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Capítulo 4 Triângulos e quadriláteros 2 Capítulo 5 Estatística 42 Capítulo 6 Expressões algébricas e sequências 70 Volume 2

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Capítulo 4Triângulos e quadriláteros 2

Capítulo 5 Estatística 42

Capítulo 6 Expressões algébricas e sequências 70

Volume 2

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capí

tulo

A Torre Eiffel, localiza-

da em Paris, na França, é um

dos monumentos mais fa-

mosos do mundo. [...]

A construção de 7 300

toneladas apresenta uma

estrutura feita de treliças

de ferro, cuja montagem se

baseia no triângulo, a forma

geométrica que é rígida e

indeformável.

FIEDERER, Luke. Clássicos da arquitetura: Torre Eiffel/Gustave Eiffel. Tradução de Eduardo Souza. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/802180/classicos-da-arquitetura-torre-eiffel-gustave-eiffel>. Acesso em: 14 mar. 2019.

Observe a imagem que

ilustra este capítulo e res-

ponda: Por que as estrutu-

ras metálicas presentes na

Torre Eiffel se embasam

em triângulos, e não em

quadriláteros?

Triângulos

Quadriláteros

o que vocêvai conhecer

Triângulos e quadriláteros4

©Shutterstock/Pat_Me

2

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Matemática

Triângulos

Os triângulos são importantes figuras geométricas e o estudo de suas propriedades e aplicações tem encantado, durante séculos, matemáticos e leigos, o que se justifica pelo fato de que qualquer polígono pode ser decomposto em triângulos.

Várias estruturas metálicas são constituídas de triângulos. Devido à sua rigidez, essas estruturas são capazes de suportar forças e transmiti-las para pontos de apoio, oferecendo resistência e estabilidade.

Quando dizemos que o triângulo é um polígono rígido, queremos dizer que, uma vez fixadas as medidas de seus lados, os seus ângulos não se alteram, quaisquer que sejam as transformações aplicadas. Nos exemplos ilustrados ao lado, o losan-go, que apresenta todos os lados de mes-ma medida, pode ser “deformado” se apli-carmos uma força em um dos vértices, o que não ocorre com o triângulo.

Dessa forma, nunca conseguiremos formar dois triângulos que tenham lados correspon-dentes iguais, porém ângulos diferentes. Isso é conhecido como o critério de congruência lado, lado, lado (LLL), que veremos posteriormente neste capítulo.

Para aquecer, vamos recordar quais são os elementos de um triângulo.

Elementos de um triângulo

Observe o triângulo ABC da figura, que represen-tamos por ABC, e alguns de seus elementos.

Vértices: A, B e C

Lados: AB, BC e CA

Ângulos internos: �A, B� e C�

Ângulos externos: a� , b� e c�

Identificar e classificar os diferentes tipos de triângulos e quadriláteros.

Identificar e aplicar os casos de congruência de triângulos.

Identificar e traçar as medianas, as bissetrizes e as alturas de um triângulo, bem como as mediatrizes de seus lados.

Conhecer os pontos notáveis de um triângulo.

Conhecer e aplicar as propriedades existentes nos triângulos e quadriláteros para resolu-ção de problemas.

objetivos do capítulo

O losango tem seus

ângulos internos

alterados após uma

força ser aplicada em

um dos vértices.

O triângulo, ao

contrário, não se

deforma, qualquer

que seja a força

aplicada.

^

b

C

C

A

B

^

^

B^

A^

c

â

3

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Cada ângulo interno é formado por dois dos lados do triângulo:

ângulo �A – formado pelos lados AB e AC ;

ângulo B� – formado pelos lados AB e BC ;

ângulo C� – formado pelos lados AC e BC .

O lado que não forma um ângulo interno é chamado de lado oposto a esse ângulo.

Assim, com relação a cada ângulo interno da figura, temos as seguintes definições:

BC é o lado oposto ao ângulo interno �A;

AC é o lado oposto ao ângulo interno B� ;

AB é o lado oposto ao ângulo interno C� .

Uma importante propriedade dos triângulos, já estudada anteriormente, indica a condi-

ção de existência de um triângulo e pode ser descrita assim:

Em um triângulo, a medida de qualquer lado é menor que a soma das medidas dos outros

dois lados. Sendo a, b e c as medidas dos lados de um triângulo, temos:

a < b + c

b < a + c

c < a + b

Exemplo:

10 cm < 8 cm + 6 cm

8 cm < 10 cm + 6 cm

6 cm < 10 cm + 8 cm

Classificação de triângulos

As estruturas metálicas trian-

gulares, mencionadas no início des-

te capítulo, quando nos referimos à

Torre Eiffel, têm a função de refor-

çar as estruturas de sustentação de

pontes, guindastes, postes de alta

tensão, entre outras.

A foto ao lado apresenta uma

estrutura metálica com várias for-

mas triangulares.

bc

a

6 cm8 cm

10 cm

©S

hu

tte

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ck/l

asc

hi

4

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Matemática

Em razão das diferentes formas que os triângulos podem assumir, é necessário classifi-cá-los de acordo com as medidas de seus lados e de seus ângulos.

De acordo com as medidas de seus lados, os triângulos podem ser classificados como equiláteros, isósceles ou escalenos.

Triângulo equilátero Triângulo isósceles Triângulo escaleno

BA

C

60o

60o 60o

BA

C

BA

C

AB BC AC AC BC

Os três lados têm a mesma medida.

Dois lados têm a mesma medida.Os três lados têm medidas

diferentes.

De acordo com as medidas de seus ângulos, os triângulos podem ser classificados como acutângulos, retângulos ou obtusângulos.

Triângulo acutângulo Triângulo retângulo Triângulo obtusângulo

A

Os três ângulos são agudos. Apresenta um ângulo reto. Apresenta um ângulo obtuso.

���

� �� �� �

90

90

90

A� � �90 � � �90

Vamos agora estabelecer uma relação entre as medidas dos lados e as medidas dos ân-gulos internos de um triângulo.

Construindo um triângulo com régua e compassoSeguindo os procedimentos a seguir, construa o triângulo ABC, cujos lados medem 3 cm,

4 cm e 5 cm. Em seguida, responda às questões propostas.

Procedimentos

Utilizando uma régua graduada, trace em uma folha de papel um segmento de 5 cm de comprimento. Chame esse segmento de AB.

Deixe o compasso com abertura igual a 4 cm. Com sua ponta-seca no ponto A, trace o arco AC. Em seguida, deixe o compasso com abertura igual a 3 cm. Com sua ponta-seca no ponto B, trace o arco BC.

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a) Com o transferidor, meça cada ângulo e represente-os na figura com a medida inteira

aproximada. Quais são as medidas dos ângulos internos do triângulo?

b) Complete a tabela a seguir.

Medida do lado Medida aproximada do ângulo oposto

5 cm

4 cm

3 cm

O ponto de intersecção dos dois arcos será o vértice C do triângulo. Ao unir por meio de

um segmento os pontos A e C e os pontos B e C, obtemos o triângulo ABC.

4 cm

5 cm

3 cm

C

BA

Arco BC

Ponta-seca

Grafite Compasso

Arco AC

Você pode construir outros triângulos com outras medidas desde que os valores escolhi-

dos atendam à condição de existência de triângulos.

Em um triângulo, o maior ângulo se opõe ao maior lado e o menor ângulo se opõe ao me-

nor lado.

1 Analise as afirmações a seguir. Marque as verdadeiras com V e as falsas com F.

a) ( ) Todo triângulo equilátero é acutângulo.

b) ( ) Triângulos escalenos podem ser acutângulos.

c) ( ) Um triângulo retângulo pode ser isósceles.

d) ( ) Um triângulo obtusângulo pode ser isósceles.

e) ( ) Um triângulo retângulo pode ser equilátero.

f) ( ) Todo triângulo equilátero é isósceles.

atividades

6

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Matemática

a) 60°, 30° e α

b) 30°, x e 120°

c) a, 60° e 60°

d) 45°, b e 90°

e) y, 75° e 45°

f) 15°, 15° e z

3 A praça representada na imagem a seguir é semelhante a um triângulo equilátero cujo perímetro mede 39 m. Calcule a medida de cada lado dessa praça.

Praça

A B

C

2x x + 20o

2 Em cada triângulo, determine a medida do ângulo que falta. Em seguida, classifique-os de acordo com as medidas de seus ângulos.

4 Determine a medida dos ângulos internos do triângulo isósceles ABC, considerando que os lados AC e BC são congruentes.

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5 Na figura, o triângulo ABC é equilátero e os pontos B, C e D estão alinhados. Calcule a medida x do segmento AC e as medidas dos ângulos α e β.

6 Classifique, de acordo com os lados, o triângulo que tem seus ângulos internos expressos por

7 Na figura, AB = AC, BX = BY e CZ = CY. Sabendo-se que o ângulo

BAC� mede 40°, qual é a medida do ângulo XYZ?

a) 40°

b) 60°

c) 90°

d) 50°

e) 70°

8 (OBMEP) O triângulo ABC é isósceles de base BC e o ângulo BAC� mede 30°. O

triângulo BCD é isósceles de base BD. Determine a medida do ângulo DCA� .

a) 45°

b) 50°

c) 60°

d) 75°

e) 90°

A

B C5 cm

D

x

30o

XB

Y

A

Z

C

Y

B

A

D

C

8

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Matemática

9 (OBMEP) No triângulo ABC temos AB = AC e os cinco segmentos marcados têm todos a mesma

medida. Qual é a medida do ângulo BAC?

a) 10°

b) 15°

c) 20°

d) 25°

e) 30°

B A

C

Congruência de triângulos

Já vimos o conceito de congruência ao tratarmos da relação entre as medidas de seg-mentos e as medidas de ângulos. Relembre:

Dois ângulos são ditos congruentes quando suas medidas são iguais.

Dois segmentos são ditos congruentes quando suas medidas são iguais.

No caso de duas figuras planas, dizemos que elas são congruentes quando, ao serem sobrepostas, coincidem.

As figuras planas 1 e 2 são congruentes. Note que a sobreposição delas possibilita cons-tatar que seus ângulos são respectivamente congruentes e que seus lados têm a mesma medida.

Figura 1 Figura 2

Coincidentes

Dois triângulos serão congruentes quando for possível estabelecer correspondência entre seus vértices, de modo que seus lados e seus ângulos sejam congruentes.

Exemplo:

BA

C

E F

D

AB DE A D

BC EF e B E

AC DF C F

� �

� �

� �

Portanto, ABC DEF (lemos: “o triângulo ABC é congruente ao triângulo DEF”).

9

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Observe o exemplo.

Para saber se dois triângulos são congruentes, não é necessário verificar a congruência entre as medidas dos três lados e as medidas dos três ângulos. Basta considerar os casos descritos a seguir, que são conhecidos como casos de congruência de triângulos.

1°. caso: lado, lado, lado (LLL)

Dois triângulos são congruentes quando têm os três lados correspondentes congruentes.

B

A

C

E

F

D

AB DE

AC DF

BC EF

ABC DEF

���

��

� �2°. caso: lado, ângulo, lado (LAL)

Dois triângulos são congruentes quando têm dois lados e o ângulo compreendido entre esses lados respectivamente congruentes.

B

AC

E

F

D

AB DE

BC EF

B E

���

��

� �

� �ABC DEF

3°. caso: ângulo, lado, ângulo (ALA)

Dois triângulos são congruentes quando têm dois ângulos e o lado compreendido entre esses ângulos respectivamente congruentes.

B

A

CE

F

D

BC EF

B E

C F

ABC DEF

���

��

� �

� �

� �4°. caso: lado, ângulo, ângulo oposto (LAA

o)

Dois triângulos são congruentes quando têm um lado, um ângulo adjacente e o ângulo oposto a esse lado respectivamente congruentes.

B

A

C

E

F

D

AC DF

B E

C F

ABC DEF

���

��

� �

� �

� �

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Matemática

Exemplo 1

No quadrilátero ABCD, ABD DCB e ADB CDB.

Com base nas informações dadas e nas medidas representadas na figura, veja como podemos determinar o perímetro do quadrilátero ABCD.

Note que DB é o lado comum aos triângulos ABD e CBD. Como ABD DCB e ADB CDB, temos que ABD ≡ CBD pelo caso ALA de congruência de triângulos.

Assim, AD CD e AB BC e o perímetro do quadrilátero é dado por: 7 cm + 7 cm + 4 cm + 4 cm = 22 cm.

Exemplo 2

Observando os triângulos ABC e DEF, podemos perceber que eles são congruentes. Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180 e BAC � �90 , temos que ABC � �� �� � � �180 90 59 31 . Com isso, podemos afirmar que ABC DEF pelo caso LAA

O de congruência de

triângulos, pois AC DF, BAC EDF e ABC DEF� � .

Exemplo 3

Sabendo que E é o ponto médio de AC e AB//DC, determine o valor de a.

Com base nos dados apresentados e nas propriedades estudadas anteriormente, con-cluímos que:

se E é o ponto médio de AC , então E divide AC em dois segmentos congruentes, isto é, AE CE;

AEB DEC� � , pois são ângulos opostos pelo vértice;

sendo AB//DC, então EAB ECD� � , pois são ângulos alternos internos.

Portanto, ABE CDE pelo caso ALA de congruência de triângulos. Assim, BE DE.

Representando essas informações na figura, temos:

a + 5 = 2a – 5

a – 2a = –5 – 5

–a = –10

a = 10

BA

C

a + 5

2a – 5

D

E

B

A C

4 cm

7 cm

D

BA

C

a + 5

2a – 5

D

E

C

A

� = 59º

� = 31º

B

E6 C

� = 59º

� = 31º

E

D F

6

6

11

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atividades

1 Os pares de triângulos a seguir são congruentes. Escreva o caso que justifica a congruência em cada item.

a)

Caso:

b)

Caso:

c)

Caso:

d)

Caso:

2 Na figura, D é o ponto médio do segmento AB. Calcule os valores de x e y.

3 No triângulo AED, os pontos B e C, que pertencem ao lado ED, são vértices do triângulo isósceles ABC. Sendo BC o menor lado do triângulo ABC, calcule os valores de x e z.

A

D

CB

x – 7y

2y – 7x + 32

E

A

DCB

3z – 2z + 10

18x + 8E

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Matemática

4 Na figura abaixo, ABC é um triângulo equilátero e D, E e F são, respectivamente, os pontos médios dos lados AC, AB e BC. Determine o valor de x e o perímetro do triângulo ABC.

5 No paralelogramo a seguir, sabe-se que α β e θ δde congruência.

A

D C

B

A

D

3x – 2

1

CFB

E

– 5x2

23

A

D CB

6 Na figura a seguir, D é o ponto médio do lado BC. Justifique a congruência dos triângulos ABD e ACD.

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Pontos notáveis de um triângulo

Considere que um designer de interiores fez o

projeto de um lustre em forma de triângulo. Em

cada vértice, ele colocou uma luminária. De de-

terminado ponto P, no interior do triângulo, parte

um cabo que fixa o lustre no teto. O designer precisa

descobrir a localização do ponto P de modo que o triângulo

do lustre fique em equilíbrio. Para isso, é necessário co-

nhecer alguns elementos que caracterizam um triângu-

lo, os quais têm características próprias. É o que estuda-

remos a partir de agora.

O segmento de reta que tem como extremidades um vértice e o ponto médio do lado

oposto a esse vértice é chamado de mediana.

A

D CB

Na figura,

D: ponto médio do lado BC (BD DC).

AD: mediana relativa ao lado BC, ou mediana relativa ao vértice A.

Cada triângulo apresenta três medianas que se intersectam em um mesmo ponto.

Para localizarmos o ponto médio de um segmento, podemos utilizar régua e compasso.

Observe como devemos proceder.

Primeiro, traçamos o segmento AB, com determinada medida.

A B

Fixando a ponta-seca do compasso no ponto A, com abertura

maior que a metade da medida do segmento, traçamos um arco

de circunferência. Com a mesma abertura, fixamos a ponta-seca

no ponto B e traçamos outro arco. Os pontos C e D são determi-

nados pela intersecção dos dois arcos.

Traçamos a reta que passa pelos pontos C e D. Essa reta é per-

pendicular ao segmento AB e o intersecta no ponto M, que é o

ponto médio de AB.

A B

C

D

A B

C

D

M

Ja

ck A

rt. 2

00

9. D

igit

al.

14

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Matemática

Sabendo agora como determinamos o ponto médio de cada lado de um triângulo, pode-mos traçar suas medianas.

O ponto de intersecção das três medianas, mencionado ante-riormente, é denominado baricentro do triângulo, que é o cen-tro de gravidade (ou centro de massa) desse triângulo.

No exemplo descrito anteriormente, o ponto de fixação do lustre deve coincidir com o baricentro do triângulo que forma a base para que se mantenha em equilíbrio.

©P.

Imag

ens/

Pit

h

A bissetriz é toda semirreta com origem no vértice de um ângulo que o divide em dois ângulos congruentes. Observe:

BB A

ACC

OO

Em um triângulo, a bissetriz interna é representada por um segmento de reta que tem uma extremidade em um vértice e a outra no lado oposto a esse vértice, dividindo o ângulo interno em dois ângulos congruentes.

A

B CD

Na figura, AD é a bissetriz relativa ao lado BC, ou a bissetriz relativa ao vértice A.

A

B C

G

M

NP

15

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Um triângulo apresenta três bissetrizes internas, cada uma relativa a um lado. Observe

como podemos traçar a bissetriz de um ângulo.

Fixamos a ponta-seca do compasso no vértice O e, com uma abertura qualquer, traçamos

um arco que intersecte os lados OA� ���

e OB� ���

, determinando os pontos P e Q.

A

B

P

OO

Q

B

A

P

A

B

O

Em seguida, fixamos a ponta-seca no ponto P e, utilizando uma abertura qualquer, traçamos

um arco na parte interna do ângulo AOB� . Com a mesma abertura, fazemos outro arco colo-

cando a ponta-seca em Q. Marcamos o ponto R, que é a intersecção dos arcos.

O

Q

B

R

A

P

O

Q

B

R

A

P

O

Q

B

A

P

Traçamos a semirreta OR� ���

, que é a bissetriz do ângulo

AOB� .

As três bissetrizes internas de um triângulo se interceptam no ponto I, denominado incen-tro do triângulo. Esse ponto é o centro da circunferência inscrita nesse triângulo, ou seja, a

circunferência que tangencia internamente seus lados.

A

I

B C

A seguir, veja a circunferência inscrita no triângulo ABC.

A

I

B C

O

P

Q

A

B

R

16

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Matemática

A altura de um triângulo é um segmento de reta com uma extremidade em um vértice e a outra no lado oposto a esse vértice ou em seu prolongamento, formando um ângulo de 90° (ângulo reto).

A

D CB

A

DCB

As alturas do triângulo se intersectam no ponto O, denominado ortocentro do triângulo ABC.

A

DB C

E

O

F

Agora, acompanhe o procedimento usado para traçar as alturas de um triângulo.

Primeiro, colocamos uma régua alinhada com um lado do triângulo.

Depois, posicionamos o esquadro perpendicularmente à régua, conforme mostra a segunda figura, e o “deslizamos” até o vér-tice oposto ao lado alinhado com a régua.

Então, traçamos a altura.

Repetimos o mesmo procedimento para os demais lados. Um triângulo tem três alturas, cada uma relativa a um lado.

A

Ilustrações: Jack Art. 2009. Digital.

Na figura,

D: “pé” da altura AD.

AD: altura relativa ao lado BC ou altura relativa ao vér-tice A.

Na figura,

AD: altura relativa ao lado BC.

BE: altura relativa ao lado AC.

CF: altura relativa ao lado AB.

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O ortocentro de um triângulo nem sempre é interno a ele. Observe a próxima figura.

Prolongamento

do lado CA

Prolongamento

do lado BA

A

O

F

B

D

CE

Nesse caso, o ortocentro é um ponto externo ao triângulo. Note que as alturas BE e CFsão externas ao triângulo.

A mediatriz de um segmento é uma reta que intersecta per-pendicularmente esse segmento em seu ponto médio.

Na figura,

M: ponto médio do segmento AB.

m: mediatriz do segmento AB.

No triângulo ABC da figura ao lado, estão represen-tadas as mediatrizes de cada um de seus lados, que se in-tersectam no ponto C. Note que elas são perpendiculares aos lados do triângulo e não passam, necessariamente, pelos vértices.

O ponto C, denominado circuncentro do triângulo, é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo, ou seja, a circunferência que passa por seus vértices.

-cia do circuncentro a qualquer vértice do triângulo. B C

C

A

m3

m2

m1

B C

C

A

m3

m2

m1

BA

m

M

18

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Matemática

atividades

1 Analise as afirmações a seguir. Marque as verdadeiras com V e as falsas com F.

a) ( ) O ponto de intersecção das mediatrizes de um triângulo é denominado baricentro.

b) ( ) O incentro é o centro da circunferência circunscrita ao triângulo.

c) ( ) O ponto de intersecção das alturas de um triângulo é denominado ortocentro.

d) ( ) O baricentro de um triângulo é o ponto de intersecção de suas medianas.

e) ( ) O circuncentro é o centro da circunferência inscrita no triângulo.

f) ( ) O circuncentro de um triângulo é o ponto de intersecção de suas mediatrizes.

2 Na figura a seguir, AD é uma das medianas do triângulo ABC. Qual é a medida do segmento BD, sabendo-se que o perímetro do triângulo é igual a 22 cm?

3 Um empresário deverá fornecer computadores e acessórios para três cidades do estado de São Paulo: São Carlos, Botucatu e São José dos Campos. Por uma questão de economia de transporte, ele pretende construir um depósito que se situe em algum lugar do estado cuja distância em rela-ção a essas três cidades seja a mesma. Considerando-se que as três cidades representam os vértices de um triângulo, qual é o local mais indicado para ele construir esse depósito?

B

7 cm5 cm

C D

A

Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. Adaptação.

São Paulo

Ta

lita

Ka

thy

Bo

ra

19

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4 No triângulo ABC ao lado, o ângulo BAC� mede 80°. Sabendo

que o segmento AD está contido na bissetriz de BAC� e que o

segmento ED está contido na mediatriz do lado AC, determine

a medida do ângulo EDA� .

5 O triângulo da figura é equilátero. Sendo DE e DF segmentos das mediatrizes dos lados AC e BC, calcule a medida do ângulo α.

6 No triângulo ABC, a altura AD, relativa ao lado BC, é a bissetriz do ângulo BÂC. Classifique o triângulo ABC de acordo com as medidas de seus lados.

7 O ângulo formado pelas bissetrizes dos ângulos B� e C� do triângulo ABC da figura a seguir é 140°. Qual é a medida

do ângulo interno A�?

B

C

E

A

D

B C

D

F

A

E

B CD

A

30o

B C

A

I

140o

20

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Matemática

Quadriláteros

Elementos dos quadriláteros

A figura ao lado mostra um lotea-mento em determinada região. Você sabe o que é um loteamento?

Loteamento é a divisão planejada de grandes terrenos em lotes menores, que podem assumir as mais variadas formas, de modo que obtenha melhor aprovei-tamento da área. Na figura, há vários lo-teamentos que estão divididos em lotes menores que, em sua maioria, têm o for-mato de quadriláteros.

Os elementos dos quadriláteros podem ser observados na figura a seguir.

Vértices: A, B, C e D.

Ângulos internos: a, b, c e d.� � � �

Lados: AB, BC, CD e AD.

Diagonais: AC e BD.

Os lados que têm um vértice em comum são chamados de lados consecutivos.

O quadrilátero acima apresenta os seguintes pares de lados consecutivos:

AB e AD AB e BC BC e CD CD e AD

Em um quadrilátero, os lados que não têm um vértice em comum são chamados de lados opostos. Nessa figura, AB é oposto a CD e BC é oposto a AD.

Os quadriláteros podem ser classificados como convexos ou não convexos.

O quadrilátero em que o prolongamento de qualquer um de seus lados não passa pelo interior do polígono é denominado de convexo.

O quadrilátero em que o prolongamento de algum de seus lados passa total ou parcial-mente pelo interior do polígono é denominado de não convexo.

Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4

Observe que o quadrilátero da figura 3 é o único que não é convexo.

D

C

Ba

b

c

d

A

Div

o P

adilh

a. 2

009.

Dig

ital

.

21

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Nomenclatura dos quadriláteros

No quadro a seguir, estão identificados alguns quadriláteros e suas características.

QuadriláteroLados

opostos paralelos

Todos os lados congruentes

Todos os ângulos congruentes

Ângulos opostos

congruentes

Diagonais congruentes

Paralelogramo

X X

Losango

X X X

Trapézio

Retângulo

X X X X

Quadrado

X X X X X

A seguir, estudaremos como se definem e se caracterizam esses quadriláteros.

ParalelogramoO paralelogramo é o quadrilátero convexo em que os lados opostos são paralelos dois

a dois.

D C

A B

AB // DC

AD // BC

O retângulo, o losango e o quadrado são paralelogramos que recebem nomes especiais

de acordo com as características que apresentam.

22

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Matemática

Retângulo

O retângulo é um paralelogramo que tem todos os ângulos internos congruentes.

D C

A B

AB DC

AD BC

//

//

A B C D� � � �

Losango

O losango é um paralelogramo que tem todos os lados congruentes.

D C

A B

AB // DC

AD // BC

AB BC CD DA

Quadrado

O quadrado é um paralelogramo que apresenta as características do retângulo e do lo-sango. Portanto, tem todos os lados congruentes e todos os ângulos internos congruentes.

D C

A B

AB // DC

AD // BC

A B C D

AB BC CD DA

� � � �

Trapézio

O trapézio é um quadrilátero convexo que tem apenas dois lados paralelos.

DC

A B

AB // CD

AB

CD

base maior

base menor

O trapézio não é um paralelogramo, pois apresenta dois lados opostos que não são paralelos.

23

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Propriedades dos paralelogramos

Os ângulos opostos de um paralelogramo são congruentes.

D C

A B

A C

B D

� �

� �

Aplicando as propriedades dos ângulos formados por duas retas paralelas cortadas por

uma reta transversal, fica fácil fazer essa demonstração. Acompanhe.

a // b � � � �m A m D( ) ( )� �

180

(pois são ângulos colaterais internos).

Da mesma forma, temos:

r // s � �m C m D 180°( )� �

( )

Também podemos mostrar que, em um paralelogramo, as diagonais intersectam-se nos

pontos médios.

Para provarmos essa afirmação, consideramos a congruência de triângulos. Observe o

paralelogramo ABCD e os triângulos determinados por suas diagonais.

Como ABCD é um paralelogramo, temos que:

AB // DC e AD // BC

m AB m DC e m AD m BC( ) ( ) ( ) ( )

Com base na igualdade de ângulos alternos internos (os lados AD e BC são paralelos, in-

tersectados pela diagonal AC), podemos afirmar que os ângulos BCM e DAM� � são iguais.

m A + m D = m D +m C( ) ( ) ( ) ( )� � � �

Os ângulos opostos A e C� � são congruentes.

De modo análogo, podemos provar que B e D� � são

ângulos opostos congruentes.

m A = m C( ) ( )� �

24

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Matemática

No encontro das diagonais, observamos dois pares de ângulos opostos pelo vértice. Logo,

podemos afirmar que os ângulos AMD e CMB� � são iguais. O mesmo pode ser dito dos outros

dois ângulos.

Desse modo, os triângulos AMD e CMB têm dois ângulos iguais e os lados opostos aos

ângulos AMD e CMB� � são iguais. Pelo caso ALA de congruência de triângulos, podemos dizer

que os triângulos são congruentes e AM MC e BM MD. Portanto, as diagonais intersec-

tam-se no ponto médio.

Todo paralelogramo apresenta as seguintes características:

lados opostos paralelos e congruentes;

ângulos opostos congruentes;

ângulos consecutivos suplementares;

diagonais que se intersectam nos pontos médios.

D

2x

x + 30o

C

A B

x x

14 cm

14 cm

Veja, a seguir, alguns exemplos de aplicação das propriedades do paralelogramo.

Exemplo 1

Determine as medidas dos ângulos do paralelogramo ABCD.

Os ângulos opostos de qualquer paralelogramo são congruentes, então:

2 30 2 30 30x x x x x� � �� � � �� � �

Logo:

m D m B x( ) ( )� �� � � � � � �2 2 30 60

Os ângulos consecutivos de um paralelogramo são suplementares, portanto:

m x m( ) ( )A A� �� � �� � � � ��2 180 60 180 m( )A

� � �� � � �180 60 120 m m C( ) (A � )) � �120

Exemplo 2

O perímetro de um paralelogramo é igual a 42 cm. Sabendo-se que o maior lado mede

14 cm, quanto mede cada um de seus lados?

Chamando de x as medidas desconhecidas e consi-

derando que os lados opostos de um paralelogramo são

congruentes, temos:

x x

x

x

x

� � � �� ���

14 14 42

2 42 28

2 14

7

Logo, as medidas dos quatro lados do paralelogramo são 7 cm, 7 cm, 14 cm e 14 cm.

e

25

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Exemplo 3

Calcule a medida dos ângulos internos de um paralelogramo, sabendo que a diferença entre dois de seus ângulos consecutivos é igual a 68°.

Ângulo menor → x

Ângulo maior → x + 68°

Os ângulos consecutivos são suplementares, portanto:

x x x� � � � �� � �� �68 180 2 180 68

2 112

112

256

x

x

� �

��� �

Portanto, x � � � �� � �68 56 68 124º .

Os ângulos agudos do paralelogramo medem 56°; e os obtusos, 124°.

D C

A

x + 68o

x

B

atividades

1 O quadrilátero a seguir é um paralelogramo. Determine os valores de x e de y e as medidas dos ângulos assinalados.

2 No paralelogramo ABCD, as medidas são dadas em centímetros, e os ângulos, em graus. Determine as medidas de seus lados e as medidas de seus ângulos internos.

� �3x

422

� �5x

1003

A

D C

y

B

2� – 5°2� + 95°

7� + 20°� + 25°

3a + 1

5a – 3

2b b + 2

BA

CD

26

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Matemática

3 A diferença entre as medidas de dois ângulos consecutivos de um paralelogramo é 40°. Calcule as medidas dos ângulos internos desse paralelogramo.

4 Em um paralelogramo ABCD, a diagonal BD forma com o lado BC um ângulo de 28° e com o lado DC um ângulo de 67°. Calcule as medidas dos ângulos desse paralelogramo.

5 Determine a medida dos lados de um paralelogramo, sabendo que seu perímetro é igual a 84 cm e

que o lado menor representa 2

5 do lado maior.

Propriedades dos retângulos

Definimos retângulo como um paralelogramo que tem os

ângulos internos congruentes.

Traçando as diagonais do retângulo ABCD,

podemos destacar os triângulos ABD e BAC.

27

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Podemos provar que os triângulos ABD e BAC são congruentes. Acompanhe.

AB BA (lado comum).

A� �

B (ângulo reto).

Sendo AB //DC e os ângulos todos retos, é correto afirmar que AD BC.

Assim, pelo caso LAL de congruência de triângulos, podemos dizer que � �ABD BAC.

Concluímos, então, que as diagonais BD e AC são congruentes.

Em um retângulo:

os lados opostos são paralelos e congruentes;

os ângulos internos são congruentes e iguais a 90°;

as diagonais são congruentes e intersectam-se no ponto médio.

P

D C

A B

AD BC e AB DC

A C B D ângulos retos

DP PB e AP PC

// //

� � � �( )

Propriedades dos losangos

O losango é um paralelogramo. Logo, suas diagonais intersectam-se no ponto médio. Vamos provar que, além disso, as diagonais de um losango são perpendiculares.

A respeito de um losango, podemos afirmar:

AD //BC e AB //DC

AB BC CD DA

A C e B D

As diagonais intersecta

� � � �

mm-se no ponto m dioé .

Assim, temos:

D

C

A

NB

N → ponto médio de AC e de BD

Os triângulos AND, ANB, CNB e CND são congruentes pelo caso LLL de congruência de triângulos.

Portanto, os ângulos formados em torno do ponto N são congruen-tes. Assim, 2 180 90� �� �� � �

Então, AC DB � (� �� símbolo de perpendicularismo).

28

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Matemática

Considerando-se a congruência dos triângulos, é possível afirmar que as diagonais de um losango são as bissetrizes de seus ângulos internos.

Em um losango:

todos os lados são congruentes;

os ângulos opostos são congruentes;

as diagonais estão contidas nas respectivas bissetrizes dos ângulos internos, intersectam--se no ponto médio e são perpendiculares entre si.

AD //BC e AB //DC

DP PB e AP

PC

AC DB

Considere um losango de diagonal menor d e diagonal maior D e um retângulo de largu-ra d e comprimento D. A área desse retângulo é A

r = D . d.

Sobrepondo o losango ao retângulo, obtemos oito triângulos, todos de área A =

D

2

d

2

2.

Observe:

Como a superfície do losango equivale a quatro dos oito triângulos, ela corresponde à meta-de da superfície do retângulo. Portanto, a área do losango é metade da área do retângulo.

Área de um losango

D

NM

OP d

A área da região determinada por um losango é dada por:

AL

D d�

�2

Em que:

D: medida da diagonal maior.

d: medida da diagonal menor.

29

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Propriedades dos quadrados Todo quadrado é um paralelogramo, pois:

tem os lados paralelos dois a dois; os ângulos consecutivos são suplementares; os ângulos opostos são congruentes.

Todo quadrado é um retângulo, pois: tem ângulos de 90°; tem diagonais de mesma medida.

Todo quadrado é um losango, pois: tem quatro lados congruentes; as diagonais são perpendiculares.

Assim, podemos concluir que o quadrado apresenta propriedades dos paralelogramos, dos retângulos e dos losangos.

Em um quadrado:

os lados são congruentes, e os lados opostos, paralelos;

os ângulos são congruentes (ângu-los retos);

as diagonais são congruentes, estão contidas nas respectivas bissetrizes dos ângulos internos, intersectam--se no ponto médio e são perpendi-culares entre si.

atividades

1 Somando-se os ângulos agudos de um paralelogramo, obtém-se a medida de 76°. Quanto mede cada ângulo interno desse paralelogramo?

2 Na figura, ABCD é um losango. Determine a medida do ângulo â.

D C

A

140o

a

B

D C

N

A B

m m m m( ) ( ) ( ) ( )A B C D

AB BC DC AD

DN NB AN NC

DB AC e DB

� � � �� � � � �

90

AAC

30

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Matemática

3 Sendo ABCD um retângulo, determine x + y.

x

A

D

C

B

y

130o

D

x + 35o 3x + 105o

C

A B

4 Sendo ABCD um losango, calcule a medida de seus ângulos.

5 Na figura ao lado, ABCD é um paralelogramo. Comprove, por meio de cálculos, que esse paralelogramo é um retângulo.

6 (UERJ) Se um polígono tem todos os lados iguais, então todos os seus ângulos internos são iguais. Para mostrar que essa proposição é falsa, pode-se usar como exemplo a figura denominada:

a) losango b) trapézio c) retângulo d) quadrado

7 Na figura a seguir, ABCD corresponde a um quadrado, e ABE, a um triângulo equilátero. Determine o valor de α.

D

65o

50o

C

A B

D

E

C

A B31

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Propriedades dos trapézios

Agora, vamos estudar as propriedades dos trapézios, que são quadriláteros convexos com apenas dois lados paralelos (base menor e base maior).

Em um trapézio:

há apenas um par de lados paralelos, denominados bases;

AB é

é

a base maior

CD a base menor

os ângulos consecutivos dos lados não paralelos são suplementares, pois  e D são ângu-los colaterais internos. O mesmo vale para B

ˆˆ

Os trapézios podem ser classificados como escalenos, isósceles ou retângulos.

Trapézio escaleno Trapézio isósceles

AB // CD

Os lados não paralelos não são congruentes.

AB // CD

AD BC

Os lados não paralelos são congruentes.

Trapézio retângulo

AB // CD

AD AB

AD DC

Apresenta dois ângulos retos.

Outros elementos do trapézio

AE altura

BC e AD diagonais

A altura de um trapézio é a distância entre as bases.

A

DEC

B

32

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Matemática

I. Trapézio isósceles

Os ângulos de uma mesma base são congruentes: A B� � e D C

� � . As diagonais são congruentes: AC DB.

II. Trapézio retângulo

A medida do lado AD, perpendicular às bases, é a altura do trapézio retângulo.

análise da solução

1 Recorte dois trapézios iguais aos da figura 1. Eles devem ser exatamente iguais, ou seja, as medidas dos lados correspondentes devem ser congruentes.

Figura 1

2 Identifique em cada um a base maior e a base menor e, com o auxílio de uma régua, marque a altura relativa às bases.

3 Junte os dois trapézios, justapondo-os por um dos lados não paralelos, como na figura 2.Figura 2

B

B

b

b

h

Há mais algumas considerações importantes sobre os trapézios.

33

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4 Qual figura você obteve depois de juntar os dois trapézios da maneira indicada?

5 Com base nas medidas que você marcou na figura, calcule a área desse paralelogramo.

6 Como cada trapézio equivale à metade da área do paralelogramo, escreva uma expressão que re-presente a área de um trapézio.

Denomina-se base média de um trapézio o segmento cujos extremos são os pontos médios dos lados não paralelos desse quadrilátero.

A medida da base média de um trapézio é determinada utilizando a média aritmética entre as me-didas das bases do trapézio.

MNAB CD

��2

A

D

M N

C

B

MN base m dia

MN// AB //DC

M e N s o respectivamente pontos

é

ã , , mm dios de AD BCé e .

Área de um trapézio

A área de um trapézio é dada pela seguinte expressão:

AB b

hT�

��

( )

2

Note que a expressão da base média está presente na fórmula da área do trapézio.

34

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Matemática

atividades

1 Determine a área dos polígonos regulares a seguir.

2 A base maior do trapézio isósceles ao lado mede 24 cm, e a base menor, 8 cm.

Considerando essas informações, faça o que se pede.

a) Sabendo que o perímetro é 52 cm, calcule a medida de x.

3 As medidas das bases de um trapézio ABCD são AB = 80 cm e CD = 60 cm, e sua altura mede 40 cm. Determine a área desse trapézio.

b) Sabendo que a altura mede 6 cm, calcule a área do trapézio.

a)

F E

DA

B C

5,2 cm

6 cm

12 cm

14,4 cm

5 cm

DA

H E

FG

B Cb)

xx

35

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5 No desenho a seguir, determine as áreas do triângulo AED, do losango ABCD e do trapézio ABCE.

6 Determine as medidas dos ângulos desconhecidos do trapézio a seguir.

5 cmA B

4,8 cm

4 cm

3 c

m

1,4 cm

E D C

4 cm

3 c

m

60O 40O

2x + 80O x + z

7 (ENEM) Um marceneiro deseja construir uma escada trapezoidal com 5 degraus, de forma que o mais baixo e o mais alto tenham larguras res-pectivamente iguais a 60 cm e a 30 cm, conforme a figura.

Os degraus serão obtidos cortando-se uma peça linear de madeira cujo comprimento mínimo, em cm, deve ser:

a) 144.

b) 180.

c) 210.

d) 225.

e) 240.

b) Calcule o ângulo formado pelo encontro das bissetrizes dos ângulos α e β.

4 Um trapézio retângulo é um quadrilátero convexo plano que tem dois ângulos retos, um ângulo agudo β e um ângulo obtuso α. Considere que a medida de α é igual a cinco vezes a medida de β.

a) Calcule a medida de α em graus.

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Matemática

1 (UEL – PR) Sabe-se que dois lados de um triângulo medem 5 cm e 8 cm, e o comprimento do terceiro lado é um número inteiro. Satisfazendo essas condições, o maior número de triângulos que podem ser construídos é:

a) 5

b) 6

c) 8

d) 9

e) 12

2 Relacione as imagens aos casos de congruência dos triângulos.

( a ) ALA ( b ) LAAO

( c ) LLL ( d ) LAL

o que já conquistei

( ) ( ) ( ) ( )

3 Com base nos conceitos relativos aos pontos notáveis de um triângulo, responda às perguntas a seguir.

a) Como se denomina a reta que passa pelo ponto médio de um segmento e é perpendicular a ele?

b) Qual é o nome dado ao segmento de reta que tem uma extremidade em um vértice de um triângulo e a outra extremidade no ponto médio do lado oposto?

c) Como se denomina o segmento de reta que tem uma extremidade em um vértice e a outra extremidade no lado oposto e que divide um ângulo interno em dois ângulos congruentes?

d) Qual é o nome dado ao segmento de reta que tem uma extremidade em um dos vértices e a outra extremidade no lado oposto a esse vértice ou em seu prolongamento, formando um ângulo de 90°?

4 Relacione a primeira coluna com a segunda.

a) Ponto de intersecção das medianas.

b) Ponto de intersecção das mediatrizes.

c) Ponto de intersecção das alturas.

d) Ponto de intersecção das bissetrizes.

( ) ortocentro

( ) baricentro

( ) incentro

( ) circuncentro

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5 No triângulo MNP da figura, sabe-se que MN MP PR RS SN, . Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas. Justifique sua resposta.

a) ( ) Os triângulos MNS e MPR são congruentes.

b) ( ) Os triângulos MNS e MSR são congruentes.

c) ( ) Os triângulos MPR e MSR são congruentes.

d) ( ) Os triângulos MNR e MPS são congruentes.

e) ( ) O triângulo MNP pode ser equilátero.

6 No triângulo ABC, o segmento AM é a mediana relativa ao lado BC. Sabendo que o perímetro desse triângulo é igual a 19, calcule o valor de x.

7 (UFMT) Deseja-se instalar uma fábrica num lugar que seja equidistante dos municípios A, B e C. Admita que A, B e C são pontos não colineares de uma região plana e que o triângulo ABC é escaleno.

Nessas condições, o ponto onde a fábrica deverá ser instalada é o:

a) centro da circunferência que passa por A, B e C.

b) baricentro do triângulo ABC.

c) ponto médio do segmento BC.

d) ponto médio do segmento AB.

e) ponto médio do segmento AC.

8 Um triângulo qualquer está desenhado em uma folha de papel. Se um ponto dessa folha é equidis-

tante dos três lados do triângulo, ele é a intersecção de suas

a) medianas.

b) alturas.

c) bissetrizes.

d) mediatrizes.

A

C

M

3

B

5

x

M

P

R

S

N

38

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Matemática

9 Complete o quadro com sim ou não, de acordo com a informação dada.

AD

BC

G H

F E J I

K L

O

M

NP

U

R S

T

Todos os lados

congruentes e

lados opostos

paralelos

Diagonais

congruentes

Diagonais

perpendiculares

Ângulos internos congruentes

Ângulos opostos congruentes

Diagonais que se intersectam no ponto médio

10 A medida de cada ângulo obtuso de um losango é expressa por 2x + 5°, e a medida de cada ângulo agudo, por x + 40°. Determine as medidas dos quatro ângulos internos desse losango.

11 Em um losango, a medida do ângulo obtuso é igual ao triplo da medida do ângulo agudo. Calcule as medidas dos ângulos desse losango.

12 Sabendo que os ângulos obtusos de um losango são expressos por x + 80° e 2x + 20°, calcule as me-

didas dos quatro ângulos desse losango.

39

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13 Um terreno, correspondente à figura ABCDE a seguir, foi vendido ao preço de R$ 2.000,00 o metro quadrado. Qual é o valor do terreno?

14 A bissetriz de um ângulo reto forma com a bissetriz do ângulo obtuso de um trapézio retângulo um ângulo de 85°. Determine a medida de cada ângulo desse trapézio.

40 m

30 m50 m

35 m

30 m

40 m

E D

C

B

A

A B

45°

85°

D C

15 Calcule a área limitada pela figura plana.

6 cm 2 cm

4 cm 2 cm

2,5 cm

16 Considere uma bandeira do Brasil formada por um retângulo de lados 7,5 cm e 5 cm, que tem, no seu interior, um losango cujas diagonais medem 6,5 cm e 4 cm. Calcule a área da região verde da bandeira.

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40

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Matemática

17 Observe, na imagem a seguir, um retângulo, um losango cujos vértices são os pontos médios dos lados do retângulo e um triângulo.

a) Determine a razão entre a área do losango MNPQ e a área do triângulo CDE. O que é possível concluir?

b) Qual é a razão entre a área do retângulo ABCD e a área do losango MNPQ? O que é possível concluir?

18 As diagonais de um retângulo formam um ângulo de 140° entre si. Calcule a medida de cada ângulo determinado pelas diagonais e pelos lados do retângulo.

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©Shutterstock/Phonlamai Photo

Estatística5

Data mining é uma expressão inglesa ligada à informática cuja tradução é mineração de dados. Consiste em uma fun-cionalidade que agrega e organiza dados, encontrando neles padrões, associações, mudanças e anomalias relevantes.

O QUE É DATA mining. Disponível em: <https://www.significados.com.br/data-mining/>. Acesso em: 23 jan. 2019.

Em quais lugares ou situações são possíveis de se ver a aplicação de dados estatísticos?

Medidas de tendência central

Planejamento e registro de uma pesquisa, leitura e interpretação de gráficos

o que vocêvai conhecer

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Medidas de tendência central

Você já ouviu a expressão “pegada digital”? Ela se refere aos ras-tros de informação que os usuários deixam ao navegar na internet: da-dos pessoais, fotografias, pesquisas realizadas e até mesmo as “curti-das” e os comentários registrados nas publicações de outras pessoas.

É muito difícil evitar deixar esses rastros e é importante ter cons-ciência do que eles revelam sobre cada pessoa. Existem leis que prote-gem esses dados até certo ponto, mas algumas empresas os utilizam para identificar, por exemplo, gostos e preferências pessoais. Dispon-do dessas informações, podem sugerir aos usuários produtos para comprar ou fornecedores na região onde moram.

É possível também utilizar esse grande volume de dados com ou-tras finalidades. Os governos podem, por exemplo, identificar onde há mais crianças ou idosos, se o desemprego atinge mais os homens ou as mulheres e até qual é o consumo de água em determinada região. A mineração dos dados disponíveis na internet pode ajudar os governos em seu planejamento para que atendam melhor à população.

Agora, vamos analisar como é possível organizar dados para ex-trair deles informações relevantes.

A palavra “tendência” é muito utilizada em nosso cotidiano em diversos contextos. Segundo o dicionário Aurélio, o termo significa “inclinação”, “propensão”, “intenção”, “disposição”. Na aná-lise e na projeção de dados estatísticos, muitas vezes é necessário utilizar medidas de tendência central.

Algumas delas você já conhece e serão relembradas neste capítulo: as médias aritméticas simples e ponderada. Em seguida, estudaremos também a moda e a mediana.

Compreender e diferenciar as medidas de tendência central (média aritmética simples, média aritmética ponderada, moda e mediana) e compreender e utilizar o conceito de amplitude em um conjunto de dados.

Resolver problemas que envolvam leitura e interpretação de gráficos e tabelas com apli-cação de conceitos de medidas de tendência central.

Determinar a frequência absoluta e a frequência relativa de dados coletados de uma pes-quisa estatística.

Identificar o tipo de gráfico e o tipo de amostra adequados para o planejamento e regis-tro de uma pesquisa.

Interpretar informações e dados expressos em quadros, tabelas e gráficos (colunas sim-ples ou duplas, barras, linhas, setores, pictogramas) para solucionar situações-problema.

43

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Média aritmética simples

A média aritmética consiste em uma representação, com um único número, das parti-cularidades de um conjunto de números. Acompanhe o exemplo a seguir.

Mariana lançou um blog no qual dá dicas de viagens para jovens. Ela quer analisar o nú-mero de leitores do blog que acessaram os três primeiros textos que postou.

1.º texto 2.º texto 3.º texto

Semana 1 55 12 2

Semana 2 85 48 25

Semana 3 100 112 80

Qual foi a média semanal de leitores de cada texto postado por Mariana?

A média aritmética é obtida somando-se o total de leitores em cada semana e dividin-do-se o resultado pelo número de semanas. Observe:

A média semanal de leitores do primeiro texto foi 80 pessoas; do segundo texto, pouco mais de 57 leitores; e do terceiro texto, quase 36 leitores.

Quantos leitores, no mínimo, Mariana precisaria ter para que a média semanal de lei-tores do primeiro texto fosse 100?

Seria necessário que a soma do número de leitores fosse igual a 300.

Mariana descobriu que um mesmo visitante entrou 15 vezes na página do segundo tex-to, na terceira semana. Ela vai considerá-lo como uma única visita. Então, para corrigir suas estatísticas, precisa subtrair 14 visitas do total de leitores do segundo texto. Qual é a nova média semanal de leitores desse texto?

Calculando a média aritmética após a alteração nos dados, temos:

2.º texto �� �

�12 48 98

3

158

352 7� ,

A média anterior era 57,3 e a nova média é 52,7.

155 85 100

3

240

380.º texto �

� �� � 2

12 48 112

3

172

357 3.º ,texto �

� �� �

32 25 80

3

107

335 7.º ,texto �

� �� �

Dados n números x1, x

2, x

3, ..., x

n, determinar a média aritmética simples entre esses

valores consiste em somá-los e dividir o resultado por n.

Média aritmética = x x x x

n

1 2 3 n…

44

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Matemática

atividades

1 Determine a média aritmética dos números a seguir.

a) 2; 7; 6; 5,5; 12 b) 1

2

3

2

5

23 5; ; ; , c) 0,333 e 0,111

2 Na tabela abaixo, estão registrados os valores gastos por seis clientes em um site de vendas pela internet.

Mário Poliana Ian Jaime Paula André

Valor gasto

R$ 55,00 R$ 98,00 R$ 45,00 R$ 115,00 R$ 18,00 R$ 740,00

a) Qual é a média aritmética dos valores indicados na tabela?

b) O valor obtido no item anterior pode servir de referência para prever o gasto de um cliente nesse site?

c) Consulte seu professor e escreva como são denominados os valores extremos que influenciam nos resultados da média obtida na pesquisa.

3 O professor de Matemática de uma escola, ao digitar as notas de seus 20 alunos, cometeu um erro ao atribuir 6,5 para um dos alunos quando a nota real era 5,6. Em decorrência desse erro, a média da turma ficou igual a 8,0. Qual é a média real dessa turma?

45

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Média aritmética ponderada

Uma empresa está investigando o salário médio que se paga no mercado para determina-da função, a fim de definir o valor do salário a ser pago para um novo funcionário. Foram ob-tidos os dados de 34 pessoas que realizam a mesma função, cujos salários estão registrados na tabela a seguir. Observe-a atentamente e, em seguida, acompanhe a análise apresentada.

Salário (R$) Número de pessoas

1.750,00 20

2.020,00 10

3.000,00 2

4.500,00 2

Qual é o salário médio no grupo pesquisado?

Você deve ter observado que o salário de R$ 1.750,00 é o mais frequente; ele ocorre 20 vezes. O salário de R$ 2.020,00 ocorre 10 vezes; e os outros dois, 2 vezes cada um. Perce-ba também que a quantidade de funcionários é 34.

Nesse caso, a média pode ser obtida levando-se em conta a quantidade de vezes que cada salário aparece. Veja:

M �� � � � � � �20 1750 2020 3000 4500

2064 7110 2 2

34� ,

A média dos salários no grupo é aproximadamente R$ 2.064,71.

O número de vezes que determinado salário aparece representa o peso atribuído a esse salário. No exemplo dado, o peso referente ao salário de R$ 1.750,00 é 20, enquanto o peso do salário de R$ 4.500,00 é 2.

Nesse caso, usamos a média aritmética ponderada para encontrar o valor médio dos salários do grupo pesquisado.

Agora, vamos analisar outras situações em que usamos a média aritmética ponderada.

Situação 1

Um colégio adota o regime de notas trimestrais, sendo 6,0 a média para aprovação. As médias trimestrais assumem pesos diferentes, conforme indicado na tabela.

Trimestre Peso

1º. 1

2º. 1

3º. 2

Pedro, aluno do 8º. ano do Ensino Fundamental desse colégio, registrou suas médias nos dois primeiros trimestres em uma tabela. Calcule as médias mínimas que Pedro precisará obter no 3º. trimestre para ser aprovado.

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Matemática

Disciplina 1º. trimestre 2º. trimestre 3º. trimestre

Matemática 5,0 7,0 x

Língua Portuguesa 8,0 7,0 y

História 4,5 6,0 z

Médias:

Matemática:

1 5 7

46

5 7 2 24

2 24 12

2 12

6 0

1 2� � � � ��

� � �� ���

x

x

x

x

x ,

Língua Portuguesa:

1 8 7

46

8 7 2 24

2 24 15

2 9

4 5

1 2� � � � ��

� � �� ���

y

y

y

y

y ,

História:

1 4 5 6

46

4 5 6 2 24

2 24 10 5

2 13 5

6 75

1 2� � � � ��

� � �� ���

,

,

,

,

,

z

z

z

z

z

Pedro precisará obter, pelo menos, média igual a 6,0 em Matemática, 4,5 em Língua Por-tuguesa e 6,75 em História no 3º. trimestre.

Quando os dados de uma pesquisa são apresentados em uma tabela de frequências, fica mais fácil fazer os cálculos para a determinação da média, visto que os valores estão agrupa-dos por classe.

Acompanhe a resolução da situação a seguir.

Situação 2

A distribuição de frequência dos salários de um grupo de empregados de uma fábrica em certo mês foi organizada em uma tabela.

Salário do mês (R$) Número de empregados (frequência)

1.000,00 2.000,00 35

2.000,00 3.000,00 20

3.000,00 4.000,00 7

4.000,00 5.000,00 4

Qual foi o salário médio dos funcionários no mês em análise?

As faixas salariais estão distribuídas em 4 classes. Determinamos, inicialmente, a média aritmética simples entre os extremos de cada classe:

1ª. classe: 1000 2 0001000 2000

2

3000

21500a M

1� �

�� �

2ª. classe: 2000 30002000 3000

2

5000

22500a M

2� �

�� �

3ª. classe: 3000 40003000 4000

2

7000

23500a M

3� �

�� �

4ª. classe: 4000 50004000 5000

2

9000

24500

4a M� �

�� �

47

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atividades

1 Qual é a média aritmética ponderada dos números 9, 12, 16 e 25, sabendo que seus pesos são res-pectivamente 2, 4, 3 e 6?

2 Visando à melhoria de seus serviços de entrega, uma empresa realizou uma pesquisa em seu site para avaliar o nível de satisfação de alguns clientes. As notas variaram de 1 a 5, conforme a tabela a seguir.

Nota Número de clientes

1 20

2 32

3 100

4 250

5 200

3 Em uma pesquisa sobre o número de crianças por família, feita com algumas famílias de um municí-pio, foram obtidos os resultados registrados na tabela abaixo.

Número de crianças Número de

0 3

1 16

2 8

3 10

Qual é o nível médio de satisfação aproxi-mado dos clientes entrevistados?

Em seguida, determinamos a média ponderada considerando a frequência e os valores médios obtidos para cada classe:

M

M

salários

salários

�� � � � � � �

� � �

35

35

1500 2500 3500 450020

20

7

7

4

4

552500 50000 24500 18000

66

145 000

662 196 97

� � �� ,

Assim, a média salarial no mês de análise foi de R$ 2.196,97.

Média aritmética simples: todos os valores têm o mesmo peso.

Média aritmética ponderada: os valores apresentam pesos diferentes.

A média aritmética é uma medida de tendência central muito influenciada por valores extremos.

Qual é o número médio de crianças por família nessa cidade?

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Matemática

4 A média necessária para aprovação dos alunos de determinada escola é 6,0. Um dos alunos, nos três primeiros bimestres, obteve as seguintes notas em Geografia: 5,2; 7,5; e 6,4. Qual deverá ser a nota mínima desse aluno no 4º. bimestre em Geografia para que seja aprovado sem realizar a prova de recuperação anual?

5 Se considerarmos que, na mesma escola mencionada na questão anterior, os três primeiros bimes-tres têm peso 1 e que o último bimestre tem peso 2, qual deverá ser a nota mínima desse aluno no 4º. bimestre em Geografia para que seja aprovado sem realizar a prova de recuperação anual?

Moda e mediana

Muitas vezes, a média aritmética não é uma medida suficiente e/ou adequada para esboçar a descrição de uma distribuição de dados. Nesses casos, é importante consi-derar também outras medidas de tendência central, como a moda e a mediana. Acompanhe as situações a seguir.

Situação 1

Ao longo dos anos, a média das alturas dos jogadores da liga de basquete da América do

altos da NBA em todos os tempos.

JogadorAltura

(metros)

Manute Bol 2,31

Gheorghe Muresan 2,31

Yao Ming 2,29

Shawn Bradley 2,29

Chuck Nevitt 2,26

Slavko Vranes 2,26

Mark Eaton 2,24

Rik Smits 2,24

Ralph Sampson 2,24

Priest Lauderdale 2,24

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Ws

Com base nos dados da tabela, vamos responder a algumas perguntas.

Qual é a média das alturas dos 10 jogadores mais al-tos da NBA?

M m�� � � � � � �

� �2 2 31 2 2 29 2 2 26 4 2 24

10

22 68

102 268

, , , , ,,

Qual é a altura que aparece com maior frequência?

A altura de maior frequência é a que aparece o maior número de vezes, ou seja, 2,24 m.

Fonte: OS GIGANTES da NBA. Disponível em: <http://curiosidadesnba.blogspot.com/2009/12/ os-gigantes-da-nba.html>. Acesso em: 26 mar. 2019.

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Moda

Em um conjunto de dados, o valor que ocorre com maior frequência, isto é, o valor que mais se repete, denomina-se moda.

Caso haja dois (ou mais) valores que tenham a maior frequência e essas frequências sejam iguais, a distribuição terá dois (ou mais) valores de moda. Quando há dois valores, a distri-buição denomina-se bimodal; quando há mais de dois valores, multimodal. Quando não há valores que se repetem, a distribuição não apresenta moda e é chamada de amodal.

Exemplos:

A série 2, 3, 5, 5, 7, 11, 13, 27, 27 é uma distribuição bimodal, com modas 5 e 27.

A série 101, 104, 108, 115, 122, 129 é uma distribuição amodal.

A moda é utilizada quando se deseja obter uma medida de posição em um conjunto de dados de forma rápida e aproximada ou quando se quer obter o valor mais típico de uma distribuição.

No caso das alturas dos jogadores da NBA, a moda é 2,24 m.

Emil Rached (1943-2009), com 2,20 m de altura, ficou conhecido como o mais alto joga-dor de basquete brasileiro. Veja a seguir a sequência das alturas dos 10 jogadores mais altos da NBA na ordem crescente com a inclusão da altura do brasileiro.

2,20; 2,24; 2,24; 2,24; 2,24; 2,26; 2,26; 2,29; 2,29; 2,31; 2,31

Mediana

Em uma série ordenada de dados coletados, denomina-se mediana o valor central dessa série quando disposta em ordem crescente ou decrescente. A mediana é determinada con-forme as circunstâncias descritas a seguir.

No caso de uma série com um número ímpar de valores, a mediana será o termo central.

No caso de uma série com um número par de valores, a mediana será dada pela média aritmética entre os dois valores centrais.

O cálculo da mediana não leva em conta todos os valores, e seu valor não é influenciado por valores extremos, como acontece com os cálculos das médias.

Na sequência apresentada em ordem crescente das 11 alturas dos jogadores de basque-te, 2,26 m é a que ocupa a posição central. Isso quer dizer que à sua direita e à sua esquerda há um mesmo número de elementos. Portanto, 2,26 m é a mediana das alturas relacionadas.

2,20; 2,24; 2,24; 2,24; 2,24; 2,26; 2,26; 2,29; 2,29; 2,31; 2,31

Agora, vamos determinar a mediana da sequência das alturas dos 10 jogadores mais al-tos da NBA. Para isso, escrevemos a sequência das alturas em ordem crescente e localizamos o elemento central.

2,24; 2,24; 2,24; 2,24; 2,26; 2,26; 2,29; 2,29; 2,31; 2,31 4 elementos 4 elementos

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Matemática

Sempre que a quantidade de elementos da sequência for par, não há um único elemento central. Nesse caso, consideramos como centrais os dois números que estiverem no centro. Para encontrarmos a mediana, calculamos a média aritmética entre eles. No exemplo dos 10 jogadores, os dois elementos centrais são iguais e a mediana é:

M, ,

e� �

�2 26 2 26

22 26,

Existem, ainda, outras medidas que podem representar o grau de variação entre as in-formações contidas em um conjunto de dados. Vamos agora estudar uma delas, conhecida como amplitude.

amplitudeconjunto. Para encontrar a amplitude de um conjunto, basta subtrair o valor do menor ele-mento do valor maior.

Observe a situação a seguir.

Situação 2

Juliana, técnica de um time de futebol feminino, está em dúvida em escalar Ana ou Bár-bara para a posição de atacante do time. Inicialmente, Juliana observa o número de gols marcados pelas jogadoras nas 6 primeiras partidas do campeonato.

Jogadora Número de gols por partida

Ana 2 1 4 0 5 0

Bárbara 2 2 3 1 1 3

Depois, calcula a média de gols de cada uma das jogadoras:

Ana: 2 1 4 0 5 0

6

12

62

� � � � �� �

Bárbara: 2 2 3 1 1 3

6

12

62

� � � � �� �

Perceba que ambas as jogadoras têm a mesma quanti-dade média de gols feitos. Como Juliana fará sua escolha?

Juliana calcula a diferença entre o maior e o menor nú-mero de gols por partida de cada uma das jogadoras, ou seja, encontra a amplitude do número de gols de cada uma:

Ana: 5 – 0 = 5

Bárbara: 3 – 1 = 2

A amplitude dá a ela uma ideia de como os valores estão distribuídos em torno da mé-dia. Nessa situação, a amplitude sugere que Bárbara foi mais regular do que Ana, porque as quantidades de gols marcados por Bárbara estão mais próximas da média. Portanto, Juliana escolhe Bárbara para fazer parte do time.

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Para complementar a situação dada, podemos encontrar a mediana e a moda entre os números de gols de cada uma das jogadoras. Para isso, vamos colocar a quantidade de gols feitos pelas jogadoras em ordem crescente.

Ana: 0, 0, 1, 2, 4, 5 Mediana: 1 2

21 5

�� , e Moda: 0.

Bárbara: 1, 1, 2, 2, 3, 3 Mediana: 2 2

22

�� e Moda: 1, 2 e 3 (o conjunto apre-

senta três modas e, por isso, podemos dizer que ele é multimodal).

atividades

1 ímpar de valores, em um trabalho estatístico, é correto afirmar:

a) Mediana é o valor que ocupa a posição central do conjunto com os valores colocados em ordem crescente ou decrescente.

b) Média aritmética é a razão entre o produto dos valores do conjunto considerado e o somatório da quantidade de valores.

c) Moda é sempre o único valor que aparece o maior número de vezes no conjunto de valores considerados.

d) Média aritmética ponderada é o produto entre o somatório das razões entre os valores com seus respectivos pesos e a quantidade de valores.

e) Se a distribuição tiver número par de valores, a mediana será a média geométrica dos dois valo-res centrais.

2 A tabela apresenta as notas recebidas por um motorista de aplicativo nas 12 viagens realizadas em um dia.

Avaliações de hoje

5 4 5 4 5 4 4 4 5 3 5 3

a) Qual foi a nota média obtida pelo motorista nesse dia?

b) Qual(is) foi(foram) a(s) moda(s) das notas recebidas?

c) Qual é a mediana dos valores apresentados?

d) Qual a amplitude dos valores apresentados?

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Matemática

Planejamento e registro de uma pesquisa, leitura e interpretação de gráficos

Renato adora jogos de tabuleiro e conhece muito sobre o assunto. Ele tem até um canal em uma plataforma de comparti-lhamento de vídeos na qual apresenta dicas e informações so-bre o assunto aos seus seguidores.

Depois de dois meses publicando vídeos semanais em seu ca-nal, Renato considerou que deveria analisar algumas questões:

Quais vídeos fizeram maior sucesso?

Como os visitantes encontram meu canal?

Renato precisa dessas informações para saber quais vídeos deve produzir para atender ao gosto dos usuários e como pode divulgar melhor seu trabalho, a fim de aumentar o núme-ro de visitantes em seu canal.

A plataforma de compartilhamento de vídeos disponibiliza os dados sobre as visitas ao canal, na forma de gráficos de diferentes tipos. Renato espera que a análise dos dados possa ajudá-lo a responder às suas dúvidas.

Para que Renato possa realizar uma pesquisa, precisa entender os conceitos de popula-ção e de amostra.

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População: conjunto formado por todos os elementos com os quais se deseja fazer uma pes-quisa. É o público-alvo da pesquisa.

Amostra: conjunto formado por elementos da população.

Para que uma amostra disponha de resultados confiáveis, ela deve ser representativa. Isso significa que ela deve preservar as mesmas características da população. Uma amostra desse tipo é como se fosse uma “fotocópia reduzida” da população total. Quando uma amos-tra não é representativa, podemos ter resultados não confiáveis.

Renato também percebeu que precisa estudar os diferentes tipos de gráficos.

Diariamente, os jornais, as revistas, a televisão, as páginas da internet e outros meios de comunicação divulgam dados e informações de natureza variada. Muitas vezes, para isso, uti-lizam-se tabelas ou gráficos. Esses recursos se destinam à apresentação de um resumo de da-dos estatísticos, em geral resultantes de pesquisas em diversas áreas, como saúde, economia e esportes. O objetivo é facilitar a visualização e a comparação de informações.

Os tipos de gráficos mais utilizados na apresentação de dados estatísticos são os diagra-mas e os pictogramas. Atualmente, existem softwares que constroem esses gráficos com base em planilhas que informam os dados a serem representados.

Diagramas

Diagramas são gráficos que apresentam geralmente duas dimensões, sendo construídos em um plano de coordenadas cartesianas para a apresentação dos dados analisados.

53

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Entre os principais tipos de diagramas estão os gráficos de linhas, de barras, de colunas e de setores.

Gráficos de linhasOs gráficos de linhas mostram ten-

dências ou alterações ao longo do tempo. Usamos esses gráficos para acompanhar mudanças ao longo de períodos curtos ou longos para ajudar na análise de determi-nado conjunto de dados.

Observe a situação ao lado, que repre-senta as vendas de determinado produto de duas empresas concorrentes. Foram disponibilizadas em um gráfico de linhas as quantidades vendidas em uma semana.

Podemos extrair várias informações desse gráfico. Veja algumas delas. Na segunda-feira, as duas empresas venderam a mesma quantidade de produto. De terça-feira a quinta-feira, a empresa Platinum vendeu mais do que a empresa Alpha. De sexta-feira a domingo, a empresa Platinum vendeu menos do que a empresa Alpha. O maior número de vendas no período aconteceu na quarta-feira, com produtos da em-

presa Platinum. O menor número de vendas no período aconteceu na terça-feira, com produtos da em-

presa Alpha.

Gráficos de barras horizontaisGráficos de barras horizontais possibilitam comparar dados estatísticos entre itens re-

presentados individualmente. Os dados de cada classe dos elementos são distribuídos no eixo vertical, enquanto os valores correspondentes são indicados no eixo horizontal.

Veja a seguir um exemplo desse tipo de gráfico, que indica expectativa de vida em cada uma das unidades da federação do Brasil, no ano de 2015.

Fonte: EXPECTATIVA de vida é de mais de 73 anos no Acre, afirma IBGE. Disponível em: <http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2016/12/expectativa-de-vida-e-de-mais-de-73-anos-no-acre-afirma-ibge.htmls>. Acesso em: 22 abr. 2019.

Maranhão

Piauí

Rondônia

Roraima

Alagoas

Amazonas

Pará

Sergipe

Paraíba

Tocantins 73,1

Bahia

Pernambuco

Acre

Ceará

Amapá

Mato Grosso

Goiás

Mato Grosso do Sul

Rio Grande do Norte

Brasil

Rio de Janeiro

Paraná

Minas Gerais

Rio Grande do Sul

São Paulo

D. Federal

Espírito Santo

Santa Catarina

66 68 70 72 74 76 78 80

70,9

70,3

71,1

71,2

71,2

71,7

71,9

72,4

72,9

73,2

73,5

73,6

73,6

73,7

74,0

74,0

75,3

75,5

75,5

75,9

76,8

77,0

77,5

77,8

77,8

77,9

78,7

Unidades da federação – Esperança de vida ao nascer – Brasil – Total – 2015

Análise de vendas

10

0

Segunda-

-feira

Terça-

-feira

Quarta-

-feira

Quinta-

-feira

Sexta-

-feira

Dia da semana

Qu

an

tid

ad

e d

e p

ro

du

to

s v

en

did

os

DomingoSábado

Empresa Alpha

Empresa Platinum

20

30

54

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Matemática

Podemos extrair várias informações desse gráfico. Veja algumas delas.

Santa Catarina, em 2015, era a unidade federativa com maior expectativa de vida, com 78,7 anos. Isso significa que a expectativa média de vida de uma pessoa nesse estado era de 78,7 anos.

Alagoas e Roraima apresentaram, nesse ano, a mesma esperança de vida ao nascer.

A expectativa de vida média no Brasil é de 75,5 anos.

Gráficos de colunas ou de barras verticaisGráficos de colunas ou de barras verticais apresentam retângulos dispostos verticalmen-

te. A posição dos retângulos é a diferença entre esse tipo de gráfico e o de barras horizon-tais. Os dados de cada classe dos elementos são distribuídos no eixo horizontal, enquanto os valores correspondentes são indicados no eixo vertical. A altura da coluna é proporcional ao valor representado. A seguir, observe um exemplo desse tipo de gráfico.

Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo são as cinco cida-des mais populosas do Brasil. A tabela ao lado indica a população estimada, em milhões de habitantes, de cada uma dessas cidades no ano de 2018.

Podemos disponibilizar as informa-ções contidas na tabela em um gráfico de colunas. Observe.

É possível extrair várias informações desse gráfico. Veja algumas delas.

Entre as cidades apresentadas no gráfico, há apenas duas que têm mais de 6 milhões de habitantes: Rio de Janeiro e São Paulo.

Há apenas uma cidade cujo número de habitantes ultrapassa os 12 milhões consideran-do-se as cinco cidades apresentadas. Essa cidade é São Paulo.

Entre as cinco cidades, Brasília e Salvador são as que apresentam o número mais próxi-mo de habitantes.

CidadePopulação

(em milhões de habitantes)

Brasília 2,974

Fortaleza 2,643

Rio de Janeiro 6,689

Salvador 2,857

São Paulo 12,177

Cidades mais populosas do Brasil

Po

pu

laç

ão

(em

mil

es d

e h

ab

ita

nte

s)

14

12

10

8

6

4

2

0

Brasília Fortaleza Rio de Janeiro Salvador São Paulo

Cidade

Fonte: IBGE. Disponível em: <cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama>. Acesso em: 15 ago. 2019.

55

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Gráfico de setoresNesse tipo de gráfico, os valores são facilmente

comparáveis, proporcionando uma melhor visualização das relações entre as partes e o todo. No exemplo ao lado, temos a porcentagem aproximada da população em cada uma das cinco regiões do Brasil no ano de 2017.

Observe algumas das informações que podemos retirar desse gráfico.

A soma de todas as partes deve ser 100%. Observe que isso acontece no exemplo, uma vez que 9% + 27% + 42% + 14% + 8% = 100%.

A população da Região Sudeste é maior do que a população da Região Nordeste somada à população da Região Sul, uma vez que 42% > 27% + 14% = 41%.

Pictogramas

Pictogramas são gráficos em que os dados são representados por meio de figuras com aspecto ilustrativo. Por exemplo, o número de bolos vendidos por uma confeitaria pode ser representado em um pictograma pelo desenho de docinhos.

A representação de dados estatísticos por meio desse tipo de gráfico torna a leitura e a interpretação mais simples. Os pictogramas não são utilizados para o registro de informa-ções que precisem ser detalhadas, mas para a comparação de resultados.

Veja a seguir um exemplo de pictograma.

Centro-Oeste

Sul

Sudeste

Nordeste

Norte

14%

8% 9%

27%

42%

Fonte: IBGE. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2017/estimativa_TCU_2017_20180618.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2019.

População no Brasil por região

CORES MAIS POPULARES DE CARROS NO BRASIL

Prata 33,0% Preto 25,0% Cinza 14,0% Branco 10,0% Vermelho 9,0% Azul 3,0% Verde 2,0% Outros 1,0%Prata 33,0% Preto 25,0% Cinza 14,0% Branco 10,0% Vermelho 9,0% Azul 3,0% Verde 2,0% Outros 1,0%Bege 3,0%

Fonte: CORES mais populares de carros no mundo. Disponível em: <http://especiais.ig.com.br/infograficos/files/2010/06/cores-dos-carros-g.jpg>. Acesso em: 26 mar. 2019.

Ces

ar S

tati

. 201

4. D

igit

al.

56

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Matemática

Observe que esse gráfico indica porcentagens. Ele mostra 100 carros agrupados em co-res diferentes – 1 rosa (indica outras cores), 2 verdes, 3 beges, 3 azuis, 9 vermelhos, 10 bran-cos, 14 cinza, 25 pretos e 33 prata. Cada um desses números corresponde à porcentagem de carros em uma das cores citadas. Por exemplo:

2 carros verdes em 100 2

100 equivalem a 2% do total de carros.

Análise e construção de gráficos

As tabelas geralmente atendem bem ao propósito de representar de modo resumido os dados de uma pesquisa. Entretanto, a representação gráfica, quando bem elaborada, facilita a visualização e a comparação das informações.

Você se lembra do Renato, o garoto que tem um canal na internet sobre jogos de tabu-leiro? A tabela a seguir mostra de que maneira os usuários tomaram conhecimento do canal dele no último mês.

Conheceram o canal de Renato por meio de Visualizações

Sites de pesquisas da internet 26

Indicação de amigos e conhecidos 10

Aplicativos de celular 2

Redes sociais 1

Propagandas em sites 1

Outras maneiras 12

Veja a seguir como a tabela fica após o cálculo do total de visualizações e das porcenta-gens que cada item representa em relação ao todo.

Conheceram o canal de Renato por meio de Visualizações

Sites de pesquisas da internet 2626

52

1

250%

Indicação de amigos e conhecidos 1010

52

5

2619 23� , %

Aplicativos de celular 22

52

1

263 85� , %

Redes sociais 11

521 92� , %

Propagandas em sites 11

521 92� , %

Outras maneiras 1212

52

3

1323 08� , %

Total 52 100%

Na primeira coluna, foi inserida a variável, ou seja, a forma pela qual os usuários tomaram conhecimento do canal de Renato. Na segunda, o número de acessos referentes a cada uma das formas; na terceira, a porcentagem correspondente ao total de acessos. Observe que esse total é igual a 52, que é a soma do número de acessos para cada uma das formas citadas.

57

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Os dados do primeiro gráfico representam a frequência absoluta, enquanto os dados do segundo representam a frequência relativa.

Gráfico de colunas (barras verticais)

Conheceram o canal de Renato por meio de

30

25

20

15

10

5

0

Sites de

pesquisas

na internet

Indicação

de amigos

e conhecidos

Aplicativos

de celular

Redes

sociais

Propagandas

em sites

Outras

maneiras

Gráfico de setores

Outras maneiras

Indicação de amigos e conhecidos

Redes sociais

Propagandas em sites

Aplicativos de celular

Sites de pesquisas na internet

23,08%

19,23%

50%

3,85%1,92%

1,92%

Conheceram o canal de Renato por meio de

Para fazer o gráfico de setores, foi necessário relacionar cada porcentagem ao ângulo correspondente na figura. Uma volta completa, que equivale ao ângulo de 360º, correspon-de a 100%.

Assim:

O ângulo correspondente a cada porcentagem pode ser determina-do aplicando-se uma regra de três. Observe os exemplos.

A frequência absoluta, ou somente frequência, é o valor correspondente ao número de vezes que determinada variável ocorreu.

A frequência relativa é a porcentagem de cada variável em relação ao total e correspon-de à razão entre a frequência absoluta e o total.

frequência absoluta

totalfrequência relativa

360º corresponde a 100%

180º corresponde a 50%

90º corresponde a 25%

58

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Matemática

Exemplo 1

Qual é a medida de ângulo associada a 12% do círculo?

Aplicando a regra de três, temos:

100 360

12

100

12

360

100 12 360

100 4 320

4 320

10043 2

% º

%

,

��

� ��

� �

x

x

x

x

x

x 43,2º

Para uma representação aproximada, podemos considerar 43º e representar essa medi-da com o auxílio do transferidor, como na figura acima.

Exemplo 2

Em uma pesquisa realizada com os alunos do 8º. ano de uma escola so-bre o esporte preferido, obteve-se o seguinte resultado:

90 100 110 120130

140150

160170

0

8070

6050

4030

2010

0

1020

3040

5060

7080100110120

130

140

150

160

170

180 180

0123456 1 2 3 4 5 6

Raio43°

Vôlei

30%

Natação

10%

Futebol

40%

Basquete

15%

Outros

5%

Preferências por modalidades esportivas

Podemos representar essa situação em um gráfico de setores:

0%Vôlei Natação Futebol Basquete Outros

50%

40%

45%

35%

25%

15%

5%

30%

20%

10%

Preferências por modalidades específicas

59

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Escolha da amostra

Em uma pesquisa, geralmente não utilizamos toda a população, e sim uma parte dela, de-nominada amostra. É importante que a amostra selecionada seja representativa, isto é, apre-sente as mesmas características da população. Para isso, existem alguns tipos de amostras:

amostra casual simples;

amostra sistemática;

amostra estratificada.

atividades

1 O gráfico de colunas a seguir mostra a distribuição dos alunos de um curso de robótica de acordo com a idade e o sexo.

a) Qual é o número total de alunos?

b) Qual é o número de meninas?

Idade dos alunos em anos

me

ro

de

alu

no

s

14

1

2

3

4

15 16 17 18

Meninos

Meninas

c) Qual é o número de meninas e de meninos com idade:

igual a 17 anos?

maior que 16 anos?

menor ou igual a 15 anos?

2 Com base nos dados do gráfico do exercício anterior, construa uma tabela de frequências cuja variá-vel seja a idade.

Idade Número de alunos Porcentagem

Alunos do curso de robótica

60

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Matemática

Amostra casual simplesTodos os elementos ou pessoas da população têm igual chance ou probabilidade de per-

tencerem à amostra.

Exemplo

No fim do ano, o diretor de uma empresa com 200 funcionários vai sortear 10 viagens

para seus funcionários. Cada um dos empregados será identificado com um único número de

1 a 200 de tal forma que os números não se repetirão. Em seguida, o diretor colocará em uma

urna 200 papeizinhos, cada um com um número de 1 a 200, misturá-los bem e sortear sucessi-

vamente 10 papéis. Todos os funcionários terão a mesma probabilidade de serem sorteados e

o conjunto de funcionários selecionados forma uma amostra casual simples.

Amostra sistemáticaNesse tipo de amostra, sua escolha é casual, mas definida por um critério conhecido.

Vamos tomar como base os dados do exemplo anterior.

Dividindo o número de funcionários da empresa do exemplo anterior pelo número de

viagens que serão sorteadas, temos: 200

1020 .

Esse resultado indica que os funcionários serão divididos em 10 grupos com 20 integran-

tes cada. Por exemplo, o primeiro grupo é formado pelos funcionários de 1 a 20; o segundo,

pelos funcionários de 21 a 40; e assim por diante, até o vigésimo grupo, formado pelos funcio-

nários de 181 a 200. Agora, sorteamos um funcionário do primeiro grupo usando exatamente

o procedimento da amostra casual simples. Suponha que o número sorteado tenha sido o nú-

mero 7. Depois, basta somar 20 para obter o próximo, depois somar 20 para obter o terceiro

e assim por diante, ou seja, selecionar os funcionários de 20 em 20. A amostra seria formada

pelos seguintes funcionários: 7, 27, 47, 67, 87,107, 127, 147, 167 e 187.

Amostra estratificadaHá situações em que, ao utilizar uma amostra casual simples ou uma amostra sistemá-

tica, podemos obter resultados que não refletem a realidade. Isso pode acontecer, pois a

população pode diferir muito em relação a aquilo que está sendo pesquisado.

Exemplo

Em uma escola serão oferecidas aos 880 alunos do 6.º ao 9.º ano aulas de dança e de xa-

drez no contraturno. A diretoria da escola selecionará uma amostra de 88 alunos para saber

qual das atividades eles preferem. Não podemos simplesmente sortear 88 alunos para for-

mar a amostra, pois pode acontecer de todos serem do mesmo ano, o que comprometeria o

resultado da pesquisa, já que as preferências podem mudar de um ano para o outro. O ideal,

nessa situação, é organizar os alunos em 4 grupos, um para cada ano. Cada um desses grupos

é chamado de estrato. Aqui consideramos o estrato como sendo um grupo da população

com alguma característica comum, por isso a amostra é dita estratificada.

Para selecionar a amostra de 88 alunos, podemos optar por escolher 22 alunos de cada gru-

po ou então selecionar quantidades proporcionais aos tamanhos dos grupos. Depois que souber-

mos quantos alunos de cada grupo serão selecionados, fazemos um sorteio em cada um deles.

61

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A professora de Matemática de uma turma de 8.º ano

solicitou aos alunos que elaborassem um trabalho em

dupla cujo tema era “Planejar e executar uma pesquisa

amostral”. Dois amigos, Daniel e Flávio, resolveram for-

mar uma dupla. Veja, a seguir, como foi o processo de

elaboração do trabalho dos dois.

Flávio: Daniel, o que você acha de fazermos uma

pesquisa sobre alguma preferência de deter-

minado grupo de pessoas?

Daniel: Acho que é uma ótima ideia. Mas você tem

alguma sugestão?

Flávio: Seria interessante, primeiro, decidirmos quem será nosso público-alvo. Isso vai

ajudar a definir o tema da nossa pesquisa. Podemos também pensar na elabora-

ção de um formulário eletrônico e disponibilizá-lo na internet. O que você acha?

Daniel: Acho uma boa ideia. Agora falta a gente decidir qual será o público-alvo e a per-

gunta da nossa pesquisa. Ou seja, falta praticamente tudo! Flávio, vamos inserir

vários gráficos no nosso trabalho. Ficará incrível.

Flávio: Claro! Eles são importantíssimos para ajudar na visualização dos resultados ob-

tidos na pesquisa. Quando fazemos uma pesquisa, é fundamental descrever os

resultados, apresentando os gráficos apropriados. Também é importante des-

tacar alguns aspectos, como as medidas de tendência central, e exibir algumas

conclusões que podem ser obtidas da pesquisa!

Daniel: O que você acha de perguntarmos aos alunos dos Anos Finais do Ensino Funda-

mental qual é a disciplina preferida de cada um?

Flávio: Ótima ideia! Vamos, então, elaborar esse formulário.

Observe as perguntas contidas no formulário feito por Daniel e Flávio:

Os dois enviaram o formulário para as turmas do 6º., 7º., 8º. e 9º. anos da escola. Após

alguns dias, eles fizeram o levantamento dos dados obtidos. Observe os gráficos que eles

construíram para compor o trabalho.

Em que ano você está?

6º. ano

7º. ano

8º. ano

9º. ano

Entre as opções, qual é sua disciplina favorita?

Língua Portuguesa

Matemática

História

Geografia

Ciências

Língua Inglesa

Outras

©S

hu

tte

rsto

ck/m

ich

ae

lju

ng

62

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Matemática

O gráfico a seguir representa as respostas dos alunos do 6.º ano. Podemos ver que 14 alu-nos preferem Língua Portuguesa, 10 preferem Matemática, 9 têm como matéria favorita His-tória, 9 Geografia, 22 Ciências, 4 Língua Inglesa e 12 outras disciplinas. O gráfico usado nesse caso foi o de colunas ou barras verticais.

Língua

Portuguesa

0123456789

101112131415161718192021222324

Matemática História Geografia

Disciplina

Qu

an

tid

ad

e d

e a

lun

os

Ciências Língua

Inglesa

Outras

Gráfico do 6º. ano

Gráfico do 7º. ano

Outras

Língua Inglesa

Ciências

Geografia

História

Matemática

Língua Portuguesa

21

5

6

10

11

9

8

Língua Portuguesa

Matemática

História

Geografia

Ciências

Língua Inglesa

Outras

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Quantidade de alunos

Dis

cip

lin

a

Gráfico do 8º. ano

Os gráficos abaixo correspondem aos resultados das turmas do 7º. e 8º. anos.

No 7º. ano, o gráfico usado foi o de setores.

Na turma do 8º. ano, o gráfico usado foi o de barras horizontais.

63

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1 A média aritmética entre 6 números inteiros positivos distintos é igual a 12. Qual é o maior valor que um desses números pode assumir?

2 (UERJ) O gráfico abaixo representa o número de pacientes atendidos mês a mês, em um ambulató-rio, durante o período de 6 meses de determinado ano:

jan. fev. mar. abr. maio jun. x (meses)

y (nº. de pacientes)

20

40

60

80

nesse caso foi, novamente, o de colunas ou barras verticais.

Perceba que em nenhum dos casos poderíamos utilizar o gráfico de linhas para represen-tar as respostas obtidas. Isso acontece, pois os gráficos de linhas mostram tendências ou alte-rações ao longo do tempo, o que não é o caso aqui.

Agora que você já sabe como planejar e executar uma pesquisa amostral, junte-se a ou-tros dois ou três colegas para fazer o planejamento e a execução de uma pesquisa amostral. Com o professor, cada equipe deverá escolher um público-alvo, uma pergunta e uma forma de realizar a pesquisa. Não se esqueça de apresentar os gráficos apropriados para represen-tar os dados obtidos. Para complementar sua pesquisa, destaque aspectos como as medidas de tendência central e a amplitude.

Língua

Portuguesa

0123456789

101112131415161718192021

Matemática História Geografia Ciências Língua

Inglesa

Outras

Disciplina

Qu

an

tid

ad

e d

e a

lun

os

Gráfico do 9º. ano

64

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Matemática

Calcule a média mensal de pacientes atendidos no período considerado.

3 Analise a sequência 1, 3, 7, 2, 3, 5, 7, 9, 10, 1, 3 e, depois, denominando de M a moda, de MA

a média aritmética e de M

E a mediana, assinale a alternativa correta.

a) MA

= M b) ME = M

Ac) M

E Ad) M = M

E

4 Em uma turma do 8º. ano do Ensino Fundamental, constatou-se que, na primeira prova do 1º. bimes-tre, na disciplina de Matemática, 4 alunos obtiveram nota 5,0; 12 alunos, nota 6,0; 9 alunos, nota 7,0; 10 alunos, nota 8,0; e 3 alunos, a nota máxima, 10,0.

a) Qual foi a média das notas da turma na primeira prova de Matemática do 1º. bimestre?

b) Determine a nota mediana.

c) Identifique a nota modal.

65

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5 (UFU – MG) Uma empresa seleciona 16 funcionários fumantes e promove um ciclo de palestras, com os mesmos, para esclarecimentos sobre os efeitos prejudiciais do cigarro à saúde. Após essas palestras, são coletados dados sobre a quantidade de cigarros que cada um desses fumantes está consumindo diariamente. Tais dados são expressos da seguinte maneira:

10, 1, 10, 11, 13, 10, 34, 13, 13, 12, 12, 11, 13, 11, 12, 12

Os dados 1 e 34 são chamados discrepantes, pois são dados muito menores ou muito maiores que a maioria dos dados obtidos. Segundo essa coleta de dados, pode-se afirmar que:

a) os cálculos da média, da mediana e da moda não sofrem influência dos dados discrepantes.

b) o cálculo da mediana sofre influência dos dados discrepantes que surgiram.

c) o cálculo da moda sofre influência dos dados discrepantes que surgiram.

d) o cálculo da média sofre influência dos dados discrepantes que surgiram.

6 (ENEM) Uma equipe de especialistas do centro meteorológico de uma cidade mediu a temperatura do ambiente, sempre no mesmo horário, durante 15 dias intercalados, a partir do primeiro dia de um mês. Esse tipo de procedimento é frequente, uma vez que os dados coletados servem de refe-rência para estudos e verificação de tendências climáticas ao longo dos meses e anos.

As medições ocorridas nesse período estão indicadas no quadro:

Dia do mês Temperatura (em ºC)

1 15,5

3 14

5 13,5

7 18

9 19,5

11 20

13 13,5

Dia do mês Temperatura (em ºC)

15 13,5

17 18

19 20

21 18,5

23 13,5

25 21,5

27 20

29 16

Em relação à temperatura, os valores da média, mediana e moda são, respectivamente, iguais a

a) 17 °C, 17 °C e 13,5 °C.

b) 17 °C, 18 °C e 13,5 °C.

c) 17 °C, 13,5 °C e 18 °C.

d) 17 °C, 18 °C e 21,5 °C.

e) 17 °C, 13,5 °C e 21,5 °C.

7 (ENEM) Um posto de saúde registrou a quantidade de vacinas aplicadas contra febre amarela nos últimos cinco meses:

1º. mês: 21;

2º. mês: 22;

3º. mês: 25;

4º. mês: 31;

5º. mês: 21.

No início do primeiro mês, esse posto de saúde tinha 228 vacinas contra febre amarela em estoque.

A política de reposição do estoque prevê a aquisição de novas vacinas, no início do sexto mês, de tal forma que a quantidade inicial em estoque para os próximos meses seja igual a 12 vezes a média das quantidades mensais dessas vacinas aplicadas nos últimos cinco meses.

Para atender essas condições, a quantidade de vacinas contra febre amarela que o posto de saúde deve adquirir no início do sexto mês é

a) 156.

b) 180.

c) 192.

d) 264.

e) 288.

66

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Matemática

8 empregados de uma empresa, em certo mês. O salário médio desses empregados, nesse mês, foi de:

Número de classe Salário do mês – R$ Número de empregados

1 1 000 2 000 20

2 2 000 3 000 18

3 3 000 4 000 9

4 4 000 5 000 3

a) R$ 2.637,00. b) R$ 2.520,00. c) R$ 2.500,00. d) R$ 2.420,00. e) R$ 2.400,00.

9 Em um colégio com 500 alunos, são praticadas três modalidades de esporte: vôlei, futebol e bas-quete. Cada aluno optou por apenas uma delas, e 200 alunos escolheram futebol. O número de alunos que optaram por vôlei é o dobro do número de alunos que optaram por basquete.

a) Quantos alunos optaram por vôlei e por basquete?

b) Complete a tabela a seguir com o número de alunos e as porcentagens.

Modalidade Número de alunos Porcentagem

Vôlei

Futebol

Basquete

c) Em seu caderno, construa um gráfico de setores, indicando o ângulo de cada setor.

10 Uma concessionária de automóveis registrou, em uma tabela, a quantidade de carros vendidos no 1. º quadrimestre de um ano. Observe:

Mês Unidades vendidas

Janeiro 20

Fevereiro 24

Março 40

Abril 36

a) Qual foi a porcentagem de vendas no mês de fevereiro? E no mês de março?

b) Construa um gráfico de colunas em que se relacione a quantidade vendida com cada mês.

67

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Represente os resultados desse gráfico na tabela abaixo.

Transporte Frequência absoluta Frequência relativa

Moto

Metrô

Ônibus

Automóvel

12 O banco de sangue de um laboratório registrou, em uma tabela, os tipos de sangue coletados na semana. Usando um compasso, represente os dados dessa tabela em um gráfico de setores.

Grupo sanguíneo Frequência relativa

A 30%

B 20%

AB 10%

O 40%

13 Qual é a porcentagem do círculo representado abaixo que corresponde ao ângulo central de 72º?

72°

11 Entre os habitantes de uma cidade foi realizada uma pesquisa sobre o meio de transporte mais utilizado diariamente para ir ao trabalho. Foram entrevistadas 3 000 pessoas. Os resultados estão registrados no gráfico a seguir.

Automóvel

Ônibus

Metrô

Moto

850

100 200 300 400 500 600 700 800 900 1 000 1 100 1 200 1 300 1 400 1 500

800

1 100

250

Preferência por meio de transporte

68

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Matemática

14 O pictograma abaixo mostra o número de celulares vendidos por uma loja na primeira semana de dezembro.

a) Quantos celulares foram vendidos na primeira semana de dezembro?

b) A maior venda diária corresponde a, aproximadamente, que porcentagem das vendas da semana?

c) Se os dados do pictograma fossem representados em um gráfico de setores, de quantos graus seria o ângulo correspondente ao setor das vendas realizadas na sexta-feira?

Segunda-feira

= 20 celulares

Venda de celulares

Sábado

Sexta-feira

Quinta-feira

Quarta-feira

Terça-feira

69

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capí

tulo Expressões

algébricas e sequências

6©Shutterstock/Markus Gann

O que é a sequência

de Fibonacci?

É uma sucessão de números que, misteriosamente, aparece em muitos fenômenos da natu-reza. Descrita no final do sécu-lo 12 pelo italiano Leonardo Fi-bonacci, ela é infinita e começa com 0 e 1. Os números seguin-tes são sempre a soma dos dois números anteriores. Portanto, depois de 0 e 1, vêm 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34…

SAHD, Luiza. O que é a sequência de Fibonacci? Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-a-sequencia-de-fibonacci/>. Acesso em: 24 jan. 2019.

Você alguma vez já rela-cionou algum fenômeno da natureza com as ideias da Matemática?

Expressões algébricas

Sequências

o que vocêvai conhecer

70

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Matemática

Expressões algébricas

Na Álgebra, utiliza-se uma linguagem simbólica na qual letras representam valores des-conhecidos. Quando se faz essa representação, são aplicados modelos matemáticos a situa-ções provenientes de diferentes campos de conhecimento.

Assim, obtêm-se expressões algébricas, fórmulas e equações. Utilizando-se a linguagem da Álgebra, é possível analisar fenômenos e solucionar os problemas inerentes a cada um. Observe, na imagem, a representação da sequência de Fibonacci por meio de números, letras e desenhos. Os números indicados em cada um dos quadrados indicam a medida do seu res-pectivo lado.

objetivos do capítulo Reconhecer monômios semelhantes.

Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica.

Identificar monômios e polinômios, bem como seu grau.

Resolver adições, subtrações, multiplicações e divisões com monômios e polinômios.

Identificar sequências numéricas recursivas e não recursivas.

Representar uma sequência numérica por meio de seu termo geral.

Entretanto, ao estabelecer um modelo algébrico, é preciso verificar se ele é ou não ade-quado à situação investigada, o que é feito mediante a análise da resposta que ele oferece quando aplicado à situação que o originou. Muitas vezes, obtêm-se resultados que são váli-dos matematicamente, mas que não têm significado no mundo real. Então, após a obtenção de um resultado, é necessário substituir as variáveis (letras) pelos valores numéricos e efe-tuar os cálculos.

Veja a seguir alguns exemplos de representações algébricas e sua aplicação.

a b a1,618

a b

��

13

8

5

21

a b

a

32

1 1

©Sh

utte

rsto

ck/M

icro

One

71

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Área do triângulo

Expressões algébricas que, em sua forma reduzida, não apresentam as operações de adi-ção e subtração entre os números e as letras (variáveis) são chamadas de monômios. Em ou-tras palavras, podemos afirmar que monômios são expressões formadas por um único termo.

b

h

6 cm

2 cm

Representação algébrica:

A b · h (modelo válido para qualquer retângulo)

Área 6 . 2 = 12

Área 12 cm2

Aplicação:

Área do retângulo

Representação algébrica:

Ab h

��2

Ab h

���

��

2

2 5 3 5

24 375

, ,,

Área = 6 cm2

Aplicação:

b

h

2,5 cm

3,5 cm

Área de uma figura formada por 4 quadrados

Representação algébrica:

A = 4a2 A = 4a2 = 4 12 = 4

Área = 4 cm2

Aplicação:

a

a a a

a

1 cm

1 cm 1 cm 1 cm

1 cm

Denomina-se valor numérico de uma expressão algébrica o resultado encontrado ao substituirmos a(s) variável(is) de uma sentença matemática por números e efetuarmos as operações indicadas.

72

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Matemática

São exemplos de monômios:

x y aab

25

3

Os monômios são constituídos por uma parte numérica, denominada coeficiente, e uma parte formada por letras, denominada parte literal. Um número também representa um monômio.

Na tabela a seguir, estão identificados o coeficiente numérico e a parte literal de algu-mas expressões algébricas.

Monômio Coeficiente Parte literal

–xy xy

ab

2

1

2ab

4z2 4 z2

5 5 Não tem

Monômios semelhantes

Monômios que têm a mesma parte literal são chamados de monômios semelhantes.

Observe os seguintes monômios:

Entre os monômios apresentados no quadro, são semelhantes:

3x2 2 8p e 2

5

p

Observe que os monômios 1

2

3ab e

3

4

ab não são semelhantes, pois o expoente de b é

diferente.

3x2 1

2

3ab 12xy 3

4

ab 8p –x2 2

5

p

atividades

1 Um encanador cobra R$ 40,00 por visita, mais R$ 20,00 por hora de trabalho. Escreva uma expressão algébrica que represente o ganho do encanador para um número qualquer (x) de horas trabalhadas.

73

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2 Em um dia movimentado, um hotel recebe, a cada hora, o dobro de turistas que chegaram na hora anterior. Preocupado com a capacidade máxima do lugar, o gerente observou a ocupação desse hotel durante determinado período.

a) Sendo x a quantidade de hóspedes que entraram na primeira hora, encontre a quantidade de turistas que entraram em cada uma das seis primeiras horas.

b) Escreva o monômio que representa o total de turistas nesse período.

c) Se o número inicial de turistas for 3, qual será o número total de turistas ao final do período observado?

3 Associe os monômios da 1ª. coluna aos monômios semelhantes da 2ª. coluna.

a) x2

b) 3ax

c) ab2

d) ax

2

2

e) 7

2xby

f) 6a2b

(

( ) 3byx

( ) a b2

2

( 2

( ) 12x2

( ) 11x2a

4 Complete a tabela a seguir indicando o coeficiente e a parte literal de cada monômio.

Monômio Coeficiente Parte literal

– 3y

3

2

2ab

12m

p q2

3

5 O comprimento de uma quadra de vôlei mede o dobro de sua largura.

Comprimento = c

Largura = l

a) Determine o monômio que representa o perímetro da quadra.

b) Determine as dimensões da quadra, saben-do que seu perímetro é igual a 54 m.

74

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Matemática

Redução de termos semelhantes

Os termos de uma expressão algébrica são determinados pelas somas e pelas subtra-

ções que essa expressão estabelece.

Expressão algébrica: 2 5 5x x x x

Termo Termo Termo Termo

² ²� � � � � � �

Note que a expressão pode ser apresentada de uma forma mais simplificada, bastando,

para isso, efetuar as operações que envolvem termos semelhantes.

Expressão algébrica não reduzida: 2x2 + 5x + x – 5x2

Expressão algébrica reduzida: –3x2 + 6x

Os termos que apresentam a mesma parte literal (inclusive com os mesmos expoentes)

são denominados termos semelhantes e podem ser somados ou subtraídos. A redução de termos semelhantes consiste na resolução das operações (adição e subtração) efetuadas

com esses termos. Nesse caso, somam-se algebricamente os coeficientes e mantém-se a

parte literal.

Atenção! Somente os termos semelhantes (termos com a mesma parte literal) podem ser

reduzidos em uma expressão algébrica.

Exemplos

Expressão reduzida –8ax + a

b) 3

25

25 3 7

2 22

2x y xy

yxxy� � � � �

Agrupando os termos semelhantes:

3

2

1

25 5 3 7

2 2��

��

�� � � � � � � � �x y xy( ) ( )

4

20 4

2 0 4

2 2

2

x y xy

x y

Expressão reduzida 2x2y + 4

As expressões algébricas recebem nomes especiais de acordo com o número de

termos não semelhantes que elas têm.

Um termo: monômio 2y

Dois termos: binômio

Três termos: trinômio

Um número qualquer de termos: polinômio 2

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Grau de monômios

O grau de um monômio, com coeficiente não nulo, é obtido somando-se todos os ex-poentes de sua parte literal, como nos exemplos a seguir.

–3x4yz2

xyz3

2 como podemos escrever 2 = 2x0 (monômio de grau nulo)

Grau de polinômios

O grau de um polinômio é dado pelo seu termo de maior grau. O polinômio deve estar escrito na forma reduzida.

Quando o polinômio apresenta apenas uma variável, ele é determinado pelo termo de maior grau.

Exemplo: 3b4 + 2b2 – b + 3

O termo de maior grau é 3b4

Quando o polinômio apresenta mais de uma variável, é preciso analisar o grau de cada termo.

Exemplo: 5a3 6ab4 3ab2c3

5a3

6a1b4

–3a1b2c3

O termo de maior grau é 3a1b2c3

grau 6.

atividades

1 Apresente cada expressão algébrica em sua forma reduzida e, em seguida, determine o número de termos de cada uma.

a) 6ay 35ay + 12ay

b) 2cxy + 20xcy

c) 2ab + 12 6ab 5 + 9ab

d) –21xy + 3xy2 2

e) f) 2x2 – 3y2 2 – 2y2 + 3

g) � � � � � �xa

ax a a2

2 3 5 15 6

h) ab

a b a bab

22 2

2

23 5

7

3� � �

76

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Matemática

2 Na tabela a seguir, classifique as expressões algébricas como monômio, binômio, trinômio ou poli-nômio e escreva o grau de cada uma delas.

Expressão algébrica Classificação Grau

x2 + 3x +2

ax + ax2

bc – b2c + b2c3 + c4

4xyab3

abx

z2 + 3z – z2

Adição e subtração de polinômios

Para efetuar as operações de adição e subtração de polinômios, é preciso observar as propriedades consideradas na redução de termos semelhantes. Vamos retomá-las por meio de exemplos numéricos e algébricos.

Exemplo

A figura representa a planta baixa de um escritório.

2 m

7 m

3 m

a

a

x

b

y

0,8 m

0,8 m

Banheiro Banheiro

Escritório Escritório

Ja

ne

la

Ja

ne

la

Com base nessa figura, veja como determinar o que se pede em cada item para a situação real e a representação algébrica.

a) Determine as medidas do comprimento e da largura a serem consideradas para a colocação de rodapé nesse escritório.

Situação real Modelo algébrico

Comprimento: x – a

Largura: y – b

Div

o P

adilh

a. 2

008.

Dig

ital

.

77

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b) Determine quantos metros lineares de rodapé são necessários no escritório e o polinômio reduzido que expressa essa situação.

Situação real

2,2 + 2,2 + 5 + 5 = 14,4 m

Modelo algébrico

Eliminando os parênteses:

Reduzindo os termos semelhantes:

c) Comprove que o polinômio encontrado é um modelo para a situação substituindo os valores das variáveis x, y, a e b.

Para somar ou subtrair dois ou mais polinômios, basta reduzir os termos semelhantes.

Exemplo:

= 3ax 2b – 4ax + 4a

Reduzindo os termos semelhantes 6ax

atividades

1 Na figura ao lado, o quadrado ABCD foi dividido em dois quadrados menores, representados nas cores amare-la e lilás, e em dois retângulos idênticos, na cor cinza. Sabendo que a área do quadrado amarelo é igual a 64 m², determine:

a) a medida do lado do quadrado amarelo.

b) as dimensões, em metros, do retângulo cinza.

c) o monômio que expressa o perímetro de cada retângulo.

d) o binômio que expressa o perímetro do quadrado lilás.

A B

Dx

C

78

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Matemática

2 Efetue as operações com polinômios e apresente a resposta na forma reduzida.

a) ( ) ( )s s s s3 2 2 3

3 5 7 11 2� � � � � �

b) ( ) ( )� � � � �3 11 12 21 52 2

tu t t ut

c) x a

a a ax

33

26 5�

���

��� � �( )

d) ( ) ( ) ( )y y y y y4 2 2 4

3 2 5 7 3� � � � � � �

e)

f) ( ) ( ) ( )27 12 5 13 15 7 63 3

p p p p p� � � � � � �

g) 11

525

3

217

2 2rr

rr��

��

�� � ��

��

��

3 Um prêmio foi dividido proporcionalmente entre Paulo, Ricardo e Sílvio, de modo que Paulo ficou com R$ 1.000,00 a menos que o valor total do prêmio, Ricardo ficou com a metade do valor recebido por Paulo, e Sílvio, com o restante da quantia.

a) Determine a expressão algébrica, na forma reduzida, que representa a parte do prêmio que coube a Sílvio.

b) Qual é o valor do prêmio, sabendo que Sílvio recebeu R$ 600,00?

79

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Multiplicação de polinômios

Considere a situação a seguir.

Um recipiente tem a forma de um prisma de base quadrangular e há líquido preenchen-do parte de sua capacidade total, conforme a figura. Observe como o polinômio reduzido é utilizado nos casos a seguir.

Para indicar a quantidade de líquido que há nesse recipiente:

V x3

Para definir a capacidade total desse recipiente:

V x . x . (x + b)

V x2 . (x + b)

V x3 + x2 . b

Para calcular a quantidade de líquido que falta para que o recipiente fique completa-mente cheio:

V x x b x� � � �( )3 2 3

V x2b

O produto de dois ou mais polinômios é o resultado da multiplicação entre monômios, entre um monômio e um polinômio ou entre polinômios.

Monômio × monômio -ficientes numéricos e pela multiplicação entre as variáveis da parte literal.

Exemplo: � � �� �5 22

bc b c = b b2 c c = 10b3c2

Monômio × polinômiotermos do polinômio, aplicando-se a propriedade distributiva da multiplicação e redu-zindo-se os termos semelhantes, quando possível.

� �14 72 2

a b ab

Polinômio × polinômiodos polinômios por todos os termos do outro, aplicando-se a propriedade distributiva da multiplicação e reduzindo-se os termos semelhantes, quando possível.

2x + 5y

= � � � �6 9 10 152 2

x xy xy y =

= � � �6 19 152 2

x xy y

b

x

x

x

80

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Matemática

atividades

1 Uma caixa sem tampa, na forma de paralelepípedo, será confeccionada por uma empresa de emba-lagens. Ela será feita a partir de um papelão retangular, com um recorte quadrado em cada um dos quatro cantos. A medida do lado desses recortes está expressa, na figura 1, pela variável a. A figura 2 representa a caixa montada. Com base nas figuras, apresente o polinômio reduzido que expressa:

a

b

20

Figura 1 Figura 2

a) a área total da caixa. b) o volume interno da caixa.

2 Na figura ao lado, está representada uma superfície formada por qua-drados de mesma área e outra superfície pintada em verde. Com base nas informações contidas na figura, efetue os cálculos necessários e res-ponda às questões propostas.

a) Qual é o monômio que expressa a área de cada quadradinho?

b) Qual é o monômio que representa a área da região não pintada?

c) Qual é o polinômio reduzido que representa a área da superfície pintada?

d) Considerando a = 0,5 cm, calcule a área da superfície pintada.

20

2a

81

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3 Dados os polinômios A = 3a2 + 2a, B = 2a2 – a e C = –2a4, calcule:

a) A . B

b) A2 + C

c) (A + B) . C

4 .

5 Resolva as potências e escreva os polinômios na forma reduzida.

a) (4b – 2)3

b) (3xy + 4z)2

6 Escreva, na forma reduzida, a expressão que indica o volume de cada paralelepípedo representado a seguir.

a)

3a

a + 4

a2

b)

2a

2a

a + 4

82

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Matemática

Divisão de polinômios

As figuras ao lado representam regiões quadrangulares. Vamos calcular quantos quadrados da figura 2 são necessários para cobrir totalmente a superfície do quadrado da figura 1.

Dividimos os coeficientes e aplicamos a propriedade da di-visão de potências de mesma base para a parte literal:

32 : 2 = 16

x2 : x2 = x2–2 = x0 = 1

Dessa forma,

32 232

216 1 16

2 22

2x x

x

x: � � � �

Para cobrir totalmente a figura 1, são necessários 16 quadrados iguais ao da figura 2.

Para dividir um polinômio por um monômio não nulo, basta fazer a divisão de cada termo do polinômio pelo monômio. Exemplo:

33 11 22

11

2 2 3x b xb xb

xb

� ��

333

11 11 11

111

222

2 2 32x b

xbxb xb xb

xb xbb

( ) ( ) ( )���

��

� � � �

atividades

1 Calcule as operações com polinômios e apresente a resposta na forma reduzida.

a) 144x y2 : (–12x3y)

b) (–54b3cx6) : (–9b2cx5)

c) 34c3b11d2 : (–cb d2)

d) 51

17

15 4

12

d a

d

e) 84

21

3 2 5

3 5

x y c

x c

f) (6c4 – 3c2 – 3c) : (3c)

g) 125 15 25

5

3 2 2v z vz v z

vz

� �

h) (48rs2 2s – 4rs) : (–4rs)

i) (3ax – 33ax3 – 24a2x) : (3ax)

j) (–24b2 – 12b5 + 36b3) : (–12b2)

k) 3m – 81y2m2 – 36y2m) : (–9y2m)

l) 1

24 2

2x y xy xy��

��

��� : ( )

Área = 32x2

Área = 2x2

Figura 2Figura 1

83

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2 Uma fábrica paga a cada funcionário de um dos setores de produção um salário mensal de R$ 1.050,00 mais uma comissão de R$ 20,00 por peça produzida. Com base nesses dados, determine:

a) a expressão algébrica que representa o ganho mensal desses funcionários.

b) o ganho de um funcionário que tenha produzido 150 peças em um mês.

3 (UTFPR) Assinale a alternativa que representa a forma reduzida da expressão (x – 2) . (x + 2) – (x + 3)2 + + 6(x + 2).

a) b) c) 16x + 1 d) x – 1 e) 25

4 Com base na figura ao lado, determine a expressão algébrica, na forma simplificada, que representa a área de cada polígono indicado a seguir.

a) Área do quadrilátero CDEI:

b) Área do polígono CDEFGH:

c) Área do polígono ABCIFG:

d) Área do polígono ABDEFG:

5 Duas embalagens, na forma de paralelepípedo retângulo, foram produzidas com as medidas indica-das nas figuras a seguir, em centímetros.

x + 1 x + 2

x – 1 x – 2

xx

Paralelepípedo 1 Paralelepípedo 2

a) Escreva o polinômio que representa o volume de cada paralelepípedo.

b) Calcule o volume de cada paralelepípedo para x = 5 cm.

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Matemática

Sequências numéricas

Os associados de um clube de leitura vinculado a determinada livraria ganham descon-tos nessa loja ao comprarem os livros indicados pelo clube. A tabela a seguir mostra os pre-ços dos pacotes de livros oferecidos pela empresa a esses clientes.

Pacote Livros Preço

A 1 R$ 54,00

B 2

C 3 R$ 102,00

D 4 R$ 126,00

E 5 R$ 150,00

Os preços dos pacotes formam uma sequência, e os valores aumentam conforme aumenta a quantidade de livros:

Observe a diferença entre os preços dos pacotes:

Como a diferença entre os preços é sempre a mesma, podemos calcular os preços dos

duas opções:

Agora, observe a sequência a seguir.

1 2 3 4

Na primeira posição, a figura apresenta 1 bolinha. Na segunda posição, são 3 bolinhas. Já

Poderíamos continuar essa contagem, construindo a seguinte tabela:

Posição (n) 1 2 3 4 5 6 8 9 10

Quantidade de bolinhas (a

n)

1 3 5 9 11 13 15 19

©Sh

utte

rsto

ck/G

eorg

e R

udy

85

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bolinhas (an) para determinada posição n. Dizemos que essa sequência é infinita, indicada por reticências no final, pois sem pre será possível obter o termo seguinte. Uma sequência é considerada finita quando apresenta um último termo, como a sequência das idades, em

29, 30, 32, 33, 35).

Utilizando a letra n para indicar a posição da figura, vamos escrever uma fórmula que determine o número de bolinhas an que há em cada figura da sequência.

n = 1

O número de bolinhas da posição 1 (n = 1) é 1 (a1

= 1), ou seja, o número de bolinhas é duas vezes 1 menos 1.

n

a

�����

��� � � �

11

11 2 1

1

n = 2

O número de bolinhas da posição 2 (n = 2) é 3 (a2 = 3), ou seja, o número

de bolinhas é duas vezes 2 menos 1.

n

a

��

���

��� � � �

22

33 2 1

2

n = 3

O número de bolinhas da posição 3 (n = 3) é 5 (a3 = 5), ou seja, o número

de bolinhas é duas vezes 3 menos 1.

n

a

��

���

��� � � �

33

55 2 1

3

n = 4

O número de bolinhas da posição 4 (n = 4) (a4

, ou seja, o número de bolinhas é duas vezes 4 menos 1.

n

a

��

���

��� � � �

44

77 2 1

4

Note que, para n = 1, o número de bolinhas é a1

é a2 3

específica para obter cada termo dessa sequência.

Perceba que o número de bolinhas an para a posição n é o dobro do número dessa posi-ção menos 1, ou seja,

an = 2 . n – 1

Com essa fórmula, é possível determinar o número de bolinhas para uma figura que es-teja em qualquer posição da sequência ou vice-versa.

Podemos escrever uma outra fórmula para essa sequência. Acompanhe:

a1 = 1, a

2 = a

1 + 2, a

3 = a

2 + 2, a

4 = a

3 + 2, ...

Você pode observar que é possível obter qualquer termo da sequência a partir do segundo termo. Para isso, basta adicionar 2 ao anterior. Então, para uma posição n qualquer, temos:

an = an – 1 + 2

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Matemática

Esse tipo de representação, que expressa determinado termo em relação ao seu ante-rior, é conhecido como fórmula recursiva de uma sequência.

Se uma sequência não é definida recursivamente, ou seja, um de seus termos não depen-de do seu termo anterior, dizemos que a sequência é não recursiva.

Exemplo

Seja a sequência dada por (0, 4, 8, 12, 16, 20, ...). Essa é a sequência dos números não ne-gativos múltiplos de 4. Essa sequência começa no zero e pode ser pensada da seguinte forma:

0 4 8 12 16 20

0 1 2 3 4 54 4 4 4 4 4

� � � � � �, , , , , ,...

Elaboramos essa sequência fazendo 0 · 4, 1 · 4, 2 · 4, 3 · 4, 4 · 4, 5 · 4, e assim por diante. Ou seja, foi possível definir a sequência sem saber qual é seu termo anterior.

atividades

1 Analise o padrão das sequências e complete-as com os três próximos termos em cada caso.

a) 3, 6, 9, 12,

b) c) 100, 120, 140, 160,

d) e) 64, 32, 16, 8,

f) –1, +1, –2, +2, –3,

g) 1

2

2

3

3

4

4

5

5

6; ; ; ; ;

h) –5, –4, –3, –2,

2 Em uma vidraçaria, o preço do metro quadrado do vidro varia de acordo com a espessura da placa. Complete a tabela conforme a sequência numérica.

Espessura da placa Preço por m2

2 mm R$ 60,00

4 mm R$ 90,00

6 mm R$ 120,00

8 mm R$ 150,00

10 mm

12 mm

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3 Observe o fluxograma a seguir.

O termo geral é uma expressão algébrica que representa o padrão de uma sequência. Ela define cada um de seus termos.

Termo geral de uma sequência

Observe novamente esta sequência: 1, 4, 9, 16, 25, 36

Podemos representá-la assim: 12, 22, 32, 42, 52, 62

Note que o expoente 2 aparece em todos os termos da sequência. Ele não muda; o que muda a cada termo é a base. Se representarmos a base pela letra n, teremos uma expressão algébrica que indica o padrão dessa sequência: n2.

Para encontrar qualquer termo da sequência, basta substituir a variável n pelo número do termo. Veja:

2.º termo: n2 = 22 = 4

4.º termo: n2 = 42 = 16

6.º termo: n2 = 62 = 36

10.º termo: n2 = 102 = 100

Sim

Sim

Observe a sequência a seguir:

(0, 3, 6, 9, 12, ...)

Você consegue encontrar um padrão?

Você consegue encontrar o próximo termo dessa

sequência? Qual é ele?

Perceba que todos os termos da sequência são múltiplos de 3. Isso pode ajudá-lo. Volte ao passo

anterior.

Pense bem! Converse com seu professor e

com seus colegas. Volte ao passo anterior.

Não

Não

Encontrou 15 como resposta, certo? Como você encontrou esse

número? De forma recursiva ou não recursiva?

Percebeu que os termos da sequência aumentam de 3 em 3, ou seja, percebeu

que, para encontrar determinado termo da sequência, é necessário saber seu anterior.

Percebeu que o primeiro termo é igual a 3 · 0, que o segundo termo é igual a 3 · 1 e assim por diante, até chegar ao termo

encontrado, que é dado por 3 · 5 = 15. Nessa forma de se pensar, o termo encontrado não é dependente do termo anterior.

Forma recursiva

Forma não recursiva

Encontre a fórmula recursiva dessa sequência.

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Matemática

atividades

1 Relacione cada sequência com a expressão de seu termo geral, em que n( ) 2

( ) 2n

(

(

(

2 Escreva o termo geral da sequência numérica associada ao padrão geométrico abaixo, consideran-do que n

5 10 15 20

Termo geral:

1

4a

2a + 1

2a + 3

a + 4

2a +2

1

o que já conquistei

a) Escreva o polinômio que representa o perímetro

b)

2 Obtenha o polinômio que resulta da divisão de ( )12 6 285 2 3

a a a� � por ( )22

a

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3 (SARESP) A expressão algébrica que representa a situação: “O quadrado da soma de dois números mais 5 unidades” é:

a) x + y + 52 b) (x + y + 5)2 c) (x + y)2 + 5 d) x2 + y + 52

4 Qual é o monômio que, multiplicado por 15b3c5, resulta em 45b4c11?

5 A figura abaixo é formada por um quadrado, em lilás, e por regiões retangulares. Determine:

a) o monômio que representa a área do retângulo verde.

b) o binômio que representa o perímetro do retângulo cinza.

c) o polinômio que representa a área do retângulo que limita as regiões coloridas da figura.

6 2b + 20ab2 + 30a2b2 por 5ab.

7 Para a obtenção de uma mesa octogonal, os quatro cantos de uma mesa quadrangular foram serrados, retirando-se superfícies com a mesma área e na forma de triângulos retângulos. Com base na figura, determine o polinômio que expressa a área da mesa octogonal.

8 2 – x + 1) é igual a:

a) x3 – 1

b) x3 + 1

c) x2 + 2

d) x3 + 3x2 – 3x + 1

e) x3 – 3x2 + 3x – 1

9 2 + (x – 1)2 + 2x –1, para x = 10 é igual a:

a) 0 b) c) 150 d) e) 200

90