ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS PROF. FLÁVIO ASSIS 1. A GERÊNCIA DE MATERIAIS A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção, quando é adequadamente entendida e executada. É um conceito que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização. Os materiais em geral representam a maior parcela de custo de produtos acabados, mostrando que são responsáveis por aproximadamente 52% do custo do produto numa média empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do ativo de uma empresa. Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela participam. 2. DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS A administração de materiais visa abastecer, de modo contínuo, a empresa com material que seja necessário para as suas atividades. São 5 requisitos básicos para o abastecimento: a) qualidade do material; b) quantidade necessária; c) prazo de entrega d) preço; e) condições de pagamento. a) Qualidade do Material O material deverá apresentar qualidade tal que possibilite sua aceitação dentro e fora da empresa (mercado). b) Quantidade Deverá ser estritamente suficiente para suprir as necessidades da produção e estoque, evitando a falta de material para o abastecimento geral da empresa bem como o excesso em estoque. c) Prazo de Entrega Deverá ser o menor possível, a fim de levar um melhor atendimento aos consumidores e evitar falta do material. d) Menor Preço O preço do produto deverá ser tal que possa situá-lo em posição de concorrência no mercado, proporcionando à empresa um lucro maior. e) Condições de pagamento 1

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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS PROF. FLÁVIO ASSIS

1. A GERÊNCIA DE MATERIAIS

A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção, quando é adequadamente entendida e executada. É um conceito que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização.

Os materiais em geral representam a maior parcela de custo de produtos acabados, mostrando que são responsáveis por aproximadamente 52% do custo do produto numa média empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do ativo de uma empresa. Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela participam.

2. DEFINIÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A administração de materiais visa abastecer, de modo contínuo, a empresa com material que seja necessário para as suas atividades. São 5 requisitos básicos para o abastecimento:

a) qualidade do material;b) quantidade necessária;c) prazo de entregad) preço;e) condições de pagamento.

a) Qualidade do MaterialO material deverá apresentar qualidade tal que possibilite sua aceitação dentro

e fora da empresa (mercado).b) Quantidade

Deverá ser estritamente suficiente para suprir as necessidades da produção e estoque, evitando a falta de material para o abastecimento geral da empresa bem como o excesso em estoque.

c) Prazo de EntregaDeverá ser o menor possível, a fim de levar um melhor atendimento aos

consumidores e evitar falta do material.

d) Menor Preço O preço do produto deverá ser tal que possa situá-lo em posição de concorrência no mercado, proporcionando à empresa um lucro maior.

e) Condições de pagamentoDeverão ser as melhores possíveis para que a empresa tenha maior flexibilidade

na transformação ou venda do produto.

3. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS - DEFINIÇÕES

A Administração de Materiais é definida como sendo um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao desempenho normal das respectivas atribuições. Tais atividades abrangem desde o circuito de

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reaprovisionamento, inclusive compras, o recebimento, a armazenagem dos materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos requisitantes, até as operações gerais de controle de estoques etc.

Em outras palavras: “A Administração de Materiais visa à garantia de existência contínua de um estoque, organizado de modo a nunca faltar nenhum dos itens que o compõem, sem tornar excessivo o investimento total”.

A Administração de Materiais moderna é conceituada e estudada como um Sistema Integrado em que diversos subsistemas próprios interagem para constituir um todo organizado. Destina-se a dotar a administração dos meios necessários ao suprimento de materiais imprescindíveis ao funcionamento da organização, no tempo oportuno, na quantidade necessária, na qualidade requerida e pelo menor custo.

A oportunidade, no momento certo para o suprimento de materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, suprir antes do momento oportuno acarretará, em regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas da organização.

Por outro lado, a providência do suprimento após esse momento poderá levar a falta do material necessário ao atendimento de determinada necessidade da administração. Do mesmo modo, o tamanho do Lote de Compra acarreta as mesmas conseqüências: quantidades além do necessário representam inversões em estoques ociosos, assim como, quantidades aquém do necessário podem levar à insuficiência de estoque, o que é prejudicial à eficiência operacional da organização.

Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade necessária, acarretam, se mal planejados, além de custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, fatores esses decorrentes de quaisquer das situações assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material sem os atributos da qualidade requerida para o uso a que se destina acarreta custos financeiros maiores, retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro não realizadas. Isto porque materiais, nestas condições podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na fabricação ou no serviço, inutilização de material, compras adicionais, etc.

Os subsistemas da Administração de Materiais, integrados de forma sistêmica, fornecem, portanto, os meios necessários à consecução das quatro condições básicas alinhadas acima, para uma boa Administração de material.

Decompondo esta atividade através da separação e identificação dos seus elementos componentes, encontramos as seguintes subfunções típicas da Administração de Materiais, além de outras mais específicas de organizações mais complexas:

a.1 - Subsistemas Típicos:

a.1.1- Controle de Estoque - subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques, através do planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o controle e o ressuprimento de material. O estoque é necessário para que o processo de produção-venda da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os estoques podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro envolvido.

a.1.2- Classificação de Material - subsistema responsável pela identificação (especificação), classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material.

a.1.3- Aquisição / Compra de Material - subsistema responsável pela gestão, negociação e contratação de compras de material através do processo de licitação. O setor de Compras preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima. É da responsabilidade de Compras assegurar que as matérias-primas exigidas pela Produção estejam à disposição nas quantidades certas, nos períodos desejados.

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Compras não é somente responsável pela quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em preço mais favorável possível, já que o custo da matéria-prima é um componente fundamental no custo do produto.

a.1.4- Armazenagem / Almoxarifado - subsistema responsável pela gestão física dos estoques, compreendendo as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de material, segundo determinadas normas e métodos de armazenamento. O Almoxarifado é o responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a produção e os materiais entregues pelos fornecedores.

a.1.5- Movimentação de Material - subsistema encarregado do controle e normalização das transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e quaisquer outros tipos de movimentações de entrada e de saída de material.

a.1.6 - Inspeção de Recebimento - subsistema responsável pela verificação física e documental do recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos qualitativos pelas normas de controle de qualidade.

a.1.7 - Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de mercado e compras.

a.2 - Subsistemas Específicos:

a.2.1 - Inspeção de Suprimentos - subsistema de apoio responsável pela verificação da aplicação das normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da Administração de Materiais em toda a organização, analisando os desvios da política de suprimento traçada pela administração e proporcionando soluções.

a.2.2 - Padronização e Normalização - subsistema de apoio ao qual cabe a obtenção de menor número de variedades existentes de determinado tipo de material, por meio de unificação e especificação dos mesmos, propondo medidas de redução de estoques.

a.2.3 - Transporte de Material - subsistema de apoio que se responsabiliza pela política e pela execução do transporte, movimentação e distribuição de material. A colocação do produto acabado nos clientes e as entregas das matérias-primas na fábrica é de responsabilidade do setor de Transportes e Distribuição. É nesse setor que se executa a Administração da frota de veículos da empresa, e/ou onde também são contratadas as transportadoras que prestam serviços de entrega e coleta.

A integração destas subfunções funciona como um sistema de engrenagens que aciona a Administração de Material e permite a interface com outros sistemas da organização. Assim, quando um item de material é recebido do fornecedor, houve, antes, todo um conjunto de ações inter-relacionadas para esse fim: o subsistema de Controle de Estoque aciona o subsistema de Compras que recorre ao subsistema de Cadastro.

Quando do recebimento, do material pelo almoxarifado, o subsistema de Inspeção éacionado, de modo que os itens aceitos pela inspeção física e documental são encaminhados ao subsistema de Armazenagem para guarda nas unidades de estocagem próprias e demais providências, ao mesmo tempo que o subsistema de Controle de Estoque é informado para proceder aos registros físicos e contábeis da movimentação de entrada.

O subsistema de Cadastro também é informado, para encerrar o dossiê de compras e processar as anotações cadastrais pertinentes ao fornecimento. Os

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materiais recusados pelo subsistema de Inspeção são devolvidos ao fornecedor. A devolução é providenciada pelo subsistema de Aquisição que aciona o fornecedor para essa providência após ser informado, pela Inspeção, que o material não foi aceito. Igualmente, o subsistema de Cadastro é informado do evento para providenciar o encerramento do processo de compra e processar, no cadastro de fornecedores, os registros pertinentes.

Quando o material é requisitado dos estoques, este evento é comunicado ao subsistema de Controle de Estoque pelo subsistema de Armazenagem. Este procede à baixa física e contábil, podendo, gerar com isso, uma ação de ressuprimento. Neste caso, é emitida pelo subsistema de Controle de Estoques uma ordem ao subsistema de Compras, para que o material seja comprado de um dos fornecedores cadastrados e habilitados junto à organização pelo subsistema de Cadastro. Após a concretização da compra, o subsistema de Cadastro também fica responsável para providenciar, junto aos fornecedores, o cumprimento do prazo de entrega contratual, iniciando o ciclo novamente, por ocasião do recebimento de material.

Todos esses subsistemas não aparecem configurados na Administração de Materiais de qualquer organização. As partes componentes desta função dependem do tamanho, do tipo e da complexidade da organização, da natureza e de sua atividade-fim, e do número de itens do inventário.

4. RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

a) suprir, através de Compras, a empresa, de todos os materiais necessários ao seu funcionamento;b) avaliar outras empresas como possíveis fornecedores;c) supervisionar os almoxarifados da empresa;d) controlar os estoques;e) aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fixando Estoques Mínimos, Lotes Econômicos e outros índices necessários ao gerenciamento dos estoques, segundo critérios aprovados pela direção da empresa;f) manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Engenharia de Produto, Financeira etc.g) estabelecer sistema de estocagem adequado;h) coordenar os inventários rotativos.

5. OBJETIVOS PRINCIPAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E RECURSOS PATRIMONIAIS

A Administração de Materiais tem por finalidade principal assegurar o contínuo abastecimento de artigos necessários para comercialização direta ou capaz de atender aos serviços executados pela empresa.

As empresas objetivam diminuir os custos operacionais para que elas e seus produtos possam ser competitivos no mercado.

Mais especificamente, os materiais precisam ser de qualidade produtiva para assegurar a aceitação do produto final. Precisam estar na empresa prontos para o consumo na data desejada e com um preço de aquisição acessível, a fim de que o produto possa ser competitivo e assim, dar à empresa um retorno satisfatório do capital investido.

Os principais objetivos da área de Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais são:a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, certamente um dos mais importantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade;

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b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro;

c) Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamentalmente da eficácia das áreas de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras;

d) Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente por este item;

e) Consistência de Qualidade - a área de materiais é responsável apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas a qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no único objetivo da Gerência de Materiais;

f) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma empresa no mundo dos negócios é, em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornecedores;

g) Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal;

h) Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da Administração de Material, na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta.

6. TERMINOLOGIA UTILIZADA NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

a) Artigo ou Item - designa qualquer material, matéria-prima ou produto acabado que faça parte do estoque;b) Unidade - identifica a medida, tipo de acondicionamento, características de apresentação física ( caixa, bloco, rolo, folha, litro, galão, resma, vidro, peça, quilograma, metro, .... );c) Pontos de Estocagem - locais aonde os itens em estoque são armazenados e sujeitos ao controle da administração;d) Estoque - conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização futura e que permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às unidades funcionais da organização;e) Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto a quantidade, volume, peso e custo em conseqüência de entradas e saídas;f) Estoque Morto ou Inativo - não sofre flutuações, é estático;g) Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de determinado item, com utilização certa, comprometida previamente e que por alguma razão permanece temporariamente em almoxarifado. Está disponível somente para uma aplicação ou unidade funcional específica;h) Estoque de Recuperação - quantidades de itens constituídas por sobras de retiradas de estoque, salvados ( retirados de uso através de desmontagens) etc., sem condições de uso, mas passíveis de aproveitamento após recuperação, podendo vir a integrar o Estoque Normal ou Estoque de Materiais Recuperados, após a obtenção de suas condições normais;i) Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis - constitui as quantidades de itens em estoque, novos ou recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados. Constitui um Estoque Morto;j) Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para uso;

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k) Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível com a quantidade pedida, aguardando o fornecimento;l) Estoque Mínimo: é a menor quantidade de um artigo ou item que deverá existir em estoque para prevenir qualquer eventualidade ou emergência ( falta ) provocada por consumo anormal ou atraso de entrega;m) Estoque Médio, Operacional: é considerado como sendo a metade da quantidade necessária para um determinado período mais o Estoque de Segurança;n) Estoque Máximo: é a quantidade necessária de um item para suprir a organização em um período estabelecido mais o Estoque de Segurança;o) Ponto de Pedido, Limite de Chamada ou Ponto de Ressuprimento: é a quantidade de item de estoque que ao ser atingida requer a análise para ressuprimento do item;p) Ponto de Chamada de Emergência: é a quantidade que quando atingida requer medidas especiais para que não ocorra ruptura no estoque. Normalmente é igual a metade do Estoque Mínimo;q) Ruptura de Estoque: ocorre quando o estoque de determinado item fica igual a zero ( E = 0 ). r) Freqüência - é o número de vezes que um item é solicitado ou comprado em um determinado período;s) Quantidade a Pedir - é a quantidade de um item que deverá ser fornecida ou comprada;

t) Tempo de Tramitação Interna: é o tempo que um documento leva, desde o momento em que é emitido até o momento em que a compra é formalizada;u) Prazo de Entrega: tempo decorrido da data de formalização do contrato bilateral de compra até a data de recebimento da mercadoria;v) Tempo de Reposição, Ressuprimento: tempo decorrido desde a emissão do documento de compra ( requisição ) até o recebimento da mercadoria;w) Requisição ou Pedido de Compra - documento interno que desencadeia o processo de compra;x) Coleta ou Cotação de Preços: documento emitido pela unidade de Compras, solicitando ao fornecedor Proposta de Fornecimento. Esta Coleta deverá conter todas as especificações que identifiquem individualmente cada item;y) Proposta de Fornecimento - documento no qual o fornecedor explicita as condições nas quais se propõe a atender (preço, prazo de entrega, condições de pagamento etc);z) Mapa Comparativo de Preços - documento que serve para confrontar condições de fornecimento e decidir sobre a mais viável;

aa) Custo Variável - existe em função das variações de quantidade e de despesas operacionais;bb) Custo de Manutenção de Estoque, Posse ou Armazenagem: são os custos decorrentes da existência do item ou artigo no estoque. Varia em função do número de vezes ou da quantidade comprada;cc) Custo de Obtenção de Estoque, do Pedido ou Aquisição: é constituído pela somatória de todas as despesas efetivamente realizadas no processamento de uma compra. Varia em função do número de pedidos emitidos ou das quantidades compradas.

dd) Custo Total: é o resultado da soma do Custo Fixo com o Custo de Posse e o Custo de Aquisição;ee) Custo Ideal: é aquele obtido no ponto de encontro ou interseção das curvas dos Custos de Posse e de Aquisição. Representa o menor valor do Custo Total.

7. Fluxo de Atividades

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Analisando o esquema acima, percebemos a relação de interdependência. Análise de mercado ou necessidade de produção: permite avaliar a capacidade

de consumo. Análise econômico- financeira: é através dela que se analisa a capacidade

empresarial, as despesas e a lucratividade, visualizando assim as possibilidades de investimento.

Programação e controle de estoque: consiste em definir o estoque ideal para as necessidades da empresa, e o controle visa, rapidez de atendimento, menor aplicação do capital de giro, possibilidades de rotatividade do estoque, etc.

Compras: A função de compras é um segmento essencial do departamento de materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento.

Os objetivos básicos de uma seção de compras são:

A) Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo padrões de qualidade e quantidade;B) Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores condições para a empresa, principalmente as de pagamento.

Para efetuar uma boa compra, a empresa deve seguir certos mandamentos que incluem a verificação de prazos, preços, qualidade e volume. Deve-se manter cadastros de fornecedores, analisá-los, fazer uma seleção e procurar ter uma bom relacionamento com o mercado fornecedor.

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Entre as características básicas de um sistema adequado de compras, podemos destacar:A) Sistema de compras a três cotações: Tem por finalidade partir de um número mínimo de cotações para encorajar novos competidores. A pré-seleção dos concorrentes qualificados evita o dispêndio de tempo com um grande número de fornecedores.

B) Sistema de preços objetivos: O conhecimento prévio do preço justo, além de ajudar nas decisões do comprador, proporciona uma verificação dupla no sistema de cotações. Pode ainda ajudar os fornecedores a serem competitivos, mostrando-lhes que seus preços estão fora de concorrência.C) Duas ou mais aprovações: No mínimo duas pessoas estão envolvidas em cada decisão da escolha do fornecedor. Isto estabelece uma defesa dos interesses da empresa pela garantia de um melhor julgamento, protegendo o comprador ao possibilitar revisão de uma decisão individual.

D) Documentação escrita: Documentação anexa ao pedido, possibilita no ato da segunda assinatura, o exame de cada fase de negociação, permite revisão e estará sempre disponível junto ao processo de compra para esclarecer qualquer dúvida posterior.

8. Evolução do relacionamento Cliente-Fornecedor

O relacionamento cliente-fornecedor passa por algumas fases características

conforme MARTINS e ALT (2005).

a) Ocorre nos primeiros contatos onde ambas as partes atuam como adversários e o

que é priorizado é o preço. Nesta etapa existe grande desconfiança a respeito de

qualidade, de aspectos comerciais, tributários e também sobre as quantidades

fornecidas, havendo inspeção em 100% dos lotes entregues. A avaliação do fornecedor

é feita com bastante firmeza.

b) A partir do momento em que existe uma repetição dos níveis de qualidade conforme

especificações da empresa compradora o relacionamento adquire contornos de

confiança recíproca.

c) Com as etapas anteriores consolidadas o relacionamento evolui para a participação

do fornecedor junto aos processos da empresa compradora com a finalidade inclusive

de participar nos novos projetos. Nesta fase poderão acontecer investimentos comuns

em P&D (pesquisa e desenvolvimento) havendo possibilidade do cliente receber

financiamento para programas de melhoria na qualidade.

d) O passo final no relacionamento é chamado de comakership, que vem a ser uma

parceria onde a atuação do fornecedor poderá se situar nos seguintes modos:

desenvolvimento de produtos e processos

Engenharia simultânea

Desdobramento da função qualidade (QFD)

Fornecimentos programados e sincronizados

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Qualidade assegurada

Gerenciamento comum dos procedimentos e negócios

Uma possível participação financeira no negócio

Atuação conjunta na mesma planta

9. A área tradicional e as perspectivas atuais da área de compras

Segundo MARTINS e ALT (2005), a visão da área de compras sendo

consideradas perspectivas tradicional e atual

Já do ponto de vista de mercado, aconteceram também mudanças acentuadas

pois

10. Novas formas de Comprar

Pelas transformações ocorridas na área de materiais e também pelas mudanças

em TI (tecnologia da informação), a área de compras passou a atuar de forma bem

diferente da que vinha operando.

a) a utilização do EDI (Electronic Data Interchange) que pode ser visto na figura

abaixo.

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Tradicionalmente Atualmente

Negociação:Preço, Prazo, Qualidade

As 3 cotações eram feitas Via: Telefone / Fax.Eram informados o CQ,o Contas a pagar etc. Com a chegada do materialapós inspeção, se aprovadoia para o almoxarifado. Casocontrário o material era devolvido.

Compras atualmente faz parteda cadeia de suprimentos(Supply Chain). Ou seja, da logística da empresa, onde ofoco é o processo. Preocupando-se também comníveis de estoques. Onde a nova função recebe o nome de procurement. Comresponsabilidades bem amplasindo do comercial a P& D.

P = C + LP = Preço de VendasC = Custo TotalL = Lucro (Margem)

Onde:

Significado da equação.

Antes O empresário impunha o preço do produto

Atualm. O mercado impõe o preço do produto

Rede de Telecomunicações

Conversores ANSI. X12

Compras(Cliente)

Fornecedor(Sistema de entrada de ordens deCompra).Na saída, converte o pedido de Compra em

informação digital, na chegada é feita a reconversão do documento.

(Saída) (Chegada)

Modens

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Adaptado de: MARTINS e ALT (2005)Consiste na transmissão de dados criptografados entre o cliente e o fornecedor.

Segundo MARTINS e ALT (2005, pg 71) , esta forma de comunicação pode interligar a

empresa a seus clientes, fornecedores, banco, transportadora ou seguradora. Ela já

existe há bastante tempo e traz várias vantagens como:

Rapidez,segurança e precisão do fluxo de informações; Redução significativa de custos; Facilidade da colocação de pedidos, principalmente nos casos de contratos

de fornecimento com entregas mediante liberação do cliente, como acontece nas transações entre montadoras e autopeças no Brasil e no resto do mundo;

Sedimenta o conceito de parcerias entre cliente e fornecedor.

A vantagem introduzida pelo EDI foi a automatizar lojista de um lado e

fornecedores do outro. Sua utilização é bastante prática pois poderá ser estabelecido

um acordo entre o fornecedor e a loja de forma tal que quando o nível de estoque

atingir um nível pré-estabelecido um novo embarque de mercadoria é despachado.

b)A utilização da Internet conforme apresentado na figura abaixo

O uso do e-mail tendo como anexo os mais diversos documentos; desenhos

técnicos, especificações, pedidos etc. Todos eles “rodando” com os softwares; Excel,

Word, Ms Project, Auto Cad, Primavera entre outros. O que possibilita transações

extremamente interessantes com baixos investimentos e podendo atingir toda a

cadeia de abastecimento. A principal desvantagem é que poderá estar sujeita a

ataques de vírus.

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(Cliente)

(Provedor)

WEB

(Provedor)

FornecedoresW W W

Modens

LT LT

LT

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c) Cartão de crédito tipo empresa ou cartão comercial; a compra mediante o uso do

cartão traz para as empresas redução de custos, parcelamento dos valores e ainda o

fornecimento de relatórios gerenciais .

11. Verticalização e Horizontalização da empresa

A decisão de comprar ou fazer na própria empresa, ou terceirizar tem caráter

estratégico pois pode provocar um menor envolvimento com problemas sociais não

tendo que demitir funcionários nos momentos de menor demanda. Não ter que investir

em novos equipamentos e poder exigir níveis de qualidade que talvez não

conseguissem obter.

Na verticalização se produzem novos processos, novas áreas com tecnologias

diferentes. O objetivo é o de fazer todas as partes do processo dentro da própria

empresa.

Na horizontalização o método é exatamente o oposto, ou seja, tentar fazer o

máximo possível de sub-partes em fornecedores externos. A seguir serão estabelecidas

as vantagens e desvantagens nos dois métodos.

12. Comprar / Fazer / Alugar

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Horizontalização

Vantagens

Redução de CustosMaior flexibilidade e eficiênciaIncorporação de novas TecnologiasFoco no negócio principal

Desvantagens

Menor controle tecnológicoDeixa de ganhar o lucro do fornecedorMais exposto

Vantagens

Independência de terceirosMaiores lucrosMaior autonomiaDomínio da tecnologia

Desvantagens

Maior InvestimentoPerda de FocoAumento da estrutura empresarial

VERTICALIZAÇÃO

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A decisões sobre comprar ou fazer , estão localizadas em três amplos níveis:

operacional, intermediário e estratégico. Onde em cada um destes níveis serão

necessárias análises sobre vantagens ou desvantagens na terceirização de produtos ou

serviços.

Para efeitos desta apostila será feita uma análise a respeito da terceirização

baseada nos custos fixos e variáveis, como demonstrado na figura abaixo.

12. LOTE ECONÔMICO

A decisão de estocar ou não determinado item é básica para o volume de estoque em qualquer momento. Ao tomar tal decisão, há dois fatores a considerar:

1)É econômico estocar o item?

2) É interessante estocar um item indicado como antieconômico a fim de satisfazer um cliente e, portanto, melhorar as relações com ele ?

O primeiro fator pode ser analisado matematicamente. Em geral, não é econômico estocar um item se isso excede o custo de comprá-lo ou produzí-lo. Também pode ser demonstrado que não é econômico estocar itens quando as necessidades dos clientes, ou a média de consumo da produção, tenham um excesso correspondente à metade da quantidade econômica do pedido.

Com a finalidade de prestar o melhor serviço ao cliente, mesmo em condições antieconômicas para a empresa, torna-se necessário a criação de estoques de determinados itens, com o intuito de não criar uma ruptura para o cliente.

Quanto deve ser comprado ou produzido de cada vez ?Existem custos que aumentam a medida que a quantidade do material pedido

aumenta, porque em média, considerando consumo uniforme, metade da quantidade pedida estará em estoque. tais custos são aqueles vinculados a armazenagem dos materiais, incluindo espaço, seguro, juros, etc.

Existem custos que diminuem a medida que a quantidade de material pedida aumenta, com a distribuição dos custos fixos por quantidade maiores.

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Comprar

Fabricar

P.Eq. PeçasTotal0

$ CT = CF + Cv x q

CTf = CF f + Cv f x q

CTc =CFc + Cvc x q

CFc + Cvc x q = CF f + Cv f x q

CTf = CF f + Cv f x q

CTc =CFc + Cvc x qQ m

Q m

COMPRAR X FABRICAR

CF f + Cv f x q

CTc =CFc + Cvc x q0

0CTf = CF f + Cv f x q

CTc =CFc + Cvc x q0

0CTf =

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No gráfico abaixo podemos perceber um aumento dos custos de armazenagem à medida que a quantidade dos produtos comprados ou produzidos aumenta, devido à maior quantidade que deve ser armazenada.

A curva mais baixa indica o custo total para encomendar material, o qual diminui à medida que aumenta a quantidade de produtos pedidos de uma só vez.

Esta redução se deve ao fato de que poucos pedidos terão de ser emitidos durante determinado espaço de tempo e, como resultado, haverá despesas menores de emissão de pedidos de compra. a curva superior representa o custo total do estoque que é obtido adicionando-se os custos de armazenagem aos custos de pedido.

12.1 Lote Econômico de Compra

Partiremos das seguintes condições:

a)O consumo mensal é determinístico e com uma taxa constante;b) A reposição e instantânea quando os estoques chegam a nível zero.

Considerando um pedido de 1 ano (t); o custo total seria formado de três componentes:

CT = Custo unitário do item (ano) + custo do pedido (ano) + custo de armazenagem (ano).

Custo total do ano pode ser apresentado também da seguinte maneira.

CT = Custo total do período x número de períodos (ano)

O custo unitário por período é o custo de aquisição das q unidades, ou seja: p x qEm que p é o preço unitário do item. Em cada período se faz apenas uma compra, o custo de pedido é o custo de se fazer uma compra, isto é, b.

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O estoque médio por período é . Então o custo de armazenagem por

período é:

Sendo i = Custo de armazenagem em $/unidade/ ano. t= Duração de um período (ano).

Então o custo total por período é:

Para um ano, a duração de um q um período é:

sendo o consumo do período

O número de pedido por ano é:

Substituindo a equação de custo total pelas duas equações anteriores temos:

onde: P = Preço unitário de compra.C = Consumo do item.B = Custo do pedido.Q = Quantidade do lote.I = Custo de armazenagem.

Quando vimos custo de armazenagem, foi dito que o índice “ i “ poderia ser indicado de duas maneiras em percentual ao valor total do estoque ou em valor unitário.

Esta fórmula apresentada é para quando i for dado como valor unitário. para valor percentual, teríamos a seguinte alteração:

Exemplo: Aplicação da formula do lote econômico de compras

O consumo de determinada peça é de 20.000 und por ano. o custo de armazenagem por peça e por ano é R$ 1,90 e o custo de pedido é de R$ 500,00 .o preço unitário de compra é R$ 2,00. determine:

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a) O Lote econômico de compra;b) O Custo total anual;c) O Número de pedidos por ano;d) A Duração entre os pedidos.

a) O Lote Econômico é:

peças por pedido

O Custo total anual é:

O Número de Pedidos é:

O Intervalo Entre os Pedidos é:

12.2 RESTRIÇÕES AO LOTE ECONÔMICO

1. Espaço de Armazenagem - uma empresa que passa a adotar o método em seus estoques, pode deparar-se com o problema de falta de espaço, pois, às vezes, os lotes de compra recomendados pelo sistema não coincidem com a capacidade de armazenagem do almoxarifado;2. Variações do Preço de Material - Em economias inflacionárias, calcular e adquirir a quantidade ideal ou econômica de compra, com base nos preços atuais para suprir o dia de amanhã, implicaria, de certa forma, refazer os cálculos tantas vezes quantas fossem as alterações de preços sofridas pelo material ao longo do período, o que não se verifica , com constância, nos países de economia relativamente estável, onde o preço permanece estacionário por períodos mais longos;

3. Dificuldade de Aplicação - Esta dificuldade decorre, em grande parte, da falta de registros ou da dificuldade de levantamento dos dados de custos. Entretanto, com referência a este aspecto, erros, por maiores que sejam, na apuração destes custos não afetam de forma significativa o resultado ou a solução final. São pouco sensíveis à alterações razoáveis nos fatores de custo considerados. Estes são, portanto, sempre de precisão relativa;

4. Natureza do Material - Pode vir a se constituir em fator de dificuldade. O material poderá tornar-se obsoleto ou deteriorar-se;

15

Page 16: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

5. Natureza de Consumo - A aplicação do lote econômico de compra, pressupõe, em regra, um tipo, de demanda regular e constante, com distribuição uniforme. Como isto nem sempre ocorre com relação à boa parte dos itens, é possível que não consigamos resultados satisfatórios ou esperados com os materiais cujo consumo seja de ordem aleatória e descontínua.

Podemos, nestas circunstâncias, obter uma quantidade pequena que inviabilize a sua utilização.

12.3 Custos de “carregar” os Estoques

Os custos de manter estoques podem ser classificados em três categorias:

diretamente proporcionais aos estoques, inversamente proporcionais e os

independentes das quantidades mantidas em estoque, dentro de certos limites.

Os custos que crescem com o aumento do estoque médio são chamados de

proporcionais. Conforme figura abaixo.

12.4 Custos de Obtenção

Aqueles que diminuem com o aumento do estoque médio são os inversamente

proporcionais. Chamados de custos de obtenção. Como pode ser observado pelo

gráfico na figura a seguir

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Maior o Estoque:

Maior Área

Maior Aluguel

Maior no. de pessoas

Maior obsolescência

Maior Imobilização do $

Estoques

Custos

Cc = Ca + i x p

Custo de CarregamentoOs custos de Carregamento

crescem com o crescimento médio dos estoques

Custo de Obtenção "Cp"

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

0 4000 8000 12000 16000 20000 24000 28000 32000

Q / 2

Cu

sto

s

Custos inversamente proporcionais

Page 17: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

12.5 CUSTOS INDEPENDENTES

Os custos independentes dependem apenas dos custos fixos associados ao

processo de estocagem. Na figura a seguir podem ser vistos os três custos de forma

simultânea.

Custos Totais de Estocagem

A curva superior é a do custo total que pode ser expressa da seguinte forma:

13 – CLASSIFICAÇÃO DOS ESTOQUES

Em sua grande maioria, os estoques destinam-se à produção. Deve-se fazer um estudo dos vários tipos de estoques, a fim de se classificá-los e de se determinar a finalidade de cada um.

ATENÇÃO.....CAIU EM PROVA...

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CT = ( Ca + i x p ) x (Q / 2 ) + Cp x ( D / Q ) + C I

Custos diretamente proporcionais

Custos inversamenteproporcionais

CustosFixos

(Carregamento) (Obtenção) (Independentes)

L o te Eco no m ico de Com p r a

$

Custo Total

Ci

CT

CcCp

Page 18: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Nos almoxarifados são armazenadas matérias-primas, materiais de aplicação e insumos

Na fábrica são armazenados produtos em processo Nos depósitos são armazenados produtos acabados

13.1 Gestão de Estoques

A principal função da gestão de estoques é maximizar este efeito lubrificante no feedback de vendas não realizadas e no ajuste do planejamento da produção. A administração ou gestão de estoques deve simultaneamente buscar minimizar o capital imobilizado em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente. Porém uma empresa não pode trabalhar sem estoques pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda do produto. Quanto maior o capital investido nos vários tipos de estoques ( matéria-prima, produtos em processo e produtos acabados ), supondo que este seja estritamente necessário, maior é a responsabilidade de cada departamento da empresa. Um cuidado especial que deve ser tomado pela empresa em relação aos vários tipos de estoques, é que eles não podem ser analisados como independentes, pois quaisquer que forem as decisões tomadas sobre um deles, ela terá influência direta ou indireta sobre os outros.

O objetivo, portanto, da gestão de estoques é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios da empresa, minimizando as necessidades de capital investido.

Uma das principais dificuldades dentro da gestão de estoques está em buscar conciliar da melhor maneira possível os diferentes objetivos de cada departamento da empresa para os estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. Para a gerência financeira a minimização dos estoques é uma das metas prioritárias, pois este significa capital investido. Já para o gerente de produção, os estoques são encarados como um meio de ajuda para a sua metal principal: a produção. Do mesmo modo o gerente de vendas também deseja um estoque elevado para atender a todos os clientes. O quadro 1 permite uma melhor visualização dos conflitos interdepartamentais.

Podemos observar que a responsabilidade das decisões sobre o estoque está dividida entre os vários departamentos da empresa, sendo responsabilidade do almoxarife zelar pelas reposições necessárias. Quando as metas dos diferentes departamentos são conflitantes, geralmente, o departamento que tem maior agressividade é o mais ouvido. O sistema de gestão de estoques deve remover estes conflitos, providenciando a necessidade real de suprimentos da empresa.

Quadro - Conflitos interdepartamentais.

Matéria - Prima( Alto - estoque )

DEPTO. DE COMRASDesconto sobre as quantidades a serem compradas

DEPTO. FINANCEIROCapital investidoPerda Financeira

Matéria - Prima( Alto - estoque )

DEPTO. PRODUÇÃONenhum risco de falta de material

DEPTO. FINANCEIROMaior custo de armazenagem e perdas por obsolescência

Matéria - Prima( Alto - estoque )

DEPTO. VENDASEntregas rápidas, boa imagem, melhores vendas

DEPTO. FINANCEIROCapital investidoMaior custo de armazenagem

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Para isso, a gestão dos estoques não deve se preocupar apenas com o fluxo diário de materiais entre vendas e compras, mas com a relação lógica entre cada integrante deste fluxo, trazendo uma mudança na forma tradicional de encarar o estoque.

Segundo Neushel e Fuuler1, as deficiências do controle de estoque normalmente são mostradas por reclamações contra sintomas específicos, dentre os quais podemos citar:

periódicas e grandes dilatações dos prazos de entregas para os produtos acabados e dos tempos de reposição de matéria -prima;

quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante;

elevação do número de cancelamento de pedidos ou mesmo devoluções de produtos acabados;

variação excessiva da quantidade a ser produzida;

produção parada freqüentemente por falta de material;

falta de espaço para armazenamento; baixa rotação de estoques, obsoletismo em demasia.

Todas essas deficiências devem chamar a atenção da empresa para que ela reavalie a sua política de estoques, pois todas elas resultam numa perda de capital.

13.2 Políticas de Estoque

A política de estoques deve ser definida pela administração central da empresa, que deverá repassar ao Departamento de Controle de Estoques o programa de metas e objetivos a serem atingidos. Este procedimento visa estabelecer certos padrões que sirvam de guias aos programadores e controladores e também de critérios para medir a performance do departamento de gestão de estoques. Algumas dessas metas, de maneira geral, são as seguintes:

I. definir metas da empresa quanto ao tempo de entrega dos produtos ao cliente;

II. definição do número de depósitos e/ou almoxarifes e da lista de materiais a serem estocados neles;

III. definir o nível de flutuação dos estoques para atender uma alto ou baixa nas vendas;

IV.qual o grau de especulação dos estoques a ser utilizado (comprar antecipado com preço mais baixos ou comprar uma maior quantidade para obter desconto);

V. definição da rotatividade dos estoques.

Os itens III e V merecem uma atenção especial pois são eles que irão medir o capital investido em estoques.

1 NEUSHEL, Richard & FUELER, Alan. Industrial Engineering Handbook.

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OLAVO KUCKER ARANTES, 03/01/-1,
Page 20: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Existe uma relação entre o capital investido e a previsão de consumo, indicada como grau de atendimento [ % ], que indica quanto da parcela de consumo ou das vendas deverá ser fornecida pelo almoxarifado. Por exemplo: Se quisermos ter um grau de atendimento de 95% e temos um consumo ou venda mensal de 600 unid. devemos ter disponíveis para fornecimento 570 unidades ( 600 x 0.95 ).

O principal problema de um dimensionamento de estoques reside na relação entre:

capital investido;

disponibilidade de estoques;

custos incorridos;

consumo ou demanda.

Analisando o problema sobre o enfoque financeiro, o retorno de capital (RC) pode ser escrito da seguinte forma:

RC = Lucro x Venda Venda Capital

ou seja,

RC = rentabilidade das vendas x giro de capital

Assim para aumentarmos o retorno sobre o capital, é preciso aumentar a rentabilidade das vendas e/ou o giro de capital. A gestão de estoques tem influencia sobre o giro de capital, logo para aumentarmos o giro de capital, supondo-se que as vendas permaneçam constantes devemos diminuir o capital investido em estoques, pois desta forma estamos diminuindo o ativo que está diretamente ligado ao giro de capital.

13.3 Princípios Básicos para o Controle de Estoques

20

CapitalInvestido

Grau de Atendimento

95%

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Para organizar um setor de controle de estoques , é preciso inicialmente descrever as suas funções principais:

a) determinar os itens que devem permanecer em estoque;

b) determinar a periodicidade com que deve ser reabastecido o estoque;

c) determinar o volume necessário de estoque para um determinado período;

d) acionar o Departamento de Compras para executar a aquisição de estoque;

e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;

f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre a posição do estoque;

g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estado dos materiais estocados;

h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

Após determinar estas funções devemos separar os materiais estocados, de acordo com as suas características. Os principais tipos de estoques encontrados dentro de uma empresa são : matérias -primas, produtos em processo, produtos acabados e peças de manutenção.

13.4 Matérias - Primas

São os materiais básicos e necessários para produção do produto acabado, sendo que seu consumo é proporcional ao volume de produção. Em algumas empresas que fabricam produtos mais complexos com inúmeras partes, o estoque de matérias - primas pode consistir em itens já processados, que foram comprados de outra companhias ou transferidos de outra divisão da empresa. O volume real de cada matéria - prima depende do tempo de reposição que a empresa leva para receber seus pedidos, da freqüência do uso, do investimento exigido e das características físicas do estoque. Outros fatores que afetam o nível das matérias - primas são certas características físicas como tamanho e durabilidade.

13.5 Produtos em Processo

O estoque de produtos em processo consiste em todos os materiais que estão sendo usados no processo fabril. Eles são, em geral, produtos parcialmente acabados que estão em algum estágio intermediário da produção. É considerado produto em processo qualquer peça ou componente que já foi de alguma forma processada, mas que adquire outras características no fim do processo produtivo. O nível de estoques de produtos em processos depende em grande parte da extensão e complexidade do processo produtivo. Quanto maior for o ciclo de produção, maior o nível esperado de produtos em processo.

Deve ser tomar uma especial atenção para o nível de produtos em processo, pois quanto maior ele for maiores serão os custos. Uma gestão de estoques eficiente

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Page 22: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

deverá reduzir o estoque dos produtos em processo, o que deve acelerar a rotatividade do estoque e diminuir a necessidade de caixa.

13.6 Produtos Acabados

Os estoque de produtos acabados é formado por itens que já foram produzidos, mas ainda não foram vendidos. Nas empresas que produzem por encomenda o estoque é muito baixo, tendendo a zero, pois teoricamente todos os itens já foram vendidos antes de serem produzidos. Já no caso das empresas que produzem para estoque, onde os produtos são fabricados antes da venda, o nível de produtos acabados é determinado na maioria das vezes pela previsão de vendas.

Para adequar os estoques da empresa ao nível de demanda exigido, deve haver uma grande harmonia entre a programação da produção e a gestão de estoques e o departamento de vendas, para que a produção fornece uma quantidade suficiente de produtos acabados para satisfazer as previsões de vendas sem criar estoques em excesso.

Um fator importante quanto aos produtos acabados é o seu grau de liquidez. Uma empresa que vende um produto de consumo popular pode estar mais segura se mantiver níveis altos de estoques do que outra que produz produtos relativamente especializados. Quanto mais líquidos e menos sujeitos a obsolescência forem os produtos acabados de uma empresa, maiores serão os níveis de estoque que ela poderá suportar.

13.7 Peças de Manutenção

As peças de manutenção são tão importantes quanto a matéria - prima, pois a interrupção da produção por um equipamento ocioso pode levar ao adiamento de um prazo de entrega ao cliente ou a perda ocasional da encomenda quanto não do cliente. assim atualmente as empresas tem dado uma maior atenção as peças de reposição.

CAIU EM PROVA AS DIFERENÇAS ENTRE OS SEGUINTES TIPOS DE ESTOQUES

ESTOQUE DE ANTECIPAÇÃO Estoque formado para nivelar as flutuações previsíveis na demanda, entrega ou produção de um item específico.

ESTOQUE DE PROTEÇÃO Tipo de estoque mantido para funcionar como pulmão contra algum evento que pode não ocorrer. O planejamento de estoque de proteção envolve especulação relacionada a greves, aumento de preços, questões governamentais não solucionadas e eventos que podem afetar drasticamente as iniciativas estratégicas da empresa Os riscos e conseqüências geralmente são elevados e geralmente é preciso aprovação da alta direção.

ESTOQUE DE SEGURANÇA Estoque que serve como uma compensação para a quantia desejada nas diferenças entre o consumo previsto e o consumo real e entre os tempos de entrega esperado e real. Ao calcular o estoque de segurança, é preciso considerar fatores cromo nível de serviço, flutuações esperadas na demanda e prazos.

ESTOQUE NO CANAL

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Estoque para cobrir o canal de transporte e o sistema de distribuição, incluindo o fluxo entre pontos de armazenagem intermediária. O tempo de fluxo na distribuição tem o efeito principal na quantidade de estoque necessário na rede. Os fatores de tempo incluem transmissão, processamento, envio, transporte, recepção, estocagem, etc.

14 - SISTEMAS DE CONTROLE DE ESTOQUES

Sistema de Duas Gavetas - Consiste na separação física em duas partes. Uma parte será utilizada totalmente até a data da encomenda de um novo lote e a outra será utilizada entre a data da encomenda e a data do recebimento do novo lote. A grande vantagem deste sistema está na substancial redução do processo burocrático de reposição de material. A denominação “DUAS GAVETAS” decorre da idéia de guardar um mesmo lote em duas gavetas distintas.

Sistema de Estoque Mínimo - É usado principalmente quando a separação entre as duas partes do estoque não é feita fisicamente, mas apenas registrada na ficha de controle de estoque, com o ponto de separação entre as partes. Enquanto o estoque mínimo estiver sendo utilizado, o Departamento de Compras terá prazo suficiente para adquirir e repor o material no estoque.

Sistema de Renovação Periódica - Consiste em fazer pedidos para reposição dos estoques em intervalos de tempo pré-estabelecidos para cada item. Estes intervalos, para minimizar o custo de estoque, devem variar de item para item. A quantidade a ser comprada em cada encomenda é tal que, somada com a quantidade existente em estoque, seja suficiente para atender a demanda até o recebimento da encomenda seguinte. Logicamente, este sistema obriga a manutenção de um estoque reserva. Deve-se adotar períodos iguais para um grande número de itens em estoque pois procedendo a compra simultânea de diversos itens, pode-se obter condições vantajosas na transação (compra e transporte).

Sistema de Estocagem para um Fim Específico - Apresenta duas subdivisões:

a) Estocagem para atender a um programa de produção pré-determinado: É utilizada nas indústrias de tipo contínuo ou semi- contínuo que estabelece, com antecedência de vários meses, os níveis de produção. A programação (para vários períodos, semanas e meses) elaborada pelo P.C.P. deverá ser coerente para todos os segmentos, desde o recebimento do material até o embarque do produto acabado.

b) Estocagem para atender especificamente a uma ordem de produção ou a uma requisição: É o método empregado nas produções do tipo intermitente, onde a indústria fabrica sob encomenda, sendo justificável no caso de materiais especiais ou necessários esporadicamente. Os pedidos de material neste sistema são baseadas principalmente na lista material (“ROW MATERIAL”) e na programação geral (AP = “ANNUAL PLANNING”). Existem casos em que o pedido para compra precisa ser feito mesmo antes do projeto do produto estar detalhado, ou seja, antes da listagem do material estar pronta, pois os itens necessários podem ter um ciclo de fabricação excessivamente longo. Ex.: grandes motores, turbinas e navios.

ATENÇÃO... TÓPICO COBRADO PELO CESPE

Não podemos confundir capacidade máxima do estoque (área física) com estoque máximo...vejamos os conceitos:

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14.1 Estoque máximo é a quantidade máxima de uma mercadoria ou matéria-prima que a empresa deve estocar. É importante saber: o espaço disponível de seu almoxarifado, o custo financeiro do estoque, lotes que demandam muito tempo para serem consumidos, produtos que requerem cuidados especiais de armazenamento e produtos voláteis ou que tenham características modificadas com o tempo.

estoque máximo = estoque mínimo + lote de reposição (caiu em prova)

O estoque máximo é igual a soma do estoque mínimo e do lote de compra. O lote de compra poderá ser econômico ou não. Em condições normais de equilíbrio entre a compra e o consumo, o estoque oscilará entre os valores máximo e mínimo.

O estoque máximo é uma função no lote de compra e do estoque mínimo, e evidentemente, variará todas as vezes que uma ou duas parcelas acima variarem. O estoque máximo sofrerá também limitações de ordem física, como espaço para armazenamento.

14.2 ESTOQUE MÍNIMO

O estoque mínimo ou também chamado estoque de segurança, determina a quantidade mínima que existe no estoque, destinada a cobrir eventuais atrasos no suprimento e objetivando a garantia do funcionamento eficiente do processo produtivo, sem o risco de faltas.

Entre as causas que ocasionam estas faltas, pode-se citar as seguintes: oscilações no consumo; oscilações nas épocas de aquisição, ou seja, atraso no tempo de reposição; variação na quantidade, rejeição de um lote e diferenças de inventário.

Estabelecer uma margem de segurança, ou estoque mínimo, é um risco que a empresa assume na ocorrência da falta de estoque.

A determinação do estoque mínimo pode ser feita através de fixação de determinada projeção mínima, estimada no consumo, e cálculo com base estatística.

Nestes casos, parte-se do pressuposto de que deve ser atendida uma parte do consumo, isto é, que seja alcançado o grau de atendimento adequado e definido.

Esse grau de atendimento (NA), nada mais é, que a relação entre a quantidade necessitada e quantidade atendida......NA= Nº DE ATENDIDOS/Nº DE PEDIDOS

OBS....IMPORTANTE....CAIU EM PROVA.... o Estoque Mínimo pode ser influenciado pelo tempo de atendimento, mas o tempo de atendimento não é influenciado pelo Estoque Mínimo....

14.3. CURVA DENTE DE SERRA

A apresentação da movimentação (entrada e saída) de uma peça dentro de um sistema de estoque pode ser feita por um gráfico.

Gráfico Dente de Serra

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O ciclo acima representado será sempre repetitivo e constante se:a) não existir alteração de consumo durante o tempo T;b) não existirem falhas adm. que provoquem um esquecimento ao solicitar compra;c) o fornecedor nunca atrasar;d) nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade.

Como sabemos essa condição realmente não ocorre e para isso devemos prever essas possíveis falhas na operação como representado abaixo:

Gráfico Dente de serra de ruptura

No gráfico acima podemos notar, que durante os meses de junho, julho e agosto e setembro, o estoque esteve a zero e deixou de atender a uma quantidade de 80 peças.

A partir dessa análise concluímos que deveríamos então estabelecer um estoque de segurança.

Gráfico Dente de serra utilizando estoque mínimo

14.4 TEMPO DE REPOSIÇÃO; PONTO DE PEDIDO

O tempo de reposição é uma das informações básicas necessárias para se calcular o estoque mínimo. O tempo de reposição consiste no tempo gasto desde a averiguação de que o estoque necessita ser reposto até a entrega efetiva do material no almoxarifado da empresa.Assim este tempo pode ser dividido em três partes:

ATENÇÃO...CAIU EM PROVA...(VISÃO DO CESPE)

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Emissão do pedido: - tempo que leva desde a emissão do pedido de compra até ele chegar ao fornecedor;

Preparação do pedido: - tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos até deixá-los em condições de serem transportados;

Transporte: - tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento dos materiais pela empresa.

Gráfico Dente de serra com tempo de reposição x ponto de pedido

Em virtude de sua grande importância, este tempo deve ser determinado de modo mais realista possível, pois as variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a estrutura do sistema de estoques.

DETERMINAÇÃO DO PONTO DE PEDIDO (PP).PP = C x TR + E.minOnde:PP = Ponto de pedido; C = Consumo médio mensal / dia ; TR = Tempo de reposiçãoE.min = Estoque mínimo

Gráfico Demonstrativo do TR.

14.5 ESTOQUE MÍNIMOEmin = Er + C x TROnde:d = consumo médio do material;t = tempo de espera médio, em dias, para reposição do material;

14.6 ESTOQUE MÍNIMO COM VARIAÇÃO.E.min = T1 x (C2 - C1) + C2 x T4

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Onde :T1 = Tempo para o consumo.C1 = Consumo normal mensalC2 = Consumo mensal maior que o normalT4 = Atraso no tempo de reposiçãoExemplo:Um produto possui um consumo mensal de 55 unidades. Qual deverá ser o estoque mínimo se o consumo aumentar para 60 unidades, considerando que o atraso de reposição seja de 20 dias e o tempo de reposição é de 30 dias.E.min = 1 x (60 - 55) + 60 x 0,67E.min = 45,2 unidades ou seja 46 unidades

14.7 SISTEMA DE MÁXIMOS MÍNIMOS:É utilizado quando há muita dificuldade para determinar o consumo ou quando

ocorre variação no tempo de reposição. Esse sistema consiste em estimar os estoques máximos (Emax) e mínimo (Emin) para cada ítem, em função de uma expectativa de consumo previsto para determinado período de tempo. A partir daí, calcula-se o ponto de pedido (PP).

Estoque mínimo é uma quantidade em estoque que, quando atingida, determina a necessidade de encomendar um novo lote de material. O Emin é igual ao estoque de reserva (Er) mais o consumo médio do material multiplicado pelo tempo de espera médio, em dias, para sua reposição.Emin = Er + dtOnde:d = consumo médio do material;t = tempo de espera médio, em dias, para reposição do material;

O Er, ou de segurança, é uma quantidade morta em estoque que somente é consumida em caso de extrema necessidade. Destina-se cobrir eventuais atrasos e garantir a continuidade do abastecimento da produção, sem o risco de falta de material, que provoca o custo da ruptura, isto é, o custo de paralisação da produção.Emax = Emin + lote de compra

Ponto de pedido (PP) é uma quantidade de estoque que, quando atingida, deverá provocar um novo pedido de compra.

Intervalo de reposição (IR), é o período de tempo entre duas reposições de material. È o intervalo de tempo entre dois PPs.

Para representar os sistema máximos-mínimos, utilizamos a chamada curva dente de serra.

Gráfico Sistema dos máximos-mínimos

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15)PREVISÃO PARA OS ESTOQUES

Toda a teoria dos estoques é pautada na previsão do consumo de material. A previsão de consumo determina estas estimativas futuras dos produtos que a empresa comercializa.

Há informações básicas na previsão dos estoques que se dividem em duas categorias: quantitativas e qualitativas. Permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo da demanda dos produtos acabados.

15.1)Quantitativas:

a) Evolução das vendas no passado; b) Variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente às vendas;c) Variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas às vendas - populações, renda, PNB;d) Influência da propaganda.

15.2)Qualitativas:

a)Opinião dos gerentes;b)Opinião dos vendedores;c) Opinião dos compradores;d) Pesquisa de mercado.

CAIU EM PROVA...ATENÇÃO.....!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

No comportamento dinâmico do processo, existem as técnicas de previsão do consumo que se classificam em três grupos:

Projeção: admite-se que o futuro será a repetição do passado ou as vendas se elevarão com o tempo, assim este grupo é de natureza quantitativa.

Explicação: procura-se explicar as vendas do passado mediante leis que relacionem as mesmas com outras variáveis, cuja evolução é conhecida ou previsível. São aplicações de técnicas de regressão e correlação.Predileção: funcionários e conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado estabelecem a evolução das vendas futuras.16)LOTE DE REPOSIÇÃO

Lote de reposição é a quantidade média mensal de produtos vendidos, dividido pela freqüência de compras de mercadoria ou matéria-prima. Para determinar os lotes de reposição é preciso ter cuidado com: custo do frete, tamanhos de lotes definidos pelos fornecedores, produtos frágeis que podem se deteriorar no estoque, datas de validade em relação ao consumo e compra de oportunidade. lote de reposição = consumo médio mensal ÷ freqüência de compra  17)O SISTEMA JIT

De acordo com a doutrina dominante o Just in Time, JIT como é conhecido, surgiu no Japão, em meados da década de 70, sendo o centro de sua criação e desenvolvimento a Toyota Motor Company. Essa por sua vez buscava um sistema de administração da produção que tivesse a capacidade de coordenar a produção de acordo com a demanda de diferentes modelos e cores de veículos e sem atraso.

Desde já percebemos a necessidade de flexibilidade e confiabilidade do sistema. O JIT trabalha com um sistema de produção “puxada”, ou seja somente se produz em cada uma das partes do processo aquilo que foi vendido, no tempo e no

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momento exato, também conhecido como sistema Kanbam. Nome dado aos cartões utilizados para autorizar e movimentar a produção ao longo do processo produtivo.

O JIT principalmente no ocidente, também é reconhecido por outros nomes como:• Produção sem estoques;• Eliminação de desperdícios;• Manufatura de fluxo contínuo;• Esforço contínuo na resolução de problemas;• Melhoria contínua dos processos.

18)DEMANDA DEPENDENTE x DEMANDA INDEPENDENTE

A demanda dependente é aquela que é derivada de alguma outra decisão tomada dentro da empresa, enquanto os sistemas de demanda independente são aqueles adequados para os casos em que a demanda está fora do controle da empresa.

DEMANDA DEPENDENTE Demanda diretamente relacionada com, ou derivada da estrutura de uma lista de materiais de outros artigos, ou produtos finais. Estas demandas podem então ser calculadas e não necessitam, ou dependem, de previsões. Em um dado produto, tanto pode ocorrer demanda dependente, quanto demanda independente. Por exemplo: um componente pode ser, simultaneamente, peça referente a uma montagem ou uma peça de reposição.

DEMANDA INDEPENDENTE A necessidade de um item não está relacionada com outros itens. Por exemplo, peças de um produto em lançamento, isto é, peças que não são baseadas em produtos instalados.

19)MÉTODOS DE EVOLUÇÃO DO CONSUMO

Podemos representar as formas de evolução de consumo pelas seguintes formas:

a) Método de evolução horizontal de consumo: de tendência invariável ou constante

Consumo

Consumo efetivo

Consumo médio

Tempob) Modelo de evolução de consumo sujeito a tendência: o consumo médio aumenta ou diminui com o correr do tempo.

Consumo Consumo efetivo

Consumo médio

Tempo

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c) Modelo de evolução sazonal de consumo: o consumo possui oscilações regulares, que tanto podem ser positivas quanto negativas, ele é sazonal quando o desvio é no mínimo de 25% do consumo médio e quando aparecer condicionado a determinadas causas.

Consumo 25% Consumo efetivo

50Consumo médio

Tempo

Na prática, podem ocorrer combinações dos diversos modelos de evolução de consumo. Isto pode ser verificado de maneira mais evidente quando analisa-se a linha de vida de um produto. Esta linha deve apresentar uma tendência positiva e acelerada (positivamente) de consumo nos primeiros períodos. Consolidado o produto no mercado, o incremento na tendência diminuirá gradativamente até a fase em que a obsolescência do produto provocará sua retirada do mercado, fazendo com que a linha caia abruptamente.

O conhecimento sobre a evolução do consumo no passado possibilita uma previsão da sua evolução futura. Esta previsão somente estará correta se o comportamento do consumo permanecer inalterável.

19.1 - Técnicas quantitativas para calcular a previsão de consumo

19.1.1 Método do último período

É um método simples e sem embasamento matemático. Consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior.

19.1.2 Método da média móvel

Neste método, a previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos valores de consumo nos n períodos anteriores.

A previsão gerada por este modelo é geralmente menor que os valores ocorridos se a tendência de consumo for crescente. Inversamente, será maior se o padrão de consumo for decrescente.

Se o número de períodos for grande, a reação da previsão diante dos valores atuais será muito lenta. Inversamente, se o número for pequeno, a reação será muito rápida. A escolha do número de períodos é arbitrária e experimental.

Desvantagens

As médias móveis podem gerar movimentos cíclicos, ou de outra natureza não existente nos dados originais;

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Page 31: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

As médias móveis são afetadas pelos valores extremos; isso pode ser superado utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados;

As observações mais antigas têm o mesmo peso que as atuais;

Exige a manutenção de um número muito grande de dados.

Vantagens

Simplicidade e facilidade de implantação;

Admite processamento manual.

19.1.3 Método da média móvel ponderada

Este método é uma variação do modelo anterior, em que os valores dos períodos mais próximos recebem peso maior que os valores correspondentes aos períodos menos atuais.

19.1.4 Método da média com ponderação exponencial

Este método elimina muitas desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada. Além de valorizar os dados mais recentes, apresenta menor manuseio de informações passadas. Apenas três fatores são necessários para gerar a previsão para o próximo período:

A previsão do último período;

O consumo ocorrido no último período;

Uma constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.

Este modelo procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença Entre o consumo atual e o previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias.Suponhamos que para determinado produto havíamos previsto um consumo de 100 unidades. Verificou-se, posteriormente, que o valor real ocorrido foi de 95 unidades. Precisamos prever agora o consumo para o próximo mês. A questão básica é a seguinte: quanto da diferença entre 100 e 95 unidades pode ser atribuída a uma mudança no padrão de consumo e quanto pode ser atribuído a causas puramente aleatórias?Se a nossa previsão seguinte for de 100 unidades, estaremos assumindo que toda a diferença foi devida a causas aleatórias e que o padrão de consumo não mudou absolutamente nada. Se for de 95 unidades, estaremos assumindo que toda a diferença deve ser atribuída a uma alteração no padrão de consumo (método de último período). Neste método, apenas parte da variação é considerada como mudança no padrão de consumo.

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3.1.5 Método dos mínimos quadrados

Este método é usado para determinar a melhor linha de ajuste que passa mais perto de todos dados coletados, ou seja, é a linha de melhor ajuste que minimiza as distâncias entre cada ponto de consumo levantado.

20) O EFEITO CHICOTE NO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS –

SCM

De acordo com a doutrina dominante, “a produção e distribuição de produtos para atender a demanda dos consumidores envolve os fluxos que permeiam uma complexa rede de processos que incluem fornecedores de matérias primas, fabricantes de produtos acabados e seus atacadistas, distribuidores e varejistas. Toda esta rede de elementos agregadores de valor é chamada de cadeia de suprimentos. A meta dos participantes da cadeia de suprimentos é a sincronização dos fluxos através da rede, para atender a demanda do consumidor final da forma mais econômica. Gerenciar a cadeia de suprimento envolve armazenar e mover produtos e informações através de toda esta rede para disponibilizar os produtos aos consumidores, quando e onde eles estejam desejando, ao menor custo possível.”

A chave para uma boa gestão da cadeia de suprimentos é a sincronização dos fluxos entre os elementos desta rede. A ausência de sincronização provoca um perverso efeito que causa prejuízos a todos os elementos da cadeia e é chamado de efeito chicote, conforme mostrado no quadro abaixo:

QUADRO--: Efeito chicote: variação das ordens ao longo da cadeia de suprimentos

Como se percebe no quadro acima, os perfis das ordens tendem a ser alterados – aumentados - ao longo da cadeia de suprimentos, a medida que se retrocede do consumidor para o varejista, deste para o atacadista, do atacadista para o fabricante, etc.. Este fenômeno de aumento da variabilidade da demanda indica claramente uma

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VENDAS AOS CONSUMIDORES ORDENS DE COMPRA DOS VAREJISTAS AOS ATACADISTAS

ORDENS DE COMPRA DO ATACADISTA AO FABRICANTE

ORDENS DE PRODUÇÃO DO FABRICANTE

Q

T

Q

T

Q Q

T T

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falta de sincronização de informações entre os elementos da cadeia de suprimentos, assim como modelos de reposição em desacordo com os modelos de demanda.

Os doutrinadores esclarecem, em uma cadeia de suprimentos perfeitamente sincronizada, o modelo de ordem em cada estágio deveria imitar o modelo de consumo do estágio à jusante, até que se chegasse ao consumidor final. Desta forma, não haveria geração de estoques desbalanceados ao longo da cadeia de suprimentos, com seus efeitos perversos conseqüentes.

21. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP)

O andar do sistema no dia-a-dia, este é o propósito do Planejamento e do Controle, ou seja, garantir que a produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços de acordo. Isto requer a disponibilidade adequada dos recursos produtivos:

Na quantidade No momento No nível de qualidade

Fornecimento e Demanda

As atividades de projeto estabelecem a capacidade do pessoal e das instalações dentro da operação. Ao tomar esses decisões, os gerentes de produção procuram atingir os objetivos competitivos e estratégicos de qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo. O projeto estabelece o potencial de desempenho da operação – os limites dentro dos quais a operação pode trabalhar. Os consumidores, quando considerados, são tratados como um grupo criando demanda e que deve ser atendida, pois são usualmente considerados como indivíduos com necessidades específicas.

Então temos de um lado os recursos da operação com capacidade de fornecer ao consumidor e do outro, temos um conjunto de demandas dos consumidores, tanto gerais como específicas, atuais como potenciais, para produtos ou serviços da operação. Assim, todas as atividades de planejamento e controle estão de alguma forma dirigidas à conciliação das capacidades de fornecimento de uma operação com as demandas colocadas sobre ela.

As atividades de planejamento e controle proporcionam os sistemas, procedimentos e decisões que conciliam estas duas entidades.

Conectam recursos capazes de fornecer bens e serviços para a demanda que foram projetados para satisfazer.

Em qualquer operação, o fornecimento de recursos não é infinito. Por isso as atividades de planejamento e controle estão sujeitas a limitações presentes na maioria das operações.

De forma genérica, essas limitações são:

de custos de capacidade de tempo de qualidade

Demanda versus FornecimentoSe planejar e controlar significa conciliar a demanda e fornecimento, a natureza

das decisões tomadas relativas a essas atividades dependerão da natureza a demanda e da natureza do fornecimento.

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Incertezas, tanto de fornecimento como de demanda, afetarão a complexidade das tarefas de planejamento e controle. No fornecimento, algumas operações são previsíveis e geralmente ocorrem conforme planejadas, enquanto que outras dificilmente acontecem de acordo com o plano.

No lado da demanda, também pode haver incerteza mas não em todas as operações. Por exemplo, numa escola, as aulas fixadas e o semestre começou, o professor sabe quantos alunos tem na sua sala e sabe quantas apostilas providenciar. A demanda é previsível. Este é o curto e médio prazo. No longo prazo, antes do início das aulas, o diretor não pode saber exatamente quantos novos alunos farão matrícula na escola, quantos pedirão transferência. Ele deve prever sua demanda para providenciar livros, pessoal, etc. Algumas operações são imprevisíveis quanto a sua demanda mesmo no curto prazo. Por exemplo, um restaurante dentro e um shopping center, não sabe quantos clientes passar pelo local e quantos vão pedir.

A demanda pode ser tratada tanto como dependente como independente. A demanda dependente é relativamente previsível porque é dependente de fatores conhecidos. Isso quer dizer que algumas operações podem prever e fazer provisões antecipadas porque têm pedidos futuros confirmados dos consumidores (por exemplo, fornecimento de pneus para veículos). O planejamento e controle concentra-se nas conseqüências da demanda dentro da operação.

A demanda independente é menos previsível porque depende das casualidades do mercado. Pode-se fazer provisões baseados em dados passados para se ter um indicador do que se espera no futuro (exemplo: fabricação de veículos para estoque).

As operações podem responder à demanda através de:

obtenção de recursos contra pedido (resource-to-order): em condições de demanda dependente, a operação somente vai começar o processo de produção de bens ou serviços quando for necessário, ou seja, cada pedido aciona as atividades de planejamento e controle para organizar a sua produção.

fazer contra pedido (make-to-order): quando há confiança na natureza da demanda para manter “em estoque” a maior parte dos seus recursos requeridos para satisfazer seus consumidores. Porém, somente fará o produto ou serviço real contra pedido firme do consumidor.

fazer contra estoque (make-to-stock): algumas operações produzem bens ou serviços para estoque antes do recebimento de qualquer pedido firme. Alguns construtores, por exemplo, construirão casas e/ou apartamentos padrão pré-projetados antes de qualquer demanda firme, quer porque são mais baratos feitos desta maneira ou porque é difícil criar bens ou serviços individualmente (por exemplo, porque é difícil construir cada apartamento quando o consumidor decidir comprá-lo).

Essas diferentes formas de responder à demanda podem ser caracterizadas pelas diferenças entre o tempo total de processo para o tempo de demanda, visto pelo cliente, ou seja, através da comparação do tempo total de espera dos consumidores, desde pedir o produto/serviço e o receber. O tempo total que a operação leva para obter os recursos, produzir e entregar o produto ou serviço.

22. CURVA ABC

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A curva ABC é um importante instrumento para se examinar estoques, permitindo a identificação daqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Ela consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo em valor monetário, ou quantidade dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância.

Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor, ou da quantidade, dá-se a denominação de itens da classe A, aos intermediários, itens da classe B, e aos menos importantes, itens da classe C. A experiência demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do total, são da classe A, enquanto uma grande quantidade, em torno de 50%, é da classe C e 30% a 40%, são da classe B.

A curva ABC é muito usada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para estabelecimento de prioridades, para a programação da produção, etc.

Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens que serão analisados, conforme sua importância relativa no grupo. A montagem dos grupos pode parecer um pouco trabalhosa, mas pode ser que ela seja feita uma única vez, ou mesmo muito esporadicamente. Os itens de cada grupo permanecem enquanto permanecerem as condições que possam afetar os itens (consumo; vendas; preços; etc.). A montagem dos grupos pode ser feita em duas etapas (vamos continuar com o exemplo de um controle de estoques):

1ª Etapa:

- relaciona-se todos os itens que foram consumidos em determinado período (1); - para cada item registra-se o preço unitário (2) e o consumo (3) no período considerado (se a análise fosse sobre vendas, ou sobre transporte, ao invés de consumo seria usada a quantidade vendida, ou a quantidade transportada, etc.); - para cada item calcula-se o valor do consumo (4), que é igual ao preço unitário x consumo; - registra-se a classificação (5) do valor do consumo (1 para o maior valor, 2 para o segundo maior valor, e assim por diante).

Exemplo, considerando um controle de estoque, composto de dez itens:

Material(1) Preço Unitário(2)

Consumo(3) Valor do Consumo(4)

Classificação(5)

Mat1 1,21 123 148,83 4

Mat2 11,90 15 178,50 3

Mat3 3,64 89 323,96 2

Mat4 5,98 12 71,76 5

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Mat5 11,20 75 840,00 1

Mat6 11,98 6 71,88 7

Mat7 1,60 22 35,20 10

Mat8 0,38 84 31,92 9

Mat9 5,12 19 97,28 6

Mat10 21,60 3 64,80 8

2ª Etapa

- ordena-se os itens de acordo com a classificação (5); - para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado (6), que é igual ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo acumulado da linha anterior; - para cada item, calcula-se o percentual sobre o valor total acumulado (7), que é igual ao seu valor de consumo acumulado dividido pelo valor de consumo acumulado do último item.

Exemplo:

Material(1) Valor do Consumo(4)

Valor do Consumo

acumulado (4)

% sobre valor total

acumulado(4)

Classificação ordenada(5)

Mat5 840,00 840,00 45,06 1

Mat3 323,96 1.163,96 62,44 2

Mat2 178,50 1.342,46 72,02 3

Mat1 148,83 1.491,29 80,00 4

Mat4 71,76 1.563,05 83,85 5

Mat9 97,28 1.660,33 89,07 6

Mat6 71,88 1.732,21 92,92 7

Mat10 64,80 1.797,01 96,40 8

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Mat8 31,92 1.828,93 98,11 9

Mat7 35,20 1.864,13 100,00 10

Para a definição das classes A, B e C, adotando-se o critério de que A = 20%; B = 30% e C = 50% dos itens. Sendo, no exemplo 10 itens, 20% são os dois primeiros itens, 30% os três itens seguintes e 50% os cinco últimos itens, resultando, assim, os seguintes valores: - classe A (2 primeiros itens) = 62,44%; - classe B (3 itens seguintes) = (83,85% - 62,44%) = 21,41%; - classe C (5 itens restantes) = (100% - 83,85%) = 16,15%;

Obs.: Se tivéssemos, por exemplo, 73 itens ao invés de 10, para A = 20%, seriam os 15 primeiros itens; B = 30%, seriam os 22 itens seguintes; e C = 50%, os 36 restantes. Para o exemplo acima, se quiséssemos controlar, digamos, 80% do valor do estoque, teríamos que controlar apenas os quatro primeiros itens (já que eles representam 80,00%). O estoque (ou as compras, ou o transporte, etc.) dos itens da classe A, tendo em vista seu valor, devem ser mais rigorosamente controlados, e também devem ter estoque de segurança bem pequenos. O estoque e a encomenda dos itens de classe C devem ter controles simples, podendo até ter estoque de segurança maiores. Já os itens da classe B deverão estar em situação intermediária.

A figura 1 seria sua tabela atualmente:

 

  

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Page 38: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A figura 2 é como ela precisará ficar para gerar a curva abc: 

Perceba que a cor em azul indica o estágio inicial da sua tabela, logo os campos em preto, deverão ser calculados pelo aplicativo que irá desenvolver.  A figura 3 é como efetivamente ficará a tabela. Após a ordenação decrescente da tabela, através do campo Percentual, deverá o campo Acumulado receber o campo Percentual, conseqüentemente Acumulado. Podem verificar como a ordem dos registros mudou. 

Conforme a orientação para a classificação das Classes, temos: Classe A – 20%, Classe B – 30%, Classe C – 50%Logo: - Classe A = 2 (20%) dos produtos representam 35,45% do valor total das vendas da empresa, exigindo assim uma atenção maior para evitar, falta, perda ou danos deste produto. - Classe B = 3 (30%) dos produtos representam 41,32% do valor total das vendas da empresa, exigindo assim uma atenção mediana para evitar, falta, perda ou danos deste produto. - Classe C = 5 (50%) dos produtos representam 23,14% do valor total das vendas da empresa, exigindo assim menos atenção para com este produto. (Obs: O valor total deverá aproximar-se de 100% conforme for aumentando o número de casas decimais). Gerando o Gráfico obtemos a CURVA ABC graficamente:

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    Para a correta definição dos estoques, considere esses dois fatores: quanto menor o estoque menor a necessidade de capital imobilizado e nunca deve faltar produto para venda.

Ou seja, se a empresa buscar o menor estoque, corre o risco de perder uma venda por falta de produto. Além disso, produtos diferentes possuem giros diferentes e sazonalidades ocorrem em vários negócios.

Para equilibrar esses dois aspectos, um dos caminhos é a utilização intensa da informação. A partir de históricos de vendas (giro das mercadorias), por produto, por época do ano, etc é possível ter uma aproximação dos estoques mínimos necessários para atender as demandas.

Outro fator importante é o prazo de entrega dos fornecedores, quanto menores eles forem, menores também podem ser os estoques.

Apesar de todo esforço, ainda não existe solução para grandes oscilações de demanda, como as causadas por ondas de calor ou frio inesperadas, por exemplo.

23. INVENTÁRIOS

· Natureza dos Inventários -O termo inventário é usado para designar o estoque disponível para a venda no

curso normal da empresa, bem como os artigos que serão utilizados na produção de

mercadorias a serem vendidas. A venda da mercadoria acima do custo é a principal

fonte de renda da empresa comercial ou fabril.

Os inventários representam um dos mais ativos elementos nas operações comerciais, sendo continuamente adquiridos, transformados e revendidos. Os registros de inventário controlam o estoque em constante movimento. São necessários os

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registros para os custos de inventário, para a avaliação periódica dos resultados das operações e a determinação da situação financeira da empresa.

O inventário constitui peça fundamental no levantamento do balanço, compreendendo a conferência física das existências e sua avaliação em moeda, constituindo peça importante do Balanço, pois que, como sempre se dizia, “do bom inventário depende o bom balanço”. O Inventário sempre foi o apoio dos balanços. Por isso, não basta que as legislações estabelecessem a obrigatoriedade do levantamento dos balanços. Tiveram elas que ir mais adiante, prescrevendo leis para o levantamento dos inventários, para que se tivessem balanços fidedignos.

Não bastou também que a lei fixasse normas para o levantamento quantitativo e qualitativo dos valores a inventariar. Era preciso ir mais longe: prescrever normas quanto a avaliação, sabendo que desta resulta o bom ou mau balanço.

Foi o que fizeram as legislações modernas. O que predomina é a teoria do menor preço, que aliás constitui uma vantagem dada às empresas, para fins fiscais, quando se trata de mercadorias que não tem cotação em bolsa.

De fato, referindo-se a nossa legislação ao preço de venda ou de custo, o que for mais baixo, deixa a nossa legislação um pouco à critério das empresas, avaliar como quiser e por quanto quiser, pois, não havendo cotação oficial de venda, e podendo ser adotado este critério, também dentro deles podem ser analisados os preços de venda de comprador e vendedor, o que em muitos casos fornece margem muito favorável a uma apresentação de resultado conveniente.

Adotado um critério de avaliação, este não é em nosso direito, vinculativo, o que quer dizer que nos anos posteriores a empresa pode mudar de critério.

· Constituição dos Inventários - O Inventário de mercadorias de uma empresa comercial consiste de

mercadorias adquiridas para a revenda. Na empresa fabril, é constituído de matéria-prima, mercadorias em processamento e produtos (mercadorias fabricadas). A matéria-prima refere-se aos artigos usados no processo da produção. A matéria-prima de uma Companhia representa, freqüentemente, o produto da outra Companhia, de que foi adquirida. Assim, por exemplo, papel é matéria-prima para o editor de jornais, mas é o produto para seu fabricante. Há exceções, porém, em que as empresas adquirem a matéria-prima das fontes naturais. Certas matérias-primas, conquanto necessárias no processo produtivo, não podem ser identificadas com um produto particular no curso da fabricação. Exemplo: óleos, graxas e combustíveis. São relacionadas separadamente como material de fábrica; dado, porém, o seu consumo no processo fabril, são tidas como parte dos inventários da Companhia. A matéria-prima diretamente empregada na produção de certas mercadorias é denominada “matéria direta”; o material de fábrica é chamado “matéria indireta”.

Mercadorias em processamento são os artigos ainda não prontos, no processo de produção. Mercadorias em processamento abrange três elementos: 1) matéria-prima, 2) mão-de-obra e 3) despesas de fábrica ou carga. Mão-de-obra, algumas vezes chamado trabalho produtivo, é o trabalho que pode ser identificado com o produto. Despesa de fábrica é todo o custo fabril que não a matéria-prima e a mão-de-obra. Inclui material de fábrica e o trabalho que não possa ser identificado com o produto. Inclui, também, o custo da depreciação, concertos, impostos e seguros, bem como uma parte razoável do custo da administração e outros custos que não os relacionados exclusivamente com as funções de venda.

Mercadorias prontas são os produtos completos de uma empresa. O custo do produto abrange, também, matéria-prima, mão-de-obra e despesas de fábrica. Os produtos comprados para serem usados na produção são classificados como matéria-prima; os que se destinam a vendas são classificados como mercadorias prontas.

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Inventário Periódico

O inventário periódico muitas vezes é confundido com o controle desdobrado de estoque, ou seja, utiliza-se várias contas para controlar o estoque, partindo de um estoque inicial, nós registramos as compras, impostos a recuperar, devoluções de compras, fretes sobre compras, vendas de mercadorias, cada um em sua conta, no final de um período apuramos o resultado.

O resultado somente é apurado no final do período através do levantamento dos estoques físicos, ou seja, o conhecemos por inventário físico, este pode ser total, quando se conta todo o estoque no dia do fechamento, pode ser parcial ou rotativo, quando por impossibilidade de contagem geral, vai se apurando o estoque por item ou setor. Geralmente não se possui o controle de estoque através de fichas e por este motivo o CMV muitas vezes é calculado em função da margem de lucro.

Exemplo:

Inventário periódico, você já deve ter visto lojas fechadas com um cartaz na porta dizendo "FECHADO PARA BALANÇO", a empresa está fazendo o levantamento das quantidades de estoques que posse naquele momento;

Inventário parcial ou rotativo, você já deve ter visto nos supermercados, pessoas com pranchetas na mão cotando estoque de determinado setor ou prateleira, como são várias prateleiras, o supermercado conta de uma em uma, assim quando terminar todas têm-se apurado o estoque.

Inventário Permanente

A manutenção permanente do controle dos estoques permite às empresas conhecerem o custo e o respectivo lucro a cada operação de venda efetuada.

Este sistema consiste em manter fichas para cada mercadoria ou sistemas informatizados, hoje muitas vezes integrados ao faturamento, onde são controladas as quantidades adquiridas e vendidas, os preços unitários e total, os estoques remanescentes e seus respectivos custos.

Adotando este sistema para seu controle diário, a conta Mercadoria ou Estoque, deverá ser utilizada para todas as movimentações de estoque, outra conta de vendas nas contas de resultados, e finalmente a conta Custo das Mercadorias Vendidas, outra conta de resultado.

Na conta Mercadoria ou Estoque, você registra toda operação com o estoque, na conta Vendas somente as receitas apuradas e na conta Custo das Mercadorias Vendidas, você lança o custo das mercadorias baixadas no controle de estoque (por fichas ou sistemas informatizado).

Vale dizer que hoje o controle permanente é o preferido dos administradores e gerentes, pois a cada entrada, compra, a cada saída, por consumo ou venda, a administração da empresa estará informada, possibilitando um melhor planejamento de compras e até mesmo de vendas.

24. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

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Apuração dos custos

Conhecendo os componentes do custo de aquisição, o problema agora prende-se ao fato de a empresa ter em estoque o mesmo produto adquirido em datas distintas, com custos unitários diferentes. Assim, surge a dúvida sobre qual preço unitário deve ser atribuído a tais estoques na data do Balanço.

Vamos a seguir analisar as diversas possibilidades existentes. Antes disso, cabe lembrar que, no Brasil, a legislação do Imposto de Renda tem permitido, apenas, a utilização do método do preço específico, do custo médio ponderado móvel ou a dos bens adquiridos mais recentemente (Fifo ou Peps), não permitindo, para fins fiscais, o uso do Lifo ou Ueps, motivo pelo qual a maioria das empresas, no Brasil, utiliza principalmente o custo médio ponderado móvel.

Estudaremos as possibilidades de atribuição desse valor unitário, sempre baseadas no custo ou valor de aquisição, que são os seguintes: Preço específico

Significa valorizar cada unidade do estoque ao preço efetivamente pago para cada item especificamente determinado. É usado somente quando é possível fazer tal determinação do preço específico de cada unidade em estoque, mediante identificação física, ou número de série único por produto, como no caso de revenda de automóveis novos ou usados (chassi).

Esse critério normalmente só é aplicável em alguns casos em que a quantidade, o valor ou a própria característica da mercadoria ou material o permitam. Na maioria das vezes, é impossível ou economicamente inconveniente. CUSTO DE REPOSIÇÃO

Considera para fins de definição dos custos o preço de aquisição e a inflação d período.

Peps ou FifoA sigla PEPS significa Primeiro que Entra, Primeiro que Sai, e é também conhecida por FIFO, iniciais da frase inglesa First In, First Out.

Com base nesse critério para valoração dos estoques a empresa vai dando baixa nos estoques, a partir das primeiras compras, o que equivale ao seguinte raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as primeiras mercadorias compradas.

Ueps ou LifoA sigla UEPS significa Último que Entra, Primeiro que Sai, e é também conhecida por LIFO, iniciais da frase inglesa Last In, First Out.

Com base nesse critério para valoração dos estoques a empresa vai dando baixa nos estoques, a partir das últimas compras, o que equivale ao seguinte raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as últimas mercadorias compradas

Custo MédioPor este critério, o valor médio de cada unidade em estoque altera-se pelas compras de outras mercadorias por um preço diferente.

Esse método, mais comumente utilizado no Brasil, evita o controle de custos por lotes de compras, como nos métodos anteriores, mas obriga a maior número de cálculos ao mesmo tempo em que foge dos extremos, dando como custo de aquisição um valor médio das compras. Custo Específico ou Custo Real: 

A metodologia utilizada nesse método de avaliação de estoque é de baixarmos do estoque o custo exato de quanto custou tal mercadoria, esse critério é utilizado

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quando é possível identificar com grande facilidade quanto custou cada mercadoria, por exemplo na venda de veículos, ou de casas, é possível facilmente identificar o custo de cada um desses itens. 

Em alguns casos esse critério é obrigatório, a exemplo a venda de veículos usados, pois se as empresas utilizarem esse critério consegue reduzir os seus impostos que pagam na venda de cada veiculo. 

Quando a quantidade de itens a controle é grande esse critério se torna impossível, imagine um mercado ou uma papelaria conseguir controlar o custo especifico de cada item vendido, é inviável. 

Em alguns casos, a empresa nem precisa possuir o controle de estoque, pois é tão fácil identificar o custo da mercadoria, que é desnecessário o controle, por exemplo, uma loja de veículos que tenha 10 carros em estoque, agora uma loja de veiculo de tenha 100 carros em estoque, já é outra situação. 

O importante é que a empresa tenha como identificar o custo da mercadoria, de alguma forma, ora, identificar um imóvel, pelas suas próprias características ou pelo endereço e fácil, ou um veiculo de acordo com seu modelo, ano, placa e outros itens também é fácil. 

Nesse critério não importa a data de aquisição da mercadoria para a baixa, porém ela é preenchida na planilha. Um exemplo de uma planilha de controle de estoque com base no custo especifico, seria a seguinte: 

 Vejam que a empresa não tinha nenhum veiculo em estoque no inicio do mês de Janeiro, no dia 02 fez uma compra de um Monza – Placa XAX (outros itens podem ser incluídos na descrição para facilitar a identificação) – nesse momento ficou então com um veiculo em estoque, e o valor total do estoque é de R$ 9.000,00. 

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No mesmo dia fez outra compra, agora de um Vectra – Placa XBX, por R$ 20.000,00, nesse momento ela ficou com 2 veículos em estoque, e o seu saldo final é de R$ 29.000,00. No dia 05, a empresa comprou um Fusca – Placa ABC, por R$ 2.500,00, nesse momento ela ficou com 3 veículos em estoque, e um total de R$ 31.500,00. No dia 09, e empresa vendeu o Fusca – Placa ABC, então foi dado baixa, no valor do custo de aquisição do fusca ou seja, R$ 2.500,00, nesse momento a empresa ficou com 2 veículos em estoque, avaliados a R$ 29.000,00 no total. O controle acima é bem simples, apesar de poucos itens, mesmo que fosse muitos itens seria fácil, pela característica do produto, no caso do veiculo, por exemplo o modelo, a placa, a cor, o combustível, o chassi, todos esses itens ajudam a identificar o produto. Se fossem imóveis, por exemplo, o endereço, o tipo (casa, apartamento, terreno), a escritura. Agora imagine identificar ventiladores. Apesar de possível, pois possuem um número de série, seria tão trabalhoso, pois uma empresa que compra e vende ventiladores, não vai comprar poucas unidades e sim um monte de ventiladores de uma vez só, que não valeria a pena a relação de custo x beneficio de manter um controle especifico.

Comparação entre os Métodos: Para efetuarmos uma comparação entre os métodos, vamos fazer um exercício de elaborar uma planilha de controle de estoques, pelos 3 critérios que vimos até agora, que são o Custo Médio, o PEPS e o UEPS. Não vamos fazer pelo critério do custo específico, porque vimos que ele só se aplica em casos específicos, ou seja, quando a empresa é obrigada a fazer por esse método ou quando é possível determinar o custo de cada unidade (lembre-se das vendas dos imóveis). O objetivo desse exercício será demonstrar que com a mesma mercadoria, usando critérios diferentes, podemos chegar a resultados diferentes. Ok? Vamos lá: A empresa possui de estoque 40 unidades a R$ 10,00 cada. A 1.ª operação foi a compra de mais 50 unidades por R$ 12,00, no dia 04. A 2.ª operação foi a venda de 30 unidades, no dia 08. A 3.ª operação foi a venda de 20 unidades, no dia 12. A 4.ª operação foi a venda de 30 unidades, no dia 20. A 5.ª operação foi compra de mais 10 unidades, pelo valor total de R$ 150,00, no dia 26. Todas as operações foram relativas ao mês de Janeiro de 2005, e as mercadorias são cadernos. Vamos preencher uma planilha para cada um dos três critérios ok?

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 Vamos iniciar pelo método do PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) PEPS Inicialmente preenchemos os dados básicos e o estoque inicial. 

 Feito isso agora podemos começar a preencher a nossa planilha, que ficaria da seguinte forma: 

 Vamos analisar, vejam que a primeira operação foi a compra de 50 unidades a R$ 12,00, totalizando R$ 600,00, lançamentos tais quantidades e valores na coluna de entrada e nosso estoque final agora ficou com 2 lotes de mercadorias. O primeiro lote, mais antigo tem 40 unidades a R$ 10,00 cada e o lote mais novo tem 50 unidades a R$ 12,00 cada. A segunda operação, dia 08/01, foi a venda de 30 unidades, como estamos trabalhando com o método o PEPS, primeiro que entra primeiro que sai, temos que baixar de nosso estoque a mercadoria mais antiga que consta no mesmo, que podemos facilmente perceber que é referente ao primeiro lote que tinha 40 unidades. Após essa operação ficamos com 10 unidades a R$ 10,00 no lote mais antigo e com 50 unidades a R$ 12,00 no lote mais novo. A terceira operação do dia 12/01, foi mais uma venda, agora de 20 unidades, o nosso lote mais antigo tinha somente 10 unidades, baixamos essas e zeramos esse lote, o nosso lote mais novo tinha 50 unidades, como ainda nos falta baixar 10 unidades, pois a venda foi de 20 e só baixamos 10 até agora, baixamos mais 10 unidades desse lote. Nosso estoque no momento ficou somente com um lote de mercadoria com 40 unidades, avaliadas cada uma a 12,00, totalizando assim a quantia de R$ 480,00. A quarta operação foi a venda de mais 30 unidades, como só tínhamos um lote de mercadoria é desse mesmo que temos que dar baixa em nosso mercadoria, esse lote ficou agora com 10 unidades.

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 A quinta e ultima operação foi uma compra de 10 unidades, pelo valor total de R$ 150,00, logo cada unidade de mercadoria custou R$ 15,00, fizemos o registro da entrada em nossa planilha e ficamos no momento com 2 lotes de mercadorias, ambos com 10 unidades, porem cada um com um valor unitário diferente do outro, conseqüentemente o valor total de cada lote também será diferente. Percebam que ao final da planilha fizemos as somas das colunas, na coluna de entrada totalizamos as unidades que foram compradas (60 unidades), e o valor total das mercadorias que entraram no estoque, R$ 750,00. Fizemos o mesmo com a coluna de saídas, vejam que demos saída em nosso estoque na quantidade de 80 unidades, avaliadas ao total de R$ 880,00. E temos também que evidenciar o nosso estoque final, vejam que ficamos com 2 lotes de mercadorias, cada um com 10 unidades, no primeiro cada unidade estava avaliada a R$ 12,00, totalizando assim R$ 120,00. E o segundo lote também temos 10 unidades avaliadas a R$ 15,00 cada, totalizando assim R$ 150,00. Logo nosso estoque final tem 20 unidades, que totalizam R$ 270,00. Podemos fazer também aquela prova real assim: tínhamos 40 unidades, compramos 60, ficamos com 100 se vendemos 80 ficamos agora com 20 unidades (que é igual ao quanto esta representado em nossa planilha). É basicamente aquela forma de Ei + C – S = Ef, onde ESTOQUE INICIAL mais as COMPRAS menos as SAIDAS é igual ao ESTOQUE FINAL. O mesmo pode ser feito com os valores também: 400+ 750 – 880 = 270. Vamos ver agora como fica a nossa planilha no UEPS. UEPS Nossa planilha pelo critério do UEPS ficaria da seguinte forma: 

 Inicialmente temos o estoque como no PEPS. Após a primeira operação ficamos com 2 lotes de mercadorias, temos que nos lembrar agora que quando tivermos que efetuarmos uma saída de mercadoria, temos que baixar o lote mais recente, ou seja, o ultimo que entrou em nosso estoque. Que é o referente a compra desse dia.

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 No dia 08 fizemos o registro da primeira saída, logo, baixamos em nosso estoque 30 unidades do lote mais recente que tínhamos no mesmo, que era o referente a compra da operação anterior (dia 04). No dia 12, fizemos outra saída de mercadoria, temos que baixar a mercadoria mais nova que consta em nosso estoque, percebam que agora nosso estoque ficou com somente um lote de mercadoria no mesmo, com 40 unidades a R$ 10,00 cada. Na operação do dia 20 foi a saída de 30 unidades como só tínhamos um lote em nosso estoque é desse que devemos dar baixa na mercadoria. Temos agora somente um lote com 10 unidades em nosso estoque. No última operação compramos mais 15 unidades a R$ 150,00 no total, equivalente a R$ 15,00 cada unidade, ficamos agora com 2 lotes de mercadorias, em nosso estoque, ambos com 10 unidades. Percebam que o somatório nas ultimas linhas na coluna de entrada é mesmo que no critério do PEPS, e sempre terá que ser. A quantidade na coluna de saídas, também é igual, e sempre terá que ser, já o valor que saímos de mercadorias não é igual em virtude do critério de avaliação adotado agora, conseqüentemente as unidades em nosso estoque final são igual ao critério do PEPS e sempre terá que ser, já o valor do nosso estoque final é diferente. Por enquanto vamos somente perceber que é diferente, quando fizermos um exercício veremos o porque disso. Ok? Vamos agora ver como ficaria a nossa planilha pelo critério do Custo Médio. CUSTO MÉDIO Nossa planilha no critério do custo médio ficaria da seguinte forma: 

 Vejam que as unidades tanto nas colunas de entrada, saída ou saldo confere com qualquer um dos outros 2 métodos vistos acima. E sempre terá que ser igual. O valor da coluna de entrada também é igual, e sempre terá que ser. Agora o valor na coluna de saída e na coluna de saldo não confere com nenhum dos outros métodos vistos acima, isso em conseqüência do critério.

24.1 Giro dos estoques

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O giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado, sendo calculado pela fórmula mostrada abaixo:

Custo das mercadorias vendidas x 100 GIRO = Custo do estoque médio no período

Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.

Importante perceber que se a venda for lucrativa, isto é, se o valor recebido pela venda for superior ao custo direto da mercadoria, esta diferença é considerada como margem de contribuição da venda e servirá para pagar os custos fixos da empresa além de contribuir também para o lucro final do negócio. Assim, o giro é fundamental para obter lucro em ambiente competitivo onde as margens de lucro unitárias tendem a diminuir.

Um alto índice de rotação dos estoques é fator fundamental na redução da necessidade de investimento em capital de giro para um determinado nível de vendas.

Vamos dar um exemplo para melhor entender o conceito: O estoque médio de uma torrefadora de café é de 400 sacas e empresa vende 3600 sacas ao ano, portanto o giro de estoques desta empresa é 3600 dividido por 400 = 9 giros ao ano. Neste caso fica fácil de calcular, pois a empresa trabalha só com um produto.

Mas, como fazemos quando temos centenas de produtos? Neste caso devemos ter o valor médio dos estoques a preço de compras e os valores das vendas a preço de compras. Vejamos o exemplo da firma que tenha um estoque médio a preço de compra de R$50.000,00 e cujo volume de vendas ao ano seja de R$700.000,00 a preço de compras. O número de giros do estoque será de 700.000 divididos por 50.000 = 14 giros ao ano. 

24.2 Cobertura dos estoquesO índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o

estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Este índice é, muitas vezes, calculado de maneira errônea, com uma fórmula baseada em média de vendas passadas. No varejo, a existência de demandas sazonais e de eventos de grande impacto nas vendas, distorce completamente as médias de vendas passadas o que inviabiliza o uso destas para o cálculo da cobertura. Assim, recomenda-se o cálculo utilizando a projeção de demanda futura, conforme fórmula:

estoque em determinada data (quantidade ou valor)Cobertura dos estoques= previsão de vendas futuras (quantidade ou valor)

ou ainda: costuma ser encontrada uma outra fórmula: Cobertura = estoque médio/custo mercadorias vendidas

Quanto menor for o estoque em relação à projeção de vendas teremos menor cobertura em dias, semanas, etc.. Isto significa que se corre o risco de faltar mercadoria para atendimento ao cliente quando a cobertura de estoques for muito

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baixa, mas, no caso contrário, com o índice de cobertura muito alto, também se corre o risco de ter estoques obsoletos em face das mercadorias “saírem de moda” ou por perderem qualidade com o tempo de exposição na loja ou de permanência em depósito.

Nível de serviço ao cliente

É dado pela relação entre o total de pedidos atendidos em relação ao total de pedidos efetuados.

25. Movimentação de MateriaisHenry Ford dizia, você pode escolher o carro de qualquer cor contanto que a cor

seja preta. Essa filosofia de mercado funcionava em 1908. Hoje o consumidor é mais exigente escolhendo a cor ,opcionais, gosta de personalizar o produto que esta adquirindo, portanto devido a uma mudança comportamental radical do consumidor, levou também a logística rever todos os seus conceitos buscando alcançar a redução de custos e proporcionar as indústrias produzirem seus produtos dentro dos conceitos de manufatura enxuta. O mercado não permite que empresas que não possuam respostas rápidas e que não sejam flexíveis sobrevivam. Logo cada vez mais as empresas tem que buscar produtividade.

Um ponto que muitas vezes passa desapercebido dentro das empresas é o fluxo da movimentação de materiais, que de bem administrado pode ser um fator de diferencial competitivo, gerando reduções de custos e ganhos em produtividade, sendo um dos quesitos para se chegar a manufatura enxuta. Todas as vezes que fazemos movimentos desnecessários, estamos perdendo tempo, produtividade e qualidade. Acredito que se olharmos atentamente ao fluxo existente em nossas empresas poderemos promover alguma redução de movimentos desnecessários.Recomendamos que antes de se determinar um novo processo ou mesmo revisar os existentes, atentem para os princípios abaixo; os mesmos não são regras mas ajudam na definição de um fluxo mais contínuo da produção evitando portanto movimentos desnecessários.

25.1 Princípios da Movimentação de Materiais

Enunciamos sob a forma de princípios os pontos fundamentais que orientam a movimentação de materiais. Estes princípios (adaptados pelo Instituto IMAM do Material Handling Institute - USA) não são regras rígidas mas resultam da experiência prática e aplicação do bom senso, oferecendo resultados positivos.

Princípio do planejamento : É necessário determinar o melhor método do ponto de vista econômico, para a movimentação de materiais, considerando-se as condições particulares de cada operação.Princípio do sistema integrado : Devemos planejar um sistema que integre o maior número de atividades de movimentação, coordenando todo o conjunto de operação.Princípio do fluxo de materiais : É fundamental planejar o fluxo contínuo e progressivo dos materiais."Princípio da simplificação: Devemos procurar sempre reduzir, combinar ou eliminar movimentação e/ou equipamentos desnecessários.Princípio da gravidade : A força motora mais econômica é a gravidade.Princípio da utilização dos espaços (Princípio da verticalização): O aproveitamento dos espaços verticais contribui para o descongestionamento das área de movimentação e a redução dos custos da armazenagem. Princípio do tamanho da carga (Unitização): A economia em movimentação de materiais é diretamente proporcional ao tamanho da carga movimentada. A utilização da PALETIZAÇÃO tem reduzido consideravelmente os custos de movimentação de materiais. PALETS são estrados de madeira que permitem um melhor aproveitamento

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do espaço vertical e permitem ainda o transporte de grandes quantidades de uma única vez com a utilização de empilhadeiras Princípio da segurança: A produtividade aumenta conforme as condições de trabalho tornam-se mais seguras.Princípio da mecanização - automação: Usar equipamento de movimentação mecanizada ou, automático sempre que possível e viável.Princípio da seleção de equipamento: Na seleção do equipamento de movimentação, considerar todos os aspectos do material a ser movimentado, o movimento a ser realizado e o(s) método(s) a ser(em) utilizado(s).Princípio da padronização: Padronizar métodos, bem como tipos e tamanhos dos equipamentos de movimentação e das cargas utilizadas.Princípio da flexibilidade: Procurar sempre equipamentos versáteis, pois o seu valor é diretamente proporcional a sua flexibilidade.Princípio do peso morto: Quanto menor for o peso próprio do equipamento móvel, em relação a sua capacidade de carga, mas econômicas serão as condições operacionais.Princípio do tempo ocioso: Reduzir tempo ocioso ou improdutivo tanto do equipamento quanto da mão-de-obra empregada na movimentação de materiais.Princípio da movimentação: O equipamento projetado para movimentar materiais deve ser mantido em movimento. Princípio da manutenção: Planejar a manutenção preventiva e corretiva de todos os equipamentos de movimentação.Princípio da obsolência: Substituir os métodos e equipamentos de movimentação obsoletos quando métodos e equipamentos mais eficientes vierem a melhorar as operações.Princípio do controle: Empregar o equipamento de movimentação de materiais para melhorar o controle de produção, controle de estoques e preparação de pedidos.Príncipio da capacidade: Usar equipamentos de movimentação para auxiliar a atingir a plena capacidade de produção.Princípio de desempenho: Determinar a eficiência do desempenho da movimentação de materiais em termos de custo por unidade movimentada.

26. Armazenamento –Estocagem de materiais

O ARMAZENAMENTO

Na definição do local adequado para o armazenamento devemos considerar:- Volume das mercadorias / espaço disponível;- Resistência / tipo das mercadorias (itens de fino acabamento);- Número de itens;- Temperatura, umidade, incidência de sol, chuva, etc;- Manutenção das embalagens originais / tipos de embalagens;- Velocidade necessária no atendimento;-O sistema de estocagem escolhido deve seguir algumas técnicas imprescindíveis na Adm. de Materiais.

ATENÇÃO...PODE CAIR

As principais técnicas de estocagem são:a) Carga unitária: Dá-se o nome de carga unitária à carga constituída de embalagens de transporte que arranjam ou acondicionam uma certa quantidade de material para possibilitar o seu manuseio, transporte e armazenamento como se fosse uma unidade. A formação de carga unitária se através de pallets.

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Pallet é um estrado de madeira padronizado, de diversas dimensões. Suas medidas convencionais básicas são 1.100mm x 1.100mm, como padrão internacional para se adequar aos diversos meios de transportes e armazenagem;

b) Caixas ou Gavetas: É a técnica de estocagem ideal para materiais de pequenas dimensões, como parafusos, arruelas, e alguns materiais de escritório; materiais em processamento, semi acabados ou acabados. Os tamanhos e materiais utilizados na sua construção serão os mais variados em função das necessidades específicas de cada atividade.

c) Prateleiras: É uma técnica de estocagem destinada a materiais de tamanhos diversos e para o apoio de gavetas ou caixas padronizadas. Também como as caixas poderão ser construídas de diversos materiais conforme a conveniência da atividade. As prateleiras constitui o meio de estocagem mais simples e econômico.

d) Raques: Os raques são construídos para acomodar peças longas e estreitas como tubos, barras, tiras, etc. Ficam suspensos enquanto NOS CANTILEVER as peças ficam no chão.

e) Empilhamento: Trata-se de uma variante da estocagem de caixas para aproveitamento do espaço vertical. As caixas ou pallets são empilhados uns sobre os outros, obedecendo a uma distribuição eqüitativa de cargas.

f)Container Flexível: È uma das técnicas mais recentes de estocagem, é uma espécie de saco feito com tecido resistente e borracha vulcanizada, com um revestimento interno conforme o uso.

Neste contexto, não deve ser surpreendente aprender que acreditamos que a melhor estocagem de material é nenhuma estocagem de material. Atualmente, muitas empresas estão se empenhando em eliminar etapas de distribuição, dentro do sistema logístico; na essência, estão tentando estocar menos material no sistema. Se o material está no canal de distribuição ou em um armazém, resulta em custo ao sistema. Por meio da utilização do cross-docking (onde os produtos são descarregados dos caminhões que chegam e carregados diretamente nos caminhões que saem, sem irem para o estoque), as empresas estão tentando eliminar a atividade de estocagem.Exceto para os casos onde a qualidade do material melhora com o tempo, não há valor em estocar material. Ao invés de focalizar primeiramente no projeto de sistemas de estocagem de materiais eficientes e efetivos, as empresas devem focalizar na redução da necessidade de estocar material em primeiro lugar.

Em geral, a estocagem de materiais é necessária devido à falta de informação perfeita sobre as futuras necessidades de material. Até que ponto a variação nas futuras demandas é reduzida, assim será a necessidade consequente de estocagem.

No caso de você não ser capaz de eliminar a necessidade da estocagem de materiais, então acredita-se que "estocar menos é melhor". Em especial, acreditamos que estocar menos frequentemente, menos quantidade, menos centralmente, menos volume, menos dinheiro e menos rotineiramente é melhor.

A estocagem frequente ocorre quando existem desequilíbrios nas velocidades de fluxo de operações sucessivas. Por meio do balanceamento do fluxo da produção, o número de vezes em que ocorre a estocagem, será reduzido. Outra forma de reduzir frequência de estocagem é reduzir o número de peças, componentes e montagens que exigem estocagem. Como um exemplo, se diversos produtos são idênticos antes de uma determinada operação, então, qualquer estocagem de material em processo deve ocorrer antes da criação das diferenças nos produtos; no caso de um processo de

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pintura, preferir-se-ia a estocagem de peças não pintadas à estocagem das peças pintadas.

Os programas de padronização das peças são outro método de reduzir o número de diferentes peças que exigem estocagem. Estocar menos frequentemente é melhor.

Grandes inventários frequentemente significam grandes custos. Inventários de matérias-primas, materiais em processo e produtos acabados acrescentam custos operacionais à empresa, como acrescentam custos aos inventários de acessórios, ferramentas, equipamentos, móveis e outras instalações de apoio. A redução nos inventários sustenta a afirmação de que estocar menor quantidade é melhor.

A estocagem no ponto de uso ou descentralizada é utilizada para reduzir a distância entre estocagem e o cliente do material estocado. Distâncias reduzidas permitem entrega mais rápida de material. Estocagem centralizada foi utilizada, ao invés da estocagem descentralizada, a fim de reduzir os níveis de inventário agregado e para melhorar o controle de material. Entretanto, com controle de material em tempo real, incluindo visibilidade de item por todo o sistema, é menos importante de uma perspectiva de controle, onde um item é estocado - conquanto possa ser despachado rapidamente ao ponto de uso. Daí, com múltiplos pontos de uso, mas desiguais, para uma unidade de estocagem (SKU), aquela que gera a maior utilização será candidata, provavelmente, a qualquer estocagem de SKU. Daí, estocar menos centralmente é melhor.

A estocagem de material envolve mais do que somente estocar material. São necessários espaço para corredores, estruturas de estocagem e contenedores. Como resultado, numa estrutura porta-paletes bem projetada, é típico para o material que está sendo estocado representar, em média, menos que 30% do volume do espaço consumido. À medida que o custo do espaço aumenta, torna-se óbvio que estocar menos volume é melhor.

No geral, o custo de estocar materiais tende a ser subestimado. Além do custo do material, o custo do espaço necessário, equipamento e pessoal precisa ser considerado. Inventários obsoletos são de alto custo; excesso de inventário também leva à ineficiência no desempenho da estocagem/retirada e separação de pedidos, devido às maiores distâncias de viagem que produzem. Além disso, mais gerenciamento discriminado é necessário em termos do material que está sendo estocado; maior diferenciação é necessária entre material de baixo custo e alto, a fim de reduzir os investimentos do inventário.

Com maior ênfase no serviço ao cliente e tratamento especializado necessário aos clientes, as empresas também se deram conta de que um custo significativo de ter canais de abastecimento completos é a flexibilidade reduzida que têm ao responder às rápidas mudanças na demanda de seus clientes. A noção de um sistema de Movimentação de Materiais "enxuto", mas altamente responsivo, inclui um sistema com pequenos montantes (não grandes) de material em estoque. O coração do sistema JIT é inventário enxuto, sem excessos. Por meio do reconhecimento de que o material é um recurso físico, é evidente que estocar material é considerado estocar dinheiro e, a menos que alguém esteja pagando para você fazer isto, estocar menos dinheiro é melhor.

Finalmente, a estocagem de material é extremamente rotineira! Com muita frequência, pensa-se ser a regra, ao invés da exceção no projeto de sistemas de manufatura. A estocagem de material, feita corretamente, foi considerada um aspecto necessário para se realizar negócios; atualmente, não é mais encarada como necessária ou desejável por parte de muitas empresas. Além disso, com muita frequência, a estocagem de material é executada utilizando métodos de estocagem convencionais ou rotineiros, quando métodos contemporâneos são justificados. A

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utilização insatisfatória do espaço, erros na acuracidade do inventário, material perdido e excesso de tempo gasto procurando material são indicações de que a estocagem de material está sendo levada como certa. Estocar menos rotineiramente é melhor.

26.1 TÉCNICAS DE ESTOCAGEMA dimensão e as características de materiais e produtos podem exigir desde a

instalação de uma simples prateleira até complexos sistemas de armações, caixas e gavetas. As principais técnicas utilizadas são:

- Caixas: adequadas para itens de pequenas dimensões- Prateleiras: são fabricadas em madeira ou perfis metálicos, destinando-se a

peças maiores ou para o apoio de gavetas ou caixas padronizadas- Racks: adequados para acomodar peças longas e estreitas, como tubos,

vergalhões, barras, etc.- Empilhamento: permite o aproveitamento máximo do espaço vertical

( paletização- carga unitária).

26.2 TIPOS DE EMBALAGENS

Caixas de papelão,. Tambores(indicados para líquidos de todo tipo, produtos

sólidos, pastosos, fluídos, em pó, granulados, etc). fardos(utilizado para armazenar

produtos agrícolas).

26.3 ALGUNS PRODUTOS E SEUS TIPOS DE ESTOCAGEM

1)Barras, tubos e feixes – o sistema indicado é o CANTILEVER

2)Bobinas – pallet ou o SKID(uma armação de ferro com pernas e estrutura superior)

3)Chapas – blocagem ou casulo. Utilizado para estocagem de vidros também

4)Fardos – empilhamento

5)Parafusos, arruelas e porcas- bandejas ou gavetas

6)Tapetes e carpetes – gaiolas ou pombais.

27. LOCALIZAÇÃO DE MATERIAIS

- estocagem livre: os materiais ocupam os espaços vazios dentro do depósito.

Exige maior controle.

- estocagem fixa: os materiais são estocados em um local pré-determinado. Corre-se o risco de grande desperdício nas áreas de estocagem, pois os materiais que não tiverem espaço para estocagem ficam nos corredores.

28)CODIFICAÇÃO DE MATERIAIS- Da Codificação:

É a representação dos elementos de identificação de um determinado bem, por meio de um símbolo ou conjunto de símbolos.

- Da Metodologia:São três os métodos de codificação:

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Método NuméricoMétodo Alfabético Método Alfanumérico

- Princípios de Codificação:

1)Princípio SignificativoGuarda um relacionamento lógico entre o símbolo e o que representa.

Ex: SM 40 B S – Significa SapatoM – Significa marron40 – Significa TamanhoB – Significa Sola de Borracha

Obs.: Usado por empresas industriais.

2)Princípio não Significativo

Não guarda relacionamento lógico com o elemento que representa.Sua desvantagem é não permitir qualquer forma de identidade entre itens de material da mesma natureza.Ex: Sapato preto n.º 40 – Sola de Borracha – Código 23750

Sapato preto n.º 41 – Sola de Borracha – Código 25240

- Da Codificação na Classificação de DEWEY

Utilizou o sistema de codificação numérico Significativo composto por 3 algarismos representativos.

- Da Codificação na Classificação no Federal Supply Classification

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Grupo e Classe (NC) (4 algarismos), subclasse quando existir a divisão (SC) (2 algarismos) e número de identificação (NI) (5 algarismos).

Exemplo: Codificar como o décimo primeiro item da subclasse Papeis para Copiadoras o “Papel xerográfico – Opaco, liso branco, gramatura 75g/m2, formato A4 (210 x 297mm). Acondicionado em pacote com 500 folhas. U/C - UN.”

(NC) – 7530 (Papelaria e Formulários)(SC) – 33 (Papeis para Copiadoras)(NI) – 011-06

Logo, o Número de Estoque do Papel para Copiadora será: 7530.33.011-06

À Codificação no Federal Supply Classification é numérica, composta de duas partes:

Parte Significativa – Grupos, Classes e Subclasses – Gr, NC, SCParte Não Significativa – número de identificação – NI.

- Parte Significativa

É composta por quatro algarismos, onde os 2 primeiros identificam o grupo e os dois últimos, em conjunto com os primeiros, identificam a classe a que pertence o bem.

Grupo

XXXX

ClasseEx.: Grupo 75 – Artigos de Escritório e para uso Escolar

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Classes: 7510 – Artigos de Escritório e para Uso Escolar; 7520 – Utensílios de Escritório e para Uso Escolar e 7530 - Papelaria e Formulários

Com a identificação do Grupo, Classe e Subclasse não se consegue a individualidade de um item de material, portanto, torna-se necessário criar em outro agrupamento de números não significativos.

- Parte não Significativa

É composta por 5 algarismos, e denominada “Número de Identificação”, onde ele é seqüencial e vinculado ao universo de itens da organização.

Portanto a codificação no Federal Supply Classification é uniformemente composta de 11 algarismos dispostos no sistema 4-2-5, com um traço depois do 4.º, 6.º e 9.º algarismos, para facilitar a leitura e visualização.

Ex.: XXXX - XX - XXX - XX 7530 - 33 – 011 –06

- Da Codificação de Serviços

- Transparência 7

- Do Código de BarrasÉ um conjunto de padrões, que possibilita a gestão eficiente de cadeias de

suprimentos globais e multissetoriais, identificando com exclusividade produtos, unidades logísticas, localizações, ativos e serviços e viabilizando a total rastreabilidade das operações.

O código de Barras é projetado para superar as limitações decorrentes do uso de codificações específicas (restritas) de um setor, organização ou empresa, e tornar o

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comércio muito mais eficiente e reativo aos clientes com informações adicionais, tais como datas de validade, números de série e números de lote.

BATERIA 01- EXERCÍCIOS ATUAIS

PMVITÓRIA/2007 - Analista em Gestão Pública

Julgue os itens a seguir, que versam sobre a administração de materiais e a gestão de estoques.

01) Os níveis de estoque de materiais devem corresponder à capacidade máxima de armazenagem da organização.

02) O estoque de produtos prontos e embalados para serem enviados aos clientes deve ser mantido no almoxarifado de matérias-primas.

03) O ponto de ressuprimento é o nível mais econômico de reposição de um item de estoque. 04)O lote econômico de compra é o lote de insumos de menor preço encontrado no mercado.

05) No processo de produção de um carro, o estoque de pneus da fábrica é de demanda dependente em relação à demanda por carros.

06) No sistema de controle de estoques conhecido como just-in-time, os fornecedores entregam materiais apenas quando eles são necessários na linha de produção, o que reduz os custos com manutenção de estoques.

07)Considere o seguinte consumo de determinado material.

60 unidades em março 98 unidades em agosto70 unidades em abril 98 unidades em setembro85 unidades em maio 102 unidades em outubro88 unidades em junho 105 unidades em novembro94 unidades em julho 111 unidades em dezembro

Com base nos dados acima e considerando que os estudos acerca de estoques dependem da previsão do consumo de material, assinale a opção incorreta.

A) Com base no método da média com ponderação exponencial, apenas o consumo do mês de dezembro será utilizado na fórmula de cálculo da previsão do consumo para o mês de janeiro.

B) Para reduzir a influência do baixo consumo nos meses de março e abril na previsão de consumo para janeiro, é correto utilizar o método da média móvel ponderada, caracterizado pela aplicação de pesos maiores aos dados de consumo mais novos e pesos menores aos dados mais antigos.

C) Com base no método da média móvel para 3 períodos, a previsão de consumo para janeiro é superior a 111 unidades por causa da tendência crescente de consumo.

D) Com base no método do último período, a previsão de consumo para janeiro é de 111 unidades.

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QUESTÃO 7008)A coordenação das atividades de aquisição, guarda, movimentação e distribuição de materiais é responsabilidade da administração de materiais. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.

A) A ocorrência de custos de armazenagem depende da existência de materiais em estoque e do tempo de permanência desses materiais no estoque.

B) Se determinado material tem consumo mensal de 30 unidades, tempo de reposição e estoque mínimo de um mês e inexistem pedidos pendentes de atendimento desse material, então seu ponto de pedido é igual a 90 unidades.

C) Ruptura de estoque é o termo que caracteriza nível de estoque igual a zero e impossibilidade de atendimento a uma necessidade de consumo.

D) Para uma adequada gestão de materiais essenciais ao funcionamento de suas operações, as organizações devem maximizar os investimentos em estoque desses materiais.QUESTÃO 7109)Ainda acerca da administração de materiais, julgue os itens que se seguem.

I) Materiais que requerem cuidados especiais na armazenagem e no transporte são classificados como materiais críticos.II) Os códigos de ética do setor de compras devem ser de conhecimento dos fornecedores para que eles possam reclamar no caso de qualquer ato lesivo.

III) Gerenciamento da cadeia de suprimentos (suply chain management) é uma técnica de administração de materiais cujo principal objetivo é a manutenção de baixos níveis de materiais em estoque.

IV) Na negociação de compras, o negociador deve ter como princípio o fato de que, após o acordo final e a assinatura do contrato, os itens negociados não devem ser alterados.

Estão certos apenas os itensA) I e II.B) I e III.C) II e IV.D) III e IV

Julgue os itens subseqüentes, referentes a gestão de material e patrimônio.

10) O dimensionamento da área, os equipamentos de movimentação e a elaboração do arranjo físico são fatores relacionados à atividade de armazenagem de recursos materiais.

11) A gestão de estoques e de almoxarifado é atividade inserida no âmbito da gestão de materiais.

12) A sazonalidade no consumo de determinado item deve ser considerada no controle de seu nível de estoque.

13) A gestão patrimonial é responsável pela classificação e codificação dos equipamentos e instalações de uma organização, não guardando relação com sua conservação ou negociação.

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14) Quanto maior a vida útil de um bem patrimonial, maior deverá ser a taxa de depreciação anual aplicada.

ANCINE-2006- ANALISTA ADMINISTRATIVO

Com referência à administração de bens materiais, julgue os itens que se seguem.

15) É função da administração de estoques minimizar o capital total investido em estoques, sem que com isso seja comprometida a cadeia de suprimentos.

16)O conceito de estoque máximo diz respeito ao número máximo de unidades de um determinado item de estoque e é definido da seguinte forma: estoque máximo = estoque mínimo + lote de compra.

17) O tempo de reposição de um bem pode ser desmembrado em três partes: tempo de emissão do pedido, tempo de preparação do pedido, tempo de transporte.

18) Entre as técnicas matemáticas de previsão de consumo, a conhecida como predileção, em que empregados experientes estabelecem a evolução dos quantitativos futuros, é a mais utilizada.

19)Entre as técnicas não-matemáticas de previsão de consumo, a projeção que admite que o futuro será repetição do passado e a explicação que relaciona os quantitativos com alguma variável cuja evolução é conhecida ou previsível são as mais utilizadas.

Em relação ao lote econômico, suas fórmulas e resultados, julgue os itens subseqüentes.

20)A adoção do lote econômico objetiva alcançar custos mínimos admitindo que os recursos financeiros são ilimitados, o que não ocorre na realidade.

21)Tendo em vista os parâmetros que são considerados na determinação do lote econômico de compra, não existem situações práticas em que a quantidade de material determinada por esse lote seja de um tamanho que cause problema de espaço físico de armazenamento.

22)Em economias inflacionárias, existem variações de preços bastante periódicas; isso significa recalcular todos os lotes, para todos os itens, sempre que houver uma variação de preço, porque a fórmula do lote econômico baseia-se na estabilidade de preço.

23)Em relação ao consumo, não há restrição quanto a sua variabilidade, uma vez que a fórmula do lote econômico é dinâmica em relação a essa variável. Logo, não existe o pressuposto de estabilidade do consumo dentro do período calculado.

24)A quantidade determinada pelo lote econômico é aquela em que o custo de armazenagem é igual ao custo do pedido. Ao se considerar, no custo de capital, a valorização do estoque, ocorrerão algumas situações em que o custo será nulo ounegativo.

Acerca do processo de compras, julgue os itens seguintes.

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25)O cálculo do estoque mínimo de determinado bem depende do seu tempo de reposição, que é o período empregado entre a constatação da necessidade de nova compra do bem e o recebimento do pedido de compra pelo fornecedor.

26) Atualmente, o responsável pelas compras deve buscar, nas negociações com fornecedores tradicionais, obter o máximo de vantagens para sua organização, estabelecendo uma disputa na qual ele saia vencedor e a outra parte, perdedora.

27)Com relação ao processo de compras no setor público, são atitudes éticas priorizar os interesses da organização, atuar de forma transparente nas negociações com fornecedores, denunciar manifestações ou tentativas de suborno e fatos ilícitos internos relacionados a compras, ter critérios claros e transparentes no recebimento de presentes de fornecedores.

28)Em grandes organizações, um aspecto importante a ser considerado se refere à centralização ou descentralização das compras. A centralização apresenta como vantagens a oportunidade de serem negociadas grandes quantidades de materiais por menores preços, a homogeneização desses materiais, o menor tempo na sua aquisição e melhor controle dos estoques.

29)Planejamento inadequado, falta de controle no consumo e má administração dos estoques são fatores que podem levar a unidade responsável por compras a tomar atitudes prejudiciais à empresa.

Considere o seguinte consumo hipotético de determinado material.

Em face dos dados apresentados, julgue os itens que se seguem.

30)Baseando-se no método da média móvel para 4 períodos, a previsão de consumo para o mês de setembro é superior a 83 unidades.

31)Utilizando-se o método da média móvel ponderada para previsão de consumo, os dados de fevereiro têm menor peso no cálculo que os dados de agosto.

32)Caso seja utilizado o método da média com ponderação exponencial para previsão de consumo, entre os dados apresentados, apenas o de agosto será utilizado.

A gestão de materiais pode ser entendida como a coordenação das atividades de aquisição, guarda e distribuição dos materiais necessários ao funcionamento da organização. A esse respeito, julgue os itens a seguir.

33)Estoques em níveis elevados são potencialmente geradores de impactos negativos nos resultados da organização em decorrência dos custos de armazenagem. Assim,

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uma das formas de eliminação dos custos de armazenagem é a manutenção de estoques com quantidade zero.

34)Se um material qualquer apresenta consumo mensal de 60 unidades, tem tempo de reposição de 60 dias, estoque mínimo de um mês e inexistência de pedido pendente de atendimento, é correto afirmar que seu ponto de pedido é inferior a 190 unidades.

Considerando a movimentação hipotética acima, julgue o item que se segue.

35)Sabendo-se que a empresa utiliza o método PEPS para avaliação do estoque, nessa situação, o valor do seu estoque, em 28/11, é de R$ 715,00.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12E E C E C C C C A C C C13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24E E C E C E E C E C E C25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35E E C E C E C C E C E

EXERCÍCIOSBATERIA 02

Em relação a Administração de Materiais julgue os itens abaixo.

01) Se o consumo médio anual de determinada unidade de estoque for de 800 unidades/ano e o estoque médio for de 100 unidades, é correto dizer que a rotatividade média desse item de estoque é de 8 vezes/ano.

02) O ponto de pedido é um método utilizado para identificar o limite máximo de estocagem de determinado item de estoque.

03) O estoque máximo não pode ser superior à soma do estoque mínimo com o lote de compra.

04) Tempo de reposição é o prazo médio necessário para repor qualquer unidade de estoque, contado a partir do seu consumo.

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05) Uma empresa compra matéria-prima cinco vezes por ano, ao custo total anual de emissão de pedido de R$20.750. Com base nessa informação, pode-se dizer que o custo de um pedido é de R$4.150.

06) Se durante o ano de 2004 as entradas em estoque de um produto X perfizerem um somatório de R$200.000 e o montante físico for de 20.000 unidades, o custo das mercadorias vendidas será de R$10 por unidade caso seja utilizado o método da média ponderada fixa.

07) Caso o consumo de um determinado item seja de: 200, 300, 500, 400, 200 e 300 unidades nos meses de Jan, Fev, Mar, Abr, Mai e Jun respectivamente, a previsão para o mês de Julho, considerando um período de 4 meses, deverá ser superior a 350 unidades.

08) Uma empresa que utiliza o método FIFO na avaliação de seus estoques, realizou as seguintes operações durante o mês de junho de 2004:

- no dia 05 adquiriu 100 unidades de um produto X por R$10,00 cada unidade- no dia 10 adquiriu 120 unidades do mesmo produto X por R$15,00 cada unidade- no dia 12 vendeu 160 unidades do produto- no dia 20 adquiriu 180 unidades desse produto X por R$12,00 cada unidade e

vendeu 60 unidades.- No dia 30 vendeu 100 unidades.Com base nessas informações o EF nos dias 20 e 30 era de respectivamente: R$900,00 e R$960,00.

09)A administração de recursos materiais objetiva possibilitar um bom funcionamento da organização por meio do suprimento de materiais que sejam fundamentais a seu pleno desenvolvimento, não envolvendo, entretanto, a aquisição e a movimentação de material.

10)Objetivando o controle de estoques, é necessário determinar os itens que devem permanecer em estoque e a periodicidade em que devem ser reabastecidos. Nesse controle, não é necessário realizar inventários periódicos para a avaliação da quantidade e do estado dos materiais estocados.

11)Um dos principais requisitos para um bom funcionamento do processo de compras de determinada organização é a previsão das necessidades de suprimento.

12)Um dos principais dilemas da gestão e manutenção de estoques é a quantidade de material mantido em estoque. Se, por um lado, um estoque elevado requer investimentos e grandes gastos, por outro lado, diminui o risco de não ter satisfeita a demanda de consumidores dos produtos em estoque.

13)No que se refere à seleção do número de fornecedores em determinado processo de compras, é correto dizer que uma das principais vantagens em situações de compra de muitos fornecedores é o maior grau de liberdade de opção na escolha dos fornecedores.

14)O nível de serviço ou nível de atendimento é o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários..

15)Um dos objetivos da administração de estoques é otimizar o investimento em estoques por meio da maximização das necessidades de capital investido.

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16)As decisões a respeito dos volumes de estoque devem considerar as metas organizacionais quanto aos prazos de atendimento dos pedidos dos clientes.

17)Os custos de armazenagem ocorrem quando há grandes quantidades de materiais em estoque por longo tempo de permanência.

18)As decisões de compra podem interferir no nível de competitividade da empresa no mercado.

19)Um bom negociador de compras deve desenvolver alternativas criativas que vão ao encontro das necessidades do fornecedor.

20)Na administração de compras, a negociação, o surgimento de novos fornecedores do mesmo material, o aumento da quantidade comprada, o surgimento de materiais similares com a mesma qualidade são condições que permitem melhorar os preços ou as condições de compra.

21)Um dos grandes desafios da filosofia do just in time é harmonizar a velocidade de entrada dos itens de estoque com a velocidade de saída. Caso isso seja alcançado, os estoques podem inclusive serem nulos. Diante do exposto, é correto afirmar que a gestão do fluxo de entrada é função de compras e a gestão do fluxo de saída é função das vendas. Na fábrica quem harmoniza os dois fluxos é o PCP (planejamento e controle da produção).

22)A função compras inicia-se com a identificação e a seleção de fornecedores habilitados a atender as necessidades referentes a prazo, quantidade e qualidade do cliente.

23)Atender aos clientes na hora certa, com a quantidade certa e requerida, tem sido o objetivo da maioria das empresas. Desse modo é correto afirmar que a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias assumem cada vez menos importância na obtenção da competitividade, pois o que o cliente busca é principalmente qualidade e preço.

24)Ballou, um dos mais respeitados gurus da logística, em 1978 ressaltou a importância dessa ferramenta na administração de materiais. Nesse contexto, atenção especial deve ser dada aos inventários. Para Ballou os estoques devem ser mantidos com o objetivo de melhorar o serviço ao cliente, gerar economia de escala, proteger a empresa contra mudanças de preços em tempo de inflação alta, proteger contra incertezas na demanda e no tempo de entrega, além de proteger contra contingências.

25)Os estoques tem a função de funcionar como reguladores do fluxo de negócios de uma empresa.

26)Os custos de manter estoques podem ser classificados em três grandes categorias: custos diretamente proporcionais aos estoques; inversamente proporcionais aos estoques e independentes da quantidade estocada. Desse modo os custos inversamente proporcionais são aqueles que aumentam com a diminuição do estoque médio.

27)Os estoques são constituídos de bens destinados à venda, ou à produção, vinculados aos objetivos da empresa. Nesse sentido pode-se afirmar que as matérias-primas são bens que no todo ou parcialmente, irão fazer parte do produto acabado e no conjunto dos diversos tipos de estoques são os de menor liquidez.

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28)Os insumos, embora não integrem o produto final, são imprescindíveis ao processo produtivo.

29)Os produtos acabados apresentam como característica principal o fato de já estarem prontos para a venda e como consequência nas empresas comerciais representam elevados volumes de investimentos. Além disso, apresentam baixa liquidez, pois independem de transformação.

30)Os estoques mantidos para superar os imprevistos que podem acontecer nos processos de fornecimento, produção e vendas apresentam um caráter especulativo e quando ocorrem perspectivas de aumentos de preços as empresas tendem a aumentar o seu volume. Essa decisão deve ser momentânea e considerar a relação custo-benefício.

31)Os custos vinculados aos estoques estão classificados em três diferentes categorias: custos de manter, comprar ou repor e de faltar estoque. Os custos associados à manutenção são aqueles relativos a custos do capital, armazenagem, seguros, perdas, controle e desuso. Já os custos de comprar estão associados principalmente à falta de estoque, diminuindo assim o poder de barganha junto aos fornecedores.

32)Produtos customizados, que são produzidos dentro das especificações definidas pelo cliente, requerem maiores volumes de estoques de partes e componentes do produto final, justamente para atender com rapidez às expectativas do cliente.

33)A duração do ciclo de produção influi também na decisão do volume de estoques. Desse modo, produtos que têm longos ciclos de produção tendem a exigir menores volumes de estoques e, consequentemente, menores investimentos em estoques.

34)Várias áreas organizacionais da empresa têm vinculação com a administração de estoques. Cada área, em princípio, está voltada para um diferente tipo de estoque e, consequentemente, com atenção concentrada no tipo de estoque de sua responsabilidade. Pode-se então afirmar que a área de produção tem a tendência de desejar grandes volumes de estoque para atender bem às suas atividades, enquanto a área de finanças tem a tendência de demandar esforços com o objetivo de minimizar todos os tipos de estoques, conflitando inclusive com a área de marketing que tem grande interesse em manter estoques suficientes para que as vendas não sejam prejudicadas por falta de estoques.

35)Empresas compradoras e fornecedoras devem se tornar verdadeiros parceiros em suas atividades, porque o relacionamento, quando é transparente, tende a se estabelecer por longos períodos.

36)Embora as parcerias sejam importantes, é preciso manter-se a par de como o mercado está atuando, porque as relações comerciais, mantidas por longo tempo, podem incorporar vícios prejudiciais a um dos parceiros. Verificadas as alterações nas condições do mercado, os parceiros devem dialogar visando à devida adequação de seu relacionamento.

37)A área de compras tem a responsabilidade de solidificar as parcerias e, até mesmo, fazer ver aos fornecedores o alcance desse procedimento.

38)As empresas devem definir políticas simples para seus procedimentos de compras e que tragam resultados eficazes como, por exemplo, manter atualizado o cadastro de fornecedores de bens e serviços, manter o histórico do relacionamento com os

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fornecedores no qual constarão os preços e condições de negociação, além do registro de ocorrências técnicas e comerciais, como recusa de produtos, procedimentos irregulares em cobrança, etc.

39)A pesquisa de novos fornecedores e de novos produtos também é atividade que a área de compras deve desenvolver em conjunto com a área de produção.

40)Em termos de procedimentos, a área de compras interage permanentemente com a área financeira, recebendo desta as orientações referentes ás formas de negociação de volumes de compras, prazos para pagamentos e descontos por antecipação de pagamentos.

41)Quando o fluxo de caixa da empresa for superavitário deve-se negociar bons descontos para pagamento à vista e quando for deficitário a orientação deve ser votada para a obtenção de bons prazos de pagamento e menores volumes de compras.

42)As negociações com fornecedores, em termos de prazos, não devem considerar as políticas de comercialização da empresa, pois o que define as negociações são os prazos de pagamento, que de modo geral devem ser iguais aos oferecidos aos clientes.

43)Na administração de materiais, uma das preocupações básicas deve ser relacionada com o controle de estoques. Do ponto de vista econômico-financeiro, os controles visam verificar se os valores registrados estão bem avaliados, pois são eles que irão compor a estrutura de custos que definirá os resultados de lucro ou prejuízo da empresa.

44)O método de controle de estoque conhecido como faixa vermelha é simples de ser aplicado e no momento em que os produtos colocados em uma caixa atingirem a faixa vermelha, uma nova encomenda deverá ser feita.

45)Uma das técnicas bastante utilizadas para se determinar as quantidades a serem adquiridas de um determinado produto é o LEC (lote econômico de compra). Se uma empresa consumir mensalmente 250 unidades de um produto e o LEC for de 200 unidades, pode-se concluir que o estoque médio será de 100 unidades e por mês serão feitas 1,25 encomendas observando um intervalo de 24 dias.

46)O método do ponto de reencomenda indica em que nível de estoque deve ser feita nova encomenda. Por esse método, que considera o tempo necessário entre a efetivação da compra e o recebimento dos produtos, define-se o momento da nova encomenda.

47)Se no dia 10 de Janeiro forem realizadas compras de 100 unidades de um produto X a 20,00 cada; no dia 12 forem adquiridas 200 unidades do mesmo produto a 15,00 e ainda forem vendidas 250 unidades desse produto, é correto afirmar que usando o método LIFO o estoque final no dia 20 de janeiro será de R$1.144 após duas compras consecutivas de 200 e 100 unidades no dia 19 de janeiro, por respectivamente R$18 e R$25 e uma venda de 292 unidades no último dia antes da avaliação.

48)Quando se utiliza o método de avaliação de estoques conhecido como FIFO, é correto dizer que o EF (estoque final) será superior ao valor do estoque quando se utiliza o método do Custo médio.

49)O método de avaliação de estoques LIFO é indicado para fins gerenciais porque apresenta resultados mais realistas, no entanto apresenta uma deficiência: para

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períodos de inflação não é recomendado, pois os lucros ficam subavaliados e também o estoque final, reduzindo assim o valor tributável.

Tendo em vista a administração de recursos materiais, julgue o item que se segue.50)O giro dos estoques mede quantas vezes por unidade de tempo o estoque se renovou ou girou e pode ser medido através da relação estoque médio no período pelo custo das mercadorias vendidas.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18

19

20

21

22

23

24

25

C E C E C C E E E E C C C C E C C C C C C C E C C26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 4

344

45

46

47

48

49

50

E C C E E E C E C C C C C C C C E C C C C C C E E

EXERCÍCIOSBATERIA 03

01) - Deseja-se calcular quanto adquirir de um certo item cujo estoque precisa de reabastecimento. A demanda peloitem é de 2.000 unidades por ano. O custo de colocação de um item é de R$45,00 por pedido e o custo de manutenção de estoque é de R$2,00 por item por ano. Definimos custos de manutenção como o custo de manutenção por unidade multiplicado pelo estoque médio e definimos custos de pedido como o produto do custo por pedido pelo número de pedidos no período. O Lote Econômico de Compra para esses dados é igual a:(A) 150;(B) 225;(C) 300;(D) 375;(E) 500.

02)- “O problema logístico de qualquer empresa é a soma dos problemas de cada um dos seus produtos. A linha deartigos de uma empresa típica é composta por produtos variados em diferentes estágios de seus respectivos ciclosde vida, e com diferentes graus de sucesso em matéria de vendas. A qualquer momento no tempo, isto cria um fenômeno de produto conhecido como a curva 80 – 20, um conceito extremamente valioso em termos de planejamento logístico”. O texto refere-se a um importante conceito de controle estatístico conhecido como:(A) médias móveis;(B) amortecimento exponencial;(C) estoque ponto a ponto;(D) amostragem por camadas;(E) lei de Pareto.

03)A previsão de consumo ou da demanda de produtos é o ponto de partida para o planejamento de estoques. O método utilizado para determinar a melhor linha de ajuste, que passa mais perto de todos os dados de consumo coletados, minimizando as distâncias entre cada ponto de consumo levantado, é o método:(A) da média móvel;

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Page 67: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

(B) do último período;(C) dos mínimos quadrados;(D) da média móvel ponderada;(E) da média com ponderação exponencial.

04)Toda a teoria de dimensionamento e controle de estoque baseia-se em minimizar o custo total que, considerado fixo o preço, é dado pela equação:(A) Custo Total = Custo Total de Armazenagem + Custo da Falta de Estoque;(B) Custo Total = Custo Total de Armazenagem + Custo Total de Pedido;(C) Custo Total = Custo Total de Pedido + Custo da Falta de Estoque;(D) Custo Total = Custo Total de Armazenagem + Custo de Ruptura;(E) Custo Total = Custo Total de Pedido + Custo de Ruptura.

05)As empresas precisam ter estratégias para aquisição de bens materiais. Partes vitais do produto final eram produzidas, namaioria das vezes, internamente, mas essa concepção está mudando para parcerias estratégicas. Duas estratégias operacionais são empregadas para a decisão das aquisições de bens materiais: a verticalização e a horizontalização. Esta última significa:(A) independência de terceiros na composição do produto.(B) compra de terceiros dos itens que compõem o produto final.(C) domínio da tecnologia do produto final.(D) maior autonomia da elaboração do produto final.(E) aumento da estrutura organizacional da empresa.

06)A Empresa X utiliza o sistema de reposição periódica de estoque. O pedido de reposição da peça M34 é feito no dia20 dos meses pares do ano. O estoque existente no dia do pedido é de 1.250 unidades. O estoque da peça não podeultrapassar 3.500 unidades. A quantidade a ser pedida, em unidades, é de:(A) 2.250 (B) 2.350 (C) 2.450 (D) 2.650 (E) 2.700

07)Estoques são considerados um dos ativos mais importantes das empresas porque representam a possibilidade de conseguiruma vantagem competitiva em relação aos concorrentes. Para efeito contábil, os estoques são classificados em cinco categorias. Aquela que diz respeito aos itens utilizados nos processos de transformação em produtos acabados é:(A) em trânsito.(B) em consignação.(C) de matérias-primas.(D) de produtos em processo.(E) de produtos acabados.

08)As empresas precisam ter estratégias para aquisição de bens materiais. Partes vitais do produto final eram produzidas, namaioria das vezes, internamente, mas essa concepção está mudando para parcerias estratégicas. Duas estratégias operacionais são empregadas para a decisão das aquisições de bens materiais: a verticalização e a horizontalização. Esta última significa:(A) independência de terceiros na composição do produto.(B) compra de terceiros dos itens que compõem o produto final.(C) domínio da tecnologia do produto final.(D) maior autonomia da elaboração do produto final.(E) aumento da estrutura organizacional da empresa.

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Page 68: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

09) - Se, em uma fábrica, o estoque inicial é de 500 unidades, a demanda é de 800 unidades e a produção é de 600 unidades, o número de unidades no estoque final será:(A) 100;(B) 200;(C) 300;(D) 500;(E) 600.

10) - Uma empresa normalmente envia produtos para um cliente por via férrea a um custo de R$ 500,00 por carga. Otempo de trânsito é 14 dias. Os produtos podem ser enviados por caminhão a um custo de R$ 700,00 por carga e com um tempo de trânsito de quatro dias. Se o estoque em

trânsito tem um custo de R$ 25,00 por dia, os transportes por viaférrea e caminhão custam, respectivamente:(A) R$ 800,00 e R$ 700,00;(B) R$ 800,00 e R$ 800,00;(C) R$ 850,00 e R$ 700,00;(D) R$ 850,00 e R$ 800,00;(E) R$ 900,00 e R$ 850,00.

11) - Nos últimos três meses a demanda de um produto foi de 250, 274 e 235 unidades. A previsão de demanda de unidades no mês 4, com base na média móvel de três meses é:(A) 240;(B) 243;(C) 250;(D) 253;(E) 260.

12) - Independentemente do porte da empresa, os princípios básicos da organização de compras constituem-se de normas fundamentais. Pode-se incluir como atividade típica da seção de compras relacionada à pesquisa de fornecedores:(A) estudo do mercado;(B) negociação de contratos;(C) conferência de requisições;(D) acompanhamento do recebimento de materiais;(E) decisão de comprar por meio de contratos ou no mercado aberto.

13) - Independentemente do porte da empresa, os princípios básicos da organização de compras constituem-se de normas fundamentais. Pode-se incluir como atividade típica da seção de compras relacionada à aquisição:(A) estudo do mercado;(B) estudo de materiais;(C) conferência de requisições;(D) investigação das fontes de fornecimento;(E) desenvolvimento de fontes de fornecimento.

14) (FCC – Fundação Universidade Federal do Tocantins – 2005) Para reduzir ao mínimo o tempo de fabricação e o volume de estoques, estabelecendo um fluxo contínuo de materiais sincronizado com a programação do processo produtivo, deve-se adotar o método.

a. Kaizenb. Just-in-casec. Ford

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Page 69: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

d. Just-in-timee. Taylor

15) (FCC – TRE – Piauí – Analista Judiciário – 2002) O método que classifica os

itens de estoque por ordem decrescente de importância é o:

a. LECb. MRPc. JIPd. ABCe. IFO

16) (FCC – ARCE – Analista de Regulação – 2006) Os estoques têm a função de

funcionar como reguladores do fluxo de materiais. Quando a velocidade de

entrada dos itens é maior que a saída, ou quando a número de unidades

recebidas é maior do que o número de unidades expedidas, o nível de

estoque:

a. Não se alterab. Diminuic. Aumentad. È nuloe. É sazonal

17) (FCC – ARCE – Analista de Regulação – 2006) Considere as seguintes afirmações:

- Estoque de segurança = 80 unidade- Demanda = 500 unidades por mês- Tempo de atendimentos do fornecedor = 5 dias- Mês = 20 dias úteisO ponto de pedido ou reposição é igual a:

a. 100 unidadesb. 116 unidadesc. 205 unidadesd. 225 unidadese. 305 unidades

18) (FCC – ARCE – Analista de Regulação – 2006) A empresa União consome

diariamente 450 unidades do material XPTO. Esse material é comprado de

terceiros e usado na montagem do produto final da empresa. Sabendo-se

que, em uma semana útil de 5 dias, a empresa recebeu dois lotes de 2.500

unidades do material XPTO, a variação do estoque desse material nessa

semana foi de:

a. 2.050 unidadesb. 2.250 unidadesc. 2.500 unidadesd. 2.600 unidadese. 2.750 unidades

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Page 70: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

19) (FCC – IPEA – Técnico de Desenvolvimento e Administração – 2004) As

organizações, ao buscarem a máxima taxa de valor agregado aos seus produtos ou

serviços oferecidos ao mercado, têm como objetivo tornar a cadeia de compradores e

fornecedores:

a. Racionalb. Simplesc. Competitivad. Produtivae. Lógica

20)(FCC – Prefeitura Municipal de Santos – Administrador – 2005) Considere os

aspectos abaixo:

I. Reestruturar o número de fornecedores.II. Desenvolver produtos em conjunto com fornecedores.III. Desenvolver produtos em conjunto com clientes.IV. Integrar informações e infra-estrutura com fornecedores.VI. Integrar informações e infra-estrutura com clientes.VII. Receber just in time e diminuir níveis de estoque.VIII. Entregar just in time e diminuir níveis de estoque.São objetivos de gerenciamento de uma cadeia de suprimentos:

a. I, II, III, IV, V, VI e VII.b. I, II, IV e VI, apenas.c. III, V e VII, apenas.d. IV, V VI e VII, apenas.e. VI e VIII, apenas.

21) (ESAF – Prefeitura de Recife – Analista de Compras – 2003) Marque C para

as afirmativas corretas, E para as erradas e indique a opção que representa a

seqüência correta.

( ) Uma empresa conta seu estoque a cada três meses. Nesse caso pode-se dizer que ela utiliza o sistema de inventário periódico.( ) A acurácia dos controles de estoques é resultado do cálculo proporcional da quantidade de itens inventariados corretos em relação ao número total de itens.( ) O resultado do inventário físico deve ser comparado com os registros de controle e as eventuais diferenças devem gerar ajustes de ordem tributária e contábil.( ) O nível de serviço é um indicador da eficácia do estoque e é calculado por meio da proporção de requisições efetuadas em relação às realmente atendidas.( ) O giro dos estoques é calculado dividindo-se o valor do estoque consumido em determinado período, pelo valor do estoque médio no mesmo período.

a. E-C-C-E-Cb. C-E-C-C-Ec. C-E-C-C-Cd. C-C-E-E-Ee. E-C-E-C-C

22) (NUPPS – Cefet/Rn – Administrador – 2006) A função ligada ao fator

tempo, sendo fundamental para que os objetivos logísticos – o produto certo,

70

Page 71: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível –

sejam atingidos.

a. Armazenamentob. Serviços ao clientec. Estoque d. Transporte

23). (NCE/UFRJ – Eletronorte – 2006 – Administrador) um tipo de classificação de materiais que determina incompatibilidade com outros materiais, facilitando armazenamento e movimentação, é a classificação por:

a. Possibilidade de fazer ou comprar;b. Dificuldade de aquisição;c. Mercado fornecedor;d. periculosidade;e. perecibilidade.

24). (NCE/UFRJ Analista Legislativo – 2006 – Assembléia Legislativa / ES) O tipo de classificação de materiais que tem como vantagem demonstrar os materiais de grande investimento no estoque, porém que não fornece a importância operacional do material, é denominada:

a. Perecibilidade;b. Periculosidade;c. Valor de consumo;d. Importância operacional;e. Tipo de embalagem.

25) (NCE/UFRJ Analista Legislativo – 2006 Assembléia Legislativa / ES) O tipo de classificação de materiais que tem como vantagem demonstrar os materiais vitais para a empresa, porém que não fornece análise econômica dos estoques, é denominada:

a. Perecibilidade;b. Periculosidade;c. Valor de consumo;d. Importância operacional;a. Tipo de embalagem.

26)(FCC – ARCE – Analista de Regulação – 2006) A relação existente entre o

consumo de material num determinado período pelo seu estoque médio

nesse mesmo período é denominada:

a. Giro de estoqueb. Nível de serviçoc. Acuráciad. Coberturae. Inventário

27) (NCE/UFRJ Analista Legislativo – 2006 – Assembléia Legislativa / ES) a

atividade que visa garantir a fiel guarda dos materiais confiados pela

empresa, objetivando sua preservação e integridade até o consumo final, é

denominada:

a. Compras;b. Recebimento;

71

Page 72: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

c. Almoxarifado;d. Cadastramento;e. Inventário físico.

28) (NCE/UFRJ Analista Legislativo – 2006 Assembléia Legislativa / ES) a

atividade que visa garantir o rápido desembaraço dos materiais adquiridos

pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a quantidade

estabelecida, na época certa, ao preço contratado e na qualidade

especificada nas encomendas, é denominada:

a. Compras;b. Recebimento;c. Almoxarifado;d. Cadastramento;e. Inventário físico.

29) (NCE/UFRJ Analista Legislativo – 2006 – Assembléia Legislativa / ES) A atividade que visa o gerenciamento de estoques por meio de técnicas que permitam manter o equilíbrio com o consumo, definindo parâmetros e níveis de ressuprimento e acompanhando sua evolução, é denominado:

a. Gestão;b. Compras;c. Recebimento;d. Almoxarifado;e. Cadastramento.

30) (NCE/UFRJ Analista Legislativo – 2006 – Assembléia Legislativa / ES) A atividade que

visa supri as necessidades da empresa mediante a aquisição de materiais ou serviços,

emanadas das solicitações dos usuários, objetivando identificar no mercado as

melhores condições comerciais e técnicas, é denominada:

a. Gestão;b. Compras;c. Recebimento;d. Almoxarifado;e. Cadastramento.

31) (NCE/UFRJ Analista Legislativo – 2006 – Assembléia Legislativa / ES) A

atividade que implica o reconhecimento perfeito da classificação de

materiais, estabelecimento de codificação e determinação da especificação,

objetivando a emissão de catálogos para utilização dos envolvidos nos

procedimentos de Administração de Matérias, é denominada.

a. Gestão;b. Compras;c. Recebimento;d. Almoxarifado;e. Cadastramento.01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15C E C B B A C B C D D A C D D16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

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Page 73: ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

C C E C A A D D C D A C B A B31.E

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