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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO ESTADUAL “REYNALDO MASSI”,E.F.M.P. DIAMANTE DO NORTE – PARANÁ – 2011 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 4 Histórico da unidade escolar 4 Identificação 6 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 7 Gestão Participativa e Democrática 7 Caracterização da Comunidade 7 Recursos Comunitários 8 OBJETIVOS GERAIS 8 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 9 REGIME ESCOLAR 10 MARCO SITUACIONAL 10 MARCO CONCEITUAL 13 Concepção de Homem 13 Concepção de Educação 14 Concepção de Conhecimento 14 Concepção de Escola 15 Concepção de Currículo 16 Concepção de Ensino Aprendizagem 17 Concepção de Avaliação 18 Concepção de Gestão Democrática 19 Concepção de Sociedade 20 MARCO OPERACIONAL 20 Meta do Professor 21 Capacitação do Professor 22 Currículo da Escola 22 Proposta Curricular 23 Sala de Apoio à aprendizagem 23 Sala de Recurso 23 CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas 24 CAES – Centro de Atendimento Especializado de Surdez 24 -

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PROJETO POLTICO PEDAGGICO

COLGIO ESTADUAL REYNALDO MASSI,E.F.M.P.

DIAMANTE DO NORTE PARAN 2011

SUMRIO

APRESENTAO

3

IDENTIFICAO DO ESTABELECIMENTO

4

Histrico da unidade escolar

4

Identificao

6

ORGANIZAO DA ENTIDADE ESCOLAR

7

Gesto Participativa e Democrtica

7

Caracterizao da Comunidade

7

Recursos Comunitrios

8

OBJETIVOS GERAIS

8

OBJETIVOS ESPECFICOS

9

REGIME ESCOLAR

10

MARCO SITUACIONAL

10

MARCO CONCEITUAL

13

Concepo de Homem

13

Concepo de Educao

14

Concepo de Conhecimento

14

Concepo de Escola

15

Concepo de Currculo

16

Concepo de Ensino Aprendizagem

17

Concepo de Avaliao

18

Concepo de Gesto Democrtica

19

Concepo de Sociedade

20

MARCO OPERACIONAL

20

Meta do Professor

21

Capacitao do Professor

22

Currculo da Escola

22

Proposta Curricular

23

Sala de Apoio aprendizagem

23

Sala de Recurso

23

CELEM Centro de Lnguas Estrangeiras Modernas

24

CAES Centro de Atendimento Especializado de Surdez

24

Programa Viva Escola

24

Livro Didtico

25

Fica

25

Equipe Multidisciplinar

26

Sala Multifuncional

26

Hora Atividade

27

PLANO DE TRABALHO DAS INSTNCIAS ESCOLARES

27

1. Da Direo

27

2. Da Equipe Pedaggica

28

3. Da Biblioteca

29

4. Do Laboratrio de Qumica, Fsica e Biologia

29

5. Do Laboratrio de Informtica

30

Objetivos dos laboratrios

30

6. Da Secretaria Agentes Educacionais II

30

7. Dos Servios Gerais Agentes Educacionais I

30

PROFINCIONRIO Curso Tcnico de Formao para Funcionrios da Educao

31

PLANO DE TRABALHO DAS INSTNCIAS COLEGIADAS

31

1. Da APMF

31

2. Do Conselho Escolar

32

3. Do Conselho de Classe

33

CALENDRIO ESCOLAR

36

PROPOSTA PEDAGGICA

37

NVEIS E MODALIDADES DE EDUCAO/ENSINO

37

ESTRUTURA DOS CURSOS OFERTADOS PELO COLGIO

42

1. Ensino Fundamental

42

2. Ensino Mdio Organizao por Blocos de Disciplinas Semestrais

43

3. Ensino Profissional Tcnico em Informtica Subseqente - Eixo Tecnolgico - Informao e Comunicao.

45

4. Educao de Jovens e Adultos.

46

OBJETIVOS E METODOLOGIAS DOS CURSOS OFERTADOS

46

Objetivos

47

Metodologias

47

Avaliao

48

Recuperao de Estudos

49

PROPOSTA PEDAGGICA CURRICULAR

49

REFERNCIAS

50

Proposta Curricular das Disciplinas

Arte

Biologia

Cincias

Ed. Fsica

Filosofia

Fsica

Lngua Portuguesa

Matemtica

Ingls

Geografia

Histria

APRESENTAO

Compreender inventar ou reconstruir atravs da reinveno, e ser preciso curvar-se ante tais necessidades se o que se pretende, para o futuro, moldar indivduos capazes de produzir ou de criar, e no apenas de repetir.

(Piaget J. op. Cit.).

As relaes sociais do homem em constante transformao, exigem da educao escolar uma flexibilidade pedaggica que atenda s individualidades culturais dos alunos, seus anseios afetivos, pessoais e profissionais, priorizando o processo de aprendizagem como veculo significativo de evoluo intelectual gradual e permanente, que venha de encontro aos interesses de cada educando. Diante disso as metas aqui propostas se efetivaro em parcerias com toda a comunidade escolar e com real comprometimento dos profissionais que o elaboraram.

O Projeto Poltico Pedaggico o documento que apresenta os caminhos a seguir do processo ensino-aprendizagem dentro da Instituio Educacional, sendo embasado pelas caractersticas sociais e polticas educacionais. Organiza todo o trabalho pedaggico nas modalidades e nveis de ensino.

A LDB defende a elaborao de um Projeto Poltico Pedaggico pela escola, ampliando dessa forma o conceito da escola para alm da sala de aula e alm dos muros da escola. Voc tem que criar uma proposta para desenvolver no aluno a cidadania, a sua capacidade de ser como pessoa e a capacidade para o trabalho. ( Ilma Passos Alencastro Veiga)

Considerando que o sucesso de um projeto educativo depende do convvio em grupo produtivo e cooperativo, os objetivos propostos dependem de uma prtica educativa que vise a formao de um cidado pleno. Essa prtica pressupe que os alunos faam parte de seu processo de aprendizagem e construam significado para o que aprendem.

Sendo a gesto participativa e democrtica, exige-se em primeiro plano, uma mudana de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar, deixando de lado o preconceito de que a escola pblica apenas um aparelho burocrtico, e sim, uma conquista da comunidade, onde essa comunidade e todos os usurios da escola sejam os dirigentes e gestores, e no apenas fiscalizadores ou meros receptores dos servios educacionais. Na gesto democrtica, pais, alunos, professores e funcionrios assumem sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola. Assim, este Projeto Poltico Pedaggico se prope a abordar toda a ao escolar seguindo as necessidades e as oportunidades surgidas no processo ensino-aprendizagem.

fundamental que a escola seja vista como um espao vivo, onde a cidadania possa ser exercida a todo o momento, fazendo com que os jovens se apropriem dos espaos e reforcem sua identificao com a escola.

O Projeto Poltico Pedaggico do Colgio Estadual Reynaldo Massi, para ser eficaz, preocupar-se- em abranger as atividades, os valores e os processos formativos que se desenvolvem na famlia, na convivncia em sociedade, nos movimentos culturais e sociais, no mundo do trabalho e nas diversas organizaes institucionais da sociedade, levando todas as pessoas envolvidas a praticar com unicidade as atividades formais e informais existentes dentro da educao escolar, conduzindo com sensibilidade e investigao diagnstica todos os processos educativos desenvolvidos na escola e fora dela (extra-classe), para que possam ser realimentados e reformulados sempre que as mudanas do mundo de hoje, to exigente e tecnologicamente instrumentalizado exigir, no deixando de centralizar as necessidades e realidade dos educandos

O Projeto Poltico Pedaggico, trabalhando com tantas diferenas e variaes, deve estar em constante avaliao e reformulao, sendo assim, uma fonte inovadora da aprendizagem educacional, instrumento para uma educao eficaz, comprometida com a sociedade regional e mundial.

importante salientar que este projeto no tem a preocupao de apresentar solues definitivas, mas o compromisso do grupo que a partir de um processo de trocas e buscas comuns, participa da construo do futuro da comunidade na qual est inserido.

O presente projeto foi construdo ao longo de estudos organizados pela Secretaria de Estado da Educao, juntamente com os professores, funcionrios, alunos e pais do colgio. Ilma Passos de Alencastro Veiga, Moacir Gadotti, Jos Carlos Libneo, Cipriano C. Luckesi, Antonio Flvio Moreira, Angela Dalben, Selma Garrido Pimenta, Joo Luiz Gasparin, Dermeval Saviani, Vygotsky, Jean Piaget, Paulo Freire, Celso Vasconcellos, Kal Marx, so alguns dos autores, educadores, filsofos e psiclogos que embasaram nossas leituras, atravs de textos disponibilizados pela SEED em cursos de Formao Continuada e nas Jornadas Pedaggicas, em leituras de exemplares da Biblioteca do Professor e ainda em pesquisas em sites da internet.

O Projeto Poltico Pedaggico dever ser avaliado, aprovado e fiscalizado em seu andamento pelo Conselho Escolar.

Nesse acompanhamento corresponsvel, o Conselho Escolar participa da elaborao do Projeto Poltico Pedaggico e acompanha o desenrolar das aes da escola, num processo permanente de acompanhamento e avaliao.(Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares vol. 2 2004.)

IDENTIFICAO DO ESTABELECIMENTO

Histrico da unidade escolar

O Grupo Escolar Remo Massi foi inaugurado no dia 16 de agosto de 1962, funcionando em prdio prprio. De 1962 a 1968, com 2 perodos regulares. A partir de 1969 at 1972 funcionou com trs perodos diurnos, voltando a funcionar com dois perodos regulares diurnos a partir de 1972.

O Ginsio Estadual de Diamante do Norte criado pelo Decreto n 19753 de 19 de outubro de 1965 e autorizado a funcionar de acordo com a Portaria 932 de 22 de fevereiro de 1966; surgiu impulsionado pela necessidade de atender aos filhos da comunidade diamantense que se viam obrigado, at ento, a se deslocar para outros municpios se no quisessem que seus estudos fossem interrompidos.

O estabelecimento foi inaugurado em 1966 passando a funcionar no prdio do Grupo Escolar Remo Massi, onde funcionou at 1968, quando foi inaugurado o prdio prprio do Estabelecimento, construdo nos padres do Estado, onde funciona at a data atual.

Durante sua vida legal passou pelas alteraes:

Em 1978 pelo Parecer 039 de 01/02/78 do Conselho Estadual de Educao, foi aprovado o Projeto de Implantao do Ensino de 2 Grau do Colgio Romeu Barbosa de Souza ESG, com as habilitaes de Tcnico em Contabilidade e Magistrio, que funcionou alguns anos como extenso do municpio de Nova Londrina. Por este mesmo Parecer foi autorizado a antecipao de Implantao da Lei 5.692/71. Pelo Decreto 5.262 de 12/07/78 foi criado o Colgio Romeu Barbosa de Souza Ensino de 2 Grau. Em 1979, atravs do Parecer n 269 de 17 de dezembro de 1979, do Conselho Estadual de Educao, foi aprovada a implantao do Projeto de Ensino de 2 Grau com habilitao Bsica em Sade. Em 1981 deu-se a reorganizao do Colgio Romeu Barbosa de Souza, passando o mesmo a se chamar Colgio Romeu Barbosa de Souza EPSG, resoluo 2.123 de 03 de setembro de 1981. Autorizado a ministrar as habilitaes plenas de Contabilidade e Magistrio gradativo a partir de 1978 e, Bsica em Sade, a partir de 1980. Ainda em 1981 pela Resoluo n 2.585, foi aprovado o Regimento Escolar do Estabelecimento. Em 1982, pela Resoluo n 306 de 01 de fevereiro o Colgio Romeu Barbosa de Souza EPSG, foi reconhecido com 1 Grau Regular e o 2 Grau com habilitaes plenas de Magistrio, Contabilidade e Bsica em Sade. Pelo Parecer n 471 de julho de 1982 foi aprovada a realimentao do sistema de avaliao para o ensino de 1 Grau para vigorar a partir de 1982. Pela Resoluo n 1728 de 20 de maio de 1983, o Colgio Romeu Barbosa de Souza EPSG, passa a denominar-se Colgio Estadual Romeu Barbosa de Souza EPSG. Pela Resoluo 6.104 de 27 de julho de 1984 cessam as atividades escolares da habilitao Bsica em Sade. Extinta a partir de 1984. Em 1986 pelo Parecer n 323 de 04 de maro do mesmo ano foi aprovado o plano de estudos do curso Magistrio com a implantao da disciplina de Educao Pr-escolar, duas horas aulas semanais. Ainda em 1986 aprovado o pedido de mudanas de denominao desse estabelecimento pelo Parecer 569 de 31/07/1986 ficando aprovada a mudana pela Resoluo 3.344 de 01 de agosto de 1986, passando de Colgio Estadual Romeu Barbosa de Souza EPSG denominar-se Colgio Estadual Reynaldo Massi EPSG. Em 1987 pela Resoluo n 704 de 25 de fevereiro do mesmo ano, foi autorizado a funcionar por dois anos, o Centro de Atendimento Especializado para portadores de deficincia visual, e pelo Parecer n 702 de 09 de novembro de 1987 aprovada a grade Curricular implantao simultnea a partir de 1988 habilitaes Magistrio e Contabilidade. Em 1988 foi autorizado o funcionamento de uma Classe Especial deficiente mental, pela Resoluo n 1625/88.

O Parecer n 585/88 aprova adendo ao Regimento Escolar, referente ao Estgio Supervisionado da habilitao Magistrio. Em 1989 pela Portaria n 187/89 foi prorrogada a autorizao de funcionamento do Centro de Atendimento Especializado deficincia Visual, foi tambm aprovada a grade transitria, habilitao em Contabilidade uso exclusivo registros escolares para alunos matriculados em 1986 e 1987, parecer n 249/89. O Ato administrativo n 109/89, aprova a Proposta de Avaliao a vigorar a partir de 1989. O Parecer n 264/89 aprova as grades curriculares propostas pelo estabelecimento de acordo com a lei vigente. A Resoluo n 3.566/90 prorroga autorizao de funcionamento do programa de deficiente mental. Em 1990 foi implantado o ciclo Bsico de Alfabetizao Decreto 2545 e Resoluo 744/88 contnuo 2 anos pela Resoluo n 3.821/90 suspende atividades do centro de atendimento especializado de Deficiente Visual. Pelo Ato Administrativo 91/91 N.R.E. aprova para vigorar a partir de 1991 o complemento da proposta de Avaliao para o magistrio de 4 anos. Ainda em 91 o Decreto n 5.508/91 autoriza o Colgio a Expandir, ao final da 3 srie o Certificado de Auxiliar de Contabilidade e no final da 4 srie Diploma de Tcnico em Contabilidade. Em 1992 pela Resoluo n 3.486/92, foram suspensas em carter definitivo as atividades escolares relativas as 4 primeiras sries do ensino de 1 Grau (municipalizao). Em 1994 a Resoluo n 5.206 de 21 de setembro adequa o sistema de avaliao que reger esse estabelecimento. Em 1995 foi aprovado o Regulamento Escolar, Parecer n 41/95. Pelo Parecer n 138/96 aprova o Estatuto do Conselho Escolar e finalmente a Resoluo n 4.056/96 implanta para funcionar, a partir de 1997 o Curso de Educao Geral de 2 Grau, em substituio s habilitaes de Tcnico em Contabilidade e Magistrio. Em 1997 a Resoluo n 3.338/97 autoriza o funcionamento do curso 2 Grau Educao Geral. A Resoluo 2886/99, autoriza o funcionamento do curso Educao Profissional, Tcnico em Informtica subseqente.

Identificao

1- Colgio Colgio Estadual Reynaldo Massi E.F.M.P.

Cdigo 0001/0

2 Municpio Diamante do Norte

Cdigo 0710

3 Dependncia Administrativa Estadual

Cdigo 0001 0

4 N.R.E Loanda

Cdigo 20

5 Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paran

Cdigo 2

6 Ato de autorizao do Colgio

Resoluo 2.153/81 de 03/09/81

7 Ato de Reconhecimento

Resoluo 306/82 de 17/02/82

8 Parecer NRE de aprovao de Regimento Escolar

N. 112/01

9 Distncia Colgio / NRE 70 Km

10- Local

Urbana

11- Site da Escola

E-mail [email protected]

O Colgio Estadual Reynaldo Massi EFMP, situado na Rua Augusto Primo Negrini, 475, composto por 22 ( vinte e duas) salas, sendo 12 ocupadas como salas de aulas, 8 adaptadas: sete salas usadas para laboratrios de informtica ,onde cinco salas esto em processo de adequao para os laboratrios de Matemtica, Fsica , Qumica e Biologia do Programa Brasil Profissionalizado, uma para Sala Multifuncional, uma sala de recurso e de apoio e uma sala para a Equipe Pedaggica.

Contamos ainda com uma pequena sala para a Biblioteca, uma sala para os professores, uma sala para a secretaria e outra sala para a Direo.

Dispomos ainda de um pequeno almoxarifado, seis sanitrios, sendo um adaptado para cadeirante.

Contamos tambm com um refeitrio, uma cantina, um ptio coberto bem arejado, duas quadras polivalentes, sendo uma coberta.

ORGANIZAO DA ENTIDADE ESCOLAR

Gesto Participativa e Democrtica

O Colgio Estadual Reynaldo Massi EFMP, oferece o Curso do Ensino Fundamental de 5 a 8 sries, o Curso do Ensino Mdio em Blocos e Educao Profissional Tcnico em Informtica Subsequente e Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

Toda a prtica pedaggica da Entidade Escolar est voltada em levar o aluno a desenvolver suas potencialidades, sua autonomia, seu pensamento crtico, tornando-se independente, competente, responsvel, participativo e consciente de suas aes, para que tenha condies de atuar na sociedade de forma equilibrada, buscando alcanar seus anseios.

As atividades em equipe, integradas com o ldico, so valorizadas em todos os segmentos do processo ensino-aprendizagem, pois a convivncia com o outro, ato importante para formar cidados plenos, sabedores de seus direitos e deveres, atuantes na transformao e evoluo do ser humano. Os professores em sua prtica partem da realidade social e interesse dos educandos, contextualizando contedos, para que sejam significativos. Permitindo dessa forma realizar as propostas planejadas, reformulando-as sempre que necessrio, para que condigam com o momento atual vivido pela humanidade, de constantes transformaes sociais, descobertas cientficas e desenvolvimento tecnolgico. Em meio a toda essa dinmica, no se perder de vista o lado afetivo da aprendizagem, to importante para o perfeito entrosamento professor-aluno, direcionando decises pedaggicas ao longo dos cursos. Conhecer o aluno, sua histria de vida e seus desejos, imprescindvel para o bom desenvolvimento de todo esse processo educacional.

A gesto participativa e democrtica, marcada pelo compromisso coletivo com a promoo de resultados que oportunize o indivduo a uma atuao efetiva na sociedade da qual faz parte.

Essa gesto orienta-se pela construo do social, valorizando a escola e seu professor, de modo que assumam, no seu contexto, um trabalho dinmico e eficaz, que possibilite cada vez mais a permanncia do aluno com xito no sistema, marcado por um sentido amplo de trabalho colegiado, envolvendo a comunidade externa escola.

primordial apoiar a escola para que realize a sua verdadeira funo social, que reside na socializao do saber sistematizado, transformando-se em fora viva de desenvolvimento cultural na comunidade da qual pertence.

Caracterizao da Comunidade

Economia Predominante: A economia predominante no municpio de Diamante do Norte, est ligada a Agricultura e Pecuria.

Na agricultura destaca-se o plantio de caf, milho, mandioca, feijo e cana-de-acar. Na pecuria destaca-se a criao de bovinos e sunos.

Quatro proprietrios de granja avcula.

O setor industrial bastante restrito, destacando-se apenas uma cafeeira, uma cooperativa agrcola, uma fbrica de carrocerias, duas fbricas de mveis, quatro panificadoras, uma fbrica de bichinhos de pelcia e uma fbrica de camisetas, ambas classificadas como pequenas empresas.

No setor comercial, contamos com mini-mercados, algumas lojas de roupas, uma casa de carnes, trs oficinas mecnicas, quatro lojas de materiais de construo, dois postos de gasolina, duas agropecurias, escritrio de contabilidade e um cartrio de registro civil e anexos e outros pequenos estabelecimentos diversos.

Recursos Comunitrios

Sade: Um hospital municipal, um posto de sade, quatro farmcias, trs consultrios dentrios, um posto da Funasa (Fundao Nacional de Sade) e um aterro sanitrio.

Social: Entidades esportivas, clube do lao com arena ampla para rodeio, um ginsio de esportes, duas quadras polivalentes e um Estdio de Futebol.

Educao: Contamos com duas Bibliotecas, uma APAE, uma creche, PETI, uma pr-escola municipal, uma escola municipal de 1 a 4 srie, uma escola estadual de 5 a 8 srie, 2 Grau e o curso de Educao Profissional Tcnico em Informtica Subsequente Eixo Tecnolgico Informao e Comunicao e EJA. Contamos tambm com duas escolas particulares de informtica e o Colgio Agrcola.

Quanto ao nvel scio-econmico, nossa comunidade classifica-se de mdio para baixo, pois a renda familiar de 80% da populao gira em torno de um salrio mnimo, onde o grau de instruo da maioria dos pais dos nossos alunos de 2 grau incompleto. O tempo e as atividades de lazer so restritos para a maioria da populao proveniente do meio rural, possuindo acesso mnimo aos clubes particulares existentes. Como recurso pedaggico, podemos contar com a Reserva Ecolgica do Caiu, e com a Usina Hidreltrica de Rosana (SP), onde os alunos, sempre acompanhados por profissionais capacitados, tm acesso a palestras, passeios em trilhas e visita ao museu da reserva.

H uma diversidade religiosa, mas o que nos contenta que a comunidade bastante assdua e integrada entre si nos vrios segmentos religiosos, o que muito contribui para orientar melhor os jovens a adquirirem comportamentos voltados para o bem.

Reconhece-se oficialmente a existncia de um contingente de alunos que s podem estudar combinando trabalho e escola. pelo fato de estar trabalhando ou procurando trabalho que ele se matricula na escola noturna. Partindo desta realidade, as disciplinas devem partir de contedos que tenham significado para os alunos, tentando relacionar escola, trabalho, profisso e tcnica, deve-se evitar um ensino linear e procurar estabelecer rede de contedo, de forma que o aluno possa ter uma viso de conjunto do estudo.

Faz-se necessrio um maior envolvimento da comunidade na vida educacional, mediante estratgias que privilegiem as parcerias entre os diversos segmentos da comunidade para o alcance dos objetivos da escola: a ampliao gradativa da utilizao do ambiente da escola pelas famlias dos alunos, e a oferta de oportunidades educacionais e culturais para todos, tanto no mbito da educao formal quanto da no-formal.

OBJETIVOS GERAIS

A escola, ferramenta transformadora da sociedade, de elaborao e transmisso do conhecimento cientfico, tem suas metas centradas no aluno.

para o aluno, para o indivduo em constante evoluo e transformao que traamos planos de ao, de avaliao, de estudos.

Nosso objetivo maior construir com esse aluno uma boa escola, que tem por funo principal ensinar, onde ele se aproprie de conhecimentos elaborados, sem se desqualificar enquanto pessoa que traz experincias e culturas peculiares do meio em que vive.

Portanto, faz-se necessrio elaborar o referencial terico norteador das prticas pedaggicas, estudadas e planejadas pelos que atuam na escola (professores, alunos, direo, especialistas, funcionrios); sendo documento ativo para consultas, avaliaes e restauraes das aes educativas, que tm como condio bsica a integrao transformadora do indivduo na sociedade, respeitando seus ideais e sua cultura, levando-o a apropriar-se do conhecimento cientfico, do saber elaborado, oportunizando a continuidade dos seus estudos, com vista ao ingresso no mercado de trabalho.

A escola, com o seu referencial terico ter o cuidado de privilegiar a qualidade do ensino, respeitando a especificidade da educao enquanto instrumento transformador do homem e da sociedade, conduzindo e proporcionando aos jovens estudantes a livre expresso de ideias e opinies. Para um primeiro momento do ensinar, faz-se importante trazer seus conhecimentos histrico-culturais j adquiridos, para os contedos trabalhados em sala de aula e fora dela, promovendo a reconstruo da sua histria, aprimorando seus saberes, para que seu ideal de produo, inato ao homem, tenha campo frtil, transpondo os portes escolares.

OBJETIVOS ESPECFICOS

Discutir e rever as aes pedaggicas periodicamente para que cumpram sua funo socializadora, atuante e significativa no processo ensino-aprendizagem;

Desenvolver princpios de valores e tica, visando o respeito e a solidariedade, dentro de um ambiente de interao;

Conhecer e legitimar dentro das aes pedaggicas as Leis: do Meio Ambiente, Estatuto da Criana e do Adolescente e Relaes tnicos Raciais.

Participar de cursos e eventos relacionados educao.

Incentivar e oportunizar palestras educativas, com temas do interesse dos educandos e educadores.

Trazer sempre os pais e familiares do educando para a escola, participando de festas, exposies, torneios, etc.

Valorizar o dilogo em todos os processos e aes dentro da escola.

Oportunizar a liberdade de expresso de professores, alunos e funcionrios, garantindo a autonomia com responsabilidade.

Desenvolver atividades em cada rea de conhecimento com o intuito de conscientizar o aluno da sua importncia e poder de transformao de si e da sociedade.

Contemplar aes que deem importncia s relaes e interaes pedaggicas dentro da escola, percebendo o valor da unio, do trabalho em equipe e do afeto no desenvolvimento do projeto pedaggico proposto.

REGIME ESCOLAR

Sabemos que vivemos numa sociedade de classes, da qual decorre a contradio entre explorador explorado, opressor oprimido. Estas contradies apresentam-se em diferentes momentos histricos de formas peculiares. Estes momentos esto inevitavelmente ligados estrutura social, na educao, e mais precisamente na escola, onde tais contradies influenciam negativamente nos direcionamentos didtico-pedaggicos, gerando muitas vezes indisciplina. Nesses casos o trabalho da Direo e Equipe Pedaggica muito importante, convocando professores e pais para que juntos solucionem os problemas, tanto disciplinares como de assimilao de contedos. O dilogo passo e ao fundamental para a busca de solues em todos os problemas que se evidenciam. A partir da definio do Projeto Poltico Pedaggico a escola manter este dilogo com as famlias e com a comunidade escolar, promovendo assim, o aprendizado de uma srie de contedos conceituais, favorecendo o reconhecimento e a compreenso das questes sociais vividas, tanto individuais como privadas, possibilitando que os alunos, em sua vida cotidiana, exeram seus direitos e responsabilidades, resolvendo problemas que lhes so colocados, identificando, criticando e repudiando atitudes de injustias e de desigualdade, desenvolvendo prticas que permitam o desenvolvimento de atitudes de respeito, de solidariedade e cooperao.

Portanto, alunos, pais, professores, direo e equipe pedaggica devem considerar os conhecimentos, procedimentos e valores, de forma a favorecer a capacidade de pensar compreensivamente sobre eles, criando espaos de trabalho pedaggico na escola, interagindo com organizaes preocupadas com a temtica local, trocando experincias que agem e influenciam no processo ensino-aprendizagem.

MARCO SITUACIONAL

O homem no mundo de hoje, est apreensivo, atarefado, estressado. A competitividade profissional e social uma constatao diria, onde esse homem tenta sobrevier, luta com o que tem e com o que no tem para sustentar sua famlia e seus sonhos.

As crianas esto vivendo esse momento de desespero, de angstias, em que a maioria delas crescem em ambientes violentos, em lugares sem higiene e principalmente no possuem perspectivas de futuro promissor, saudvel, feliz. viver ou morrer.

Com o avano da tecnologia, a rapidez de informao, nos trouxe novas atitudes no mbito pedaggico, gerando uma gama de novas situaes na elaborao do plano de trabalho do professor, onde este sentiu-se impotente diante dos novos meios tecnolgicos, dos quais os alunos dominam com eficincia, deixando o professor para trs.

A impunidade insustentvel, deseduca, destri, incentiva ao erro, violncia. necessrio estudar os pases, os estados, as cidades, que esto dando certo. Ouvimos: l as crianas no ficam nas ruas. - Todos trabalham, no vi pedintes. - O governo prioriza a educao, as escolas so bonitas e os professores trabalham felizes. Ouvindo isso e muitas vezes constatando, sentimo-nos, como educadores, na obrigao de buscar o mesmo. E nesse momento que a frustrao chega de mansinho, instalando-se a cada fracasso, a cada tentativa que no segue em frente. Em vrios segmentos, percebe-se que as estruturas materiais e filosficas existentes no sistema, no condizem e no atendem a prtica, a ao do aprendizado do aluno, dos anseios dos funcionrios, do significado e da essncia da educao. Estruturas insuficientes e contraditrias, que no ajudam a combater as dificuldades encontradas e vividas em nossa sociedade, nas famlias, nas escolas, nas instituies.

A tecnologia to avanada, os experimentos cientficos galopantes em descobertas especiais e muitas pessoas morrendo de fome, morrendo pelo descaso, pela violncia fsica e moral, morrendo pela falta de afeto, pela falta de bom senso humano mundial.

O Brasil um pas grande e tambm um grande pas, suas riquezas so imensas e necessrias ao mundo! s pensar na Amaznia, que descortina-se uma das principais riquezas mundiais.

um pas que est aprendendo, possui um povo empreendedor, e que precisa de um bom orientador. O povo brasileiro vive a crise mundial sentindo-se perdido, sem apoio, deixando-se levar por promessas vazias e impossveis, gerando insegurana.

Em nossas discusses, observamos que os jovens de hoje crescem vendo a impunidade governamental, a impunidade para a violncia, para o roubo, para o descaso, absorvendo o que a mdia impe como felicidade, como certo ou errado. Os jovens j no escutam mais seus pais ou professores. Em que estado emocional cresce esse jovem to valioso para o mundo? Quais exemplos aprender para reger sua vida? E a pergunta que logo vem em nossas mentes, tanto sendo educadores como tambm sendo pais e cidados: O que podemos fazer aqui e agora?

Aqui, onde vivemos, onde trabalhamos, onde diariamente tentamos conquistar nossos sonhos, no diferente. Moramos em uma cidade pequena do estado do Paran, em Diamante do Norte, com 5.611 habitantes, que recebe a influncia de toda a crise mundial econmica e social. Aqui tambm existe a desigualdade, a imposio de valores pela mdia, os sonhos e desiluses de cada um. Falta trabalho, vrias crianas vendem sorvete, salgados, doces para aumentar a renda familiar, e tantas outras tambm precisam ajudar em casa. Outras famlias se caracterizam pela falta do pai, onde este passa meses em outra cidade trabalhando, deixando para a me a

responsabilidade de cuidar dos filhos. Muitos de nossos alunos so criados pelos avs, que no possuem condies para educ-los devidamente. Todos estes fatores fazem parte do pensar pedaggico deste colgio, que por possuir uma gesto democrtica, precisa incorporar aes dentro da escola que viabilizem a socializao do conhecimento cientfico para todos.

O Colgio Estadual Reynaldo Massi EFMP, nossa escola pblica, possui alunos que moram no campo, alunos que moram na cidade, alunos com dificuldades de aprendizagem, alunos especiais, educados, esforados, alunos desinteressados, apticos, alunos ativos, alunos agressivos e alunos calmos. Alunos que moram com seus pais e alunos que no conhecem seus pais.

A diversidade cultural existente fator enriquecedor das prticas pedaggicas, quando oportuniza aprendizagens a mais, com trocas de conhecimentos dentre as culturas, trazendo para as aulas a diversidade no contedo disciplinar. A escola para todos, e alguns alunos, devido s relaes sociais da qual fazem parte, sentem-se menosprezados pelos colegas, que os afrontam com piadinhas e brincadeiras de mal gosto.

Nesse sentido, o pedaggico da escola enfrenta a indisciplina, onde existe agresses verbais e fsicas entre os alunos. Outro fator que muitas vezes prejudica o processo ensino-aprendizagem a viso assistencialista que muitas famlias ainda possuem da escola, esperam que tudo (roupas, remdios, consultas alimentao, bons modos...) seja responsabilidade dos professores e funcionrios do Colgio, passando aos filhos uma ideia distorcida em relao aos estudos e a real funo da escola, que a de ensinar.

A diversidade econmica interfere de maneira direta no processo educacional desses alunos, que so a preocupao constante dos nossos educadores. Pois, a maioria deles no aprendem com a mesma facilidade dos que possuem uma melhor estrutura familiar, emocional e econmica. Os professores tm dificuldade em trabalhar com esses alunos, mesmo porque estudaram em instituies que no os ensinaram a trabalhar com o aluno, com dficit de ateno, dificuldades especiais, hiperatividade, dificuldade de aprendizagem etc.

O professor, facilitador e orientador da aprendizagem, construtor juntamente com o aluno do conhecimento cientfico sistematizado, defronta-se com esses conflitos, que o levam a contradies na sua ao pedaggica mediante a teoria planejada. A teoria que o professor estuda e elabora, precisa ser coerente e cabvel a realidade da escola, dos alunos e da sociedade local. As contradies se colocam entre a teoria (o que se pretende fazer / o que se quer fazer) e a prtica (as aes / o que se faz), onde muitas vezes uma no bate com a outra. Um dos conflitos que colaboram para que isso ocorra a falta de um Plano de Ao do Governo mais coeso, mais permanente, que dure e perdure por mais tempo. Em um perodo contemplamos uma tendncia pedaggica, em outro contemplamos outra tendncia, com novas exigncias e aes, e isso em um espao de tempo muito curto. Outro fator diz respeito s condies fsicas de trabalho do professor; salas numerosas, alunos rebeldes, fora da idade da srie, alunos portadores de deficincias de aprendizagens srias, alunos especiais (incluso). Apesar de garantida na lei, a filosofia da incluso no se consolidou, ainda, na forma desejada. necessrio preparar, os professores, a escola e seus funcionrios para esse novo processo. Os professores no se sentem seguros quando se deparam com novos desafios e isso compromete a teoria estabelecida, os projetos planejados, gerando conflitos pessoais (frustraes) e profissionais (da sensao do dever no cumprido), entrando em contradies como: saber das necessidades do aluno, mas o professor determina o que ele necessita; promover a autonomia mas o professor dita as regras; liberdade de ao, os alunos sentam um atrs do outro e o ano todo no mesmo lugar. Ocorre ento, um ensino no qualificado, de baixa qualidade, que no atende a demanda educacional vigente.

A autonomia escolar ainda, uma utopia, onde alunos e professores vem-se perdidos, sem saber o que seguir, por onde comear, vejamos alguns exemplos:

- o professor fala, o aluno ouve (aula expositiva), o aluno repete o que diz ou o que faz o professor, essa atitude no oportuniza a criatividade do aluno; as avaliaes so individuais, deixando de lado trabalhos e atividades em equipe; a avaliao da aprendizagem usada como um instrumento de controle e no como um momento de aprender e rever o processo ensino-aprendizagem. Os professores tambm sentem dificuldade de integrao com os colegas para realizarem trabalhos em conjunto, necessitam de orientao, tempo e de formao continuada significativa, onde sentiriam maior estmulo para irem em busca da melhoria necessria no processo pedaggico escolar. Portanto, a escola sente dificuldade em preparar o aluno para a vida, detendo-se quase que totalmente a contedos e notas, pois h ainda, uma tendncia burocrtica que exige do professor registros sob a forma de notas ou conceitos, em tempo predeterminados, contradizendo a idia de que a avaliao um processo contnuo, inserido no processo de aprendizagem. O professor ainda encontra dificuldade para avaliar de forma dialgica e democrtica, em salas de aulas superlotadas, e ainda com alunos especiais, rebeldes, com dficit de aprendizagem, e a maioria desses professores realizando mltiplas jornadas de trabalho, para sobreviver com maior dignidade.

Os demais funcionrios da escola, os agentes educacionais, por participarem de forma direta com os alunos, no refeitrio, na biblioteca, no ptio, se sentem despreparados para interagir melhor com os mesmos. Pois muitos educandos conversam bastante com as merendeiras, com a responsvel pela limpeza. Desta forma, essas funcionrias colaboram para o processo de ensino no dia a dia escolar. Sendo assim, gostariam de cursos que as orientassem quanto ao convvio com os alunos, onde teriam maior segurana na interao social e comportamental do educando.

O municpio oferece poucas oportunidades de trabalho, desestimulando os alunos a estarem compromissados com o aprender. A falta de interesse, a desmotivao, a falta de compromisso, implicam no baixo rendimento quando se trata de aprendizagem.

Concluso, temos obstculos para superar, problemas para sanar, sabemos tambm que precisamos buscar condies e estrutura para transpor esses obstculos e hoje, com confiana, estudo, ao e dilogo constante, estamos a caminho de promover uma educao escolar mais significativa, e qualitativa, construindo possibilidades a todos, integrando-se e interagindo em sociedade.

MARCO CONCEITUAL

A sociedade, a educao, a escola, tudo construdo, criado, planejado e utilizado pelo homem. Concepes, pensamentos, mtodos, so elaborados para sua evoluo espiritual, fsica e psquica. Sistemas de ensino, de sade, de proteo, sistema monetrio, e tantos outros, integram a organizao humana, criada e usada por esse homem.

Concepo de Homem

A vida do indivduo determinada pelas relaes sociais e pela fora de trabalho dessas relaes. O homem provido de qualidades fsicas e psquicas, move e remove situaes de acordo com sua vivncia e suas necessidades, agente transformador, criativo e capaz de solucionar problemas, buscando sobreviver.

(...) na produo social da prpria vida, os homens contraem relaes determinadas, necessrias e independentes da sua vontade, relaes de produo estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas foras produtivas materiais. ( ... ) A base da sociedade, assim como a caracterstica fundamental do homem, est no trabalho. do e pelo trabalho que o homem se faz homem e constri a sociedade, pelo trabalho que o homem transforma a sociedade e faz a histria.

Karl Marx

Pensar o social, estabelecer que o homem demanda uma convivncia em grupo, convivncia esta, permeada por um senso comum, regras comuns e pelas diferentes relaes de produo. Cada indivduo, com suas particularidades, est inserido em determinado grupo social, onde ele adquire a cultura, os interesses e condies de sobrevivncia desse grupo, construindo e desenvolvendo sua personalidade. Tudo isso acontece, pela busca do homem em satisfazer suas necessidades fsicas, culturais e sociais.

O homem um ser rico em necessidades e capacidades fsicas, econmicas, culturais, espirituais e intelectuais. Desta maneira, o homem vem ao longo dos tempos, aprimorando seus conhecimentos, pesquisando e testando possibilidades para as suas necessidades. Enquanto ser transformador, busca solues para resolver os problemas que surgem no cotidiano. Assim, o homem busca por uma formao que lhe permita compreender e atuar na dinamicidade do real, enquanto sujeito poltico e produtivo, com conhecimento cientfico e conscincia de seus direitos e deveres, para se inserir no mundo do trabalho, transformando as relaes sociais, protegendo e respeitando os direitos humanos.

Concepo de Educao

Um dos grandes papis da educao hoje, de efetivar-se enquanto instrumento de transformao da sociedade, isto , a educao por meio de suas aes, pode possibilitar a mudana das pessoas, dos grupos e das instituies em que est inserida.

As inovaes tecnolgicas exercem impactos sobre a educao ao exigir: aquisio de possibilidades de pensamento terico, capacidade de analisar, pensar estrategicamente, planejar e responder com criatividade a novas situaes: capacidades sociocomunicativas para desenvolver trabalhos cooperativos em equipe; conhecimentos ampliados que possibilitem a independncia profissional; elevar a escolaridade do trabalhador, articulando-se formao geral e tcnica, sendo a escola capaz de produzir transformaes em favor de uma sociedade igualitria.

As transformaes tecnolgicas, econmicas e culturais colocam cada vez mais a necessidade do conhecimento tico e da educao do homem em toda a sua multiplicidade.

A educao, assim vista em sua plena funo mobilizadora, dinmica, construtora de uma sociedade mais cidad, mais tica, em uma perspectiva de democratizao de seus espaos.

Concepo de Conhecimento

A ao humana no apenas biologicamente determinada, mas se d principalmente pela incorporao das experincias e conhecimentos produzidos e transmitidos de gerao a gerao; a transmisso dessas experincias e conhecimentos atravs da educao e da cultura permite que o homem, a nova gerao no volte ao ponto de partida da que a precedeu.

() o processo de produo da existncia humana porque o homem no s cria artefatos, instrumentos, como tambm desenvolve ideias ( conhecimentos, valores, crenas ) e mecanismos para sua elaborao (desenvolvimento do raciocnio, planejamento...).

() Cada nova interao reflete uma natureza modificada pois nela incorporam-se criaes antes inexistentes; () nesse processo que o homem adquire conscincia de que est transformando a natureza para adapt-la a suas necessidades, caracterstica que vai diferenci-lo: a ao humana, ao contrrio da de outros animais, intencional e planejada; em outras palavras, o homem sabe que sabe. (ANDERY, 1988)

O conhecimento produzido e passado sistematicamente pela escola no individual, social e historicamente construdo, dentro de um contexto social coletivo. Todo conhecimento construdo socialmente no mbito das relaes humanas. Na ausncia do outro, o homem no se constri homem. (Vygotsky)

Para Vygotsky, vivncia em sociedade essencial para a transformao do homem. pela aprendizagem nas relaes com os outros que construmos os conhecimentos que permitem nosso desenvolvimento mental, 'nenhum conhecimento construdo pela pessoa sozinha, mas sim em parceria com os outros, que so os mediadores (Maria Tereza Freitas)

Na escola, o conhecimento organizado pelo contedo, em disciplinas, com um tempo pr-estabelecido, pensando no indivduo em constante desenvolvimento intelectual, fsico e emocional. A socializao do conhecimento na escola ocorre pela interao com o outro, onde, em especial na relao professor / aluno.

O conhecimento como processo, como produo, a construo do saber. Se o objeto do trabalho pedaggico o conhecimento como construo, a funo e o objetivo do ato pedaggico a ampliao do saber dos educandos sobre determinada realidade. O contedo, as informaes ou o saber, historicamente acumulados pela humanidade, devem ser trabalhados no ato pedaggico. () O importante que o estudante compreenda o contexto, construa seu dizer e desenvolva seu raciocnio lgico e criativo para participar ativamente da vida social. O ato pedaggico centrado no conhecimento como construo , por exigncia, interativo, interpessoal, participante e democrtico. (Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares vol 3. MEC E SEB ).

Concepo de Escola

O homem cria, pela necessidade de se organizar, instituies, leis, ferramentas de cunho coletivo, que norteiam toda a fora produtiva social. A principal delas aqui, a escola. Ferramenta transformadora da sociedade, que constri o conhecimento cientfico elaborado. Local onde se trabalha para que o processo sistematicamente, universal e produzido pelo homem, seja adquirido pelo educando, libertando-o do determinismo e da alienao.

O desenvolvimento tecnolgico e econmico no trouxe por si s, o desenvolvimento do homem do ponto de vista tico. A sociedade vive crises de valores que a escola no pode ignorar, como a violncia, a competio, a corrupo, a mentira, a inveja, a vaidade, as drogas. A escola um local privilegiado para a construo de novos valores e condutas.

na escola que o indivduo comea a melhor perceber-se e perceber o outro, perceber e experimentar diferentes culturas, ideologias, costumes e desejos, ele colocado nesta escola, portanto, defronta-se de forma direta com essas diferenas, interagindo instantaneamente com elas, transformando-se.

A escola ideal aquela que cumpre a sua funo. Essa funo j est historicamente determinada, no cabendo escola reinventar a roda. Em qualquer tempo e lugar a escola tem uma base comum, universal: garantir o direito de aprendizagem dos conhecimentos cientficos, culturais e ticos a todas as crianas. (cadernos da TV Escola).

A escola, enquanto instrumento capaz de preparar o homem para o pleno exerccio da cidadania deve efetivar a real funo de sistematizadora, socializadora e construtora do conhecimento. Por isso, a escola deve ser preparada como um todo, buscando a melhoria da qualidade do ensino.

A escola enquanto instituio educacional, amparada pela Constituio, deve estar organizada de maneira a levar o educando, a buscar conhecimentos e estratgias que o preparem para atuar com competncia e dignidade na sociedade. Assim, a escola respeitar as peculiaridades da cultura de cada aluno, preocupando-se com a elevao da sua auto-estima, para que ele possa integrar-se ao meio em que vive, interagindo com esse meio, transformando-o, superando dificuldades, conquistando a autonomia intelectual e moral, encontrando segurana para engajar-se de modo produtivo na sociedade.

Concepo de Currculo

O termo currculo provm da palavra latina currere, que se refere carreira, a um percurso que deve ser realizado e, por derivao, a sua representao ou apresentao. A escolaridade um percurso para os alunos / as, e o currculo seu recheio, seu contedo, o guia de seu progresso pela escolaridade. Ainda que o uso do contedo do termo remonte Grcia de Plato e Aristteles, entra em cheio na linguagem pedaggica quando a escolarizao se torna uma atividade de massas ( Hamilton e Gibson, 1980. Citado por Goodson, 1989, p. 13), que necessita estruturar-se em passagens e nveis. Aparece como problema a ser resolvido por necessidades organizativas, de gesto e de controle do sistema educativo, ao se necessitar uma ordem e uma seqncia na escolarizao.( J. Gimeno Sacristn e A. I. Prez Gmez, 2000).

Na escola pblica para todos, o currculo deve permear uma organizao nacional comum, onde disciplinas e seus contedos so organizados e pensados para atender as especificidades regionais, buscando a integrao total do educando. O trabalho e a cidadania so previstos como os principais contextos disciplinares, nos quais a capacidade de continuar aprendendo deve se aplicar, a fim de que o educando possa adaptar-se s condies em mudana na sociedade, especificamente no mundo das contradies. A LDB neste sentido clara: em lugar de estabelecer disciplinas ou contedos especficos, destaca competncia de carter geral, das quais a capacidade de aprender decisiva. O aprimoramento do educando como pessoa humana destaca a tica, a autonomia intelectual e o pensamento crtico.

Eisner (1979, p. 163-64) diz que o ensino o conjunto de atividades que transformam o currculo na prtica para produzir a aprendizagem. Ambos conceitos precisam ser entendidos em interao recproca ou circular, pois se o ensino deve comear a partir de algum plano curricular prvio, a prtica de ensin-lo no apenas o torna realidade em termos de aprendizagem, mas que na prpria atividade podem se modificar as primeiras intenes e surgir novos fins. preciso ver o ensino no na perspectiva de ser atividade instrumento para fins e contedos pr - especificados antes de empreender a ao, mas como prtica, na qual esses componentes do currculo so transformados e o seu significado real torna-se concreto para o aluno. ( J. Gimeno Sacristn e A. I. Prez Gmez, 2000).

O currculo, organizado em disciplinas e reas, deve ser um processo em ao, devendo ser cuidadosamente trabalhado e reavaliado, para que seja um instrumento de emancipao ao indivduo em constante transformao.

Interdisciplinaridade e contextualizao so recursos complementares importantes para ampliar as inmeras possibilidades de interao entre disciplinas e reas. De forma alguma se espera que uma escola esgote todas as possibilidades, mas se recomenda com veemncia que ela exera o direito de escolher um caminho para alcanar seus ideais e que por mais simples que venham a ser, devero expressar suas prprias decises, resultando num cesto generoso para escolher aquilo que a LDB coloca em seu artigo 26: os currculos do ensino fundamental e mdio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada exigida pelas caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura e da clientela.

Concepo de Ensino-aprendizagem

A primeira instituio educativa a famlia. na famlia que a educao, a aprendizagem do indivduo comea a se desenvolver, afeto, valores, cultura, linguagem so transmitidos e incorporados pela criana. Quando essa criana entra na escola, ela comea a se apossar de novos conhecimentos, conhecimentos sistematizados, no devendo a escola esquecer que essa criana traz consigo toda a bagagem cultural da famlia e do grupo social do qual ela faz parte. Todo esse processo requer cuidados especiais e especficos da entidade escolar. As pessoas que iro trabalhar com os educandos, precisam estar aptas a desenvolver atividades de construo do saber em um ambiente propcio para esse desenvolvimento. Portanto, todas as atividades integradas dos alunos devem ser valorizadas, o trabalho em equipe, a criatividade e o ldico estimulados, buscando a satisfao social e pessoal do ser humano em constante evoluo afetiva, orgnica, cognitiva e intelectual, para que ele construa com confiana e autonomia sua identidade diante da sociedade a qual pertence.

A Lei 9394/96, trouxe uma importante flexibilidade na educao escolar, onde os valores e costumes regionais so considerados para que a formao das competncias e habilidades a serem desenvolvida sejam coerentes com as peculiaridades da sociedade em que cada escola do pas est inserida.

O desenvolvimento da sociabilidade no contato escolar o primeiro passo de um processo para a formao democrtica, onde, de alguma forma, tanto o aluno como o professor, encontram condies de mltiplas e diferentes oportunidades de convivncia, de trocas e de desafios.

O indivduo alfabetizado capaz de, usando novos e infindveis esquemas mentais, estimular toda a sua inteligncia, criando solues para os desafios que a vida lhe apresenta. (O Estatuto da Criana e do Adolescente e a Instituio Escolar , Chloris Casagrande Justen (1993)

Experincia de vida tambm faz parte do programa. Ter um tempo dentro da sala de aula para a escuta das histrias de vida das crianas, no significa que a aula foi para o espao, pois tais histrias tambm so aulas, so contedos, que daro suporte para a contextualizao dos contedos programados.

fundamental que a escola veja o ser humano como produto das relaes sociais, cabendo ao educador estimular os alunos a adquirirem uma viso de mundo mais ampla e ao mesmo tempo mais articulada com o seu mundo familiar.

Muitas crianas e adolescentes tm, no ingresso escola, sua primeira oportunidade de absorver princpios de cidadania, com possibilidades de viver as mesmas experincias dos demais, onde todos enfrentam limitaes e usufruem sucessos e benefcios convivendo com a desigualdade da sociedade, que pretende ser igualitria e que deve respeitar a dignidade de cada um.

preciso ento, buscar um processo de ensino para uma educao equilibrada, comprometida com a qualidade e acesso a todos, atendendo a multiplicidade cultural. Educar em sentido mais amplo, significa considerar as diversas experincias sociais, culturais e intelectuais do aluno. Ou seja, respeitar sua histria de vida, linguagem e costumes, condies sociais, moradia e lazer.

tambm no processo educacional que a criana vai conviver com a tomada de decises sobre o que pode, o que deve, o quanto e como deve fazer para construir sua dignidade e conquistar sua autonomia e, conseqentemente, sua liberdade. (O Estatuto da Criana e do Adolescente e a Instituio Escolar, Chloris Casagrande Justen (1993)

Instrumentalizar o aluno com conhecimentos cientficos significativos e necessrios sua evoluo, tarefa importante da escola, conhecendo e respeitando a histria da vida da criana, jovem, adulto ou idoso que busca aprender, sua natureza de esprito, sendo o indivduo como for, pobre, rico, branco, pardo, negro, surdo, com deficincia intelectual, portador de necessidades fsicas especiais ou no, ele tem direito educao, ao respeito, a dignidade, a oportunidade de acesso ao mundo do trabalho, a afetividade, a amizade a tolerncia e ao amor. Sempre buscando a felicidade, que condio vital para a sobrevivncia pacfica do homem na Terra.

Concepo de Avaliao

A formao de conceitos faz parte da natureza histrica do ser humano. Em todas as situaes de nossas vidas, verificamos, julgamos e traamos valores, sejam na famlia, no clube, na rua, selecionando o que bom, o que ruim, o que difcil, o que fcil, o que bonito, o que feio, etc.

Sabemos que as dificuldades encontradas so historicamente explicadas, pois o desenvolvimento da sociedade, do homem, no foi e no pacfico, espontneo ou harmnico, acontece por conflitos, por contradies, por dvidas, por erros e acertos, levando o homem a formar conceitos sobre todas as situaes vivenciadas.

No processo educativo, a avaliao deve se fazer presente, tanto como meio de diagnstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigao da prtica pedaggica. Assim , a avaliao assume uma dimenso formadora, uma vez que, o fim desse processo a aprendizagem, ou a verificao dela, mas tambm permitir que haja uma reflexo sobre a ao da prtica pedaggica. (Diretrizes Curriculares da Educao Bsica, 2008) Verificar em educao, torna-se uma funo bastante delicada quando o fazemos ao analisar atitudes, trabalhos, experincias e aes de um indivduo em constante crescimento fsico e cognitivo.

Avaliar analisar a prtica pedaggica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situaes para que a aprendizagem ocorra. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos est se avaliando a prtica dos professores, a gesto, e o currculo escolar, bem como o prprio sistema de ensino como um todo. (SEE Diretoria de Polticas e Programas Educacionais Caderno de Apoio 2010)

Avaliar implica em questes ticas e sociais, portanto, deve ser vista como um dos instrumentos de diagnosticar falhas no processo pedaggico, ajudando a escola no aperfeioamento do desempenho total de seus professores, alunos e demais funcionrios. O sistema de avaliao criado pelo homem e por ele utilizado para medir conhecimento, uma das principais dificuldades pedaggicas dentro da escola.

De acordo com Vasconsellos (2003), a Recuperao de Estudos consiste na retomada de contedos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas. (SEE Diretoria de Polticas e Programas Educacionais Caderno de Apoio 2010).

A ao de avaliar implica em lanar mo de vrios instrumentos, para que possam auxiliar na investigao do que no ficou claro ou mesmo do que no foi apreendido pelo educando, sinalizando retomadas de aulas, contedos e estratgias metodolgicas, oportunizando a reviso e reformulao do Plano de Trabalho Docente.

Concepo de Gesto Democrtica.

A gesto democrtica da escola se expressa na capacidade da comunidade escolar em construir e vivenciar prticas de acolhimento e de integrao de todos os participantes nas tomadas de decises, na definio de princpios e valores humanitrios a serem praticados pela escola, no estabelecimento de indicadores de uma boa formao integral, no dilogo com posies diferentes, no compromisso tico e moral voltado para a emancipao dos seres humanos.

A gesto democrtica adquire concretude na disposio da comunidade escolar de definir o seu Projeto Poltico Pedaggico, na disposio de assumir posies e atitudes coletivas e integradoras, na escolha responsvel de afirmao da natureza pblica da educao como um bem de todos, num contnuo exerccio de democracia e justia social. (Profuncionrio - Educadores e Educandos: Tempos Histricos. Identidade Profissional e Projeto Poltico Pedaggico., p.88 89).

Da a importncia de assegurar a todos o direito educao e a permanncia da criana e do adolescente na escola, como medida mais segura para a construo de uma sociedade formada por indivduos conscientes e com capacidade para enfrentar os desafios individuais e sociais, (O Estatuto da Criana e do Adolescente e a Instituio Escolar, cap. III, n 2). O Estatuto da Criana e do Adolescente (Lei 8069 de 30 de Julho de 1990) dispe sobre a proteo integral da criana e do adolescente, onde, criana at os 12 anos incompletos e adolescente dos 12 anos at 18 e ( 21 anos de idade quando deficiente intelectual ). Esta lei nos traz as normas de dignidade e respeito criana e ao adolescente, chamando o adulto responsabilidade para com eles.

O ensino ser ministrado com base nos seguintes princpios: igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, pluralismo de ideias e de concepes pedaggicas e coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino, gratuidade do ensino pblico em estabelecimentos oficiais; valorizao dos profissionais do ensino garantido na forma da lei, planos de carreira para o magistrio pblico, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos, assegurando regime jurdico nico para todas as instituies mantidas pela Unio; gesto democrtica do ensino pblico, na forma da lei, garantia de padro de qualidade (artigo n 206 da Constituio Federal).

Tornar a escola democrtica no Brasil, hoje, significa modific-la a fim de que cada vez maior parcela das camadas populares nela ingresse e permanea, como condio de se apossarem dos contedos de ensino que lhes permita proceder crtica dos mecanismos sociais de dominao, introduzindo nos seus contedos e mtodos a inteno de desmascarar as desigualdades sociais e explicitar a ligao entre educao e realidade social, de modo a assegurar que os alunos se apropriem ativamente dessas informaes, podendo reelaborar novos conhecimentos, processando uma crtica no abstrata, mas embasada na compreenso cientfica do real. Obtendo dessa forma, condies de ingressar no mundo do trabalho, consciente da sua importncia na sociedade.

Concepo de Sociedade

Uma sociedade se caracteriza pela integrao e interao de pessoas que compartilham um mesmo espao, organizando-se em todas as suas aes dentro de um ou mais grupos.

A sociedade construda pelo homem, produz, transforma e transformada pelo homem, que busca se adequar historicamente neste espao.

No espao escolar, a sociedade caracteriza as aes pedaggicas, que trabalham para ensinar ao aluno os conhecimentos cientficos construdos historicamente, para que ele transforme e atue na sociedade da qual faz parte.

(Formao Continuada, 2008 Reflexes)

() o desenvolvimento do indivduo est intimamente ligado sociedade em que vive e esta sociedade transmite as formas de conduta e organizao do conhecimento. (Vygotsky).

O ser humano s se forma homem em contato com a sociedade, atravs de condutas e conhecimentos delineados pela sociedade da qual pertence. Na ausncia do outro, o homem no se constri homem. Para Vigotsky, a formao se d numa relao dialtica entre o sujeito e a sociedade a seu redor ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa relao no passvel de muita generalizao; o que interessa a relao que cada pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experincia pessoalmente significativa. (Leitura realizada - Revista Nova Escola, (2009)

Segundo Comte: Conhecidos a estrutura e os processos de transformao da sociedade, seria possvel, reformar as instituies e aperfeio-las.

A escola, em sua organizao Poltico Pedaggica, ir levar em considerao as vivncias dos alunos, seus conhecimentos prvios aos contedos e a valorao de sua cultura, procurando supr-lo com os conhecimentos bsicos e diversificados, desenvolvendo-os de forma contextualizada, para que favoream sua interao na sociedade da qual pertencem, interagindo assim para sua emancipao pessoal e social.

MARCO OPERACIONAL

A escola vem assumindo funes cada vez mais complexas, que exigem a participao de toda a comunidade escolar na condio de autores e atores de um Projeto Poltico Pedaggico centrado na qualidade das respostas educativas para todos os alunos.

Nessa inteno, em uma realidade de turbulncia, onde a nica certeza a incerteza e onde a mudana a base para garantir uma evoluo contnua e permanente, s existe uma forma de sobreviver, tornar-se flexvel e aprender a mudar.

Assim, faz-se necessrio pensar em aes educacionais que garantam e assegurem o acesso igualitrio de qualquer criana, adolescente ou jovem s instituies pblicas de ensino, para que nelas se apropriem dos bens culturais, historicamente acumulados, construindo conhecimentos, com competncia crtica e reflexiva.

Para tanto, algumas aes dentro da sociedade e dentro da escola esto sendo buscadas. Na sociedade, essa busca mais utpica, por no depender unicamente das pessoas do Colgio Estadual Reynaldo Massi, mas iremos apontar e nos aliar aos grupos que demonstram justia e tica em sociedade, comprometidos com as atividades escolares, comprometidos com a educao, pessoas que nos apontem os problemas, mas tambm saibam indicar solues, pessoas que no se deixam influenciar pela mdia como regra de conduta, que sejam colaboradoras com as causas educacionais. Pretendemos atingir esse objetivo por meio de palestras com profissionais da comunidade, com grupos que desenvolvem projetos educacionais como: grupos religiosos, grupos de outras escolas e instituies; atravs tambm de programas televisivos, filmes, etc. Oportunizar o dilogo com as famlias dos educandos, respeitando opinies e sendo flexvel uma das metas para o incio de boas relaes da famlia / sociedade com a escola. Pois a verdadeira transformao da sociedade se dar a longo prazo, plantaremos hoje para colher depois.

As aes dentro da nossa escola, j no so to utpicas, mas algumas delas necessitam de persistncia, para que no se percam. Precisamos incorporar na prtica do dia-a-dia escolar a convico do ensinar com respeito ao processo de aprendizagem, sem rotulaes.

Os trabalhos escolares respeitam e tambm incorporam culturas, enfatizam a criatividade e a autonomia do aluno quando ele expressa constantemente suas idias, interagindo com os colegas e professores. Considerar o aluno como o centro do processo educacional, ou seja, conhecer a sua realidade, valorizar suas experincias e direcionar todos os planos para a garantia de um ensino de qualidade uma das metas que buscamos, adotando a humildade e a tica em todas as nossas aes com os alunos, com os colegas e demais funcionrios. Compartilhando problemas e tomando decises coletivamente, adotando mecanismos interessantes e inovadores para incentivar os alunos para os estudos, Destacando as boas atitudes dos educandos, premiar, fazer algo interessante tambm em prol dos bons alunos, estimulando-os, elogiando-os. Trabalhando mais o humanismo e a afetividade nas relaes dentro da escola, refletindo mais sobre o que queremos e o que fazemos para atingir nossos objetivos.

Praticar o bom senso, trocando idias, pesando bem as atitudes a tomar, para que no haja injustia e predomnio de preconceitos, invejas, egosmo, individualismo e comodismo entre os professores, entre professores e alunos, entre professores e funcionrios, entre funcionrios e alunos, entre funcionrios e funcionrios. Sentimos que nas relaes do dia-a-dia escolar que conquistamos todos ou quase todos esses objetivos, construindo uma escola que atenda aos anseios dos alunos e seus familiares, uma escola que estimule o aluno a ser mais crtico, participativo e ativo na sociedade.

Meta do Professor

A meta principal do professor conduzir os jovens para que estes, ao sarem da escola, estejam preparados e saibam vencer os desafios que encontraro em seu meio social. Para que isso se torne factvel, o professor precisa ser valorizado profissionalmente, tendo condies de estar sempre em busca do seu aperfeioamento, para que possa garantir aos seus alunos, aprendizagens significativas e eficazes, condizentes com as novas mudanas. O professor, quando tem espao para estudar, para aprender mais, vivenciando novas didticas, novos e inovadores mtodos, consequentemente obter maiores e mais subsdios em planejar e em ministrar suas aulas. nesse sentido, que a valorizao do professor precisa ser vista, a qualidade da educao s se dar atravs de um professor estimulado e bem remunerado.

Dessa forma, os professores do Colgio Estadual Reynaldo Massi EFMP, estando conscientes do quanto preciso adquirir novas informaes e aprender a manej-las em sala de aula, participam de encontros ofertados pela Universidade do Professor, em Faxinal do Cu, Programao da TV Escola, TV Paulo Freire e em grupos de estudos organizados pela Coordenao de Formao Continuada (CFC), no deixando de serem atuantes perante as informaes veiculadas atravs de revistas, jornais, documentrios, Internet, etc. Muitos professores buscam realizar cursos pela EaD (Coordenao de Educao Distncia) e outros tambm esto participando do PDE e em grupos de GTR.

De acordo com as atividades que sero trabalhadas em sala de aula, os professores devero organizar-se e aproveitar da melhor forma possvel o tempo para que suas aulas tenham um melhor aproveitamento, levando professor e aluno a atingirem com xito seus objetivos, o aluno a aprender e o professor a ensinar.

A incluso educacional um projeto gradativo, dinmico e em transformao , que exige do Poder Pblico, e em sua fase de transio, o absoluto respeito s diferenas individuais dos alunos e a responsabilidade quanto oferta e manuteno dos servios mais apropriados ao seu atendimento.

(...) Promover o desenvolvimento das potencialidades dos alunos implica a avaliao permanente da efetividade dos servios educacionais prestados, permitindo sua modalidade entre as diferentes opes de apoios e servios especializados ofertados.

partindo desse princpio que entendemos que embora a escola regular seja o local preferencial para promoo da aprendizagem e incluso de crianas com necessidades educacionais especiais ( e para isso estamos trabalhando), h uma parcela de alunos que, em funo de seus graves comprometimentos ou necessidade de comunicao diferenciada, requerem ateno individualizada e adaptaes curriculares significativas, os quais necessitam que seu atendimento seja realizado em classes ou escolas especiais. ( CARVALHO, 2001).

Capacitao dos Professores

A capacitao dos professores e funcionrios para trabalharem com alunos da incluso (deficientes auditivos, cadeirantes, necessidades cognitivas especiais, etc.) ainda no foi efetivada. Fazemos reunies peridicas para buscar solues coletivas, procurando sanar dificuldades que surgem no dia-a-dia da sala de aula.

Currculo da Escola

O currculo da escola, apesar de estar organizado em sries e disciplinas especficas flexvel no instante em que trabalha em sala de aula eixos comuns, centralizando e contextualizando os contedos aos interesses dos alunos. A Proposta Pedaggica Curricular, elaborada pelo coletivo escolar, a base para a organizao das disciplinas e suas especificidades, contemplando contedos contextualizados ao desenvolvimento e aprendizagem pelos alunos.

A organizao das relaes entre os contedos selecionados, alunos, professores e escola ser de maneira a potencializar as capacidades dos educandos, selecionando os contedos de modo a auxili-los a desenvolver suas capacidades de ordem cognitiva, afetiva, fsica, tica, e suas relaes interpessoais e de insero social (ao longo do ensino fundamental e mdio).

Proposta Curricular

A proposta curricular sistematizada traduz a nossa realidade e justifica-se nos pressupostos tericos das Diretrizes para a Educao Bsica Estadual. Tal proposta organizada pelos profissionais e professores, que a partir de seu compromisso com a educao, devem rever e avaliar sua ao pedaggica, elevando sua competncia profissional, a fim de garantir ao aluno o acesso ao conhecimento, garantindo-lhe uma formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania.

As salas sero organizadas de acordo com as necessidades de cada disciplina no desenvolvimento de suas habilidades.

As Instncias Colegiadas que temos: APMF, Conselho Escolar e Conselho de Classe, e as Instncias Escolares, Direo, Equipe Pedaggica, Secretaria (Agentes Educacionais II), Servios Gerais (Agente Educacional), Biblioteca, Laboratrio de Qumica, Fsica e Biologia, Laboratrio de Informtica, exercem papel importante nesse contexto, desenvolvendo aes e tomando posturas que assegurem as intenes prticas do projeto da escola.

As contradies e conflitos fazem parte de qualquer trabalho, eles s no podem tornar-se comuns, imbatveis. A educao est em patamar acima de qualquer suspeita desagradvel e degradvel. A educao, instrumento transformador da sociedade, necessita de seriedade e compromisso, para que possa cumprir seu papel com eficcia na vida do homem.

Contribuindo para esse propsito, a escola desenvolve programas incorporados em suas aes pedaggicas, tais como:

Sala de Apoio Aprendizagem; Sala de Recursos, CELEM (Centro de Lnguas Estrangeiras Modernas) CAES (Centro de Atendimento Especializado de Surdez) e Programa Viva Escola.

Sala de Apoio Aprendizagem

A Resoluo n 371/2008, regulamenta a criao das Salas de Apoio Aprendizagem. A ao pedaggica esta voltada para o enfrentamento dos problemas relacionados aprendizagem de Lngua Portuguesa e Matemtica dos alunos matriculados na 5 srie do Ensino Fundamental, no que se refere aos contedos de oralidade, leitura, escrita, bem como s formas espaciais e quantidades nas suas operaes bsicas elementares.

As atividades procuram trabalhar as dificuldades bsicas dos alunos, para que possam seguir com o contedo da sala regular. O nmero mximo de 15 alunos por disciplina, para que o trabalho pedaggico possa atingir o objetivo com o mximo de eficcia possvel.

As turmas funcionam em horrio contrario a das salas regulares.

Sala de Recursos

A Sala de Recurso (Resoluo 443/2006) est para atender especialmente os alunos de incluso. Alunos esses que estudaram na APAE ou necessitaram de atendimento especializado de profissionais como psiclogos, psiquiatras, psicopedagogos durante os anos iniciais da escolaridade.

O trabalho pedaggico dessa sala desenvolvido por uma professora de Educao Especial em horrio contrrio aula regular dos alunos. As atividades so todas direcionadas s dificuldade de cada aluno, buscando a superao das mesmas.

CELEM (Centro de Lnguas Estrangeiras Modernas)

(Resoluo 3904/2008 e Instruo Normativa n 019/2008 SUED/SEED)

No ano de 2009, foi aberta turmas para o Centro de Lnguas Estrangeiras Modernas em Espanhol. Este programa veio enriquecer a cultura e o conhecimento dos educandos.

Atende as turmas finais do Ensino Fundamental e s turmas do Ensino Mdio.

As aulas de espanhol so ministradas em horrio contrrio ao das aulas regulares, como ensino extracurricular.

O objetivo singular desse programa levar o aluno a interpretar a realidade com outros olhos, observando novas prticas culturais, ultrapassando os aspectos lingusticos. Assim, os alunos tm a oportunidade de instrumentalizar-se, ampliando sua bagagem acadmica e profissional, acumulando saberes.

CAES Centro de Atendimento Especializado de Surdez

Possumos 2 alunas que so atendidas em horrios especficos por uma professora de Educao Especial com formao em Libras.

As atividades dessas aulas correspondem ao estudo dos sinais, para que a comunicao do dia-a-dia escolar viabilize o entendimento dos contedos disciplinares, contribuindo para o aprimoramento e seqncia nos estudos, levando o aluno a participar da vida social com participao efetiva.

Programa Viva Escola

Para todos os alunos de 5 a 8 sries do Ensino Fundamental ofertado o Programa Viva Escola, organizado pela Resoluo n 3683/2008 e Instruo n 017/2008. Programa este que tem como objetivo, possibilitar o desenvolvimento de atividades como complementao curricular, onde favorece maior chance de ampliar a cultura e o conhecimento dos alunos, j que nossa regio pobre em teatros, shows, museus, exposies, cinemas.

Considerando ainda a formao dos alunos enquanto sujeitos crticos em relao aos saberes, sabendo que o espao escolar lugar de produo do conhecimento e no s da transmisso do mesmo.

A disciplina contemplada para o desenvolvimento desse programa foi Arte, e o ncleo de conhecimento o Expressivo-Corporal, com atividade de Teatro. As atividades so concebidas a partir de recortes da disciplina de arte, buscando desenvolver encaminhamentos metodolgicos investigativos, fundamentados na DCEs, apontando para a interdisciplinaridades.

Os contedos trabalhados no programa Viva Escola deve ser relevante para a comunidade escolar, observando os aspectos sociais, econmicos e culturais, buscando aprofundar o conhecimento a ser construdo, contribuindo significativamente no processo ensino aprendizagem.

Os alunos que participam desse programa devem ser aqueles alunos que no possuem atividades fora da escola, alunos de baixa renda, alunos com a auto estima abalada. Alunos estes, que podero melhorar seu rendimento escolar e pessoal participando e interagindo com maior valor social mediante as atividades desenvolvidas poe este programa.

Livro Didtico

O livro didtico utilizado para cada disciplina, escolhido pelos professores, juntamente com a equipe pedaggica. Representa material de apoio ao desenvolvimento dos contedos definidos pela Proposta Pedaggica Curricular elaborada pelo coletivo dos professores. Os acrscimos ao livro didtico devem ser feitos pelos professores, mediante seqncia e complementao necessria aos estudos desenvolvidos com os alunos.

Sabemos que o livro didtico no substitui a relao face a face do aluno com o professor, pelo contrrio, ele deve ser o elemento que aproxima na medida em que instiga o aluno a saber mais, num suporte da relao professor e aluno. Nesta funo cabe ao professor indicar ao aluno quando e como recorrer ao livro didtico.

A quantidade do que se ensina e do que se aprende na sala de aula, no deve depender da qualidade do livro didtico, mas ele sem dvida, um instrumento que pode exercer uma enorme influncia no processo ensino-aprendizagem, desencadeando as mais diversas atividades, como projetos de pesquisa, produo de trabalhos, levando o ensino a buscar novas tecnologias como, CD ROM, vdeo, computador, internet e outros.

Dessa maneira escola, professores, recursos didticos e novas tecnologias, so elementos mediadores entre o estudante e o objeto de estudo. Com essa mediao, o aluno pode aprender as mais avanadas formas de se relacionar com a realidade, transformando-a.

Fica

No Encontro pela Justia na Educao, realizado em junho de 2001, no Centro de Capacitao de Faxinal do Cu, em Pinho/pr, promovido pela Associao Brasileira de Magistrados e Promotores de Justia ABMP, com apoio da Associao dos Magistrados e Promotores de Justia da Infncia, Juventude e Famlia do Estado do Paran AMPJIJFEP, Ministrio da Educao MEC, e Secretaria do Estado da Educao, concluiu-se pela necessidade da criao de mecanismos de verificao e acompanhamento de freqncia escolar no ensino bsico que envolvesse a participao harmnica de todas as instituies co-responsveis pelo combate evaso escolar.

() O primeiro passo neste sentido foi a criao da Ficha Fica de Comunicao do Aluno Ausente (Fica), um instrumento do programa Abrace (Aes em Benefcio do Regresso do Aluno Escola), que visa o controle e a sistematizao de aes de combate evaso escolar em todo o Estado do Paran.

() O principal agente deste processo o professor, na medida em que diagnostica a ausncia do aluno na sala de aula e preenche e (Ficha de Comunicao dos Alunos Ausente). Com isso o professor aciona a Equipe Pedaggica e a Direo do estabelecimento, que juntamente com o Conselho Escolar e em parcerias com as entidades organizadas da comunidade escolar, dever entrar em contato com a famlia, orientando e adotando procedimentos que possibilitem o retorno do aluno, bem como criando condies para sua permanncia na escola.

Se as providncias adotadas no mbito escolar forem insuficientes para a reinsero do aluno, cabe a Equipe Pedaggica e a Direo do estabelecimento, a responsabilidade de enviar a 1 e a 3 vias da Ficha Fica ao Conselho Tutelar e, na sua falta, autoridade judiciria, relatando os procedimentos adotados.

() No logrando o resultado almejado, o Conselho Tutelar encaminhar a 1 via da Fica promotoria de Justia da Famlia e da Juventude, comunicando a escola o encaminhamento. (Manual da Ficha Fica Abrace Esta ideia, 2002)

Equipe Multidisciplinar

A incluso da temtica de Histria e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indgena no currculo oficial da Rede de Ensino, por meio das Leis n 10.639/03 e n 11.645/08, e a incluso do dia 20 de novembro como dia Nacional da Conscincia Negra so demandas histricas do movimento social negro que visam re-educar as relaes etnicorraciais, reverter os ndices de escolaridade da populao negra e, efetivamente, democratizar o conhecimento produzido pela humanidade, incluindo, aqui, os conhecimentos relativos s matrizes africanas, afrobrasileiras e indgenas. (Ofcio Circular SUED n 08/2009)

No dia 21de outubro de 2010, instituiu-se os membros da Equipe Multidisciplinar do Colgio Estadual Reynaldo Massi E.F.M.P., composta pelos seguintes professores e funcionrios: pedagoga Maria Ilda dos Santos, a agente educacional II Lourdes Celestino dos Santos, representante das Instncias Colegiadas ( Conselho Escolar) a aluna Lvia Maria ntico Ferreira, professoras Leni Machado e Elisabete Aparecida de Oliveira, Carmeci dos Santos Oliveira e Iara Cristiane Alencar de Jesus.

A Equipe Multidisciplinar neste estabelecimento, ter a incumbncia de organizar, apoiar e dar subsdios necessrios para que seus professores efetivem em suas aes pedaggicas o ensino de Histria e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indgena, assim como articular estratgias e aes de visibilidade a toda a sociedade da qual a escola pertence.

Sala Multifuncional

As salas de recursos multifuncionais destinam-se a oferta do atendimento educacional especializado AEE complementar escolarizao(...) e apoiar os sistemas de ensino na organizao e oferta de recursos de acessibilidade aos alunos pblicosalvo da educao especial, alunos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotao, matriculados nas escolas da rede pblica, () e a implantao realizada em colaborao com os Estados, os Municpios e o Distrito Federal. Para atender essa finalidade o MEC/SEESP disponibiliza, em 2010, conjuntos de mobilirios, equipamentos de informtica, materiais didticos e pedaggicos s escolas contempladas com as salas de recursos.

Hora-atividade

LEI COMPLEMENTAR N 103

Publicado no Dirio Oficial N 6687 de 15/03/2004

Art. 31. garantida a hora-atividade para o Professor em exerccio de docncia, correspondente a 20% (vinte por cento) da carga horria do seu regime de trabalho.

Pargrafo nico A hora-atividade dever ser cumprida na escola, podendo ser cumprida fora da escola, excepcionalmente, em atividades autorizadas pela Secretaria de Estado da Educao, desenvolvidas no interesse da educao pblica.

A hora-atividade favorecer sempre que possvel, o trabalho coletivo dos professores que atuam nas mesmas reas de conhecimento. Essa organizao do trabalho docente na escola dever privilegiar o maior nmero possvel de pares, para que possam estudar as propostas curriculares, contedos e estratgias de aula, realizando tambm correes de tarefas, reunies pedaggicas com a Direo ou Equipe Pedaggica, atendendo alunos e pais de alunos, enfim, trocando experincias com os colegas e refletindo sobre a prtica do processo ensino-aprendizagem.

O planejamento, execuo, acompanhamento e avaliao das aes a serem executadas na hora-atividade dos professores so de responsabilidade do conjunto de professores que vo desempenhar as aes, sob a orientao, superviso e acompanhamento da Equipe Pedaggica ou da Direo da escola e, por isso, devem vir acompanhados de um processo de reflexo sobre as necessidades e possibilidades de trabalho docente na escola.

PLANO DE TRABALHO DAS INSTNCIAS ESCOLARES

1 Da Direo

A gesto participativa e democrtica se constitui em uma condio imprescindvel para promoo da excelncia da educao, uma vez que a mesma est centrada no trabalho de pessoas que devem organizar-se coletivamente, em torno de objetivos comuns.

Eis porque nos propomos a realizar uma gesto marcada pelo compromisso coletivo com a promoo de resultados que elevem a competncia da populao e conseqentemente o alcance da cidadania.

Essa gesto orienta-se pela valorizao da escola e de seu professor, de modo que assumam, no seu contexto, um trabalho dinmico e eficaz, que possibilite cada vez mais a permanncia do aluno com xito no sistema, marcado, por um sentido amplo de trabalho colegiado, envolvendo a comunidade externa escola.

Apoiar a escola para que realize a sua verdadeira misso educacional e se transforme em uma fora viva de desenvolvimento cultural, na sua comunidade, a tarefa a que nos propomos.

Este o momento, portanto, de fazermos acontecer tudo aquilo que desejamos e acreditamos. Nosso plano de ao apenas um instrumento a ser perseguido, um recurso constante e permanente que acompanhar nossos esforos, nossos desempenhos, nossos resultados, permitindo a possibilidade de avaliar o quanto j conseguimos fazer acontecer e o que poderemos realizar de melhor no futuro.

O que importa sabermos quais metas desejamos atingir, para contribuir na construo de uma sociedade mais fraterna, sem preconceitos e sempre pluralista, comprometida com a justia e a produo do conhecimento, cumulativo e compartilhado entre todos.

2 Da Equipe Pedaggica

A escola sem dvida, uma das instncias mais importantes da sociedade, onde sua funo bsica ensinar. A educao tem uma funo muito mais ampla, o que significa que no podemos limit-la a simples aquisio de contedos, uma vez que o contedo, por si s, no desenvolve as habilidades mentais necessrias formao de um raciocnio flexvel e criativo, to necessrio ao homem do nosso tempo.

Para atender a essas funes, h que se ter objetivos bem definidos, contar especialmente com a participao e o comprometimento de todos.

fundamental que todos trabalhem juntos e que os objetivos a serem definidos coletivamente, sejam compreendidos por todos. Dentro desta perspectiva a equipe pedaggica ter como meta:

-Acompanhar o rendimento escolar do aluno; atendendo aos casos de indisciplina e dificuldades de aprendizagem mais urgentes;

-Fazer reunies bimestrais com os pais para entrega de notas. Nessas reunies sero abordados assuntos de conduta e hbitos familiares que ajudaro no desenvolvimento escolar do aluno;

-Organizar encontros particulares com os pais dos alunos que apresentarem dificuldades de comportamento e de aprendizagem;

-Reunir periodicamente os professores para analisar as prticas pedaggicas, revendo e analisando os casos dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e de condutas comportamentais;

-Observar os cadernos dos alunos e as avaliaes para que sejam bem trabalhadas e dosadas;

-Subsidiar a equipe de professores em suas dificuldades no desenvolvimento de seus respectivos contedos;

-Acompanhar os representantes de turmas, colaborando para que desenvolvam um trabalho dinmico e significativo em sala de aula;

-Encaminhar os casos que necessitam de assistncia social e sade;

-Encaminhar os casos extremos ao Conselho Escolar;

-Subsidiar a Direo com critrios para definio do Calendrio Escolar,

organizao das classes, do horrio semanal e distribuio de aulas;

-Elaborar com o corpo docente, propostas pedaggicas do estabelecimento de

ensino;

-Assessorar e avaliar a implantao dos programas de ensino e dos projetos pedaggicos desenvolvidos pelo estabelecimento;

-Orientar o funcionamento da Biblioteca escolar;

-Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos pais, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;

-Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informaes relativas aos servios de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;

-Promover e coordenar reunies sistemticas de estudo e trabalho para o aperfeioamento constante de todo o pessoal envolvido no processo educacional da escola;

-Elaborar com os professores propostas de recuperao para os alunos com dificuldades;

-Acompanhar e apoiar o trabalho realizado nas Salas de Apoio e Sala de Recursos;

-Subsidiar o professor capacitado a atuar junto aos alunos com dificuldades especiais, (surdez);

-Analisar planos de adaptaes de estudos nos casos que se fizerem necessrio;

-Proporcionar sempre que possvel, projetos de enriquecimento curricular envolvendo a escola e toda a comunidade;

-Coordenar o processo de seleo dos livros didticos;

-Analisar sistematicamente a implantao da Proposta Pedaggica;

-Participar sempre que possvel de cursos, reunies e grupos de estudos.

3 Da Biblioteca

A Biblioteca tem por finalidade a prestao de servio de leitura e informao clientela escolar e comunidade, promovendo o acesso ao acervo de que dispe de forma ampla e democrtica, contribuindo assim, para o desenvolvimento cultural e intelectual de nossa comunidade escolar.

Para cumprir suas finalidades, a Biblioteca aberta a todos os professores, especialistas da educao e funcionrios, apresentando-se como um espao vivo e dinmico de atividades informativas e culturais.

O atendimento Biblioteca Escolar feito por dois funcionrios designados pela equipe de Direo e orientada pela equipe pedaggica.

O Bibliotecrio cumprir as seguintes atribuies:

-Responsabilizar-se pelo bom funcionamento da Biblioteca;

-Observar, cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas em seu regulamento;

-Manter em ordem adequada os materiais sob sua responsabilidade;

-Encaminhar sugesto para a renovao e atualizao do acervo;

-Participar de forma crtica e responsvel do aperfeioamento contnuo dos servios;

-Buscar o aprimoramento constante de seu desempenho profissional e da sua produtividade, atualizando-se e reciclando-se;

-Colaborar para a harmonia do ambiente de trabalho; exigir silncio;

-Vestir-se adequadamente;

-Ser cordial e atencioso com os usurios e visitantes da Biblioteca;

-No executar trabalhos que fujam de suas funes especficas;

-Contribuir de forma ativa junto aos alunos, sanando suas dificuldades nas pesquisas.

4 Do Laboratrio de Qumica, Fsica e Biologia

Este espao foi construdo considerando-se a necessidade da articulao entre a teoria e a prtica no desenvolvimento do contedo curricular, bem como para agilizar os recursos humanos, a fim de que se assegure o funcionamento do Laboratrio no Ensino Fundamental de 5 a 8 sries e Ensino Mdio. As aulas prticas e materiais utilizados, sero preparados antecipadamente, a fim de que haja maior aproveitamento de tempo durante as aulas prticas com os alunos.

5 Do Laboratrio de Informtica

No intuito de cumprir os objetivos do laboratrio a escola vem integrar o aluno no mundo da informtica, utilizando o computador na construo do conhecimento como uma ferramenta a mais no processo pedaggico, promovendo a integrao escola-comunidade.

Objetivos dos laboratrios

Desenvolver atividades com professores e alunos, no sentido de incrementar esta tecnologia no ensino aprendizagem, utilizando o computador como elemento facilitador de prticas didticas e motivador da aprendizagem.

Familiarizar e instrumentalizar professores, alunos e comunidade com a informtica de modo geral, como uma alternativa a mais na tentativa de diminuir os ndices de evaso e repetncia.

Disponibilizar as aulas do Curso de Educao Profissional Tcnico em Informtica.

6 Da Secretaria Agentes Educacionais II

A secretaria o setor que tem a seu encargo todo o servio de escriturao escolar e correspondncia do estabelecimento.

Este setor, pela sua funo organizadora das leis, regulamentos, diretrizes, transferncias, matrculas, arquivo escolar, resolues e demais documentos, tem contato direto com todos os setores da escola, e portanto, participao significativa neste projeto, pois precisam interagir com o pedaggico, no desenvolvimento ensino aprendizagem, suas teorias e leis educacionais, entendendo e colaborando para a organizao dos documentos burocrticos que os professores e alunos necessitam.

7 Dos Servios Gerais Agentes Educacionais I

Os Agentes Educacionais I tm a seu encargo o servio de manuteno, preservao, segurana e merenda escolar do estabelecimento de ensino.

Alm de suas funes bsicas, dentro do que est sendo proposto neste projeto, ser feito um trabalho de conscientizao no sentido de embutir s funes normais, conceitos que vo interagir com a dinmica escolar, esse trabalho ter o respaldo dos cursos ofertados pelo Profuncionrio.

A formao continuada um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que somente ela possibilita a elevao funcional, baseada na titulao, na qualificao e na competncia dos profissionais, e fortalecendo a relao professor / escola. (MARTINS, 2001, P. 68).