. CRONOGRAMA ........................................ .............................................................. 31
9. CONCLUSÃO ......................................... ................................................................. 32
10. BIBLIOGRAFIA ...................................... ................................................................. 33
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1. INTRODUÇÃO
Segundo o Jornal Brasileiro de Nefrologia (2015), no Brasil, a prevalência de
pacientes mantidos em programa crônico de diálise mais que dobrou nos últimos
oito anos. De 24.000 pacientes mantidos em programa dialítico em 1994, atingiu-se
59.153 pacientes em 2004. A incidência de novos pacientes cresce cerca de 8% ao
ano. O gasto com programa de diálise e transplante renal no Brasil situa-se ao redor
de 1,4 bilhões de reais ano. Portanto, exige-se que existam pesquisas tanto no ramo
da medicina como no tecnológico para promover uma melhora no atendimento e na
qualidade de vida dos pacientes.
Quem sofre de insuficiência renal do tipo crônica e possui menos de 10% das
atividades renais efetivas, terá que recorrer às formas de tratamento de diálise que é
dividida em duas categorias: diálise peritoneal e hemodiálise, cujo objetivo é a
substituição parcial ou total das funções renais. Esse processo será realizado
através da filtragem do sangue baseado no transporte de solutos, íons e
substâncias, por meio de uma membrana semipermeável, para um líquido, cuja
composição é cuidadosamente controlada. Infelizmente uma sessão de hemodiálise
representa somente 15% do trabalho dos rins, e para que o organismo consiga
eliminar os produtos tóxicos é necessário realizar no mínimo 12 h (doze horas)
semanais em 3 sessões de 4 h (quatro horas). O paciente estará sob essas
condições de tratamento até que o mesmo seja contemplado com um transplante de
rim. (MELO et al.,2000; CATTAI et al.,2007)
Segundo Lameire et al. (2009) nas últimas duas décadas houve um número
expressivo de inovações tecnológicas introduzidas no campo da hemodiálise.
Também questões sobre qual membrana ideal a ser utilizada no dialisador, se deve
ser empregado baixo fluxo ou alto fluxo na membrana durante as sessões, qual a
composição química, biológica e pureza adequadas para o dialisato, têm sido
debatidas ao longo desses anos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos
pacientes portadores da Insuficiência Renal Crônica (IRC) submetidos a essa forma
de tratamento. Resolvido isto seria possível aumentar a sobrevida do paciente e
diminuir os efeitos colaterais da hemodiálise. Infelizmente mesmo com o avanço das
pesquisas, com o monitoramento do volume de sangue para reduzir os episódios de
hipotensão ou complicações com o sistema cardiovascular, para Lameire et al.
(2009), ainda faltam evidências tecnológicas que possam tornar isso uma realidade.
5
Portanto, é importante desenvolver pesquisas nessa área, proporcionando um
maior entendimento desta tecnologia que cada vez mais se aprimora e tem se
apresentado mais complexa para profissionais, pesquisadores e também para os
estudantes da área da Tecnologia em Sistemas Biomédicos. Quanto aos estudantes,
é necessária uma preparação para entender a evolução que está acontecendo e
deste modo, poder no futuro próximo contribuir para melhorar a qualidade de vida
dos pacientes.
A instalação do Laboratório de Ensino de Hemodiálise na FATEC-SO vem
suprir parte desta condição e proporcionará um maior contato dos alunos do Curso
de Tecnologia em Sistemas Biomédicos com esta área, colocando-os a par da
tecnologia voltada a equipamentos de hemodiálise e tornando-os capazes de atuar
na fabricação, manutenção, assim como nas ações preventivas relacionados com o
uso dessas tecnologias.
Uma maneira de desenvolver pesquisas tecnológicas voltadas para área da
saúde é por meio de um método conhecido como Avaliação de Tecnologia em Saúde
(ATS), que pode ser entendido como o procedimento sistemático que permite avaliar
os impactos de uma tecnologia sobre uma população no que concerne a aspectos
como segurança, eficácia, efetividade, custo-efetividade e implicações éticas e
sociais. Nesta definição, tecnologia refere-se tanto a produtos biotecnológicos,
drogas e equipamentos médicos, quanto a procedimentos terapêuticos e sistemas
de apoio às decisões (BARRETO, 2014).
A ATS tem como objetivo promover informações confiáveis aos gestores,
auxiliando-os na formulação de políticas da saúde, por meio de uma compreensão
mais elaborada do desenvolvimento, da difusão e do uso apropriado da tecnologia
em saúde (BARRETO, 2014).
O Núcleo de Avaliação de Tecnologia em Saúde (NATS) da Faculdade de
Tecnologia de Sorocaba (FATEC - SO), é um grupo de estudos e pesquisas que visa
planejar, desenvolver e propor atividades que englobam as tecnologias aplicadas à
área da saúde.
O NATS vem desenvolvendo trabalhos em parceria com os hospitais locais,
com a participação de docentes e discentes, em ocasião de trabalhos voluntários, de
estágio e de conclusão de curso.
Este trabalho contará com parceria de um especialista em engenharia clínica,
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Tecnólogo Carlos Guimarães, que atua na empresa prestadora de serviços
Acquamedic, situada na cidade de Sorocaba, a qual oferece atendimento às clínicas
de hemodiálise do interior e da grande São Paulo.
Este plano estudos de iniciação científica tem como proposta, subsidiar a
instalação de um laboratório de hemodiálise, situado na Faculdade de Tecnologia de
Sorocaba (FATEC – SO), prédio 4, Laboratório de Análise de Equipamentos Médico-
hospitalares.
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Fornecer subsídios para implantação do laboratório de ensino de hemodiálise
pertencente ao Curso de Tecnologia em Sistemas Biomédicos.
2.2 Objetivos Específicos
• Revisar a literatura quanto à Doença Renal Crônica (DRC) e o emprego da
tecnologia hemodialítica;
• Elaborar um estudo prático dos equipamentos existentes atualmente no
laboratório;
• Analisar os problemas existentes com os equipamentos referidos;
• Colocar os equipamentos em funcionamento;
• Fazer um layout da instalação das máquinas no laboratório.
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3. JUSTIFICATIVA
Considerando que no Brasil o número de pacientes ativos no programa
dialítico praticamente mais que dobrou nos últimos anos e, portanto, que a
prevalência de indivíduos com IRC submetidos à hemodiálise é alta, é de suma
importância que haja profissionais tecnólogos formados com qualidade e
desenvoltura para atuarem desde a orientação até ações de manutenção
preventivas e corretivas relacionadas com esse equipamento médico-hospitalar.
Esse projeto de iniciação científica tem o intuito de subsidiar a instalação do
laboratório de ensino de hemodiálise na FATEC SO, o qual proporcionará um maior
contato dos alunos em graduação do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas
Biomédicos com essa forma de tecnologia, fornecendo de maneira didática e
demonstrativa o funcionamento da máquina e, assim, estimulando-os a se inteirar
mais da tecnologia e adquirir atitudes de profissional qualificado, visando assegurar
segurança, qualidade e eficiência no atendimento e tratamento para o paciente. O
trabalho de subsídio é no tocante ao aproveitamento de 2 máquinas disponibilizadas
pelo Conjunto Hospitalar de Sorocaba, que foram analisadas e os problemas físicos
existentes e funcionais solucionados.
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4. REVISÃO DE LITERATURA
Grande parte das impurezas geradas no organismo do ser humano é
eliminada pela urina por meio de um processo fisiológico chamado filtração. Além da
filtração os rins também desenvolvem outras funções como reabsorção,
homeostase, função endocrinológica e metabólica. São filtrados pelos rins 20 % do
volume de sangue bombeado pelo coração por minuto, ao final do processo apenas
1 % do fluido filtrado é eliminado sob a forma de urina, sendo o restante reabsorvido
pelo organismo nos túbulos renais. Através dessa atividade fisiológica é eliminado
em média 1,5 litro de líquido por dia em um adulto e em crianças 1 mililitro por
quilograma de peso a cada hora. Entretanto a função primordial dos rins é a
manutenção da homeostasia, promovendo o equilíbrio do organismo
predominantemente pela reabsorção de substâncias e íons filtrados nos glomérulos
e excreção de outras substancias. (MELO et al., 2000; SODRÉ et al., 2007)
A insuficiência renal pode ser classificada como aguda ou crônica e é
decorrente de uma série de fatores que desestabilizam a função renal. Entre os
fatores são destacados: Diabetes mellitus (diabetes), hipertensão arterial
continuada, obstrução por cálculos renais, doenças renais primárias e edemas
decorrentes de acidentes (impacto nos rins). Quando se trata de insuficiência renal
aguda, a disfunção renal ocorre de forma abrupta e o processo na maioria dos casos
é reversível. Entretanto a IRC é caracterizada como uma piora progressiva do
funcionamento dos rins que tem como desfecho a sua parada total. O indivíduo que
apresenta IRC pode desenvolver: anemia, retenção de líquidos no corpo, redução do
volume de urina, falta de ar, inchaço, hipertensão, fraqueza, falta de apetite,
náuseas, vômitos, coma e confusão mental, com probabilidade de morte em fases
avançadas e não tratadas. (MELO et al., 2000)
Quando o paciente apresenta insuficiência renal, especialmente do tipo
crônica, é comum que com o passar do tempo haja um acúmulo de impurezas no
sangue, principalmente de uréia, levando o indivíduo a um quadro de uremia. Se
mesmo com o tratamento ambulatorial essa situação não reverter e os rins
apresentarem apenas 10% de filtragem efetiva, o nefrologista decidirá sobre a
técnica de diálise mais adequada ao portador da insuficiência. O tratamento dialítico
tem como objetivo a substituição parcial ou total da função renal, além de tentar
promover uma sobrevida e melhor qualidade de vida para o paciente, enquanto o
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mesmo aguarda um transplante de rins na fila de espera. A diálise é dividida em
duas categorias: diálise peritoneal e hemodiálise, e tem como função realizar a
filtragem do sangue baseado no transporte de solutos, íons e substâncias, através
de membrana semipermeável, para um líquido cuja composição é cuidadosamente
controlada. (MELO et al., 2000)
Segundo Sesso et al., (2011) nos últimos dez anos, no Brasil, houve um
aumento considerável de pacientes em tratamento dialítico. Em 2011, conforme a
Figura 1, o número registrado estimado foi de 91.314 (42.629 em 2000, 92.091 em
2010), sendo que 85% desse tratamento foi financiado pelo SUS.
Figura 1. Total estimado de pacientes em tratamento dialítico no país por ano, censo
2011.
Adaptado de Sesso et al. (2011).
A partir destes dados é de suma importância que se estendam campanhas
com foco na detecção precoce da IRC, principalmente em pacientes que possuem
maiores probabilidades de se desenvolver a doença como os hipertensos,
diabéticos, portadores de doença cardiovascular e pessoas com histórico familiar de
IRC (SODRÉ, COSTA e LIMA, 2007).
De acordo com Nascimento et al., (2005), a hemodiálise é uma forma de
tratamento indicada para quem é portador da IRC, cujo principal critério é ter uma
4269546557
48806
54523
59153
65121
7087273605
87044
77589
92091 91314
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Nú
me
ro
de
Pa
cie
nte
s e
m H
em
od
iáli
se
ANO
11
função cardíaca estável, no qual ocorre um processo de filtragem e depuração do
sangue de substâncias indesejáveis como creatinina e uréia.
A filtragem é realizada no dialisador, cuja parte interna é composta por um
grande número de microtubos capilares constituídos por um material sintético
semipermeável, a membrana. O sangue do indivíduo é retirado do organismo e
conduzido até o dialisador, ali uma solução composta de íons dissolvidos em água
tratada e em proporção adequada, irá fluir em sentido oposto ao sangue, mas
externamente aos microtubos capilares por onde o sangue é transportado. Na
membrana irá ocorrer três mecanismos: a difusão, que é transferência de solutos de
um lugar onde possui maior concentração para um de menor concentração e isso
dependerá do peso molecular como também das características da membrana. A
ultrafiltração que é a remoção de líquidos por meio de um gradiente de pressão
hidrostática e por fim, a convecção que é a perda de solutos durante a ultrafiltração,
decorrente do arraste de solutos na mesma direção do fluxo de líquidos através da
membrana. É importante ressaltar que a membrana também não permite a
passagem de corpos maiores, como as hemácias e outras partículas do sangue, por
isso o equipamento dialítico em nenhum momento entra em contato com o sangue.
Após todo o processo ser realizado, o sangue retorna filtrado para o paciente,
suprindo as suas necessidades fisiológicas. O sangue é conduzido ao dialisador e
retorna ao organismo do paciente com o auxílio de bombas, como a bomba de
roletes. (MELO et al., 2000) e (NASCIMENTO; MARQUES, 2005).
Enquanto o dialisador funciona como “rim artificial”, na máquina de
hemodiálise é preparado o dialisato, a partir de uma proporção adequada de
soluções ácidas e bicarbonato, que serão os responsáveis por fornecer os eletrólitos
necessários à água tratada introduzida na máquina. Os principais componentes de
um circuito do dialisato, ilustrados na Figura 2, são: aquecimento; deaeração;
dosagem; formulação; monitoramento; ultrafitração volumétrica e sensor de controle
de escoamento e sistema de esterilização. As máquinas de hemodiálise são
compostas essencialmente por bombas, válvulas, monitores e alarmes que
asseguram que o dialisato seja formulado na proporção adequada de eletrólitos ou
que informem quando há algum vazamento de sangue na máquina ou que
interrompam o processo de hemodiálise quando há algo errado em alguma parte do
circuito.
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Figura 2. Circuito do dialisato na hemodiálise
Filtro
Trocador
de calor Água tratada
Filtro
O-Bomba Dreno
Concentrado de
HCO3-
Concentrado de
Ácido/Acetato
B-Unidade Deaerador A-Aquecedor C-Mistura de
Bicarbonato
D-Mistura de
Acetato
E-Filtro
F-Verificador
de pH
H-Monitor de
temperatura
K-Dialisador
J-Medidor de vazão
Fonte: Adaptado de YOUNG, 2015
N-Pressão
Dialisato
14.0
I-Display
M-Detector de vazamento de
sangue
L-Bypass
G-Sensor de condutivi-dade
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A água tratada é introduzida na máquina e irá passar primeiramente por um
aquecimento (A) até atingir a temperatura compatível com o organismo humano,
depois sofre um processo de deaeração (B), cujo gás é retirado totalmente. Depois é
misturado à água, soluções de bicarbonato (C) e ácidas (D) até a dosagem
adequada com o auxílio de bombas. As soluções ácidas contém sais de ácido
clorídrico incluindo sódio, potássio, cálcio, magnésio e acetato. Já as soluções de
bicarbonato podem liberar CO2 e contribuir para o crescimento de bactérias
indesejáveis. As soluções que constituem o dialisato são rigorosamente analisadas,
para que estejam na proporção adequada, como demonstrado na Tabela 1, e sejam
misturadas corretamente, não entupam os filtros do circuito devido à precipitação de
cálcio ou de sais de bicarbonato, e fiquem livre de bactérias em sua composição.
Tabela 1. Concentrações dos componentes no dialisato.
Eletrólitos que compõe o dialisato Concentração mg/ L
Sódio 134-145
Potássio 0-4
Cálcio 0,0-3,5
(2,25 padrão)
Magnésio 0,5-1,0
Cloreto 100-124
Bicarbonato 32-40
Glicose 0-250
Adaptado de YOUNG, 2015.
Após a mistura da solução ácida com o bicarbonato com a água já aquecida,
o dialisato em processo passa pelo filtro (E) e é submetido ao monitoramento de pH
(F), condutividade (G e I), temperatura (H). Após estas etapas, o dialisato pronto
segue para o medidor de vazão (J) e é conduzido ao dialisador (K), local onde
haverá a filtração do sangue do paciente através da ultrafiltração volumétrica. Se por
acaso ocorrer algum erro, seja na composição ou na quantidade de dialisato
(excesso), ele será direcionado à válvula Bypass (L) e conduzido ao descarte
(esgoto). Depois que o dialisato é utilizado no dialisador, ele retorna novamente à
máquina e passa por um detector de sangue (M), para garantir que não houve
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nenhum contato do sangue do paciente durante o processo de filtração com o
dialisato e, portanto, não contaminar a máquina de hemodiálise. Após estas etapas
do processo, o dialisato passará por um medidor de pressão (N), sendo então
bombeado (O), passando pelo trocador de calor e depois será conduzido ao dreno e
esgoto. A Figura 3 descreve o circuito máquina - paciente:
Figura 3 - Circuito máquina - paciente
Fonte: Medicinanet (2015).
Infelizmente uma sessão de hemodiálise executa apenas cerca de 15% do
trabalho dos rins, por isso a importância do indivíduo seguir corretamente as
restrições alimentares para ter uma dieta equilibrada. É importante destacar que
cada paciente possuir seu próprio dialisador, e que ele pode ser reutilizado até 12
vezes, ou até que o número de fibras dos microtubos do dialisador não rompidas
caia a menos de 80%. Para evitar possíveis contaminações a máquina de
hemodiálise e o dialisador após cada sessão de hemodiálise são lavados e
esterilizados de acordo com o protocolo, em sua execução podem ser utilizados
soluções de formaldeído, hipoclorito, ácido peracético. (MELO et al., 2000; YOUNG,
2015).
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Tendo em vista os resultados de Nascimento et al. (2005), as complicações
mais comuns observadas durante o tratamento dialítico são em ordem decrescente
de frequência: hipotensão (20 % a 30 %), por conta da grande quantidade de
líquidos que é transferida do volume plasmático para máquina, durante uma sessão
de diálise; cãibras (5 % a 20 %), náuseas e vômitos (5 % a15 %), cefaleia (5 %), dor
torácica (2 % a 5 %), dor lombar (2 % a 5 %), prurido (5 %), febre e calafrios (<1 %).
A água utilizada para o serviço dialítico necessita passar por uma série de
ações para que esteja de acordo com a Portaria no 82, de 03 de janeiro de 2000.
Para que isso seja possível, no mínimo a água precisa ser potável e as técnicas de
osmose reversa e/ou deionização são as mais empregadas para atingir a qualidade
almejada (CALDERARO e HELLER, 2001).
Além da Portaria publicada em 2000, atualmente há a Resolução da Diretoria
Colegiada ANVISA – RDC no 11, 13 de março de 2014, ambas descrevendo como
deve ser a qualidade da água para a hemodiálise e os procedimentos de
manutenção para o sistema de tratamento e distribuição de água para hemodiálise
(STDAH). Seguem-se os Quadros 1, 2 e 3 referentes a RDC no 11, 13 de março de
2014:
Quadro 1 – Características físicas e organolépticas da água potável
Característica Parâmetro aceitável Frequência de verificação
Cor aparente Incolor Diária
Turvação Ausente Diária
Sabor Insípido Diária
Odor Inodoro Diária
Cloro residual livre Água da rede pública maior que 0,2 mg/L; água de fonte alternativa maior que 0,5 mg/L
Diária
pH 6,0 a 9,5 Diária
Fonte: ANVISA
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Quadro 2 - Padrão de qualidade de água para hemodiálise
Fonte: ANVISA
Quadro 3 – Procedimentos de manutenção do STDAH
Procedimentos Frequência Limpeza do reservatório de água potável
Semestral
Controle bacteriológico do reservatório de água potável
Mensal
Limpeza e desinfecção do reservatório e da rede de distribuição de água para hemodiálise
Mensal
Fonte: ANVISA
Componentes Valor máximo permitido Frequência de análise
Coliforme total Ausência em 100 ml Mensal Contagem de bactérias heterotróficas 100 UFC/ml Mensal
Endotoxinas 0,25 EU/ml Mensal Alumínio 0,01 mg/L Semestral
Antimônio 0,006 mg/L Semestral Arsênico 0,005 mg/L Semestral
Bário 0,1 mg/L Semestral Berílio 0,0004 mg/L Semestral
Cádmio 0,001 mg/L Semestral Cálcio 2 mg/L Semestral
Chumbo 0,005 mg/L Semestral Cloro Total 0,1 mg/L Semestral
Cobre 0,1 mg/L Semestral Cromo 0,014 mg/L Semestral
Fluoreto 0,2 mg/L Semestral Magnésio 4 mg/L Semestral Mercúrio 0,0002 mg/L Semestral
Nitrato (N) 2 mg/L Semestral Potássio 8 mg/L Semestral
Prata 0,005 mg/L Semestral Selênio 0,09 mg/L Semestral Sódio 70 mg/L Semestral Sulfato 100 mg/L Semestral Tálio 0,002 mg/L Semestral Zinco 0,1 mg/L Semestral
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De acordo com o artigo 51 da RDC no 11, de 13 de março de 2014, as
amostras da água destinada a hemodiálise para análise microbiológica devem ser
coletadas, no mínimo, nos seguintes pontos:
1- No ponto de retorno da alça de distribuição (loop);
2- Em um dos pontos na sala de processamento.
Também é importante ressaltar que o reservatório do STDAH deve possuir
um sistema fechado de recirculação contínua de água 24 (vinte quatro) horas por
dia, 7 (sete) dias por semana e a uma velocidade que garanta regime turbulento de
vazão no retorno do loop de distribuição ao tanque, durante o funcionamento de
todas as máquinas (RDC No11, 2014).
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5. METODOLOGIA DE TRABALHO
• Revisar a literatura quanto à Doença Renal Crônica (DRC) e o emprego da
tecnologia hemodialítica;
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre Insuficiência Renal Crônica
(IRC) e sobre a tecnologia empregada no funcionamento da máquina de
hemodiálise, através de artigos publicados em revistas e jornais em meio eletrônico.
Houve uma certa dificuldade de seguir a metodologia de ATS, pois nas bases de
dados como MEDLINE e PUBMED, não foram reveladas publicações voltadas para
área tecnológica de hemodiálise, ou seja, artigos focando o funcionamento ou
desenvolvimento deste equipamento. Mesmo utilizando palavras chaves como:
hemodialysis machine, hemodialysis technologies, os resultados encontrados eram
praticamente todos com enfoque na área médica de hemodiálises.
• Elaborar um estudo prático dos equipamentos existentes atualmente no
laboratório;
Foram analisadas as máquinas de hemodiálise presentes do Laboratório de
Análises de Equipamentos localizado no prédio 4 da FATEC-So, tomando como
base a publicação da Associação de Nefrologia Americana sobre Circuito de Diálise
(YOUNG, ?) e também o manual de máquina de hemodiálise da empresa HOSPAL
(1991). Verificou-se que o diagrama de blocos do equipamento de tal manual de
instrução, foi útil para a elaboração do diagrama da máquina da Baxter existente no
laboratório, permitindo sintetizar o funcionamento da mesma.
• Analisar os problemas existentes com os equipamentos referidos;
Primeiramente efetuaram-se as correspondências entre os blocos funcionais
do diagrama de blocos e os subsistemas físicos verificados nas máquinas. Após a
análise do circuito da máquina de hemodiálises foram identificadas as peças que
estavam danificadas ou que estavam faltando, e foram levantadas hipóteses sobre
as possíveis soluções para esses problemas.
• Colocar os equipamentos em funcionamento;
Com o domínio do funcionamento do sistema como um todo, levando-se em
consideração os conhecimentos adquiridos com o estudo da literatura e dos
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manuais de instalação, operação e manutenção, bem como em virtude da
identificação dos problemas existentes, pode-se iniciar os testes de funcionamento.
• Fazer um layout da instalação das máquinas no laboratório;
Com o auxílio de uma trena mediu-se o comprimento e largura do laboratório
e alguns itens tais como: mesas e armário. O layout foi construído com o uso
do software AutoCAD®, incluindo no ambiente as máquinas de hemodiálises
perto de uma entrada de água.
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6. RESULTADOS
Com o intuito de associar a teoria com a prática, foi feita uma visita no
Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no departamento de STDAH e onde os
pacientes realizam as sessões de hemodiálise. O local está de acordo com a
Portaria MS nº 82, de 03 de janeiro de 2000 e com a RDC no 11, de 13 de março de
2014. A seguir são apresentadas imagens obtidas do departamento, no dia da visita
ao mesmo (Figuras de a- i):
Figura – a Figura - b Figura – c
Figura – d Figura - e Figura – f
Figura – g Figura - h Figura – i
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As figuras a, b, c, d, e, são referentes ao tratamento da água a ser utilizado
para compor o dialisato como também para o processo de desinfecção da máquina
realizado ao término de cada sessão. Durante todo o tempo a água tratada fica em
movimento nas tubulações com o intuito de evitar o crescimento e desenvolvimento
de microrganismos na mesma e torná-la imprópria para o uso no tratamento.
As figuras f, g, são referentes à organização e separação dos dialisadores de
acordo com cada paciente, lembrando que o mesmo dialisador pode ser utilizado até
12 vezes, ou até que o número de fibras dos microtubos do dialisador não rompidas
caia a menos de 80%.
A figura h é referente à máquina de hemodiálise e a figura i ao monitor da
mesma.
Em seguida houve a necessidade de construir um estudo prático por meio da
teoria de diagrama de blocos, para descrever de forma sucinta e clara o
funcionamento do sistema que compõem a máquina de hemodiálise.
Toda forma de tecnologia empregada como também tudo que é produzido de
forma artesanal e industrial, necessita de um projeto para realização do mesmo. Em
um projeto há o planejamento do produto (quais seriam as características e
funções); desenvolvimento e projeto do produto (funções elementares e funções
lógicas); fabricação do produto (tecnologia do produto, baseada em três
características principais: estado de energia, sinal e material). (NELSON BACK,
1983).
Normalmente, para elaborar o projeto de um produto, por exemplo, uma
máquina de hemodiálise, como a existente no laboratório da FATEC-SO, modelo:
Baxter 1550 há a necessidade de executar a diagramação de blocos do sistema.
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Cada bloco do diagrama recebe inscrita a identificação da peça ou subsistema, de
maneira a compor toda a estrutura funcional do sistema. O diagrama mostra através
de linhas as relações entre as partes funcionais. Tais funções são denominadas
elementares e/ou lógicas.
Após a realização desse estudo prático de análise do equipamento de
hemodiálise, foram abordados os problemas existentes na máquina e suas possíveis
soluções, que poderiam ser empregadas para proporcionar o funcionamento da
mesma no Laboratório de Análise de Equipamentos Médico-hospitalares.
A seguir a Figura 4 referente ao esquema do diagrama de blocos, a Tabela 2
com as fotos das duas máquinas Baxter modelo 1550 e a Tabela 3 com a
identificação dos problemas existentes e as suas possíveis soluções:
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Figura 4- DIAGRAMA DE BLOCOS DAS FUNÇÕES PARCIAIS
Ação do operador: Colocação do frasco de fluído ácido
Ação do operador: Colocação do frasco de fluído de acetato
Alimentação da água tratada vinda do sistema de tratamento
Fluído ácido Fluído básico
V. D1 V. D2
Subsistema hidráulico de produção
I.H.M Bomba de heparina
Monitor |/0
UFC CPU
Bomba de sague
Controle CPU
Heparina
Subsistema elétrico
Introduzindo informação no painel de controle
Bomba Bomba
Monitor CPU
Reservatório de mistura V. D3
V. BP
Dialisato
Dialisador
Dreno
Paciente Dialisato impróprio
Sangue venoso
Sangue arterial
Descarte
Paciente
4h 3x
Subsistema circuito máquina (hidráulico)
Subsistema circuito paciente (hidráulico)
Ação do operador: Colocação de heparina na seringa
Bomba de heparina
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O subsistema elétrico é formado por seis placas eletrônicas de comando as
quais são: Monitor CPU, controle CPU, UFC CPU, Bomba de Sangue, Bomba de
heparina e I/0 Monitor. Elas irão atuar de acordo com a programação da máquina
estabelecida pelo operador, como por exemplo, durante uma sessão de hemodiálise,
a quantidade de peso perdida, a prescrição da solução de sódio e eletrólitos, o
controle de saída da heparina não coagular o sangue paciente, serão parâmetros
que deverão ser inseridos no painel de controle da máquina pelo profissional para
que a sessão de hemodiálise não ofereça nenhum perigo para o portador da IRC.
O subsistema hidráulico de produção consiste em produzir o dialisato que é
constituído de água devidamente tratada, por osmose reversa e as soluções de
eletrólitos que são adicionadas e misturadas à proporção certa atendendo as
necessidades fisiológicas do indivíduo.
Após o dialisato estar pronto, segue para o subsistema circuito hidráulico da
máquina, onde será conduzido por meio de vias hidráulicas e válvulas e com a ajuda
de bombas, até o dialisador. Se algo estiver errado seja na quantidade do dialisato
ou na composição do mesmo, antes que chegue no dialisador, o dialisato será
redirecionado pela válvula Bypass para ser dispensado no esgoto.
No subsistema circuito paciente (hidráulico), o paciente fornecerá sangue
arterial o qual é conduzido até o dialisador e ali acontece o contra fluxo com o
dialisato filtrando o sangue do paciente e depois devolvendo-o novamente a ele por
meio da via venosa.
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Tabela 2 - Fotos das duas máquinas Baxter modelo 1550
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Tabela 3 - identificação dos problemas existentes e possíveis soluções
Máquina Componente Função Finalidade Problema/Descrição Detalhes (foto do antes) Solução Detalhes (foto do depois)
2 Motor da bomba de roletes
Transformar energia elétrica em mecânica cinética
Acionar a bomba de roletes
Desacoplada da máquina
Acoplar o motor novamente na máquina
2 Filtros Reter
impurezas presentes no dialisato
Proporcionar uma solução de dialisato adequada, sem impurezas para passar nos fibras do dialisador
Desacoplado da máquina
Acoplar os filtros na máquina
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2 Conectores Unir componentes de transmissão de energia elétrica
Permitir transmitir energia elétrica e sinal elétrico
Estão desconectados dos seus respectivos lugares na máquina
Conectá-los novamente
2 Mangueira Conduzir fluído
Fornecimen-to de fluído para pontos diferentes
Desconectadas e deterioradas/ ressecadas
Não foi substituída por falta de material
-----------------------------------
1 Microswith Ligar/ Desligar
Estabelecer Contato e condução de energia elétrica/sinal elétrico
Desparafusado do local e apresentava-se suspenso pelos fios conectados
Parafusá- lo em seu respectivo lugar
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1 Conectores Unir componentes internos da máquina para a placa do painel de controle
Transmitir informação para o painel de controle da máquina
Desconectado da placa e suspenso por fios
Conectá-lo em seu respectivo lugar na placa
1 Conector Unir
componente interno da máquina para a placa do painel de controle
Transmitir informação para o painel de controle da máquina
Desconectado e suspenso por fio
Conectá-lo em seu respectivo lugar na placa
1 Conector da
placa do detector de bolha de ar que liga à placa sodium button
Unir componente interno da máquina para a placa do painel de controle
Transmitir informação para o painel de controle da máquina
Desconectado e suspenso por um conjunto de fios
Conectá-lo em seu respectivo lugar na placa
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7. COMENTÁRIOS
Esse projeto de iniciação científica teve como proposta estudar ao longo de
2015, a tecnologia de duas máquinas de fabricação Baxter existentes no laboratório
de equipamentos da FATEC SO, para verificar a possibilidade da instalação das
mesmas, obter o funcionamento e se constituir em um laboratório experimental
desta tecnologia. É importante ressaltar que embora todo esse tempo tenha sido
direcionado para analisar o funcionamento do equipamento, fazer um levantamento
bibliográfico e realizar discussões semanalmente com o orientador e colaboradores,
não foi possível obter o conhecimento detalhado de cada parte específica da
máquina. A tecnologia hemodialítica possui um nível de complexidade muito alto,
visto que concentra área de mecânica, hidráulica, pneumática e eletrônica para
desempenhar todas as suas funções. Entretanto, esse projeto proporcionou uma
visão geral do equipamento, como o mesmo funciona e qual o seu propósito, por
meio da análise de diagramação de blocos das funções parciais e pesquisas em
livros e meio eletrônico. O ideal é que os alunos do Curso de Sistemas Biomédicos,
em algum momento do desenvolvimento da grade curricular, entre em contato de
forma técnica e prática com esta tecnologia, com o objetivo de desenvolver
habilidades tais como: saber fazer um levantamento bibliográfico na literatura com
os descritores ideais, saber construir e analisar diagrama de blocos funcionais,
identificar os problemas existentes e prever soluções de manutenção para
determinado equipamento. O mercado de trabalho ultimamente tem solicitado por
profissionais com conhecimento, atitude e habilidade tecnológica, e esses requisitos
são desenvolvidos durante a formação do estudante por meio de estudos, estágios e
iniciação científica.
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8. CRONOGRAMA
As etapas, no Quadro 4, a serem cumpridas em uma continuidade a este
trabalho são: colocar os equipamentos para funcionar e fazer um layout da
instalação. Não foi possível concluí-las porque o especialista em engenharia clínica,
que ficou de nos fornecer subsídios e peças, não pode comparecer até a data do
encerramento desta iniciação científica.
Quadro 4 – cronograma de atividades
Atividades Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Revisão de literatura X X X
Estudo prático de equipamentos X X
Análise de problemas X X
Colocar os equipamentos para funcionar X
Fazer um layout da instalação X X
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9. CONCLUSÃO
O trabalho permitiu obter resultados que são considerados satisfatórios tendo
em vista os objetivos estabelecidos, porém, recomenda-se a continuidade do mesmo
no período seguinte, uma vez que as etapas de instalação e de colocação em
funcionamento devem ainda ser executadas. Todas as etapas percorridas exigiram
dedicação regular semanal e possibilitaram a incorporação de conhecimentos
importantes para a formação acadêmica científica na área de Tecnologia em
Sistemas Biomédicos.
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