ABC n 304 Compact

24
PORTUGAL MAIS PERTO PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO Segunda-Feira, 11 de Abril 2016 Ano VI N.º304 www.pcnewsnetwork.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SENSO actual com 3 gerações! 21 Um novo avião com madrinha ...de cá e de lá SALDO DE PRIMAVERA 6 Dificuldades técnicas deixam-nos meio... “coxos” Acontece. Mas... não deveria acontecer. Já no encerramento des- ta edição... uma arre- liadora avaria no sis- tema de composição gráfica... deixou-nos meio “coxos”, chegan- do mesmo a encarar a hipótese de atrazar a edição de ABC. Lá conseguimos, no en- tanto, “atamancar” as coisas e avançar. Naturalmente que há uma ou outra lacuna que não é costume acontecer no Jornal. Especialmente em fotografias de algu- mas peças que fomos fazer sábado e domin- go. As nossas descul- pas. Para a outra vez... será melhor! 24 Presença de Draghi no Conselho de Estado foi “um sucesso” - O Presidente da República classificou a presença do presidente do Banco Central Europeu no Conselho de Estado como “um sucesso” e “muito enriquecedora”, defendendo o hábito “à ideia de que a Europa não é uma realidade longínqua”. Capitania do Funchal prolonga aviso de agitação marítima até às 18:00 de hoje - A Capitania do Porto do Funchal prolongou o aviso de agitação marítima forte para o arquipélago da Madeira até às 18:00 de hoje, segunda-feira. A Madeira tem assistido a uma agitação marítima muito forte. Sporting de Braga empata com Moreirense aos 90+5 - Sporting de Braga e Moreirense empataram ontem 1-1, em Braga, num jogo da 29.ª jornada da I Liga de futebol em que os visitantes ficaram em inferioridade numérica aos 78 minutos. Um jogo muito disputado. No Dia Internacional do Autismo Arte a falar...

description

ABC PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Nr 304

Transcript of ABC n 304 Compact

Page 1: ABC n 304 Compact

PORTUGALMAIS PERTO

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO

Segunda-Feira, 11 de Abril 2016 Ano VI N.º304 www.pcnewsnetwork.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

SENSO actualcom 3 gerações!

21Um novo aviãocom madrinha...de cá e de lá

SALDO DE PRIMAVERA

6

Dificuldades técnicasdeixam-nosmeio... “coxos”Acontece. Mas... não deveria acontecer. Já no encerramento des-ta edição... uma arre-liadora avaria no sis-tema de composição gráfica... deixou-nos meio “coxos”, chegan-do mesmo a encarar a hipótese de atrazar a edição de ABC. Lá conseguimos, no en-tanto, “atamancar”

as coisas e avançar. Naturalmente que há uma ou outra lacuna que não é costume acontecer no Jornal. Especialmente em fotografias de algu-mas peças que fomos fazer sábado e domin-go. As nossas descul-pas. Para a outra vez... será melhor!

24

Presença de Draghi no Conselho de Estado foi “um sucesso” - O Presidente da República classificou a presença do presidente do Banco Central Europeu no Conselho de Estado como “um sucesso” e “muito enriquecedora”, defendendo o hábito “à ideia de que a Europa não é uma realidade longínqua”.

Capitania do Funchal prolonga aviso de agitação marítima até às 18:00 de hoje - A Capitania do Porto do Funchal prolongou o aviso de agitação marítima forte para o arquipélago da Madeira até às 18:00 de hoje, segunda-feira. A Madeira tem assistido a uma agitação marítima muito forte.

Sporting de Braga empata com Moreirense aos 90+5 - Sporting de Braga e Moreirense empataram ontem 1-1, em Braga, num jogo da 29.ª jornada da I Liga de futebol em que os visitantes ficaram em inferioridade numérica aos 78 minutos. Um jogo muito disputado.

No DiaInternacionaldo AutismoArte a falar...

Page 2: ABC n 304 Compact

Ficha técnicaPropriedade: ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd

Director:Fernando Cruz Gomes

Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Presidente; Paulo Fernando, Vice-Presidente; Carlo Miguel, Tesoureiro;

e Lara Ingrid, Secretária.Redacção e Cronistas:

António Pedro Costa (Ponta Delgada), António dos Santos Vicente, Carlo Miguel, Conceição Baptista, Cristina Alves

(Lisboa), Custódio António Barros, Edgar Quinquino (Hamilton), Fernando Cruz Gomes, Fernando Jorge,

Filipe Ribeiro (ABC Turismo), Guida Micael, Helder Freire (Lisboa), Humberto Costa (Luanda), Lara Ingrid, Luis Esgáio,

Luky Pedro ,Maria João Rafael (Lisboa), Pedro Jorge Costa Baptista, Sérgio Alexandre, Sónia Catarina Micael.

Secretária de Redacção:Lara Ingrid

Chefe Gráfico:Sérgio Alexandre

Telefones:416 995-9904 * 647 962-6568 * 416 828 6568.

E-mail: [email protected] [email protected] [email protected] College St. PO Box 31064 TORONTO ON M6G 1C0

Pedro Jorge Costa B. de [email protected]

11 Abril 20162 . Nossa Gente

Não há incompatibilidade na contratação de Maria Luís

Duas Medidas

Um sistema, mas com diferentes medidas. Esta é a conclusão a que muitos já chegaram. Na semana que passou uma importante decisão foi anunciada, mas como sempre só mereceu atenção en-quanto foi notícia. Sendo depois esquecida e enterrada para só se falar mais tarde quando já for tarde ou não relevante. Contudo, no meio, fica a oportunidade perdida de se falar e discutir sendo que só se fala e discute e decide ao mais alto nível. Eu falo da disputa entre a companhia ÜBER e as companhias de táxi.O que se decidiu foi que são necessárias novas regras para as com-panhias de táxi para acomodar os serviços que a ÜBER fornece. Devo recordar que esta companhia não é uma companhia que trabalha em transportes. Antes, o que eles fazem é usando as no-vas tecnologias eles disponibilizam acesso e informação a serviços que lhes pagam uma percentagem dos clientes. Ou seja eles são uma espécie de lista telefônica mas mais complicada e só dispo-nível a membros.

O grande problema é que apesar de nesta proposta de novas re-gras as companhias de táxi em teoria sairem beneficiadas, a ver-dade é que na pratica, o benefício está e vai para a ÜBER. Pois todo o peso das regras e regulamentos e taxas continua a cair para os táxis, e a ÜBER só lucra por se envolver no mercado com o mínimo de prejuízo. Isto é terrível e errado e mostra que grandes interesses manipu-lam os nossos representantes. De fora ficam todos os anos que a indústria dos táxis tem e as centenas de milhões que colectiva-mente já pagaram em taxas à cidade e à província e isto incluído os taxistas. Eu esperava que isto acontecesse nos EUA; mas não esperava que acontece-se em Toronto e no Canadá.Isto é uma ameaça pois se isto acontece com uma indústria então o que impede de acontecer com outras indústrias. Mais preocu-pante é que companhias como a ÜBER existem porque tiraram proveito das novas tecnologias e das novas gerações. Ou seja as novas tecnologias que facilitam o contacto, e a partilha, e a dis-tribuição de informação, e as novas gerações que se esperava que fossem sensíveis e informadas são a base de clientes destas com-panhias e a força que as move pois eles são no fundo a base de clientes e de consumo. O que está aqui em causa é o precedente e o raciocínio com que se tratou isto. Isto não é nem brincadeira nem para ignorar.ATÉ PARA A SEMANA!

Maria Luís Albuquerque pode ser deputada e simultaneamente tra-balhar para a empresa multinacional Arrow Global. É o que consta no relatório distribuído aos deputados na quarta-feira e que foi dis-cutido pela subcomissão parlamentar de ética na sexta.No documento, a que o Expresso teve acesso, escreve-se preto no branco que “não existe incompatibilidade ou impedimento” da con-tratação da ex-ministra com ela a manter-se a ocupar o seu lugar de deputada.Seguindo “um critério estritamente legal”, como escreve o relator, nada impede assim que Maria Luís Albuquerque seja administra-dora não executiva da Arrow Global e deputada na Assembleia da República.A conclusão do deputado relator, Paulo Rios (PSD), surge também na sequência de o próprio Governo de António Costa ter informado que nem a Arrow nem qualquer das suas subsidiárias incorrem em qualquer dos requisitos necessários para que a incompatibilidade seja suscitada. Isto tanto a nível do lugar de deputada como relati-vamente à legislação que é aplicável a Maria Luís Albuquerque por ser uma ex-governante.

Uma política anti-emigrante

Ainda segundo o Expresso, também o Ministério das Finanças tinha já informado os deputados de que “não foram concedidos às em-presas referidas [Arrow] benefícios fiscais de natureza contratual”, “inexiste registo de contencioso patrocinado pela Secretaria-Geral do Ministério das Finanças em que as referidas empresas sejam au-toras ou rés” e “não foi encontrado registo de eventual relação jurí-dica ou contratual entre o Estado português e as referidas empresas, nem de operações financeiras, emissões de dívidas e outras em que as referidas empresas tenham participado”. Tudo legal, portanto.

Somos todos uns pândegos. Talvez mais do que isso... uns pategos. Apanhamos pancada. Às vezes – para não dizer sempre... – o povo anda derreado de tanto apanhar. Nos do-mínios que lhe são mais necessários... é onde os governantes atacam. Com mais aumentos e mais impostos. De tal forma que é cada vez mais difícil equilibrar um barco que já vai metendo água por tudo quanto é sítio. E mesmo assim... lá vamos cantando e rindo, dando ao Governo o benefício da dúvida. E enchendo as sondagens que todos à compita que-rem fazer... já com a cruzinha no Partido Socialista e... no sr. Costa, António de seu nome próprio.

Pândegos. Pategos. Damos ao leitor a possibilidade de es-colher um ou outro dos nomes. Porque nós, enquanto ci-dadãos e enquanto votantes, somos também pategos e pân-degos. E nem sequer fazemos a correcta avaliação a que os membros do Governo deveriam estar sujeitos. Eles e talvez mesmo também os da Oposição.

Tanto quanto agora se sabe, os funcionários públicos que tenham uma avaliação de desempenho negativa durante 2 anos consecutivos... vão ter um processo disciplinar que pode descambar, pura e simplesmente, na demissão. Aqui... gostávamos também que os inefáveis ministros deste inefá-vel Governo estivessem igualmente enquadrados na avalia-ção. Era capaz de ser interessante... e nem sabemos se algum se manteria no poleiro, quando os anos do fim chegassem...

Dizer isto, aqui e agora, mais não é do que chamar a terreiro casos e mais casos que se vão amontoando por sobre as se-cretarias dos Ministérios e, logicamente, por sobre a cabeça

do Zé Povinho, que já não tem um Rafael Bordalo Pinheiro para o defender. Há dias, num evento daqueles muitos que este Governo começou a levar a cabo em prol dos imigran-tes (com i), determinado governante quase chorou baba e ranho, acentuando estar muito preocupado com a situação dos muitos imigrantes (sempre com i).

Preocupados com os imigrantes que são estrangeiros? Se ele se não preocupa com os emigrantes que são portugueses!? Ou melhor, preocupa-se especialmente para saber se as re-messas deles estão a entrar. Isso, sim, está nos seus horizon-tes.

Mesmo em nota como esta que deveria ser mais relativa a outros temas, vale a pena acentuar que este Governo parece ter uma política anti-emigrante. Que vai desde o processo de encerramento de vários consulados à volta do Mundo (como o outro Governo já tinha feito...) até ao corte do Porte Pago que alguns Jornais (especialmente regionais) ti-nham. Para não falarmos já no referendo da despenalização do aborto a que só tiveram direito de votar os Portugueses de primeira, isto é, os que vivem no território Português. Agora é a história da emissão dos Bilhetes de Identidade que deixa de ser emitido pelos consulados, sendo a emissão feita apenas em território nacional. Como vai acontecer, tam-bém, com os passaportes.

De facto, chega a parecer que os mais de 4 milhões de Por-tugueses da diáspora são um fardo – e bem pesado – para a actual Administração.

* Jornalista (CP 3862)

Segundo relatório do Observatório Europeu da Droga e To-xicodependência e Serviço Europeu de Polícia, Portugal sur-ge no mapa das principais portas de entrada de droga na Eu-ropa, sendo citado na lista de países com maiores apreensões.

Portugal surge na lista de países que mais apreenderam resi-na de cannabis (2%), a par de Espanha (57%), Turquia (17%), França (13%) e Itália (7%), segundo dados de 2013.

O nosso País, a par de Espanha,e os portos holandeses e bel-gas são os «mais importantes pontos de entrada de cocaína. «Os países que mais apreenderam cocaína entre 2011 e 2014 foram Espanha e Bélgica, seguidos de França, Itália, Reino Unido e Portugal».

Outra referência a Portugal encontra-se no capítulo sobre tráfico de heroína, «coordenado sobretudo por organizações criminais turcas, paquistanesa e albanesas».

Portugal na lista dos países da UE com maiores apreensões de droga

Fernando Cruz Gomes*

Page 3: ABC n 304 Compact

EDITORIALChamar os bois pelo seu nome...

António Pedro CostaPonta Delgada

Palmas para Ponta DelgadaEste ano, Ponta Delgada, o mais importante aglomerado dos Aço-res, comemorou 470 anos de elevação a cidade. De facto, desde o dia 2 de abril de 1546 que esta cidade ganhou, ao longo dos anos, um crescimento que se destaca no contexto dos Açores e mesmo a nível nacional, reconhecendo-se hoje em dia como um centro de modernidade, onde ocorrem os mais variados acontecimentos cul-turais, sociais, desportivos e outros.

Inicialmente constituía-se em uma povoação de pescadores de-pressa conheceu grande desenvolvimento, nomeadamente após o terramoto que arrasou a capital da ilha, Vila Franca do Campo. Foi elevada a vila e no reinado de João III a cidade, sendo a segunda, depois de Angra, a ser criada no arquipélago e cedo se alcandorou a centro urbano mais relevante do arquipélago, sob o ponto de vista económico e demográfico.

A cidade de Ponta Delgada foi, ao longo dos séculos, berço de mui-tas personalidades relevantes no panorama açoriano e nacional, de-cisivas na história dos Açores e do País, como são o caso, por exem-plo de Antero de Quental, Teófilo Braga, Natália Correia e Roberto Ivens, todos nomes do máximo relevo para a evolução política e cultural do País.

A nível regional, Ponta Delgada é um centro de atração e de pro-dução de riqueza, onde desde sempre e sobretudo no Século XIX conheceu uma corrente inovadora na área financeira, na criação de fábricas agro-industriais de grande peso no setor primário e que ainda hoje se sentem as suas repercursões.

Foi esta cidade o núcleo reivindicativo das lutas autonómicas, cons-tituindo-se em centro difusor da identidade açoriana e mobiliza-dora da autodeterminação dos Açores, enquanto realidade política e democrática. A campanha autonomista, da qual se assume como principais paladinos, os irmãos Dinis e Aristides Moreira da Mota, Gil Mont’Alverne de Sequeira, Caetano de Andrade Albuquerque Bettencourt, José Maria Raposo de Amaral, etc, foi uma geração que inspirou o fundamento histórico, para depois da revolução de abril se concretizassem as aspirações que ergueram a Autonomia em que hoje vivemos.

Material Editorial . 311 Abril 201611 Abril 2016

Os noticiários já o disseram. O Ministro da Cultura do Go-verno de Portugal, João Soares, pediu a demissão do car-go. Depois de uns quantos “tiros no pé”, não parecia haver outra solução que não fosse a demissão, sobretudo porque após a última diatribe do “enfant terrible” – filho de um dos mais influentes políticos de um ontem ainda próximo – nada mais haveria a fazer. A demissão, pois claro, impunha-se.Depois da leitura (decerto apressada), de crónicas de um Jornal diário, João Soares disse, acto contínuo, que os co-

lunistas em causa – Vasco Pulido Valente e Augusto Seabra – mereciam umas “salutares bofetadas”. Mais do que isso, quando teve de se retratar, ainda disse que pedia desculpa “se os assustei”, como se fosse esse o problema.Já antes António Costa tinha vindo a lume pedir, ele próprio, desculpa em nome do (então ainda) seu ministro. Enaltecen-do por outras palavras a “força” que dá à liberdade de expres-são e ao direito de se ser livre... nessa mesma liberdade.Lá como cá, o Jornalista tem de medir o seu próprio comen-tário. Tem de saber dosear esse próprio comentário. Sob pena de, se o não fizer, estar sujeito a essas tais “bofetadas” que tanto podem ser físicas como de pressão. Lá como cá, o Jornalista tem pouca protecção nesse aspecto. O político (governante ou não) entende mal o direito dos outros, mes-

Ponta Delgada é o coração económico, industrial, comercial e de serviços da Região cuja dimensão, no contexto regional, não tem paralelo.

Ao contrário do que se propagandeava, esta velha urbe é um dos principais centros promotores da expressão cultural, muito para além da cidade património mundial, com os seus festivais e ativida-des ao longo de todo o ano, invejável mesmo no contexto nacional.

A pequena cidade acanhada de outrora tornou-se numa cidade cos-mopolita e centro de oferta e de atração turística, não sendo raro encontrar pelo emaranhado das suas artérias gentes provindas de muitas partidas do mundo, que aqui chegam para nos visitar.

O centro histórico de Ponta Delgada preserva a memória dos dife-rentes tempos da arte e da sua arquitetura singular, rasgando, tam-bém, nas suas novas avenidas, novos horizontes e novas artes de futuro, conservando com orgulho o seu passado perene.

As comemorações dos 470 anos da elevação de Ponta Delgada a Cidade assentaram em atos com simbolismo e como montra do que ela é no seu quotidiano, iniciativas que visaram dinamizar o centro histórico da cidade com animação musical, como é a iniciativa sin-gular “O Conservatório sai à rua” e animações de rua, que contaram com a participação dos Tunídeos, Tuna com Elas, TAUA, Associa-ção Tradições, Gigantes e os Bora-lá-Tocar.

No Coliseu Micaelense, a exposição de pintura “Madonas de Ouro Preto”, da autoria do arquitecto Carlos Mota, foi um alto momen-to cultural com o cunho pessoal do artista e que nos presenteou com uma magnífica mostra, considerada pela sua curadora como lanterna do contemporâneo que tenta redescobrir a atmosfera ou-ropretana.

Por outro lado, a distinção da Câmara de Ponta Delgada à Univer-sidade dos Açores e ao Centro Regional da RTP com a Medalha de Mérito Municipal, numa homenagem coincidente com a data que assinala quatro décadas daquelas instituições ao serviço dos Açores, dado que as mesmas são reconhecidas como decisivas relativamen-te à construção da unidade regional e a uma ideia de açorianidade entre as ilhas e para o exterior da Região, ao mesmo tempo que projectam o nome da cidade e do concelho.

Ponta Delgada é, sem dúvida, a principal cidade dos Açores, que nas últimas décadas se transformou radicalmente, percebendo-se que tem havido por parte da autarquia uma estratégia assente em grandes apostas, mormente na promoção da coesão social, econó-mica e territorial, bem como na regeneração urbana, dos seus aglo-merados, sobretudo no seu centro histórico.

Ponta Delgada é uma cidade verdadeiramente cosmopolita e ape-sar de se ter modernizado, exibe galhardamente as suas caraterísti-cas peculiares de burgo seiscentista, com as suas ruas estreitas que transpiram tradição e cultura, onde os cidadãos e agentes económi-cos, sociais e culturais se orgulham de trabalhar pelo seu desenvol-vimento sustentável. Por isso temos uma cidade das pessoas e para as pessoas.

Os “omniscientes” de meia tigela... Lemos e pasmamos. As palavras e os conceitos atropelam-se entre si. No jogo do faz-de-conta, há mais nucvens a ameaçar borrasca. E mesmo que se diga que a “livre Imprensa” permite e deve permitir isso mesmo, chega a parecerr que as mentes deixaram de pensar e preferem atirar ao papel do Jornal ou às ondas hertzianas aleivo-sias sem nome e tontarias que não re-sistiriam a uma averiguação metódica e com o mínimo de escrúpulos.Apareceu, agora, em tudo o que é Jor-nal, um conjunto de páginas de papel impresso a falar em novas ondas de corrupção que envolvem nomes so-nantes da Política e do Empresariado de bom tom. Com biliões de dólares a agacharem-se em chamados “pa-raísos fiscais” para fugirem ao fisco

haver), surgem os dichotes mais ou menos soezes que uns quantos escre-vem nos jornais por onde a notícia circula. E aí, sim, com foros de verda-de... e isenção.E aí, sim, com a velei-dader da verdade única e séria que os seus autores atiram cá para fora. Sem cuidarem de saber que a investigação ainda não foi feita. Que há ainda um longo caminho a percorrer para se sa-ber, ao certo, o que há por detrás de toda a denúncia.Tudo visto, chega a parecer haver gente que gosta de chafurdar na lama. Que nem sequer se debruçam nos “factos” ou “casos” apresentados. Que entende ser melhor chegar à conclu-são de que não há ninguém honesto neste mundo em que vivemos. E mui-to menos nos políticos que nós elege-mos e nos governam...

do seu próprio País. E de tal forma o fazem que chega a dar a entender que não há ninguém... que não tenha por hábito conspurcar o ar que todos nós respiramos. Que tudo aquilo... é mesmo o “pão nosso de cada dia”, so-bretudo nas áreas políticas.O exercício já existia. Desde o adven-to da chamada “democracia”. Mais recentemente... com a divulgação de outros casos simiares que foram sendo armazenados no reino do es-quecimento. E que nem foram muito longe... por, aos poucos, serem tapa-dos por outras revelações também bombásticas e espúrias mas mais re-centes.E quando se esperava o “suar às es-topinhas” dos homens da investiga-ção séria e honesta (que ainda deve

Em 9 de Abril de 2003 (fez agora anos)... as forças norte-ame-ricanas no Iraque tomavam Bagdad. A estátua de Saddam Hus-sein, em frente ao Hotel Palestina, era então derrubada. Para muitos, a grande definição é aquela que apresentava um George W. Bush animado e um Jalal Talabani agradecido. “Tirar Saddam Hussein do poder foi uma boa decisão. Este é um com-bate que a América pode e deve ganhar”, declarava Bush, em Washington. “A libertação do Iraque pelas forças da coligação representou o início de uma nova era de esperança e de direitos democráticos para o povo”, afirmava Talabani, em Bagdad.

Só que há números que não se podem esquecer. Cerca de duzen-tos mil iraquianos mortos e mais de quatro mil militares ame-ricanos devolvidos em caixões ao seu país. Treze anos depois da intervenção militar, o Iraque continua mergulhado no caos e na violência. Ninguém nega estas evidências, mesmo aqueles que em 2003 defenderam a guerra com o argumento de impe-dir Saddam de usar armas de destruição maciça que afinal não possuía. Em Washington, entretanto, há ainda quem continui a dizer que “foi uma boa decisão” invadir o país”. Barak Obama, que até já esteve em Bagdad, parece ter uma nova filosofia. Embora os seus conselheiros não esqueçam que uma retirada precipitada seria um convite à Al-Qaeda, ao mesmo tempo que abriria também portas à influência do Irão. Na altura que lá foi, recebido em apoteose por seis centenas de militares, o Presidente americano chegou a Bagdad numa semana em que a violência parecia ter feito um regresso em força após meses de calma relativa. Opositor desde o primeiro minuto à guerra iniciada pelo seu antecessor, em Março de 2003, Obama admitiu que os próximos meses podem ser “um período crítico”. Na invasão, cujo décimo terceiro aniversário está a ocorrer, as coisas não correram tão bem como alguns esperavam. E não haverá hoje ninguém que possa garantir datas. Mesmo a clarivi-dência de Obama tem de ter em conta muitos dados. O sucessor de Bush terá que ser muito criativo para sair do Iraque com dig-nidade. E o sucessor de Barak Obama também...

Iraque em destaque

mo quando os outros fazem alarde de um direito que lhes assiste, criticando o que há a criticar e chamando os bois pelo seu verdadeiro nome, como diz o nosso povo.O Jornalista! Lá como cá tem de actuar a pensar até nas bofetadas que se dão ou não dão, ou na Publicidade que se deixa de inserir. Sim, sim... que até nisso se escora, às vezes, o Político que o não sabe ser ou o empresáqrio que pensa ter “o rei na barriga” e ainda pensa que inserir publicidade é “dar uma esmola...”João Soares fez bem. António Costa, também. Entenderam – talvez tarde... – que a “liberdade de expressão” é um di-reito que assiste também aos Jornalistas. É uma conquista dos tempos modernos em que vivemos.Viva a liberdade de Imprensa... a liberdade de expressão!

Page 4: ABC n 304 Compact

11 Abril 20164 . Comunidades

“Excelente camaradagem” e salutar convívio quase “fora de portas”Pelo telefone diziam-nos que tinha sido como que uma prova de “excelente camaradagem” e salutar convívio quase “fora de portas”. Sim, sim. E, no entanto, tratou-se de do Torneio de Golfe anual da PCGA, que se realizou no Resort Legends, em Myrtle Beach, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos da America. Longe? Talvez não. Sim, porque parecendo “fora de portas”, com as presenças de tantos (nossos) golfistas e ami-gos... era como que um convívio “em casa”.

Este evento anual teve, desta feita, 24 participantes, dos quais 22 eram golfistas e todos eles membros da Canadain Portu-guese Golfers Association, realizando um total de seis jogos no prazo de uma semana, em cinco magnificos campos de golfe: the Heathland, Mooreland, e Parkland, todos dentro deste espetacular golfe resort e ainda o The Heritage Golf

Club em Pawley Island, S.C. e Oyster Bay golf course, na Carolina do Norte.

Frank Alvarez, que esteve presente, claro, disse-nos,

desde logo, pelo telefone, que era sobretudo de regis-tar a excelente camarada-gem, alegria e boa disposi-ção manifestada pelo grupo, durante este evento de 2016,

respeitando de uma forma exemplar as regras deste des-porto que, de cada vez, tem mais praticantes.

Uma vez mais os responsá-

veis da PCGA estão de pa-rabens pela magnifica orga-nização e sucesso alcançado, concluindo esta bela jornada com um excelente jantar de despedida na ultima noite.

Fotografia do grupo na ultima noite, depois de um saborosíssimo “Barbeque”.

Ao centro Joe Silva VP da CPGA e esposa Helena Silva.

Comemorações dos 42 anos da Revolução dos CravosA Associação Cultural 25 de Abril vai realizar o seu con-vívio anual comemorativo do quadragésimo-segundo aniversário da Revolução dos Cravos, no próximo dia 23 de Abril, Sábado, pelas 19:00 horas.

O convívio vai decorrer nas instalações do “Terra e Mar Restaurant & Catering” sito no 122 Turnberry Ave, em Toronto. As informações que nos chegam dizem-nos que, como convidados de honra, e vindos de Portugal, estarão pre-sentes dois oficiais do Exército participantes na cons-piração e envolvimento que levou à queda do regime Salazarista então vigente, os Coronéis Rui Guimarães e Sebastião Goulão, então jovens militares e ex-combaten-tes da Guerra Colonial em África. No sector de entretenimento participarão artistas bem nossos conhecidos, como o talentoso artista local Tony Silveira e o grupo estudantil Luso Can Tuna, além de ou-tros

Page 5: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 Canada em foco . 511 Abril 2016

A família Ford diz pretender reembolsar a City Hall de cer-ca de 19.000 d]olares gastos na visita do ex-mayor Rob Ford - como originalmente foi relatado por Yahoo Canada News - apesar de não haver tal pedido vindo de autoridades mu-nicipais.

A familia Ford divulgou um comunicado, segunda-feira, afirmando que sempre planeou pagar os custos. “Nós sempre tivemos a intenção de reembolsar a cidade da totalidade dos custos relacionados com o funeral e memorial de Rob”, diz a declaração.

“Nós inicialmente dissemos que este montante seria mínimo, menos de $ 1.000, o que é muito abaixo do que apareceu ago-ra em contagem final.

“Nós ainda temos plenamente a intenção de reembolsar a City, e agora estamos simplesmente à espera de ser dada uma contagem rigorosa de todos os custos incorridos.”

Num outro comunicado divulgado no Twitter, Doug Ford disse que havia algum má interpretação da primeira decla-ração. “Queremos ser perfeitamente claros. Estamos incon-dicionalmente, sem reservas e para sempre grato ao prefeito John Tory por sua liderança e assistência em homenagem a Rob; as dezenas de funcionários da cidade que vieram para trabalhar longas horas, os voluntários que doaram seu tempo e as pessoas de Toronto, os quais vieram para prestar as suas homenagens. “

Jackie DeSouza, diretor de comunicações estratégicas da cidade, disse em um e-mail na segunda-feira que a cidade nunca pediu aos Fords para cobrir os custos, estando mesmo planeado para absorver os custos nos orçamentos existentes. Por causa das declarações dos Fords, DeSouza disse que “pa-rece” a família vai cobrir esses custos.

Os trabalhos dos cerimoniais vão custar $ 18.676 com a maior parte dos custos a ir para a segurança.

Premier Brad Wall ganha terceiro mandato em Saskatchewan

Família Ford diz que vai pagar os custos da visita a Rob Ford

Brampton faz campanhapor mais doação de orgãos

Em Brampton, Abril vai ser também um mês de Doadores, com ideias de sensibilização para a doação de órgãos. O Brampton Fire and Emergency Services tem como alvo Bramp-ton para mais uma campanha de Doadores. Mississauga está a fazer o mesmo em sua cidade, e os dois departamentos de in-cêndio estão engajados em uma competição amigável para obter a maioria dos residentes a regis-tar a sua escolha de doar órgãos e salvar vidas.No Ontario, há hoje mais de 1.600 homens, mulheres e crianças à espera de um trans-plante de órgão para salvar vi-das. Dos que estão à espera, 100 vivem em Brampton. Apenas 16 por cento dos residentes de Brampton está registado para ser um doador de órgãos no momento da morte, em com-paração com a média provincial de 29 por cento.“Nós estamos pedindo que as pessoas entrem em parceria com os bombeiros de Bramp-ton, no registo para a doação de órgãos”, diz o chefe do Bramp-ton Fire, Michael Clark. “Que-remos que todos os residentes de Brampton visitem a página

Be A Donor, por forma a re-gistar-se para doar. Leva ape-nas um par de minutos, e você poderia acabar salvando uma vida. “

Siga o link de www.beadonor.ca/bramptonfire.Converse com sua família ou entes queridos sobre sua es-colha para doar órgãos após a sua morte. Quando uma famí-lia tem a prova de que os seus entes queridos dão o seu con-sentimento, eles quase sempre reafirmam a sua decisão de dar o dom da vida. A competição amigável entre Brampton e Mississauga será decidida pela resposta a qual departamento conduz a mais tráfego para a inscrição. O in-teressado pode acompanhar o concurso no Twitter (#beado-norbramptonfire) ou no Face-book em www.facebook.com/Bramptonfire.Cadastre-se agora na www.bea-donor.ca/bramptonfire.Você sabia? Em 2015, 1.086 transplantes de órgãos foram realizados no Ontario. Um doa-dor pode salvar até oito vidas e aumentar mais 75 através do dom de tecido.

Foi uma vitória relativamente fácil para Brad Wall, afirmando-se como um apaixonado pela província e interessado em sensibilizar Otava para apoiar a construção de oleodutos e olhar para os traba-lhadores do setor de energia que estão fora de trabalho.Wall e o seu Partido conseguiu 51 assentos parlamentares numa assembleia que tem 61 lugares. O Líder da Oposição, o NDP Cam Broten perdeu mesmo o seu lugar numa corrida apertada.O primeiro-ministro e seu governo terá que começar, imediatamen-te, a trabalhar reunindo um novo orçamento e que poderia ser um desafio, porque Saskatchewan está em défice.

Para Wall, o orçamento deve estar pronto até o final de maio ou início de junho. Foi entretanto dizendo que Otava errou na forma como lidou com os trabalhadores do sector do petróleo. “Acho que o governo federal tem feito um erro, talvez seja um erro honesto, e eu vou dar-lhes o benefício da dúvida, em termos da extensão do seguro de emprego a cinco semanas, o que aparentemente era para ajudar o sector da energia, mas eles perderam dois terços do sector da energia “, Wall disse a repórteres após a vitória eleitoral.Acentuou ainda que iria tentar empurrar Otava para defender o ga-soduto Energy East.“Sabemos que eles estão reticentes em fazer isso, mas eu acho que é muito importante que esse gasoduto obtenha aprovação nos inte-resses econômicos do país, no interesse do nosso setor de energia e realmente no interesse do Canadá.”

O analista político Charles Smith disse que a vitória de Wall é bem-vindo e é como que um alívio para os conservadores do Canadá, que viram o seu poder desaparecer em Otava às mãos dos liberais de Justin Trudeau e em Alberta para NDP de Rachel Notley.

Aumenta a força laboral do Ontariorecentemente anunciado pela província está a ajudar a crescer a economia e a criar empregos através da promoção de uma eco-nomia baseada na inovação, ajudando as pequenas empresas e a modernizar os regulamentos para as empresas. “O Ontario está a apoiar um ambiente positivo onde os emprega-dores podem criar bons empregos e para a economia pode crescer. números de trabalho de Março de mostrar a nossa economia con-tinua a ganhar impulso. Vamos continuar a avançar com os nossos esforços para tornar a nossa economia mais competitiva a nível mundial, o seu cultivo e criação de postos de trabalho no processo “, disse Brad Duguid, Ministro do Desenvolvimento Económico, Emprego e Infra-estrutura.A taxa de desemprego no Ontario caiu de uma alta de recessão de 9,6 por cento em junho de 2009 para 6,8 por cento em março de 2016.

Mais de 600.000 empregos foram criados desde a baixa de recessão em junho de 2009. Os projectos no Ontario devem criar mais de 300.000 postos de trabalho até ao final de 2019, o que elevaria o total para mais de 900.000 novos postos de trabalho líquidos ao longo de um período de 10 anos.Em março, O Ontario experimentou crescimento do emprego em vários setores, incluindo saúde e assistência social e serviços pro-fissionais, científicos e técnicos. Taxa de desemprego do Ontario foi de 6,8 por cento, inferior à média nacional. Boa notícia também veio do setor industrial, onde as vendas au-mentaram 3,9 por cento em janeiro - o oitavo aumento de nove meses para a província. vendas de fabricação em janeiro foram as mais altas no registo parao Ontario. O aumento considerável re-fletiu ganhos nas indústrias automóvel e peças de veículos a motor. O Ontário continua, assim, a ser uma das mais fortes economias provinciais no Canadá. Iniciativa de Crescimento de Negócios

* 13.900 empregos no mês de Março.

Fire Chief Clark, dos Bombeiros de Brampton, faz questão de pedir para mais dadores.

Page 6: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 6 . Comunidades

Foi já a 2 de abril. Marcou-se, por ali, também, o World Autism Awareness Day. As Nações Unidas marcou a data e, cá longe, também celebrámos. E para honrar esta celebração, a deputada provincial Cristina Martins acabou por permitir uma abertura de arte, na segunda-feira, 4 abril, nos seus escritórios do círculo eleitoral da Davenport.

A deputada Cristina Martins anunciou que o governo provincial vai investir 333 milhões de dólares, ao longo dos próximos 5 anos, em novos financiamentos para os Serviços de autismo, por forma a atender às diversas necessidades das crianças, jovens e suas famílias. “O nosso governo reconhece que as crianças e as famílias esperam muito tempo para receber algum apoio no tratamento do autismo e estamos determinados a fazer ainda mais progressos. O custo da inação no apoio às crianças é muito alto, já que precisam de ter acesso a serviços que têm o maior impacto sobre as suas necessidades de desenvolvimento. Com este novo financiamento, mais de 16.000 crianças receberão as intervenções críticas de que precisam em cada ano “, explicou.O Creative Spirit Art Centre, fundado há 24 anos por Ellen Anderson, oferece às pessoas com deficiência uma variedade de oportunidades criativas, proporcionando-lhes educação artística e espaço do estúdio para criar, vender e expor uma grande variedade de arte.

Um Artista novo, Orhan Guven, produziu uma exposição intitulada: “O autismo / Unframed / Reframed”, inspirada nas paisagens urbanas e características arquitetônicas das cidades internacionais de Toronto, Nova York, Paris e Istambul. A sua arte explora a relação altamente complexa entre a perspectiva e a estrutura.Ginny Pearce, presidente do Ontario Autismo também esteve presente, falando sobre o importante trabalho que a sua organização faz para promover World Autism Awareness Day em todas as 400 escolas do Ontário.Além de obras de arte de Orhan, o Davenport-Perth Neighbourhood and Community Health Centre Davenport apresentou as suas observações ao Projecto Global de Arte pela Paz, criado por idosos, que serão entregues para a Tailândia em duas semanas.A deputada Cristina Martins convida a comunidade para verificar esta fantástica exposição até ao final do mês no seu escritório eleitoral no 1199 Bloor Street West.

Brampton aumenta o “serviço ao cliente” com novas opções

Segundo a Mayor Linda Jeffrey, “estamos a construir uma cultura de serviço orientada para o cliente, bem robusta no City Hall, tornan-do mais fácil para os residentes acessar aos nossos serviços e pro-gramas, enquanto que ao mesmo tempo nos alerta para as questões em Brampton. Nossos residentes adotaram opções de auto-serviço de base tecnológica e congratulamo-nos em os incentivar para uma maior interacção positiva com nossa Cidade”.Também Elaine Moore, conselheira regional, diz que fioi importan-te avançar com os novos serviços, já que “com os estilos de vida ocu-pados de nossos residentes, é importante fornecer maneiras mais simples e mais rápidas para que eles interajam com a Cidade. As novas melhorias do serviço nos ajudarão a atender os moradores de forma mais eficiente, proporcionando uma maior facilidade para realizar operações do dia-a-dia de sua conveniência”.

Entrar nos serviços da cidade de Brampton é agora mais fácil com opções para o pedido de considerações de estacionamento, pagar multas de estacionamento, relatar problemas e muito mais. Estes novos serviços fazem parte do plano da cidade para reforçar a sua estratégia de Atendimento ao Cliente, uma prioridade-chave de um bom governo como identificado no Plano Estratégico de Brampton 2016 – 2018.Um novo serviço de telefone interativo permite que os clientes para fazer pagamentos de cartão de crédito para multas de estaciona-mento sem ter que esperar para falar com um funcionário de ser-viço ao cliente. Este serviço está disponível ao discar 905.874.2404 e seguindo as instruções de voz para fazer uma auto-serviço, paga-mento seguro do cartão de crédito.

Dra. Ema SeccaADVOGADA em Portugal

Pode resolver-lhe todos os assuntosem qualquer área jurídica

CONTACTE E TERÁBONS RESULTADOS

Tel: 214418910 (Lisboa)Cel: 918825577

e-mail: [email protected]

T.L.DUTRA Professional Legal Services

Immigration - Small Claims Court- Criminal SummaryLandlord & Tenant / Ontario Court of Justice / Labour

Tony L. Dutra533 College Street , Suite 306, Toronto ON,

Canada M6G 1A8Telephone: (416) 532-8400 - Fax (416) 532-6906

E-Mail: [email protected] L.S.U.C - P00405

Brampton lança Relatório Anual de Eventos Empresariais

No evento para actualizar a economia de Brampton, os participantes ouviram como os indicadores económicos da Ci-dade em 2015 revelou um cres-cimento positivo no mercado de Brampton, que continua a ser uma das mais fortes economias municipais no Canadá.Mais de 125 líderes da cida-de de Brampton, de pessoal e de negócios reuniram-se para celebrar destaques Brampton do 2015: Relatório Económico Anual recém-lançado e discutir os progressos na estratégia de desenvolvimento económico de

quatro anos da Cidade.A Secretaria de Turismo de Brampton ajudou a organizar o evento para apresentar o rela-tório económico anual de 2015. Conselheiro Jeff Bowman, Pre-sidente da Comissão de Desen-volvimento Econômico, apre-sentou a Estratégia Quadrienal de Desenvolvimento Econômi-co, e teceu considerações face a alguns dos destaques da história de crescimento e da força eco-nômica de Brampton.“Apesar de uma economia na-cional desafiadora, Brampton continua a fornecer toda uma

série de medidas econômicas”, diz o Conselheiro Bowman. “Nossa cidade está ali entre os melhores no Canadá, e nossa perspectiva é muito positiva.”O evento foi co-organizado pela ICI Alliance, uma iniciativa de marketing cooperativa recém-formada entre o Escritório de Desenvolvimento Econômico de Brampton e destacados re-presentantes da indústria de Investimento Comercial e In-dustrial. O mandato do grupo é promover activamente Bramp-ton e encorajar e apoiar o cres-cimento econômico.

Alguns destaques incluem: o valor total de construção de Brampton foi forte em 2015, mais de 2,7 bilhões, aumento de mais de 20 por cento. A ci-dade foi sexto no valor total de construção em todo o Canadá. O Centro Empreendedor de Brampton suportando o em-preendedorismo juvenil e ino-vação em Brampton, apoiar 99 novos negócios em fase de ar-ranque e lançamento de 44 no-vos negócios juventude através dos programas da Companhia de Verão e de arranque da em-presa.Em 2015, pela primeira vez, o escritório de Turismo e Serviços Filme viu filmada a atividade na cidade que tem um impacto económico directo de mais de um milhão de dólares para a economia de Brampton.Cópias do relatório do Bramp-ton 2015 Económico Anual - eo recém-lançado Guia 2016 Visi-tor - estão disponíveis a pedido através de Brampton de Desen-volvimento Económico e Posto de Turismo no 905.874.2650 ou [email protected] ou www.peoplepoweredeconomy.ca.

Davenport comemora o World Autism Awareness DayUma exposição de Arte para comemorar um Dia de lembrança

A partir da esquerda: John Kanel-lopoulos de Kallo Developments;

Adam Kerbel de Kerbel Group Inc .; Vereador Doug Whillans,

Vice-Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômi-co Brampton; Conselheiro Jeff

Bowman, Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico

Brampton; Avi Glena de Monterey Park Inc .; Jason DaSilva de Rice

Developments.

Page 7: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 Comunidades . 711 Abril 2016

As notícias de que dispomos dizem-nos que a Parada da Semana de Portugal, que atrai todos os anos milhares de pessoas às ruas de Toronto, deverá este ano passar, pela última vez, na Dundas Street. “Tudo indica que esta será a última parada do Dia de Portugal na Dundas Street West. Com os espetáculos a realizarem-se no Earlscourt Park, faz mais sentido concentrarmo-nos na mesma área”, explicou à LUSA Joe Eustáquio, o presidente da Aliança de Clubes e Associações Portuguesas do Ontário (ACAPO).

A Parada do Dia de Portugal realiza-se, este ano, no dia 12 de junho e é considerada uma das maiores manifestações culturais no Canadá.

Em 2017 a parada deverá mesmo mudar de localização para a zona do ‘Corso Itália’ porque a associação comercial e serviços da Dundas Street West teria rejeitado associar-se à iniciativa.

A Semana de Portugal, que este ano tem a sua 29.ª edição, estende-se de 13 de maio a 26 de junho.

Pedro Abrunhosa será o cabeça de cartaz, vai actuar no dia 10 de junho e fará ainda um concerto surpresa. Augusto Canário será o principal destaque a 11 de junho e no dia seguinte actua a lusodescendente Sarah Pacheco.

Os principais espetáculos terão lugar no Earlscourt Park, junto à St. Claire Avenue, no norte de Toronto, uma área onde reside uma grande comunidade portuguesa.

No programa constam outras iniciativas, como o Jantar de Gala em homenagem aos Pioneiros da Imigração para o Canadá, com entrega do Prémio Reconhecimento e Bolsas de Estudo (14 de maio), e a cerimónia das novas nomeações de 2016 para o Passeio da Fama (27 de maio).

Parada da Semana de Portugal muda de local?*2016 será o último ano que se vive o dia no “Little Portugal” mudando depois para a zona do “Corso Italia” “Dificuldades” a mais?

Os voluntários da ACAPO têm sentido “algumas dificuldades” na angariação anual de 400 a 500 mil dólares canadianos, contando sobretudo com o apoio do sector da construção civil, nomeadamente do sindicato Liuna 183 e empresas da área.

O orçamento para 2016 da Semana de Portugal ronda os 500 mil dólares canadianos (335 mil euros) e conta com o patrocínio do Governo Provincial, através do programa de subsídios “Celebrate Ontario”.

Para 2017, altura em que a Semana de Portugal em Toronto vai assinalar o 30.º aniversário, Joe Eustáquio espera que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, possa aceder ao convite daquela organização em deslocar-se ao Canadá para assistir “ao melhor evento de sempre”, estando já confirmados nomes como José Cid, o projeto Resistência, e possivelmente Shawn Mendes, o cantor lusodescendente que muito sucesso tem feito mundialmente.

A TAP quer voar para o Canadá em 2018, o que será possível com a chegada dos primeiros de 53 aviões comprados pela companhia aérea portuguesa à Airbus, anunciou na quarta-feira o administrador Trey Urbahn.“Está no plano voar para o Canadá, mas ainda não está fechado quando”, afirmou o administrador da TAP, na exposição de interiores de avião, a decorrer em Hamburgo, onde foi anunciado que a companhia aérea portuguesa vai ser a primeira a operar o novo avião A330 [neo].Em declarações aos jornalistas, Trey Urbahn explicou que o reforço da frota, com a chegada dos primeiros aviões prevista para o último trimestre de 2017, vai permitir expandir a rede servida pela TAP, sendo o Canadá uma das prioridades da companhia liderada por Fernando Pinto.Sem precisar uma data para o início da operação para o Canadá, o administrador explicou que o objectivo é começar com ligações a Montreal, com aviões mais pequenos (o A320), devendo numa segunda fase assegurar ligações a Toronto.No interior da cabine Airspace, que vai equipar as novas aeronaves A330-900neo, o administrador da TAP explicou que ter sido a companhia escolhida para realizar o primeiro voo será muito positivo: “Todos os operadores vão estar a olhar para o primeiro avião”.

Os aviões A330-800neo e A330-900neo são os dois novos aviões da Airbus lançados em Julho de 2014, cujas primeiras entregas estão previstas começar no final de 2017.Em Novembro de 2015, a TAP anunciou a encomenda à Airbus de 53 aviões Widebody e de corredor único, entre os quais 14 A330-900neo e 39 A320neo, substituindo a encomenda anteriormente feita de 12 A350 pelos A330 neo.A administração da TAP recusou dar valores do investimento na renovação da frota, mas, a preço de catálogo, os 14 aviões A330-900 neo representam um investimento superior a 3.500 milhões de euros, uma vez que cada aeronave destas custa 287 milhões de dólares (253 milhões de euros), a preço de catálogo, que depois é renegociado em cada contrato.

O Serviço de Polícia de Toronto está a divulgar uma nota sobre uma prisão numa investigação de assalto. Conta que, em 30 de Março, às 3:30, a Polícia respondeu a uma chamada para um assalto que tinha acabado de ocorrer na área da Windermere Av. e Queensway.

Alega-se que ima adolescente estava num autocarro da TTC, quando cheirou algo queimado. Sentiu diferente a parte de trás de sua cabeça e um pouco de seu cabelo caiu na sua mão. Percebeu então que alguém estava a queimar-lhe o cabelo. Ao virar-se, a jovem foi confrontado por um rapaz de 13 anos que estava sentado logo atrás dela. Instantaneamente, o garoto tornou-se agressivo e ameaçou ferir a menina.

Quando o autocarro parou, o rapaz desceu e pôs-se em fuga. A polícia chegou logo depois e falou com a menina, que mesmo abalada com o incidente, não apresentava quaisquer ferimentos graves.

Em 1 de Abril, às 4:55, o menino de 13 anos foi preso. Acusado de agressão com arma, ameaças verbais e não cumprir uma fiança anterior.A identidade do menino não pode ser divulgada por ser menor. Qualquer um com informação é convidado a entrar em contato com a polícia em 416-808-1100, Crime Stoppers anonimamente em 416-222-TIPS (8477), em linha em www.222tips.com, texto TOR ea sua mensagem PARA CRIMES (274.637).

Jovem de 13 anos detido por assalto

Em 2018 a TAP quer começar a voar para o Canadá

Uma notícia que não gostaríamos de dar...Aí temos nós uma notícia que não gostaríamos de dar. Que aca-bará por pesar aos saudosistas. E que aos mais novos é capaz de forçar apenas um “encolher de ombros”, como quem não está nem sequer para aí virado...A Parada da Semana de Portugal vai deixar de passar pela Dun-das, no eufemisticamente chamado “Little Portugal”. A Associa-ção dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontario (ACAPO) lutou. Lutou muito para manter o ainda “status quo”. Quem co-nhece o “poço de energia” que é o Joe Eustáquio, sabe perfeita-mente que ele não deixaria a Dundas se houvesse hipóteses – até financeiras – para manter a Dundas e o “Little Portugal” onde a Parada navegas desde que, há 29 anos, ela lembra Portugal e os Portugueses. E se a mudança se vai operar, já no próximo ano, é porque chegámos ao “fim da picada”, não havendo mais chão para calcorrear, como soe dizer-se.

Às vezes interrogamo-nos sobre o “porquê” de muita coisa. In-terrogamo-nos sobre se não haveria outros caminhos. E ficamo-nos na “encolha”, já que face ao que sabemos e vemos... não há mesmo outro caminho.

De tudo isto, que forçou à mudança, temos todos algo de cul-pa. Os pequenos (ou grandes) comércios que não abriram os cordões à bolsa, para manter um orçamento que roça o meio milhão de dólares. E que permitiria uma maior visibilidade ao nome de Portugal e ao próprio comércio. Temos culpa, sim, até quando somos chamados a dar o nosso parecer e encolhemos os ombros, ficamo-nos num “deixa andar” doentio. Até através de outras organizações que se vão servir – se estão já a servir – do “Little Portugal” para fazer outras actividades que poderiam muito bem estar inseridas na grande Parada (que já tem quase três dezenas de anos) e nos respectivos espectáculos que são, afi-nal, do melhor que fomos vendo ao longo dos anos.Temos todos culpa, sim! E não há que fugir a isso. Poucos cuidam de saber como é que a ACAPO consegue fazer o tal orçamento de quase meio milhão de dólares. Tão pouco se interrogam sobre o prejuizo que o “Portugal de cá” vai ter nessa sua visibilidade que todos nós, à mesa do café, dizemos querer. Ainda tentámos sondar o Joe Eustáquio. Ainda tentámos ar-rancar-lhe soluções. E não o conseguimos porque ele próprio acaba por comungar dos mesmos pruridos que aí deixamos. Ele é, nesse como noutros aspectos, um de nós que sofre com o emagrecimento do “Little Portugal” e o engordar de um “Corso Italia” que bordeja a Saint Clair onde, pelos vistos, a Parada vai estar em acção.A Parada deste ano de 2016 vai dizer adeus à nossa Dundas e ao pequenino “Little Portugal”. Vai ter sede e arrimo lá mais para cima onde já há também muita gente de origem portuguesa. Va-lha-nos ao menos isso, já que a Parada nasceu e se fez grande para se integrar, afinal, no Povo Português que nós somos.

Page 8: ABC n 304 Compact

8. Comunidades 11 Abril 2016

O Ontario comemorou a inauguração do Centro de Bergeron de Excelência em Engenharia na Universidade de York, uma nova instalação inovadora que vai ajudar os alunos a desenvolver as ha-bilidades e conhecimentos especializados de que necessitam para competir para trabalhos de engenharia de alta procura. A província investiu 50 milhões para apoiar a construção do cen-tro de aprendizagem em pesquisa avançada, numa instalação de 170.000 pés quadrados com salas de aula de ponta e laboratórios. O Centro Bergeron é o novo lar da Escola de Engenharia da Universi-dade de York e irá fornecer espaço de aprendizagem inovador para mais de 2.000 alunos anualmente.O Centro Bergeron vai abrigar sete programas de engenharia de graduação, incluindo civis, computador, elétrica, geomática, mecâ-nica, software e engenharia espacial. Os alunos também poderão beneficiar de inovadora programação de colaboração interdisci-plinar entre os programas de negócios e de design, oferecido con-juntamente pela Faculdade de Ciências e Engenharia e da Escola Schulich de Negócios, combinando ensino da engenharia tradicio-nal com habilidades associadas ao empreendedorismo, colaboração e criatividade“O nosso governo orgulha-se em apoiar o Centro Bergeron de York para Excelência em Engenharia, uma instalação que está a forne-cer a próxima geração de engenheiros com os conhecimentos que precisam para prosperar na economia baseada no conhecimento de Ontário”, disse a propósito Reza Moridi, responsável pelo Ministé-rio da Formação, Colégios e Universidades. Mario Sergio, deputado de York West, manifestou-se muito conten-te “por que a Universidade de York continua a ser pioneira em ino-vação acadêmica. Este investimento significativo em nossa comuni-dade pelo nosso governo provincial na ponta Bergeron Centro de Excelência em Engenharia vai ajudar a promover muitas das mentes mais brilhantes do Ontário aqui em York West”, acentuou ainda.Sabe-se que o financiamento provincial para este projeto foi origi-nalmente anunciado no orçamento de 2011. O Ontario já investiu 3,6 bilhões em financiamento de capital para as faculdades e univer-sidades de Ontário desde 2003.

Nordestenses em festa

Os Nordestenses residentes nesta parte do mundo reuniram-se uma vez mais. Fazem-no todos os anos. Saudades da terra, ligações ao dia-a-dia de lá, talvez. A verdade é que todos os anos, por esta al-tura, sucedem-se os Convívios. Às vezes a lembrar problemas que por lá existem, decerto. Outras vezes, porém, apenas para lembrar. Este Convívio Nordestense decorreu no Oasis Convention Centre. Os fundos revertem a favor da Organização Amizade 2000 - As-sociação de Apoio aos Deficientes e Inadaptados do Concelho do Nordeste e, a nível local, para a Prader-Willi Syndrome Association of Ontario. A determinado momento, chegámos à fala com Manuel Furtado, um dos dirigentes da associação, há muito ligado a estas andanças. Satisfeito com a presença de tanta gente e a entender que a organi-zação tem, afinal, pernas para andar, como soe dizer-se.

As mesmas palavras, os mesmos sentimentos da parte da presidente Otília Amaro. Que entende a necessidade de continuarem a fazer o que fazem. Sobretudo para refrescar a saudade, mas não só.

O Presidente da Câmara de Nordeste também está entre nós. De resto, já não é a primeira vez que aqui se desloca. Entende ser neces-sário e útil para os nordestenses de lá e de cá. E tece considerações pertinentes.

Carlos Mendonça, Presidente da Câmara Municipal de Nordeste, chega a demonstrar ser um apaixonado da nossa maneira de ser e estar no mundo.

Presença, também, de outros elementos ligados à zona do Nordeste. Todos a interessarem-se pelo que vêem entre nós. Carlos Mendonça extremamente satisfeito com tudo o que viu e sentiu, digamos.

O Nordeste de cá a funcionar. Frente ao Nordeste de lá.

Osler Foundation Launches a powerfull public Capital Campaign Kick-Off for the new Peel Memorial

Featured in the campaign: • Ababywhoarrivedalittleearlierthanexpected.Today,she is healthy and growing. She and her mother will turn to Peel Memorial for years to come as she grows into adulthood. • Agentlemanwhounderwentknee surgery through theday surgery program (which will be offered at the new Peel Memo-rial). He is well and working towards a full recovery so that he can enjoy activities on through his retirement. • A16-year-oldboywhohadaseizurewalkinghomefromschool and received care at Brampton Civic, care which will soon be available at Peel Memorial. • Agentlemanwhowasworriedaboutcancer-adiseasewhich claimed the lives of both his older and younger brothers, in the past three years. He needed a CT scan to put his mind at ease. High technology diagnostic equipment, such as CT scanners, will be available at Peel Memorial. • A mom with her son who recently received care atBrampton Civic. He can rest easy knowing his mom has access to an integrated care path that includes Peel Memorial and Brampton Civic. “The City of Brampton is excited to be part of the ‘You Have the Power’ campaign launch, and about the opportunity for businesses and individuals to help be a part of delivering life-changing care to our community,” said Her Worship Linda Jeffrey, Mayor of Bramp-ton. “The new Peel Memorial will be a wonderful complement to the programs and services already provided at Brampton Civic Hospital, and we are eagerly anticipating its opening. Community support for our hospitals has never been more important.” “This is truly an exciting time for this community, with the anti-cipation of a state-of-the-art hospital that will become a reality in just a few short months,” said Matthew Anderson, President and CEO of William Osler Health System. “The new Peel Memorial will improve access to the important health services that people in our region rely on most, and provide more options for the hundreds of thousands of patients who receive care and treatment at Osler sites each year. Its focus on health, wellness and prevention will also su-pport people in managing some of the key health challenges facing our community, including chronic disease.” “The new Peel Memorial is giving us a chance to lead the way in the province, with a state-of-the-art facility that will meet the increa-sing health care needs of our community, while changing our health system by focusing on health, wellness and prevention of illness and chronic disease,” said Dr. Frank Martino, Chief of Staff, William Os-ler Health System. “As physicians who work in our hospitals across Osler, we know how important it is for patients to have access to the space, equipment and technology so that we can provide exemplary, life-saving care. That is why many of my colleagues and I have made our own personal pledges in support of Peel Memorial. There has never been a more crucial time to support leading-edge health care in this community.”

About William Osler Health System and Osler Foundation William Osler Health System is a hospital system ‘Accredited with Exemplary Standing’ that serves 1.3 million residents of Brampton, Etobicoke, and surrounding communities within the Central West Local Health Integration Network. Osler’s emergency departments are among the busiest in Canada and its labour and delivery pro-gram is one of the largest in the province. William Osler Health System Foundation builds and fosters relationships in order to raise funds to support William Osler Health System’s capital, education and research priorities at Brampton Civic Hospital, Etobicoke Ge-neral Hospital and the new Peel Memorial Centre for Integrated Health and Wellness.

Melhores condições didácticas na Universidade de YorkO Ontario comemorou a inauguração do Centro de Bergeron de Excelência em Engenharia na Universidade de York, uma nova instalação inovadora que vai ajudar os alunos a desenvolver as ha-bilidades e conhecimentos especializados de que necessitam para competir para trabalhos de engenharia de alta procura. A província investiu 50 milhões para apoiar a construção do cen-tro de aprendizagem em pesquisa avançada, numa instalação de 170.000 pés quadrados com salas de aula de ponta e laboratórios. O Centro Bergeron é o novo lar da Escola de Engenharia da Universi-dade de York e irá fornecer espaço de aprendizagem inovador para mais de 2.000 alunos anualmente.O Centro Bergeron vai abrigar sete programas de engenharia de graduação, incluindo civis, computador, elétrica, geomática, mecâ-nica, software e engenharia espacial. Os alunos também poderão beneficiar de inovadora programação de colaboração interdisci-plinar entre os programas de negócios e de design, oferecido con-juntamente pela Faculdade de Ciências e Engenharia e da Escola Schulich de Negócios, combinando ensino da engenharia tradicio-nal com habilidades associadas ao empreendedorismo, colaboração e criatividade“O nosso governo orgulha-se em apoiar o Centro Bergeron de York para Excelência em Engenharia, uma instalação que está a forne-cer a próxima geração de engenheiros com os conhecimentos que precisam para prosperar na economia baseada no conhecimento de Ontário”, disse a propósito Reza Moridi, responsável pelo Ministé-rio da Formação, Colégios e Universidades. Mario Sergio, deputado de York West, manifestou-se muito conten-te “por que a Universidade de York continua a ser pioneira em ino-vação acadêmica. Este investimento significativo em nossa comuni-dade pelo nosso governo provincial na ponta Bergeron Centro de Excelência em Engenharia vai ajudar a promover muitas das mentes mais brilhantes do Ontário aqui em York West”, acentuou ainda.Sabe-se que o financiamento provincial para este projeto foi origi-nalmente anunciado no orçamento de 2011. O Ontario já investiu 3,6 bilhões em financiamento de capital para as faculdades e univer-sidades de Ontário desde 2003.

Osler Foundation Launches a powerfull public Capital Campaign Kick-Off for the new Peel Memorial April 8, 2016 BRAMPTON - Last night, William Osler Health Sys-tem (Osler) Foundation kicked off the public portion of its $30 million fundraising campaign for the new Peel Memorial Centre for Integrated Health and Wellness (Peel Memorial) at Brampton City Hall. The new facility is scheduled to open its doors to the pu-blic in early 2017. While Queen’s Park will pay 90 per cent of the cost of construction, Osler Foundation must raise $30 million through the community to help complete the construction and to provide 100% of the funds to equip the facility. That represents everything from the waiting room chairs to high-tech diagnostic equipment. Peel Memorial is a new, state-of-the-art hospital that is currently being constructed in downtown Brampton. Providing complimen-tary services to Brampton Civic Hospital, Peel Memorial will also offer a range of speciality clinics, day programs and services - from high-tech diagnostics and surgery, to women’s and children’s health. Space will also be created for education classrooms where patients and family members can learn from health professionals about how to take a more active role in managing their own health. “We are honoured that our community leaders and champions have fundraised in support of the new Peel Memorial”, commented Ken Mayhew, President & CEO, William Osler Health System Founda-tion. “However, more needs to be done to raise money to help com-plete construction and fund the purchase of millions of dollars of equipment that is needed for this new facility. With the community lending its support, we all have the power to do something extraor-dinary.” At the launch, Osler Foundation revealed its ‘You Have the Power’ campaign, showcasing how the community has the ‘power’ to help open the new Peel Memorial. The creative showcases how the faci-lity provides life-changing care to families from the patients’ pers-pective. “Everyone has their own personal story and everyone knows so-meone helped by Peel,” added Mayhew. “Each person featured in the ‘You Have the Power’ campaign is a real patient with a real story. Each of these individuals is profoundly grateful for the exceptio-nal care they have received from our Brampton facilities and they appreciate the role the community has played and needs to play to help equip Peel Memorial.”

Melhores condições didácticas na Universidade de York

Page 9: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 11 Abril 2016 Mensagem . 9

Page 10: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 10. Comunidades

Conservadores Federais à procura de um líderSão ainda sondagens, mas a verdade é que a personalidade da TV Kevin O’Leary parece estar entre os primeiros favoritos para se tornar o próximo líder do partido Conservador federal, de acordo com uma nova sondagem.

A sondagem da Forum Research, feita junto de 1.455 eleitores canadianos selecionados aleatoriamente, descobriu que 18 por cento dos entrevistados acreditavam que o ex-ministro Peter MacKay é o mais adequado para liderar o partido Tory enquanto 14 por cento pensam que O’Leary faria o melhor líder e 10 por cento favorecem a atual líder interina Rona Ambrose.

No entanto, as indicações mudam quando os membros conservadores são inquiridos formalmente. Assim, 28 por cento escolhem O’Leary enquanto 20 por cento escolheram McKay. Nenhum outro candidato chegou aos 10 por cento.

Enquanto que a sondagem da Forum indica que há uma forte base de apoio para O’Leary entre os membros do partido Conservador, esta também destaca que muitos eleitores podem estar à espera de outro candidato.

No geral, cerca de 35 por cento dos inquiridos disseram que iriam escolher um candidato não listado na pesquisa. Cerca de 24 por cento dos membros do partido também sugeriu o mesmo.

O’Leary, um ex-apresentador de Dragon’s Den, anunciou o seu potencial interesse na corrida à liderança em janeiro, mas não entrou (ainda) oficialmente na corrida.

Até agora, apenas os deputados federais Maxime Bernier e Kellie Leitch entraram oficialmente na corrida.

O Ontario lançou um novo programa de emprego de jovens que vai ajudar pessoas com idades entre 15 e 29 anos a planear as suas carreiras, preparar-se para o mercado de trabalho e conectar certas oportunidades de emprego.

O programa Youth Job Link é a última fase da Estratégia de Emprego de Jovens do Ontário e estará disponível para jovens e estudantes em mais de 320 locais em toda a província.

A partir de 01 de abril de 2016, os jovens começaram a ter possibilidades de pesquizar os seguintes serviços, disponíveis durante todo o ano:

- Informações sobre as opções de carreira para apoiar a tomada de decisão;

- Aconselhamento sobre como construir as habilidades de vida que necessitam para planear e gerir com sucesso uma carreira;

- Oportunidades para aprender sobre trabalho em equipe, atendimento ao cliente, saúde e segurança e as regras de trabalho;

- Ajuda a retomar a escrita, pesquisa e aplicação de empregos, e preparação para entrevistas;

- Assistência para combinar habilidades e interesses com os empregadores que têm oportunidades de emprego.

O Ontario está também a lançar a componente de verão do programa Youth Job Connection, que irá fornecer no verão oportunidades de trabalho após a escola a tempo parcial a estudantes do ensino

médio de 15 a 18 anos que enfrentam circunstâncias de vida difíceis e podem precisar de apoio na transição entre a escola e o trabalho . Youth Job Connection, que começou em outubro de 2015, continuará a fornecer mais iniciativas, orientado apoio a jovens desempregados entre os 15 e 29 com múltiplos obstáculos ao emprego, incluindo a pobreza, a falta de moradia, dis capacidade e saúde mental.

Youth Job Link e Connection Job

Os jovens são parte de um novo conjunto de programas - que também inclui o Serviço de Emprego do Employment Ontario - planeadas para ajudar os jovens com uma ampla gama de necessidades de emprego e assegurar os recursos a utilizar de forma eficaz e direcionados para aqueles que mais precisam.

Ajudar os jovens de todas as habilidades e fundos acessar os programas de emprego e formação mais eficazes é parte do plano econômico do governo para construir Ontario-se e cumprir a sua prioridade número um para crescer a economia e criar empregos.

“Como parte da nossa Estratégia de Redução da Pobreza, vamos continuar a limpar o caminho para as pessoas dispostas a entrar no mercado de trabalho, especialmente os jovens, já que o emprego significativo é a maneira mais eficaz e mais rápida para sair da pobreza”, disse Deb Matthews, Vice-Premier, Presidente do Conselho do Tesouro e ministro responsável pela Estratégia de Redução da Pobreza.

Programas de Verão para a Juventude*Disponíveis em mais de 320 locais em toda a Província

Linda Jeffrey comenta aspectos do governo de Peel

apenas falso, mas um uso frívolo dos dinheiros dos contribuintes de Brampton, Caledon e Mississauga.A Mayor Crombie declarou a intenção de Mississauga deixar um sistema para que os cidadãos de Brampton têm contribuído há mais de 30 anos. O crescimento e desenvolvimento de Mississau-ga é também um resultado direto de sua participação na Região de Peel e os biliões de dólares outorgados pelos contribuintes de Brampton.Como Mayor de Brampton, vou trabalhar com vistas a um acordo que vá no melhor interesse de Brampton e em que se veja a nossa cidade razoavelmente compensada das décadas de investimentos pelos contribuintes de Brampton para o sistema regional. Bramp-ton estava lá para ajudar Mississauga. Como cresceu e avançou, e agora como investimentos em infraestrutura são necessários em Brampton, o nosso maior parceiro quer cortar e correr.Para já, esta será a consulta com os meus colegas do Conselho de Brampton para determinar o futuro envolvimento de Brampton em futuras reuniões de governação e de facilitação regionais. “

No sentido de fazer uma avaliação – necessária e correcta – do governo da Região de Peel, a Mayor de Brampton, Linda Jeffrey, divulgou agora um comunicado interessante de ver e, vamos lá, interpretar.“A cidade de Brampton entrou, recentemente, num processo de facilitação formal para lidar com o tamanho e a distribuição fu-tura dos lugares na Região de Peel com o objetivo de desenvolver opções e recomendações com os nossos parceiros para um rela-tório que será apreciado no Conselho Regional, no próximo mês de Junho. Entrei neste processo de boa fé, acreditando que os dirigentes e os seus conselheiros iriam trabalhar juntos para encontrar uma solução justa e equitativa em relação à representação que abor-da as crescentes necessidades de cada um dos nossos respectivos municípios.Li agora um comunicado divulgado em que a Mayor de Missis-sauga, Bonnie Crombie, em nome de seu Conselho, parece estar a tomar uma posição que parece ser contraditória com o espírito deste processo de facilitação. Todos nós reconhecemos que haverá inevitavelmente diferentes perspectivas e interesses em jogo, mas o início de um processo de facilitação caro e, ao mesmo tempo, que procura deixar a região em situação menos lógica. E isto não é

« Community Spirit » para Jack OliveiraO Centro Cultural Português de Mississauga acaba de anun-ciar que vai decorrer no sábado, dia 16 de Abril, o Jantar de gala de “Community Spirit”, este ano atribuido a Jack Olivei-ra, Business Manager da LiUNA Local 183.

Como se refere na nota que nos foi enviada, na sua capaci-dade de Business Manager da Local 183, Jack Oliveira tem apoiado e promovida a comunidade Luso- Canadiana, em actos que são de todos conhecidos.

Digno de reconhecimentos, como se diz na nota do Centro Cultural Português de Mississauga.

Brampton aumenta o “serviço ao cliente” com novas opçõesEntrar nos serviços da cidade de Brampton é agora mais fácil com opções para o pedido de considerações de estaciona-mento, pagar multas de estacionamento, relatar problemas e muito mais. Estes novos serviços fazem parte do plano da cidade para reforçar a sua estratégia de Atendimento ao Cliente, uma prioridade-chave de um bom governo como identificado no Plano Estratégico de Brampton 2016 – 2018.Um novo serviço de telefone interativo permite que os clien-tes para fazer pagamentos de cartão de crédito para multas de estacionamento sem ter que esperar para falar com um funcionário de serviço ao cliente. Este serviço está disponí-vel ao discar 905.874.2404 e seguindo as instruções de voz para fazer uma auto-serviço, pagamento seguro do cartão de crédito.

Segundo a Mayor Linda Jeffrey, “estamos a construir uma cultura de serviço orientada para o cliente, bem robusta no City Hall, tornando mais fácil para os residentes acessar aos nossos serviços e programas, enquanto que ao mesmo tempo nos alerta para as questões em Brampton. Nossos residentes adotaram opções de auto-serviço de base tecnológica e con-gratulamo-nos em os incentivar para uma maior interacção positiva com nossa Cidade”.

Também Elaine Moore, conselheira regional, diz que fioi importante avançar com os novos serviços, já que “com os estilos de vida ocupados de nossos residentes, é importan-te fornecer maneiras mais simples e mais rápidas para que eles interajam com a Cidade. As novas melhorias do serviço nos ajudarão a atender os moradores de forma mais eficiente, proporcionando uma maior facilidade para realizar opera-ções do dia-a-dia de sua conveniência”.

Page 11: ABC n 304 Compact

FC Porto deixa Benfica e Sporting mais sozinhos na frente

O Sporting de Braga sofreu para empatar 1-1 na receção ao Moreirense, conseguindo apenas o empate aos 90+5 minu-tos, pelo central francês Boly, depois de Evaldo ter dado van-tagem à formação de Moreira de Cónegos.

Os bracarenses, que jogaram os minutos finais em superio-ridade numérica, devido à expulsão de Vítor Gomes, até po-diam ter empatado antes, aos 63, mas o guarda-redes Ste-fanovic ‘negou’ o festejo de Josué ao defender uma grande penalidade.

A formação comandada por Paulo Fonseca segue no quarto lugar, com 51 pontos, enquanto os orientados de Miguel Leal ocupam o 14.º lugar, com os mesmos 29 pontos do Vitória de Setúbal, que hoje perdeu na receção ao Belenenses, por 1-0. O espanhol Juanto Ortuño foi o autor do tento ‘azul’ no Estádio do Bonfim.A goleada do dia foi protagonizada pelo Nacional, que ven-ceu por 4-1 na receção ao Estoril-Praia, com tentos de Soa-res, Salvador Agra, Nenê Bonilha e Witi para os insulares e de Marion para os estorilistas.

O FC Porto voltou ontem a perder para a I Liga portuguesa de futebol, na visita ao Paços de Ferreira, por 1-0, e deixou Benfi-ca e Sporting mais sozinhos na frente da classificação.Na ressaca da derrota caseira com o Tondela (1-0), os ‘dra-gões’ somaram o sexto desaire na competição, o segundo consecutivo, algo que não ocorria desde 2008/09, quando conquistaram o tetracampeonato, sob o comando de Jesual-do Ferreira.Na altura, o FC Porto perdeu em casa com o Leixões (3-2) e na visita à Naval 1.º de Maio (1-0), em jogos da sexta e séti-ma jornadas, uma sequência que se seguiu a uma derrota na receção aos ucranianos do Dínamo Kiev (1-0), para a fase de grupos da Liga dos Campeões.Diogo Jota, a 10 minutos do final do encontro, sentenciou a receção do Paços de Ferreira aos ‘dragões’, que permanecem no terceiro lugar, mas já a 10 pontos do Sporting, segundo classificado, e a 12 do líder e bicampeão Benfica, após as vi-tórias dos ‘rivais’ na ronda e quando faltam cinco jogos para o final do campeonato.Os pacenses regressaram aos triunfos, após uma derrota na visita ao Estoril-Praia (1-0) e o empate na receção ao Morei-rense (0-0), e subiram ao sétimo lugar, com os mesmos 39 pontos do Estoril-Praia, que ‘caiu’ para oitavo.A formação comandada por Jorge Simão aproximou-se pro-visoriamente do Rio Ave, sexto e que recebe o Vitória de Guimarães na segunda-feira, e do Arouca, que empatou na abertura da jornada no terreno do Boavista (0-0).E os outros?Os ‘axadrezados’ acabaram por conquistar um ponto aos ri-vais diretos na descida Académica e União da Madeira, der-rotados na ronda por Benfica (2-1) e Tondela (1-0), que so-mou o segundo triunfo caseiro na época de estreia na I Liga.Pica, aos sete minutos do encontro, ofereceu o segundo triunfo consecutivo aos tondelenses, que ficaram agora a seis pontos de Boavista e União de Madeira e a três da Académi-ca, penúltima.

A ronda fica completa na segunda-feira, quando o Rio Ave, sexto com 42 pontos, tentar igualar o Arouca, quinto com 45, na receção ao Vitória de Guimarães, 11.º com 35.

RESULTADOS- Sexta-feira, 08 abr:

Boavista – Arouca, 0-0- Sábado, 09 abr:

Académica – Benfica, 1-2 Sporting – Marítimo, 3-1

- Domingo, 10 abr:Vitória de Setúbal – Belenenses, 0-1

Nacional - Estoril-Praia, 4-1 Tondela - União da Madeira, 1-0Paços de Ferreira - FC Porto, 1-0

Sp. Braga – Moreirense, 1-1 - Segunda-feira, 11 abr:

Rio Ave – Vit, Guimarães, 15:00 (Sport TV)

A 30.ª jornada:- Sábado, 16 abr:

Arouca - Rio Ave, 11:15 (SportTV).Estoril-Praia – Boavista, 13:30 (SportTV)Moreirense – Sporting, 15:45 (SportTV)

- Domingo, 17 abr:Belenenses – Académica, 11:00 (SportTV)

União - Paços de Ferreira, 11:00Marítimo - Vit Guimarães, 13:15 (SportTV)

FC Porto – Nacional, 15:30 (SportTV)- Segunda-feira, 18 abr:

Sp de Braga – Tondela, 14:00 (SportTV)Benfica - Vitória de Setúbal, 16:00 (BTV)

11 Abril 2016 11 Abril 2016 Desporto . 11

Page 12: ABC n 304 Compact

12 . Desporto 11 Abril 2016

Um FC Porto sem chama somou ontem a segunda derrota consecutiva na I Liga de futebol, ao perder 1-0 com o Paços de Ferreira, ficando praticamente afastado do acesso direto à Liga dos Campeões, após a 29.ª jornada.O golo que fez a diferença no resultado e possibilitou a ter-ceira vitória pacense diante dos ‘azuis e brancos’, algo que não acontecia no campeonato desde 2002/03, foi anotado por Diogo Jota, aos 80 minutos, numa jogada pela direita em que interveio Edson Farias e o lateral Bruno Santos, autor do centro.Com esta derrota, o FC Porto manteve o terceiro lugar, com os mesmos 61 pontos, mas voltou a perder terreno para os rivais, entregando praticamente a discussão do título no Ben-fica, atual líder, com 73 pontos, e Sporting, segundo classifi-cado, com 71.

FC Porto ‘esbarra’ em Defendi e perde em Paços de Ferreira

O Paços de Ferreira, por sua vez, que teve hoje no guarda-redes Rafael Defendi uma barreira intransponível, ascendeu ao sétimo lugar, com os mesmos 39 pontos do Estoril-Praia, ganhando um novo alento na discussão pelo sexto lugar.As duas equipas estavam pressionadas pelas derrotas na úl-tima jornada, com efeitos mais negativos para o FC Porto, surpreendido em casa pelo lanterna-vermelha Tondela (1-0), mais longe dos rivais e com tolerância zero dos exigentes adeptos, ao passo que Paços de Ferreira tem a seu favor a permanência alcançada atempadamente.

Vários regressos no Paços de Ferreira, após lesões e castigos, implicaram alterações na equipa, devolvendo ao ‘onze’ os defesas Fábio Cardoso e Hélder Lopes, o médio Pelé e ain-da Barnes, no ataque, em substituição de Paulo Henrique, Roniel, cedido pelo FC Porto, o júnior Edu Pinheiro e ainda Carlos Ponck.

No FC Porto, José Peseiro prescindiu de Aboubakar e apos-tou em Suk no centro do ataque, trocando ainda Brahimi, que, à exceção da jornada inaugural, jogou sempre de início, por Varela, titular para o campeonato somente nas primeiras três rondas.O FC Porto queixa-se de uma falta na área contrária sobre Suk, mas os locais também reclamaram de um lance de Da-nilo sobre Jota na área de Casillas e do segundo amarelo não exibido a Chidozie, após falta sem bola sobre Bruno Moreira, antecipando a sua substituição

2 DRIVE FREE AND DRIVER OVER 18 ARE WELCOME TO CONTINENT PORTUGAL * TICO LIC # 4221461

Welcometo Portugal We are THE Experts for traveling to Portugal!!!

* ALL RATES INCLUDE: UNLIMITED MILEAGE, PUBLIC LIABILITY, CDW, TP, V.A.T., ROAD TAX, AIRPORT TAX, AFTER HRS FEE, TOLL ROAD DEVICE & ADDITIONAL DRIVER *

LOWESTCOSTS

Bento’s Tours Inc (416) 588-2000

O Benfica perdeu, terça-feira, por 1-0, na visita ao Bayern Munique, jogo da 1.ª mão dos quartos-de-final de Liga dos Campeões. Resultado e boa exibição das águias deixam apu-ramento em aberto.O golo madrugador do Bayern - numa cabeçada de Arturo Vidal, logo ao segundo minuto - deixava antever o pior. No entanto, o Benfica resistiu a tudo e saiu da Allianz Arena, em Munique, com um resultado que lhe permite sonhar com o apuramento para as meias-finais da Liga dos Campeões. Tudo se resolverá na 2.ª mão, no Estádio da Luz, em Lisboa, no dia 13 de abril.Após 25 minutos iniciais de sufoco, a equipa de Rui Vitória conseguiu soltar-se, gradualmente, do pressão do Bayern: foi subindo até à área de Neuer, criou perigo e quase marcou (algo que dá sempre jeito em eliminatórias europeias, como factor de desempate...) Não o fez, mas foi estancando o domí-nio dos bávaros e mantendo a bola longe da sua pequena área - mesmo que Ederson tenha sido, provavelmente, o melhor em campo.

O jogo terminou com os cerca de 5000 adeptos portugueses a fazerem a festa na Allianz Arena, com um resultado que mui-tos não julgavam possível (depois de Sporting e FC Porto lá terem sido goleados nas últimas épocas). Uma coisa é certa: com o 1-0 (um score perigoso, se o Bayern marcar na Luz...): o sonho do Benfica sai vivo de Munique.

Sonho da águia sai vivo de Munique: 1-0 deixa tudo em aberto Dezenas de adeptos aguardaram

chegada da comitiva encarnada

Dezenas de adeptos do Benfica aguardaram a chegada, na madrugada de quarta-feira, da comitiva encarnada, após a derrota em Munique (0-1), para mostrarem o seu apoio para com os jogadores e equipa técnica.

Os adeptos foram para o aeroporto e para as imediações do estádio, onde entoaram cânticos de apoio.

Patrick Morais acusa SAD de “arrastar nome do clube para a lama”*Em causa as dívidas que leva-ram ao corte da água, gás e ele-tricidade, antes do jogo com o Sporting.Para o presidente do Belenen-ses, a empresa que detém a maioria do capital da SAD, de Rui Pedro Soares, tem “arras-tado o nome do clube para a lama”. Patrick Morais assegu-rou na quarta-feira que o clube “vai fazer valer os seus direitos no tribunal arbitral”, ainda que continue “a ser o banco da Co-decity até final desta época”.“Há aqui um mar enorme a se-parar-nos, que tem a ver com esta incapacidade financeira por parte da SAD em cumprir com os seus compromissos. O clube não pode continuar a financiar a atividade da SAD. Essa não é a função do clube. Enquanto isso não for alterado, é muito difícil haver um entendimento”, come-çou por dizer Patrick Morais.Em conferência de imprensa, o líder do clube do Restelo, justi-ficou as razões que levaram ao corte de energia nas instalações da SAD, antes da receção ao Sporting: “O plano de treinos, que nos é fornecido semanal-

mente pela SAD, dizia que a equipa iria treinar toda a sema-na no Estádio Nacional. Proce-deu-se, durante algumas horas, à suspensão da eletricidade, numa altura em que, supostamente, os jogadores não estariam cá. O clube paga a eletricidade de to-das as instalações da SAD, que deveria ter liquidado estes valo-res desde 30 de junho de 2013 e até agora nada.”Patrick Morais adiantou que a SAD, gerida pela Codecity, de Rui Pedro Soares, deve cerca de 500 mil euros ao clube, referen-tes a direitos de formação de an-tigos atletas, comparticipação da UEFA para a formação, consu-mos de eletricidade e água, en-tre outros. E pediu: “Não exijam que seja o clube a financiar uma operação comercial e mercantil detida por uma empresa”.

Page 13: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 11 Abril 2016 Desporto . 13

Sporting vence Marítimo e já tem lugar na ChampionsTriunfo por 3-1 mantém os leões a dois pontos do Benfica e da liderança da I Liga, a cinco jornadas do finalO Sporting derrotou neste sábado o Marítimo, por 3-1, na 29.ª jornada da I Liga, resultado que mantém os leões a dois pontos do Benfica e da liderança do campeonato, a cinco rondas do final.

Téo Gutiérrez (42’), William Carvalho (53’) e Slimani (76’) fizeram os golos da equipa de Jorge Jesus, antes de Ghazaryan fazer o único golo do Marítimo (81’).Com este triunfo, o Sporting passa a somar 71 pontos, ten-do à condição mais 10 do que o FC Porto, e já tem garanti-do, pelo menos, um lugar no “play-off ” de acesso à Liga dos Campeões.O Marítimo tem 32 pontos e está igualmente longe dos luga-res de despromoção e da zona de acesso à Liga Europa.

Style OpticalJá esta no novo local!

1569 Dundas St. West TorontoMaria Da Silva espera por si no

(416)203-1382

Óculos ٭ Óculos de sol ٭ Lentes de contacto ٭ Exames à vista

Na última segunda-feira

Leões lá vão cantando e rindo... a reaproximar-se do topoOs leões mostraram-se sempre mais fortes, aproveitando a debilida-de defensiva do Belenenses (pior defesa do campeonato, agora com 59 golos sofridos, em 28 jogos). Foram criando ocasiões. E os golos avolumaram-se: Slimani marcou dois, ainda na primeira parte (um de penálti).A aposta ofensiva do técnico do Belenenses, Júlio Velázquez, no iní-cio da segunda parte, aumentou os desequilíbrios: com uma hora de jogo, o jogo estava resolvido (0-4). Depois, ainda houve tempo para Teo Gutiérrez também completar o bis, por entre dois golos de honra dos azuis do Restelo (incluindo um golaço de Tiago Silva).

«O Benfica está em primeiro mas o Sporting tem sido a melhor equipa» - Jorge Jesus

O treinador do Sporting analisou a vitória (5-2) sobre o Belenenses, no Restelo, partida que encerrou a 28.ª jornada da Liga. «O Sporting está no melhor período. Tivemos muita dinâmica e velocidade na primeira e na segunda parte. Fizemos cinco golos, podíamos ter feito mais. Em termos ofensivos, fomos uma equipa quase sempre perfeita, só não gostei da forma como sofremos os golos. A equipa está cheia de saúde e vai ser uma luta até ao fim», começou por dizer à Sport TV.

Questionado se acredita que o Sporting pode chegar ao primeiro lugar:

- Claro que acredito porque já estivemos na posição inversa - já es-tivemos em primeiro, agora somos nós que andamos atrás. O cam-peonato português não é fácil. Hoje viu-se isso pelo resultado de um dos nossos rivais [derrota do FC Porto frente ao Tondela], a qualquer momento pode haver uma surpresa. Acreditamos que po-demos chegar ao primeiro lugar. O Benfica está em primeiro mas o Sporting, como se viu hoje, tem sido a melhor equipa.

«Na primeira meia-hora, o 3-0 era curto. Só uma equipa com quali-dade consegue fazer o que o Sporting fez frente a um adversário de qualidade quer foi surpreendido», prosseguiu Jorge Jesus, que exclui agora o FC Porto da corrida pelo título:

- O FC Porto passa a ser um dos candidatos ao segundo lugar, o primeiro ficou mais difícil. Tem nove pontos para o Benfica e sete para o Sporting, está tudo em aberto. Nós temos olhar para cima mas também para trás. O nosso objetivo é o primeiro lugar.

O Sporting goleou na segunda-feira passada, o Belenenses (2-5), no Estádio do Restelo (Lisboa), no último jogo da 28.ª jornada da I Liga. Slimani e Teo Gutiérrez bisaram. Os leões voltam a estar a dois pontos do Benfica.Quarenta e cinco minutos de domínio quase absoluto abriram ca-minho. Outros 45 de jogo vivo, com emoção em ambas as áreas, compuseram a goleada: o Sporting venceu, sem espinhas, o Bele-nenses (2-5), comprovando que está bem vivo na luta pelo título de campeão nacional.

Page 14: ABC n 304 Compact

11 Abril 201614 . Desporto

«Mostrámos ao mundo que o projeto não nasce por acaso» - Luís Filipe VieiraLuís Filipe Vieira considera que a exibição em Munique foi um sinal inequívoco da vitalidade do projeto do Benfica.

«É importante realçar que se tratava de um jogo bastante compli-cado, é difícil jogar neste estádio, mas foi bastante demonstrativo que os valores do Benfica estão bem enraizados nesta equipa: garra, humildade, determinação e ambição. Somos Benfica. Era importan-te mostrar ao mundo do futebol que este projeto e esta equipa não estão a nascer por acaso», salientou o presidente dos encarnados, acrescentando:

«Sinto-me muito feliz por ver jovens que há pouco tempo estavam na equipa B demonstrarem o que é o ADN Benfica.»

Quanto às hipóteses de apuramento, frisou Luís Filipe Vieira que o Benfica «entra em todos os jogos para ganhar». Com o Bayern, no Estádio da Luz, não será diferente. Antes, porém, há que vencer a Académica no regresso à Liga.

«Este jogo acabou, agora vamos pensar em Coimbra. Quero agra-decer profundamente a todos os adeptos que estiveram aqui, o ruí-do que fizeram chegou a emocionar as pessoas. Que apareçam em

Coimbra, é preciso estarmos juntos e de certeza que a equipa vai corresponder», afiançou.

«Vamos estar dentro da eliminatória até final» - Rui Vitória

Rui Vitória era um treinador orgulhoso no final do jogo com o Bayern. A exibição personalizada do Benfica em Munique, acredita, confere legítimas aspirações para o jogo da segunda mão, no Está-dio da Luz.

«A equipa esteve a um nível elevadíssimo, jogou com muita convic-ção e determinação. Sou um treinador orgulhoso por ver a equipa com esta personalidade e forma de estar em campo. Viemos aqui fazer o nosso trabalho, sem mudar a nossa estratégia. Acreditámos muito em nós e criámos dificuldades ao Bayern, uma equipa forte e poderosa. A eliminatória está em aberto», comentou o treinador dos encarnados, na zona de entrevistas rápidas.

«Quem vê a alegria dos benfiquistas e esta equipa a jogar tem de acreditar que é possível, mas sempre com os pés na terra», alertou Rui Vitória, esclarecendo não ter perdido a tranquilidade com o golo `madrugador´ do Bayern:

«Era este o Benfica que esperava» - GuardiolaO treinador do Bayern voltou a elogiar o Benfica, que conseguiu sair de Munique com desvanta-gem mínima (1-0) para o jogo da segunda ‘mão’ dos quartos de final da Liga dos Campeões.

«Era este o Benfica que esperava, não me sur-preendeu nada. É uma equipa que não deixa espaço entre as linhas, movimenta-se bem com bola… é complicado fazer golos. Vi o vídeo do jogo com o Sporting e também não criaram mui-tas ocasiões. Tivemos oportunidades suficientes para ter um resultado melhor», disse em confe-rência de imprensa, insistindo:

- Controlámos bem o jogo, cometemos alguns erros que deram oportunidades ao adversário mas tivemos muitas oportunidades para ampliar o resultado. Vamos a Lisboa para ganhar, confio na equipa.

No final do jogo, Guardiola esteve alguns minu-tos a dar indicações a Douglas Costa. Questio-nado sobre o que disse ao brasileiro, o treinador atirou: «Em Portugal, o Benfica tem de ganhar campeonato e a Taça, em Munique, se não gan-has por muitos golos, nada está bem.»

O espanhol rejeitou ainda falar em favoritismos: «Favorito é aquele que jogar melhor e fizer mais golos em Lisboa. A história e o passado não con-tam, o que interessa é o que fazes para ganhar. Passa esta eliminatória quem jogar melhor em Lisboa. É lá que tudo se vai decidir.»

«Não temi [n.d.r. desnorte dos jogadores] porque conheço muito bem a equipa que tenho, valoriza ainda mais o nosso trabalho. A equipa foi fantástica na interpretação do jogo.»

«A responsabilidade para o segundo jogo será a mesma, o Bayern vence fora muitas equipas. Mas vamos estar dentro da eliminatória até final, posso garantir», afiançou Rui Vitória.

Barcelona vence Atlético Madrid (2-1) – O Barcelona venceu o Atlético Madrid, por 2-1, em Camp Nou, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campões. Fernando Torres (25) mar-cou para os visitantes, Luis Suárez (62 e 74) deu a volta ao resultado a favor dos catalães.

Ainda a Taça dos Campeões

Real Madrid e PSG em maus lençóisMerengues perderam 2-0 no terreno do Wolfsburgo. Parisienses empataram em casa a dois golos com o Manchester City num jogo em que ainda desperdiçaram uma grande penalidadeVida complicada para os favoritos Real Madrid e Paris Saint-Ger-main no que diz respeito à qualificação para as meias-finais da Liga dos Campeões. Na primeira mão dos quartos-de-final, os dois colossos deram vida aos outsiders. Os merengues perderam fora em Wolfsburgo por 2-0, com os golos dos alemães a serem apontados por Ricardo Rodrí-guez (18’) e Arnold (25’). O primeiro tento surgiu de uma grande penalidade cometida pelo ex-portista Casemiro sobre Schurrle. Com Benzema a sair aos 41 minutos lesionado, o Real Madrid pou-co ou nada conseguiu fazer na segunda parte e até esteve muito per-to de sofrer o terceiro golo, o que poderia sentenciar praticamente a eliminatória. Agora é preciso dar a volta no Santiago Bernabéu na próxima terça~feira.

PSG e ManchesterOutro ex-jogador do FC Porto esteve em foco em Paris no duelo entre o PSG e o Manchester City. Fernando protagonizou um mo-mento caricato aos 41 minutos numa altura em que a sua equipa tinha acabado de se colocar em vantagem por De Bruyne. O médio recebeu a bola do guarda-redes Joe Hart, tentou fazer um passe para o lado mas a bola tabelou em Ibrahimovic e acabou den-tro da baliza dos ingleses.

O intervalo chegava com um empate a um golo e com o PSG a po-der lamentar uma grande penalidade desperdiçada por Ibrahimovic mas a agradecer aos deuses a cena de apanhados de Fernando. No segundo tempo o PSG porfiou e chegou à vantagem por Rabiot, mas Fernandinho restabeleceu o empate, um resultado que abre óti-mas perspetivas de o City chegar às meias-finais já que um empate sem golos ou 1-1 possibilitam-lhe a qualificação.

Page 15: ABC n 304 Compact

Comunidades . 1511 Abril 201611 Abril 2016

Sporting de Braga empata com Moreirense aos 90+5Sporting de Braga e Moreirense empataram ontem 1-1, em Braga, num jogo da 29.ª jornada da I Liga de futebol em que os visitantes ficaram em inferioridade numérica aos 78 mi-nutos.

O lateral brasileiro Evaldo, antigo jogador dos bracarenses, deu vantagem ao Moreirense, aos 51 minutos, mas o central francês Boly empatou a partida, aos 90+5, já depois de Josué

ter permitido a defesa de Stefanović numa grande penalida-de, aos 63, e de Vítor Gomes ter sido expulso, aos 78.O Sporting de Braga permanece no quarto lugar, com 51 pontos, enquanto o Moreirense permanece no 14.º lugar, com os mesmos 29 do Vitória de Setúbal, 13.º.

Oliveirense torna-se a primeira equipa despromovida na II LigaA Oliveirense tornou-se ontem a primeira equipa matemati-camente despromovida na II Liga portuguesa de futebol, ao perder por 4-2 com o Desportivo das Aves, numa 40.ª jorna-da que deixou o Desportivo de Chaves mais perto do escalão principal.

A despromoção ao Campeonato de Portugal da equipa de Oliveira de Azeméis era uma questão de tempo e ontem che-gou a sua hora, com a derrota na receção ao Aves, de pouco valendo aos anfitriões o ‘bis’ do suplente Thompson, num jogo em que o avançado Théo Mendy também marcou dois golos.

Com apenas cinco vitórias conquistadas em 40 partidas, a Oliveirense não deverá mesmo escapar à 24.ª e última posi-ção da prova, pois tem menos 10 pontos do que o Oriental, penúltimo colocado e também praticamente sentenciado ao terceiro escalão, mas que hoje provocou surpresa em Frea-munde.

A equipa lisboeta arrancou um ‘nulo’ (0-0) que, a seis jorna-das do fim, de pouco lhe deve servir na luta pela manutenção, mas que fragilizou o Freamunde na corrida à I Liga, na qual foi ultrapassado pelo Portimonense.

Os algarvios, que se tinham imposto no sábado por 1-0 no estádio do Olhanense, subiram ao terceiro lugar, com um ponto de vantagem sobre o Freamunde (quarto) e o Fama-licão (quinto), outro dos derrotados da ronda, ao ser sur-preendido (3-2) em casa pelo Benfica B.

O Chaves, que ontem necessitou de um golo do suplente Tozé Marreco para vencer por 2-1 na receção ao ‘aflito’ Académico de Viseu, também foi muito beneficiado pela derrota do Fa-malicão, aumentando de dois para quatro pontos a vantagem sobre o perseguidor direto.

Apesar de ocupar o segundo lugar, a equipa flaviense é, na prática a primeira na luta pela promoção, pois o líder FC Porto B, que se impôs por 2-1 na receção ao Sporting da Co-vilhã, só pode subir de divisão em caso de despromoção da representação principal.

Os deslizes do Famalicão e do Freamunde minimizaram o empate sem golos do Feirense, sexto posicionado, no recinto do Penafiel, mas o Varzim, sétimo da tabela, não aproveitou para se aproximar, pois também não foi além da igualdade, 2-2, na receção ao Farense, primeiro abaixo da linha de des-promoção.Leixões e Santa Clara, as duas restantes equipas na ‘zona vermelha’ da classificação, atrasaram-se mutuamente, ao em-patarem 2-2 em Matosinhos, mas Vitória de Guimarães B, Mafra – que se hoje defrontaram com triunfo dos minhotos, por 1-0 – e Atlético também têm motivos de preocupação.

RESULTADOS

Olhanense – Portimonense, 0-1Famalicão - Benfica B, 2-3

FC Porto B - Sporting da Covilhã, 2-1Oliveirense - Desp das Aves, 2-4

Varzim – Farense, 2-2Penafiel - Feirense, 0-0

Sporting B - Gil Vicente, 2-0Atlético - Sporting de Braga B, 1-2

Desp de Chaves - Acad de Viseu, 2-1Freamunde - Oriental, 0-0

Vitória de Guimarães B - Mafra, 1-0Leixões - Santa Clara, 2-2

Page 16: ABC n 304 Compact

16 . Portugal 11 Abril 2016

As“salutares bofetadas”deram ordem de saída ao MinistroJoão Soares pediu, sexta-feira de manhã, a demissão do cargo de mi-nistro da Cultura no seguimento da polémica com Augusto M. Sea-bra e Vasco Pulido Valente. Num comunicado, diz que o faz por «so-lidariedade» para com o governo de António Costa, mas também por «não prescindir de direito de expressão de opinião e palavra».

«Torno público que apresentei esta manhã ao senhor primeiro-mi-nistro, António Costa, a minha demissão do XXI Governo Consti-tucional. Faço-o por razões que têm a ver com a minha profunda solidariedade com o Governo e o primeiro-ministro, e o seu pro-jeto político de esquerda. Foi um privilégio ter representado este governo e trabalhado com o primeiro-ministro, a quem agradeço a confiança. Demito-me também por razões que têm a ver com o meu respeito pelos valores da liberdade. Não aceito prescindir do direito à expressão da opinião e palavra», diz.

Antes disso, o então Ministro da Cultura disse ao Expresso: «Sou um homem pacífico, nunca bati em ninguém. Não reagi a opiniões, reagi a insultos. Peço desculpa se os assustei.» Recorde-se que o Ministro da Cultura prometeu “salutares bofeta-das” a dois colunistas e ouviu muitas críticas ao longo do dia. Entre socialistas houve desconforto. PSD e CDS censuraram João Soares mas não pediram a demissãoO primeiro-ministro, por sua vez, deu uma violenta reprimenda ao ministro da Cultura, depois deste ter prometido distribuir umas “salutares bofetadas” aos dois colunistas do jornal Público. António Costa obrigou mesmo João Soares a retratar-se publicamente.À entrada para o Teatro da Comuna, para assistir à estreia da peça “O Último dos Românticos”, Costa foi perentório: “Já recordei aos membros do Governo que, enquanto membros do Governo, nem à mesa do café podem deixar de se lembrar que são membros do Governo”.Não quis, então, esclarecer se mantinha a confiança no ministro que escolheu para pasta da Cultura, mas garantiu que “este caso não traduz a forma como este Governo se quer relacionar com os agen-tes da cultura”. E fez questão de dizer que já tinha apresentado ele próprio as desculpas a Augusto M. Seabra e a Vasco Pulido Valente, os dois visados pelas palavras de João Soares.Quase de seguida, o ministro fazia chegar um comunicado à agên-cia Lusa, onde se retratava pela mensagem que colocou no Face-book sobre os dois colunistas. “A minha intenção não foi ofender. Se

ofendi alguém peço desculpa”. Na mesma nota, João Soares diz que reagiu a um “ataque pessoal insultuoso, com uma figura de estilo de tradições queirosianas”.As palavras do ministro da Cultura provocaram desconforto entre deputados da bancada socialista, apesar de alguns procurarem rela-tivizar a mão pesada de João Soares.Dispensavam-se as bofetadas, mesmo que virtuais, desabafaram socialistas ao Diário de Notícias. Só uma ex-deputada, Helena Frei-tas, que agora tutela a Unidade de Missão para o Desenvolvimento do Interior, na dependência do primeiro-ministro, mostrou a sua indignação com uma curta nota na sua página no Facebook: “Um ministro não pode ameaçar fisicamente e em público um cidadão. É inaceitável.”O PSD e CDS ficaram-se pela censura pública sem pedir a demissão do ministro, apesar de um dos vice-presidentes da bancada social-democrata (Sérgio Azevedo) ter dito, nas redes sociais, que esss era a solução. O BE mostrou desagrado, com fonte bloquista a apontar que “são coisas que um governante não deve dizer. Não é o cargo que se adapta ao titular, é o titular que tem que se adaptar ao cargo”.Ministro de recursoEm novembro, à última hora, António Costa viu-se obrigado a me-xer na estrutura do governo: João Soares, que era para ir para a De-fesa, acabou na Cultura. A morte de Paulo Cunha e Silva trocou as

voltas ao primeiro-ministro socialista e obrigou-o a convidar para a pasta aquele que, na Cultura, exibia na lapela uma passagem pela vereação de Lisboa e uns escritos eróticos publicados no exterior.De então para cá, o Ministério da Cultura foi notícia pela demissão na praça pública de António Lamas, que era presidente do Centro Cultura de Belém, o caso dos quadros de Miró, a nomeação de Pa-checo Pereira para Serralves e o orçamento para o setor.Foram estes factos que levaram o crítico e programador, Augusto M. Seabra, a desancar, nas páginas do Público, na política de “tempo velho” do governo socialista, que já vinha de antes das eleições, com António Costa a usar o setor da cultura “como ornamento” e que é concretizada por um gabinete que, “no caso” de João Soares, “trata-se de uma confraria de socialistas e maçons”. Para o CCB, Soares no-meou “um velho apparatchik” e a escolha de Pacheco Pereira para a administração de Serralves é “esdrúxula”.O ministro não se ficou. “Em 1999 prometi-lhe publicamente um par de bofetadas. Foi uma promessa que ainda não pude cumprir. Não me cruzei [sic] com a personagem, Augusto M. Seabra, ao lon-go de todos estes anos. Mas continuo a esperar ter essa sorte. Lá chegará o dia. Ele tinha, então, bolçado sobre mim umas aleivosias e calunias. Agora volta a bolçar, no Público. É estória de “tempo velho” na cultura.”À esquerda, houve mais gente a pedir a demissão do ministro da Cultura, como o comentador e jornalista, Daniel Oliveira. “Um ministro que ameaça fisicamente quem o critica não pode ser mi-nistro”. E acrescentou: “Depois deste post João Soares tem de se de-mitir, António Costa tem de se demarcar desta ofensa à democracia e os partidos que sustentam o governo têm de ser muitíssimo cla-ros. Não há inimputáveis em política e se permitimos que a ameaça física passe a ser a forma dos governos reagirem à crítica tudo é possível.

*Costa põe João Soares na ordem e obriga-o a pedir desculpa

Já há um novo Ministro da Cultura

car.” O novo governante adianta que não estava à espera, mas considera-se “honrado com o convite do primeiro-ministro. Em termos de vida pessoal e de trabalho é evidentemente uma coisa completamente diferente do que agora faço”.O novo ministro, um dos con-sagrados poetas portugueses da atualidade, estava para se reformar em fevereiro de 2017, momento em que passaria à disponibilidade e regressaria a Lisboa: “Realmente, todos os meus planos de vida foram to-talmente mudados. Passava à disponibilidade em fevereiro e teria que regressar nessa altura. Agora, em vez de regressar mais tarde volto imediatamente.”

O poeta Luís Filipe Castro Men-des deveria regressar a Portugal em fevereiro de 2017, mas o convite de António Costa já o fez perder o sonoApanhado de surpresa com o convite para substituir o minis-tro João Soares, o novo titular da pasta da Cultura revela ao Diário de Notícias o sentimen-to que a sua nova situação lhe provoca: “Não tenho pensado noutra coisa nas últimas horas.” Luís Filipe Castro Mendes, em-baixador no Conselho da Euro-pa, em Estrasburgo, confirma também que dormiu um pou-co menos em paz do que lhe é habitual: “É um desafio muito grande, ao qual procurarei res-ponder à altura e corresponder à confiança que o primeiro-mi-nistro colocou em mim.”Para Luís Filipe Castro Men-des “ainda é muito cedo para transmitir qualquer ideia para o cargo de ministro, daí que nada tenha ainda para comuni-

Page 17: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 Portugal . 1711 Abril 2016

Uma “nova vida” da social-democracia em Portugal?

Orgulhosamente, líder da oposição. Passos sem pressaLíder social-democrata avisa que só haverá “compromissos” caso o PS se aproxime das ideias do PSD. E desafia António Costa para reformar sistema político e Segurança SocialNem a virar para a esquerda nem à espera de eleições. No encer-ramento do 36.º Congresso do PSD, Passos Coelho garantiu que o partido “não tem pressa” para voltar ao poder e assumirá uma oposição construtiva, sem abdicar de convicções. Está assim dada a resposta aos que o acusavam de estar a fazer uma oposição pouco feroz.O líder do PSD lançou avisos à navegação para dentro e para fora do partido. Avisou António Costa (e também o Presidente Rebelo de Sousa) de que o partido não irá virar à esquerda e que será o PS a ter de se aproximar ao centro: “Não queiram falar de compromissos de ideias se não se aproximarem de nós. Apresentamos as nossas propostas, mas não nos peçam que troquemos de convicções. As regras são claras.”Passos insistiu em convidar o PS para se sentar com o PSD em duas reformas: a da Segurança Social (para a qual desafia até “todos os partidos”) e do sistema eleitoral. Sobre esta última, para a qual de-fende a introdução do voto preferencial e a redução do número de deputados, aproveitou para dizer que não quer eleições antecipadas: “É a altura certa para fazer esta reforma, já que não haverá eleições para a Assembleia da República nos próximos anos e eu espero que não haja.”

A contar com o CDSApesar de estar na reserva para, no futuro, governar, garantiu que o PSD não vai deixar de apresentar propostas no Parlamento para melhorar o “presente” dos portugueses de forma a “responder aos problemas” como os da demografia, dívida, sustentabilidade da Se-gurança Social e do combate às desigualdades (o que mais se apro-xima da prometida “social-democracia, sempre”).

O “Diário de Notícias” conta que a reunião entre Presidente e Pas-sos coincidiu com o dia em que chefe de Estado passou a ter poder para dissolver ParlamentoO Presidente da República não resistiu a enviar mensagens escritas a alguns congressistas logo após as intervenções que os mesmos fi-zeram no 36.º Congresso do PSD. Sem poder estar presente, Marce-lo Rebelo de Sousa não dispensou alguns comentários - em jeito de felicitação e via SMS - a alguns notáveis (e não só) que confirmaram esses contactos ao DN.

Fonte oficial da Presidência confirmou que Marcelo Rebelo Sousa “acompanhou o congresso pela televisão, como qualquer portu-guês”. Já sobre os SMS, a mesma fonte diz desconhecer a que título foram enviados.Os militantes contemplados ficaram surpreendidos com a atenção que o ex-líder estava a dar ao congresso, já que agora é chefe de Estado. E ouviu algumas coisas a seu respeito. Desde logo, Passos Coelho tratou-o várias vezes como “doutor Rebelo de Sousa”, a fazer lembrar as referências de Alberto João Jardim a Cavaco como o “sr.Silva”.Passos e Marcelo, como é público, não são próximos. Tenha ou não recebido uma mensagem do Presidente após os discursos que fez, é certo que ontem, Passos pôde ouvir a opinião de Marcelo. E de viva voz. O Presidente recebeu o líder do PSD em Belém um dia após o Congresso (o que é tradição na política portuguesa), que, por coincidência, ocorreu no dia em que Marcelo passou a ter o poder constitucional de dissolver a Assembleia da República.“Uma boa conversa”. Foram as únicas palavras de Passos Coelho - que se fez acompanhar dos vice-presidentes Jorge Moreira da Silva e Teresa Leal Coelho e pelo secretário-geral Matos Rosa - após quase duas horas de conversa em Belém.Passos deverá ter transmitido ao Presidente (“suspenso militante do PSD”, como também lhe chamou durante o congresso) o que disse no domingo: que só há “compromisso” com o PS, caso os socialistas se aproximem do que pensa o PSD. Nunca o contrário. E que está disponível, para já, para duas reformas: Segurança Social e sistema político.

Estruturas para atacar governoDurante o congresso, Passos vestiu, finalmente, o fato de líder da oposição. E tenta reorganizar o partido nesse sentido. Desde logo, mexe no Instituto Sá Carneiro, que é adaptado à oposição, mais vi-rado para o debate de ideias e para dar réplica ao governo socialista (reativar o gabinete-sombra é uma hipótese em cima da mesa).Precisamente, por ser necessária uma maior presença é que Passos troca Carlos Coelho por Pedro Reis. O ex-presidente do AICEP tem uma vantagem óbvia para liderar um órgão que passa a ter uma atuação mais regular: está em Portugal.

Carlos Coelho, como eurodeputado, passa a maior parte do tempo em Bruxelas. Porém, o deputado europeu vai continuar como reitor da Universidade de Verão, um projeto de formação de quadros que é considerado um bom exemplo no partido.

Por outro lado, Passos reativa o Conselho Estratégico, que não tinha influência desde a direção de Marques Mendes. De acordo com os estatutos do PSD, o Conselho Estratégico “integra personalidades de reconhecido mérito, e competência, militantes do PSD ou inde-pendentes, e destina-se a aconselhar o presidente do partido no que toca às grandes questões nacionais.”Para presidir a este novo órgão Passos Coelho escolheu o até agora vice-presidente José Matos Correia. A escolha dos membros deste órgão é estatutariamente da responsabilidade do líder. A ideia é ser composto por notáveis. No tempo de Marques Mendes, compu-nham o conselho nomes de dentro e fora do partido como Ângelo Correia, Carlos Pimenta, João de Deus Pinheiro, Eduardo Catroga, Nogueira Leite, Pacheco Pereira ou João Lobo Antunes.

Na resposta a Passos, ainda na nave de Espinho, a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, disse esperar do PSD uma oposição mais construtiva” que “possa ser consubstanciada em pro-postas concretas, uma vez que [o PSD] se demitiu de as apresentar no Orçamento ou mesmo no Plano Nacional de Reformas”.Sobre o desafio para reformar a Segurança Social - para o qual Pas-sos adiantou já contar com o apoio do CDS -, a dirigente socialista admitiu que o PS está “obviamente” preocupado com o problema da sua sustentabilidade. No encerramento, o presidente do PSD aproveitou a presença na sala da líder do CDS, Assunção Cristas - que saudou no discurso -, para piscar o olho aos centristas. “Nos últimos anos, juntamente com o CDS, mostrámos ter o sentido de responsabilidade para co-locar os interesses dos portugueses sempre acima das divergências partidárias. Fizemo-lo no governo, e faremos agora na oposição com certeza.”Em declarações no final, a presidente do CDS felicitou o PSD por ter demonstrado em Espinho querer ter “força, ambição e vontade de servir o país” na oposição. “O espaço político de centro-direita, para voltar a governar, tem de se tornar mais forte. Nós no CDS faremos certamente a nossa parte, e pelo que vimos o PSD está tam-bém animado para fazer a sua parte.”

*Marcelo enviou SMS a notáveis do PSD durante o congresso

Foi um “balde de água” fria caído por sobre a cabeça de um jovem jornalista que, naquela altura, era, para além do mais, deputado (vogal se chamava ao cargo, para não haver confusões com a Assembleia Nacional de então) na Assem-bleia Legislativa do Estado Português de Angola e presiden-te da Secção de Angola do Sindicato Nacional (português) dos Jornalistas.Preparado o discurso - então com a ajuda do colega e ami-go Nunes Pereira - esperou-se o dia em que na Assembleia Legislativa ele seria lido. Com tudo o que era comunicação social em directo. Com todos os olhos e ouvidos postos no então jovem que o iria ler.Quando chegou a altura... fiz o meu melhor. Não batendo no general e pegando em muita coisa boa que o “Portugal e o Futuro” tinha. Tão bem ou tão mal me saí que, ao regres-sar à Emissora Oficial, que então chefiava, um colaborador da estação, já então conotado com as teses independentistas do MPLA, o técnico Saraiva (que era um óptimo técnico) se chegou ao pé de mim... e me disse com ar meio diverti-do: “Malandro... safaste-te outra vez...” Era talvez a prova de que tinha feito o meu melhor...Reparo agora que, contrariamente ao que é meu timbre, escrevo, hoje, na primeira pessoa. Não levem a mal. Há his-tórias... que a História ainda não escreveu... que têm outro sabor quando se diz o “eu vi”, “ninguém me contou”, “não li nos livros”. Eu vi. E este “Portugal e o Futuro”, que tinha em si o cerne de uma Federação decente... era bem capaz, se tivesse sido levado a sério, de ter apagado da vida dos povos africanos de expressão portuguesa... algumas décadas de sofrimento e morte.“Portugal e o Futuro”. Se tiver tempo e quiser ter uma ideia concreta de como “tudo” - ou quase tudo - começou quan-do se fez a chamada “Revolução dos Cravos”, é imperioso que leia o Livro. António Spínola já se foi e ninguém lhe vai bater se o virem com um livro ainda “incómodo” para muitos...

Ninguém reparou nisso. Poucos se interessam, já, por aqui-lo que foi o cerne de uma verdadeira revolução em Portugal e poderia ter aberto as portas a uma outra “forma de fazer” a democracia. Há mesmo quem, deliberadamente, queira “enterrar” os conceitos que estiveram na base de uma situa-ção que a História nem sequer catalogou ainda.E, no entanto, fez já 40 anos anos que saiu para as bancas o livro “Portugal e o Futuro”, do general António Spínola e que foi a “bíblia” que faltava ao descontentamento genera-lizado que se vivia no país de “brandos costumes”, a gemer, talvez, sob o fardo de dificuldades múltiplas.Os excertos então publicados no “Expresso” fizeram-me entrar na redacção onde então trabalhava a cantar loas de satisfação. Maximino Vieira, Belmiro Vieira e a Dala, entre outros, ainda se devem lembrar da satisfação que todos nós sentimos, a despeito de trabalharmos num jornal, o “Diário de Luanda” que era tido como “situacionista”. Recordo, com alguma nostalgia - e pouco mais que nostal-gia - que a minha satisfação e a minha alegria demoraram pouco. Do outro lado do fio telefónico, alguém me chamava. Era o então secretário-geral de Angola, Soares Carneiro - na altura creio que coronel - a pedir-me para eu ir ao seu ga-binete. Lá fui, certo como estava de que, por essa altura, o pedido de uma figura da sua envergadura era uma “ordem”. Disse-me, desde logo, que era necessário comentar o livro “Portugal e o Futuro”, acentuando coisas que estariam mal na sua contextura. Recordo-me, vagamente, que perguntei ao governante se era para “bater no general Spínola”. Respondeu-me, acto contínuo, que não, que ninguém ia bater no “nosso gene-ral”. O que era preciso - dizia-me - era que esclarecêssemos pontos. Que, de facto, já éramos independentes, na nossa maneira de encarar o futuro de Portugal, que toda a gente entendia e linguagem de Marcello Caetano, que...

Portugal e o Futuro

Fernando Cruz Gomes

Page 18: ABC n 304 Compact

Conceição Baptista

11 Abril 201618 . Ler e contar

Ensinar e Aprender!De amizade é feita esta escrita. De amizade, convivência, respeito e de apreciação também.Um conjuntos de coisas que nos faz escolher os amigos, neste caso as amigas, e são amizades assim, que duram uma vida inteira.

Entre amigas, fala-se sempre na família, do orgulho pela família, do amor pela família. Contam-se histórias dos filhos, contam-se, ainda mais, dos netos.

E foi assim... num ambiente saudável, numa colectividade a que pertenço, que conheci uma das minhas melhores amigas. Também por esse tempo conheci a família dela, os filhos, os netinhos. A mais pequena era mesmo muito pequenina, uma menina linda, de olhar meigo e com um nome muito lindo, que mais parece de um conto de fadas. Chama-se Isabella, nome de Rainha. Nome que, na mais perfeita tradução para português, me fez lembrar a Rainha Santa Isabel.

Há, aproximadamente, uns três anos, a minha amiguinha Isabella começou a chamar-me por “The Teacher”, não porque eu lhe tivesse ensinado algo, mas simplesmente porque costumo levar para a colectividade, em certas ocasiões, uns caderninhos com desenhos para colorir e uns quantos lápis de cores. Sempre que nos encontramos falamos da escola, do que ela gosta mais de fazer por lá. Muito recentemente, eu disse à Isabella que ela tinha o nome de uma Rainha de Portugal. Dessa Rainha que ficou na história, não somente porque era rainha, mas pela sua bondade.

E contei à minha pequenina amiga, assim um tanto por alto, “O Milagre das Rosas”. A Isabella - pude ver logo de inicio - ficou impressionada e feliz.

Passadas umas poucas semanas... apresentou-se no nosso Baile de Carnaval com um lindo traje real. Pensei... que era só isso. Mas não, disse-me a Isabella. Afirmou até que estava vestida como a Rainha Santa Isabel!

Por sorte, naquele dia... eu tinha levado comigo um resumo do “Milagre das Rosas” em inglês, e em português, para que a avó lhe pudesse ler.

Abracei a minha linda amiguinha e emociou-me ver, naquele momento, como são maravilhosas as crianças no seu desejo de aprender. Na sua capacidade de criar, de imaginar. E pensei... que é através da linguagem e do comportamento dos adultos que a criança, a todo o instante, pode adquirir e ligar aos seus conhecimentos novos ensinamentos, principalmente com lendas, contos e canções de antigamente. Alargando a sua natural curiosidade e assim facilitando a aprendizagem.

Quanto mais histórias lhes contamos mais querem saber e a necessidade de conhecimento agudiza-se, enriquecendo o seu mundo de fantasia e magia. E é então que surgem as perguntas. Muitas perguntas... e é quando chega a altura de nós, adultos, estarmos atentos e preparados para ajudar a preencher essa ânsia de aprender.E fico a pensar... não será que, infelizmente, hoje em dia, damos às nossas crianças muitos jogos electrónicos e lemos poucas - pouquissimas - histórias e lendas? Não será que com todo este sofisticado método da alta tecnologia estamos a perder conhecimentos que enriqueceram o ensinamento popular durante séculos?

Será que não valia a pena repartir o nosso tempo com as crianças e jovens, entre os avanços do presente e o eficaz conhecimento e valores do passado?

Todas estas perguntas despontam, graças ao convívio com os mais pequeninos, com crianças como a amiguinha Isabella. Da sua curiosidade de aprender e no seu interesse pelas antigas lendas, que tanto gostam de ouvir... e que despertam em mim a vontade constante de ensinar... e de aprender!

Plácido Domingo canta pela AmazóniaUm concerto de Plácido Do-mingo, acompanhado por coro e orquestra, num palco gigante e flutuante, em pleno rio Ne-gro, na floresta da Amazónia do Brasil. Esta é a próxima loucura saída da cabeça do empresário Roberto Medina, o criador do Rock in Rio. Os pormenores sobre este evento foram agora desvendados no Rio de Janei-ro, onde a organização lançou o Amazónia Live - Projeto Social do Rock in Rio para todas as edições do festival até 2019. O concerto vai acontecer a 27 de agosto e tem como objetivo cha-mar a atenção do mundo para a catástrofe ambiental que está a acontecer naquela floresta.Cada edição do Rock in Rio costuma ter um projeto social diferente - já contribuiu para a construção de uma escola na Tanzânia, para a educação de jovens desfavorecidos no Rio de Janeiro, já instalou 760 painéis solares em escolas portuguesas e doou mais de 2200 instru-mentos musicais. Mas agora Roberto Medina dá um passo em frente: “Estamos fazendo um investimento muito grande, de oito milhões de reais, para plantar um milhão de árvores na Amazónia e ainda fazer uma campanha de comunicação enorme para que todo o mundo fique sabendo que a floresta está correndo perigo”, explica ao DN Roberto Medina.

O pulmão do mundo“A Amazónia parece uma coisa distante mas é muito importan-te para o mundo inteiro”, expli-ca Medina. “20% da água doce do planeta está na Amazónia. É uma floresta que transpira todos os dias 20 biliões de li-tros de água. Essa floresta cria uma nuvem de água que passa pela cabeça da gente, por todo o Brasil e pela América Latina e vai até à Patagónia. Então, se estamos destruindo a Amazó-nia, esse não é um problema só do Brasil”, avisa. E a destruição é real: nos últimos 40 anos a flo-resta perdeu 17% da sua dimen-são. “Hoje em dia, o mundo está totalmente desconectado

dessa causa da natureza e o que acontece é que há cada vez mais catástrofes naturais.”

O que podemos fazer? “De-nunciar a situação não chega. Vou pedir às pessoas de todo o mundo que plantem uma árvo-re. Plantar uma árvore é fácil, é algo que todos podem fazer. No Brasil, custa apenas três reais, o que é menos de um euro. E além disso é uma coisa bacana de se fazer.”Qualquer pessoa poderá con-tribuir para esse projeto. “Eu queria que cada bilhete do Rock in Rio Brasil virasse uma árvore mas isso ainda não está fecha-do”, revela.

Música na AmazóniaO sucesso do projeto passa tam-bém por “uma campanha de co-municação muito forte”, garante o empresário. Que inclui levar o tenor Plácido Domingo para um concerto “muito especial” em pleno rio Negro. “Vai ser lindo”, antevê Roberto Medina. O concerto não será aberto ao público mas apenas para cerca de 200 convidados de todo o mundo - jornalistas, formado-res de opinião, artistas, algumas pessoas famosas. O objetivo é levar as pessoas à Amazónia e sensibilizá-las para o proble-ma. Além disso, o concerto será transmitido para todo o mun-do.

O envolvimento de portugueses no escândalo designado “Papéis do Panamá” está quantificado, por enquanto, em 34 pessoas, 244 empresas e 255 acionistas, de acordo com dados divulgados pelo jornal irlandês Irish Times.

Uma investigação realizada por uma centena de jornais em todo o mundo sobre 11,5 milhões de documentos revelou bens em paraísos fiscais de 140 responsáveis políticos ou personalidades públicas.

O conjunto de documentos, denominados “Papéis do Panamá”, provém da empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca. Segundo a BBC, onze milhões de documentos de uma das empre-sas mais secretas do mundo, foram divulgados, e revelam como a Mossack Fonseca tem ajudado os seus clientes na lavagem de dinheiro, em contornar sanções e na evasão fiscal. De acordo com o Consórcio Internacional de Jornalistas de In-vestigação, que reuniu para este trabalho 370 jornalistas de mais de 70 países, mais de 214.000 entidades ‘offshore’ estão envolvidas em operações financeiras em mais de 200 países e territórios em todo o mundo.A informação está disponibilizada num mapa-mundo, no site do Irish Times, em http://www.irishtimes.com/business/panama-pa-pers.Gente lusa também na investigaçãoO semanário Expresso e o canal de televisão TVI estão a parti-cipar nesta investigação em Portugal. No Brasil, participam da investigação o portal Uol e o jornal Estado de S. Paulo. Várias em-presas investigadas no âmbito da operação Lava Jato, a cargo do

Ministério Público Federal e da Polícia Federal, de combate à corrupção e lavagem de dinheiro, também fazem parte das listas, entre elas o grupo Odebrecht.

A investigação jornalística, divulgada na noite de domingo, é desenvolvida pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de In-vestigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington, e destaca os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamiana de advogados Mossack Fon-seca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas “offshore” em mais de 200 países e territórios.

A partir dos Papéis do Panamá (Panama Papers, em inglês) como já são conhecidos, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em “offshores” e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles rei da Arábia Saudita, elementos próximos do presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón, informa a agência Lusa.

A empresa Mossack Fonseca diz que opera há 40 anos acima de qualquer crítica ou ilegalidade e nunca foi acusada de qualquer ato criminoso.Originalmente, os documentos foram obtidos pelo jornal ale-mão Sueddeutsche Zeitung, que os partilhou com o Internatio-nal Consortium of Investigative Journalists (ICIJ).

Pelo menos 34 portugueses apanhados nas listas do “Papéis do Panamá”

Page 19: ABC n 304 Compact

Fernando Cruz Gomes

A última roda do carro que se foi...

11 Abril 2016 11 Abril 2016 Ler e contar . 19

As autoridades angolanas pediram ao FMI para negociar um programa de assistência económica e financeira. As negociações arrancam nesta semana em curso e o resgate deverá ter um prazo de três anos. Vale a pena referir, a propósito, a maneira como Marcelo Rebelo de Sousa reagiu ao tema. O Presidente da República não quis pronunciar-se especificamente sobre o recurso de Angola ao Fundo Monetário Internacional. Mas desejou que o processo “corra bem”. Marcelo Rebelo de Sousa recusou quarta-feira comentar, em específico, o pedido de assistência económica e financeira de Angola ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas foi dizendo genericamente que o que correr bem aos Estados da CPLP terá reflexo positivo em Portugal. “Há razões para Portugal desejar que em relação a Angola ou qualquer outro Estado irmão da CPLP sejam proporcionados o apoio financeiro e condições que permitam um maior futuro económico. O que correr bem a esse Estado, corre bem a Portugal. Apostamos em que corra bem”, afirmou aos jornalistas, quando questionado sobre se Portugal teria razões para se preocupar com este pedido.

FMI pronto para ajudar Angola

O FMI confirmou quarta-feira ter recebido o pedido de Angola e disse-se “pronto para ajudar Angola a enfrentar os actuais desafios económicos”. O pedido de Angola surge no mesmo dia em que, há cinco anos, Portugal reconheceu a necessidade de ajuda externa, que viria a desencadear a entrada da troika e o resgate de 78 mil milhões de euros.

O Executivo de Luanda justifica o recurso aos cofres do FMI com o declínio dos preços do petróleo nos mercados internacionais, matéria-prima da qual a economia é fortemente dependente. A redução do valor do barril e dos investimentos das multinacionais produtoras de petróleo no país fizeram cair a pique a entrada de dividas estrangeiras no país e colocaram ainda forte pressão nas receitas fiscais de Angola.

A última vez que aquele país recorreu a financiamento do FMI foi em 2009, na sequência do impacto da crise financeira internacional.

Dói-me. Dói-me aqui, no local a que chamamos coração. Talvez mesmo numa mente enevoada de tantos medos. Dói-me aqui, sim. É que ela era a última roda de um carro velho. E se falo nela – agora que ela se foi para o outro lado da rua grande – é porque ela me impressionou desde sempre. Irmã mais nova de uma mulher grande que se finou por aí e a que eu chamava mãe (porque ela o era e sabia ser...) tinha no semblante o ar feliz de quem sabia ter cumprido a obrigação maior de uma mulher grande, enorme, no seu deambular por este mundo louco. A obrigação maior de amar os que a rodeavam. E ela até partilhava esse amor pelo sobrinho que saiu de casa, muito cedo, e se embrenhiou pelos matagais sombrios de uma emigração que nem todos entendem... e ela contabilizava pelos minutos de um telefonema que eu lhe fazia vezes sem conta. A contar malquerenças, A dedilhar as cordas da saudade. A incentivar tudo e todos a amar o outro, seja ele irmão, amigo, ou simples conhecido.Aquela tia, que agora se foi, vai fazer-me muita falta. Fá-lo-á, também, aos filhos, que a viram finar-se. Fá-lo-á, decerto, aos que a acompanharam numa Coimbra onde ela foi professora e fez crescer os seus. Mas a mim, que perdi o outro arrimo que me deu o ser e um pouco do saber... ela ficará a apontar-me, de longe, o dedo amigo que representava, afinal, o amor quase maternal. Que vê tudo, mesmo estando longe. Que entende as agruras que nos vão atapetando o caminho. E que, mesmo de longe, sofria com o que eu sofria.Aquela tia... aquela tia! Vai fazer-me falta. Está já a fazer-me falta! Quase tanta como a outra mulher que era a mãe. Quase tanta como o fantasma do amor materno, que eu perdi, antes de a perder a ela. Aquela tia... já está a fazer-me falta. Era capaz de me mandar – pelo telefone, eu sei – a ordem de não chorar, porque as lágrimas não ajudam a entender os dramas do dia-a-dia.E mesmo assim, lembrando até muitas outras grandes mulheres que andam por aí nos matagais inhóspitos da emigração, a fazer o seu acto de amor... eu continuo.Sim, sim. Aquela senhora ali que é sua mãe. E a outra que é sua irmã e que vive paredes meias consigo, as agruras do seu dia-a-dia ou a alegria de ver os mais novos a crescer e a multiplicar-se. Para elas, o meu abraço (quase cibernético e hertziano) de compreensão e amor.A tia Céu! Aquela tia, que me ensinou tantas coisas, e que se foi emnbora quando eu tanto precisava dela! Aquela tia que me acompanhou os estudos e me deu arrimo e os braços amigos quando a África me chamou, a América me fez tagatés de quase amante... e a profissão – ai a profissão... – se enleou em mim quando ela visionava outra coisa para o sobrinho predilecto (eu assim o penso).Foi a última roda de um carro velho que já está meio desconjuntado e que só marchava... marchava... porque lá – na Coimbra do saber – ela me mandava o seu abraço quase maternal.Perdi, de facto, a última roda de carro velho. Agora vou ter de andar sòzinho. Não sei é se serei capaz. Quem me vai ajudar... quem?!

Na altura, o Estado - que aderiu ao Fundo em 19 de Setembro de 1989 - beneficiou de um “stand-by arrangement” durante 27 meses (dois anos e três meses, entre 2009 e 2012) no valor de cerca de 1.400 milhões de dólares. “Recebemos um pedido formal das autoridades angolanas para iniciar negociações sobre um programa económico que possa ser suportado por assistência financeira do FMI”, refere um comunicado da instituição presidida por Christine Lagarde.

“O FMI está pronto para ajudar Angola a enfrentar os actuais desafios económicos, com um pacote de políticas abrangentes para acelerar a diversificação da economia, salvaguardando a estabilidade macroeconómica e financeira”, acrescenta o comunicado, segundo o qual as discussões com as autoridades angolanas sobre as condições e montantes do resgate serão iniciadas já no final da próxima semana, no quadro dos encontros de Primavera do FMI e do Banco Mundial que decorrem em Washington.

“Igual” ao “resgate” a Portugal?

O programa de assistência deverá ter duração de três anos, prazo semelhante ao do ainda recente resgate da troika a Portugal, no qual o FMI entrou com um terço do empréstimo de 78 mil milhões de euros que foi pedido faz hoje precisamente cinco anos por José Sócrates.

Segundo Luanda, as discussões com o FMI serão prosseguidas “pouco depois, em Angola, para definir claramente o âmbito de medidas de política económica a serem tomadas no quadro dos requisitos do Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility – EFF), com forte foco em reformas para remover ineficiências, manter a estabilidade macroeconómica financeira, estimular o potencial económico do sector privado, e reduzir a dependência do sector petrolífero”.

O Ministério das Finanças, liderado por Armando Manuel, acrescenta que o Governo irá trabalhar com o FMI “para conceber e implementar políticas e reformas destinadas a melhorar a estabilidade macroeconómica e financeira, nomeadamente através da disciplina fiscal”.

*Para Marcelo Rebelo de Sousa “o que correr bem a Angola… é bom para Portugal”

Angola pede ajuda ao FMI

O economista e director do portal Expansão Carlos Rosado de Carvalho considera que o pedido do Governo de Angola ao FMI vem com muito atraso e lembra que há um ano defendeu um acordo com aquela organização.

“A falta de credibilidade de Angola é o grande problema que o país enfrentar e que poderá ser superada com este acordo com o FMI, que vai impor um padrão de comportamento que ele próprio irá monitorar, dando assim garantia aos investidores e ao mercado internacional”, explica o especialista.

Rosado de Carvalho considera que mais do que dinheiros, “este tipo de acordos dão credibilidade porque o Governo apresenta um programa e compromete-se a cumpri-lo porque é avaliado e monitorado pelo Fundo Monetário Internacional”.

Com o futuro acordo, Angola passa a ter acesso a fundos, ao mesmo tempo que o Governo terá de seguir uma série de medidas sobre as quais parece haver consenso no país. O acordo pode ter a duração máxima de quatro e, nas contas de Rosado de Carvalho, pode chegar a um montante de até 850 milhões de dólares para Angola.

Para aquele especialista, além do dinheiro que entrará nos cofres do Estado, este terá de fazer cortes no já deficiente orçamento.

A questão saber como serão esses cortes.

“Na minha opinião haverá cortes em todos os sectores, a grande questão, no entanto, é saber onde se vai cortar mais ou menos”, assinala Carlos Rosado de Carvalho

Antes, o Ministério angolano das Finanças afirmou ter feito o pedido com “o objectivo de desenhar políticas macroeconómicas e reformas que restaurem o crescimento económico forte e sustentável, fortalecer a moldura institucional que suporta as políticas económicas, lidar com as necessidades da balança de pagamento, e manter um nível adequado de reservas internacionais”.

As negociações entre Angola e o FMI devem começar já em Abril nas chamadas Reuniões de Primavera da organização que acontecem no final da próxima semana em Washington.

“Acordo com o FMI chega tarde, mas será bom para Angola”

Page 20: ABC n 304 Compact

Paulo Alves – Carlos MoreiraPick-Up Mercedes

será Classe X?

20 . Automobilismo 11 Abril 2016

Segundo avançam os média britânicos, a Mercedes já terá escolhido o nome para a pick-up que pode ser apre-sentada no outono, durante o Salão Automóvel de Paris.Com a apresentação marcada para outubro na Mondiale de L’Automobile, em Paris, e entrada em comercialização entre 2017 e 2018, a pick-up da Mercedes irá receber o nome de Classe X, de acordo com o que indicam os britânicos da Au-toExpress. Utilizando como base a Nissan Navara, tal como havia sido noticiado em 2015, esta nova aposta deverá equi-par motores de quatro e seis cilindros, na fase de lançamen-to, surgindo também numa fase posterior com uma versão híbrida. Tal como é habitual nas pick-ups, também a Merce-des irá dividir a gama entre versões destinadas ao trabalho e outras mais indicadas para o lazer e utilização pessoal, estas

ABCACEITAM-SE

PEQUENOS ANÚNCIOS1325 St Clair Av

Falar com SolangeTel 416 603 0842

últimas a contar com muitos dos equipamentos disponibili-zados na gama de SUVS da marca germânica

Hyundai apresenta Mapa para a desenvolvimento da Conetividade

A ligação entre automóveis e com a Cloud, o armazenamento de dados e a segurança serão os temas centrais para o novo plano de conetividade dos coreanos da Hyundai.A Hyundai apresentou aquele que considera ser o seu “Mapa para a Desenvolvimento da Conetividade Automóvel”, que tem como objetivo “pavimentar o caminho para inovações” neste campo. O objetivo é forjar alianças com grandes em-presas nesta área, com vista à criação de automóveis inteli-gentes e hiper-conetados, com a pesquisa a focar-se no valor acrescentado que cada solução oferece e na forma como elas ajudam a facilitar o dia-a-dia das pessoas. A Hyundai pre-tende desta forma embarcar numa nova era “do carro à vida” através da ligação ao exterior, considerando que esta é uma fonte infinita de conhecimento com benefícios para a vida dos ocupantes da viatura, que se torna num “computador hi-per-performante sobre rodas” através da comunicação com os outros automóveis e o meio envolvente, como os edifícios e outras infraestruturas.Quatro grandes áreas são consideradas fulcrais numa visão da conetividade a longo-prazo da Hyundai, que são os ser-viços remotos, condução autónoma, trânsito inteligente e ainda um “Hub (‘centro nevrálgico’) conetado de mobilida-de” que ofereça segurança na partilha de dados. A Hyundai explicou sucintamente a importância de cada um destes pon-tos, como poderá ver:•Serviços Remotos: Permite o diagnóstico e reparação (se possível, à distância e sem intervenção física) dos automóveis de forma remota, também com o apoio das tecnologias de-senvolvidas para os sistemas de comunicação V2V (veículo para veículo) e V2I (veículo para a infraestrutura);•Condução Autónoma: A Hyundai destaca nesta solução de futuro as vantagens da segurança que existem através da ligação do automóvel às outras viaturas e também às infraes-truturas;•Gestão Inteligente do Trânsito: Permite otimizar a mobi-lidade, ajudando a optar pelos melhores trajetos e também a reduzir o tempo que se perde em engarrafamentos;• Hub conectado de Mobilidade: Inclui um centro com computadores de elevada capacidade, facilitando a interação do automóvel com o condutor e também com o meio envol-vente;A curto-prazo a Hyundai vai focar-se em soluções que es-tejam acessíveis através de smartphones e outras apps, que servirão de base e facilitarão a integração para as futuras tec-nologias (no último ano foi apresentada no CES uma aplica-ção para smartwatches que permitia controloar à distância diversas funções). Numa fase posterior algumas áreas vão ter prioridade, com a marca coreana a destacar a pesquisa e desenvolvimento de sistemas para a transferência de dados a alta velocidade para a Cloud, bem como a rapidez na obten-ção dessas informações pelo próprio automóvel, com a ne-cessária garantia de segurança. O objetivo é eliminar aquele que a marca considera ser como o último grande obstáculo para que a humanidade entre numa nova era. “O carro é a última fronteira para chegarmos à vida conetada do futuro”, refere a Hyundai no comunicado onde revelou o seu mapa para o desenvolvimento da conetividade.

Jacques Villeneuve: “Os pilotos deviam simplesmente calar-se”

Depois de todas as discussões em torno do formato de qua-lificação para 2016, que envolveram a FIA, a FOM, equipas e pilotos, Villeneuve veio agora dizer que estes últimos “se deviam calar” e focarem-se apenas no seu trabalho.

Uma opinião que vem ao encontro do que já Bernie Eccles-tone havia dito: “Os pilotos nem sequer deveriam ser auto-rizados a falar.”

Para Villeneuve as coisas não são diferentes: “A forma como os pilotos têm reclamado é terrível para a Fórmula 1. Não é problema deles. Eles deviam simplesmente calar-se. Não é problema deles o quão bom ou mau é o espetáculo para a TV. Eles deviam apenas forcar-se no seu trabalho. Numa es-cola, quantos dos vosso colegas seriam capazes de tomarem decisões educadas? Não muitos. Peguem num grupo de 20 pilotos. Peguem talvez em dois deles e o resto deveria apenas calar-se. Por isso, porque haverias de lhes querer dar poder? ”

Campeão do Mundo de Fórmula 1 em 1997, Jacques Ville-neuve veio emitir agora uma opinião que certamente não irá colher grande recetividade no seio da Fórmula 1.

Guenther Steiner: “Esperamos contribuir para que mais equipas se juntem à F1”

A Haas F1 Team está a ter um grande início de temporada. Em ano de estreia, e após duas corridas, a equipa está no quinto posto entre os Construtores, com 18 pontos, todos somados por Romain Grosjean, que ocupa igual posição en-tre os pilotos.Segundo o chefe de equipa, Guenther Steiner, o bom arran-que da Haas pode ser um bom contributo para o futuro da modalidade: “Esperamos que este projeto seja bem-sucedido e então que consigamos que mais equipas se juntem à Fór-mula 1, que é o que precisamos. Sempre dissemos que não queríamos fazer mais do mesmo apenas por que é difícil de fazer bem. Se não deres a ti próprio uma oportunidade para o sucesso, então por que o fazes? Estamos muito satisfeitos pela nossa abordagem”, finalizou.

Page 21: ABC n 304 Compact

11 Abril 2016 Comunidades . 2111 Abril 2016

Muitas vezes também pecamos por pagar mais do que po-díamos pagar se visitássemos a nossa gente. Porque apoiar o comercio externo? Se está a fazer obras em casa não perca tempo nem dinheiro.

Sem mãos a medir...

Jack Prazeres estava por ali. Quase sem mãos a medir, tantas eram as pessoas presentes...Mais uma volta e a certeza de que até as máquinas, por ali existentes para akuguer ou não, tinham muita gente em visão alargada. E a demandarem preços e condições. Realmente, Jack Prazeres e o pessoal que com ele trabalha não tinham mãos a medir. E porque vimos por ali gente miúda... fizemos a pergunta sobre se a empresa é para seguir em frente e em grande.Jack Prazeres disse-nos logo que sim... que era mesmo para continuar. A bebé, que teve ao colo, ainda não entende... mas vai entender.A verdade é que esta Festa da Primavera – deixem que a cha-memos assim – teve o seu interesse. Valeu a pena para o dia-a-dia da nossa comunidade. CMCG – ABC

Porque esse mesmo saldo de primavera pertence ao Senso Building Supplies claro. No Sábado dia 9 de Abril desde das 8 da manha até as 6 da tarde... e outra vez ontem Domin-go das 8 até ao meio dia, a vizinhança do 150 da Rockcliffe Court em Toronto cheirava até as febras na brasa, chouriço e linguiça assada... e o movimento de carros por aquela parte foi sempre uma constante. Quase parecia não parar.

Só por curiosidade, diremos que no Sábado – e certamente também no domingo - tijolo que normalmente pode custar qualquer coisa entre $0.80 e $1.10 custava apenas $0.55 cên-timos... Pode parecer coisa banal ou nem de muito impor-tância mas se disser isso para alguém que esta a fazer obras em casa, é uma diferença grande.

Como é que se pode chamar um “Saldo de primavera” noticia?

Porque quando se trata do “Senso”, trata-se da única loja de material para construção do género na comunidade.

Uma das vezes que por lá passamos, talvez quando abriram na Rockcliffe Court, ouvimos alguém dizer que “ o Senso é o Home Depot português”... na altura rimos, mas a verdade é só uma - não há duvidas que era um enorme elogio.

Com o frio que infelizmente se sentiu este fim de semana, os carros iam chegando e o parque de estacionamento esteve quase sempre cheio. Embora quando chegavam muitos pre-feriram ficar no quentinho da loja e não quisessem passear lá por fora e ver por exemplo as muitas maquinas de construção de aluguer que por lá haviam, o certo que o nome Senso é sinonimo de construção. Muitas vezes pecamos por não privilegiar o nosso próprio comercio...

Sábado e domingo, no 150 Rockcliffe Court, houve festa. Uma festa que tem a ver com o desenvolvimento da cida-

de em geral e da comunidade em particular. SENSO Group esteve a mostrar muitas das suas vantagens, no que toca a materiais de construção, e não só.SENSO Group entendeu que era a altura ideal para apresen-tar parte da sua existência em materiais de construção. Era

como que uma Festa de Primavera, talvez a pensar, até, nos jardins que importa reparar e arranjar. Talvez na época do ano – a Primavera em que estamos – em que as pessoas fa-zem reparações nas suas residências. A Primavera, decerto, serve para tudo isso. E a verdade é que as pessoas aproveita-ram a ocasião e várias centenas passaram por lá. Como é que se pode chamar um “Saldo de primavera”?

O CONSELHO É NOSSOMAS... A DECISÃO É SUA!No InvernoPNEUS e BATERIASSÃO A PARTE MAIS IMPORTANTE DO SEU CARRO

BENTO´S AUTO Service Centre

2000 Dundas St. W. 416 533 2500

ABERTO 24 HORAS POR DIA

NÓS SÓ ACONSELHAMOS!A DECISÃO É SUA!

Agora no Invernoo seu carro

tem de estarem BOAS CONDIÇÕES!

BENTO´S AUTO Service CentreABERTO 24 HORAS POR DIA

2000 Dundas St. W. 416 533 2500

Um “Saldo de Primavera” que abarca todas as épocas*SENSO abriu as suas portas, de novo, sábado e domingo. E... venceu

Page 22: ABC n 304 Compact

«Foram surpreendidos com o rápido progresso da investigação e acabaram por optar atacar em Bruxelas», disse o Procurador-Geral que acrescentou que um dos suspeitos é acusado de ter planeando um ataque em Paris.

A célula terrorista responsável pelos ataques de 22 de março, e que se preparava para realizar um novo ataque em França, foi este domingo desativada. Os jihadistas queriam atacar Paris novamente mas foram surpreendidos pela progressão das investigações e acabaram por à última hora mudar o local do ataque para Bruxelas.

Os organizadores do duplo ataque suicida que causou a morte a 32 pessoas tinham inicialmente intenção de realizar novos ataques na França, mas a detenção de vários elementos da célula terrorista levaram à mudança de planos, informou este domingo o promotor federal belga.

«Muitos elementos da investigação mostram que o grupo terrorista tinha a intenção de atacar novamente em França», revelou o Procurador-Geral belga em conferência de Imprensa.

Economia portuguesa – Balança comercial de bens degradou-se ligeiramente em feve-reiro, refletindo fortes acréscimos tanto das exportações, como das importações, estiman-do-se atualmente um contributo negativo das exportações líquidas para o crescimento, em cadeia, do PIB no 1.º trimestre, mas man-tendo-se consistente com o nosso cenário de crescimento do PIB entre 0.4% e 0.6%, su-portado, essencialmente, pelo consumo pri-vado e pelo investimento em capital fixoTratou-se de uma semana em que foram conhecidos pou-cos indicadores económicos e que ficou marcada pela divulgação dos dados de fevereiro sobre a balança co-mercial de bens, que revelaram uma ligeira degradação de saldo, segundo os dados ajustados de sazonalidade, refletindo fortes acréscimos tanto das exportações, como das importações.

Défice comercial de bens desagravou ligeiramente, em fevereiro, refletindo fortes acréscimos tanto das expor-tações, como das importações…

Com efeito, a balança comercial de bens registou um défice de 713 milhões de euros (M€), em agravamento face aos 660 M€ do mês anterior (revisto dos anteriores –643 M€), tendo resultado de um forte acréscimo tan-to das exportações, como das importações. Note-se, no entanto, que estes dados do comércio internacional são bastante afetados pela sazonalidade, sendo que, quando descontados desse efeito (cálculos do Montepio), conti-nuam a revelar um agravamento do défice comercial, mas

menos intenso (+2.2% vs +8.0%, dados não ajustados), traduzindo também um forte acréscimo tanto das exporta-ções, como das importações e um pouco mais intenso em termos relativos nas primeiras (mas não em termos abso-lutos). Esta degradação de saldo reverteu menos de 20% da melhoria observada em janeiro, mas representando a 3.ª degradação nos últimos quatro meses, com o saldo da balança comercial a afastar-se, assim, um pouco mais do nível observado em maio de 2013, quando fez máximos desde dezembro de 1995, permanecendo agora cerca de 234.7 M€ abaixo desse registo.

… estimando-se um contributo negativo das exporta-ções líquidas para o crescimento do PIB no 1.º trimes-tre…

Os dados do 1.º trimestre de 2016 (ainda sem as leitu-ras de março) evidenciam um agravamento do défice da balança comercial de bens a preços correntes, sugerindo um contributo (nominal) negativo para o crescimento do PIB, comportamento que deverá ser confirmado com os dados de março, estimando-se igualmente um contributo negativo das exportações líquidas de bens e serviços para o crescimento do PIB quando medido em termos reais e quando considerados também os dados da balança de ser-viços, depois de terem suportado o PIB no trimestre ante-rior (+0.3 p.p. no 4.º trimestre de 2015).

… mas mantendo-se consistente com o nosso cenário de crescimento do PIB entre 0.4% e 0.6%

Estes dados continuaram, no entanto, a revelar-se con-sistentes com o nosso cenário de aceleração da atividade económica no 1.º trimestre de 2016, com o nosso indi-cador compósito para o PIB a continuar a sinalizar um

Comentário Semanal de Economia e Mercados Parceria ABC / MontePio– Semana de 4 a 8 de abrilBalança comercial portuguesa degradou-se

crescimento entre 0.4% e 0.6%, depois do acréscimo de 0.2% observado no derradeiro trimestre de 2015, com a economia a dever ter sido, no 1.º trimestre, essencialmen-te suportada pelo consumo privado e pelo investimento em capital fixo.

Angola e China evidenciaram as maiores quedas nas ex-portações, contabilizando quebras de 43.3% e 56.1% face ao período homólogo

Fazendo uma análise ao comportamento dos principais mercados, refira-se que, tendo em conta os mercados de destino das exportações nacionais com mais peso em 2015, verificou-se que França e Espanha foram os paí-ses que mais contribuíram para o aumento homólogo das exportações totais de Portugal em fevereiro (face a fevereiro de 2015): +13.0% e +3.4%, respetivamente, quando as exportações totais cresceram apenas 0.8%. Em sentido contrário evidenciam-se as reduções registadas nas exportações para Angola (-43.3%), China (-56.1%) e EUA (-24.0%). Devido à evolução negativa registada, em fevereiro de 2016 a China deixou de pertencer aos dez principais mercados de destino, tendo Marrocos ocu-pado a 10.ª posição. Relativamente às importações, entre os maiores mercados fornecedores em 2015, os países que mais contribuíram para a evolução homóloga das im-portações totais do país (que cresceram 5.3%) foram a Espanha (+7.3%), a Alemanha (+6.9%) e o Reino Unido (+18.4%). Em fevereiro de 2016, salienta-se ainda a as-censão do Brasil aos 10 principais fornecedores, enquanto Angola desceu para a 13.ª posição.

Alteração de estrutura da economia portuguesa para um modelo baseado nas exportações

Note-se que, apesar da acima referida estimativa de um regresso das exportações líquidas às contrações neste iní-cio de ano, a verdade é que o crescimento das exportações ao longo do período recessivo que a economia portuguesa atravessou foi notável e é algo que terá vindo para ficar. No entanto, o crescimento médio observado no período 2011/13 deverá ser superior ao que será observado no pe-ríodo 2014/16, já que a recessão na economia portuguesa levou muitas empresas a procurarem refúgio nas expor-tações, conduzindo a um ganho de quota de mercado nos mercados internacionais. Este efeito será menos impor-tante nos próximos anos (num contexto de recuperação da dinâmica interna da economia), mas poderá ser par-cialmente compensado pela aceleração do crescimento económico mundial. As exportações continuarão a ser um grande motor de crescimento, mas não necessariamente as exportações líquidas de importações, já que a recupera-ção da procura interna será acompanhada por um aumen-to das importações.

A grande diferença face ao período pré crise é que, desta feita, o aumento das importações não deverá ser realizado à custa do endividamento externo, mas financiado com as exportações, esperando-se que a balança corrente seja de novo ligeiramente excedentária neste ano. Em 2015, as exportações de bens e serviços cresceram 5.1%, mais do que os 3.9% registados no ano anterior, mas ainda bem menos do que o observado em 2013 (+7.0%), e as im-portações avançaram 7.3% (em linha com os +7.2% de 2014 e bem mais do que os 4.7% de 2013), dando origem a um contributo negativo das exportações líquidas de -1.0 p.p., o 2.º contributo negativo consecutivo (-1.3 p.p. em 2014) e após um contributo positivo em 2013 (+0.8 p.p.) e representando o 2.º contributo negativo desde 2010 (-0.2 p.p.).

José Miguel Moreira

[email protected]

11 Abril 201622 . De tudo um pouco

Terroristas de Bruxelas queriam fazer novo ataque em França

Cristiano Ronaldo iguala Jonas e HiguaínCristiano Ronaldo, autor do terceiro golo da vitória (4-0) do Real Madrid diante do Eibar, alcançou Jonas e Higuaín na liderança da Bota de Ouro.

O internacional português marcou o seu 30.º golo na presen-te edição da Liga espanhola, igualando assim os registos do avançado brasileiro do Benfica e do argentino do Nápoles.

Cristiano Ronaldo, de resto, leva já seis temporadas conse-cutivas com pelo menos 30 golos marcados no Campeonato espanhol.

Apenas na primeira época no Santiago Bernabéu o portu-guês ficou aquém das três dezenas de golos, terminando a Liga com 26 remates certeiros.

Page 23: ABC n 304 Compact

Por: Antonio Custodio Barros(NhP 7132)

OFERTAS DE EMPREGO

Tel. 416 533-8907Hoje queria falar de dois elementos fundamentais no nosso organismo. São o elemento do fósforo e a vitamina B6. Estes são fundamentais para a nossa saúde e para o bom funcionamento tanto do sistema imunitário, nervoso, e o nosso cérebro.O fósforo é fundamental para a produção de células e para que estas não morram. É também fundamental para o crescimento, mas também para a saúde dos nossos dentes e esmalte mas também para ossos fortes e saudáveis. Contudo, este elementos é daqueles que deve ser tomado durante toda a vida é não só durante a fase do crescimento. Sendo assim bom para crianças, adolescestes, adultos, e pessoas idosas. O que queria chamar à vossa atenção é à importância deste no sistema nervoso e no sistema congênito central. Ou seja, na parte do cérebro que é responsável pelos movimentos e pelo raciocínio. Sendo assim ideal para crianças, estudantes, e pessoas de idade avançada. Ou então para ajudar e completar o tratamento de doenças como a depressão, exaustão nervosa, demência, alzheimer, e parkinson.A vitamina B6 também é fundamental e completa de certa maneira o fósforo. Esta essencial vitamina ajuda a manutenção e produção de células. A falta desta vitamina provoca sérios problemas. Os seus benéficos são como disse complementares aos do fósforo. Pode-se usar também como complemento à vitamina B12. Para problemas nervosos, neurológicos, concentração, e ou envelhecimento do organismo do geral.

ATÉ PARA A SEMANA!

Comentário Semanal de Economia e Mercados Parceria ABC / MontePio– Semana de 4 a 8 de abrilBalança comercial portuguesa degradou-se

ERVANARIA LAGOA AZUL- FLORA UNIVERSAL INC. 1227 DUNDAS ST WEST TORONTO ONTARIO M6J-1X6 CANADA

Consultas por marcacao 416 533-8907 fax-416-533-5324email [email protected]

Fósforo e B6 Coisas e loisas . 2311 Abril 201611 Abril 2016

-Precisa-se de merceneiros com experiência e ajudantes para trabalhar em companhia de armários de cozinha em Missis-

sauga. Contactar Paulo. 416 919 7158.-Procura-se carpinteiro de acabamentos com experiência e

com carta de condução. 647 880 0939.-Restaurante procura cozinheira, ajudante de cozinha e de

limpeza na area de Mississauga. 905 891 6171.-Precisa-se de empregados com experiência para trabalhar na

jardinagem em Mississauga. Contactar Joe, 416 918 8591.-Procura-se florista e ajudante para arranjos e fluente em

Inglês e Português. 416 516 1569 ext. 241.-Companhia de construção precisa de condutores de Roll-O-

FF com carta de condução DZ ou AZ. Contactar Luis, 416 891 1925.

-Procura-se casal para limpar stand de carros em Mississau-ga. Contactar Dianne, 647 530 2449.

-Precisa-se de cabeleireira e esteticista para a area de Missis-sauga. 416 995 0185.

-Procura-se recepcionista com experiência fluente em Inglês a regime de tempo parcial em Mississauga. 905 565 7070.

-Precisa-se de canalizador com experiência para trabalho a tempo inteiro e com carta de condução G. 416 239 6000.

-Padaria precisa de empregadas de balcão e limpeza. 416 220 2276.

Empregada para firmade Marketing e Promoções.com experiênciaem Microsoft, Word e Exele com experiência em trabalho ao telefone.Contacte para o 416 258 8104

ALUGA-SEESCRITÓRIOS1227 DUNDAS ST. W-

Ideal para Contabilista,Advogado ou Arquitecto.

416 854 2019

Precisa-se de pessoal para relva.

Informa Paulo Medeiros, 647 678 6537.

SENHORA PORTUGUESAPrecisa-se de senhora portuguesa

entre os 25 a 40 anos, para limpar duas casas.Bom salário. Contactar 905-764-2939

FAST, EFFECTIVE DRUG FREE PAIN RELIEFFREE 1 minute painrelief treatmentavailable here

Passepelo nosso

Estabelecimento!

VEJA O QUE PODEMOS

FAZER POR SI!

TRY IT INSIDE

TODAY

EXACTO! HOJE MESMO!

Um novo serviçoACEITAM-SEPEQUENOS ANÚNCIOS1325 St Clair Av

Falar com SolangeTel 416 603 0842

ASAS DO ATLÂNTICO – Sábado, 16 de Abril, a partir das 7 horas da noite, Grandiosa Noite Regional. Jantar das

tradicionais Sopas do Espirito Santo, abrilhantado pelo cantor Mario Marinho e DJ TNT. Tambem o Grupo de Teatro “As Nossas Raizes” estará presente numa afirmação de saudades da Terra. Informações: 647 771-4818, 416 532-8154 ou 416

457-4135.

CASA DOS AÇORES DO ONTÁRIO - Sábado, 7 de Maio: Festa do Dia da Mãe, às 19h00, com baile a cargo do Duo The

Ritz. Informações: 289-997-8946 ou 416-603-2900. CASA DAS BEIRAS - Sábado, 16 de Abril: Jantar de

Convívio com o rancho e apresentação da nova direcção 2016/2017, às 19h30. Actuação do RF do Académico de

Viseu de Toronto e som e luz a cargo de 5 Star Productions. Informações, 416-824-5675, 416-604-1125 ou 416-729-4587.

CASA DA MADEIRA - 29.ª Semana Cultural Madeirense – Sexta-feira, 15 de Abril: Abertura da semana cultural, às

19h00. Içar das bandeiras portuguesa e canadiana; entoação do hino canadiano por Jonathan Garcia e português por

Álvaro Florença, vindo da Madeira; exposições de artesanato por Terezinha e João Freitas; serviço de bufete; e actuações

do RF Madeirense. Sábado, 16 de Abril: Noite Madeirense, às 19h00, com actuação do RF Madeirense e espectáculo com os

artistas Álvaro Florença, Décio Gonçalves e John Neves.

CENTRO CULTURAL DE MISSISSAUGA – Sábado, 23 de Abril, Baile dos Cravos e do Sócio. Conjunto RITZ. Sabado,

dia 30, tradicionais sopas do Divino Espirito Santo. Faça a sua reserva, pelo 905-286-1311, ou [email protected]

GRACIOSA COMMUNITY CENTRE - Sábado, 23 de Abril: Baile da Primavera, com música a cargo do DJ 5 Star.

Informações, 416-537-9697.

Clubes e AssociaçõesIGREJA DE SANTA MARIA - 50.º Aniversário do Senhor Sto. Cristo dos Milagres – Domingo, 24 de Abril: Missa de

abertura das festas e exibição de fotografias e vídeos, às 10h00. De segunda a sexta-feira, 25 a 29 de Abril: Missa, às 19h00. Sábado, 30 de Abril: Mudança da imagem, missa e sermão

às 17h30, seguidos de arraial. Presença do Padre João Maria Brum, pároco da freguesia de São Pedro em Ponta Delgada,

como pregador das festas.

IRMANDADE PICOENSE DO DIV. ESP. SANTO DO ONTÁRIO - Sábado, 16 de Abril, Festa de Aniversário, a

principiar às 18h00, no Clube Português de Cambrigde, 215 Beverly St.. Baile com o conjunto Tabu. Informações, 416-654-

9932, 519-650-0047 ou 519-623-9708. PARÓQUIA DE SANTA MARIA DOS ANJOS - Sábado, 16 de Abril, a partir das 7 horas da noite, Baile da primavera com o conjunto Unique Touch. Para mais informações ou para fazer

a sua reserva, pode contactar pelo 416-656-4170

Procura trabalhoSenhora procura trabalho

em limpezas na área de North York e GTA,

de preferência de manhã.Contactar 647 882 1303.

Page 24: ABC n 304 Compact

88 Gibson st. $139,900Excelente oprtunidade de entrar no mercado. Com uma hipoteca de

menos de 700.00 por mês.

494 Barton St. $ 246,000

Townhouse situada na area de Stoney creek com menos de 20 anos de idade. Perto de acessos à QEW.

19 Adair Av. N $449,900

Novinha em folha com enorme gara-gem e estacionamento para mais de 5 carros. Só em hamilton é possível.

7 Garden av. $229,900

Simcoe, lindo lugar para se apo-sentar, numa aldeia que tem quase

50% de população portuguesa. PAZ

Paulo AntunesSALES REPRESENTATIVE

O NOVO NOME DE COMPETÊNCIA E HONESTIDADE É PAULO

252 Locke st S $ 1, 590,000

Restaurant de grande fama com dois apartamentos por cima.

BUSINESS 905-308-8333MOBILE 289-440-1319FAX 905-387-3551www.pauloantunes.ca [email protected] also offered in:Spanish • Portuguese • French

HAMILTON

953 King St. E $ 254,900Possibilidades de fazer 3 aparta-mentos e uma loja. Renovador?

aqui esta um a excelente oportunidade!

38 Cline av. S 479,900Investimento perto da Universi-

dade de Mc. Master em Ham-ilton. 6 quartos que rendem

450.00 cada um por mes.

SOLD

120 Gibson av. $ 259,900Cuidadosamente renovada perto do centro da cidade de Hamilton.

A este preço não durará muito tempo no mercado.

SOLDSOLD

Nelly Furtado é Madrinha do novo A330 da Azores Airlines

a representação de um cachalote e a presença da cor verde, alusiva à riqueza ambiental do arquipélago, em cada um dos lados do avião.

O novo avião tem capacidade para 280 passageiros e 10 to-neladas de carga. É parte da estratégia do Grupo a aquisição de um segundo aparelho, uma clara aposta quer no reforço das rotas de longo curso quer no conforto dos passageiros, elevando o posicionamento de modernidade e inovação da Companhia Aérea Açoriana.

O Grupo SATA e a Azores Airlines irão continuar a privile-giar a segurança e qualidade, obedecendo aos mais elevados padrões definidos pelas autoridades do setor, nomeadamente a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC). Mais informações em: https://www.azoresairlines.pt/

O novo avião da frota Azores Airlines foi baptizado, já no passado dia 23 de março, pela cantora e actriz luso-canadia-na Nelly Furtado, numa cerimónia presidida pelo Chefe do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.

Esta nova aeronave, com o nome de Ciprião de Figueiredo (importante figura histórica da Região), representa um mar-co na história do Grupo SATA. É um virar da página, refor-çando não apenas uma nova e moderna imagem da Compa-nhia como também a expansão da frota a operar nas rotas interatlânticas, EUA e Canadá.

A renovada imagem da Azores Airlines revela uma for-te ligação emocional com os Açores, pelo que foi definida

Procura-se: este cão foi enviado para o espaço e está perdido*Sam faz parte do projeto de ciências de uma turma do primeiro ciclo

Uma turma do primeiro ci-clo de uma escola britânica perdeu um cão de peluche... que tinha tentado enviar para o espaço. Os alunos de uma escola de Morecambe Bay, em Inglaterra, lançaram a mascote Sam num balão de hélio, com uma câmara, num projeto para a disci-plina de ciências. O equipa-mento já foi recuperado, mas o peluche está desaparecido.O projeto tinha o apoio de um grupo hoteleiro e da em-presa SentIntoSpace.com e consistia em lançar um pe-luche recorrendo a balões de hélio, equipamento GPS e uma câmara GoPro. O obje-tivo era chegar tão perto do espaço quanto possível.Por causa do apoio do The

Midland, o peluche foi Sam, a mascote do grupo. O lança-mento aconteceu a 5 de abril, o culminar de uma semana de atividades científicas para as crianças. Sam subiu seis metros por segundo até aos 25 km. Os problemas come-çaram na descida, depois de os balões rebentarem.O equipamento que seguiu com Sam já foi encontrado, num campo perto de Burn-ley, mas o cão não apareceu. Os alunos acham que o bo-neco pode estar num raio de 80 km - o que pode signifi-car que Sam caiu no mar. E até já há uma recompensa: a pessoa que encontrar Sam vai receber uma estada num hotel do grupo que particio-nou a aventura.

Nelly Furtado em foco. Considerada como um dos pilares da divulgação das coisas de Portugal, a Artista de renome teve agora mais uma “porta de entrada” no mundo da fama. Sen-do, como é, uma das quatro ou cinco figuras comunitárias que tem a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique – uma das mais altas condecorações civis de Portugal – sentiu, decerto, o orgulho de mais esta forma de ser reconhecida. O que só nos agrada, naturalmente.