12-Rinotraqueite Infecciosa Bovina

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RINOTRAQUEITE INFECCIOSA BOVINA (IBR) Prof. Letise Vilela Resende Profa. Msc. Ednea Freitas Portilho

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RINOTRAQUEITE INFECCIOSA BOVINA (IBR)

Prof. Letise Vilela Resende

Profa. Msc. Ednea Freitas Portilho

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• É uma doença infecto-contagiosa aguda, cujas principais lesões se expressam nos SR dos bovinos.

• Etiologia• DNA vírus • O agente é o Herpesvírus bovino tipo 1 (BHV-1).• Família: Herpesviridae• Sub-família: Alphaherpesvirinae• Gênero: Varicellovirus

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• Patogenia

• Animais infectados tornam-se portadores para o resto da vida.

- Estabelece infecção latente nos gânglios nervosos sensoriais que pode ser reativada:

- Estresse de transporte

- Parto

- Desmame

- Confinamento

- Tratamento com corticóides

- Com ou sem sinais clínicos

- Liberação de partículas virais

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• Em rebanhos infectados podem ocorrer surtos esporádicos.

- Perda de peso

- Aborto

- Infertilidade temporária

- Queda na produção de leite

• Portas de entrada:

• Mucosas do trato respiratório e genital.

• O vírus liga-se as células epiteliais e replica-se.

Transportado pelos Monócitos para outros órgãos.

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• Lesões disseminadas:

• Trato respiratório• Rinite• Traqueíte hemorrágica• Pneumonia lobular purulenta

• Trato genital• Petéquias e pústulas na mucosa• Encobertas por exsudato catarral

• Conjuntivite catarropurulenta

• Pele e mucosas (vesículas, pústulas e úlceras)

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• Ocorre a recuperação e cicatrização das lesões sem a formação de marcas.

• A infecção latente permanece.

• A contaminação ocorre principalmente pelo contato íntimo entre as mucosas.

• Epidemiologia

• O BVH-1 têm distribuição mundial e tem sido isolado no Brasil desde 1978.

• Já ocorreram surtos no RS e em SC (importados da Alemanha).

• No MS a doença ocorre associada a infecções bacterianas: altas taxas de mortalidade.

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• Em Junho de 1998 no MS:- Surto: 130 animais.- Idade: 1-2 anos.- Transportados a pé por 4 dias.- Dificuldade respiratória e Rinotraqueíte.- Taxa de mortalidade: 84.6% (associado a pasteurelose).

• Em 1995 no RS:- Central de Inseminação.- Touros com balanopostite e vacas com vulvovaginite.- A doença pode ser transmitida pela monta ou sêmen.

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• O aborto é uma possível sequela da infecção, inclusive as sub-clínicas.• Inclusive através do uso de vacinas vivas.

• A morbidade pode chegar a 100%.• A mortalidade é baixa.

- Bezerros 1-3%

• Sinais Clínicos• Forma Respiratória- Febre e Anorexia- Aumento da FR- Dispnéia e corrimento nasal (seroso e purulento)- Mucosa nasal hiperêmica e com úlceras (red-nose).- Podem-se estender a mucosa da boca: sialorréia.- Compreendendo o trato resp. superior e em algumas circunstâncias o

inferior.

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• Curso de 5 a 10 dias até a recuperação.• Se não houver infecção secundária a taxa de letalidade é baixa.

• Conjuntivite• Fotofobia e lacrimejamento seroso e profuso.• Bilateral• Caso haja infecções secundárias: ceratite e ulceração.

• Forma Genital• Lesões na mucosa da vulva (vulvovaginite) e prepúcio

(balanopostite).• Pústulas e pontos hemorrágicos.• A infecção no pênis pode levar a aderência peniana.• Lesões nos ovários podem levar a infertilidade temporária.

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• Abortos

• São mais frequentes no terço final da gestação.

• Frequentemente ocorre retenção de placenta.

• Forma Sistêmica Neonatal

• Animais infectados antes, durante ou após o parto.

• Fatal

• Lesões necróticas no TGI e Linfonodos

• Sinais nervosos

• Reprodutivas, metrites

• Outras: diarréias, mastites.

• Patologia

• Úlceras na mucosa de: narinas, faringe, laringe, traquéia e brônquios.

• Exame histológico: corpúsculos de inclusão intranucleares.

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• Diagnóstico• Só confirmada por diagnóstico laboratorial.• Cultivo viral celular

Cultivo viral em tecidos de células renais de ovinos

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• O vírus é detectado por Imunofluorescência ou virusneutralização.

• PCR

• O material coletado deve ser mantido em refrigeração.

• Suabes com exsudato de lesões devem ser remetidos dentro de tubos com solução salina e antibiótico.

• Podem ser coletados: placenta, feto,

pulmão, fígado, rim e abomaso.

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• Prognóstico: bom devido a baixa mortalidade.

• Terapêutica

• Tetraciclina para os animais que apresentam quadro respiratório grave.

• Hidratar os que desenvolvem diarréia.

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INFECÇÃO PELO HERPESVÍRUS BOVINO TIPO 5 (BHV-5)

• A infecção pelo BHV-5 é responsável por surtos de meningoencefalite, mais comuns em bezerros.

• Potencial neurotrópico específico onde atinge o SNC.

• Têm sido descrita no RS, MS, SP, PR e RJ.

• Podem ocorrer casos esporádicos ou surtos.

- Morbidade de 3-30%

- Mortalidade de 75-100%

• 14 surtos entre 1993-1996.

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TAB. 1: Distribuição da frequencia de amostras de soro bovino, positivas e negativas para anticorpos anti-HVB-1, identificadas pelo teste de ELISA, Brasil, 1998.

ESTADO POS (%) NEG (%) TOTAL

PR 54.3 45.7 4117

RS 44.4 55.6 369

MG 84.9 15.1 53

SP 74.9 25.1 370

RJ 70.8 29.2 24

RO 91.2 8.8 57

MS 75.8 24.2 1226

MT 75.7 24.3 707

SC 42.3 57.7 149

GO 73.8 26.2 914

TOTAL 62.5 37.5 7986

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• Sinais clínicos:- Anorexia- Corrimento nasal e ocular

- Sinais nervosos

- Depressão

- Nistagmo

- Opistótono

- Tremores

- Marcha para trás ou em círculos

- Andar cambaleante

- Convulsões

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- Quedas

- Dificuldade de apreensão e deglutição de alimentos.

- Cegueira e ranger de dentes

- Morte em 4-15 dias.

• Observa-se meningite e encefalite não purulenta.

• Necrose da substância cinzenta do córtex cerebral.

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• Controle e Profilaxia da IBR e BHV-5

• Bom manejo minimizando fatores ambientais estressantes que desencadeiam surtos:

- Desmame

- Transporte

- Mudanças na dieta

- Condições climáticas

• A vacinação pode ser uma alternativa para o controle.

- Não impede a infecção

- Reduz a incidência ou minimiza os sintomas

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• As vacinas inativadas com adjuvante oleoso têm sido mais eficientes.

• Recomenda-se que a decisão de vacinar seja muito bem estudada, baseada num diagnóstico correto e na avaliação custo/benefício.

• Seguir esquema recomendado pelo fabricante.

• Reforço é anual.

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OBRIGADO!