Apostila de Evangelismo Apo ULTIMO

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A Missão A Missão da Igreja no Livro de Atos O PAPEL DA IGREJA EVANGELISMO: PRINCÍPIO PERMANENTE, METODOLOGIA EM MUDANÇA PREPARO PARA UMA CONFERÊNCIA Diversas Formas de Campanhas Evangelísticas Fazendo Amigos para Deus A Oração Faz a Diferença Classes Batismais Operação André Josué e Calebe (duplas missionárias) Pequenos Grupos APELO POR DECISÕES A Música no Evangelismo CONSERVANDO OS NOVOS CONVERSOS O EVANGELISMO E A CONSOLIDAÇÃO AS 4 CRISES DO NOVO MEMBRO Clamor Pela Pesca APÊNDICE: Compreendendo a mente secular Ministério em Prisões

Transcript of Apostila de Evangelismo Apo ULTIMO

A Missão

A Missão da Igreja no Livro de Atos

O PAPEL DA IGREJA

EVANGELISMO: PRINCÍPIO PERMANENTE, METODOLOGIA EM MUDANÇA

PREPARO PARA UMA CONFERÊNCIA

Diversas Formas de Campanhas Evangelísticas

Fazendo Amigos para Deus

A Oração Faz a Diferença

Classes Batismais

Operação André

Josué e Calebe (duplas missionárias)

Pequenos Grupos

APELO POR DECISÕES

A Música no Evangelismo

CONSERVANDO OS NOVOS CONVERSOS

O EVANGELISMO E A CONSOLIDAÇÃO

AS 4 CRISES DO NOVO MEMBRO Clamor Pela Pesca

APÊNDICE:

Compreendendo a mente secular

Ministério em Prisões

A MISSÃO

Ao olharmos ao redor, e vermos o grande formigueiro humano que habita no

território da APO, homens e mulheres sendo consumidos pelas angústias e

pelo pecado, ouvimos uma voz: „Um mundo a perecer na ignorância quanto à

Santa Lei de Deus, e os Adventistas do Sétimo Dia estão dormindo!”

Evangelismo, pág.32

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome

do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas

que vos tenho ordenado!” Mat. 28:19 e 20.

“A comissão do Salvador aos discípulos incluía todos os crentes. Abrange

todos os crentes em Cristo até ao fim dos séculos. É um erro fatal supor que a

obra de salvar almas depende apenas do pastor ordenado. Todos a quem veio

a celestial inspiração, são depositários do evangelho. Todos quantos recebem

a vida de Cristo são mandados trabalhar pela salvação de seus semelhantes.

Para essa obra foi estabelecida a igreja, e todos quantos tomam sobre si os

seus sagrados votos, comprometem-se, assim, a ser coobreiros de Cristo.” O

Desejado de Todas as Nações, pág. 822.

“A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens.

Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde

o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para

o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele

chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A

igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seu

tempo manifesta, mesmo aos “principados e potestades nos Céus” (Efés. 3:10),

a final e ampla demonstração do amor de Deus.” Atos dos Apóstolos, pág.9

“Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo

como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de

advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da

Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a

proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma

obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma

outra coisa lhes absorva a atenção.” Evangelismo, págs. 119 e 120

Reavivar o Espírito de Evangelismo de 1844

“Recentemente em horas da noite minha mente foi impressionada pelo

Santo Espírito com o pensamento de que se o Senhor há de vir logo como

cremos, devemos ser mais ativos ainda em levar a verdade perante o povo do

que o fomos nos anos passados. Nesta conexão minha mente volveu às

atividades dos crentes adventistas em 1843 e 1844. Havia por esse tempo

muita visitação de casa em casa, e incansáveis esforços eram feitos para

advertir o povo sobre o que estava escrito na Palavra de Deus. Mesmo mais

esforços deviam fazer agora do que o fizeram os que proclamaram tão

fielmente a mensagem do primeiro anjo. Estamos nos aproximando

rapidamente do fim da história da Terra; e ao compreendermos a verdade de

que Jesus indubitavelmente logo virá, nos despertaremos e trabalharemos

como nunca antes. Somos convidados a fazer soar um alarme para o povo.”

General Conference Bulletin, 27 de maio de 1913, pág. 164.

A MISSÃO DA IGREJA NO LIVRO DE ATOS

INTRODUÇÃO:

I - A Escritura declara em Mat. 24:14: "Será pregado este evangelho do reino

por todo mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim". Em S.

Marcos é dito: "E disse-lhes: ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda

criatura."

A - O alcance da Missão é:

1 - Todo o mundo.

2 - Todas as nações.

3 - Toda criatura.

O nosso escopo é mundial e a toda criatura. Cada homem em todo o mundo

precisa ouvir o EVANGELHO DO REINO.

B - Como estamos nós em nossa Missão? A quantas nações e pessoas nos

falta pregar para que o Senhor venha?

C - A população do Mundo.

1 - O crescimento populacional continua a crescer rapidamente. Na época de

Cristo a população do mundo estava em torno de 250 milhões de habitantes.

Para que esta população duplicasse o seu número passaram-se 1.500 anos,

então tivemos 500 milhões de seres humanos. Esta foi a época do Movimento da

Reforma Luterana, e os protestantes em geral não tinham, nesta época, uma

visão missionária agressiva. No fim do século XVIII, quando Guilherme Carey

partiu para evangelizar a Índia, o número de pessoas duplicou mais uma vez, e

alcançamos o número de 1 bilhão de habitantes.

2 - Na época da Conferência Missionária de Edimburgo, 1910, a população

duplicara uma vez mais e ultrapassara a 2 bilhões de criaturas. Hoje somos mais

de 6 bilhões de seres humanos!

E O NOSSO DESAFIO MISSIONÁRIO É:

1 - Evangelizar os cristãos nominais.

2 - Evangelizar os não cristãos que vivem entre nós.

3 - Evangelizar aqueles dois bilhões ou mais que não foram alcançados com o

testemunho cristão. A NOSSA META É ALCANÇAR OS NÃO ALCANÇADOS.

Ora, no ritmo e modo que prossegue a evangelização mundial e nacional, isto

nos leva a admitir que a promessa da vinda de Cristo não está tão perto como se

costuma declarar, a menos que mudemos a situação interna da Igreja.

a) A evangelização do mundo é possível e viável? Ou Deus deu uma tarefa

impossível? Ou não é esta a nossa tarefa?

b) Das 3 possibilidades, só a primeira é verdadeira: A EVANGELIZAÇÃO É

POSSÍVEL. A MISSÃO É POSSÍVEL.

(1) A base para se dizer isso está fundamentada na Revelação: Col. 1:23, Atos

5:28.

(2) Portanto, os princípios e métodos de evangelização da Igreja Apostólica,

formam o padrão da MISSÃO DA IGREJA ADVENTISTA.

A MISSÃO DA IGREJA NO LIVRO DE ATOS

A - O Conteúdo da mensagem e da vida da Igreja Apostólica - Cristo.

1 – No livro de Atos a expressão "o nome" faz referência a Jesus 34 vezes. A

Ele é sempre creditado todo o mérito de tudo quanto foi operado pela Igreja

Primitiva, no exercício de Sua Missão.

2 - Segundo o Livro de Atos dos Apóstolos (Atos 1:1,3,10,11), a difusão do

cristianismo tem como fundamento "Tudo que Jesus começou não só a fazer,

mas ensinar...", a este quadro acrescenta- se a promessa de sua vinda, e o tema

único dos dezoito sermões constantes deste livro - Cristo, o Messias pela

ressurreição dos Mortos.

3 - Assim, o primeiro tratado de Lucas e a maneira como a Igreja Primitiva o

recebeu formam o primeiro elemento da expansão do cristianismo primitivo. Este

foi o conteúdo da mensagem que abalou o mundo antigo.

4 - O Espírito de Profecia refere-se ao assunto como segue:

"O nome de Cristo deve ser a senha, a insígnia, o laço de união, a autoridade

para sua norma de prosseguimento e sucesso..." AA, 28.

"A ambição dos crentes era revelar o caráter de Jesus Cristo, bem como

trabalhar pelo desenvolvimento de seu reino". AA,48.

"Nas palavras "Unicamente a Jesus" - Mat. 17:8 está contido o segredo da vida e

do poder que marcaram a história da Igreja Primitiva". AA, 64.

"Se os que hoje, estão ensinando a Palavra de Deus, exaltassem mais e mais a

Cruz de Cristo, haveria um maior sucesso em seu ministério". AA, 209.

"Cristo era o principal tema de sua pregação, conversação, e ensino..." AA, 157.

5 - As instruções finais de Cristo, durante os quarenta dias após sua

ressurreição, foram concernentes ao Reino de Deus. Isto está em evidente

relação com os fatos ocorridos em S. Luc. 24:13 a 53, (Atos 1:3,4) quando Cristo

se apresenta, no caminho de Emaús aos discípulos, com base no Antigo

Testamento, como o Servo-Sofredor, como o Senhor ressurreto, e o Intercessor.

..."O apóstolo (Pedro a Cornélio) pregou a Cristo Sua vida, Seus milagres, Sua

traição e crucifixão, Sua ressurreição e ascensão, Sua obra no céu como

representante e advogado do homem. Ao indicar Jesus aos presentes como

única esperança do pecador. AA 138.

B - Esperar a Promessa do Espírito Santo.

1 - Apesar de toda esta introdução os membros reunidos perguntaram sobre a

data do estabelecimento político e militar de Israel. Cristo queria dar poder

espiritual e eles se preocupavam com a cronologia, reservada ao Pai

exclusivamente. "Não vos compete conhecer o tempo ou as épocas que o Pai

reservou para Sua exclusiva autoridade". Foi a resposta de Jesus. Atos 1:6,7.

2 - Em oposição a esta preocupação, Cristo repete a promessa: "recebereis

poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo". Atos 1:6. Para o recebimento da

provisão foi dada uma ordem: "... ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que

do alto sejais revestidos de poder". S. Luc. 24:49. "... determinou-lhes que não se

ausentassem de Jerusalém, e esperassem a promessa do Pai." Atos 1:4.

3 - A primeira ordem para evangelizar é esperar.

Não se pode anunciar, sem "ficar". Esperar antes de ir. Antecede ao ministério

da Palavra, o da oração. Estudar a Escritura e orar são os únicos meios para

equipar o obreiro para a obra.

a) "Os que trabalham pelas almas têm de alcançar um conhecimento mais

profundo, mais amplo e claro de Deus do que pode ser obtido pelo esforço

ordinário... se quiserem ganhar almas como recompensa, precisam apegar-se

firmemente a Deus, recebendo diariamente, poder e graça da fonte de toda

bênção". AA 205, 206.

"Todos estes (120) perseveraram unânimes em orações e súplicas..." Atos 1:14.

b) A Promessa e a Súplica.

"Esperaram em Jerusalém a promessa do Pai... Não esperaram ociosos...

Esperaram sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus... Para apresentar

seus pedidos ao Pai... Em solene reverência, ajoelharam em oração, repetindo a

promessa: "Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu nome, Ele vo-lo há de dar".

AA 35.

"Confiaram no poder do Espírito Santo para tornar eficaz a Palavra da vida". AA

158.

c) Extensão da Promessa.

"A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou raça. Cristo

declarou que a divina influência do Seu Espírito estaria com os seus seguidores

até o fim... Quanto mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais

clara e poderosamente testificam do amor do Redentor". AA 49.

d) A promessa do Espírito e o crescimento.

"Quando quer que assuntos de menor importância ocupem a atenção, o divino

poder, preciso para o crescimento e prosperidade da Igreja, e que haveria de

trazer após si todas as demais bênçãos, está faltando, ainda que oferecido em

infinita plenitude". AA 50.

e) A promessa do Espírito e a Missão.

"Cada obreiro devia fazer uma petição a Deus pelo batismo diário do Espírito.

Grupos de obreiros cristãos se devem reunir para suplicar auxílio especial,

sabedoria celestial, para que saibam como planejar e executar sabiamente.

Especialmente devem eles orar para que Deus batize seus embaixadores

escolhidos nos campos missionários, com uma rica medida do Seu Espírito.

A presença do Espírito com os obreiros de Deus dará à proclamação da verdade

um poder que nem a honra ou a glória do mundo dariam". AA 51.

f) A Comunhão e a Promessa do Espírito Santo.

"A menos, porém, que os membros da Igreja de Deus, hoje, estejam em viva

associação com a fonte de todo conhecimento espiritual, não estarão prontos

para o tempo da ceifa". AA 55.

g) Maneira Diária de Receber.

“Manhã após manhã, ao se ajoelharem os arautos do evangelho perante o

Senhor, renovando-lhe seus votos de consagração, Ele lhes concederá a

presença de Seu Espírito com Seu poder vivificante e santificador.” AA 56.

h) Segredo do Sucesso.

"Para que pudessem ter sucesso em sua obra, eles receberam o poder do

Espírito Santo... Não pelo poder humano ou humana sabedoria, devia o

evangelho ser proclamado, mas pelo poder de Deus". AA 109.

4 - O segredo do expansionismo apostólico se deveu a uma vida e a um

ministério centrados em Cristo, sob o poder do Espírito Santo. Viver e anunciar a

Jesus Cristo no influxo do Espírito, com base no ministério da Palavra e da

oração estava, e está o segredo do sucesso na obra de salvar almas.

C - A Unidade da Igreja

1- Outro elemento importante do êxito apostólico estava na unidade da

totalidade: "todos perseveraram na oração", todos estavam unidos, encheu-se

toda a casa em que estavam assentados", "todos foram cheios do Espírito

Santo", "línguas de fogo sobre cada um deles", e 'todos começaram a falar

noutras línguas". Todos receberam a promessa e todos a anunciaram, e dos que

ouviram todos se maravilharam. A dinâmica espiritual constitui-se de: toda a

promessa, todos reunidos e unidos, todos anunciando a todos, todos se

maravilham e milhares se convertem.

a) O êxito e a Unidade.

"Para conduzir ao êxito a obra para a qual haviam sido chamados, esses

homens, diferindo em características naturais e hábitos de vida, necessitaram

chegar à UNIDADE DE SENTIMENTOS, PENSAMENTOS E AÇÃO". AA, 20.

b) O Plano de Satanás e a Unidade.

"Satanás sabia que, enquanto esta união continuasse a existir, ele seria

impotente para deter o progresso da verdade evangélica, e procurou tirar

vantagens de anteriores hábitos de pensar, na esperança de que por este meio

pudesse introduzir na Igreja elementos de desunião". AA, 88.

c) Condições para se efetuar a missão.

"Todo agente estará subordinado ao Espírito Santo, e todos os crentes unidos

num esforço organizado e bem dirigido para dar ao mundo as alegres novas da

graça de Deus". AA 164.

D - A finalidade da dinâmica espiritual é que eles se tornaram testemunhas...

“recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós, e ser-me-eis

testemunhas, tanto em Jerusalém , como em toda a Judéia e Samaria, até aos

confins da Terra". Atos 1:8.

1 - A promessa e a missão são feitas em nível de uma congregação local, no

caso aos 120 reunidos em uma casa em Jerusalém (Atos 1:15). A mensagem

deve ser apresentada por indivíduos como testemunhas a outras pessoas. Cada

pessoa alcançada torna-se uma testemunha.

2 - De forma visível, audível e sobrenatural Deus cumpriu sua promessa, para

torná-los testemunhas da ressurreição. Isto se deu após dez dias de comunhão

com Deus. Assim receberam a promessa habilitante para difusão do cristianismo.

Deus habilitou sua Igreja para o expansionismo pelo poder do Espírito Santo,

dando-lhe o dom necessário, fazendo uso do momento oportuno, uma festa

nacional, quando houve grande ajuntamento com um objetivo religioso, o

Pentecostes - Atos 2:1-23. No habilitar a Igreja em seus membros com o dom

propício para uma hora propícia, na junção do trabalho pessoal com o público

através de homens convertidos na escola da vida cristã, está outro segredo. Daí

resultarem uma cadeia quantitativa , qualitativa e orgânica na Igreja:

E - Crescimento Quantitativo

1 - Atos 1:15 - A primeira Igreja começou com 120 membros.

2 - Atos 2:41,42 - 3.000 foram batizados.

3 - Atos 4:4 - 5.000 homens.

4 - Atos 5:14 - Multidão de homens e mulheres.

5 - Atos 21:20 - Miríades de Judeus. Miríade = 10.000.

6 - Atos 16:5 Multiplicação de igrejas.

F - Crescimento Qualitativo - Atos 2:41, 47. É, a um tempo, a força que

propicia o crescimento quantitativo e o mantém. Ele consiste em:

1 - Perseverar

a) Na doutrina dos apóstolos.

b) Na Comunhão

c) No partir do pão

d) Nas orações

2 - Temor do Senhor

a) Havia em toda alma.

3 - União

a) Estavam juntos.

b) Tinham tudo em comum.

4 - Liberalidade e Assistência Social

a) Vendiam seus bens e repartiam com os mais necessitados.

5 - Comunhão com Deus.

a) Todos os dias perseveraram unânimes no templo.

b) Louvavam a Deus.

6 - Relacionamento com a Sociedade

a) Caindo na graça de todo o povo.

G - Mordomia na Missão da Igreja.

1 - O conceito de Mordomia está bem desenvolvido no NT. É a administração de

uma casa, em que se verifica se os servos fazem o trabalho designado, que

produz os frutos esperados. A mordomia espera resultados. Se não há resultados

o mordomo está sujeito ao juízo do seu Senhor. Como mordomos devemos

trabalhar pelo resultado e esperá-lo. Se nossas colheitas não atingem nossas

expectativas, devemos reexaminar o nosso trabalho.

a) Lavrador - Luc. 20:9 e 19.

b) Viticultor - Luc. 13:6-9.

c) Agricultor - Luc. 8:4-15.

2 - No livro de Atos sob a forma de contraste do bom e mau mordomo, Deus

ensina o valor da fidelidade à missão. São comparadas, aqui na Igreja apostólica,

Barnabé com Ananias e Safira. (Atos 4:32 a 5:11). Os bens materiais só tinham

sentido se de alguma forma conduziam para a realização da Missão.

a) A administração dos bens e a Missão.

(1) "Um comum interesse os guiava - a missão a eles confiada - e a avareza não

tinha lugar em sua vida". AA , 71.

"Dinheiro, tempo e influência - todos os dons que receberam das mãos de Deus

- só eram por Ele apreciados quando usados como meio de fazer avançar a obra

evangélica". AA 71.

(2) "Toda vez que isto acontece as verdades terão poderosa influência sobre os

ouvintes". AA. 71.

(3) "Deus tem feito depender a proclamação do evangelho do trabalho e dos

donativos do Seu povo". AA 74.

(4) "Todos os que receberam o evangelho receberam a sagrada verdade para

repartir ao mundo". AA 109.

b) Estes consagram seus recursos, usam seus talentos e empenham-se em

laboriosos esforços.

(1) "Os que nela se empenham com seriedade de propósito, verão almas salvas

para o Salvador, pois a influência que acompanha a atividade prática da divina

missão é irresistível. AA. 110.

(2) "Ide em meu nome ajuntar na Igreja a todos quanto crerem, deixou claro

perante eles a necessidade de manterem simplicidade. Quanto menor a

ostentação e o exibicionismo, maior seria sua influência para o bem. Os

discípulos deviam falar com a mesma simplicidade com que Cristo havia falado".

AA 28.

H - Dons espirituais e a Missão - Atos 3:1 a 4:4.

1 - Da cura do coxo de nascença, junto à porta formosa realizada por Pedro na

companhia de João, sobressai mais um princípio gerador de crescimento. Para

homens dotados de dons sobrenaturais, resultantes da plenitude do Espírito

Santo, o dinheiro é circunstancial e a operação de sinais constitui-se na melhor

propaganda para o anúncio do evangelho para as grandes multidões e para as

classes privilegiadas e mais preconceituosas da sociedade.

2 - A ausência do dinheiro não limita o resultado da proclamação. Para uma

igreja em crise de qualquer tipo, a solução se encontra em homens possuídos

pelo Espírito Santo, que podem operar sinais e maravilhas conforme a vontade

de Deus.

3 - O acontecimento gerou na igreja unanimidade no louvor a Deus e súplica

para socorro da igreja. E o socorro era para falar com ousadia face às ameaças,

e continuar operando em nome de Jesus Cristo os sinais e as maravilhas. A

resposta de Deus foi imediata, enchendo-os com Seu Espírito. Atos 4:23- 31.

a) Os recursos apostólicos e a Missão.

"Os discípulos não passavam de homens humildes, sem dinheiro e com

nenhuma outra arma que não a Palavra de Deus... Sem honra ou

reconhecimento terrestre, foram heróis de fé". AA 77.

b) Dois Tipos de Recursos.

"Todo membro era exortado a bem desempenhar sua parte. Cada qual devia

fazer sábio uso dos talentos a ele confiados. Alguns foram dotados pelo Espírito

Santo com dons especiais... Todas estas classes de obreiros, porém deveriam

trabalhar em harmonia. AA 85.

c) Exercício dos dons.

"A estes (diáconos) humildes, bem como aos apóstolos e discípulos... fora

confiado o precioso encargo (missão)... O Senhor operava por meio deles. Aonde

quer que iam, os doentes eram curados. E havia alegria naquela cidade". AA 106.

d) Todos convidados a usar seus talentos.

"Conquanto esteja no plano de Deus que obreiros escolhidos, de consagração e

talentos, sejam estacionados em importantes centros de população para realizar

conferências públicas, é também o seu propósito que os membros da igreja que

vivem nas cidades usem seus talentos que Deus lhes deu trabalhando em favor

das almas". AA 156.

e) A diversidade dos talentos e a Missão.

"Deus está chamando não somente ministros, mas também médicos,

enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos, e outros consagrados membros da

igreja, possuidores de diferentes talentos, que tenham conhecimento da Palavra

de Deus e possuam o poder de sua graça, para que considerem as necessidades

das cidades não advertidas". AA 159.

“Todos os meios devem ser postos em operação, para que as oportunidades

atuais sejam, sabiamente aproveitadas.” AA 269.

4 - No crescimento da igreja o dinheiro tem que ser circunstancial. A igreja não

para quando não há dinheiro. Somente homens, cheios do Espírito Santo,

habilitados com dons espirituais, são imprescindíveis. O resultado que colhe tal

igreja é crescimento numérico inevitável. Atos 4:4.

I - Ministério da Palavra e da oração. Atos 6:1 e 7.

1 - O prioritário na igreja é administração dos bens espirituais, que são ministério

da Palavra e da oração. "Não é razoável que deixemos a Palavra de Deus e

sirvamos às mesas"... "Nós perseveraremos na oração e no ministério da

Palavra". Atos 6:2,4.

2 - O Ministério da Palavra está constituído de:

a) Estudo da Palavra.

b) Apresentação Pública da Palavra.

c) Apresentação Pessoal da Palavra.

(1) O Estudo.

"A magnitude da obra que lhe estava diante levou-o a dedicar muito estudo às

Escrituras Sagradas, a fim de que pudesse pregar o Evangelho.” AA 138.

"Pedro, Tiago e João... trabalhavam, testificando do que tinham visto e ouvido, e

apelando para a multiforme palavra dos profetas num esforço de persuadir (a

Casa de Israel)... que a esse Jesus a quem os Judeus crucificaram, Deus o fez

Senhor e Cristo.” AA 165.

3 - Obra Pessoal

"Em toda sua obra (de Cristo), Ele os estava preparando para trabalho individual,

que devia ser expandido à medida que seu número aumentasse". AA 32.

"Os esforços do apóstolo não estavam restringidos à pregação pública; muitos

havia que não poderiam ser alcançados desta maneira. Ele despendeu muito

tempo no trabalho de casa em casa. Visitava os enfermos e tristes, confortava os

aflitos, animava os oprimidos." AA 250.

4 - Obra Pública e Pessoal

"Apolo estava desejoso de ir para Acaia... Seguiu para Corinto, onde, em

trabalho público e de casa em casa... convencia os Judeus, mostrando pelas

Escrituras que Jesus era o Cristo". AA 270.

"O trabalho de Paulo estava concluído... Havia ele ensinado o povo de casa em

casa e em público, instruindo-os e advertindo-os com muitas lágrimas". AA 290.

5 - A evangelização pública e pessoal era o método básico da igreja apostólica.

A proclamação no templo, e de casa em casa, todos os dias, eram a estratégia

da igreja primitiva.

J - Princípios de Administração e a Missão

1 - O ministério da Palavra e da Oração são a prioridade maior da Igreja. Por

causa disso era necessário delegar a outros os cuidados das necessidades e dos

interesses financeiros da Igreja (Atos 6). Então surgiu a função do diácono para

cuidar destes dois aspectos da Igreja.

a) Necessidades Individuais.

b) Interesses financeiros.

2 - Causas da Nova Ordem administrativa.

a) "Os discípulos tinham chegado a uma crise em sua experiência... A Igreja se

ampliava de contínuo, e este crescimento em membros representava constante

aumento de trabalho. Havia uma necessidade de uma redistribuição de

responsabilidades que tão fielmente tinham sido levados por uns poucos..." AA

88.

b) "Chegou o tempo..., em que os chefes espirituais ... deveriam ser aliviados da

tarefa de distribuir aos pobres, e de outros encargos semelhantes, de modo que

pudessem estar livres para levar avante a obra de pregar o evangelho". AA 89.

c) Resultado.

"..., e em Jerusalém se, multiplicava muito o número dos discípulos... Essa

messe de almas tanto era o resultado de maior liberdade assegurada aos

apóstolos, como o zelo e o poder mostrados pelos sete diáconos". AA 90.

3 - A escolha de homens para esta nova função devia seguir dois tipos de

exigências: pessoas habilitadas por condições próprias para ocupar a

responsabilidade e que preenchessem os princípios de governo esboçados no

VT. Deveriam ser homens adaptados a lidar com os helenistas, que amassem o

trabalho de cuidar dos pobres e preenchessem as qualidades de um líder que

conduz a Igreja ao crescimento.

a) A base para escolha de homens.

"Na obra de ordenar as coisas em todas as igrejas, e na ordenação de homens

capazes, para agir como oficiais, os apóstolos se orientaram pelas altas normas

do governo esboçado no VT". AA 95.

b) As qualidades destes homens:

(1) Saber distribuir as responsabilidades.

(2) Defensores da verdade.

(3) Homens capazes, tementes a Deus.

(4) Que aborreçam a avareza.

(5) Dignos.

(6) De são juízo.

(7) Experientes.

(8) Saber ouvir.

(9) Julgar justamente.

(10) Destemidos.

4 - Como Davi, eles deveriam guardar todos os mandamentos de Deus.

Deveriam conhecer a Deus, e servi-lo com o coração perfeito e voluntário. Um

homem que busque a Deus. (I Tim. 3:2-7, e 8-10, 12, 13.)

a) "Negligenciar ou desprezar aqueles que Deus designou para arcar com as

responsabilidades da direção ligada ao progresso da verdade, é rejeitar o meio

ordenado por Ele para auxílio, animação e fortalecimento de Seu povo". AA 164.

b) Os fatores de crescimento - Crescimento orgânico.

"Como importante fator de crescimento espiritual dos novos conversos, os

apóstolos tiveram o cuidado de cercá-los com a salvaguarda da ordem

evangélica. As igrejas eram devidamente organizadas em todos os lugares...

Eram indicados oficiais para cada igreja, e ordem e sistemas próprios eram

estabelecidos para que se conduzissem todas as atividades, pertinentes ao bem

estar espiritual dos crentes". AA 186.

L – Perseguição gerando crescimento.

1 - A Igreja dotada de dons e talentos, e organizada, traz em seu bojo o

conseqüente crescimento. E tudo isto gera uma estratégia de emergência

permitida por Deus, contudo não gerada por Ele. O preço do crescimento

espiritual - a plenitude do Espírito - e do crescimento numérico é a

PERSEGUIÇÃO - a herança do evangelho.

2 - O zelo do fanatismo judaico e os melindres do Império Romano com seu

domínio e sua autoridade, trouxeram o sofrimento à igreja Apostólica. Esta foi a

causa externa da perseguição da Igreja. Enquanto por outro lado, houve uma

causa interna. O crescimento, repentino e explosivo da Igreja em Jerusalém,

trouxe um excessivo cuidado em proteger a Igreja dos ataques inimigos, ao

passo que se descuidava do trabalho interno de prepará-la para a tarefa da

evangelização.

a) Causas e conseqüências da Perseguição

"A perseguição que sobreveio à Igreja de Jerusalém resultou em grande impulso

para obra de evangelho. O êxito havia acompanhado o ministério da palavra

neste lugar, e havia ali o perigo de que os discípulos ali se demorassem por muito

tempo... Esquecidos de que a fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo

trabalho intenso, começaram a pensar que não havia para eles trabalho tão

importante como o de escudar a Igreja de Jerusalém dos ataques do inimigo.

Em lugar de instruir os novos conversos para lavarem o evangelho aos que não o

haviam ouvido, estavam em perigo de tomar um caminho que os levaria a se

sentirem satisfeitos com o que já tinham alcançado. A fim de espalhar seus

representantes por outras partes do mundo, de maneira que pudessem trabalhar

por outros, Deus permitiu que lhes sobreviesse a perseguição". AA 105.

b) Penetração e Perseguição.

"Após haverem sido os discípulos expulsos de Jerusalém pela perseguição, a

mensagem do evangelho espalhou-se rapidamente pelas regiões que ficavam

além das fronteiras da Palestina; e muitos grupos pequenos de crentes se

formaram em importantes centros". AA 155.

c) Perseguição X Satanás

"Não é sem luta que Satanás permite ser o reino de Deus estabelecido na Terra.

As forças do mal estão empenhadas em incessante luta contra os instrumentos

indicados para disseminar o evangelho e esses poderes das trevas são

especialmente ativos quando a verdade é proclamada diante dos homens de

reputação... Desta maneira sempre trabalha o inimigo caído para conservar em

suas fileiras homens de influência que, se convertidos, prestariam eficiente

serviço à causa de Deus..." AA 167.

d) Maneiras de Satanás Agir.

"Os que pregam a verdade de Deus encontrarão o astucioso inimigo por muitas

diferentes formas. Algumas vezes será na pessoa de um erudito, mas na maioria

delas por intermédio de homens ignorantes, a quem Satanás treinou para se

tornarem eficientes instrumentos no enganar as almas". AA 169.

3- A perseguição, assim, a conseqüência do crescimento numérico, qualitativo e

orgânico. É o grande princípio por Ele permitido; é a dispersão para testemunho e

conversão.

a) O resultado da perseguição.

"Haviam encontrado oposição e perseguição, mas a intervenção da previdência

em seu favor, e a conversão do carcereiro e de sua casa, foi mais de que

suficiente para cobrir a desventura e o sofrimento que haviam suportado. As

novas de sua injusta prisão e milagroso libertamento tornaram- se conhecidos em

toda região, e isto levou a obra dos apóstolos ao conhecimento de um grande

número que, outra maneira, não seriam alcançados". AA 218.

M - As Crises na Igreja Apostólica.

1 - A Igreja do primeiro século passou por algumas crises:

a) Crise Administrativa.

b) Crise Doutrinária.

c) Crise Relacional.

d) Crise de Fidelidade.

e) Crise Missiológica

2 - A Crise Administrativa foi gerada pelo excesso de trabalho assumido pelos

apóstolos.

3 - A Crise Doutrinária teve como causa a imposição da lei como condição para

salvação por parte dos Judeus convertidos ao cristianismo.

4 - A Crise relacional ocorrida entre Paulo e Barnabé se deu em função da

discórdia de ambos quanto ao ministério de João Marcos.

5 - A Crise de Fidelidade ocorreu devido ao desejo de ostentação exterior de

santidade, com o objetivo de alcançar projeção social. Numa sociedade religiosa,

santidade significa prestígio. Em cada caso houve solução diferente, e uma

conseqüência única.

6 - E a solução estava em dar a primazia à prioridade.

a) Na Crise Administrativa a prioridade foi dada ao ministério da Palavra e da

Oração enquanto o problema material foi entregue aos diáconos.

b) Na crise doutrinária a prioridade exclusiva foi dada à salvação, pela graça

mediante a fé (Atos 15: 11), sendo uma decisão dos apóstolos e anciãos das

igrejas.

c) Na Crise Relacional a prioridade foi dada a individualidade de cada qual. Não

houve uma imposição administrativa.

d) Na Crise da Fidelidade foi dada uma punição. E a conseqüência em todos os

casos é que a Igreja crescia em quantidade e qualidade. (Atos 6:7; 15: 30-32).

e) No Caso de Ananias e Safira.

"A infinita sabedoria viu que essa evidente manifestação da ira divina era

necessária para impedir que a jovem igreja se desmoralizasse. O número dos

crentes aumentava rapidamente. A igreja teria corrido perigo se, no rápido

aumento de conversos, fossem acrescentados homens e mulheres que, embora

professassem servir a Deus, adorassem a Mamon". AA 73.

f) Individualidade.

"Cada um tem sua própria individualidade, que não deve diluir-se na do outro.

Não obstante, cada um deve trabalhar em harmonia com seus irmãos. Em seu

trabalho, os obreiros devem ser, essencialmente, uma unidade. Ninguém deve

colocar-se como padrão".

g) O perigo da excessiva individualidade.

"O progresso da mensagem evangélica não deve ser detido por preconceitos e

preferências de homens, qualquer que seja sua posição na igreja" AA 200.

h) Crise Doutrinária.

"O concílio que decidiu este caso era composto dos apóstolos e mestres que se

haviam salientado no trabalho de levantar igrejas cristãs e gentios, juntamente

com delegados escolhidos de vários lugares... os apóstolos e anciãos, homens

de influência e bom senso, redigiram e expediram o decreto que foi aceito pelas

igrejas cristãs". AA 196.

i) Resultado.

"As decisões amplas e de grande alcance do concílio geral levaram confiança às

fileiras dos crentes gentios e a causa prosperou". AA 197.

O PAPEL DA IGREJA

A IGREJA E SUAS FUNÇÕES

Cristo fundou a Igreja Cristã, sendo Ele mesmo o fundamento (I Cor. 3:11). Os

apóstolos e outros membros seriam as pedras vivas (Éfesios 2:20) com as quais

se levantaria todo o edifício. Haveria uma interação e colaboração dinâmica e

constante entre o elemento divino e o humano, com o fim de cumprir

conjuntamente os fins e as funções da igreja.

Quais são esses fins e funções? Enumeraremos os principais:

1. Função litúrgica: A igreja provê bênção mediante os cultos de adoração,

principalmente o culto sabático, e mediante os ritos e cerimônias (Lucas 4:l6).

2. Função sanadora: A igreja preocupa-se com a saúde física, mental e

espiritual dos membros (Mateus 4:23).

3. Função pastoral: A igreja provê atenção e assistência pastoral mediante a

visitação, o aconselhamento e outros meios especialmente aos enfermos, aos

que têm problemas espirituais e de muitos outros tipos (Éfesios 4:11,12).

4. Função de pregação: A igreja prega o evangelho nos diversos cultos

realizados no templo e às vezes fora do templo (II Timóteo 4:2).

5. Função didática: A igreja partilha ensinos para a edificação espiritual, moral,

missionária e cultural, para crianças, jovens e adultos (Mateus 28:20).

6. Função Filantrópica: A igreja socorre os pobres entre seus membros e presta

auxílio a todos em caso de calamidades (II Cor. 8:1-4).

7. Função missionária: A igreja proclama o evangelho mediante o evangelismo

em todas as suas formas (Atos 1:8).

8. Função social: A igreja provê um senso de irmandade, amizade e amor

cristão que une seus membros com laços especiais (Mateus 23:8,9).

Todas essas funções são importantes e devem ser cumpridas com eficácia e

persistência. Qual, entretanto, é a prioritária?

FUNÇÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA

É vital estabelecer prioridades. É indispensável fazê-lo em empresas humanas e

muito mais em relação com a obra da igreja. Se as prioridades não são claras,

existe o perigo de perder o sentido de missão e vagar sem rumo, sem meta, com

perigo de cair em estagnação e inclusive em retrocesso.

Cristo tinha e sabia quais eram Suas prioridades. Nada, ninguém, O afastou de

Sua missão. "A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que Me

enviou, e realizar a Sua obra" (João 4:34). "Porque o Filho do homem veio buscar

e salvar o perdido" (Lucas 19:10).

A igreja apostólica também sabia qual era sua prioridade, mas diante da

multiplicidade de tarefas distraíram-se do primário para atender o secundário.

Mas reagiram a tempo, reafirmaram as prioridades e organizaram a igreja para

atender todas as outras funções. "Não é razoável que nós abandonemos a

palavra de Deus para servir às mesas... Escolhei sete homens... e nós nos

consagraremos à oração e ao ministério da palavra (Atos 6:2-4).

"À igreja primitiva tinha sido confiada uma obra de constante ampliação -

estabelecer centros de luz e bênção, onde quer que existissem almas sinceras e

dispostas a se dedicarem ao serviço de Cristo" (Atos dos Apóstolos, p. 90).

Qual é a tarefa prioritária da Igreja Adventista? A resposta virá de três fontes:

duas que reconhecemos como inspiradas e uma como tendo autoridade.

1. Segundo a Bíblia: Cristo em forma clara e inequívoca declarou qual era a

missão prioritária da igreja: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o

evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15). "E será pregado este evangelho do

reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim"

(Mateus 24:14). "Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho

eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e língua e

povo" (Apoc. 14:6). "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo,

e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém , como em toda a Judéia e

Samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1:8).

2. Segundo o Espírito de Profecia: Estabelece, sem lugar a dúvidas, qual é a

missão prioritária da igreja para este tempo: "A obra evangelística, de abrir as

Escrituras aos outros, advertindo homens e mulheres daquilo que está para vir ao

mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos servos de Deus" (Evangelismo, p.

17). "O Senhor determinou que a proclamação desta mensagem fosse a maior e

mais importante obra no mundo, para o presente tempo" (Evangelismo, p. 18).

"Por todas as partes a luz da verdade deve brilhar... Em todos os países e

cidades o evangelho deve ser proclamado... Esta obra missionária do evangelho

precisa manter-se atingindo e anexando novos territórios, ampliando as porções

cultivadas da vinha. O círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo"

(Evangelismo, p. 19).

3. Segundo a Associação Geral: Em um histórico documento intitulado "O

Evangelismo e a Terminação da Obra", a direção da Igreja fixou em termos

inequívocos qual é nossa missão prioritária.

"A corrente vital da igreja é evangelismo. Sem ele a Igreja não pode existir. A

igreja foi organizada para evangelizar e sua missão peculiar é levar o evangelho

ao mundo. Se permitimos que a primazia e a centralidade do evangelismo

permeie cada ato da Igreja, sempre manteremos as prioridades onde Deus

deseja que estejam. Qualquer atividade dentro da Igreja que ameace ou substitua

o evangelismo é certamente um instrumento de Satanás, e é ilegítimo."

O pastor Neal C. Wilson, presidente da Associação geral, declarou: "Devemos

proclamar a mensagem dos três anjos com clareza e convicção. Todos os

obreiros e todos os membros da Igreja devem dar à trombeta um sonido claro e

distinto. Agora é o tempo para unir-nos em amor, devoção e zelo, e levantar-nos

juntos para cumprir a missão que o Senhor nos confiou. Agora é o tempo de

terminar a obra" (Adventist Review, dezembro de 1982).

O Manual da Igreja afirma que o encargo de maior relevância da Comissão da

Igreja é... “a nutrição espiritual da igreja e planejar e promover o evangelismo em

todos os seus aspectos.‟ Manual da Igreja, 105.

ATRASADOS

"Houvesse o desígnio de Deus sido cumprido por Seu povo em dar ao mundo a

mensagem de misericórdia, e Cristo haveria, antes disto, de ter vindo à terra, e os

santos teriam recebido as boas-vindas à cidade de Deus" (Evangelismo, 694).

"Sei que, se o povo de Deus houvesse mantido viva ligação com Ele, se Lhe

houvessem obedecido à Palavra, estariam hoje na Canaã celestial"

(Evangelismo, 694).

"Se todo atalaia sobre os muros de Sião houvesse dado à trombeta um sonido

certo, o mundo haveria antes desta data ouvido a mensagem de advertência. A

OBRA, PORÉM, ACHA-SE COM ATRASO DE ANOS. Enquanto os homens

dormiram, Satanás marchou furtivamente sobre nós" (Evangelismo, 694-695).

COMO APRESSAR A VINDA DE CRISTO?

"Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso

Senhor" (Evangelismo, 696). É privilégio de todo cristão não apenas esperar, mas

apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Se todos os que professam Seu

nome estivessem levando trunfos para Sua glória, quão rapidamente todo o

mundo seria semeado com a semente do evangelho! Em pouco tempo a última

colheita seria realizada e Cristo viria para juntar o precioso grão. "Ela (a vinda do

Senhor) não será retardada para além do tempo em que a mensagem for levada

a todas as nações, línguas e povos" (Evangelismo, 697).

ONDE ESTÁ O ERRO?

Não há dúvida de que a igreja prega o evangelho. Realizam-se grandes

campanhas evangelísticas, apresentam-se programas de rádio e televisão,

produzem-se toneladas e toneladas de publicações, realiza-se obra filantrópica.

Mas é evidente que o progresso é lento. Ainda pior, em alguns lugares do mundo

não apenas não se progride, como ainda há retrocesso. Parece que sabemos

que é necessário pregar o evangelho, mas algo funciona mal com a metodologia.

Algo deve mudar radicalmente para que a mensagem seja proclamada com

maior eficácia e muito maior rapidez.

Procuraremos descobrir onde está o erro. Roy Allan Anderson disse: "Foi um

golpe de mestre da estratégia de Satanás quando obteve êxito em dividir a Igreja

em dois grupos definidos: os clérigos e os leigos. Essa divisão não existiu na

igreja apostólica" (O Pastor Evangelista, pág. 66).

O erro tem consistido em que a obra de evangelizar e ganhar almas tem sido

considerada como dever e privilégio do pastor unicamente, sem integrar os

leigos.

Esse é um velho engano. Moisés o cometeu, ao fazer sozinho todo o trabalho de

organizar, dirigir e julgar o povo de Deus. A igreja primitiva o cometeu em

princípio, quando os apóstolos realizavam toda a obra pastoral, evangelística e

beneficente. A Igreja Adventista o tem cometido em larga escala, e essa é a

razão principal por que a obra está atrasada e os avanços são penosamente

pequenos.

O Espírito de Profecia previne clara e energicamente contra tal erro:

"Não é o desígnio do Senhor que se deixe aos ministros a maior parte da obra de

semear a semente da verdade" (Serviço Cristão,67).

"O ministro não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e todos os

trabalhos e todas as orações" (Serviço Cristão, 69).

"Não somente sobre o ministro ordenado repousa a responsabilidade de sair a

cumprir esta missão" (Idem, 12).

"A disseminação da verdade de Deus não se limita a alguns poucos ministros

ordenados" (Idem, 68).

"A idéia de que o ministro deve arcar com todos os encargos e fazer todo o

trabalho, é grande erro" (Idem, 68).

O Senhor Jesus jamais trabalhou sozinho. Estava constantemente

acompanhado de discípulos, seguidores e santas mulheres, que O assistiam em

Seu ministério e aos quais o Senhor ensinava.

O pastor trabalhando sozinho comete o mesmo erro que cometeria um general

que deve combater um forte exército inimigo e sai a batalhar só, deixando todo o

regimento nos quartéis.

A QUEM CORRESPONDE A MISSÃO DE EVANGELIZAR?

"A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi

organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o

princípio tem sido plano de Deus que Sua igreja reflita para o mundo Sua

perfeição e competência" (Serviço Cristão, 15).

"Alguém tem de cumprir a comissão de Cristo; alguém tem que levar avante a

obra que Ele começou a fazer na Terra; e este privilégio foi concedido à igreja.

Para este fim foi ela organizada" (Idem, 14).

"Para sermos fiéis à nossa herança e estaremos à altura de nossa tarefa atual,

nossa estratégia deve insistir em que a evangelização se considere como a

responsabilidade de toda a igreja" (Evangelismo un Concepto, p. 43).

"O evangelismo não é uma obra para uns poucos especialistas. Evangelismo é a

obra que Jesus designou a todos os Seus seguidores" (Jonh Shuler, Public

Evangelism, pag. 15).

"O êxito no evangelismo depende não tanto da habilidade de um evangelista,

mas da atividade conjunta da igreja" (Jonh W. Fowler).

Jamais foi o propósito de Deus ou de Cristo que a obra fosse apenas dos

ministros, mas sim da igreja em seu conjunto.

A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA DOS LEIGOS

A história bíblica ensina que Deus sempre buscou a participação do homem nos

grandes empreendimentos. Deus é Todo-Poderoso e poderia fazer tudo sem a

ajuda de quem que seja. Entretanto, envolve o homem para ensinar-lhe que tem

o dever e o privilégio de colaborar com Deus. "Os homens são instrumentos nas

mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus propósitos de graça e

misericórdia" (Serviço Cristão, 11).

1 - Deus pediu que Noé dedicasse 120 anos para construir uma arca e

admoestar sua geração. Quando o povo de Israel combatia contra Amaleque,

Moisés devia manter erguidas as suas mãos. Na tomada de Jericó, todo o povo

teve de dar voltas em redor da cidade. No caso de Ai, só uns poucos foram

combater e foram derrotados. O Senhor ordenou a Josué: "Não temas, não te

atemorizes: toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-te, sobe a Ai" (Josué

8:1). Quando Jesus multiplicou os pães e os peixes, foram os discípulos os

encarregados de distribuir o alimento.

2 - Na ressurreição de Lázaro, Jesus ordenou que se removesse a pedra e se

desatassem as faixas do ressuscitado. "Cristo podia ter ordenado à pedra que se

deslocasse por si mesma, e ela Lhe teria obedecido à voz. Poderia ter mandado

aos anjos que se Lhe achavam ao lado, que fizessem isso... Mas ela devia ser

retirada por mãos humanas. Assim queria Cristo mostrar que a humanidade tem

de cooperar com a divindade. O que o poder humano pode fazer, o divino não é

solicitado a realizar. Deus não dispensa o auxílio humano. Fortalece-o,

cooperando com ele, ao servir-se das faculdades e aptidões que lhe foram

dadas" (DTN, 511).

a) Quando os necessitados vinham a Jesus, encontravam salvação e saíam

convertidos em missionários. Depois de libertar os endemoninhados, Jesus lhes

ordenou: "Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti" (Lucas

8:39).

3 - "Os dois curados possessos foram os primeiros missionários enviados por

Cristo a pregar o evangelho na região de Decápolis... Não podiam ensinar o

povo, como os discípulos, que se achavam diariamente com Cristo, estavam no

caso de fazer. Apresentavam, porém, em si mesmos o testemunho de que Jesus

era o Messias. Podiam dizer o que sabiam; o que eles próprios tinham visto e

ouvido, e experimentado do poder de Cristo. É o que todo aquele cujo coração foi

tocado pela graça de Deus é dado fazer (DTN, 323).

4 - A Samaritana teve com Jesus um encontro que mudou sua vida, e converteu-

se imediatamente em uma fervorosa missionária. "A mulher enchera-se de

alegria ao escutar as palavras de Cristo... Coração transbordante de alegria,

apressou-se em ir comunicar a outros a preciosa luz que recebera... Assim que

encontrou o Salvador, a samaritana levou outros a Ele... Ela transmitiu

imediatamente a luz a seus concidadãos. Essa mulher representa a operação de

uma fé prática em Cristo. Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus

como missionário" (DTN, 170, 174).

a) Quando André encontrou a Jesus , "achou primeiro ao seu próprio irmão,

Simão, a quem disse: Achamos o Messias, e o levou a Jesus" (João 1;41, 42).

b) Jesus de imediato acendia em Seus seguidores uma forte vocação

missionária. Primeiro chamou os doze e a seguir enviou-os a pregar. Depois

escolheu setenta e também os enviou a pregar.

c) Na igreja primitiva todos pregavam. Era uma igreja em ação. Estevão, um

leigo, era um pregador excepcional, de tal modo que "não podiam sobrepor-se à

sabedoria e ao Espírito com que ele falava" (Atos 6:10). Felipe, o evangelista e

instrutor bíblico do etíope, era um leigo. Sem dúvida alguma, no aposento alto o

Espírito Santo investiu de poder aos apóstolos e aos leigos. Era uma igreja com

vocação evangélica. A missão correspondia a todos e todos a cumpriam com

poder.

"Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele

que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A

graça de Cristo na alma é como uma vertente no deserto" (Serviço Cristão, 9).

"Aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se como

um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com Cristo em seu plano de

misericórdia, indo com Ele a buscar e salvar o perdido" (CBV, 105).

"Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela salvação de seus

semelhantes" (Atos dos Apóstolos, 110).

"Os que se uniram ao Senhor em concerto de serviço, acham-se sob obrigação

de a Ele se unir também na grande, sublime obra de salvar almas" (TS, vol. III,

82).

"Salvar almas deve ser a obra da vida de todos os que professam a Cristo.

Somos devedores ao mundo da graça que Deus nos concedeu, da luz que tem

brilhado sobre nós e da formosura e do poder que descobrimos na verdade"

(Testimonies, vol. IV, 53).

"Toda alma que Cristo salvou, é chamada a atuar em Seu nome pela salvação

dos perdidos. Esta obra fora negligenciada em Israel. Não é também hoje

negligenciada pelos que professam ser seguidores de Cristo?" (Parábolas de

Jesus, 191).

A RESPONSABILIDADE E O PAPEL DO PASTOR

Não existe a menor dúvida de que entre suas responsabilidades indiscutíveis, o

pastor deve fazer evangelismo e dedicar a maior parte do tempo à conquista de

almas.

Mas jamais deve olvidar qual é a tarefa principal de um dirigente. "E Ele mesmo

concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e

outros para pastores e mestres, COM VISTAS AO APERFEIÇOAMENTO DOS

SANTOS PARA O DESEMPENHO DE SEU SERVIÇO" (Efésios 4:11), 12). Quer

dizer que o dever principal do pastor é preparar seus membros para, juntos,

realizarem a obra ministerial de apascentar o rebanho, pregar o evangelho e

ganhar almas. "A melhor ajuda que os ministros podem prestar aos membros de

nossas igrejas, não é pregar-lhes sermões, mas planejar trabalho para eles. Dai a

cada um uma obra a fazer em bem de outros. Ajudai todos em ver que, como

participantes da graça de Cristo, se acham na obrigação de trabalhar para Ele.

Especialmente aqueles que acabam de abraçar a fé, devem ser educados de

modo a se tornarem coobreiros de Deus" (Serviço Cristão, 69).

"Os pastores não devem fazer a obra que pertence à igreja, cansando-se eles

mesmos, e impedindo que outros desempenhem seu dever. Devem ensinar os

membros a trabalhar na igreja e na comunidade" (Historical Sketches, 291).

"Ao ser feito um esforço para se apresentar nossa fé aos incrédulos, os membros

da igreja ficam muitas vezes para trás, como se não fossem parte interessada, e

deixam todo o peso sobre os ministros" (Obreiros Evangélicos, 196).

"Mas muitos pastores falham em conseguir, ou em não tentar, que todos os

membros da igreja se empenhem ativamente nos vários ramos da obra. Se os

pastores dessem mais atenção a pôr e manter seu rebanho ativamente ocupado

na obra, haveriam de realizar mais benefícios , ter mais tempo para estudar e

fazer visitas missionárias, e também evitar muitas causas de atrito" (OE, 198).

"Ensinem os ministros aos membros da igreja que, a fim de crescer em

espiritualidade, devem levar o fardo que o Senhor sobre eles pôs - o encargo de

conduzir almas à verdade. Aqueles que não estão fazendo face a suas

responsabilidade devem ser visitados, orando-se e trabalhando-se com eles. Não

leveis o povo a descansar em vós como ministros; ensinai-lhes antes que devem

usar seus talentos em comunicar a verdade aos que os rodeiam" (OE, 200).

"O ministro não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e todos os

trabalhos e todas as orações; cabe-lhe preparar auxiliares, em todas as igrejas.

Que pessoas diferentes se revezem na direção das reuniões, e, dar estudos

bíblicos; assim fazendo, estarão empregando os talentos que Deus lhes deu, e,

ao mesmo tempo, recebendo o preparo para serem obreiros" (OE, 197).

"Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o ministro deve não

tanto buscar a princípio, converter os incrédulos, como exercitar os membros da

igreja para prestarem cooperação proveitosa. Trabalhe com eles individualmente,

tentando despertá-los para buscarem eles próprios experiência mais profunda, e

trabalharem por outros" (OE,196).

O pastor é como um general que recruta e prepara o maior número de soldados.

É como o maestro de uma orquestra, que ensina a cada um sua parte e depois

dirige a execução do concerto. O pastor de êxito é aquele capaz de recrutar e pôr

em ação a maior quantidade de membros da igreja na evangelização e conquista

de almas.

A FÓRMULA DA VITÓRIA: OBREIROS E LEIGOS UNIDOS

"Que os ministros e membros leigos saiam para os campos a amadurecer"

(Serviço Cristão, 67).

"A obra de Deus nesta Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os

homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os

seus esforços aos dos ministros e oficiais da igreja". (OE, 352).

"Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela salvação de seus

semelhantes. Os que ocupam lugar de líderes na igreja de Deus devem sentir

que a missão do Salvador é dada a todos os que crerem no Seu nome. Deus

deseja enviar para Sua vinha a muitos que não foram consagrados ao ministério

pela imposição das mãos" (Atos dos Apóstolos, 110).

"O cristão deve unir-se com o cristão, a igreja com a igreja, o instrumento

humano deve cooperar com o divino, e todo instrumento há de subordinar-se ao

Espírito Santo, e tudo deve combinar-se para dar ao mundo as boas novas da

graça de Deus" (General Conference Bulletin, 28 de fevereiro de 1893, pág. 421).

EVANGELISMO: PRINCÍPIO PERMANENTE, METODOLOGIA EM MUDANÇA

Emilio Abdala

A Igreja Adventista do Sétimo Dia nasceu como um movimento evangelístico. Um

dos mais prósperos períodos de crescimento seguiu-se à sua organização, após

1863. A taxa de crescimento entre 1870 a 1880 era cerca de 18,6%. Uma razão

porque institucionalismo e evangelismo permaneceram compatíveis na IASD foi

que as instituições foram desenvolvidas adjuntas ao evangelismo – as instituições

médicas foram formadas para o evangelismo e as escolas estabelecidas com o

propósito de preparar a juventude para se engajar no evangelismo.

Uma mudança estava ocorrendo no pensamento adventista quando a Igreja

entrou no vigésimo século. Preocupações institucionais diminuíram o ímpeto

evangelístico na América no Norte. Entre 1900-1910, a taxa de crescimento da

Igreja caiu para 3,6%. Ao voltar para os EUA em 1900, Ellen G. White ficou

preocupada com a situação atravancada e começou a pressionar por duas

reformas: a organização dinâmica da Igreja e por um plano agressivo para o

evangelismo nas cidades.

O desastre de 1902 tornou-se um ponto crucial – o incêndio da publicadora

Review & Herald em Battle Creek, cidade que havia se tornado uma grande

colônia adventista. Isto foi um prelúdio para o evangelismo nas cidades do Leste,

e em 1903 o Quartel General da Igreja se move para Washington, D.C.

Na sessão da Conferência Geral de 1909, o presidente A. G. Daniells relatou que

mais de 500 pessoas tinham sido colocadas dentro do círculo administrativo da

Igreja desde 1901, e havia pouco mais de 1200 obreiros ministeriais em toda a

Obra. Poucos dias após a sessão, no dia 11 de Junho. Ellen White fez um apelo

aos líderes reunidos para uma ação de evangelização nas cidades. Nessa

mesma reunião, ela insistiu que o pastor W.W. Prescott, editor da Review,

deveria ir para as cidades dedicando-se ao evangelismo. Ellen White declarou:

“Deus tem uma obra para o Pr. Prescott realizar, (…) ele seria um recipiente de

muito maior força espiritual, se estivesse no campo buscando levar almas à luz

da Verdade.” Ela havia testemunhado a poderosa pregação evangelística de

Prescott numa reunião campal na Austrália.

Em setembro de 1909, Ellen White novamente fez um fervoroso apelo a ministros

e leigos sobre a necessidade de um esforço evangelístico sério em favor das

multidões das cidades negligenciadas.

Porém não havia evidência tangível de ação. A Associação Geral apenas

aprovou resoluções de pequenos planos, tais como distribuição de literaturas nas

cidades. No concílio outonal de 1909, nada foi discutido sobre evangelismo. A

razão é porque Leon Smith (filho de Urias Smith) tinha atacado a posição de

Daniells sobre o “diário” de Daniel 8, e ele gastou todo o tempo da sessão

defendendo seu ponto de vista nesta questão doutrinária.

Em Abril de 1910, Ellen White escreveu para A. G. Daniells responsabilizando-o

pela falta de ação e compromisso. E para enfatizar seu apelo, aos 82 anos de

idade, ela fez um giro pelas cidades do Leste, conduzindo reuniões

evangelísticas com bons resultados.

A. G. Daniells, empenhando-se em fazer o que ele pensava ser o melhor que

poderia, planejou pregar cinco noites em N. York, e como estava na Costa do

Pacífico, viajou para Elmshaven para informá-la dos seus planos. Ela se recusou

a recebê-lo. A mensageira do Senhor recusou-se a ver o presidente da

Conferência Geral, até que ele estivesse pronto a conduzir a obra evangelística

que necessitava ser feita. Daniells humilhou o seu orgulho e escreveu que ele se

“comprometia a realizar os esforços para alcançar novos campos e dedicar

meses de esforço pessoal com os obreiros, se necessário. Em Junho de 1910,

ela respondeu enfatizando que “compromisso era uma coisa, e um plano bem

sucedido para implementá-lo era coisa diversa.” Quando o presidente da

Conferência Geral se converter, ele saberá o que fazer com as mensagens que

Deus tem lhe enviado.”

Daniells levou a questão ao Comitê da Associação Geral que se comprometeu

sem reservas a uma ação evangelística. Daniells foi liberado dos compromissos

das reuniões campais para o verão de 1910 e cancelou uma viagem para a

Austrália em Outubro. Todas as Uniões e Associações foram requisitadas a fazer

do evangelismo nas cidades uma causa comum.

Ellen White se deliciou com os resultados. A Igreja uma vez mais foi confirmada

como um movimento evangelístico. Houve uma notável reversão da

denominação que havia se tornado institucionalizada. As taxas de crescimento

aumentaram, e em 1913 na 38ª sessão da Conferência Geral, ela elogiou os

líderes nessa nova direção evangelística. O auditório respondia com fervorosos

“améns” e com lágrimas que escorriam a medida que Ellen White expressava sua

confiança na liderança de Deus à Sua Igreja.

Desde então os planos quinzenais têm enfatizado a obra evangelística, como os

“1000 dias de Colheita” que batizou mil pessoas por dia durante mil dias, a

“Colheita 90” – uma abordagem mais balanceada do evangelismo que enfatizou o

treinamento e a renovação espiritual, e que levou a uma duplicação dos

resultados batizados durante os mil dias de Colheita. E de 1990 ao ano 2000, a

“Missão Global”, cujo alvo é colocar a presença adventista em cada unidade

geográfica de um milhão ou mais pessoas.

Está morto o evangelismo?

Muitas são as vozes que têm prenunciado o fim do evangelismo neste começo de

século. Alguns dizem que o evangelismo facilita o cristianismo de espectadores,

não dando aos crentes a oportunidade de usar os seus dons; outros, que os

conversos não se unem a uma igreja que se reúne no sábado pela manhã, mas

numa igreja de cinco noites por semana, com vários recursos audiovisuais ao

som de um animado play-back.

Podemos decretar a morte do evangelismo público nesta era da TV a cabo e

diversões computadorizadas? Nesta era de crise financeira e de descrédito

geral? Já na era pós-guerra de 1920, houve grande recessão que trouxe

dificuldades financeiras à Igreja. Muitos pensaram que o evangelismo estava fora

de uso. Com isto houve uma mudança de ênfase do evangelismo à cautela

institucional. Porém em 1930, surgem evangelistas como Roy Allan Anderson e

H. M. S. Richards. A ênfase da mensagem é posta no compromisso pessoal com

Cristo. Surgem novas técnicas como o uso de tabernáculos, figuras móveis são

introduzidas, o evangelismo médico é usado, e George Vanderman (pai) tem o

seu primeiro programa de rádio.

Nas décadas de 50 e 60, muitos temeram que o evangelismo estivesse morto.

Não morto, mas diferente. Dois terços de administradores e ministeriais,

pensaram que o evangelismo estivesse obsoleto, ou consideram que grandes

campanhas públicas não eram mais praticáveis. Surgem evangelistas como E. E.

Cleveland, o conteúdo das mensagens enfatiza o cristianismo prático, o

evangelismo torna-se mais orientado à congregação, e novamente a Igreja dá

alta prioridade a este método.

Nessa mesma época, na América Latina, existia um inconveniente. Os métodos

de evangelismo público que haviam sido idealizados para alcançar pessoas com

convicção protestante nos Estados Unidos não eram adequados a uma

população predominantemente católica. Surge Walter Schubert, evangelista da

Associação Chilena, que decide mudar os métodos usados até então. Remove

dos convites a nomenclatura “conferências adventistas” e, ao invés de iniciar as

conferências com Daniel 2, fala do “Segredo da Felicidade” e dos “Segredos de

um Casamento Feliz.” Schubert apresenta-se como professor e ofertas não são

mais alçadas. O método teve tanto êxito que foi adotado por todos os

evangelistas da Divisão Sul-Americana com excelentes resultados.

Na década de 90, surgem nomes como Mark Finley, George Vanderman (filho) e

outros que utilizam os recursos da mídia na proclamação das mensagens

angélicas. Sim, o evangelismo precisa se adequar à mudança dos tempos. Será

que nós não estamos usando os sermões e métodos dos anos 60 e 70 no séc.

21?

Roger Dudley, diretor do Instituto de Ministérios da Igreja do Seminário Teológico

da Andrews University, analisa que o presente custo do evangelismo público,

exige que a Igreja realize cuidadoso estudo para melhorar sua efetividade. Vários

evangelistas estão pesquisando novas técnicas para avaliar e melhorar seus

métodos. É vital que nós examinemos os tipos de pessoas que a Igreja alcança

através dos métodos de evangelismo e então desenvolvamos novas abordagens.

John Paulien, professor de Novo Testemunho na Andrews University, em seu

livro sobre evangelização de pessoas secularizadas, observou que as

campanhas geralmente tendem a alcançar certos tipos de pessoas e ignorar

outras. Embora pessoas secularizadas raramente sejam alcançadas em grupo, o

que limita a efetividade do evangelismo público e de programas como o “Está

Escrito” e “Voz da Profecia”, ele concluiu que o evangelismo tradicional adventista

não deve ser abandonado, pois há muitas classes de pessoas, lugares e culturas

que só serão alcançadas por esse método. Peter Wagner também enfatiza as

cruzadas de evangelismo como um modelo de estabelecimento de novas igrejas

em pequenas e grandes cidades, citando os Adventistas do Sétimo Dia como

veteranos.

Quanto à objeção popular de que os conversos não permanecem, tendo

percebido que alguns pastores, anciãos e diáconos também não permanecem. E

se todos permanecessem, teria sido contrário às experiências das Escrituras, que

mencionam que muitos dos discípulos do Senhor Jesus Cristo O abandonaram

(João 6:66).

Respondendo aos críticos que questionavam o evangelismo por causa da

apostasia, o avivalista Dwight L. Moody respondeu: “Deveria o fazendeiro recusar

semear o campo porque nem todas as suas sementes germinam e crescem? É

estimado que cerca de 90% de novos investimentos e empresas fracassam.

Deveriam os homens desistir de iniciar novos empreendimentos porque tantos

negócios fracassam? Uma criança nasce, mas eu não posso me regozijar,

porque centenas de crianças morrem. Este é o argumento que o povo tem contra

minhas campanhas – nem todos permanecem.”

Há muita crítica aos homens que estão fazendo a obra na causa de Deus. Alguns

gostam de perguntar: “Quantos já saíram?” É verdade que estes homens perdem

um bom número de conversos. Eles perdem muito mais do que outros ganham

em um ano. Quando eles perdem 25, pensamos que é coisa séria. Mas não

podemos perder 25 se não ganharmos muito mais do que isto. Quando um

homem batiza 200 num esforço e perde 120, muitos falam sobre isso. Mas ele fez

melhor do que o que batizou 30 e com o tempo perdeu 18. A porcentagem é a

mesma. Quem terá maior condenação? Devemos ser menos críticos uns com os

outros e o Senhor nos usará para Sua Glória.

Evangelismo e Crescimento de Igreja

O especialista em crescimento de Igreja, Gene Edwards observou que os prédios

das igrejas podem ser um dos maiores obstáculos ao evangelismo hoje – não por

tê-las, mas por que falhamos em sair delas. Se a Igreja Adventista deseja causar

impacto por Cristo em nosso mundo, necessita tornar-se uma igreja que invade a

comunidade por Cristo.

Donald McGavran astutamente observou que as igrejas têm uma tendência

incorporada de serem centradas em si mesmas e crescer para dentro. Elas

focam grande parte de seus esforços e dólares para dentro. “Esta tendência

centrípeta precisa dar caminho para um vigoroso programa de extensão. É

necessário que nós comecemos a enxergar as pessoas não alcançadas e por

elas orar, planejar ganhá-las.

O congresso mundial de evangelismo de 1974, que se reuniu em Lausane, na

Suíça, declarou o mesmo princípio ao afirmar que “nós necessitamos romper

nossos guetos eclesiásticos e permear a sociedade não-Cristã. Na missão do

serviço sacrificial da Igreja, evangelismo é prioritário.”

Um estudo realizado entre as Igrejas Adventistas na América do Norte, baseado

em dados estatísticos disponíveis relacionados com atividades, programas,

batismos e crescimento das igrejas entre 1980 a 1990, revelou algumas

características comuns às igrejas que mais crescem:

1. Competente liderança pastoral;

2. Dedicada liderança leiga;

3. Programas variados que atendam as necessidades de diferentes grupos de

pessoas;

4. Foco na comunidade;

5. Atividades de Pequenos Grupos;

6. Dinâmico serviço de culto;

7. Atmosfera de aceitação;

8. Senso de missão;

9. Evangelismo público.

Em um estudo semelhante em mais mil igrejas ao redor do Mundo, em 32 países,

Christian A. Schwarz, em seu excelente livro O Desenvolvimento Natural da

Igreja, confirma estes princípios ao concluir que as oito marcas de qualidade em

uma igreja que cresce são uma liderança capacitadora, ministérios orientados

pelos dons, espiritualidade contagiante, estruturas funcionais, culto inspirador,

grupos familiares e evangelismo orientado para as necessidades.

Por outro lado, igrejas que não dão alta prioridade ao evangelismo, experimentam

uma correspondente baixa estima. Os membros perdem o entusiasmo e com o

tempo tornam-se depressivos. Eles desenvolvem um complexo de inferioridade

evangelístico, crendo que a comunidade é resistente e indiferente.

Fred Smith está correto quando afirma que a Igreja, para manter o contato com a

comunidade, sempre necessitará novos convertidos para trazer outros, que por

sua vez trarão outros mais. Porém, se não se converte gente nova, a Igreja

morrerá por falta de “sangue novo.”

O veterano professor de evangelistas adventistas J. L. Shuler, enfatiza que

quando a Igreja cessa de ser evangelística, é como um farol sem luz ou uma

caldeira sem vapor. “A igreja que não é ganhadora de almas é uma igreja

agonizante. Napoleão declarou que qualquer exército que permanece

entrincheirado certamente é derrotado. A Igreja precisa ser agressiva ou cessar

de existir. E a única maneira de uma igreja ser agressiva é ser evangelística.

Fazer discípulos deverá ser e necessita ser nosso negócio principal até o fim do

mundo.”

Alguns pastores se tornam terrivelmente nervosos quando o evangelismo

pastoral nas igrejas é discutido. Muitos têm a equivocada idéia de que Deus tem

dado o dom do evangelismo apenas a alguns poucos. Crêem no evangelismo

teologicamente, mas crêem que ele é tarefa de um especialista. Porém o seu

negócio é salvar almas motivando, treinando e organizando a Igreja como

agência de expansão do Evangelho. Isto é o que Paulo quis dizer ao desafiar

Timóteo “faze a obra de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” II

Tim 4:5. Paulo não estava aconselhando Timóteo a deixar as igrejas sob seu

cuidado e viajar para novos campos para realizar séries de conferências (embora

isto às vezes seja necessário), mas a tornar evangelística sua obra pastoral.

Evangelismo no Século XXI

Seria interessante se os Adventistas do Sétimo Dia possuíssem um museu

histórico do evangelismo. Os primeiros recursos visuais tais como o diagrama

profético de Carlos Fitch, os panfletos e convites elaborados por Josué Himes,

talvez o mastro de 18 metros da grande tenda de 1842, os painéis proféticos de

Hirã Edson e os coloridos animais de Daniel ali estariam expostos. Isto poderia

ser seguido de uma coleção de projetos de cada era até aos atuais vídeos

projetores computadorizados, bem como as primeiras séries de estudos bíblicos

do evangelista S. N. Haskel com 150 perguntas, e os atuais com 6 perguntas.

Sim, o evangelismo da Igreja Adventista do Sétimo Dia precisa mudar com os

tempos. Em tempos passados, H. M. Richards alugou um gorila para divulgar seu

sermão sobre evolucionismo. Em São Francisco, 1962, surgiu o uso da luz negra

no evangelismo. Em Detroit, 1966, surgiu o plano Como Deixar de Fumar em

Cinco Dias.

Hoje, os evangelistas que causam maior impacto na população do mundo são os

que utilizam o rádio e a TV em cruzadas públicas. Mark Finley inaugurou a

campanha evangelística transmitida via satélite – NET 96 – para 45 países dos

continentes Europeu e Americano, que inspirou a NET 97 em São Paulo com

Alejandro Bullón.

Há uma tendência de pastores construírem uma base de suporte para a

transmissão de cruzadas transmitidas pela TV a partir de suas igrejas, tornando-

as centros de evangelismo com equipes oferecendo a melhor pregação e a

melhor música. Alguns evangelistas usam a influência do rádio em um processo

evangelismo interativo onde as decisões são alcançadas em semanas de

colheita.

Evangelismo para as necessidades

Em 1978, o Gallup publicou um documento chamado The Unchurched American.

Uma das questões para as pessoas sem igreja era “Se você fosse freqüentar

uma igreja, que tipo de igreja procuraria?” Os indivíduos responderam que

procurariam uma igreja onde pudessem abertamente, num ambiente de

aceitação, discutir suas dúvidas religiosas. E também uma igreja preocupada em

trabalhar pelo melhoramento da sociedade.

Estima-se que cerca de 60% das pessoas da comunidade não atendem a apelos

espirituais. Essas pessoas estão cansadas da religião, dos apelos por dinheiro,

dos truques usados para induzir as pessoas à fé e dos interesses políticos.

Porém elas atenderiam a programas que suprissem às suas necessidades, como

o curso “como deixar de fumar”, seminário sobre administração do tempo,

programas de vida familiar, controle do “stress”, escola de línguas, alfabetização,

nutrição e estilo de vida, e outros.

A hierarquia das necessidades propostas por Maslow sugere que as

necessidades de sentir-se seguro, de amar e ser amado, necessidade de auto-

estima, de fazer algo significante de nossas vidas é parte de cada um de nós. As

pessoas são motivadas a fazer aquilo que lhes satisfaçam as necessidades.

Pessoas não se unem a igrejas simplesmente por ser seus ensinos verdadeiros e

bíblicos. Poucos farão isso. Pessoas mudam porque há uma oferta de algo

pessoal na forma de uma vida mais satisfatória.

O método de evangelismo no século XXI continuará sendo o método de Cristo.

“O Salvador misturava-se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o

bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes as necessidades e

granjeava-lhes a confiança. Ordenava-lhes então: ´Segue-me.”

Pequenos grupos e evangelismo público

Mark Finley relata que John Wesley, o grande pregador metodista, é sempre

considerado como um dos maiores evangelistas de todos os tempos. Suas

multidões chegavam às vezes a vinte mil. Mas os apelos de Wesley eram para

que homens e mulheres se unissem às classes. Era nestas classes ou pequenos

grupos, ou seminários que os indivíduos eram instruídos na vida cristã. O

interesse era desenvolvido em grandes reuniões evangelísticas, mas as pessoas

experimentavam crescimento espiritual e consolidação de sua nova fé nas

pequenas células.

Em 1763, Wesley fez uma declaração que se torna atualíssima em nossos dias:

“Estou convencido mais do que nunca, que pregar como um apóstolo, sem juntar

depois os convertidos e treiná-los nos caminhos de Deus, é somente gerar filhos

para o matador.” As altas taxas de apostasia de George Whitefield na América do

Norte o perturbaram profundamente, e ele fez a triste observação: “meu irmão

Wesley agiu sabiamente. As almas despertadas em seu ministério ele as juntou

em classes, e assim preservou os frutos de seu labor. Isto eu negligenciei e meu

povo é frágil como cordas de areia.”

Esta é a razão pela qual Wesley se recusava pregar em qualquer lugar onde não

pudesse dar continuidade à sua pregação através das sociedades organizadas

sob adequada liderança. O metodismo cresceu rápido nos EUA através dos

pequenos grupos e evangelismo na forma de campais, afetando, de certa

maneira, a Igreja Adventista pois não devemos nos esquecer de que Ellen White

era metodista.

Durante o ano de 1890 na Austrália, tempo do ministério de Ellen White ali,

eventos contribuíram para o que é conhecido por Reavivamento Welsh, nos

arredores de Melbourne. Os pastores de outras denominações organizaram os

membros em grupos de estudo da Bíblia, oração e testemunho. Logo havia em

Melbourne cerca de 2000 grupos reunindo-se semanalmente. Os pastores

envolvidos neste ministério de pequenos grupos convidaram o evangelista

interdenominacional R. A. Torrey que conduziu campanhas evangelísticas com

resultados tremendos. Isso impactou a igreja na Austrália, e durante este tempo

Deus enfatizou a Ellen White a importância dos Pequenos Grupos. Em 15 de

Agosto de 1902, ela deu a seguinte mensagem: “a formação de pequenos grupos

como base do esforço cristão é um plano que tem sido apresentado perante mim

por Alguém que não pode errar.”

Kurt Johnson sugere 4 passos no planejamento de pequenos grupos com ênfase

evangelística:

1. Levar as pessoas a se reunirem em pequenos grupos com propósito de

atender às suas necessidades e depois familiarizá-las com as Escrituras e Jesus

Cristo. Período de um a dois meses.

2. Oferecer às pessoas a oportunidade para um programa de estudos avançados

que poderá tornar-se uma classe bíblica, ou classe batismal.

3. Série de decisão ou reuniões de colheita. A campanha poderá ser uma série

de duas semanas ou uma série tradicional de seis semanas.

4. Assimilação do indivíduo à Igreja através dos Pequenos Grupos, num

programa de discipulado.

Evangelismo de colheita

Uma filosofia defeituosa de abordagem evangelística surgiu na Igreja Adventista

do Sétimo Dia com a influência do Dr. John H. Kellogg, que influenciava a

liderança da Obra a desenvolver um estilo de evangelismo moldado pelo trabalho

de D. L. Moody e Billy Sunday. A diferença entre o evangelismo adventista e o

de Moody pode ser visto na comparação do trabalho de Wesley e Whitefield.

Whitefield era calvinista e cria na predestinação. Isto o levava a focalizar o apelo

na decisão de seus ouvintes, e então concluir que aqueles que fizeram a decisão

estavam eleitos e salvos. Pouquíssimos resultados permaneceram de seu

trabalho.

Wesley, crendo que o verdadeiro cristianismo era uma restauração da imagem de

Deus no homem, focalizou seus esforços não tanto nas decisões, mas no período

prolongado de instrução nas classes bíblicas ou sociedades que desempenharam

significante função na permanência dessas pessoas na igreja.

Uma campanha de decisão coerente, baseia-se na estratégia de uma preparação

prévia, com meses de antecedência, onde as igrejas organizam várias classes

bíblicas com o objetivo de ter os candidatos prontos para o batismo. Os leigos

devem ser instruídos e motivados para que mediante os estudos bíblicos, os

pequenos grupos e trabalho pessoal tenham no início da campanha o maior

número possível de interessados. Então, numa série intensiva, com reuniões

todas as noites, por um espaço de 16 dias, o evangelista prega temas de

recapitulação doutrinária para levar à decisão.

Campanha similar foi desenvolvida pelos alunos da Missão Experimental do

SALT-IAENE em 1997, nas cidades vizinhas ao Campus do IAENE. A despeito

de escassez de tempo por causa de outros requerimentos acadêmicos, os alunos

estabeleceram um planejamento de atividades preparatórias que envolveram

estudos bíblicos, classes bíblicas e pequenos grupos nas igrejas locais. O

desfecho do programa foi um festival de colheita, no qual, num grande evento,

foram batizadas 140 pessoas, chegando ao final com cerca de 240 novos

membros na comunidade.

Para o pastor que tem muitos encargos e responsabilidades nos aspectos

organizacionais e institucionais na vida eclesiástica, este programa surge como

uma oportunidade de utilizar todos os recursos da Igreja – humano e financeiro,

para uma cruzada de colheita nos lugares onde os seus membros semearam

durante o ano. É sabido que a dificuldade dos membros encontra-se no momento

de se alcançar decisões, e muitos se frustram ao não verem resultados de seus

esforços. Mas quando o pastor participa nesta fase de colheita com a sua

experiência, o resultado será o crescimento da Igreja. Em algum momento, eu já

me senti desanimado em não ver os resultados espontâneos dos pequenos

grupos na Igreja onde trabalhei no Triângulo Mineiro. Observei que alguns grupos

que prosperavam estavam sob a liderança de alguém dotado do dom do

evangelismo. Então organizei um calendário de campanhas de decisão que

resultaram na conquista de 120 novos membros, além da revitalização dos

Pequenos Grupos.

Conclusão

A experiência de Daniells, em 1909, revela a clara visão que o Senhor quer que

líderes e pastores tenham acerca do empreendimento do evangelismo na

conquista de novas cidades para a mensagem adventista, bem como do uso da

influência da sua posição em ajudar, fortalecer e desenvolver a obra

evangelística. Assim, a prioridade das comissões e mesas administrativas,

deveriam ser dadas ao planejamento de estratégias de missão, ao invés da

manutenção institucional.

Desta forma, o evangelismo não está morto, mas precisa atualizar seus métodos

e abordagens a partir dos métodos convencionais. Não se pode ignorar o

evangelismo público. É uma distorção do ensino bíblico dos dons espirituais, em

minha opinião, tentar convencer a todo o crente a se envolver em um só método

de testemunhar em detrimento de outros. Pluralidade de dons exige pluralidade

de métodos. Peter Wagner disse que numa igreja média pode-se esperar que

aproximadamente 10% de seus membros adultos ativos possuem o dom do

evangelismo, e a Igreja precisa oferecer motivação e meios para que eles

desenvolvam seus dons em sintonia com os programas da Igreja.

Assim como havia o perigo da Igreja de Corinto exaltar algum dom em prejuízo

de outro (a profecia fazia-se mais necessária que as línguas, por exemplo), como

líderes, podemos frustrar a Igreja na síndrome de projetar um só método de

trabalho, querendo que o corpo inteiro de Cristo seja o “olho”.

Por fim, creio que os métodos e as técnicas separados do compromisso pessoal

com Cristo são como os ossos secos da Parábola de Ezequiel. A paixão pelas

almas, desenvolvida por uma presença interior do Espírito de Deus tem

caracterizado todo verdadeiro ganhador de almas. George Whitefield, o famoso

evangelista disse: “Oh! Deus, dá-me almas ou toma a minha alma”.

Quando o general Willian Booth, aos 75 anos de idade, foi convidado ao Palácio

de Buckinghan por Eduardo VII, ele resumiu a obra de sua vida ao assinar o livro

de visitas do rei: “Sua Majestade, a ambição de alguns homens é a arte, a

ambição de outros é a fama, e alguns homens ambicionam o ouro. Mas a minha

ambição é as almas dos homens.”

Ellen White ecoa esse sentimento na seguinte citação: “A obra acima de todas as

obras – o negócio acima de todos que deve atrair e dedicar as energias da alma

– é a obra de salvar almas pelas quais Cristo morreu. Faça desta a principal, a

mais importante obra da sua vida. Faça disso a especial obra de sua vida.”

Aristóteles, em sua História Natural, nos informa que na Sicília existe uma planta

nos campos e nos bosques que possui tal fragrância que os cães perdem os

rastros da presa e deixam de caçar. Tenhamos cuidado com essas ervas

modernas. Sentimos hoje grande fascínio pelos computadores, pelos cursos

universitários e outras coisas semelhantes; mas que esses perfumes não nos

afaste da caça aos pecadores.

PREPARO PARA UMA SÉRIE DE CONFERÊNCIAS

Pr. Roberto Motta

Evangelismo Público: é a pregação do conjunto de doutrinas com

propósito de alcançar preferencialmente os que ainda não estão na igreja.

Esse propósito pode ser usado nos cultos de Domingo à noite, em uma série

de sermões às Quartas-feiras, em uma série de 30 noites, etc.

Após uma série de evangelismo descobre-se que a igreja também foi

alcançada. Os Adventistas se sentem mais adventistas.

Deve-se levar em conta, que, no Brasil, o povo em geral não tem conhecimento

bíblico. Os exemplos bíblicos são frios e distantes das pessoas. É necessário

que nos contextualizemos a tal realidade.

Na década de 60, Billy Graham foi questionado em uma Universidade após

uma série de palestras. Alguém afirmou que o evangelismo público era algo

antigo,da década de 30. O pastor Billy Graham respondeu: - Não, é mais

antigo, vem de 2000 anos atrás.

O evangelismo público não só apresenta resultados imediatos, mas também

cria o clima para que os projetos internos da igreja ocorram.

Durante a história o evangelismo foi o que impulsionou a igreja. As pregações

de John Wesley e Whitfield no séc. XVII incentivavam e impulsionavam o

evangelismo. Guilherme Miller no séc. XIX com sua tenda que chegou a ter

6000 lugares. Thiago White, conhecido como administrador, também foi um

evangelista.

Muitos ao falar em evangelismo lançam a seguinte questão: Precisamos de

novos métodos no evangelismo! Será que são realmente necessários novos

métodos? Ou uma utilização de métodos antigos da forma correta e completa?

Consciência e Prática no Atendimento a Três Necessidades

1- Preparação antecipada: para trazermos uma pessoa para a igreja, é necessário haver um preparo.

a- Interno (preparo da Igreja)

Estrutura física da igreja Reavivamento espiritual Conscientização da igreja sobre o evangelismo Formação e Treinamento de Equipes (Recepção, Louvor,

Visitação, Som e Imagem, Manutenção e Limpeza, Comunicação...

Incentivar os membros da igreja

No preparo a igreja já envolve-se com aquilo que vai acontecer.

b- Preparo do terreno com eventos anteriores à própria campanha. Faz-se um cadastro com as pessoas que vieram nessas programações para um contato posterior. Esses eventos devem ser sempre realizados com o cunho evangelístico. São eles:

Seminário sobre Família Classe de Controle de Stress Curso Como Deixar de Fumar Curso de Culinária – os canais de televisão gastam várias horas

com isso. Se assim o fazem é porque tem retorno. As pessoas se interessam por isso.

Classe de Controle de Peso Festival de Música Sacra Cursos de Especialização Obs: Esses eventos criam o hábito das pessoas irem a igreja. A

igreja torna-se um centro de interesse da comunidade. Quando o local da conferência já atendeu a uma necessidade da pessoa –como no aspecto do relacionamento familiar- a pessoa já quebrou uma série de barreiras com relação a igreja – é coçar onde está coçando.

c- Externo (quem eu vou procurar)

As pessoas que participaram das programações anteriores Ex-Adventistas Pessoas que entraram em contato com Nossos programas de

rádio e televisão Assinantes e ex-assinantes das Revistas da CPB Pacientes do Hospital Adventista que moram em sua região Pais de alunos da Escola Adventista Pessoas próximas (familiares, vizinhos, amigos, etc.) Pessoas com que temos algum vínculo (médico, dentista, etc.) Pessoas matriculadas nos pequenos grupos

2- Programação Relevante – segundo o pr. José Mascarenhas Viana em palestra apresentada no UNASP, os sociólogos afirmam que a humanidade viveu 3 fases distintas:

Mitológica: onde não se conhecia as leis naturais e todas as manifestações eram aplicadas a um deus. Chovia – era uma manifestação do deus da chuva. Existiam deuses para tudo – deus sol, lua, do relâmpago, etc.

Racionalista: mesmo antes de Sócrates, o homem entra nessa fase. Os eventos não são mais atribuídos meramente a deuses, mas a um motivo: chove, por que chove? Por que o Sol esquenta? Os porquês agora fazem parte da vivência humana.

Utilitarista: é a fase que vivemos hoje – não se atribui a deuses, não se

pergunta por que, mas o que é que eu vou ganhar com isso. Chove- o que eu

ganho? As pessoas ao ouvirem um sermão pensam: O que é que eu vou

ganhar com esses conhecimentos? O que esses conhecimentos vão trazer de

benefício para mim?

Por isso, o todo da pregação deve ser relevante. O que vai ser dito deve

estar em acordo com as expectativas do auditório. As pessoas não estão

acostumadas a ficarem sentadas ouvindo a não ser que o conteúdo seja

relevante.

*Toda a Verdade deve ser apresentada.

3- Consolidação ou Continuação

Classe pós-batismal – não é uma classe de estudos avançados; mas sim um reforço do que já foi ensinado

Visitação - após o batismo a pessoa não deve ser abandonada Formar discípulos Pequenos Grupos

DIVERSAS FORMAS DE CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS

Entre as mais bem-sucedidas formas de evangelismo e conquista de almas, a

pregação do evangelho continua ocupando lugar preeminente. Quando essa

pregação é organizada para apresentar a verdade em forma lógica e completa a

um público não adventista, estamos falando de uma CAMPANHA

EVANGELÍSTICA OU SÉRIE DE CONFERÊNCIAS.

1. CAPANHA EVANGELÍSTICA NACIONAL VIA SATÉLITE

a. Descrição - É uma campanha unida, com temário, propaganda, materiais e

datas comuns. Abrange o país inteiro. Geralmente é dirigida por um evangelista

de grande experiência, ao qual se unem na pregação os obreiros, pastores e

leigos.

b. Local - A campanha é realizada em todas as igrejas e congregações do país,

usando todos os templos e capelas, bem como dezenas de lugares novos.

c. Organização - Geralmente o presidente do campo é o presidente da

comissão diretiva. Se o país tem vários campos locais, o presidente da união é o

dirigente principal. Cada campo local tem sua respectiva comissão; o mesmo

ocorre com cada igreja. O evangelista da União é o coordenador geral e os

evangelistas dos campos locais, coordenadores em seu respectivo campo. Cada

igreja nomeia sua comissão, sendo os homens-chave um ancião encarregado do

evangelismo, o diretor dos carteiros missionários, o diretor missionário e o

instrutor das classes batismais e as duplas missionárias.

Uma Campanha Nacional tem tanto trabalho de organização, que é necessário

prepará-la com pelo menos um ano de antecedência.

d. Vantagens - Unem-se todas as forças de obreiros e leigos em um gigantesco

esforço comum em favor da evangelização. Todos os obreiros são mobilizados,

bem como todas as igrejas.

e. Batismos - Freqüentemente se organiza um batismo gigante unido, ou

batismos regionais.

2. CAMPANHA EVANGELÍSTICA REGIONAL VIA SATÉLITE

a. Descrição - Segue o mesmo padrão da Campanha Nacional, mas abrange

um território menor, que pode ser uma União, um estado ou um conjunto de

distritos. É dirigida por um evangelista de união ou campo local, ajudado pelos

pastores da área e leigos.

b. Local - Templos, capelas e lugares novos.

c. Organização - Semelhante à da Campanha Nacional.

d. Vantagens - Todo um estado ou conjunto de distritos é contagiado pelo

evangelismo.

e. Batismos - Geralmente se organiza uma cerimônia batismal unida e gigante.

3. CAMPANHA METROPOLITANA MÚLTIPLA

A.Descrição - É uma campanha evangelizadora numa cidade grande,

mobilizando todas as igrejas e congregações dessa cidade. Pregam o

evangelista na igreja principal e os obreiros e pastores nas demais igrejas. O

programa, o temário e os materiais são unificados.

b. Local - Templos, capelas e lugares novos.

c. Organização - A campanha é dirigida pelo presidente do campo e o

evangelista. Geralmente os obreiros participantes são organizados em equipes.

d. Vantagens - Todas as igrejas de uma cidade são beneficiadas pelo

entusiasmo evangelístico e a mensagem é levada aos bairros da cidade.

e. Batismos - Geralmente se organiza um batismo unido de todas as igrejas da

cidade.

4. CAMPANHA METROPOLITANA UNIDA

A. Descrição - É uma campanha em uma cidade importante, na qual todas as

igrejas e congregações se unem num só lugar e na qual prega um só evangelista,

auxiliado por obreiros e leigos, que fazem a obra pessoal de visitação.

b. Local - Pode ser em um teatro, salão, ginásio de esportes, tenda ou num

grande templo.

c. Organização - Esta campanha é dirigida pelo evangelista. Os obreiros

geralmente se organizam em equipes.

d. Vantagens - Sistema muito bom quando se deseja inaugurar um novo

templo. Também quando se deseja causar um forte impacto na cidade ou quando

se tenha conseguido um evangelista experiente.

e. Batismos - Batismos semanais ou terminando com um grande.

5. CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS PASTORAIS

A. Descrição - São as campanhas que cada pastor de igreja deve dirigir

anualmente. Este evangelismo é de vital importância, pois a soma de todas as

campanhas dirigidas por todos os pastores é o que pode dar os maiores

resultados. Todo pastor tem o sagrado dever de fazer evangelismo cada ano.

b. Local - templos, capelas, tendas e salões.

c. Organização - É dirigida pelo pastor com a ajuda dos leigos. Geralmente dura

de quatro a seis semanas.

d. Vantagens - Manter o espírito evangelizador nas igrejas. A soma de todas as

campanhas dá êxito a um campo local.

e. Batismos - No mesmo local onde foram realizadas as conferências.

6. CAMPANHAS POR ADMINISTRADORES E DEPARTAMENTAIS

A. Descrição - são campanhas geralmente curtas, dirigidas cada ano pelos

administradores e departamentais do campo local. É fundamental que

administradores e departamentais dêem o exemplo e inspirem os obreiros e

leigos, dirigindo pelo menos uma campanha por ano.

b. Local - Em alguma das igrejas do campo local.

c. Organização - Fica por conta do pregador, ajudado pelo pastor da igreja e dos

leigos. Dura entre duas e quatro semanas.

d. Vantagens - O exemplo é contagioso. Há administradores e departamentais

que são excelentes evangelistas e fazem um trabalho excepcional. As igrejas são

reconfortadas e animadas.

7. CAMPANHAS DIRIGIDAS POR LEIGOS

a. Descrição - São campanhas evangelísticas dirigidas por pregadores leigos.

Centenas de leigos se unem aos obreiros e dirigem campanhas com muito

sucesso. Os leigos também gostam de dirigir reuniões de bairro e abrir novas

frentes da obra.

b. Local - Templos, capelas, tendas, lares adventistas e não-adventistas, salões

e qualquer lugar disponível.

c. Organização - Essas campanhas são organizadas pelas igrejas, com a

supervisão do pastor.

d. Vantagens - Quanto mais campanhas dirigirem os leigos, melhores resultados

haverá.

8. CAMPANHAS DIRIGIDAS POR JOVENS

a. Descrição - São campanhas evangelísticas dirigidas pelos jovens. Eles

ajudam especialmente por ocasião do Evangelismo da Semana Santa e também

nas campanhas nacionais. A UCB tem incentivado e treinado jovens para

cumprirem a missão. A Semana de Oração dos Jovens é uma grande ocasião

para convidar parentes e amigos para irem à igreja.

b. Local - especialmente em templos e capelas, ou qualquer outro lugar

disponível.

c. Organização - Igreja local, Sociedade de Jovens. Assessoramento do pastor

ou ancião encarregado dos jovens.

d. Vantagens - Quando os jovens se interessam em evangelismo, não só há

maiores resultados em batismos, como também menos problemas na igreja.

9. EVANGELISMO INFANTIL

a. Descrição - Em conexão com as campanhas evangelísticas para adultos e

jovens, funciona uma seção de evangelismo infantil que costuma dar bons frutos.

b. Organização - Geralmente é dirigida pelo Ministério da Criança da igreja local

ou pela esposa do pastor.

10. CAMPANHAS CURTAS E INTENSIVAS

a. Descrição - São campanhas de dez a quinze dias de duração, com

conferências todas as noites. Essencialmente, são campanhas de colheita às

quais deve anteceder uma cuidadosa preparação do terreno.

b. Local - Essencialmente templos.

c. Organização - O Evangelista, o pastor distrital e a igreja local.

d. Vantagens - Certos evangelistas, para dar um forte impulso à evangelização e

aos batismos numa união ou campo local, preferem dirigir várias destas

campanhas em lugar de uma grande. Geralmente várias destas campanhas

produzem centenas de batizados.

11. CAMPANHAS TIPO REAVIVAMENTO

a. Descrição - São reuniões especialmente designadas para obter um

reavivamento na igreja, mas à qual os irmãos convidam seus interessados.

Podem ser semanas de mordomia, de oração, da família ou da saúde.

b. Vantagens - Não apenas os membros da igreja se beneficiam, mas é

realizada a evangelização e são conquistadas preciosas almas para Cristo.

12. SEMANAS DE ORAÇÃO NOS COLÉGIOS

a. Descrição - Todos os nossos colégios realizam duas semanas de Oração que

podem chegar a ser magníficas ocasiões para evangelizar e preparar para o

batismo os alunos não-adventistas. É também uma ótima ocasião para convidar

os pais desses alunos.

b. Descrição - É costume que as Semanas de Oração terminem com batismo.

13. EVANGELISMO com TEOLOGANDOS

a. Descrição - Há vários anos funciona o estágio em Evangelismo Público para

os alunos do terceiro ano de Teologia do SALT. Estes durante três meses

acompanham um evangelista experiente para aprenderem a dirigir Séries de

Conferências e dar estudos bíblicos. O ideal é que os alunos tenham a

oportunidade de dirigirem uma conferência curta dentro do período de estágio.

b. Vantagens - Os alunos de teologia praticam a obra pastoral e o evangelismo

em situação real. As campanhas que dirigem têm sido muito frutíferas.

14. CAMPANHAS TIPO PENETRAÇÃO OU MISSÃO GLOBAL

a. Descrição - São campanhas em lugares novos com o objetivo de estabelecer

uma congregação ou igreja.

b. Local - Cidades ou povoados onde não há obra estabelecida. Geralmente se

aluga um salão, se aluga ou compra uma casa e se fazem as necessárias

adaptações.

c. Organização - Estas campanhas devem ser um projeto missionário das

igrejas grandes. A abertura de um novo ponto de pregação ou grupo, sempre

deveria contar com o apoio da igreja “mãe”.

d. Vantagens - São campanhas utilíssimas para estender a obra a lugares

novos.

15. CAMPANHAS DA SEMANA SANTA

a. Descrição - Consiste em aproveitar a natural predisposição religiosa do

mundo cristão na Semana Santa, para organizar reuniões de tipo evangélico nas

quais se apresentem temas relacionados com a vida, morte e ressurreição de

Cristo Jesus.

Na Semana Santa o povo cristão está disposto a ir a cultos e escutar a respeito

de Jesus. A igreja Católica realiza grandes festas e cerimônias litúrgicas. Os

protestantes também aproveitam a oportunidade para realizar reuniões especiais.

b. Local - Todos os templos, capelas, escolas, salões etc.

c. Organização - Espera-se que todos os obreiros participem e em todas as

igrejas se faça evangelismo de Semana Santa. Os pregadores serão os obreiros,

os leigos e os pregadores jovens. Cada igreja organiza seu programa.

d. Vantagens - Tem-se demonstrado que na Semana Santa o povo está

predisposto para assuntos espirituais. Os resultados têm sido magníficos. As

campanhas mobilizam toda a igreja.

e. Batismos - São sempre finalizadas com grandes batismos.

16. CAMPANHAS DO DIA DE FINADOS

a. Descrição - Uma semana de conferências em torno do dia de finados,

apresentando uma mensagem de esperança e verdade sobre o tema.

b. Vantagens - Aproveitar um momento psicológico apropriado para oferecer

consolo diante do sempre doloroso assunto da morte.

17. CAMPANHAS DE NATAL

Descrição - Aproveitar o tempo de Natal para apresentar belos programas,

filmes, cantatas e mensagens oportunas.

18. CAMPANHAS COMBINANDO PROGRAMAS DE SAÚDE E

EVANGELISMO

Descrição - Unir aspectos da mensagem de saúde com os temas

evangelísticos. Se há pessoal capacitado, oferecer certos exames e provas como

atração. Combinar os cursos para deixar de fumar com o começo de uma série

de conferências.

*Erros graves cometidos em relação ao Curso Como Deixar de Fumar:

a. Tentar ocultar o nome da Igreja. Sempre comece mostrando a “cara” da igreja.

Diga quem somos e o que queremos. Faça uma oração na abertura do programa

da noite e outra no encerramento. Algumas equipes de temperança usam alguns

hinos como musicoterapia.

b. Formatura. NUNCA faça qualquer tipo de cerimônia de entrega de certificados

de conclusão de curso. O único certificado que damos é o de Batismo.

c. Deixar para Visitar Depois. As pessoas que estão participando do curso devem

ser visitadas na mesma semana.

d. Transferência de auditório. Alguns, com o objetivo de evitar preconceitos,

começam o Curso Como Deixar de Fumar numa escola pública, num centro

comunitário ou num auditório da prefeitura para depois convidar as pessoas para

a continuação do programa na igreja. Isso simplesmente não funciona na maioria

dos casos. Faça o Curso no mesmo local onde serão as Conferências.

e. Usar o antigo título “como Deixar de Fumar em Cinco Dias”. Já marcamos a

data para a pessoa ir embora. As pessoas devem saber que o programa é mais

longo do que uma semana. Ele envolve preparo físico, mental, social e espiritual.

Prefira usar como chamada nos convites a frase “Deixar de Fumar Ficou Mais

Fácil” ou “Respire Livremente. Um Plano para Deixar de Fumar”.

19.Evangelismo Integrado de colheita - EIC

Descrição- Projeto para o Crescimento de uma Igreja Local e o Aprimoramento

Evangelístico de um Pastor Distrital:

1. O Campo define os Pastores e o local dos projetos. A Associação Ministerial, o

MP e o MM do Campo, coordenam os projetos locais.

2. A subvenção recebida da UCB deve ser duplicada no Campo Local.

3. A Igreja deve implantar o Programa de Acompanhamento dos Projetos de

Crescimento da Igreja, do MP, no início do ano.

4. O Pastor Distrital deve coordenar os treinamentos da Igreja, juntamente com o

MP (Treinamento 1), e o MM (Treinamento 2),da UCB e do Campo.

5. A supervisão geral e treinamento dos Distritais são responsabilidades da

Associação Ministerial da UCB.

6. Deve haver pelo menos um batismo durante a Semana Santa, e batismo a

cada noite, durante a Semana de Colheita.

7. O treinamento do Pastor será feito com a participação da Associação

Ministerial da UCB e do Campo.

8. O treinamento da Igreja será coordenado pelo MP e MM da UCB e do Campo.

9. A reunião de acompanhamento (Check-up),com os líderes do Distrito, será

coordenada pelo Departamental pregador da Semana de Colheita.

10.O Distrital será acompanhado e atendido pelo Departamental pregador da

Semana de Colheita. O Ministerial da UCB atenderá um ponto em cada Campo.

CONCLUSÃO

Existe uma diversidade de formas de encarar uma campanha evangelística. O

evangelista decidirá qual é a mais adequada para o lugar e a ocasião. Mas em

todo caso convém que o evangelista esteja familiarizado com as várias maneiras

de encarar as campanhas, para poder aplicar a mais adequada e também para

aconselhar os obreiros novos e os leigos.

FAZENDO AMIGOS PARA DEUS

Mark Finley

CAPÍTULO I - FAZENDO AMIGOS Jane sentou-se na sala para olhar um panfleto que acabava de chegar pelo correio. Era a propaganda de um certo “Seminário do Apocalipse”, que seria realizado em sua cidade. Ela havia estudado a Bíblia por seis meses, e certamente estava interessada nas profecias bíblicas, mas aquelas figuras de animais no panfleto pareciam muito estranhas, e ela nunca ouvira falar da pessoa que dirigiria o Seminário. Jane queria ir, mas afinal prevaleceram os seus temores de que alguma seita poderia estar por trás daquelas reuniões; ela amassou o folheto e jogou-o no lixo. Umas três horas mais tarde, sua amiga Bárbara chegou para uma visita. Elas conversaram por alguns minutos, e então Bárbara disse: “Jane, o pastor da minha igreja, que é muito meu amigo, está realizando uma série de estudos bíblicos sobre o livro do Apocalipse. Aqui está um pequeno panfleto que dá todas as explicações; você gostaria de ir?” E Bárbara entregou a Jane o mesmo folheto que ela acabara de jogar fora. Mas desta vez Jane disse: “Vou gostar de ir. A propaganda parece muito interessante!” O que fez a diferença entre o folheto que foi amassado e o que foi aceito? A amizade. A amizade afasta o preconceito, derruba barreiras e estabelece uma ponte entre o desconhecido e o conhecido. A amizade é o meio que Deus usa para atrair homens e mulheres a Si. A AMIZADE DERRUBA BARREIRAS! Muitos estudos importantes têm documentado a importância da amizade na conquista de almas. O Dr. Gotfried Oosterwal, da Universidade de Andrews pesquisou 4.000 conversos à igreja Adventista do 7o. Dia na América do Norte. Ele descobriu que 57% de todas as pessoas convertidas à igreja adventista foram convidadas para reuniões evangelísticas, ou para a igreja, por parentes ou amigos. Quando o Dr. Oosterwal examinou todos os agentes que influenciaram as pessoas a se unirem à igreja, ele descobriu que vizinhos e amigos estavam em primeiro lugar. Eles se constituem na maior influência em levar para a igreja pessoas que ainda não são membros. ANTES DE VOCÊ FAZER UM AMIGO ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA, VOCÊ DEVE FAZER UM AMIGO. Um estudo realizado por Flavel Yeakley examinou três diferentes grupos de 240 pessoas. O primeiro grupo consistia de pessoas que haviam saído da igreja. Yeakley descobriu que 71% destas pessoas haviam sido trazidas por

alguém que usara o método MONÓLOGO MANIPULATÓRIO, isto é, alguém tentara agarrá-las pelo braço e pressioná-las para dentro da igreja. O 2o. grupo consistia de pessoas que não atenderam ao apelo do evangelho – não tomaram nenhuma decisão por Cristo. Yeakley descobriu que 84% destas pessoas entraram em contato com alguém que usou o método TRANSMISSÃO DE INFORMAÇÃO, alguém que simplesmente partilhou a verdade do modo “é pegar ou largar” – “Se você aceitar exata mensagem, você vai para o Céu; se não aceitar, vai para o inferno”. O terceiro grupo consistia de ativos membros da igreja. Yeakley descobriu que 94% destas pessoas haviam sido trazidas por alguém que usou o método do DIÁLOGO CRIATIVO, alguém que fez perguntas, demonstrou interesse por elas, tornou-se um amigo. A AMIZADE LEVA AS PESSOAS PARA A IGREJA E AS AJUDA A PERMANECER. Estudos tornam claro como o cristal o importante papel da amizade, da atenção, ao trazer pessoas para a igreja. Estudos também demonstram que a amizade conserva as pessoas na igreja. O Dr. Win Arn comparou 50 pessoas que eram membros ativos da igreja com 50 pessoas que haviam saído da igreja. Ele verificou quantos amigos cada pessoa tinha na igreja nos primeiros seis meses após tornar-se membro. Sua descoberta foi: A GRANDE MAIORIA DOS QUE SAÍRAM POSSUÍA POUCOS AMIGOS, SE É QUE TINHAM ALGUM, DENTRO DE SEIS MESES APÓS SE UNIREM À IGREJA. A amizade leva as pessoas para a igreja e a amizade as ajuda a permanecer. Como podemos estabelecer laços de amizade com outras pessoas? Como podemos nos tornar no amigo que leva outra pessoa a Cristo? Jesus nos mostra a melhor maneira de ser um amigo que ganha almas. Observando o Seu relacionamento com vários tipos de pessoas, descobrimos com vários tipos de pessoas, descobrimos os três passos da arte de fazer amigos. 1. CONCORDAR com o outro, quando for possível. Suponha que você conheça um batista e comecem a falar sobre a situação do mundo. Então ele observa, esperançoso: “Talvez o arrebatamento secreto ocorra em breve.” Seria esta a ocasião para abrir a Bíblia e apresentar-lhe os corretos conceitos sobre os acontecimentos finais da história? Não, você tem que admitir que ele está correto, até onde é possível. Quais as crenças que vocês têm em comum? Ele está esperando estar com Jesus no Céu. Você também. Isto não é importante? Concorde com ele sobre isto. Diga algo como: “Eu também estou aguardando como você, a Volta de Jesus e o fim de toda a tristeza neste mundo.” Suponha que você encontre uma amiga que está voltando de um funeral. Ela diz: “Estou contente que mamãe está no Céu com Jesus agora.” O que você responde? Você tenta corrigir suas idéias erradas a respeito do estado dos mortos? Não; considere as crenças que vocês têm em comum. Você pode dizer: “Será um dia maravilhoso quando nos encontrarmos com nossos queridos no Céu.”

O mais importante não é ganhar nos debates. É ganhar um amigo! Tente concordar com as pessoas em todos os pontos possíveis, até que Deus faça com que queiram saber mais. Ellen White enfatiza: “Concordai com as pessoas em todos os pontos em que podeis coerentemente assim fazer. Vejam elas que amais suas almas, e quereis, tanto quanto possível, estar em harmonia com elas.” Evangelismo, p. 141 2. APROVAR, quando é possível. Não são muitas as pessoas que vêem para a igreja devido a crítica e condenação. Ser um amigo verdadeiro é esforçar-se para encontrar alguma coisa para elogiar, felicitar a outra pessoa. Jesus desenvolveu este aspecto até que se tornasse numa elevada arte. Quando estavam criticando Maria por desperdiçar aquele caro perfume nos pés de Jesus, Ele dirigiu à desconcertada mulher um maravilhoso elogio: “Em verdade vos digo que onde for pregado em todo o mundo o evangelho será também contado o que ela fez, para memória sua”. (Marcos 14:9) Quando uma mulher Cananéia, a quem os discípulos de Jesus consideravam menos que um cachorro, veio em busca de ajuda para sua filha, Jesus disse algo para enaltecê-la: “mulher, grande é a tua fé!” (Mat. 15:23). Quando você se relacionar com as pessoas, demonstre-lhes a graça de Deus, expressando aprovação, quando isto for possível. Mesmo se alguém criticá-lo enquanto você apresenta textos bíblicos, tente expressar uma frase positiva. Você pode dizer: “Obrigado por fazer perguntas tão boas.” Encontre sempre um meio de demonstrar aprovação. “Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e consecuções, como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas.” Evangelismo, p. 437. 3. ACEITAR as pessoas onde elas estão. Jesus aceitava os indivíduos como os encontrava. Ele não Se relacionava com eles permanecendo em Seu nível de espiritualidade,mas identificava-Se com seus interesses e preocupações. Ao recusar-Se condenar a mulher surpreendida em adultério cativou-a para uma nova vida. Ele aceitou o ladrão na cruz exatamente como ele era, e levou-o ao arrependimento. Ele aceitou a supersticiosa crença da mulher que procurava tocar sua túnica e transformou-a numa fé mais pessoa. Aceitar não significa que você aprova as ações ou posição doutrinária da pessoa. Significa que você demonstra uma consideração positiva e coerente. Certa vez uma senhora me contou que o seu filho estava vivendo com uma mulher, e planejava se casar. Esta mãe resolveu não ir ao casamento, demonstrando assim a sua desaprovação. Eu lhe perguntei: “Isto fará com que seus corações se tornem mais inclinados a aceitar a Cristo?” E expliquei: “Ir ao casamento não significa que a senhora aprova o que eles estão fazendo; significa que a senhora os aceita apesar do que estão fazendo.” Jesus nos aceita onde estamos. Ele demonstra Seu amor por nós enquanto ainda somos Seus inimigos. Ele não nos ama somente quando somos moralmente digno; Ele nos ama apesar de sermos indignos.

CONCORDE. APROVE. ACEITE. Lembre-se sempre destes três passos ao fazer amigos para Cristo. Jesus fez amigos para a eternidade desta maneira. Cada um de nós pode ser parte do grande fator de amizade na bem-sucedida conquista de almas. Discussão e Participação 1. A maioria (57%) dos que se unem à nossa igreja são influenciados a assim fazer por que grupo de pessoas? 2. Defina a verdadeira amizade. Que qualidades você espera encontrar em um amigo? 3. Você concorda com esta declaração? “A igreja deve ter padrões bíblicos para os membros, padrões mais elevados para os líderes, e nenhum padrão para os interessados”? 4. Como você aplica os princípios do amor, aceitação e padrão a uma jovem solteira da igreja que fica grávida? E quanto às pessoas que se vestem de modo diferente das normas aceitas, e aquelas que usam álcool ou drogas? Como podemos aceitar as pessoas sem aprovar as ações que Deus condena? COMPROMISSO Pense em algum parente, colega ou conhecido que você gostaria de ganhar para Cristo. Procure conhecê-lo um pouco mais; tente encontrar um meio de expressar que você está de acordo, que o aprova e aceita. INTERAÇÃO COM A PALAVRA 1. Leia o início do discurso de Paulo em Atos 22:1-4. Observe como Paulo descobriu um terreno em comum, algo em que estavam de acordo, mesmo com a multidão que tentava matá-lo. 2. Observe todas as coisas que Paulo encontrou para animar e aprovar em suas linhas abertas aos Tessalonicenses (I Tess. 1:1-4). 3. Qual é a base suprema para aceitarmos uns aos outros? (Rom. 15:7) 4. Leia a história de Lucas 7:36-50 e escreva de que maneiras Jesus demonstrou Sua aprovação e apreciação à “mulher pecadora” que interrompeu uma festa. CAPÍTULO II - EVANGELISMO PELA CONVERSAÇÃO Algum tempo atrás, um recém-converso me procurou parecendo estar ansioso, e disse: “Mark, eu realmente irritei os meus parentes. Na verdade, meus familiares estão tentando me expulsar de casa.”

Perguntei-lhe o que poderia tê-los magoado tanto assim. O jovem então me contou que ficara muito impressionado com um sermão que eu pregara sobre o Sinal da Besta, tão impressionado que deu uma fita com o sermão aos seus familiares católicos. Ele não podia compreender por que eles estavam tão irados. Então, eu lhe pergunte: “Fred, o primeiro estudo bíblico que dia a você foi sobre o Sinal da Besta?” Fred pensou por um momento e lembrou que eu havia falado sobre Jesus, a cruz, a redenção, a volta de Jesus, durante algum tempo antes de apresentar o Sinal da Besta. Deixei bem claro que QUANDO dizemos algo é tão importante quanto O QUE dizemos. Às vezes, tentamos empurrar as pessoas muito rapidamente, e super alimentá-las com doutrinas. Mas os bebês na fé a princípio precisam de leite. Isaías 50:4 nos mostra três elementos vitais muito importantes para o Evangelismo pela Conversação: “O Senhor me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boa palavra ao cansado. Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos.” Aqui nós vemos uma pessoa cujas palavras são instruídas pelo Senhor, que aprendeu a dizer palavras que sustentam o cansado, que sabe quando ouvir e quando falar. É possível falar palavras certas, da maneira certa, na hora errada. É possível falar as palavras certas, da maneira errada, na hora certa. É possível falar as palavras erradas, da maneira certa, na hora certa. PARA SERMOS BEM SUCEDIDOS NO EVANGELISMO PELA CONVERSAÇÃO DEVEMOS SABER O QUE DIZER, COMO DIZER E QUANDO DIZER. Por vários anos, meu pai foi Adventista do 7o. Dia e minha mãe, católica. Minha mãe fumava e comia porco, meu pai não. Minha mãe ia à igreja no domingo, meu pai no sábado. Mas não havia discussão sobre religião em nossa casa. Havia respeito mútuo. Papai até nos levava de carro à igreja todos os domingos e esperava no carro, estudando a lição da Escola Sabatina. Um dia, a mãe de minha mãe, que sofria de câncer por algum tempo, faleceu no hospital. Mamãe chamou papai no trabalho, e chorou em seus braços por meia hora. Então ela disse: “Mamãe se foi! E ela está sofrendo – provavelmente no purgatório!” Meu pai respondeu gentilmente: “Glória, eu lhe disse muito pouco sobre a morte, durante esses anos, porque eu não queria ofender você. Mas será que posso agora lhe explicar o que a Bíblia ensina sobre a morte?” Minha mãe chegara a ponto da necessidade, o ponto da abertura; ela estava pronta para ouvir. Assim, pela Escritura, meu pai apresentou sua crença de que a morte era uma espécie de sono e que aquele ente querido estava esperando a ressurreição. Minha mãe dormiu bem naquela noite e conseguiu ir ao funeral. No sábado seguinte ela levantou cedo, colocou uma roupa bonita, e disse: “Jim, vou à igreja com você.” AS PALAVRAS CERTAS FALADAS DA MANEIRA CERTA NA HORA CERTA FAZEM TODA A DIFERENÇA. Precisamos pedir a Deus que nos conceda palavras apropriadas para falarmos às pessoas que encontramos todos os dias.

Podemos aprender muito sobre o Evangelismo pela Conversação examinando dois modelos básicos. O primeiro modelo visa tomar uma conversação casual e dirigi-la gentilmente, e de maneira lógica, a um pouco espiritual. METAS DE CONVERSAÇÃO • Estabelecer relacionamento • Descobrir interesse • Dar testemunho pessoal Para começar, estabeleça algum laço comum mostrando que se preocupa com as outras pessoas. Olhe para elas como seres humanos, e não apenas como prováveis interessados. Então tente descobrir os interesses das outras pessoas. Faça perguntas e partilhe seus próprios interesses. Se você descobrir que alguns dos interesses da pessoa têm implicações espirituais, ou se relacionam a algum princípio bíblico, então você pode falar sobre estas conexões e posteriormente dar o seu próprio testemunho. Uma vez visitei um homem que ameaçava expulsar o próximo pastor adventista que viesse à sua casa. Sua esposa adventista avisou-me para não ir, mas assim mesmo marquei uma visita. Perguntei a ela qual era o principal interesse de seu marido e ela me disse que eram armas. Portanto, logo após bater à porta e me apresentar, comecei a perguntar-lhe sobre sua coleção de armas. Eu não sabia absolutamente nada sobre armas, nunca tocara em uma em toda a minha vida, mas eu podia mostrar interesse, podia fazer perguntas. Este homem, que havia sido tão hostil antes, tornou-se acessível e começou a conversar entusiasticamente sobre aquilo que lhe interessava. A seu convite, fomos para o quintal, praticar tiro ao alvo, e fui capaz, com a ajuda de Deus, de acertar alguma coisa. Mais tarde, durante a visita, consegui gradualmente mudar nossa conversa sobre armas para uma conversa sobre o mau uso de armas no mundo e a esperança bíblica de um fim para o sofrimento e a morte. No Sábado seguinte este homem veio à igreja com sua esposa. O Evangelismo pela Conversação começa onde as pessoas estão. Você começa com armas, ou futebol, ou inflação, ou crianças, e GRADUALMENTE MUDA PARA COISAS ESPIRITUAIS. Se as pessoas mostram alguma resistência a este processo, se alguma luz vermelha se acende, então você não deve prosseguir. Você simplesmente continua a conversa, tanto quanto o interesse da pessoa permite, e termina dando o seu testemunho – ou talvez deixando alguma revista ou livreto. Vamos agora considerar o segundo modelo que pode nos ajudar bastante no Evangelismo pela Conversação. Vamos chamá-lo o modelo da cebola, pois é como se fossem várias camadas que vão sendo retiradas: Os seres humanos podem ser vistos como um conjunto de camadas, que vão desde assuntos gerais, mais superficiais até conceitos e crenças mais profundas. Naturalmente as pessoas a princípio se relacionam umas com as outras ao nível de interesses gerais – o tempo, as notícias, o meio ambiente – e então progridem para áreas de interesse específico – trabalho, hobby, família. Quando as pessoas passam a se conhecer um pouco mais, elas avançam para áreas de interesse filosófico – propósito da vida, assuntos

morais – e finalmente para interesse espiritual – como nos relacionamos com Deus. Quando encontramos a pessoa pela primeira vez, não podemos ir diretamente ao seu íntimo. Temos que pedir permissão para falar sobre coisas que podem ser muito sagradas para ela. Fazemos isto demonstrando primeiro um interesse na pessoa como ser humano. Começamos com áreas de interesse geral e então vamos removendo as camadas – na medida em que a outra pessoa tem vontade de fazê-lo. Quando viajava da Suécia para Londres, sentei-me, no avião, ao lado de um executivo. Começamos a conversar falando do local onde ele morava – interesse geral. E então gradualmente a conversa foi dirigida para o nosso trabalho – interesse específico. Falei para ele que eu era um Diretor Ministerial da Igreja Adventista do 7º Dia e perguntei qual era a sua área de trabalho. Quando conversamos mais sobre nossas ocupações, ele começou a falar sobre o stress que estava sofrendo em seu trabalho. Mencionei algumas coisas que havia descoberto e que estavam me ajudando a combater o stress – uma boa alimentação, caminhadas ao ar livre. Em seguida, já que ele começara a falar sobre problemas em seu trabalho, eu perguntei: “Diga-me, o que lhe dá o mais profundo significado de sua vida?” Eu estava mudando a conversa para áreas de interesse filosófico. Ele pensou um pouco e deu a resposta comum a respeito do trabalho e da família. Perguntei o que daria significado à sua vida, se estas coisas lhe fossem tiradas. Ele não soube responder. Isto me deu oportunidade de mudar para o interesse espiritual. Perguntei-lhe se acreditava num Deus Criador capaz de dar significado à vida até mesmo em meio às perdas e tristezas da vida. Ele confessou que não pensava muito nestas coisas. Assim cheguei a ponto de pedir permissão. Este é o ponto de transição para partilhar a nossa fé. Não podemos forçar as nossas crenças sobre aqueles que não querem ouvir. Sempre devemos pedir licença. Eu disse àquele executivo: “Posso partilhar com você com eu encontro paz pessoal e soluções para o stress em minha vida?” Ele replicou: “Sim, prossiga.” Então eu pude falar sobre a minha fé em um Deus que nos criou e que nos ama e que tem plano para nossas vidas. Lentamente nós vamos retirando as camadas até atingirmos o ponto do interesse espiritual. E então dizemos aquelas duas palavras tão importantes “Eu posso..” Certa noite eu estava conversando com uma agente de viagem. Falamos sobre os diferentes lugares da Europa que havíamos visitado – coisas de interesse geral. Então eu perguntei sobre o seu trabalho como agente de viagem. Ela precisava viajar muito? Eu estava mudando para o interesse específico. Ela gostava de viajar. Então lhe perguntei: “Não é difícil para você passar tanto tempo longe de sua família?” Havia uma ponta de tristeza em sua voz quando ela disse: “Não sou mais casada.” E contou-me que estivera casada por três anos e que seu marido a abandonara. Então ela mudou a conversa para a área de interesse filosófico. Sempre tivera vontade de fazer uma pergunta a um clérigo: “o aborto é crime?” Perguntei-lhe por que fazia esta pergunta; ela começou a chorar e contou uma longa e dolorosa história a respeito de relacionamentos infelizes e um aborto.

“Aconteceu há 17 anos,” ela me contou. “Eu odeio a mim mesma e estou cheia de culpa.” A esta altura eu disse aquelas duas importantes palavras. Pedi permissão para mudar para a área de interesse espiritual: “Eu posso partilhar com você o que eu descobri na Bíblia sobre nos livrar da culpa?” Ela disse que sim. Então eu partilhei aquele maravilhoso texto que nos assegura que se confessamos nossos pecados, Deus nos perdoa e nos purifica de toda injustiça. (I João 1:9) Contei para aquela mulher que ela podia ser perdoada naquele momento. Ajoelhamo-nos em oração e a conduzi na primeira oração de sua vida. Então ela me disse: “Pela primeira vez em 17 anos, sinto-me em paz.” Muitas pessoas ao nosso redor todos os dias estão carregando fardos pesados e escondidos. Através do Evangelismo pela Conversação, removendo cortesmente as camadas, podemos alcançar estas áreas de necessidade. E então pedimos permissão: “Eu posso partilhar com você como me libertei da culpa?” “Eu posso lhe contar como consegui superar a perda de um ente querido?” “Eu posso contar o que eu encontrei no relacionamento com Cristo?” Se demonstramos genuína preocupação com os outros, eles abrirão seu coração, quando nós abrirmos o nosso. Vamos de agora em diante procurar fazer amigos para Deus, com a palavra certa, falada da maneira certa, e na hora certa. Discussão e Participação 1. Em que áreas de interesse filosófico (objetivo de vida, assuntos morais) as pessoas demonstram mais interesse atualmente? 2. Como obtemos o direito de falar sobre coisas que são muito importantes, ou mesmo sagradas, para uma pessoa? 3. Pense em conversações (sobre qualquer assunto) que você teve com conhecidos que foram muito agradáveis e conversas que fizeram você ou a outra pessoa se sentir apreensiva. O que fez a diferença? 4. Fale sobre o compromisso da última semana. Como está indo? Conte como você foi capaz de concordar, aprovar e aceitar a pessoa ou pessoas que está pretendendo alcançar. COMPROMISSO Nesta semana tente mudar a conversa, com um amigo ou conhecido, do interesse geral para o específico, e dos filosóficos para o espiritual. Lembre-se das importantes palavras “Eu posso...” Interação com a Palavara 1. Efésios 4:29 é uma grande admoestação que podemos considerar como uma promessa em nosso testemunho. Observe como o conselho de Paulo relaciona-se ao que falamos, como falamos e quando falamos. 2. Fale com suas próprias palavras a descrição de Evangelismo pela Conversação encontrada em Col. 4:5,6.

3. Como I Pedro 3:15 sugere um equilíbrio entre estar sempre pronto a partilhar nossa fé e fazê-lo com sensibilidade e respeito? 4. Observe o modo como Cristo tratou até mesmo um miserável paralítico com respeito (João 5:1-9). Como Jesus expressou esta importante questão: “Eu posso...?” CAPÍTULO III - CONSTRUINDO PONTES Numa fria noite de outono, em Chicago, Bill caminhava por uma rua estreita. Havia um redemoinho de folhas em volta de seus pés, e um redemoinho de idéias em sua cabeça. Estava atravessando um período crítico em sua vida e algumas perguntas o perturbavam: Quem sou eu? Qual é o significado da vida? Será que vale a pena? Ele ia caminhando, desanimado, quando chutou um monte de folhas e viu que voou um pedaço de papel. Por alguma razão, ele apanhou-o e o colocou no bolso. Quando chegou em casa, tirou o papel no bolso. Era um convite para uma série de conferências em Elmhrst, Illinois. Quando viu os títulos das palestras no convite, disse pare si mesmo: “Estas são as perguntas que venho me fazendo.” Então ele começou a assistir às reuniões. Aquele pedaço de papel escondido num monte de folhas levou Bill a uma experiência que transformou sua vida. Em todo o mundo, homens e mulheres estão insistentemente fazendo importantes perguntas. Em seu íntimo eles se preocupam com o significado e o propósito das coisas. Recentemente, uma equipe especializada realizou uma pesquisa e verificou que as cinco perguntas que os americanos mais fazem são: • Como posso superar a solidão? • Como posso controlar o stress? • Como posso encontrar paz interior? • O mundo será destruído? • Por que existe tanto sofrimento? (Pesquisa de Bell e Associados) Eu acredito que o Espírito Santo está despertando estas perguntas. E ele tem um meio de colocar aqueles que têm perguntas em contato com aqueles que têm as respostas. Deus deseja que cada um de nós descubra na Bíblia respostas que façam de nós, elos na corrente que vem do Céu para alcançar homens e mulheres. Um certo eunuco etíope tinha perguntas. Ele estava lendo as profecias messiânicas de Isaías e não sabia quem poderia ser este Redentor. Por isso Deus enviou Filipe, que juntou-se a ele na sua carruagem e começou a apresentar a vida de Jesus a um atento ouvinte. MUITOS ESTÃO ESPERANDO PARA SER RECOLHIDOS Há pessoas no nosso redor que sentem que estão vivendo no limiar de uma terrível crise. Elas estão aguardando alguém com respostas. Muitos estão procurando compreender as profecias da Bíblia. Ellen White nos diz: “Muitos há que estão lendo as Escrituras sem compreender-lhes o verdadeiro significado. Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o

Céu... Muitos estão no limiar do reino, esperando somente serem recolhidos.” Atos dos Apóstolos, p. 109. Homens e mulheres sinceros “no limiar do reino” estão esperando por alguém que lhes mostre como entrar. Muitos deles têm assistido aos nossos programas. Lembro-me de Lizzie, de Chicago. Um membro da igreja adventista, chamado Mike, bateu à sua porta um dia, quando visitava interessados da Voz da Profecia. Quando Lizzie abriu a porta ele se apresentou: “Sou Mike Jones, da Voz da Profecia; sou um de seus representantes locais. Só passei para conhecê-la e oferecer-lhe um livro como brinde de nosso programa, por ser uma fiel ouvinte.” Quando ele sorriu, Lizzie replicou: “Obrigada por ter vindo; tenho esperado por 20 anos.” Surpreso com esta reação de uma completa estranha, Mike conseguiu perguntar: “O que quer dizer?” Convidado Mike para entrar, a mulher explicou que seu marido havia feito o curso bíblico da Voz da Profecia vinte anos atrás, pouco antes de sua morte. Ela ainda guardava todas as lições e toda noite, antes de dormir, ela recordava alguma parte. Lizzie estivera fazendo isto por duas décadas. Quando Mike começou a conversar com ela, viu que acreditava em quase todas as verdades que os adventistas pregam. Como resultado deste único contato, Lizzie e três de seus amigos foram batizados. Vamos ver como podemos nos tornar uma ponte entre nossos programas (de rádio e TV) e o estudo bíblico pessoal. Os programas despertam o interesse através dos meios de comunicação. Mas os oradores não têm representantes locais para acompanhar ou visitar os interessados – exceto nós. Nós somos a ponte. Nós podemos cuidar de alguém cujo interesse está adormecido antes de Satanás o destrua. É assim que devemos fazer: Digamos que você está indo visitar alguém que respondeu a algum programa de rádio e que você está com uma folha de alguma excelente pesquisa. Qual é a primeira regra a lembrar enquanto bate à porta? Sorrir. Sorrir porque você nunca tem uma Segunda oportunidade para causar uma primeira impressão. E quando a pessoa abrir a porta, o que passa pela sua mente ao ver um estranho de pé ali? Ela tem três dúvidas: QUEM É ELE? O QUE QUER? QUANTO TANTO VAI DEMORAR? Portanto, nos primeiros 60 segundos, você deve responder estas perguntas. Você pode dizer: “Olá, eu sou....... e represento George Vanderman e o Programa “Está Escrito”. Estamos muito felizes porque você assiste ao Programa e gostaria de fazer uma breve pesquisa que não vai levar mais de 2 ou 3 minutos, para melhorarmos a qualidade de nosso Programa. Posso fazer-lhe algumas perguntas simples e oferecer-lhe um livreto como brinde do Pastor Vanderman?” Você rapidamente respondeu as suas perguntas. Se a pessoa concordar, você prossegue a pesquisa. Algo parecido com isto:

VOCÊ É UM OUVINTE REGULAR? Você pode perguntar se ela localizou o programa por acaso ou se faz planos para assisti-lo regularmente. Você quer saber se a pessoa é um espectador casual ou alguém que desenvolveu um profundo interesse. QUE PROGRAMAS A AGRADAM MAIS? Você pode perguntar se a pessoa gosta de programa sobre profecia bíblica, ou saúde, ou vida cristã. VOCÊ TEM RECEBIDO O MATERIAL SOLICITADO? Você pode dizer: “Sei que você pediu alguns livros e revistas e quero me certificar que os recebeu. Às vezes há problemas no correio.” ESTÁ FAZENDO ALGUM DE NOSSOS CURSOS BÍBLICOS? Se a pessoa disser que não, então você diz: ESTÁ INTERESSADA EM NOSSA NOVA SÉRIE DE ORIENTAÇÕES BÍBLICAS? Você pode dizer: “Uma das coisas que eu aprecio no Pastor Vanderman é que suas mensagens são sempre baseadas na Bíblia. Ele gostaria de visitar todos os que escrevem para o programa, mas isto é impossível. Por isso ele ficaria contente se você aceitasse esta série de estudos bíblicos chamada......Posso explicar-lhe como se inscrever no curso e como fazê-lo? A maioria das pessoas, a esta altura, vai convidá-lo para mostrar as lições. Depois de dar as orientações, você pode perguntar se a próxima semana é uma boa ocasião para voltar para buscar a primeira lição respondida e trazer a seguinte. No entanto, há pessoas que hesitam em aceitar as lições – mesmo estando interessadas na Bíblia. Pode haver um membro da família que faça objeção. Ou, simplesmente não ficam à vontade com pessoas estranhas em sua casa. Neste caso, você pode dizer: “Nós realizamos regularmente classes bíblicas sobre os livros de Daniel e Apocalipse, os grandes livros proféticos que revelam onde está o nosso mundo. Você estaria interessado em participar alguma vez?” Se a resposta for afirmativa, você pode fornecer as informações necessárias. ESTABELECER UMA PONTE ENTRE OS INTERESSADOS DOS PROGRMAS E O ATENDIMENTO PESSOAL PODE SER UM MARAVILHOSO MINISTÉRIO. Há muitas outras maneiras de conseguir interessados, como enviar cartões pelo correio oferecendo estudos bíblicos. Quando estes cartões são respondidos, é tremendamente importante que façamos o acompanhamento e visitemos as pessoas dentro de cinco dias. Se esperamos um mês, o interesse pode desaparecer. Algumas famílias gastam as tardes de Sábado trabalhando com estes cartões em sua cidade. Durante a semana, oram para que as pessoas respondam. Precisamos dar aos nossos filhos uma experiência positiva de testemunhar desde cedo. É assim que ganhar almas passa a estar no sangue da pessoa. Lembro-me muito bem de quando bati à porta de um casal – Ted e Alice. Eles responderam a um cartão que oferecia estudos bíblicos. Levei as lições para

eles e perguntei se me concediam 2 ou 3 minutos para lhes explicar como deviam fazer. Convidaram-me para entrar. Eu disse: “Muitas pessoas têm dúvidas a respeito da vida. Como é o Céu? O que acontece quando morremos? Como obter respostas verdadeiras da Bíblia? Estas lições respondem estas pergunta. Elas destinam-se a pessoas ocupadas.” Quando voltei para uma Segunda visita, eles me convidaram para entrar outra vez. Era inverno, e um mal cheiros aquecedor a gás aquecia o apartamento. Ted segurava uma cerveja com uma mão e com a outra, um cigarro. O casal tinha três filhos todos com menos de 5 anos, e parecia que todos haviam sujado as fraldas ao mesmo tempo. As crianças não paravam de chorar. Alice ligou a TV para que nos dessem algum sossego. Foi assim que começamos nosso estudo bíblico – janelas fechadas, gás poluindo o ambiente, Ted bebendo cerveja, um comediante na TV dizendo piadas, as crianças gritando. Eu pensei: “Ó, Senhor, o que poderás fazer neste ambiente?” Mas, além de todo o barulho e todos os problemas, havia duas pessoas que estavam verdadeiramente procurando algo mais em suas vidas. Na noite em que apresente Jesus Cristo a Ted e Alice, eles se ajoelharam comigo e O aceitaram como seu Salvador. Um ano e meio mais tarde Ted se tornou um pregador leigo da igreja adventista. AMIGOS E PARENTES Acompanhar os interessados de programas e dos cartões com pesquisas e estudos é um maravilhoso ministério. Mas, e quanto a nossos amigos e parentes? Como começar os estudos com eles? Há uma abordagem de quatro partes que pode ser muito útil: PARA COMEÇAR ESTUDOS BÍBLICOS • Demonstrar interesse de maneira tangível • Cultivar o interesse através de literatura • Aguardar as oportunidades • Partilhar respostas bíblicas Primeiro nós demonstramos interesse, ou atenção, oferecendo-lhes nossa amizade, ajudando, e então oferecemos literatura. Nunca me esquecerei da maneira como meu pai demonstrou que se preocupava comigo. Minha mãe me criou como um católico e educou-me em colégios católicos. Quando meu pai tornou-se adventista, ele não começou imediatamente a me dar estudos doutrinários. Ele dedicou-se a ficar especialmente próximo a mim. Papai não gostava de esportes, mas eu, aos 17 anos, certamente me interessava. Então ele passou a se interessar também. Eu estava jogando basquete; precisávamos urgentemente de um treinador. Então papai aprendeu basquete e tornou-se nosso treinador. Quando tivemos um jogo numa 6ª feira à noite, ele explicou porque não poderia ir. Mas não me condenou por jogar. Ele disse: “Estarei orando por você em casa.” Papai não gostava muito de pescar, mas eu gostava. Então ele dizia: “Filho, você vai à missa Domingo de manhã e mais tarde vamos pescar.” Papai mostrou sua dedicação de maneiras tangíveis. Quando eu comecei a fazer as

grandes perguntas sobre a vida e a morte, ele estava preparado para as respostas; ele deu-me livretos para ler e começou a estudar a Bíblia comigo. Finalmente, chegou o dia em que me convidou para uma reunião evangelística. Eu estava indo dançar, Sábado à noite, bem em frente ao auditório onde as reuniões eram realizadas. Papai disse que eu podia ir antes que a dança começasse. Eu fui e assisti ao que pensei ser a palestra mais sem graça que já tinha ouvido. Mas a reunião seguinte foi um pouco mais interessante e eu fiquei um pouco mais. Gradualmente meu interesse nas profecias bíblicas aumentou e meu interesse na dança do outro lado da rua diminuiu – até que eu aceitei a verdade bíblica. Nós podemos ser pontes – pontes entre os interessados dos programas e o estudo bíblico pessoal – ponte entre os nossos queridos e o estudo bíblico pessoal. Primeiro demonstre aos seus familiares que os ama, de uma maneira tangível, e então ofereça-lhes literatura para despertar seu interesse. Em seguida, convide-os para sentar e conversar sobre suas dúvidas com maior profundidade. Finalmente, convide-os para algum Seminário ou reunião evangelística. Deus tem alguém para você ganhar. Faça a oração que encontramos em um apreciado hino: “Senhor, coloca alguma alma sobre o meu coração e ama esta alma através de mim, e que eu possa humildemente fazer a minha parte em ganhar esta alma para Ti.” Discussão e Participação 1. Quais são alguns dos assuntos em que as pessoas mais se interessam atualmente que servem como pontos para despertar o interesse espiritual? 2. Você já tentou partilhar as verdades bíblicas com algum parente? Que abordagem você usou? 3. Você usaria esta mesma abordagem agora? 4. Fale sobre o compromisso da última semana. Como foram as coisas quando você tentou o “modelo cebola” ao testemunhar? Como as pessoas reagiram? COMPROMISSO Visite as pessoas de sua área que têm respondido a algum programa de rádio ou TV ou alguma correspondência. Faça a breve pesquisa e verifique se estão interessadas em saber mais sobre a Bíblia. Estabeleça algum interesse comum, se houver receptividade. INTERAÇÃO COM A PALAVRA 1. Cornélio era um homem que Deus preparou dramaticamente para ouvir as Boas Novas da salvação. O que fez ele que capacitou o Espírito Santo a influenciá-lo tão fortemente? (Atos 10:30-33)

2. Uma das maneiras em que o Espírito Santo nos torna poderosas testemunhas é ajudando-nos a ver mais, assim como a falar mais. Observe as coisas que podemos conhecer melhor com a ajuda do Espírito. (Efés. 1:17-19) 3. Identifique um componente-chave ao nos tornarmos pontes entre a verdade e o nosso próximo, mencionado por Paulo em I Pedro 2:12 e 15. 4. Que qualidade essencial em nosso testemunho Paulo identifica em II Coríntios 2:17. CAPÍTULO IV - PARTILHANDO A PALAVRA Numa reunião campal pelos idos 1800, o Pastor S. N. Haskell estava com um problema. Ele não conseguia se fazer ouvir pela multidão reunida num grande tabernáculo, por causa do ruído da forte chuva que caía. Então ele desceu da plataforma, ficou no centro do corredor, e pediu ao público que se reunisse próximo a ele. E começou um estudo bíblico improvisado com o povo, fazendo perguntas, orientando-o a encontrar os textos com as respostas, e comentando as passagens da Bíblia. Os que estavam ali presentes lembravam-se desta reunião como uma ocasião de bênçãos incomuns. Quando Ellen White ouviu sobre isto, ela provou a atitude de Haskell. Ela comentou que o método de perguntas e respostas para estudar a Bíblia era o que Deus repetidamente lhe mostrara ser o método que nossos membros devem usar em família. A Sra. White mais tarde escreveu sobre este método de ensino em termos de um grande movimento: “Nas visões da noite, passaram perante mim representações de um grande movimento de reforma entre o povo de Deus. Centenas e milhares foram vistos visitando as famílias, e abrindo diante delas a Palavra de Deus... O mundo parecia ser iluminado com a influência celeste.” Testemunhos, vol 9, p. 126. Que quadro! Centenas e milhares de crentes adventistas abrindo a Bíblia com seus amigos e vizinhos – isto sem dúvida seria um poderoso movimento. Porém, alguns de nós reagem, tipicamente, dizendo: “Oh, penso que jamais serei capaz de dar estudos bíblicos. É complicado, e as pessoas podem me fazer perguntas que não saberei responder.” Bem, vou contar como foi o primeiro estudo bíblico que eu dirigi. Como estudante veterano de teologia no Atlantic Union College, eu tinha que achar alguém para dar estudos bíblicos para poder me formar. Olhei à minha volta e finalmente consegui encontrar uma distinta senhora que estava disposta a me tolerar estudando com ela. Eu estava nervoso e muito inseguro de mim mesmo, mas conseguimos terminar os estudos. E assim, consegui o meu diploma. Dez anos mais tarde, voltei ao Atlantic Union College para realizar uma série evangelística. Após a palestra na noite de abertura, vi uma figura familiar que vinha caminhando pelo corredor. Era a mesma senhora distinta. Ela cumprimentou-me pelo sermão e disse: “Você mudou muito nestes dez anos!” Naquela noite em meu quarto eu orei sinceramente por ela. Contei ao Senhor que aquela senhora estivera esperando por dez anos e roguei que a semente da verdade que eu semeara tão debilmente pudesse agora produzir fruto. Graças a Deus, ela foi a primeira pessoa que batizei durante aquela série.

Deus nos ama. Se nós começamos a procurar, começamos a estudar com outros, mesmo com as limitações de nossa personalidade – com nossa voz fraca e nossas palavras gaguejantes – Deus atuará de modo poderoso e dinâmico. Cada um de nós pode alcançar pessoas que talvez ninguém mais possa. Cada um de nós pode fazer amigos para Deus. Somente na eternidade conheceremos todos resultados. O princípios que todos nós temos que atender é este: o poder está na Palavra de Deus. A Bíblia é um livro vivo, um livro criativo. Ele muda corações e vidas. O poder não está em nossa personalidade e em nosso poder de persuasão; está na Palavra de Deus. O Salmo 33:6 e 9 nos diz: “Os céus por Sua palavra se fizeram e pelo sopro de sua boca o exército deles... Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir.” Ellen White amplifica esta idéia: “A energia criadora que trouxe à existência os mundos, está na Palavra de Deus. Esta Palavra comunica poder, gera vida. Cada mando é uma promessa; aceito voluntariamente, recebido na alma, traz consigo a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, cria de novo a alma à imagem de Deus.” Educação, p.126. quando você e eu entrarmos nos lares e começarmos a ensinar sobre a Bíblia, estaremos partilhando os princípios que transformam a vida, que criam novamente os seres humanos. Vamos então considerar os três princípios fundamentais que nos ajudarão a partilhar a Palavra – o ABC da arte de dar estudos bíblicos: O ABC DA ARTE DE DAR ESTUDOS BÍBLICOS A – PRIMEIRO APRESENTAR A JESUS B – REVELAR A VERDADE GRADUALMENTE C – FAZER APELOS REGULARMENTE Vamos observá-los mais detalhadamente: A – Primeiro apresentar a Jesus. O princípio no. 1 é apresentar a Jesus antes da doutrina; devemos começar com o Senhor Jesus Cristo. Freqüentemente, quando as pessoas descobrem que somos Adventistas do 7º Dia, a primeira coisa que fazem é nos relacionar coma alguns ensinos da igreja. Elas dizem: “Oh, vocês são o povo que guarda o Sábado.” E somos tentados a nos lançarmos a defender por que o Sábado é o verdadeiro dia de adoração. Mas devemos primeiro apresentar a Jesus. E aqui está a razão: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” (João 21:32) Jesus nos fala que o poder de atrair, de conquistar, está nEle próprio, e não em alguma doutrina. Ele é o centro da vida cristã, a fonte da fé. Comparadas com o relacionamento com Ele, as doutrinas podem significar muito pouco. Se apresentarmos primeiro todos os nossos ensinos doutrinários, as pessoas perderão a motivação e o poder para vivê-los. Mas se as pessoas aceitam

primeiro a Cristo, aceitam Seu amor, perdão e poder, então elas aceitarão a doutrina porque estarão devotadas a Ele. “O maravilhoso amor de Cristo abrandará e subjugará os corações, quando a simples reiteração de doutrinas nada conseguiria.” O Desejado de Todas as Nações, p. 826. Enquanto realizava uma série evangelística em Michigan, fui visitar uma jovem de 19 anos de idade que tinha deixada de vir às reuniões. Quando ela atendeu à porta, parou logo à entrada e disse: “Oh, Pastor Finley. Talvez fosse melhor que o senhor não tivesse vindo agora.” Pude sentir o cheiro de álcool em seu hálito. Ela nervosamente sugeriu que nos sentássemos na varanda. Comecei a lhe falar quão feliz eu me sentia por ela ter ido às reuniões, e sobre a alegria que tinha ao partilhar a mensagem da Bíblia. E então eu tive uma experiência incomum. O Espírito impressionou-me com o pensamento de que a moça não estava mais indo às reuniões porque ela e o namorado estavam usando a casa para se encontrar enquanto sua mãe não estava. Assim, eu disse: “À vezes há amigos que nos afastam de Cristo, e às vezes temos que perguntar a nós mesmos o que é mais importante, Cristo ou o amigo que está nos afastando dEle.” O Espírito Santo impressionou-me novamente para fazer um forte apelo. E eu comecei a instar com aquela moça para afastar-se de qualquer amigo que a estivesse levando para longe do Senhor. Naquele momento, um rapaz alto, extremamente musculoso, apareceu à porta. Ele parecia um atleta de levantamento de pesos, e estava zangado; ele havia escutado tudo o que eu disse, do outro lado da janela. Havia fogo em seus olhos quando ele deu dois passos em direção a mim, este magro pregador. Eu sabia que não podia correr; eu sabia que não devia lutar. Portanto, estendi a minha mão. “Estou feliz por encontrá-lo”, eu disse (pela fé). “Eu estava querendo saber se você estava aí, quando você saiu.” Ele sorriu e disse: “Vamos sentar.” Enquanto conversávamos ele me disse que não sentia necessidade de religião e que ela era uma muleta para os fracos. Eu repliquei: “Aprecio sua opinião. Só tenho uma dúvida. Você parece um pouco zangado e defensivo. Você é feliz em sua vida?” “É claro que sou feliz.” “Você foi feliz no seu primeiro casamento?” A esta altura se arregalou os olhos. Então eu perguntei: “Você está casado atualmente?” Descobri que estava, e que tinha três filhos. “Eles sabem o que você está fazendo agora?” perguntei. E passei a contar-lhe como eu encontrara a paz interior em minha própria vida, como eu sentira por muito tempo que estava faltando algo, e finalmente descobrira o que meu coração anelava em Jesus Cristo. “Eu me tornei um filho de Deus e descobri o significado da vida” contei a ele. “O que estou oferecendo a você é Jesus, o único que pode fazer isto por você. Antes de sair, posso orar com você?” Aquele enorme pugilista sacudiu a cabeça e disse: “Ore, Pastor.” E a moça acrescentou: “Ore por nós, Pastor, para que possamos fazer a coisa certa.” Ali naquela varanda tivemos uma reunião de oração e sentimos como se os anjos estivessem muito perto.

PRIMEIRO APRESENTE A JESUS, E DEIXE QUE O SEU AMOR ABRANDE OS CORAÇÕES O AMOR DE JESUS ABRANDA OS CORAÇÕES. Jesus atrai a Si homens e mulheres. Apresente-O primeiro. Por favor, nunca apresente o estado dos mortos, o Sábado, o dízimo, etc. como barreiras entre a pessoa e a cruz. Em vez disto, leva as pessoas à cruz. Leve-as Àquele que pode transformar vidas, e então apresente as várias verdades que as ajudarão a crescer. B – REVELAR A VERDADE GRADUALMENTE O princípio no. 2 ao dar estudos bíblicos é apresentar com cuidado as novas idéias às pessoas, uma de cada vez. Provérbios 4:18 dá-nos uma descrição de progressão gradual: “A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” O brilho do sol não incide sobre nós de uma vez. Ele surge gradualmente, para que não fiquemos cegos com a sua luz. Igualmente, é melhor que as verdades de Deus sejam reveladas gradualmente, para que as pessoas não fiquem confusas. Quando as pessoas têm que tentar assimilar muitas novas idéias de uma vez, elas geralmente se desequilibram. Chamamos a isto “dissonância”, uma incapacidade de ajustar as coisas, de colocá-las todas juntas. Suponha que uma pessoa aprenda que todo olho verá Jesus por ocasião de Sua vinda. Ela terá que afastar a idéia do arrebatamento secreto. É uma idéia nova. Então, ela aprende que o milênio não será na terra, mas no Céu. Duas idéias novas. O dia de repouso é o Sábado. Três. Os mortos estão dormindo. Quatro. O corpo não deve ser contaminado com álcool. Cinco. Em breve surge um grande atrito entre todas estas novas idéias e a inclinação natural da pessoa de se apegar ao que é conhecido. Nós reduzimos este atrito quando progredimos passo a passo, certificando-nos se a pessoa absorveu totalmente uma doutrina antes de passar para a seguinte. Outra coisa que ajuda é harmonizar a nova idéia com algo que a pessoa já acredita. Esta é outra razão para apresentar Cristo em primeiro lugar. Você ajuda a pessoa a aceitar a Jesus como Salvador e Senhor. Então você mostra que Jesus deu valor ao Sábado e guardou-o. portanto, nós, que acreditamos nEle, naturalmente amaremos o que Ele ama. Toas as doutrinas – as novas idéias – que temos que partilhar podem ser melhor apresentadas através de Jesus. Ele é o “Outro Importante”, o honrado Senhor que todos nós queremos seguir. Assim, conseguir que as pessoas se relacionem com uma doutrina através de Cristo coloca a dissonância a favor da verdade bíblica. O atrito que a pessoa sofre ao rejeitar algo que Jesus ama geralmente é mais forte que sua relutância em aceitar uma nova idéia. C – FAZER APELOS REGULARES Assim que a pessoa aceita uma determinada doutrina, é melhor convidá-la a tomar uma clara decisão quanto a ela. Se ela entendeu que o Sábado foi

santificado na criação e que é um símbolo do repouso em Cristo, então diga: “Você gostaria de guardar o próximo dia de Sábado? Eu gostaria que você viesse à igreja comigo.” Depois de apresentar como a doutrina se relaciona com Jesus, depois de responder a todas as perguntas, faça um apelo. A MAIS IMPORTANTE DECISÃO: Crer em Jesus Cristo e aceitá-Lo. É um erro esperar até o final de 24 lições e então pedir que a pessoa aceite todo o pacote de uma só vez. É demais. Lembre-se que pequenas decisões levam a decisões maiores. Portanto, primeiro apresente a Jesus; a seguir apresente uma doutrina de cada vez; e então, depois que a pessoa a compreendeu e aceitou, convide-a a tomar uma decisão quanto a esta particular doutrina. Partilhar a Escritura desta maneira mudará vidas humanas. O poder está em Jesus Cristo exaltado através da Sua Palavra. Algum tempo atrás, fui visitar uma mulher que tinha deixado a igreja adventista. Perguntei a ela: “Existe alguma coisa que a está impedindo de voltar à igreja?” Ela respondeu que gostaria de voltar, mas que não conseguia vencer o hábito de fumar, que parecia se colocar entre ela e Jesus. Ela simplesmente não conseguia abandoná-lo. Então abri minha Bíblia em I João 5:14: “Esta é a confiança que temos para com Ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve.” Perguntei para ela: “Você acha que é da vontade de Deus que você deixe de fumar?” “Oh, sim.” “Quando você acha que Ele vai ajudá-lo a fazer isto?” “Acho que Ele vai me ajudar agora.” Eu perguntei: “Carol, em quem está a sua confiança?” “Em Jesus.” ”Você acha que pode vencer o vício?” “Não.” ”Você acredita que Jesus pode livrá-la através de Seu miraculoso poder?” “Sim.” Juntos nos ajoelhamos e cobramos a promessa. Pedimos por algo que estava de acordo com a vontade de Deus. E eu vi Deus cumprir os princípios de Sua Palavra e demonstrar Seu poder na vida daquela mulher. Os grilhões do fumo foram quebrados. Ela se libertou do vício e alegremente voltou à comunhão da igreja. PEQUENAS DECISÕES LEVAM A GRANDES DECISÕES A Palavra de Deus é viva e ativa. Os princípios comunicados pelo Espírito Santo têm poder para recriar os seres humanos. Vamos usar este poderoso recurso, e assim Deus possa tocar e transformar os que estão no nosso redor. Discussão e Participação

1. Quais são os três princípios do estudo bíblico? 2. Por que é importante apresentar Jesus primeiro? 3. Quem tem tido a maior influência em sua vida espiritual? 4. Fale sobre o compromisso da última semana. Como vão suas visitas aos interessados? Você foi capaz de estabelecer um interesse comum, talvez ao partilhar algo que você aprendeu da Escritura? COMPROMISSO Veja se consegue interessar alguém no estudo da Palavra de Deus, nesta semana. Se você já está ajudando alguém com lições bíblicas, continue animando-o em seu estudo da Palavra. INTERAÇÃO COM A PALAVRA 1. O que precisamos fazer para tornar nossa apresentação da Palavra muito mais rica? (Col. 3:16) 2. Observe como Paulo contrastou o debate sem nenhuma finalidade com outro tipo de comportamento em II Timóteo 2:14, 15. 3. Que quatro coisas a Escritura nos capacita a fazer? ( II Tim. 3:16) 4. Leia como a Palavra é descrita como uma formidável espada em Hebreus 4:12. Escreva sua própria descrição de como a Palavra tem sido viva e ativa em sua vida e na vida de outros. CAPÍTULO V - O PODER DA ORAÇÃO Enquanto dirigia uma série de conferências evangelísticas em uma das grandes cidades do Leste, observei que três jovens senhoras sempre traziam suas Bíblias e procuravam com cuidado cada texto que se apresentava. Elas pareciam ser distintas senhoras cristãs, e ali estavam, noite após noite. Mas quando eu comecei a discutir algumas verdades que nós, Adventistas do 7o. Dia, enfatizamos, notei que elas ficaram apreensivas. E numa quarta-feira à noite, após minha apresentação, as três senhoras disseram: “Aqui está toda a literatura que vocês nos têm dado. Não a queremos mais. Nosso pastor falou conosco e nos mostrou que os Adventistas do 7o. Dia são legalistas. Ele nos disse que não estamos sob a lei, mas sob a graça e que, portanto, o sábado não faz nenhuma diferença. Assim, não viremos mais às suas reuniões.” Elas saíram e eu fiquei, naturalmente, muito decepcionado. Naquela noite, antes de me deitar, orei por aquelas jovens senhoras. Orei durante uns dois ou três minutos, e fui dormir. Mas naquela mesma noite, Mike, um de meus instrutores bíblicos, não foi direto para casa. Ele dirigiu-se à igreja e começou a orar pelas reuniões. Ele ficou impressionado com aquelas três senhoras e sinceramente apresentou seu caso diante de Deus numa oração intercessória. Ele perdeu a noção do tempo e ficou ali orando por mais o menos uma hora e meia.

Perto da meia noite Mike sentiu que sua oração seria atendida, que o Espírito Santo o visitaria e que o Todo poderoso alcançaria e tocaria aquelas jovens senhoras. No sábado seguinte, Mike estava cumprimentando as pessoas que chegavam à igreja. Para seu espanto, aquelas mesmas senhoras que haviam rejeitado as nossas apresentações evangelísticas vinham chegando. Depois de mostrar surpresa, Mike recebeu-as e saudou-as entusiasticamente. Uma delas disse: “Nestes últimos dias temos ficado confusas. Acreditamos que temos ouvido a verdade nestas reuniões. Acreditamos que esta é a mensagem de Deus. Não pudemos deixar de voltar.” Este é o poder da oração. Esta experiência me fez compreender que eu havia sido muito complacente, muito despreocupado. Eu tinha orado só por um momento ou dois, mas meu colega persistiu na oração; sua prece subiu mais e mais alto até o trono de Deus e anjos desceram do Céu e levaram aquelas mulheres de volta às reuniões. NÓS PRECISAMOS ORAR ATÉ REALMENTE FAZER CONTATO COM O TRONO DA GRAÇA, ATÉ OBTERMOS ALGUMA CERTEZA DE UMA RESPOSTA. A oração intercessória é bíblica? Somos instruídos a orar pela salvação de outros? Certamente. Colossenses 1:3: “Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós.” OS GANHADORES DE ALMAS, LEVANDO NOMES ESPECÍFICOS DIANTE DE DEUS, TORNAM-SE CANAIS DE LUZ E VIDA, DO TRONO DE DEUS AOS OUTROS. Ellen White nos diz: “Oração e fé farão o que nenhum poder na terra pode realizar.” Ministry of Healting, p. 509. As barreiras do preconceito são derrubadas diante da oração da fé; o ceticismo e a resistência também. Tenho visto muitas pessoas que parecia ser impossível ganhá-las, se converterem a Cristo, quando crentes fiéis oraram por elas. Às vezes ficamos um pouco confusos a respeito da oração intercessória. Pensamos: Deus não está fazendo todo o possível para, de alguma maneira, alcançar o perdido? Que diferença fazem minhas orações? Eu certamente não posso aumentar o Seu amor pelas pessoas. Vamos considerar quatro razões pelas quais devemos interceder em oração pelas outras pessoas. 1. A ORAÇÃO POSSIBILITA QUE DEUS FALE COMIGO Quando começamos a orar sinceramente, Deus terá mais condições de revelar os pecados ocultos em nossa própria vida, que podem nos impedir de trabalhar efetivamente pelos outros. Deus pode dizer “Existe algo em sua vida que Eu quero que você resolva.” Foi quando Josué pleiteou com Jeová por causa da derrota de Israel em Ai que Deus lhe mostrou o que estava errado: “Você tem que resolver o problema do pecado no acampamento.” DEUS USA A ORAÇÃO PELOS OUTROS PARA

NOS FALAR SOBRE O QUE PODE IMPEDIR O DERRAMAMENTO DE SEU ESPÍRITO. 2. A ORAÇÃO INTENSIFICA MEU DESEJO Quanto mais oramos por uma pessoa, mais queremos trabalhar por ela. A oração é a maneira pela qual Deus nos motiva, e mostra onde devemos concentrar nossos esforços. A oração é o prelúdio da ação redentora. 3. A ORAÇÃO COLOCA-ME EM SINTONIA COM A SABEDORIA DIVINA Quando nos comunicamos diretamente com Deus, abrimos nossas mentes à influência do Espírito. A oração coloca-nos em sintonia com a freqüência divina. Deus pode nos instruir quanto ao melhor método de alcançar outros. Certa noite, uma senhora que havia estudado a Bíblia comigo, assistiu a uma série evangelística e estava se preparando para o batismo, disse ao pastor local: “Estou muito triste porque não poderei ser batizada.” Ela estava sendo muito pressiona da pelo marido. Seu patrão dissera que ela perderia o emprego se não fosse trabalhar aos sábados. Aquela mulher fez, então, o pastor prometer que não a visitaria novamente. O pastor contou-me sobre o seu desapontamento. Aquela senhora era uma crente brilhante, que amava a Jesus. Eu disse a ele: “Pastor, deixe-me orar sobre isto. Preciso da sabedoria de Deus; eu não sei o que fazer.” Assim, orei bastante naquela noite. O Senhor impressionou-me que a primeira coisa que eu devia fazer pela manhã era vir visitá-la. Eu tinha minhas objeções. Mas a convicção prevaleceu: visitá-la. Ela havia feito o outro pastor prometer não visitá-la; eu não. E a pior coisa que poderia acontecer era ela me expulsar da casa. Cedo na manhã seguinte dirigi-me à sua casa – e dois enormes cães avançaram contra mim. Toquei a campainha e permaneci com o dedo nela enquanto aqueles cães ficaram rosnando e latindo em meus calcanhares. Mal a mulher abriu a porta eu já estava do lado de dentro. Eu me justifiquei dizendo que ela provavelmente não queria que um pregador fosse devorado em frente de sua casa. Ela sorriu e convidou-me para sentar. Falamos sobre as dúvidas que estavam confundindo sua família. Aquela senhora queria ser batizada, mas estava sob grande pressão da família e do trabalho. Conversamos durante uma hora. Seu marido chegou e conversamos mais uma hora. Seus filhos chegaram e conversamos mais. Duas horas e meia após ter escapado dos cães, toda a família concordou em ir para o batismo daquela senhora. Ela tornou-se fiel membro de uma de nossas igrejas. Eu nunca imaginei que devia ir visitar aquela mulher naquela manhã. Foi Deus que deu-me sabedoria para procurá-la da maneira certa, no tempo certo. E Ele deu-me sabedoria através da oração. 4. A ORAÇÃO ABRE NOVOS CANAIS PARA DEUS AGIR

Esta é talvez a mais importante razão de todas. Deus está sob certas limitações no grande conflito entre o bem e o mal. Ele está obrigado a realizar muito de Seu trabalho neste planeta através de agentes humanos. E a oração é um meio de possibilitar que Deus realize mais, através de nós. “Faz parte do plano de Deus conceder-nos, em resposta à oração da fé, aquilo que Ele não nos daria se não o pedíssemos.” O Grande Conflito, p. 525 Daniel 10 mostra-nos o profeta jejuando e orando por três semanas. Ele estava rogando a Jeová em benefício de Seu povo que estava no cativeiro babilônico por 70 anos. Suas orações subiram ao santuário celeste, e Deus enviou anjos para influenciar o Rei Ciro; o Espírito começou a impressionar este monarca para permitir que os hebreus voltassem para Jerusalém. Havia também agentes satânicos em ação, anjos maus tentando influenciar a mente do Rei Ciro. Por três semanas houve uma luta entre os anjos da luz e os anjos das trevas. Finalmente, quando Daniel continuou intercedendo, o próprio Miguel desceu do Céu e venceu as forças demoníacas. O Rei Ciro decidiu deixar livres os hebreus. Algo semelhante acontece a todas as pessoas que estão diante da escolha da salvação. Os anjos do mal atuam sobre sua mente, afastando-as de Cristo, prendendo-as seus pecados. Mas o Espírito Santo e os anjos celestes também estão em ação procurando atraí-las para a graça e a verdade. E nossas orações fazem com que Deus atue mais poderosamente. As pessoas continuam tendo que tomar sua decisão, mas nossa intercessão pode ajudá-las a escolher a vida. A ORAÇÃO ABRE NOVOS CANAIS DE INFLUÊNCIA; ela dá ao Espírito maiores oportunidades para atuar. A oração intercessória é uma parte vital ao ganhar almas. Como podemos torná-la prática? Primeiro, faça uma lista de oração. Escreva os nomes daqueles por quem você está trabalhando. Escreva três ou quatro nomes e leve-os ao trono da graça regularmente, cada dia. Em segundo lugar, reúna-se com outros crentes e orem juntos por estas pessoas. Lembre-se da promessa de Mateus 18:19: “... Se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa quer porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus.” Portanto, forme um grupo de oração. As orações em conjunto têm um poder especial. Ellen White pergunta: “Por que dois ou três não se reúnem e clamam a Deus pela salvação de alguém em especial, e a seguir por outros?” Testemunhos, vol. 7, p. 21. VAMOS EXPANDIR O PODER DE DEUS POR MEIO DE PERSEVERANTE ORAÇÃO. Vamos cumprir nossa missão especial no grande conflito. Neste Seminário você aprendeu como cativar e fazer amigos para Deus, como mudar uma conversa casual numa oportunidade espiritual, como dar estudos bíblicos apresentando Cristo primeiro, como usar o poder de Deus através da Palavra e através da oração. Portanto, vamos começar, com dedicação. Vamos nos transformar em ganhadores de almas. Fazer uma lista de oração pode ser um primeiro passo poderoso. Estamos semeando as sementes do Evangelho na vida das pessoas. Nem todos responderão da primeira vez. Mas, cada semente, cada testemunho,

cada palavra de ânimo, cada folheto distribuído, cada estudo dado, conduz grande promessa de vida futura. Um dia virá a chuva e uma grande colheita brotará da terra. As sementes espalhadas nas trevas, aqueles encontros que pensávamos que não produziriam nenhum fruto, brotarão para a luz. Haverá uma surpreendente e farta colheita para Deus. Louvado seja o Seu nome porque nós podemos ser parte dela, agora e no final. NOSSAS ORAÇÕES FAZEM COM QUE DEUS ATUE MAIS PODEROSAMENTE. Discussão e Participação 1. Há diferentes tipos de ministros da oração. Alguns preparam e distribuem a “Lista de oração”. Outros participam em “Grupos de Oração”, enquanto alguns formam uma “Corrente de Oração”. Que método de oração você acha mais significativo? 2. Partilhe os resultados de algumas de suas experiências pessoais na oração intercessória. Você já orou por uma esposa, um filho, um amigo e viu o Senhor atuar diretamente como resultado? 3. Fale sobre o compromisso da última semana. Você foi capaz de interessar alguém no estudo da Escritura? Como a pessoa respondeu? Os participantes devem falar sobre outras experiências em testemunhar que tenham tido. INTERAÇÃO COM A PALAVRA 1. O que a escritura promete que acontecerá aos que fazem seus desejos um assunto de oração? (Fil. 4:6 e 7) 2. Note como Tiago liga o poder da oração com o resgate dos pecadores em Tiago 5:16 a 20. 3. Paulo admoesta Timóteo a tornar a oração intercessória uma prioridade para os crentes, e também sugere por que devemos rogar pelos outros em I Timóteo 2:1-4. Qual é a base para o coração intercessória? 4. Jesus deu-nos o maior exemplo de oração intercessória em João 17. O que podemos aprender sobre orar pelos outros, nestes versos

A DIFERENÇA É A ORAÇÃO !

Cinco recém graduados estudantes de teologia visitavam Londres, emocionados com a oportunidade de ouvir algum destacado pregador antes da sua ordenação para o ministério. O forte sol de verão os castigava enquanto aguardavam que as portas do tabernáculo de Spurgeon fossem abertas, a mesma igreja do mais famoso pregador daquele tempo. Um estrangeiro se aproximou deles e lhes disse: "Enquanto vocês estão esperando, não gostariam de ver o sistema de aquecimento da igreja ?” Ver o sistema de aquecimento em um dia abrasador de julho era a última coisa que eles tinham em mente, mas consentiram. Foram conduzidos alguns degraus abaixo para uma porta no subsolo. O guia abriu a porta e sussurrou em tom baixo: "Este é o sistema de aquecimento de nossa igreja”. Os jovens pastores viram diante deles 700 pessoas ajoelhadas em oração suplicando as bênçãos de Deus para a reunião evangelística que seria conduzida no salão superior. O guia desconhecido se apresentou como o próprio Charles Spurgeon. O ministério de Spurgeon foi poderoso por causa da oração. Em nossas vidas, em nossas e em nossas igrejas podemos fazer escolhas : por que usar um lápis, se tem acesso a um computador ? por que andar se você pode voar? por que tropeçar sem poder em nossas vidas ou igrejas, quando o potencial é tão grande? Spurgeon disse certa vez: "Quando Deus deseja fazer uma grande obra, ELE primeiro coloca seu povo para orar." Max Lucado disse: “Quando nós trabalhamos, apenas trabalhamos. Mas quando nós oramos Deus trabalha !”. Oração faz toda a diferença na obra de Deus, há muitos exemplos que demonstram este principio, e aqui estão alguns: 1) Pedro - Pregando a nova mensagem do evangelho em Jerusalém - em 30 AD . Resultado: 3.000 almas foram convertidas em um dia . O segredo: Os Discípulos tinham orado por 10 dias. John Maxwell disse : "hoje nós oramos por 10 minutos, pregamos por 10 dias e apenas 3 se convertem". 2) Willian Carey : Considerado o "Pai das Missões Modernas", pregou na Índia a partir de 1792. Resultado: Por 42 Anos ele pregou e viajou. Ele traduziu partes da Bíblia para 25 dialetos indianos. No final da vida havia traduzido a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. O segredo: Willian Carey tinha uma irmã aleijada que era sua companheira de oração. Ele a escrevia semanalmente com seus pedidos de oração. Ela orava todos os dias por ele. 3) Charles Finney : O grande avivalista, pregou em Rochester e New York na década de 1850. Resultado: 10% de toda a cidade se converteu (1.000 pessoas em um só lugar, em um ano). Em Boston , 50 mil fizeram a decisão de se dedicarem a Deus em apenas uma semana. 85 de cada 100 que se convertiam sob a pregação

de Finney permaneciam fiéis a Deus. Uma estimativa diz que ele foi responsável por meio milhão de conversões durante sua vida. Segredo: Ele tinha um companheiro de oração, Abel Clarey, que viajava com ele , e dedicava tempo integral a orar pelo ministério de Finney. Ele nunca partia e enquanto Finney pregava, ele continuava prostrado em oração. Finney admitiu posteriormente que sua pregação teria sido ineficaz sem Abel Clarey e outros companheiros de oração . 4) Dwight L .Moody: O grande evangelista pregou nos Estados Unidos e na Inglaterra na década de 1870. Resultado : Um total de 900.mil preciosas almas ganhas para Cristo, é o calculo da colheita que Deus fez por intermédio de seu humilde servo. Segredo: Maryann Adelard leu um recorte sobre o ministério de Moody e começou a inter¬ceder por ele regular-mente, alem de mobilizar outros a se unirem a ela. Moody costumava colocar 490 estudantes do seminário de Northfield para reuniões de oração e jejum em fa¬vor suas cruzadas evangelísticas. 5) Billy Graham: O evangelista do século XX, pregou a cerca de 200 milhões de pessoas desde o inicio de seu ministério e em quase 200 nações. Resultado : Extensas cruzadas e milhares aceitaram a Cristo. Segredo : O principal critério de analise na escolha desta ou aquela cidade para organizar uma cruzada era a propor¬ção de gru¬pos de oração do povo da cidade em seu favor. Ruth Goodge orou por um quarto de século pelas campanhas de Billy Graham, organizando grupos de oração nas cidades onde Graham conduziria suas cruzadas. 6) Dwight Nelson : Tem sido o pastor da igreja Adventista “Pioneer Memorial”, na Universidade Andrews nos últimos 15 anos. Resultado: Jovens, adolescentes e pessoas de todas as gerações têm respondido ao seu ministério. Ele publicou 8 livros que tem alcançado milhões. Foi orador da Net´98 , programa evangelístico que cobriu o globo – a 1a na historia da IASD. Segredo: A congregação de Dwight, no campus da universidade Andrews tem sido convocada à oração. Nos últimos 8 anos, e no início de cada ano eles dedicam 10 dias para a oração (a exemplo dos 10 dias do Pentecostes). Cada sábado, enquanto Dwight está pregando, um grupo ora por aqueles que atenderão aos apelos. Na liturgia, alguns minutos são dedicados ao “jardim da oração” – Pessoas vem à frente para oração especial. O slogan de sua igreja, gravado em letras douradas num estandarte, diz: “Avançar sobre os joelhos”. O QUE SUA IGREJA PODE FAZER PARA CRESCER FORTE EM ORAÇÃO? Toda igreja poderosa tem lideres que dão prioridade à oração. A maior deficiência de uma igreja não está em programas, estratégias, materiais ou idéias, mas na falta de oração. A maior força da igreja não está em programas

estratégicos, materiais ou idéias, mas na oração. O poder para um ministério efetivo é alcançado através da oração. A oração dá enfoque à missão da igreja. 1. Oração, estudo da bíblia e ministério devem ser conservados fundamentalmente juntos. Ministério sem oração torna o trabalho improdutivo e cansativo. Oração e estudo da bíblia sem ministério é cristianismo contemplativo. 2. Estabeleça tempo, programas e lugares para o povo orar junto – pela igreja, pelos lideres e pela comunidade. 3. Encoraje a devoção pessoal e em família. Oração privativa é a mais alta atividade que uma alma pode engajar. Mas alguém disse que se o culto familiar é negligenciado, qualquer outra tentativa de oração é como borrifara folhagem de planta com água e deixar as raízes secas. 4. Estabeleça um coordenador de oração. COORDENADOR DE ORAÇÃO DESCRIÇÃO: O coordenador de oração é o elemento essencial para uma igreja que ora. Ele ou ela é a pessoa que ajudará a integrar a oração em toda a vida da igreja e no calendário da igreja. Qualificações: A pessoa apontada para esta posição deve possuir as seguintes características: • Vida dedicada à oração. • Maturidade espiritual • Dons de organizar, encorajar e liderar com ênfase na oração. • Boa reputação na igreja e a confiança dos lideres da igreja. • Tempo para atender eventos de oração. Trabalho do coordenador/Equipe de oração: 1- Identificar pessoas na igreja que tem indicado interesse na oração intercessória. 2- Estabelecer grupos para oração, planejamento e comunicação das iniciativas de oração. 3- Ajudar na implementação de planos para as duplas ou grupos que estarão orando por pedidos específicos- por nome – de pastores, professores, líderes de igreja, Associação/Missão, União, Divisão e Concílio Geral. 4- Algumas idéias sugestivas poderiam ser : A) “Jardim da oração” no serviço de culto. B) Semana de ênfase na oração. C) Correntes de oração. D) Companheiros de oração. E) Reuniões de intercessão. F) Vigílias.

G) Grupos de oração para o evangelismo. H) Retiros de oração. I) Dia de jejum e oração. J) Oração para eventos e necessidades específicas. A batalha de Refidim (Ex. 17:8-16) Quem venceu os amalequitas? Onde estava o foco real da batalha? Quem era o principal guerreiro? Pense nos seguintes aspectos: a) O inimigo nos derrota a partir de nosso ponto mais fraco (Vs. 8). b) O êxito está em unir o esforço humano com o poder com o poder divino (Vs. 9 e 10). c) A vitória está nas mãos dos intercessores (Vs. 11 e 12). O registro de um historiador secular, falaria da vitória de Josué. Mas a Bíblia abre nossos olhos a um quadro mais completo da situação: “Josué luta enquanto Moisés ora. Josué recebe o crédito da vitória. Para impressionar Israel sobre a importância da oração intercessora, Deus permitiu que se alternasse o êxito e o fracasso, de socado com a oração”.

CLASSES BATISMAIS: O MEIO MAIS EFICAZ DE GANHAR ALMAS

Por vários anos consecutivos, as classes batismais têm sido o meio mais eficaz

de ganhar almas. Cerca de 40% de todos os batizados foram preparados em classes batismais. Obreiros que obtiveram resultados extraordinários testificam que usaram profusamente as classes batismais.

Por que este sistema tem se propagado tanto e com tão bons resultados? Qual é a razão de que ganha tantas almas? Primeiro porque é um método simples ao alcance do mais humilde leigo da igreja. Em segundo lugar, apela ao sentido comunitário, pois as pessoas gostam de se reunir para estudar juntos. Terceiro, o estudo da Bíblia sempre dá resultados. Em quarto lugar, facilita as decisões. Quinto, é um método que une a eficácia com a economia, quase não custa nada; somente o esforço e os simples e econômicos materiais.

Convém recordar que as classes batismais têm funcionado em estreita relação

com outros métodos, com os quais tem-se complementado; com as séries de conferências, o trabalho pessoal, os carteiros missionários, porém em alguns casos, tem sido o método único de ganhar almas.

O ensino como método para nosso tempo A serva do Senhor diz claramente: “Muitas pessoas há que querem saber que

fazer para serem salvas. Querem uma explicação simples e clara dos passos indispensáveis para a conversão”. (Evangelismo p. 188). “Seria muitas vezes mais proveitoso se as reuniões de sábado fossem da natureza de um estudo bíblico. A verdade bíblica deve ser apresentada de maneira tão simples e interessante, que todos possam facilmente compreender e apreender os princípios da salvação” (Evangelismo, pág. 348).

Após breve discurso, mudai a ordem dos exercícios, e daí a todos os que

desejarem, ocasião de permanecer para uma entrevista posterior, ou classe bíblica... Tereis grande êxito em aproximar-vos do povo nessas lições bíblicas”(Evangelismo, p. 152).

Método velho com vida nova Recomenda Ellen White: “Há necessidade de homens que orem a Deus

pedindo sabedoria e que, sob a orientação divina, possam pôr nova vida nos antigos métodos de trabalho...” (Evangelismo, p. 15). É o que tem ocorrido com as classes batismais, é um velho método com nova vida.

Jesus usava o ensino Jesus realizava sua obra “...ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho

do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades”(S. Mateus 9: 35). É

evidente que o ensino, o que hoje chamaríamos classes era o método preferido de Jesus. Ensinava nas sinagogas (S. Mateus 9:35). Ensinava através de parábolas (S. Marcos 4:1,2). Ensinava no templo (S. João 7:14). Ensinava às multidões na montanha ou na praia (S. Mateus 5:1,2; Marcos 6: 34; Marcos 10:10).

Os Apóstolos usaram o método A maravilhosa colheita do Pentecostes foi o resultado de uma aula-modelo que

deu Pedro inspirado pelo Espírito Santo: “Com muitas outras palavras deu testemunho, e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. Então os que lhe aceitaram a palavra foram batizados; havendo um acréscimo naquele dia de quase três pessoas” (Atos 2:40, 41). O próprio Pedro corroborou a obra de ensinamento que Filipe havia realizado em Samaria (Atos 8:5-17). Também Pedro foi enviado a instruir ao centurião romano Cornélio que se batizou com sua família (Atos 10).

Evidentemente os apóstolos usaram pelo menos três meios para apresentar a

verdade: 1) A pregação. 2) A obra pessoal de casa em casa. 3) O ensinamento em grupos. Este último meio é o precursor de nossas classes batismais.

Que é Classe Batismal? A Classe Batismal tem como finalidade doutrinar por meio de classes coletivas

a um grupo de interessados na verdade. Suas características principais são: 1. Um grupo de interessados que podem ser: menores, jovens e adultos que

se reúnem periodicamente. 2. Um instrutor da Classe Batismal que pode ser obreiro ou leigo, homem ou

mulher. 3. Um livro de texto: A Santa Bíblia. Sendo conveniente que cada interessado

possua seu exemplar, ou que a classe providencie as mesmas para os interessados.

4. Um Guia de estudos bíblicos. Recomenda-se usar o nome oficial: CLASSE BATISMAL, para que os

interessados saibam sem lugar a dúvidas que estão recebendo a instrução básica para que possam ser batizados. Recomendamos que a pessoa que dá as aulas seja chamado: instrutor da Classe Batismal.

Chaves para o êxito A experiência tem ensinado que se podem obter maiores e melhores

resultados com o plano de Classes Batismais tríplices; o que implica que em lugar de se realizar uma classe na qual estão misturados todos os interessados, a classe se divide em três e cada uma funciona em forma independente. As classes se denominam:

1. Classe Batismal para menores. 2. Classe Batismal para jovens. 3. Classe Batismal para adultos.

A Classe para Menores: Assistem menores de 8 a 14 anos. O professor ou

professora deverá ser bem escolhido; saberá manejar, entusiasmar e influenciar positivamente os menores. A classe será simples, ilustrando as verdades com profusão de material audiovisual. As crianças participarão ativamente: lendo, olhando, fazendo e perguntando. Convém criar um ambiente de unidade e interesse. Para isso é interessante organizar classes ao ar livre, passeios e pequenas festas.

Aconselha a senhora Ellen White: “As reuniões para crianças devem realizar-

se, não meramente para educá-las e entretê-las, mas a fim de que possam converter-se. E isto se dará. Se exercermos fé em Deus, seremos habilitados a mostrar-lhes o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Evangelismo, p. 582).

A Classe para Jovens: É a classe mais importante e a mais difícil. Convém

recordar que nesta classe estão os futuros dirigentes da igreja, os colportores, pastores e evangelistas. Por isso deve ser dirigidas pelo pastor ou um leigo de grande capacidade a quem os jovens apreciem e respeitem. A classe deverá equilibrar a profundidade com o interesse e será muito dinâmica. Os jovens participarão lendo os textos dando suas opiniões e formulando perguntas. Também é conveniente criar um ambiente de unidade e companheirismo mediante atividades sociais que unam aos jovens e lhes ajudem logo a tomar uma decisão pela verdade.

Consideremos o seguinte parágrafo do Espírito de Profecia: “Muitos jovens de

hoje, que crescem como Daniel no seu lar judaico, estudando a Palavra e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas assembléias legislativas, nas cortes de justiça ou nos paços reais, como testemunhas do Rei dos reis” (Serviço Cristão, p. 31).

A Classe para Adultos: Pode ser dirigida pelo pastor, um ancião da igreja ou

um leigo preparado e respeitado por todos. Classe Batismal Permanente: As classes batismais para ser eficazes, devem

funcionar todo o ano. Nem bem termina um curso começa de imediato o próximo. Quer dizer que haverá:

a) Inscrições Permanentes: Em qualquer momento um interessado pode ingressar à classe; se o faz muito ao final do curso, se inscreve novamente ao começar o novo para obter todos os ensinamentos.

b) Colheita Permanente: Ao chegar uma data batismal, se faz um chamado e as pessoas que estão prontas se batizam. Os demais prosseguem estudando na classe até um novo batismo. Existe um tremendo potencial em manter funcionando a classe todo o ano, dessa maneira os interessados têm a oportunidade de preparar-se continuamente para unir-se com a igreja.

Quando dar a classe batismal? 1. Como Classe da Escola Sabatina Muitas igrejas acham que o melhor momento para fazer a classe batismal é na

hora das classes da Escola Sabatina. As classes são organizadas para menores,

jovens e adultos. Recomendamos, no entanto, que siga a rotina de uma classe de Escola Sabatina normal, que tenha registro, se tire oferta, etc... Em lugar da lição da semana, estuda-se um tema doutrinário seguindo a ordem dos estudos bíblicos adotados para a classe. Uma vez batizado o interessado, passa então mediatamente para uma classe tradicional.

2. Depois das reuniões noturnas Depois da conferência dos domingos e da reunião da Quarta, pode funcionar a

classe batismal. Diz a senhora White: “Após breve discurso, mudai a ordem dos exercícios, e daí a todos os que desejarem, ocasião de permanecer para uma entrevista posterior, ou classe bíblica... Sempre que for possível, todo discurso importante deve ser seguido de um estudo bíblico... Depois de uma breve alocução mantende-vos dispostos, a fim de poderdes dar um estudo bíblico sobre os pontos tratados...” (Evangelismo, pp. 152-154).

3. Sábado à Tarde As reuniões dirigidas pelos jovens, também poderiam se transformar a seu

tempo em classes batismais, com instrutores jovens que certamente tenham grande influência sobre seus companheiros

4. Antes do Sermão de Quarta ou Domingo

5. Fazer do Culto uma Classe Bíblica

Organização da Classe Batismal – Requisitos Básicos 1. Um local. 2. Um diretor-instrutor. 3. Um grupo de alunos. 4. Um livro texto: a Bíblia. 5. Uma equipe de apoio: a) Uma secretária(o). b) Recepcionistas. c) Visitadores. Como conseguir interessados 1. Os alunos dos carteiros missionários. 2. Os interessados pela distribuição de folhetos. 3. Os interessados que estão assistindo aos cultos do sábado. 4. Os menores que assistem à igreja. 5. Os alunos da Escola Adventista. 6. Os familiares e amigos dos membros da igreja. 7. Os interessados pelo evangelismo de Semana Santa. 8. As pessoas que assistiram a programas especiais como Semana da

Família, Curso Como Deixar de Fumar, Semana de Oração...

9. Promovendo a Classe aos sábados pela manhã e exortando os membros da Igreja a trazerem mais alunos.

Organização das classes batismais no distrito Bem no início do ano, o pastor deverá organizar as igrejas do distrito para que

todas tenham classes batismais.

Reunião com a comissão da igreja para fazer planos.

Nomeação do instrutor da classe batismal e auxiliares.

Treinamento da equipe.

Visita aos interessados anunciando-lhes o início da classe batismal. (Essa visita poderá ser feita pelo diretor da classe e equipe).

Reunião pública de consagração e chamado, no qual se obtém os nomes dos interessados e se anuncia o começo da classe batismal.

Deve ser fixado um alvo de almas para a congregação.

Fixar também uma data de batismos. O pastor deve se interessar pela marcha das classes batismais. Deve visitá-las

periodicamente para acompanhar o andamento das coisas e apresentar temas de decisão. O pastor também deve reunir mensalmente os diretores das classes batismais para motivação, treinamento e relatórios.

Colheita Abundante Com devida antecedência se fixará para cada congregação uma data de

batismo e se animará aos instrutores para que tenham o maior número possível de candidatos preparados.

Na data assinalada, deverá ser realizado o batismo mesmo que sejam poucos

os candidatos. Deverá ser feito um grande apelo, a fim de se conseguir outras pessoas para a classe batismal permanente.

Publicamente se agradecerá e estimulará ao instrutor da classe batismal,

recordando que todos os seres humanos necessitam e apreciam que seus esforços sejam reconhecidos.

Convém ser amigo dos instrutores batismais, e formar com eles uma

irmandade seleta, pois são os ajudantes especiais do pastor na salvação de almas. Uma Classe Batismal em Ação Dirigir uma classe batismal dinâmica, interessante e que impulsione à ação é

uma arte e uma ciência. O instrutor contribuirá com o melhor de sua personalidade e de sua espiritualidade. Orará ao Senhor em busca de sabedoria e estudará cuidadosamente a lição que deve apresentar.

Programa Sugestivo Boas-vindas Hino inicial

Oração Chamada Breve recapitulação do estudo anterior Estudo Bíblico Perguntas e Respostas Oração Final Lanche e Companhia O instrutor saúda aos alunos, e a seguir todos devem ficar de pé para a oração.

Em alguns casos, inclusive, poderá iniciar com um hino.

Chamada. Poderá ser feita de duas maneiras: o secretário lê a lista e vai anotando a assistência, ou então o secretário faz a chamada em silêncio, olhando os que estão presentes.

Técnica da aula. A aula se baseia em perguntas e respostas que lemos na

Bíblia, depois são feitos os comentários e explicações. Uso da Bíblia. O ideal é que cada aluno possua sua Bíblia. Geralmente ao

começar a classe o instrutor distribui os textos entre os alunos. Outra forma é permitir que o texto seja lido pelo primeiro que o encontre. No entanto, o instrutor deverá ter o cuidado para que todos encontrem em suas Bíblias os textos mencionados e os leiam. Inclusive pode pedir que cada um sublinhe os textos mais importantes em sua Bíblia. Para dar maior ênfase a um texto, poderá ser lido em uníssono por toda a classe. Deve ficar claro para o aluno que a Bíblia é a autoridade máxima.

Inundação de Classes Batismais Assim como uma inundação arrasa com tudo, se conseguimos uma inundação

de classes batismais, arrasaremos com o erro e levantaremos o estandarte da verdade. Na escuridão, quanto mais lâmpadas sejam acesas mais luz haverá; da mesma maneira, quanto mais classes batismais derramem sua luz, mais rápido se iluminará o Brasil com a luz salvadora do evangelho.

Por isso animamos a todos a organizar o maior número de classes batismais,

para aumentar consideravelmente a colheita de almas. IGREJA SEM CLASSE BATISMAL É COMO MATERNIDADE SEM SALA DE

PARTO. pr. PAULO STABENOW .

A OPERAÇÃO ANDRÉ

Texto: João 1:35-42; 6:1-12; 12:20-22

Objetivo: Motivar a congregação a levar pessoas a Cristo a através do

envolvimento na operação André.

Introdução: André era uma pessoa especializada em trazer pessoas para Jesus.

A tradição diz que ele foi martirizado na Grécia por um tirano chamado Murillo.

Eles queriam crucificá-lo, mas André sentiu-se indigno de ser crucificado com o

mesmo tipo de cruz que Jesus usou. Então ele foi crucificado numa cruz com

forma de X, chamada hoje de cruz de Santo André. A tradição também diz que

ele ficou preso na cruz por três dias. Durante este tempo, ele constantemente

apelava às pessoas da multidão que se aglomeravam ali a que se entregassem a

Jesus.

1. Características de André (João 1:40)

André nunca foi conhecido como um grande professor, pregador ou erudito.

A. Seu nome: André significa “homem”. Ele era um discípulo comum. Peter

Marshall o chama de santo sem verniz.

B. Sua notoriedade: André era um discípulo obscuro. Era conhecido apenas

como o “irmão de Simão Pedro”, mas devemos nos lembrar que foi André quem

trouxe Pedro a Jesus.

2. A Conversão de André (João 1:35-39)

André encontrou Jesus através do testemunho de seu amigo João Batista.

A. Deus usou um companheiro respeitável: André acreditou no testemunho de

João acerca de Jesus porque ele era um amigo próximo de André.

B. Deus usou uma ilustração Redentiva: João Batista usou uma analogia que

cada pessoa judia entendia, ao se referir ao “Cordeiro de Deus”. Todos estavam

familiarizados com as cenas de sacrifício no santuário. No Éden, um cordeiro

cobriu a nudez de Adão.

C. Deus usou uma abordagem relacional: João – André – Jesus. 80% das

pessoas que entram na igreja vêm através de amigos. Deus usa os

relacionamentos para trazer pessoas para o relacionamento com Jesus.

Em 1955, a equipe de Billy Graham começou a usar a operação André para

encorajar os cristãos a trazerem pessoas para Cristo. A porcentagem dos que

atenderam aos apelos mais do que dobrou como resultado desse programa. Uma

mulher apontou certa senhora que estava sendo aconselhada após o sermão de

Billy Graham, e disse ao líder da equipe de conselheiros:

- “Veja aquela mulher com lágrimas nos olhos, ela é a caixa do supermercado

onde faço compras duas vezes por semana. Venho orando por ela por meses, e

após iniciar uma amizade com ela, passei em sua casa e a trouxe comigo para a

cruzada. E aquela outra lá é a minha cabeleireira. Freqüentei o seu salão três

vezes essa semana, apenas para trazê-la comigo ao programa”.

3. A preocupação de André. (João 1:40-42; 6:8; 12:20-22)

Após André se encontrar com Jesus, sua grande motivação foi trazer outros para

Jesus.

A. Ele trouxe Simão Pedro para Jesus... João 1:40-42

1. Sua prioridade: cumprir a missão.

2. Seu método: achar, falar, trazer.

B. Ele trouxe um menino a Jesus... João 6:8

C. Ele trouxe alguns gregos a Jesus... João 12:20-22

O Titanic foi o maior navio dos seus dias, pesando 46 mil toneladas, era

considerado insubmersível. Mas na noite de 14 de abril, 1912, enquanto

navegava no oceano, a uma velocidade de 22 nós, bateu num iceberg. Porque

estava equipado com poucos salva-vidas, quando afundou, 1513 pessoas se

afogaram. Um passageiro, John Harper, estava de viagem para pregar na Igreja

Moody, em Chicago. Tentando manter-se flutuando no oceano, ele nadou em

direção a um jovem que segurava um pedaço de madeira. Harper perguntou,

“jovem, você está salvo?”. O rapaz disse, “não”. Uma onda os separou. Após

alguns minutos, estavam próximos novamente, e Harper perguntou, “você já está

em paz com Deus?”. O jovem respondeu, “ainda não”. Uma onda cobriu John

Harper e ele não mais foi visto, mas as palavras, “você está salvo?” ficaram

ressoando nos ouvidos do jovem. Duas semanas mais tarde, o jovem dava

testemunho numa convenção de jovens cristãos em Nova York. Ele narrou sua

história e disse: - “Eu sou o último converso de John Harper”.

Conclusão:

Lições da vida de André:

Deus usa pessoas comuns de maneiras variadas.

Faça uma pesquisa durante o sermão:

a) Quantos de vocês vieram a Cristo porque um pastor veio à sua casa?

b) Quantos vieram porque ouviram um programa de rádio ou TV?

c) Quantos vieram através de influência de um amigo ou parente?

A verdade tem impacto no contexto da amizade.

Cada um pode fazer o quer André fez.

Faça apelo para o compromisso de levar pessoas para a série evangelística ou

para a Classe Batismal. Entregue os cartões de oração intercessória.

Passos envolvidos na operação André:

A – Leve a congregação a listar o nome de 7 a 10 pessoas que eles estarão

dispostos a orar e convidar para a Classe Batismal ou Série de Conferências.

B – Encoraje cada pessoa a desenvolver amizade com as pessoas que eles irão

orar.

C – Tenha alguns momentos de oração suplicando a Deus que mova o coração

das pessoas que serão convidadas.

PROJETO JOSUÉ E CALEBE

NUM. 13:1-33

A. O QUE É?

I. É um projeto missionário de grande envergadura que visa envolver um

percentual definido dos membros da Igreja em atividade missionária direta de

visitação aos lares como instrutores bíblicos, seguindo o modelo de Duplas

Missionárias, utilizado por Jesus no envio dos doze e depois dos setenta.

B. COMO DEVERÁ FUNCIONAR O PROJETO?

I. No relato da experiência de Josué e Calebe, em sua missão como espias na

terra de Canaã a Bíblia encontramos alguns princípios que, se observados na

formação e na manutenção deste projeto, garantirão, seguramente, o êxito que

Deus deseja para Sua Igreja e que nós devemos esperar. A experiência de Josué

e Calebe como espias fiéis, serve de estímulo e base para o nome do projeto.

1- A Idéia de Formarmos Duplas Missionárias e enviá-las de casa em casa é

uma idéia Divina. V.1 e 2.

O texto bíblico afirma: “Disse Deus a Moisés”. v. 1. “Segundo o mandato do

Senhor”. V. 3.

Espiar a terra para conquistá-la foi uma idéia de Deus.

O plano era Divino. O mesmo pode ser dito quanto a formação de Duplas

Missionárias para darem estudos Bíblicos.

Descrevendo a organização dos primeiros evangelistas Ellen White diz: “Nenhum

foi mandado sozinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao lado de

amigo. Assim se poderiam auxiliar e animar mutuamente, aconselhando-se entre

si, e orando um com o outro, a força de um suprindo a fraqueza do outro”. O

Desejado de Todas as Nações, pág. 350.

“Da mesma maneira enviou Ele posteriormente os setenta. Era o desígnio do

Salvador que os mensageiros do evangelho assim se associassem”. Iden.

“Teria muito mais êxito a obra evangélica em nossos dias, fosse esse exemplo

mais estritamente seguido”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 350.

“Devem ser sempre dois a dois de nossos irmãos a saírem juntos, e depois tantos

quantos eles possam reunir mais para se empenharem na obra de visitar e

buscar interessar famílias, fazendo esforços pessoais”. Carta 34, 1886.

Por outro lado “O plano de se darem estudos bíblicos foi uma idéia de origem

celeste.”. Evangelismo 456.

As duplas devem ser enviadas ao trabalho. O Verso 2 diz assim: “Envia

homens...”

Esta tem sido a tônica das Escrituras no que diz respeito á pregação do

evangelho também: Foi Deus que, em visão deu a Cornélio a ordem para enviar

homens a Jope a fim de chamar Pedro para anunciar-lhe o evangelho. Atos 10:5.

Foi Deus que enviou o anjo para dizer á Felipe para ir ao encontro do Eunuco e

ensinar-lhe as escrituras. Atos 8: 26.

Foi Jesus quem ordenou: “Ide e fazei discípulos de todas as nações...” S. Mat.

28:18.

A Igreja do NT é a igreja do “Ide”.

Não podemos esperar que as pessoas venham a nós, temos que ir a elas, onde

elas estão.

De acordo com Mateus 28:18, a igreja deve ir e nesse processo ela faz

discípulos. A ênfase da igreja do Novo Testamento está no “Ir” e pregar o

evangelho.

“Os discípulos deviam trabalhar fervorosamente pelas almas, dando a todas o

convite de misericórdia. Não deviam esperar que o povo viesse a eles; deviam

eles ir ao povo com sua mensagem.” AA, 28.

“Nossa obra foi-nos designada por nosso Pai celeste. Devemos tomar a Bíblia,

e sair para advertir o mundo. Somos a mão ajudadora de Deus no salvar almas

- condutos pelos quais Seu amor deve fluir dia a dia para os que perecem”.

Testimonies, vol. 9, pág. 150.

“Esse trabalho de casa em casa, em busca de almas, à procura da ovelha

perdida, é o trabalho mais importante que se possa efetuar”. Carta 137, 1898.

Duplas missionárias é uma das maneiras que a Igreja temque mais se enquadra

no cumprimento desta ordem.

C. A FORMAÇÃO DAS DUPLAS

Os que formarão as duplas devem ser escolhidos e bem preparados. Que tipo de

homens eram os espias? “Todos aqueles homens eram cabeças dos filhos

de Israel”. V. 3.

a. Eram líderes dos filhos de Israel. V.2 e 3.

b. Eram homens capazes, treinados e preparados para a tarefa.

c. Eram homens que foram escolhidos á dedo porque representavam o povo, as

tribos de Isael.

d. Não eram os anciãos do povo, mas se destacavam por sua capacidade de

liderança.

e. Um destaque especial a Calebe e Josué como exemplos de uma boa Dupla

Missionária:

Josué: “Yahweh é salvação”. Grande líder, organizado, corajoso e fiel. Josué

24:15; 8:3035;10:10-14;1:13-18;11:12-15;14:1-5. Do seu nome derivou o nome

Jesus. Josué é um tipo de Cristo no VT. Assim como Josué, cujo nome significa

Yahweh é salvação”, conduziu o povo de Israel e os introduziu na terra

prometida, sendo assim a salvação deles, assim também Jesus, cujo nome

significa salvação, conduz pecadores arrependidos á terra santa celestial.

Calebe: “Cão”ou “Escravo” Perseverante e destemido, obediente,. Num. 13:30;

Josué 14:6-15.

Havia um alvo final a ser conquistado. Este alvo era Canaã.

a. Canaã era a terra prometida à Israel. Havia uma promessa de que

Deus daria a terra de Canaã a Israel. Gen. 15:1-21, especialmente

os versos 18-21.

b. Deus prometeu dar a terra aos que não se acovardassem e

perseverassem em segui-Lo. Num. 14:24.

c. A promessa foi cumprida para Calebe e Josué. Josué 14:6-15; 15:4.

Cada Igreja e todo o Campo devem estar envolvidos no projeto. “De cada

tribo um homem”. V.2.

d. Cada tribo estava representada. Usaremos o mesmo princípio de

representatividade. De cada Igreja 5% dos membros envolvidos.

e. Doze é um número que simboliza universalidade, totalidade. Para

o nosso projeto - todas as igrejas do campo envolvidas.

A totalidade dos filhos de Israel (Jacó) foi doze (Gên. 35:22-27; 42:13,32).

Portanto, doze eram as tribos Israel (Gên., 49:28).

Jesus escolheu, ao todo, doze apóstolos, (Mat. 10).

A Nova Jerusalém terá doze fundamentos ao todo, cada um dos quais com o

nome de um dos doze apóstolos de Jesus (21:14). Essa cidade terá, ao todo,

doze portões de pérolas (Apo. 21:12). Uma espécie de cubo, com doze mil

estádios de cada lado.

Além de trabalhar com os parentes , amigos e vizinhos, as Duplas devem

dividir o território em volta da Igreja e fazer pesquisa de opinião religiosa

para levantar interessados. Num. 13:18-20.

f. Algumas perguntas os espias teriam em mente: Como é a terra?

É boa ou má? Como são as cidades, arraiais ou fortalezas? Qual

era o numero daquela gente? Quão bem fortificados estavam?

Quão bem armados estavam eles para a batalha? Num. 13:18-20.

g. Havia uma divisão de território para ser explorada. V. 21. Nas

igrejas em que for possível deve-se fazer uma divisão das quadras

que envolvem o seu território.

As duplas devem ter um alvo de batismo. “Tende ânimo e trazei do fruto da

terra”, V. 20.

a. Havia um alvo específico e imediato para os espias. “Tende ânimo e

trazei do fruto da terra”, V. 20.

b. Cada dupla deve ser desafiada a orar por dez pessoas.

c. Cada dupla deve ser desafiada a trazer, no mínimo duas almas aos pés de

Cristo em 2007.

d. Há milhares que estão maduros, esperando apenas serem colhidos.

“Eram aqueles dias os dias das primícias das uvas”. V. 20. Os frutos

estavam prontos para a colheita.

Eles trouxeram Uvas, romãs e figos, v. 23.

Os frutos estavam maduros.

Há aqui uma mensagem de animo para todos

nós. Há muitos que estão no vale da decisão,

esperando apenas serem colhidos.

1. “Em todo o mundo homens e mulheres olham

atentamente para o Céu. De almas anelantes de luz,

de graça, do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas

e indagações. Muitos estão no limiar do reino,

esperando somente serem recolhidos.” AA, 109.

2. ” Grande número de pessoas ... está no vale da

decisão. Oxalá o Senhor conceda aos Seus servos

sabedoria para dirigir a essas almas palavras tais que

os animem a professar a verdade e entregar a Deus

sua vontade e a consagração integral do coração.”

Evangelismo, 328.

3. Jesus mesmo recomendou os discípulos a orarem ao

Senhor da seara para que envie mais ceifeiros, pois

os campos já estão maduros. Mat. 9:38.

2. Depois do primeiro encontro para o envio das Duplas, deve haver um

período inicial de trabalho e em seguida um reencontro para a celebração,

prestação de contas e apresentação dos resultados.

a. “Ao cabo de quarenta dias ...” V. 25. Quarenta dias são usados

com freqüência para representar um tempo de preparo, de prova

ou teste, de consagração e de desenvolvimento de significativos

atos divinos em favor do Seu povo.

Moisés passou quarenta anos no deserto se preparando

para a retirada de Israel do Egito. Atos 7:23-30; Num.

14:34; Det. 31:2.

Moisés esteve no monte Sinai quarenta dias, na presença

do Senhor, recebendo a lei. Exo. 24:18.

Os espias exploraram a terra por quarenta dias. Num.

13:25.

Jesus jejuou por quarenta dias antes de ser tentado. Mat.

4:2.

b. Seguindo este princípio as duplas escolhidas vão passar pelo

programa de quarenta dias de intimidade com Deus.

Esse preparo espiritual os fará poderosos no testemunho.

Os que praticarem estar continuamente na presença do

Senhor, certamente se tornarão poderosos conquistadores

de almas.

“Quando Pedro e João testificaram perante o conselho do

Sinédrio, os homens "se maravilharam; e tinham

conhecimento que eles haviam estado com Jesus". Atos

4:13.

Acerca de Estêvão, acha-se escrito que "todos os que

estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele,

viram o seu rosto como o rosto de um anjo". Os homens

"não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que

falava". Atos 6:15 e 10.

E Paulo, escrevendo a respeito de seu próprio julgamento

na corte dos Césares, diz: "Ninguém me assistiu na minha

primeira defesa, antes todos me desampararam.... Mas o

Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim

fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem;

e fiquei livre da boca do leão." II Tim. 4:16 e 17.

Este é o testemunho das Escrituras acerca de homens e

mulheres que estiveram na presença do Senhor e se

tornaram irresistíveis na pregação do evangelho.

c. Após os quarenta dias de intimidade com Deus e de trabalho, as

Duplas devem se reencontrar para a celebração. “Voltaram de

espiar a terra e se reuniram diante Moisés e Arão e de toda a

congregação, deram-lhes contas e lhes mostraram o fruto da terra”.

V. 26, 27.

Houve um reencontro para um relatório e para apresentar

os frutos da terra.

Este reencontro pode ser feito á nível de Igreja e

coordenado pelo pastor, mas com a presença da

congregação e de todos os demais membros da Igreja.

1. EGW diz que, “O povo de Israel estava acariciando

grandes esperanças, e os aguardavam com ávida

expectação. A notícia da volta dos espias foi levada

de tribo a tribo, e saudada com regozijo. O povo

precipitou-se ao encontro dos mensageiros, que

saíram ilesos dos perigos de sua arriscada empresa.”

PP. 405.

As datas devem ser marcadas logo no primeiro encontro, a

fim de que todos saiam para os quarenta dias de

intimidade e de trabalho e saibam quando será o retorno

para apresentação dos frutos do seu labor missionário.

Durante este período de trabalho os pastores devem dar

acompanhamento, orientação e inspiração a cada dupla

em ação.

3. Este é um projeto desafiador, mas, se seguirmos as diretrizes divinas,

podemos estar certos do êxito. Há gigantes na terra. V.28,33.

a. Certamente não se trata de um projeto simples. Envolverá:

Muito trabalho, concentração de esforços, muita gente

envolvida, gastos financeiros consideráveis, etc.

Escolher bem os participantes, Cadastrá-los em cada

Igreja e Associação, treiná-los bem, colocar os materiais

apropriados em suas mãos.

Encontrar datas para o treinamento e reencontro.

Dar o devido acompanhamento e sustentação do projeto.

b. Alguns poderão desanimar e desfalecer. Pode haver ceticismo

quanto a viabilidade do projeto, quanto ao número de Duplas, etc.

c. Mas uma coisa é certa. Se o plano é de Deus, se Deus promete a

Sua benção, podemos confiar no êxito dos nossos “esforços

sinceros”.

No final das contas, tudo vai depender da nossa escolha.

Em todos os desafios que Deus nos faz há sempre dois

caminhos – o da fé e certeza, e o da incredulidade e

dúvida.

Como seres humanos seremos sempre inclinados a seguir

pelo caminho da Dúvida e incerteza – e essa foi a escolha

de dez dos doze espias de Israel, a grande maioria.

Mas é o exemplo de fé e certeza de Josué e Calebe que

eu gostaria de estimular os Senhores a seguirmos, pois

este é o caminho do sucesso.

Se seguirmos o exemplo desta dupla vitoriosa – Josué e

Calebe, Se não formos rebeldes contra o Senhor, como

foram os dez espias que inflamaram o povo, e se não

temermos os Gigantes, possuiremos a terra e

prosperaremos nela, esta é a promessa do Senhor para

nós hoje.

1. “...porquanto, como pão, os podemos devorar;

retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é

conosco, não os temais”. Josué 14:9úp.

2. “Se o Senhor se agradar de nós, então, nos fará

entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana

leite e mel”, Josué 14:8.

Portanto senhores, “Eia! Subamos e possuamos a terra,

porque, certamente, prevaleceremos contra ela”. Josué

13:30.

“Caso eles assim cooperem com Deus, Ele os revestirá de

poder espiritual. Cristo os guiará em seu trabalho, entrando

nas casas do povo juntamente com eles, e dando-lhes

palavras que penetrarão profundamente no coração dos

ouvintes. O Espírito Santo abrirá corações e mentes para

receberem os raios vindos da fonte de toda luz”. Review

and Herald, 29 de dezembro de 1904. Evangelismo, 436.

“Ao irem eles de casa em casa, explicando as Escrituras

ao povo de maneira clara e simples, Deus torna a verdade

poderosa para salvar. O Salvador abençoa os que fazem

tal obra”. Carta 108, 1901.

“Aliada ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao

poder do amor de Deus, esta obra não há de, não pode,

ficar sem frutos”. A Ciência do Bom Viver, págs. 143 e 144.

“Ao visitar de casa em casa, abrindo as Escrituras àqueles

cujo entendimento se acha obscurecido, os anjos de Deus

estarão bem perto, ao seu lado, a fim de impressionar o

coração daquele que se acha sedento da água da vida”.

Evangelismo 489, Review and Herald, 6 de outubro de

1896.

“Mas se nos entregarmos completamente a Deus, e

seguirmos Sua direção em nosso trabalho, Ele mesmo Se

responsabilizará pelo cumprimento. Não quer que nos

entreguemos a conjeturas sobre o êxito de nossos

esforços honestos. Nem uma vez devemos pensar em

fracasso. Devemos cooperar com Aquele que não conhece

fracasso.” Parábolas de Jesus, 363.

O APELO

Pr. Roberto Motta

A Validade do apelo evangelístico

É válido ou legítimo fazer um apelo para que as pessoas venham a Cristo?

Sim! Os métodos podem variar, mas o apelo evangelístico é válido pelo menos

por três razões. Primeira, ele é válido porque o Evangelho exige decisão.

Segunda, ele é válido porque ele é repetidamente ilustrado na Bíblia. Terceira,

ele é referendado pelo Espírito de Profecia.

1- O Evangelho de Jesus Cristo exige decisão. Ele não é meramente uma

série de fatos aos quais uma pessoa pode prestar concordância intelectual; é

um chamado para o indivíduo sair do seu pecado e da sua negligência de

Deus, em arrependimento, e voltar-se para Cristo em fé, aceitando-O como

Senhor e Salvador. Quando isto acontece, a pessoa experimenta a conversão.

Os teólogos têm debatido durante séculos a relação entre a soberania de Deus

e a responsabilidade do homem, todavia, as duas coisas são ensinadas nas

Escrituras, e ambas agem na conversão. Não podemos explicar nem entender

inteiramente, mas a Bíblia diz enfaticamente que na conversão Deus está em

operação e o homem precisa responder afirmativamente.

Deus está em operação na conversão. Precisamos lembrar sempre que o

Espírito Santo é o grande Comunicador e o grande Agente de consolidação

dos convertidos. Sem a obra sobrenatural do Espírito não haverá o que

chamamos de conversão. É o Espírito Santo que ocasiona convicção de

pecado. Ele aplica a verdade do Evangelho. Jesus disse: "Quando ele vier,

convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (João 16:8). É o Espírito

Santo quem propicia novo nascimento e nova vída. Jesus disse a Nicodemos

que quem não nascer "do Espírito" "não pode entrar no reino de Deus"

(João3:5). A Bíblia diz que "não por obras de justiça praticadas por nós, mas

segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e

renovador do Espírito Santo" (Tito 3:5). Esta grande verdade deveria nos tornar

cada vez mais dependentes de Deus em nosso trabalho de evangelização,

sabendo que, em última análise, é Deus quem transforma as vidas, e que sem

Ele somos totalmente ineficientes.

Mas também precisamos nos lembrar de que a Bíblia enfatiza a necessidade

da resposta positiva do homem ao Evangelho. A conversão é mais do que um

fenômeno psicológico - é a volta de todo o homem para Deus. É uma entrega

consciente a Cristo, incluindo arrependimento e fé. No Evangelho, homens e

mulheres são chamados para abandonar todas as outras lealdades e seguir

Jesus Cristo em discipulado. Esse discipulado não é um apelo emocional para

a pessoa se sentir triste por causa dos pecados, e voltar-se para a justiça. Não

é um apelo intelectual para aceitar os ensinamentos de Jesus e imitar os Seus

exemplos. Não é um apelo religioso para se submeter a certos rituais ou atos

de penitência. É essencialmente um apelo pessoal de auto-entrega

incondicional à pessoa de Jesus Cristo.

Deus agiu em Jesus Cristo - e esse ato demanda uma resposta da parte do

homem pecador.

R. J. Rish em seu livro Giving a Good Invitation, menciona a solidez psicológica

do apelo: “Para converter-se, o homem necessita da oportunidade de

responder ao evangelho. Disse alguém com propriedade que a impressão sem

a expressão pode conduzir à depressão. Pregar com o objetivo de obter uma

resposta e não dar oportunidade para um comprometimento, pode frustrar os

ouvintes da Palavra e aprofundar-lhes o hábito da procrastinação.”

2- É por isso que por toda a Bíblia repetidamente encontramos a

conclamação a uma decisão. Por essa razão o chamado para a decisão é

uma parte importante da nossa pregação evangelística.

Desde Adão -"Onde estás?" em Gênesis 3 - até o apelo final do Espírito e da

Noiva em Apocalipse 22, a Bíblia é um convite só ecoando e ressoando para

que a humanidade perdida se volte para Deus.

Moisés fez um apelo quando disse: "Quem é do Senhor, venha até mim"

(Êxodo 32:26).

Josué apelou para que Israel fizesse uma entrega definida: "Escolhei hoje a

quem sirvais" (Josué 24: 15). Quando o povo disse que se decidia por Deus e

O serviria, Josué o escreveu, e estabeleceu uma grande pedra como

testemunha da decisão popular.

Elias defrontou-se com os falsos profetas de Baal e a incredulidade do povo, no

Monte Carmelo. "Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o

povo se chegou a Ele; Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas"

(I Reis 18:30). Quando Deus consumiu miraculosamente o sacrifício que estava

sobre o altar, o povo reagiu: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!" (I Reis

18:39).

João Batista pregou no deserto, e multidões foram lá para ouvi-lo e atender ao

seu apelo ao arrependimento (Marcos 1:5).

Jesus disse a Pedro e André: "Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de

homens" (Mateus 4:19).

Em Suas instruções aos Seus discípulos, Ele declarou abertamente que

quando eles fossem pregar o Evangelho, deveriam fazê-lo claramente, para

que os homens atendessem. "Portanto, todo aquele que me confessar diante

dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus;

mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de

meu Pai que está nos céus" (Mateus 10:32,33). Toda pessoa que Jesus

chamou, Ele chamou para declarar publicamente a sua entrega, ou Ele lhe

falou diante dos outros. Quando Jesus estava indo de Jerusalém para Jericó,

um cego chamado Bartimeu clamou-lhe. Lemos: "Então parou Jesus e mandou

que lho trouxessem" (Lucas 18:40; veja também Marcos 10:46ss.). Jesus

poderia ter-se dirigido silenciosamente àquele homem, levá-lo a um lado, mas

ao contrário, chamou-o publicamente, à frente da multidão.

Diante de grande número de pessoas, Jesus olhou para cima, viu Zaqueu em

uma árvore, e o chamou para descer publicamente (Lucas 19:5).

Os apóstolos seguiram o mesmo exemplo. No dia de Pentecostes, Pedro

recomendou ao povo que se arrependesse e cresse em Jesus, e três mil

pessoas aceitaram a Cristo. Quando Paulo recordou o seu ministério em Éfeso,

pôde dizer: "Por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas,

a cada um" (Atos 20:31 ). Como resultado, uma forte igreja foi estabelecida,

pois o povo atendeu com arrependimento e fé. Em II Coríntios 5:20 Paulo

declara: “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus

exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos

reconcilieis com Deus". Muitos outros exemplos poderiam ser dados, pois o

Evangelho sempre requer decisão. E é por isso que o apelo por uma decisão é

tão importante na obra de evangelização.

O apelo por uma decisão - o convite - não é, por conseguinte, algo que

simplesmente se acrescenta ao fim de um sermão evangelístico, como um

"post-scriptum". Pelo contrário, todo o sermão leva a ele. E não é apenas válido

fazer um apelo (quer seja público ou na quietude do lar de alguém), ele é

essencial. Ele pode assumir muitas formas, mas se as pessoas ouvem a

mensagem e saem sem se confrontar com um apelo claro e insofismável –

“Que pensais vós do Cristo?" (Mateus 22:42) então falhamos em nossa

proclamação do Evangelho.

Referendado pelo Espírito de Profecia

Falando do movimento do advento de 1843 e 1844, Ellen G. White descreve o

tipo de apelos que levavam pecadores à verdadeira conversão:

“Freqüentemente um apelo era feito para os que criam nas verdades que

haviam sido provadas pela Palavra para que se levantassem, e grande número

atendia.” Evangelismo, p.284.

“Existem em toda congregação almas hesitantes, quase persuadidas a se

dedicarem inteiramente a Deus. A decisão está sendo feita para o presente e

para a eternidade; mas muito freqüentemente acontece que o pastor não

possui no próprio coração o espírito e o poder da mensagem da verdade, pelo

que não faz apelos diretos às almas que tremem na balança. O resultado é que

as impressões não se aprofundam no coração dos convictos; e saem da

reunião sentindo-se menos inclinados a aceitar o serviço de Cristo, do que

quando chegaram. Decidem esperar oportunidade mais favorável; à qual,

porém, nunca chega.” Testimonies, vol. 4, pág. 447.

“Com a unção do Espírito Santo, que lhe incuta responsabilidade pelas almas,

não despedirá a congregação sem apresentar-lhe a Jesus Cristo, único refúgio

do pecador, fazendo apelos veementes que cheguem ao coração dos ouvintes.

Deve ele ter a consciência de que talvez nunca mais se encontre com esses

ouvintes antes do grande dia de Deus.” Testimonies, vol. 4, pág. 316.

“Em todo discurso, deve-se fazer fervoroso apelo ao povo, para que deixem

seus pecados e se voltem para Cristo.” Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 526

e 527.

Em nossas reuniões campais fazem-se demasiado poucos esforços de

reavivamento. Há demasiado pouca busca do Senhor. Cultos de reavivamento

devem ser realizados desde o começo até ao fim das reuniões. Os mais

decididos esforços devem ser feitos para despertar as pessoas. Vejam todos

que sois fervorosos porque tendes uma mensagem maravilhosa do Céu. Dizei-

lhes que o Senhor vem julgar, e que nem reis, nem governantes, nem riqueza

nem influência, serão de ajuda para evitar os juízos que logo hão de cair. No

fim de cada reunião devem ser pedidas decisões. Testimonies, vol. 6, págs. 64

e 65.

“A obra do Espírito Santo é convencer as almas de sua necessidade de Cristo.

Muitos estão convencidos do pecado, e sentem sua necessidade de um

Salvador que perdoa o pecado; mas estão meramente insatisfeitos com seu

procedimento e objetivos, e se não há uma aplicação resoluta da verdade para

o seu coração, se não são proferidas palavras no momento oportuno,

convidando-as para a decisão ante o peso da evidência já apresentada, os

convictos prosseguem sem identificar-se com Cristo, passa a oportunidade

áurea, e não se entregaram, e apartam-se mais e mais da verdade, mais

distantes de Jesus e nunca fazem sua decisão em prol do Senhor.

Ora, o pastor não deve meramente apresentar a Palavra de Deus de maneira

tal que convença do pecado de forma geral, mas terá que exaltar a Cristo

perante seus ouvintes. O que Cristo deles requer tem que ser esclarecido. As

pessoas devem ser instadas a decidirem-se, precisamente agora, a colocar-se

do lado do Senhor. Carta 29, 1890.

“Abandonai toda aparência de apatia, e levai as pessoas a pensar que há vida

ou morte nestes assuntos solenes, segundo os recebam ou rejeitem. Ao

apresentar verdades decisivas, perguntai freqüentemente quem, depois de

terem escutado as palavras de Deus, que lhes aponta o dever, está disposto a

consagrar a Cristo Jesus o coração e a mente com todos os seus afetos.” Carta

8, 1895.

“Deus e Seu amado Filho têm que ser apresentados ao povo na exuberância

do amor que manifestaram para com o homem. Com o fito de desfazer as

barreiras de preconceito e impenitência, o amor de Cristo tem que ter uma

parte em cada discurso. Fazei com que os homens saibam quanto Jesus os

ama, e que provas lhes deu de Seu amor. Que amor pode equivaler ao que

Deus manifestou pelo homem por meio da morte de Cristo na cruz! Ao estar o

coração cheio do amor de Jesus, isto pode ser apresentado ao público, e

tocará os corações.” Carta 48, 1886.

Princípios com respeito à maneira de se fazer um apelo evangelístico:

1. O nosso apelo precisa ter integridade teológica.

Ao fazer um apelo, você precisa estar pessoalmente convencido de que está

preenchendo uma função bíblica. Vejamos novamente Êxodo 32:26, onde

Moisés clama: "Quem é do Senhor, venha até mim", - e note também o

resultado: "Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi". Jesus, no

decorrer de todo o Seu ministério, chamou pessoas para segui-

lo publicamente. A grande confissão de Pedro foi feita publicamente. Por seu

turno, ele, em Atos 2:38,39, clamou publicamente por arrependimento e

batismo: "Com muitas outras palavras deu testemunho, e exortava-os, dizendo:

Salvai-vos desta geração perversa" (Atos 2:40). 0 seu apelo foi tanto público

quanto intenso.

Paulo diz: "De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se

Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que

vos reconcilieis com Deus" (II Coríntios 5:20).

Clifton J. Allen disse: "O apelo não é um truque para caçar almas. Não é um

amuleto para conseguir resultados. Não é um ritual para confirmar a ortodoxia.

É simplesmente o chamado de Cristo para confrontar o povo com a oferta da

Sua redenção, as demandas do Seu senhorio e os privilégios do Seu serviço".

2. O nosso apelo precisa ter integridade pessoal

Não podemos enganar. O apelo não é a minha tentativa de manipular uma

reação positiva. Como representante de Cristo, preciso deixar claro o chamado

a Cristo, o chamado de Cristo, e o preço desse chamado para mim. Muitos

oponentes do apelo evangelístico estão reagindo ao mau uso emocional que

tem sido feito de um grande privilégio bíblico.

Renovemos a nossa dedicação a uma integridade pessoal ao realizar essa

conclamação a uma decisão e discipulado.

3. O nosso apelo precisa ser reconhecido como uma obra do Espírito

Santo.

Está claro em I Coríntios 2:9-16 que nenhum homem recebe ou entende as

coisas de Deus sem a ajuda e assistência do Espírito Santo de Deus. Sem Ele,

as minhas palavras são da carne.

Porém, da mesma forma como eu preciso que Ele me capacite para "pregar a

Palavra", o meu auditório de uma ou de mil pessoas precisa que Ele "ilumine

as mentes dos que não crêem...". O meu papel, como evangelista, é o de

confrontar homens e mulheres com todo o evangelho de Jesus Cristo, no poder

do Espírito... mas é Deus quem salva... não eu.

4. Benefícios do apelo.

a- Tornamos claro para os nossos ouvintes que o Evangelho exige decisão.

Eles não podem permanecer neutros em relação a Cristo

b- Fazer uma decisão, especialmente de maneira pública, reforça a decisão

mental. O dr. Roy Fish disse: "Ela finca uma estaca que permanecerá como

recordação da lealdade que prometi a Jesus Cristo". Sem dúvida, isto estava

por trás das instruções de Deus à nação de Israel para tirar doze pedras do

Mar Vermelho e levantá-las como um monumento à graça salvadora de Deus.

Faris O. Whitesell diz: “As emoções excitadas e os desejos aguçados logo

passarão, a não ser que se tome uma atitude imediata em relação a eles; os

bons impulsos são mais difíceis de gerar da segunda vez do que da primeira,

se a primeira não resultou em nenhuma ação"

c- O apelo pode ser um veículo de segurança e certeza para a pessoa. Em

anos futuros esta pessoa poderá lembrar-se deste momento importante,

quando fez uma decisão pública por Jesus. E a lembrança desse momento

sempre a fará recordar o compromisso, o voto de seguir a Cristo.

d- Identificamos e ajudamos a conservar os resultados da pregação do

Evangelho.

5. Como deve ser feito o apelo?

Uoyd Perry diz que há seis características obrigatórias do apelo: Faça-o com

clareza... com cuidado... com compaixão... com convicção... com cortesia... e

com confiança.

Spurgeon diz que o elemento mais importante em um apelo é a SINCERIDADE

daquele que o faz. A audiência deve captar que você crê que o apelo é

significativo, que você tem convicção dele, que Deus lhe entregou uma

mensagem urgente.

Não apenas o apelo deve ser sincero e piedoso, deve ser CLARO. Leighton

Ford diz: “Quando peço às pessoas para virem à frente, no encerramento de

uma reunião evangelística, tento tornar claro o que estou pedindo que façam.

No início do sermão digo algo assim como, „Nesta noite, no final de minha

apresentação, estarei pedindo a vocês que se levantem e venham aqui à

frente. Esta é uma demonstração exterior de mãos, querendo significar o seu

cumprimento; assim como um jovem casal que se ama e que quer entregar-se

um ao outro expressam abertamente este compromisso na cerimônia

matrimonial, de igual modo peço a vocês que manifestem seu compromisso ao

virem à frente. Não há nada mágico ao aqui virem. Isto não os torna em

cristãos. Vocês poderiam vir aqui mil vezes com os seus pés e não fazer

nenhuma diferença afinal se isso for tudo. Mas, ao aqui virem com seus pés,

estão dizendo em seu coração, „Deus, estou vindo ao Senhor e deixando para

trás as coisas erradas e pecaminosas. Estou confiando em Cristo como meu

Salvador e estou vindo para segui-Lo nesta igreja, a partir desta

noite.”(Leadership, outono 1984)

As pessoas necessitam entender o que significa e o que não significa o apelo.

O chamado deve ser claro. Se está convidando as pessoas a se prepararem

para a Segunda Vinda de Jesus, ao abandonarem algum hábito pecaminoso,

diga-o. Está convidando as pessoas que uma vez conheceram a Cristo para

retornarem a Ele? E sobre os ex-adventistas; estão sendo convidados a

voltarem? Se está convidando as pessoas para guardarem o sábado, para

deixarem os alimentos imundos, para serem batizadas, deixe isto bem claro.

Assegure-se, naturalmente, de não incluir muitos grupos em um único apelo.

Um apelo típico é mais ou menos assim: “Se você nunca aceitou a Cristo,

convido-o a fazer esta decisão nesta noite. Se alguma vez O aceitou e se

distanciou dEle ou permitiu que algum pecado controlasse sua vida, venha”.

Este tipo de apelo é eficaz no início de uma série de evangelismo. No final da

série o apelo poderia ser: “Se crê que esteve ouvindo a verdade de Deus e

está convencido de que Ele deseja que O siga e se quer dizer, „sim, Jesus, a

todo lugar irei com o Senhor seguindo a Sua vontade‟, convido-o agora a pôr-

se em pé e vir à frente”.

Para que o apelo seja eficaz, o evangelista deve ter um senso de URGÊNCIA.

Há um senso de urgência no evangelista que Deus pode usar para capacitar o

auditório a dar uma resposta.

“Talvez alguns estejam escutando o último sermão que lhes é dado ouvir, e

outros não terão nunca mais a oportunidade de ouvir uma exposição da cadeia

da verdade, com uma aplicação prática da mesma a seu próprio coração.

Perdida essa áurea oportunidade, fica perdida para sempre. Houvesse Cristo,

com Seu amor redentor, sido exaltado em ligação com a teoria da verdade, e

isso os poderia haver feito pender para o lado dEle”. Testemunhos Seletos, vol.

1 , pág. 524.

Em 8 de outubro de 1871, Dwight Moody pregou um sermão titulado “Que farei

com Jesus?” No fim do sermão Moody disse, “Quero que levem com vocês

esta mensagem nesta noite e pensem sobre ela. Na próxima semana, quando

retornarem, vou convidá-los a uma decisão por Cristo.” Então Ira Sankey

começou a cantar, “Hoje o Salvador convida, apressa-te para o refúgio; a

tempestade da justiça se precipita e a morte esta às portas”.

Sankey nunca terminou o hino. Enquanto estava cantando, ouviu-se as sirenes

dos carros de bombeiro em disparada pela rua. Antes do amanhecer Chicago

estava em cinzas. Em seu dia de agonia Moody arrependeu-se por haver dito à

congregação para vir na próxima semana e decidir o que fazer com Jesus. Ele

disse: “Nunca mais ousarei dar à audiência uma semana para pensar em sua

salvação. Se eles se perderem podem levantar-se no julgamento contra mim.

Nunca mais verei esta congregação. Nunca mais encontrarei essas pessoas

até que as encontre no outro mundo. Mas quero dizer-lhe uma lição que

aprendi naquela noite, a qual não me esquecerei jamais, ou seja, quando prego

eu insisto com as pessoas para aceitarem a Cristo naquele momento e local, e

procuro levá-las a uma decisão imediata. Prefiro ter minha mão direita cortada

a dar a audiência uma semana para se decidir sobre o que fazer com Jesus.”

(Citado por Roy Allen Anderson, O Pastor Evangelista, pág. 172,173)

6. Métodos de se fazer o apelo para que as pessoas respondam de modo

positivo:

a. Fazendo silenciosamente, uma oração de entrega, frase por frase, repetindo

o que o orador diz. Essa oração deve ser explicada antes que o povo seja

convidado a repeti-la, de forma que sintam que é uma oração da sua própria

vida para Deus.

b. Pedindo aos que querem fazer a decisão que permaneçam depois que o

restante da congregação sair. Seria bom ter conselheiros de antemão, e

anunciar que eles também permanecerão.

c. Distribuindo cartões a todos os presentes, e pedindo para que todos o

preencham com nome e endereço. Imprima nele, também, uma declaração de

decisão como "Eu gostaria de discutir mais detalhadamente o que significa ser

cristão", ou "Tenho necessidades pessoais, e gostaria de receber uma visita do

pastor," e deixe um espaço ou quadrado para ser marcado. Aqui também,

explique claramente o que é esse cartão, e qual é a atitude que você está

esperando dos ouvintes.

d. Chamando as pessoas a irem à frente durante o cântico de um hino final.

7. Preparo pessoal. A preparação mais importante que podemos fazer para o

apelo é nossa preparação espiritual. Isto é verdade para tudo que fazemos

como evangelistas. Se nossa vida não estiver em conformidade com a Palavra

de Deus não podemos esperar que Ele abençoe nosso ministério. Isto é

verdade especialmente em relação ao apelo.

“Se buscardes o Senhor, alijando toda a maledicência e todo o egoísmo, e

perseverardes em oração, o Senhor Se aproximará de vós. O poder do Espírito

Santo é que concede eficácia aos vossos esforços e aos vossos apelos.

Humilhai-vos perante Deus para que em Sua força possais alçar-vos a mais

elevada norma.” Manuscrito 20, 1905.

8. O Dr. Ravi Zacharias sugeriu as seguintes razões pelas quais uma

pessoa pode atender ao apelo:

(i) Sensação de pecado

(ii) Medo de forças impessoais

(iii) Segurança perdida

(iv) Ansiedade

(v) Enfado

(vi) Auto-perplexidade

(vii) Morte

(viii) Solidão

(ix) Algo que lhe falta

(x) Fome da verdade

(xi) Perda do significado de Deus

(xii) Desconfiança da vida e das pessoas

(xiii) Conflitos no lar

(xiv) Ressentimento contra dominação material

(xv) Desejo de mudança

(xvi) Atração do heroísmo

(xvii) Anseio por maternidade

(xviii) Atração da vida de Cristo

(xix) O poder da cruz

Franklin Graham, escrevendo recentemente na revista "DECISION", disse: "No

Novo Testamento todos os que se achegaram a Jesus o fizeram porque tinham

necessidade".

9. As pessoas devem ser levadas a tomar uma decisão tão logo:

1) tenham conhecimento suficiente para fazê-lo.

2) todas as suas principais objeções tenham sido respondidas.

3) creiam que esta é a vontade de Deus e estejam convictas que Ele as está

conduzindo na tomada da respectiva decisão.

“Nada é mais cruel e prejudicial para aturdir religiosamente a uma

pessoa do que predispô-la a uma decisão e deixar de fazer o convite para

exprimi-la.” (Citado por Alan Street, The Effective Invitation, pág. 146)

O Uso da Música no Evangelismo

Pr. Roberto Motta

Ao estudarmos a Bíblia, fica óbvio que a música desempenhou um papel

primordial desde os tempos do Antigo Testamento até hoje. Ela tem sido o

veículo através do qual o homem tem expressado louvor e adoração a Deus.

Em Primeiro e Segundo Crônicas, temos registros de diretores de música,

cantores e corais. Em Esdras 2: 64, 65; lemos de uma congregação de mais de

quarenta e duas mil pessoas, e duzentos cantores e cantoras. Nos Salmos

encontramos repetidamente o convite para “cantar ao Senhor” ( Salmo 95:1, 2;

Salmo 96:1). O Salmo 150 nos lembra de louvar ao Senhor com instrumentos

musicais e termina afirmando: “Todo ser que respira louve ao Senhor.”

No Novo Testamento o apóstolo Paulo nos lança um desafio: “A palavra de

Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e

admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais;

cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” Colossenses 3:16.

“Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais: cantando e

salmodiando ao Senhor no vosso coração.” Efésios 5:19

A Bíblia indica claramente que parte dessa música de louvor era produzida não

por músicos profissionais, mas por toda a congregação. O Cristianismo não é

uma religião de espectadores, mas ela exige a participação e o envolvimento

de todos os crentes.

“Há pessoas que têm especial dom para cantar, e ocasiões há em que uma

mensagem especial é anunciada por um solo ou por um canto feito por vários.

Mas raramente deve o canto ser feito por uns poucos. A aptidão de cantar é um

talento que exerce influência, a qual Deus deseja que todos cultivem e

empreguem para glória de Seu nome.” Testimonies, vol. 7, págs. 115 e 116.

A música é usada hoje, mais do que nunca, como instrumento de

evangelização. Apresentamos a seguir de forma concisa alguns pontos

importantes sobre como usar a música no evangelismo.

A Preparação do Auditório

“A melodia do canto, derramando-se dos corações num tom de voz claro e

distinto, representa um dos instrumentos divinos na conversão de almas.”

Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 195.

A mensagem que precisamos transmitir pode ser comunicada musicalmente

através do cântico congregacional, solos, duetos, conjuntos, corais e

apresentações instrumentais.

Tudo no programa de evangelismo deve preparar o auditório para receber a

Palavra de Deus. Nada deve desviar a atenção das pessoas para qualquer

outra coisa que não seja a Salvação em Cristo Jesus.

a- Cântico Congregacional: Esta é a melhor forma pois inclui a participação do

auditório, e este está verbalizando as palavras da mensagem que queremos

apresentar. O cântico congregacional tem o benefício de martelar diversas

vezes na consciência ou sub-consciência dos participantes as doutrinas e os

princípios da fé.Tenhamos mais cântico congregacional em nossas

programações.

“O canto não deve ser feito apenas por uns poucos. Todos os presentes devem

ser estimulados a tomar parte no serviço de canto.” Carta 157, 1902.

b- Mensagens Musicais (apresentadas por solistas, duetos, quartetos,

conjuntos, corais, instrumentistas...): A mensagem musical deve ser direta e

atraente para a maioria dos presentes. Uma mensagem musical bem escolhida

e apresentada de maneira correta pode mudar os sentimentos de todo

auditório, deixando o mesmo preparado para ouvir a Palavra de Deus. Muitos

já descobriram que um solo ou a apresentação de um conjunto imediatamente

antes da pregação é uma das maneiras mais eficazes de preparar o caminho

para a mensagem.

Para ministrar de forma eficiente é necessário:

a- Conhecer o auditório: É secular ou religioso? Qual será a música mais útil?

É preferível contar com os músicos da igreja local ou do distrito.

b- A música precisa expressar a verdade: “O canto é um dos meios mais

eficazes para gravar a verdade espiritual no coração. Muitas vezes se têm

descerrado pelas palavras do canto sagrado, as fontes do arrependimento e da

fé.” Review and Herald, 6 de junho de 1912.

“A ciência da salvação deve ser o âmago de todo sermão, o tema de todo

canto. Seja essa ciência contida em toda súplica.” Manuscrito 107, 1898.

c- A música deve abençoar e encorajar: “Caso houvesse muito mais louvor ao

Senhor, e muito menos repetição de desânimos, muito mais vitórias seriam

obtidas. Carta 53, 1896.

Que o louvor e ações de graças sejam expressos em cânticos. Quando

tentados, em lugar de dar expressão a nossos sentimentos, ergamos pela fé

um hino de graças a Deus. ...

O canto é uma arma que podemos empregar sempre contra o desânimo. Ao

abrirmos assim o coração à luz da presença do Salvador, teremos saúde e Sua

bênção.” A Ciência do Bom Viver, pág. 254.

d- Deve exaltar a Deus e não os cantores ou musicistas: “Exibição não é

religião nem santificação. Coisa alguma há, mais ofensiva aos olhos de Deus,

do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte

não são consagrados, não estão fazendo em seu coração melodia para o

Senhor. A oferta mais agradável aos olhos de Deus é um coração humilhado

pela abnegação, pelo tomar a cruz e seguir a Jesus.

Não temos tempo agora para gastar em buscar as coisas que agradam

unicamente aos sentidos. É preciso íntimo esquadrinhar do coração.

Necessitamos, com lágrimas e confissão partida de um coração quebrantado,

aproximar-nos mais de Deus; e Ele Se aproximará de nós.” Review and Herald,

14 de novembro de 1899.

“Fui dirigida a alguns de vossos ensaios, e fui levada a ler os sentimentos que

existiam no grupo, sendo vós a pessoa preeminente. Havia mesquinhos ciúmes

e invejas, ruins suspeitas e maledicências. ... O culto de coração é o que Deus

requer; as formas e o culto de lábios são como o metal que soa e o címbalo

que tine. Vosso canto visa a exibição, não louvar a Deus com o espírito e o

entendimento. O estado do coração revela a qualidade da religião do que

professa piedade.” Carta 1a, 1890.

Que tipo de cantores e músicos precisamos:

a. Piedosos – e não apenas artistas que se viram apanhados na síndrome do

“show business” religioso.

b. Amorosos – que expressem amor pelo povo, e não apenas na plataforma,

mas também fora dela, e que gastem tempo para comunicar-se com as

pessoas antes e depois do culto.

c. Disponíveis – não do tipo que só cantam em grandes auditórios ou que

nunca estão disponíveis no Sábado pela manhã.

d. Flexíveis – com capacidade para se adaptar às realidades do auditório e aos

pedidos do pregador.

e. Sensíveis – para com o auditório, às suas necessidades, e o que é preciso

para ministrar-lhe.

f. Equilibrados – que tenham em seu repertório tanto a música tradicional como

a contemporânea.

g. Missionários – que tenham em mente que o primordial é a salvação dos

inconversos.

h. Apresentáveis – bem arrumados e vestidos conforme os princípios bíblicos.

i. Pontuais – que sempre cheguem a tempo para os preparativos necessários e

que só saiam após o fim da programação.

j. Perceptíveis – que tenham discernimento para entender que o “sermão é do

pregador.” Há cantores que falam mais do que cantam.

A Música para o Apelo Final

É quase uma tradição em nosso meio o uso de uma mensagem musical para

ajudar no apelo ao final de um sermão ou de uma cerimônia batismal. Deve-se

entender que é perfeitamente possível apelar à mente e ao coração das

pessoas sem o uso de uma mensagem musical; e todos os exemplos bíblicos

provam isso. As pessoas são convertidas pela ação sobrenatural do Espírito

Santo quando confrontadas com as verdades bíblicas.

“O coração de muitos no mundo, da mesma maneira que o de muitos membros

da igreja, está faminto do pão da vida e sedento das águas da salvação.

Acham-se interessados no serviço de canto, mas não estão anelando isso,

nem mesmo a oração. Querem conhecer as Escrituras. Que me diz a Palavra

de Deus? O Espírito Santo está operando na mente e no coração, atraindo-os

ao pão da vida. Vêem tudo se mudando em torno deles. Os sentimentos

humanos, as idéias do que constitui a religião, tudo muda. Eles vão para ouvir

a Palavra tal como é.” Manuscrito 11, 1899.

O uso de mensagens musicais para os apelos não é obrigatório, todavia o

sábio uso desse recurso pode ser muito útil.

“A noite passada, em sonhos, eu estava falando a um grupo de rapazes. Pedia-

lhes que cantassem "Quase Induzido". Algumas pessoas presentes ficaram

profundamente comovidas. Eu sabia que elas estavam quase induzidas, mas

que se não fizessem decididos esforços para se volverem a Cristo,

desapareceria delas a convicção de sua pecaminosidade. Fizestes algumas

confissões, e eu vos perguntei: "Não quereis de agora em diante colocar-vos

ao lado de Cristo?" Se receberdes a Jesus, Ele vos receberá.” Carta 137, 1904.

Devemos Evitar o Emocionalismo

“Outros ainda vão ao extremo oposto, pondo mais força nas emoções

religiosas, e manifestando intenso zelo nas ocasiões especiais. Sua religião

parece ser mais da natureza de um estimulante do que uma permanente fé em

Cristo.

Os verdadeiros pastores conhecem o valor da obra interior do Espírito Santo

sobre o coração humano. Satisfazem-se com a simplicidade nos cultos. Em vez

de dar valor ao canto popular, volvem sua atenção principalmente para o

estudo da Palavra, e dão de coração louvor a Deus. Acima do adorno exterior,

consideram o interior, o ornamento de um espírito manso e quieto. Na sua boca

não se acha engano.” Manuscrito 21, 1891.

* Todas as citações do Espírito de Profecia apresentadas neste artigo

encontram-se na seção XV do livro Evangelismo.

CONSERVANDO OS NOVOS CONVERSOS

EVANGELISMO E CONTINUIDADE

1. Evangelismo e continuidade a. Dois conceitos de relação

A. Para entender corretamente o significado da continuidade, temos que definir o evangelismo e esclarecer seus objetivos.

B. Na realidade, evangelismo e continuidade são dois lados de uma mesma moeda.

b. Definição de evangelismo

A. O que não é: uma sucessão de programas destinados principalmente a converter e batizar pessoas. Um trabalho operacional que se mede quantitativamente pelos resultados alcançados. Uma maneira de entusiasmar as pessoas na mensagem adventista.

B. O que é: poderíamos dizer que evangelismo é apresentar Cristo Jesus no poder do Espírito santo, dentro da mensagem dos três anjos, de uma maneira tal que torne possível que o ser humano venha depositar sua confiança em Deus através dEle, que o aceite como seu Salvador, sirva-Lhe na comunhão dos fiéis e se prepare espiritualmente para sair ao Seu encontro no dia final. Declaração do Dr. Jorge León enfatizando a evangelização como ciclo total: “A evangelização consiste tanto no anúncio do evangelho como no alcançar o objeto anunciado. A evangelização é, por sua vez, a causa e efeito, meta e realização... A evangelização é processo mediante o qual, paulatinamente, a Palavra de Cristo vai encarnando-se no crente. Tem duas fases: uma dirigida ao objetivo do início do processo e a outra se encaminha para a continuidade deste processo até sua conclusão”.

c. Definição da continuidade. A. O que não é.

- Não é um apêndice do processo da evangelização. - Não é um plano destinado a dar garantia ao êxito de um programa

evangelístico em particular.

B. O que é.

- O dicionário ideológico da língua portuguesa dá a seguinte definição do termo continuidade. “Ligação não interrompida das partes de um todo”.

- O Dr. Virgílio Gerber enfatiza este conceito com a seguinte declaração:

“De maneira que o evangelismo do Novo Testamento não termina quando se chega até as pessoas com o Evangelismo, nem com as profissões públicas de fé no Evangelismo, nem com o relacionar aos conversos com a igreja por meio do batismo e o ensino. A meta do evangelismo não se alcança até que estes novos conversos cheguem a ser cristãos reprodutivos que completem o ciclo e garantam o processo contínuo de evangelismo e crescimento”.

1. Interdependência de evangelismo e continuidade

a. Interdependência nos objetivos

A. Objetivos da evangelização.

1. Segundo a Grande Comissão. (Mateus 28: 19-20; 24:13).

- O mandato: Ide. - Os objetivos: . Discipular . Batizar . Educar - As conseqüências: Cada dia juntava-se à igreja os que haviam de ser salvos.

II – Continuidade e crescimento da igreja 1. Importância da continuidade a. Com base nas declarações bíblicas.

A. Enfatiza-se o discipulado e batismo. ( Atos 6: 1; 6:7; 11:26; 14:22; 20:30; 22:16; Romanos 6:3; Gálatas 3:27).

B. Enfatiza-se a conservação do crente. ( Efésios 2:20; I Tessaloniceses 5:11; I Pedro 2:5; Judas 20).

C. Enfatiza-se a edificação do crente. ( Atos 11:22; 15:32; 15:41; 16:5; 18:23; Colossenses 2:7; I Tessalonicenses 3:2).

D. Enfatiza-se a confirmação do crente. ( I Coríntios 2:6; Efésios 4:14-15; Hebreus 5:14).

E. Enfatiza-se o crescimento do crente. ( I Coríntios 15:58; II Coríntios 10:15; Colossenses 2:19; I Tessalonicenses 3:12; II Pedro 3:18).

b. Com base nas declarações do Espírito de Profecia.

A. Os ministros não devem sentir que sua obra está completa, enquanto os que aceitaram a teoria da verdade não compreenderem realmente a influência de seu poder santificador, e se acharem deveras convertidos. ( Ellen G. White. Evangelismo (Santo André, São Paulo, Casa Publicadora Brasileira, 1978) Pág. 321.

B. Nossos ministros devem ser educados e exercitados a fazer sua obra mais cabalmente. Devem concluir a obra. Devem cuidar especialmente dos interesses que despertaram, em vez de se retirarem e nunca mais

terem qualquer interesse particular depois de deixarem uma igreja. (Idem, página 323).

C. Há prejuízo de deixar uma obra inacabada. ( Idem, página 324). D. É desanimador para o avanço da verdade uma obra descuidada. ( Idem,

página 324). E. Ministros que suscitam um interesse entre o povo, mas largam a obra

inacabada, deixam um campo dificílimo para outros penetrarem e concluírem o trabalho que eles deixaram de completar. ( Idem, página 325).

F. Nas séries de reuniões metade do esforço se perde devido a encerrar-se a obra tão depressa, indo para outro campo... A pressa de terminar uma série de reuniões tem causado freqüentemente grande prejuízo. ( Idem, página 327).

c. Com base nos relatórios estatísticos de perdas.

A. Referente à continuidade de programas de evangelismo. 1) Segundo Moore as “cifras das denominações mais importantes

durante os últimos 20 anos revelam que a igreja perde quase 40% dos que se unem a suas fileiras como resultado de seus esforços evangelísticos, dentro de um período de 7 anos”. (Sergio Franco. Evangelismo, un Concepto en Revolución. (Kansas City, Missouri, Casa Nazarena de Publicaciones, 1975) Pág. 120.

B. Referente às perdas no processo global de crescimento na Divisão Sul

Americano. C. Referente às por falta de participação dos professores crentes na

continuidade.

1) Os estudos de investigação realizados entre crentes evangelísticos revelam que menos de um por cento dos crentes estiveram envolvidos no trabalho pessoal da continuidade do evangelismo. (Gary W. Kuhne. The Dinamics of Personal Follow-up. (Gran Rapids, Michigan, The Zondervan Corporation, 1976) Pág. 13).

d. Com base na evidência de procedimento.

A. As observações realizadas através de longos anos no ministério, mostram que o ponto fraco do evangelismo em nosso meio é a continuidade. Esta realidade poderíamos explicá-la com as seguintes palavras de Sérgio Franco: “nosso problema é que buscamos à pessoas, visitamos, oramos por ela, a evangelizamos, por assim dizer, gestamos como uma mãe, até que nasce, e logo... freqüentemente a perdemos”. ( Idem, página 120).

III – Fatores que afetam a continuidade e o crescimento 1. Causas de tipo filosófico denominacional

a. Não há uma filosofia específica quanto à maneira de enfocar a continuidade.

b. Trabalha-se com base nos critérios e pautas do líder ou evangelística do momento.

c. Há confusão quanto à forma e fundo da continuidade. 2. Causas de tipo administrativo

a. Não se estabelece um orçamento para a continuidade. b. Nem sempre há a adequada provisão para a localização dos novos

crentes. c. Não é designada a quantidade e qualidade dos pastores necessários. d. Não é feita geralmente uma avaliação periódica e cuidadosa.

3. Causas de tipo metodológico

a. Não são planificados os objetivos e programa da continuidade adequadamente.

b. Há muita improvisação. c. Enfatiza-se mais o aspecto quantitativo que qualificativo na

evangelização. d. A preparação dos candidatos para o batismo não tem sido adequada

para estabelecer uma boa continuidade. e. As decisões podem ter uma base emocional e não um enfoque de

discipulado. f. Não são ministrados cursos pós-batismais. g. O evangelista conclui seu trabalho quando alcançou o alvo batismal e

não o alvo de integração de novos crentes no Corpo de Cristo. 4. Causas de tipo pastoral

a. Os resultados são descuidados. b. Não se trabalha com uma visão de conservação e crescimento. c. O ministro tem muitas igrejas.

IV – Planificação e continuidade efetiva 1. Como planificar a continuidade

a. Integrando o seguimento no método ou programa de evangelismo. A. Evangelismo e continuidade são interdependentes. B. São o anverso e reverso da mesma moeda.

b. Elaborando um bom plano de continuidade que tenha pelo menos os

seguintes conceitos: A. Finanças

- Deve fazer parte do orçamento do programa de evangelismo.

B. Responsabilidade

- Ao elaborar o programa geral de evangelismo, devem ser designadas as pessoas responsáveis pela continuidade e o tempo que se dedicarão a este trabalho.

C. Duração

- Dependerá das circunstâncias - Como critério básico deverá pensar-se em tempo necessário para que durante este período os objetivos da continuidade estejam em processo de consolidar-se.

D. Métodos

- Neste programa serão delineados os métodos que serão usados para alcançar os objetivos do seguimento.

E. O tema

- Planificar a segunda série de reuniões para que a verdade seja melhor entendida e as pessoas possam ser confirmadas na fé. - Séries que podem ser usadas: . Séries de estilo profético . Séries de investigação . Séries sobre os ensinos de Jesus . Séries sobre como crescer espiritualmente . Séries sobre o Espírito de Profecia . Séries sobre a História da Igreja

F. Atividades

- Do tipo comunitário - Do tipo social - Do tipo espiritual - Do tipo instrutivo

G. Materiais

- Revistas e livros donominacionais - Cursos de confirmação e edificação espiritual - Livros devocionais - Manuais orientadores para a educação do novo converso - Novo certificado batismal com explicações do que significa ser Adventista do Sétimo Dia.

H. Calendário batismal

- Durante a continuação haverá batismos freqüentes.

I. Avaliação - Deve fazer-se um balanço periódico do progresso da continuação.

2. Educar na fé

a) O que significa (1) Ensinar (2) Unir (3) Compartilhar

(4) Conservar

b) Áreas de estudo (1) Área doutrinal (ensinar)

- Doutrinas bíblicas - Espírito de Profecia - Apologética - Profecias - História da Igreja - Ensinos de Jesus

(2) Área devocional (unir)

- Salvação - Devoção - Oração - Confissão - Espírito Santo - Mordomia

(3) Área do discipulado (compartilhar)

- Os dons espirituais - Evangelismo - Colher - Receber - Assimilar - Visitar - Conservar - Crescer

O EVANGELISMO E A CONSOLIDAÇÃO

Introdução A. A maior satisfação do Evangelista: Ganhar almas. 1. “A maior obra, o mais nobre esforço em que se possam homens empenhar,

é encaminhar pecadores ao Cordeiro de Deus. Ministros fiéis são colaboradores do Senhor na realização de Seus desígnios...” “Ganhar almas para o reino de Deus precisa ser sua primeira preocupação. Com tristeza pelo pecado, e paciente amor, devem trabalhar como Cristo o fazia, desenvolvendo decidido e pertinaz esforço”. (Obreiros Evangélicos, págs. 18 e 31, edição de1969).

2. Por isso experimentamos um grande desapontamento quando não obtemos

os resultados anelados e esperados. Mas, que ocorre na mudança quando temos êxito em ganhar almas e logo comprovamos que estas voltam atrás e perdem sua fé: Frustração.

B. O maior desapontamento: a apostasia de novos conversos. 1. A Frustração é grande quando levamos centenas de almas ao batismo e à

igreja e logo comprovamos que não perseveraram na fé. 2. Onde está o problema? Ilustração. Cheguei a uma grande igreja, para

lançar o programa de preparação do terreno para uma campanha. O templo estava repleto esse sábado, não cabia uma pessoa mais. Desafiei a igreja para que se unisse comigo no trabalho, e pediríamos ao Senhor que nos desse um mínimo de 500 almas como resultado da série de conferências. Os irmãos disseram-me: “Pastor, tenha confiança, estamos com os senhor. Deus também o está e Ele nos dará ainda mais que essas 500 almas”. Esse espírito reconfortou meu coração e tive mais segurança ao saber que a igreja trabalharia pelos resultados. Mas, ao ver o tempo repleto e não tendo um novo edifício para abrigar os 500 novos membros que esperávamos ganhar, perguntei ao primeiro ancião: “Onde vamos abrigar os novos membros?” “Oh, não se preocupe por isso, pastor, aqui se ganham centenas de almas e sabe, todos cabem e a igreja continua igual, isto não lhe parece algo misterioso?” Por que muitas almas são ganhas cada ano em algumas igrejas e estas continuam igual? Qual é o problema?

I - A parte Fraca do Evangelismo: A Consolidação. A. Uma experiência dolorosa: A apostasia dos novos conversos. 1. “Em muitas séries de reuniões realizadas, a obra foi deixada incompleta”

(Evangelismo, pág. 335, edição 1978). 2. Abandonados e deixados sem cuidado espiritual, os novos conversos

perdem sua recém adquirida fé. “É um método deficiente o deixar uns

poucos aqui e outros ali, sem serem alimentados e cuidados, expostos aos lobos devoradores, ou a se tornarem alvo do fogo aberto do inimigo. Foi-me mostrado que foi feito muito trabalho assim entre nós como um povo” (Idem, pág. 340).

B. Uma história recente. 1. Ilustração. Em um lugar onde se haviam ganho mais de 300 almas em uma

campanha encontramos a igreja com somente 60 membros. Em outra similar, achamos somente 50.

2. Ilustração. Recebemos uma carta de uma secretária de igreja. Pedia que se

publicasse no boletim da Associação uma lista de 169 pessoas com paradeiro desconhecido. Eram membros de uma nova igreja que se havia organizado depois de uma série, realizada há menos de dois anos. Qual era a razão?

C. Quem é o responsável? 1. “Devia ser gravada em todo recém-converso a verdade de que todo

conhecimento permanente sé se pode obter mediante diligente labor e estudo perseverante. Em regra, os que se convertem à verdade que pregamos não foram anteriormente diligentes estudantes das Escrituras; pois nas igrejas populares há pouco estudo leal da Palavra de Deus. O povo espera que os ministros investiguem as Escrituras por eles, e expliquem o que ensinam”.

2. “Muitos aceitam a verdade sem cavar fundo para entender seus princípios

básicos; e, ao ser ela atacada, esquecem os argumentos e provas que as fundamentam. Foram levados a crer na verdade, mas não foram instruídos plenamente quanto ao que ela seja, ou levados ponto por ponto no conhecimento de Cristo. Muitas vezes sua piedade degenera numa forma e, quando já não se fazem sentir os apelos que primeiramente os despertaram, tornem-se espiritualmente mortos” (Evangelismo, págs. 367, 368, edição 1978).

D. Causas freqüentes da apostasia. 1. Candidatos mal preparados. A pressa pelo pouco tempo que durará a

campanha, ou por falta de equipe humana que os doutrine de forma conscientizada, produz resultados negativos. Necessitamos qualidade e quantidade nos conversos que levamos a Cristo.

2. Batizar prematuramente aos crentes. Devemos estar seguros de que um

catecúmeno conhece e vive a doutrina e os princípios do Evangelho antes de levá-los a um passo tão significativo. Resulta altamente saudável o que a Comissão da Igreja conhece e aprove os candidatos. Assim em grande maneira se evita este mal, protege o evangelista e a igreja tem mais confiança nele.

3. Morte por fome espiritual. Com o Evangelista, os novos conversos freqüentemente estão super-alimentados, com um programa dinâmico, boa música, excelentes ajudas visuais e assuntos altamente espirituais. Mas, com o pastor e os pregadores locais nem sempre ocorre o mesmo, depois da série volta-se à rotina de cultos sem vida, nem fundamento.

4. Falta de visitação. Quando o Evangelista e o pastor não os visitam, ficam

em grande medida sem defesa. Freqüentemente as maiores provas vêm depois de sua conversão. Antes do batismo recebiam visitas freqüentes, mas, ao batizar-se, todo mundo se esquece deles.

5. Falta de ensino e trabalho missionário. A inatividade, o não estar

adestrados e ocupados em ganhar outros, faz que sua piedade se atrofie e terminem longe do Senhor.

II- A Importância da Consolidação

Se queremos membros que permaneçam, devemos afiançá-los na fé, cimentá-los em Cristo, ensinar-lhes a que obtenham alimento espiritual por si mesmos, para que possam estar arraigados em Cristo.

1. “A Evangelização incompleta é o fracasso mais dispendioso da igreja”

(Basic Evangelism, pág. 142). 2. “A Evangelização que se detém com a conversão é incompleta e não

cumpre cabalmente seus propósito original” (Idem, pág. 142). Ilustração. Deixar abandonados aos novos conversos, é igual ao pescador que abandona na praia o produto de seu trabalha, ou ao agricultor que deixa apodrecer e perder o fruto de seu pomar.

3. O ganhar almas implica uma grande inversão de tempo, talentos e dinheiro. 4. As almas são para a igreja e o céu, o que os peixes são para o pescador e

os frutos para o agricultor. 5. O valor de uma alma é incalculável. “A morte do Filho de Deus no Calvário

é a medida de seu valor” (Testimonies for the Church, págs. 28-29, edição 1948). “Somente à luz da Cruz pode calcular-se o valor da alma humana” (Atos dos Apóstolos, pág. 224, edição 1977).

III - Os Responsáveis da Consolidação A. Não podemos nem devemos descarregar este peso sobre uma só pessoa,

mas sim podemos classificar o grau de responsabilidade que incumbe cada um.

1. O Evangelista – Por sua ascendência e suas ferramentas de trabalho:

equipe humana, orçamento, posição de liderança e pregador central da campanha, faz que tenha uma grande responsabilidade e um dever de zelar pela conservação das almas que o Céu lhe dá. Somente está em três ou quatro lugares durante o ano e isto faz imperativo que instrua aos pastores locais sobre a arte de manter dentro da igreja os novos conversos.

Ademais, deve deixar um programa de trabalho cuidadosamente elaborado para o trabalho que os pastores e membros da igreja devem seguir.

2. A Diretiva do Campo Local – Tem em suas mãos a possibilidade de colocar

os melhores homens no lugar onde é realizada a série de reuniões, deixando uma equipe humana que reúna as condições básicas que garantam um programa equilibrado de continuidade; que permita consolidar e afiançar na fé aos novos conversos. Deve-se zelar para que os pastores continuem o programa e o cumpram.

3. O Pastor e Seus Associados – Por ser eles os que permanecerão no lugar e

sendo os pastores imediatos dos novos conversos, constituem o núcleo sobre o qual repousa a tarefa principal: zelar pelo crescimento espiritual deles e conseguí-lo em forma mais eficaz e rápida; para que logo não necessitem ser cuidados a cada momento, mais sim que ajudem a outros a manter-se firmes. Isto fará que não necessitem “leite”, mas sim pão sólido. I Coríntios 3: 1-2; Atos 5: 12-14.

4. A Comissão da Igreja – Deve saber quem são os novos membros, onde

vivem e quais são suas necessidades; para saber zelar por eles e supri-las. 5. Os Membros – Os mais antigos e de maior experiência cristã devem

trabalhar no “Plano do Irmão Maior”. Isto consiste em visitar aos novos conversos, estudar com eles a Bíblia, receber o sábado em seus lares, prover um ambiente social agradável na igreja e fazê-los sentir-se em casa, ajudando-os em sua adaptação ao novo ambiente. A igreja é responsável da permanência ou apostasia de seus membros. Deve ser uma família integrada, unida, que se apoie e ajude reciprocamente.

IV – A Parte do Evangelista na Consolidação A. Salmo 68:28. Mencionei alguns métodos e planos que dirigidos pelo

Evangelista, assentarão uma base firme para a consolidação. 1. Dirigir uma Segunda Série – No mesmo lugar e para as mesmas pessoas.

Vejamos a recomendação do Espírito de Profecia: “Quando os argumentos em favor da verdade presente são apresentados pela primeira vez, difícil é fixar os pontos na mente. E se bem que alguns vejam suficientemente para tomar uma decisão, apesar de tudo isto, há necessidade de repassar tudo outra vez, e fazer outra série de reuniões”.

“Depois de haverem sido feitos os primeiros esforços em um lugar mediante uma série de conferências, há na verdade maior necessidade de uma Segunda série. A verdade é nova e surpreendente, e o povo necessita de que as mesmas coisas lhes sejam apresentadas pela segunda vez a fim de tornar os pontos distintos, e fixar as idéias na mente” (Evangelismo, pág. 334, edição 1978).

2. A Segunda Série Deve Ser Perfeita – como se não houvesse tido a

primeira. Deve-se pôr todo o esforço e a capacidade para fazê-la melhor do

que a anterior. “Toda vez que fizerdes uma segunda série de reuniões, fazei-a com tanto esmero como se a primeira série não tivesse sido efetuada. Seja todo talento dos obreiros posto nas mãos dos banqueiros. Faça cada um o máximo ao seu alcance e desempenhe com energia sua parte na obra na obra e serviço de Deus” (Idem, pág. 335).

3. Repetir as Verdades Apresentadas – Existe uma lei pedagógica que diz: “A

repetição é a base da aprendizagem”. A serva do Senhor afirma: “Se os que conheciam a verdade e já estavam firmados nela necessitam realmente de que a importância dela lhes seja sempre conservada diante dos olhos e seu espírito despertado por sua repetição, quão importante não é que não se negligencie isto para com os recém-chegados à fé”. (Idem, pág. 334).

4. Organizar Classes Bíblicas – Antes da série, durante as conferências,

depois delas e na continuação. “Não é somente a pregação que deve ser feita. Precisa-se de incomparavelmente menos pregação. Importa devotar mais tempo a educar pacientemente outros, dando aos ouvintes oportunidade para se exprimirem. É de instrução que muitos necessitam, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali”. (Idem, pág. 338).

5. Colocar nas Mãos dos Novos Conversos Nossos Livros – Esses sermões

silenciosos, escritos, reafirmarão neles a verdade e fará que esta dê raízes. “Muitos se desviarão da fé e darão ouvidos a espíritos enganadores. Patriarcas e Profetas e o Conflitos dos Séculos são livros especialmente próprios para os que chegaram de pouco à fé, para que sejam firmados na verdade. São indicados os perigos que devem ser evitados pelas igrejas. Os que se familiarizam inteiramente com as lições desses livros, verão os perigos que lhes estão adiante, e serão aptos a discernir a senda plana e direita para eles traçada. Serão guardados de veredas estranhas. Farão retos caminhos para seus pés, para que o coxo se não desvie”.

“No Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito do Séculos e Daniel e Apocalipse, há preciosas instruções. Estes livros precisam ser considerados como de especial importância, e todo esforço deve ser feito para os pôr diante do povo”. (Idem, pág. 366).

6. Elaborar Um Plano Efetivo de Continuidade – Este deve envolver aos

pastores locais e seus associados, as instrutoras bíblicas, os leigos destacados e à igreja em geral. a) O Evangelismo deve continuar por uns dois meses de maneira ativa. b) Deve-se deixar equipe humana e audiovisual, materiais e orçamento

para que tenham com que trabalhar e a mudança brusca não arruine a continuidade.

7. Durante a Série Ter Um Evangelista-Associado

a) Ele atuará de forma ativa, relacionando-se com o público como Mestre de Cerimônias e na forma pessoal na visitação; pregando na série algumas vezes, contando que o evangelista se sente para escutá-lo.

b) O propósito é fazer com que os novos crentes familiarizem-se com sua personalidade e forma de trabalhar. Isto contribuirá para que tenha maior êxito em seu trabalho depois da saída do evangelista.

8. Não Anunciar Quando o Evangelista vai embora

a) A saída do evangelista e sua equipe produz geralmente uma debanda. b) Fica a impressão que concluiu tudo o que era importante, que as

reuniões que continuarão não têm o mesmo valor e portanto não vale a pena vir às reuniões posteriores. Por isto é conveniente que o Evangelista saia sem anunciar quando e que a substituição se faça de maneira natural, sem traumatismos para a congregação e o êxito da campanha em reter os novos conversos.

9. Visitar Amiúde os novos Membros – “A obra não deve ser abandonada

prematuramente. Vede que todos estejam esclarecidos na verdade, firmados na fé, e interessados em todo ramo da obra, antes de os deixar para ir a outro campo. E então, como o apóstolo Paulo, visitai-os com freqüência para ver como vão. Oh, a obra negligente que é feita por muitos que pretendem ser comissionados por Deus para pregar Sua Palavra, faz com que os anjos chorem!”. (Evangelismo, págs. 337, 338, edição 1978).

V. A Parte do Pastor na Consolidação

A. O homem chave e o eixo de todo o programa de consolidação é o Pastor

local, por isso, Jesus deu instruções precisas quanto ao cuidado das ovelhas. São João 21: 15-17.

1. Cuidar dos Cordeiros – “Esta era uma obre em que Pedro tinha bem pouca

experiência; não podia, porém, estar completo na vida cristã a menos que aprendesse a alimentar os cordeiros, os que são tenros na fé. Exigiria grande cuidado e muita paciência e perseverança o ministrar aos ignorantes o devido ensino, abrindo-lhes as Escrituras e educando-os para a utilidade e o dever. Esta é a obra que deve ser feita na igreja hoje, do contrário os advogados da verdade ficarão atrofiados em sua experiência, e serão expostos à tentação e enganos. O encargo dado a Pedro deve chegar ao coração de quase todo ministro. De quando em quando se houve a voz de Cristo repetindo a recomendação a Seus sub-pastores: „Apascenta os Meus cordeiros‟, „apascenta as Minhas ovelhas‟”.

“Nas palavras dirigidas a Pedro, são expostas diante do ministro evangélico que tem o cargo do rebanho de Deus, as suas responsabilidades” (Idem, págs. 345, 346).

2. Visitar em Seus Lares aos Novos Membros com Fins Espirituais – “Como

pastor do rebanho, ele (o ministro), deve cuidar das ovelhas e cordeiros, procurando os perdidos e extraviados, e levando-os novamente para o

aprisco. Ele deve visitar toda família, não somente como hóspede para fruir-lhe a hospitalidade, mas para averiguar as condições espirituais de cada membro da família...” “Visitai as famílias, orai cm elas, privai com elas, examinai as Escrituras com elas, e far-lhes-eis bem. Demonstrai-lhes que buscais sua prosperidade, e quereis que sejam cristão saudáveis”.

“Vá ele, com métodos bem regulados, de casa em casa, levando sempre o incensário da fragrante atmosfera celeste de amor. Ide ao encontro dos pesares, dificuldades e aflições dos outros. Tomai parte nas alegrias e cuidados, tanto dos grandes como dos pequenos, dos ricos como dos pobres”(Evangelismo, págs. 347 à 349).

3. Firmá-los nas Doutrinas Básicas ainda que se Tenham Menos Batismos –

“Os ministros negligenciam com freqüência esses importantes ramos da obra – a reforma pró-saúde, os dons espirituais, a beneficência sistemática e os grandes ramos da obra missionária... Quão melhor seria para a causa, se os mensageiros da verdade houvessem educado fiel e cabalmente esse conversos quanto a todos esses assuntos essenciais, mesmo que houvesse menos pessoas por ele acrescentadas à igreja por seus labores! (Idem, pá. 343).

4. Ajudando-os a Ter Raízes – “Não é desígnio de Deus que a igreja seja mantida pela vida tirada do ministro. Seus membros devem ter raiz em si mesmos” (Idem, pág. 343).

5. Ensinai-lhes a Confiar em Cristo e não no Ministro – “Se bem que os recém-

conversos devam ser ensinados a pedir conselho dos mais experientes na obra, devem ser ensinados igualmente a não pôr o ministro em lugar de Deus. Os ministros não passam de criaturas humanas, homens cercados de fraquezas. Cristo, eis a quem nos cumpre olhar em busca de direção”.

“Todo aquele que se professa cristão, tem a responsabilidade de manter-se em harmonia com a direção da Palavra divina. Deus considera cada alma responsável por seguir, por si mesma, o modelo dado na vida de Cristo, e ter um caráter purificado e santificado” (Idem, pág. 343).

6. Educai-os no Trabalho Missionário – Logo que seja organizada uma igreja,

ponha o ministro os membros a trabalharem. Terão eles que ser ensinados a trabalhar com êxito”.

“O poder do evangelho deve sobrevir aos grupos já formados de crentes, habilitando-os para o serviço. Alguns dos novos conversos serão de tal modo cheios do poder de Deus que se porão imediatamente a trabalhar. Trabalharão com tanta diligência que não terão tempo nem vontade de enfraquecer as mãos de seus irmãs com críticas descorteses. Seu único desejo será levarem a verdade às regiões além. “Responsabilidade e atividade pessoal no buscar a salvação de outros, eis a educação que deve ser ministrada a todos quantos chegarem recentemente à fé... (Idem, págs. 353, 354).

“Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário”(Serviço Cristão, pág. 9, edição 1974). “Sua obra no lar, na vizinhança e na igreja será, em seus resultados, vasta como a eternidade. É por falta dessa obra que a vida cristã dos jovens conversos nunca excede ao ABC nas coisas divinas. São sempre criancinhas, necessitando sempre de serem alimentados de leite, e nunca aptos a partilhar do verdadeiro manjar do evangelho”(Evangelismo, pág. 335). “Quando almas se convertem, ponde-se a trabalhar imediatamente. E, ao trabalharem elas segundo a sua capacidade, tornar-se-ão mais fortes. É enfrentando as influências oponentes que somos confirmados na fé” (Idem, págs. 355, 356).

7. Preparai-os para Levar Responsabilidades – “Há várias espécies de

trabalho a serem feitas. As almas são preciosas à vista de Deus; ao abraçarem a verdade, educai-as e ensinai-as, a assumirem encargos. Aquele que vê o fim desde o princípio, que pode fazer com que as sementes semeadas sejam todas frutíferas, estará convosco em vossos esforços” (Idem, pág. 335).

8. Construí Templos para os Novos Crentes – “Quando se desperta um

interesse em qualquer vila ou cidade, esse interesse deve ser atendido. O lugar deve ser cabalmente trabalhado, até que se erga humilde casa de culto como sinal, um monumento do sábado de Deus, uma luz em meio da treva moral... Onde quer que se levante um grupo de crentes, deve construir-se uma casa de culto. Não deixem os obreiros o lugar sem fazer isto” (Idem, págs. 375, 376).

VI – A Parte da Igreja e os Leigos na Consolidação A. Lucas 22: 31-32. Os membros mais antigos da igreja, devem ser pontuais

para ajudar a fechar a porta da apostasia, realizando um fiel trabalho em prol da retenção dos novos membros. Como?

1. Cuidando dos Jovens na Fé – “Pregar é uma pequena parte da obra a ser

feita pela salvação de almas. O Espírito de Deus convence os pecadores da verdade, e depõe-nos nos braços da igreja. Os ministros podem fazer sua parte, mas nunca poderão efetuar a obra que deve ser feita pela igreja. Deus requer que a igreja cuide dos que são jovens na fé e na experiência, que vão Ter com eles, não no intuito de tagarelar com eles, mas de orar, de dirigir-lhes palavras que sejam „como maçãs de ouro em salva de prata‟” (Idem, pág. 352).

2. Colocando em Uso o Plano Guardião da Fé

a) Isto consiste em responsabilizar a cada membro fiel e de experiência na igreja, que cuide de um membro ou família nova. É sua obra zelar como

um sub-pastor destes recém-batizados e prover as suas necessidades espirituais.

b) “Os recém-chegados à fé devem receber um trato paciente e benigno, e é dever dos membros mais antigos da igreja cogitar meios e modos para prover auxílio, simpatia e instrução para os que se retiraram conscienciosamente de outras igrejas por amor da verdade, separando-se assim dos cuidados pastorais a quem estavam habituados. A igreja tem responsabilidade especial quanto a atender essas almas que seguiram os primeiros raios de luz recebidos; e caso os membros da igreja negligenciem este dever, serão infiéis ao depósito a eles confiado por Deus” (Evangelismo, pág. 351).

3. Orando por Eles, para que sua Fé não se Confunda – “Não admira que

alguns desanimem, retardem-se pelo caminho, e sejam deixados por presa aos lobos. Satanás se acha no encalço de todos. Envia seus agentes para levarem de volta as suas fileiras de almas que perdeu. Deve haver mais pais e mães para tomarem ao colo esse infantes na verdade, e animá-los a orar com eles, para que sua fé não se confunda” (Idem, págs. 351, 352).

4. Protegendo-os do Fanatismo – “Onde quer que haja um pequeno grupo de

crentes, Satanás está constantemente procurando aborrecê-los e desviá-los. Quando alguém do povo se desvia de seus pecados, supondes acaso que ele o deixará em paz? De modo nenhum!”

“Paulo implantou as puras verdades do evangelho na Galácia. Pregou a doutrina da justiça pela fé, e seu trabalho foi recompensado vendo a igreja gálata convertida ao evangelho. Então Satanás começou a trabalhar por intermédio de falsos mestres para confundir o espírito de alguns dos crentes. A jactância desses mestres, e a manifestação de seu poder de operar maravilhas, cegaram a visão espiritual de muitos dos novos conversos, e foram induzidos ao erro...” “Por algum tempo Paulo perdeu o domínio sobre os que haviam sido enganados; apoiando-se, porém, na Palavra e no poder de Deus, e recusando as interpretações dos mestres apóstatas, foi capaz de levar os conversos a verem que haviam sido iludidos, derrotando assim os desígnios de Satanás. Os novos conversos volveram à fé, preparados para, com inteligência tomar sua decisão em favor da verdade” (Evangelismo, págs. 357, 358).

5. Confirmando-os na Fé pelo Serviço – “Quando almas se convertem, ponde-

as a trabalhar imediatamente. E, ao trabalharem elas segundo a sua capacidade, tornar-se-ão mais fortes. É enfrentando as influências oponentes que somos confirmados na fé. Ao brilhar a luz em seu coração, difundam elas os seus raios. Ensinai aos recém-conversos que devem entrar em comunhão com Cristo, a serem suas testemunhas, e tornarem-nO conhecido ao mundo”.

“O melhor remédio que podeis ministrar à igreja, não é pregar ou fazer sermões, mas providenciar trabalho para os membros. Caso se

empenhasse em trabalho, o desalentado esqueceria em breve seu desânimo, o fraco se tornaria forte, o ignorante inteligente, e todos estariam preparados para apresentar a verdade tal como ela é em Jesus. Encontrarão um infalível ajudador nAquele que prometeu salvar a todos quantos se chegam a Ele”(Idem, págs. 355, 356).

6. Desenvolvendo-os como Genuínos Missionários – “Aquele que se torna um

filho e Deus deve, daí por diante, considerar-se como um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele a buscar e salvar o perdido”.

“Todos podem encontrar alguma coisa para fazer. Ninguém deve achar que não há lugar em que possa trabalhar por Cristo. O Salvador Se identifica com todo filho da humanidade”. “Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus propósitos de graça e misericórdia. Cada um tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida uma porção da luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para o habilitar a efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer” (Serviço Cristão, pág. 11, edição 1974).

7. Visitando-os Periodicamente – O trabalho pessoal não pode ser substituído

por nada. O contato humano faz com que se rompam as barreiras e se desfaçam os desentendimentos. Um trabalho paciente, realizado com oração e consagração será aprovado pelo céu. O Espírito Santo tocará os corações e estes se renderão a Sua influência, ficando confirmados na fé.

A teologia no Novo Testamento enfoca o trabalho missionário na premissa: “IDE”. Não podemos esperar que os novos conversos venham a nós, devemos ir a eles e levá-los em cada ocasião aos pés de Cristo. Assim os firmaremos na fé e os estaremos preparando para um mundo melhor.

8. Velando por suas Necessidades Materiais e Espirituais – Em mais de uma

ocasião encontraremos em nossas visitas aos novos membros, que, não somente necessitam que oremos por eles e com eles, mas que também têm outras necessidades físicas que devem ser atendidas. Embora não se poderão resolver, talvez, todas as necessidades materiais, se poderá brindar ajuda oportuna, conselho, orientação e apoio material. Será uma maravilhosa oportunidade de demonstrar a “religião prática” e o “verdadeiro jejum” de que falam São Tiago e o profeta Isaías.

Logo, ao abrir as Escrituras, estudá-las com eles e fazê-lo com oração, nos permitirão fazer uma obra que terá a aprovação divina.

VII – Programa de Consolidação dos Novos Conversos A. O programa sugestivo, esboçado a seguir, não pretende esgotar o assunto

ou as idéias. Pode ser ampliado, modificado ou adaptado às necessidades de cada lugar. O segundo ciclo e a continuidade são muito importantes,

mas onde não se possam ter, o programa de consolidação em seus primeiros passos, de 1-5, contribuirá notavelmente para fechar a porta de apostasia e manterá “dentro da igreja” os recém-chegados à fé.

1. Ter um Programa Permanente e Sistemático de Visitação

a) Este deve envolver aos dirigentes e membros da igreja. A visitação deve ser feita periodicamente e o mais freqüente possível. Pelo menos uma vez por mês.

b) Fomentar a visitação recíproca de todos os crentes. c) Entregar aos visitadores formulários, onde informarão os resultados de

seu trabalho, número de visitas, quando foram feitas, a quem visitaram; necessidades que encontraram o que fizeram e os casos que devem ser atendidos pelo pastor ou anciãos da igreja.

d) Este programa de visitação deve envolver não somente aos antigos, mas sim também aos novos membros da igreja. O trabalhar e ajudar a outros, permitirá ajudar-se a si mesmos.

2. Adestrá-los na Obra Missionária

a) Despertando-lhes o desejo de compartilhar sua nova fé. b) O fogo do primeiro amor nos impulsionará a ajudar e ganhar a outros. c) Um curso de capacitação para o trabalho leigo deve ser apresentado ao

concluir o curso e este deve envolver aos novos conversos. d) O Diretor de Atividades Leigas do campo local, o pastor ou um leigo

destacado poderá ser os instrutores. 3. Designar-lhes Responsabilidades e Campos Específicos de Trabalho –

“Todos podem encontrar alguma coisa para fazer. Ninguém deve achar que não há lugar em que possa trabalhar por Cristo...” “Os que se uniram ao Senhor em concerto de serviço, acham-se sob obrigação de a Ele se unir também na grande, sublime obra de salvar almas...” “Tão vasto é o campo, tão compreensivo o desígnio, que todo coração santificado será levado para o serviço, como instrumento do poder divino.”

“O verdadeiro caráter da igreja não se mede pela elevada profissão que ela faz, nem pelos nomes que se encontram em seu registro, mas pelo que ela está em realidade fazendo pelo Mestre, pelo número de seus obreiros perseverantes e fiéis. O interesse pessoal, e os esforços individuais atentos conseguirão mais para a causa de Cristo do que pode ser efetuado por sermões ou credos” (Serviço Cristão, págs. 11 e 12, edição 1974).

4. Colocar Em Suas Mãos Nossos Melhores Livros

a) A leitura deles dar-lhes-á alento espiritual. b) Aprenderão por si mesmos a buscar e achar o alimento espiritual que

necessitam. 5. Descobrir e Usar Seus Talentos

a) No caso de jovens e crianças, impulsioná-los a ingressar em nossas escolas e colégios para que recebam os benefícios da educação cristã.

b) Instando-os a ingressar às fileiras da colportagem, depois de cimentá-los no conhecimento e na fé do Evangelho. Muitos terão dons naturais e talentos úteis para esta obra missionária.

6. Apresentar Uma Segunda Série

a) Apresentando nela, todas as verdades que nos caracterizam. b) Fazê-lo com mais força e perfeição que a primeira.

7. Ter Um Sólido Programa de Continuidade

a) Espiritual b) Missionário c) Social

8. Construir ou Melhorar o Templo

a) Uma nova irmandade sem lugar adequado de reuniões, está destinada ao fracasso e ao desaparecimento.

b) Nossos templos devem ser lugares dignos de adoração a Deus. O meio ambiente, se é propício, contribui para a elevação e consagração.

Conclusão A. Façamos Evangelismo Completo. 1. O Evangelismo que se detém na conversão é incompleto. 2. Desenvolvamos na fé aos novos crentes. B. Abramos a “Porta do Evangelismo” e fechemos a “Porta da Apostasia”. 1. Contabilizamos com ênfase nosso “ganhar de almas”, mas desconhecemos

ou olhamos com indiferença nossas “perdas” ou “apostasias”. 2. Mas nos fica o grande desafio de conservar e desenvolver os novos

conversos na fé de Cristo. Estas reflexões e outras tantas mais, sirvam para estimular o povo Adventista e ao Ministério Evangélico e Leigo, a buscar os caminhos da evangelização eficaz na retenção de novos conversos e sua consolidação nos caminhos do Senhor. II Pedro 1:12; Atos 16:5.

AS 4 CRISES DO NOVO MEMBRO

Leo Schreven 1 – A Crise de Desencorajamento Essa crise ocorre quando um indivíduo falha em corresponder aos altos padrões que ele desposou imediatamente antes do seu batismo. No batismo ele comprometeu-se publicamente com esses padrões. Mas depois, ele geralmente percebe que tendências de sua velha vida ainda estão presentes. Ele pode ainda ter acessos de mau humor. Pode quebrar o sábado, ou mesmo “escorregar” e xingar. Quando esses velhos hábitos o dominam novamente, pode haver um período de grande desânimo. Um sentimento de derrota o envolve. Desencorajado, com baixa auto-estima, ele pode se sentir um hipócrita. Sua reação natural é fugir do contato com a igreja que ele fez compromissos no batismo. A culpa levou Adão e Eva a fugirem da presença de Deus. Ele fez o mesmo. Sintomas: Os principais sintomas dessa crise são absenteísmo da igreja ou qualquer significativa ausência dos eventos sociais ou reuniões de oração. É também identificado por uma reconhecível perda de animação na vida cristã. Pode-se manifestar na falta de desejo de demorar um pouco mais após o culto. Um apressado cumprimento, um semblante desanimado ou uma disposição séria pode ser indicações da crise de desencorajamento. Solução: Um indivíduo que passa por essa crise pode ser ajudado se o seu problema for detectado rapidamente. Uma ligação telefônica, uma palavra de ânimo, uma oração, um cartão com mensagem encorajadora, uma visita pastoral podem ser como raios de esperança na escuridão. Ele não necessita de condenação. Sentir sua crise, ouvir os seus problemas e oferecer encorajamento genuíno é tudo que ele necessita. 2 – A Crise de Integração: Essa crise acontece quando o indivíduo falha em substituir os velhos amigos da sua vida anterior ao batismo por novos amigos. Isso ocorre quando a pessoa aceita as doutrinas da igreja, mas não se integra a sua estrutura social. Desde que os humanos são seres sociáveis, a crise acontece quando o indivíduo não se torna parte da rede de amizades da igreja. Ele se sente sozinho, isolado até dos próprios familiares por causa da sua fé. Sintomas: Esse novo membro começa a chegar tarde à igreja, ou sozinho, imediatamente após o hino final. Ele se assenta sozinho e raramente freqüenta os programas sociais da igreja. Se o faz, geralmente fica isolado em um canto. Para ele, religião é simplesmente freqüentar o sábado de manhã, porque ele crê nas doutrinas adventista. Mas geralmente ele não freqüenta a Escola Sabatina. Ele se associa muito pouco com os membros. Ele pode ficar assim por semanas e meses, porém, mais cedo ou mais tarde, ele deixará a igreja.

Solução: Essas pessoas necessitam de imediata atenção pessoal. Faça tentativa ativa de ajudá-lo a desenvolver amizades da igreja. Esforços especiais precisam ser feitos para convidá-lo aos eventos sociais de igreja. Um convite para um almoço no sábado, uma excursão a alguma instituição adventista, noites esportivas, acampamentos fazem parte da mediana preventiva. Durante os primeiros 6 meses, muitas pessoas deixam a igreja por causa da crise de desencorajamento ou a crise de integração, mais do que por qualquer outra coisa. Calor, companheirismo e relacionamento pessoal são fatores de prevenção da apostasia. 3 – Crise de Estilo de Vida Esta crise geralmente acontece um ano, um ano e meio após o batismo. Ela ocorre quando o indivíduo falha em se integrar ao estilo de vida ensinado pela bíblia e praticado na Igreja Adventista. Provavelmente não tenha se adaptado ao estilo ou horário dos cultos. O sábado é guardado de maneira descuidada. Ele continua freqüentando velhos lugares de diversão. Embora ele esteja presente na igreja aos sábados de manhã, o impulso da velha vida é muito forte. Sua experiência pessoal é ainda superficial. A semente do evangelho firmou suas raízes, mas a profundidades é pouca. Ele ainda não tem hábitos devocionais, passa pouco tempo em oração e estudo da bíblia. Resumindo, ele ainda não conhece a Jesus. Sintomas: Geralmente não freqüenta a escola sabatina e os cultos de oração. Ele não se envolve em atividades missionárias, não lê a literatura denominacional e não se interessa em eventos da igreja tais como campais, congressos, programas de treinamento. Há pouco envolvimento e nenhum crescimento espiritual. Solução: A grande necessidade para quem experimenta esta crise é um significativo período devocional, cuide para que ele tenha literatura adventista adaptada aos seus interesses e necessidades. Um contínuo estímulo para promover o crescimento espiritual deste adventista Laodiceano é envolvê-lo nos pequenos grupos, onde ele participará de um significativo programa de estudos bíblicos e testemunhos. No ambiente de um pequeno grupo de 6 a 8 indivíduos, haverá maiores oportunidades de crescimento espiritual. 4 – Crise de Liderança Esta crise geralmente ocorre depois que o indivíduo tem demonstrado fidelidade a Cristo e a Sua igreja. Vamos supor que a igreja seja relativamente pequena. Ele começa a ser integrado à estrutura de liderança. Talvez ele seja colocado numa comissão de nomeações. Ele começa a perceber o funcionamento interno da igreja. O “elo de santidade” perde o brilho. Ele reconhece que todos os membros da igreja não são “santos”. Durante as reuniões da comissão de nomeações há uma franca avaliação dos membros eleitos para diversos departamentos. O choque de pertencer a uma igreja composta de pessoas falhas e defeituosas o desencorajam. Sintomas: A crise pode se expressar em criticismo, maledicência, quebra de sigilo após as reuniões de comissão, ou um sentimento geral de descontentamento. Às vezes, uma pessoa que passa por essa crise, após

participar em uma comissão de nomeações, se recuse a aceitar cargos na sua igreja. Pode haver criticismo de um lado e profundo sentimento de ansiedade do outro. Solução: Geralmente uma ou duas sessões de aconselhamento enfatizando a divina origem da igreja e as fraquezas e fragilidades da liderança humana e suficiente para ajudar esta pessoa, a crise de liderança geralmente ocorre porque um indivíduo não tem maturidade espiritual para reconhecer a “humanidade” dos membros da igreja. O pastor deve orientar cada novo adventista eleito para posição de liderança acerca da fragilidade dos seres humanos e da urgente necessidade de cooperação mútua. A unidade deve ser colocada acima das opiniões individuais. Em cada em das crises que temo discutido – Crise de Desencorajamento, a Crise de Integração, a Crise de Estilo de vida e a Crise de Liderança, o maior ingrediente para prevenir apostasia é o Amor. O Amor que continuamente diz: “Estou interessado em você, estou preocupado. Eu me importo”. Amor manifesto numa chamada telefônica, num bilhete ou cartão, num sorriso, um caloroso aperto de mão, um convite para jantar, podem ser mais eficiente do que um sermão. Faríamos bem em lembrar as palavras de um pequeno garoto de uma favela que, ao passar por um pregador de rua que falava sobre o amor de Deus, parou e gritou, “Ei pregador, eu quero ver amor vestido de pele!” Ganhar almas é a mais maravilhosa obra do mundo. Nesta atividade, Deus e o evangelista trabalham lado a lado. Essa vida se contínua aventura na obra de ganhar almas é o que eu convido a entrar hoje.

CLAMOR PELA PESCA Existia um grupo que chamava a si mesmo de pescadores. E naturalmente que havia muitos peixes na água ao redor. De fato, toda a área estava circundada por lagos, rios e águas cheias de peixes. E os peixes estavam famintos. Semana após semana, mês após mês, ano após ano, estes que se chamavam pescadores reuniam-se em encontros e discursavam sobre seu chamado à pescar, sobre a abundância de peixes e como eles poderiam ser pescados. Cada ano eles cuidadosamente definiam o significado da pesca, e defendiam a pesca como uma vocação e declaravam que a pesca deveria ser a tarefa primária dos pescadores. Continuamente eles procuravam por novos e melhores métodos de pesca e por melhores definições de pesca. Eles amavam slogans como: “Pescar é a tarefa de todo pescador”. Eles patrocinavam encontros especiais chamados “congresso de pescadores”, para discutir a pesca, promover a pesca, e ouvir sobre novos meios de pescar como: equipamentos de pesca, linhas mais resistentes, e até novas iscas foram descobertas. Estes pescadores construíam grandes e belos edifícios chamados “confederação da pesca”. O apelo era que todos fossem pescadores e que cada pescador pescasse peixes. Uma coisa porém eles não faziam, eles não pescavam. Em adição, eles organizaram uma junta para enviar pescadores a todos os lugares onde houvesse muito peixe. E todos os pescadores pareciam concordar que era necessário uma junta que pudesse desafiar a todos os pescadores a serem fervorosos na pescaria. A comissão foi formada por aqueles que tinham grande visão e coragem para falar sobre pescaria, definir a pesca, promover a idéia de pescar em correntes além mar e lagos onde outros peixes coloridos viviam. Também a comissão assalariou equipes e organizou comitês que organizassem encontros que definiam a pesca, defendiam a pesca e decidiam que novos rios pescar. Mas as equipes, comissões e comitês não pescavam. Grandes, equipados e caros centros de treinamento foram construídos cujo propósito original era treinar pescadores em como pescar. Todos os cursos foram oferecidos, sobre a necessidade de pescar, natureza do peixe, onde achar peixe, as reações psicológicas do peixe, como se aproximar do peixe, e alimentar o peixe. Os que ensinavam tinham doutorado em “peixologia”. Mas os professores não pescavam. Eles só ensinavam a pesca. Ano após ano, após tedioso treinamento, estes foram graduados e receberam o diploma com licença para pescar. Foram enviados a pescar em tempo integral, alguns em águas distantes onde estavam cheios de peixes. Alguns dedicaram muito tempo em estudos e viagens para aprender a história da pesca e ver lugares distantes onde os pioneiros pegaram grandes peixes no século passado. Ainda mais, os pescadores construíam grandes casas publicadoras para publicar manuais de pescaria. A prensa foi ocupada noite e dia produzindo materiais dedicados a métodos em programas para arranjar e encorajar reuniões que falassem de pescaria. Muitos que sentiram o chamado para

serem pescadores responderam e foram convidados a irem pescar. Mas como os demais pescadores que os ensinavam, eles nunca pescavam. Para compensar o fato de não pescarem, eles construíram bombas para explosão na água, tratores para construir represas para criatório de peixes, encubadoras de ovos de peixes, e abatedouros de peixes. Outros diziam que a necessidade era de lições de natação para peixes e melhores alimentos para que os peixes se tornassem maiores. Outros falavam de métodos de purificar as águas dos peixes ou dos inimigos dos peixes. Depois de um excitante concílio de pesca sobre “A Necessidade Da Pescaria”, um jovem saiu da reunião e foi pescar. No dia seguinte ele informou que havia pegado dois grandes peixes. Ele foi honrado por sua excelente pescaria e requisitado para visitar todos os grandes encontros e seminários para dizer como foi. Então ele abandonou a pescaria para ter tempo de contar a sua experiência aos outros pescadores. Ele foi levado para a “Federação Dos Pescadores” como uma pessoa de grande experiência. Além dele, dificilmente poderia ser esperado que aqueles que foram enviados pudessem pescar algo, porque aqueles que organizavam os congressos, eles mesmos nunca tinham pescado peixes, os que treinavam pessoas a encontrar peixes, definir pescaria, e dar mestrado em pescaria, e até mesmo ensinar peixes a nadar, eles mesmos não pescavam. Assim os alunos faziam exatamente como aqueles que os ensinavam. Formavam grupos e encontros para definir a pesca, defender a pesca, orar para que muitos peixes pudessem ser encontrados, mas uma coisa eles não faziam: Não pescavam. No entanto, eles eram chamados de pescadores por aqueles que os enviaram. Eles diziam que era apropriado serem chamados de pescadores. E peixe havia em abundância. Alguns críticos comentavam que nenhum peixe havia sido fisgado. Mas eles não se importavam, porque, afinal, os críticos também não haviam fisgado nenhum peixe em sua vida. Porém, havia alguns pescadores que se sacrificavam e conviviam com toda sorte de dificuldade. Alguns moravam próximos dos rios e lagos infestados de mosquito e fediam peixe todo o dia mas seguiam o Mestre que disse: “Segue-me e Eu vos farei pescadores de homens”. Imagine quão feridos alguns ficaram, quando alguém sugeriu que a pessoa que não fisga peixes não é de fato pescador, não importa o título ou posição que ocupe. Como uma pessoa é pescador se ano após ano não pega nenhum peixe ? e se está seguindo o Mestre por que não está pescando ?

Como Resgatar os Afastados

Condensado do livro “Seeking His Lost Sheep” de Fordyce W. Detamore I - Buscando as Ovelhas Perdidas Tipos de afastados difíceis de resgatar: 1 – Ex-empregados de Instituições Adventistas – Por alguma razão uma instituição se torna impessoal. Não é prudente encorajar novos membros a se empregarem em instituições. Eles perdem o amor e o toque pessoal da igreja, pois a instituição se relaciona mais na base comercial. 2 – Profissionais da saúde – O treinamento acadêmico, a irregularidade de tempo, a pressão do dever, a associação com o mundo e a prosperidade financeira desgastam a sua conexão com a igreja. Os que sobrevivem a tudo isso se tornam dedicados membros da igreja, mas muitos decidem não mais pertencer à igreja. São difíceis de aproximar porque são sempre ocupados. 3 – Neuróticos espirituais – Alguns se tornam obstinados pela pseudopsicologia, espiritismo, mania por tratamentos naturais, pentecostalismo, sonhos e visões. Não se pode fazer muito por eles. Alguns abandonam suas excentricidades e voltam à normalidade, mas uma vez conectados à igreja, podem criar danos à harmonia dos membros. 4 – Financeiramente prósperos – Alguns caem nos tentáculos da prosperidade e associações comerciais. Tornam-se orgulhosos e de “nada têm falta”. Seu ouro é seu deus. Pouco se pode fazer por eles até que as circunstâncias os levem à necessidade. 5 – Intelectualmente orgulhosos – Alguns são jactanciosos de seu ceticismo, suas dúvidas e sua habilidade de encurralar o pregador em uma discussão. Argumentar é perda de tempo, pois são firmes em suas opiniões. 6 – Facções independentes – Provavelmente sejam ex-obreiros ou líderes da igreja. Saíram pelo orgulho e rebelião e tiveram grande satisfação em lutar contra a igreja. Tipos facilmente resgatáveis 1 – Ex-pastores – Alguns tiveram uma queda moral e se entregaram temporariamente aos laços do pecado, mas eles ainda amam a verdade em sua totalidade. Mesmo que não consigam retornar ao antigo status, apreciarão aceitação e perdão. 2 – Ex-colportores e professores de escolas adventistas – Os problemas de ambos são os mesmos: as dificuldades financeiras os deixaram amargurados ou os desanimaram a permanecer na igreja. Ainda crêem nas doutrinas, mas necessitam perceber nosso amor e interesse por seu retorno.

3 – Jovens provenientes de lares divididos – Crianças batizadas na idade entre 9 a 12 anos ao envelhecerem abandonam a igreja, não por terem sido mal doutrinadas, mas pela atuação em seu lar. Eles raramente perdem seu amor pela verdade. Depois de provar as atrações do mundo, eles descobrem a sua nulidade e anseiam pelo conforto e segurança da igreja. 4 – Os casados com infiéis – Casamento com pessoas que não possuem a mesma esperança é um dos maiores fatores que expandem as fileiras dos apostatados. Alguns saem por causa dos laços naturais que esse envolvimento traz: compromisso em matéria de recreação; descuido na observância do sábado; rebaixamento nos padrões de vestuário, etc. Por algum tempo são indiferentes e frios, mas sempre vêm momentos em que caem em si: “Ei, o que está ocorrendo comigo?”. Há também o problema de mães solteiras que necessitam de compreensão e não de condenação. 5 – Mães de crianças recém-nascidas – Esse é um período em que perdemos muitas mulheres da igreja. Durante a gravidez ela se sente desconfortável, e quando o bebê nasce aumentam os cuidados. Na igreja o bebê chora consideravelmente. Se a igreja é pequena, muitos sugerem: “Por que não leva o bebê para fora? Ele está perturbando o culto”. Frustrada, ela diz, “só voltarei quando o Alfredinho tiver idade para ficar na Escola Sabatina”. Logo ela se afasta, não porque não crê na profecia das 2.300 dias, mas por falta de ajuda dos membros. Elas são fáceis de resgatar pois querem seus filhos na igreja. 6 – Pessoas com problemas de trabalho aos sábados – Muitos saíram em tempo de crise relacionada ao trabalho aos sábados. Talvez um pai preocupado com seus débitos talvez se enfraqueça quando ameaçado com a perda do emprego. Eles ainda amam a mensagem e pretendem retornar quando estiverem “equilibrados financeiramente”. 7 – Pessoas que experimentaram queda moral – Às vezes a igreja rotula a parte inocente e a parte culpada em um problema moral. Então a parte culpada sente que há pouca esperança de ser reconciliado com a igreja novamente a despeito da convicção que possam ter. 8 – Vítimas de hábitos – Álcool, tabagismo ou drogas. Eles são fracos. Somente a bondade e amor podem resgatá-los de volta. Deixe-os saber que você confia nele e continuará orando por seu restabelecimento. Fortaleça-os com o pensamento de que Deus é poderoso – I Cor. 10:13. 9 – Pessoas do tipo “Filho Pródigo” – Crêem nas doutrinas, mas desejaram experimentar o mundo. Faça-os saber do amor que a igreja tem por eles e que quando eles estiverem prontos para voltar serão bem recebidos. Aguarde até que tenham “gasto tudo”. Se são jovens, vocês poderão ganhá-los com um vigoroso programa recreativo e espiritual em sua igreja. Não torne a religião sem atrativos enfatizando os “nãos”, mas seja criativo criando novas formas de envolvê-los. II – Sugestões para visitação

Após se apresentar àqueles que receberão sua visita de maneira sincera, calorosa e amigável, você poderá introduzir o assunto com uma série de perguntas como a que se segue:

1. Que trabalho você faz? Gosta do que faz? 2. Mora aqui há muito tempo? 3. Quantos filhos você tem? 4. Você já foi um dia membro de nossa igreja? 5. Onde? 6. Quanto tempo você freqüentou a igreja? 7. Ainda crê na mensagem pregada pela Igreja Adventista? 8. Já pensou em voltar algum dia para a igreja? 9. Há algo que o impede de retornar? 10. Não é prudente adiar o seu regresso, não é verdade? Com crianças tão

lindas como essas, que grande responsabilidade a sua de educá-las nos caminhos de Deus! Quanto mais você esperar, menos serão as chances de ajudá-las a se entregarem a Jesus. Quero convidá-lo para um programa especial (ou reunião evangelística) neste sábado.

O que “fazer” e o que “não fazer” ao trabalhar com ex-adventistas

1. Vá logo ao ponto – Instintivamente ele já sabe a que você veio e se sente desconfortável com os rodeios. Quanto mais cedo você for ao ponto, menor o período de tensão. Você se sente à vontade conversando com um médico com uma seringa na mão?

2. Permita que a amargura venha à tona – Ele está sobrecarregado com rancores e mágoas longamente retidas. Ele culpa a igreja por injustiças reais ou imaginárias, sua mágoa é contra o presidente ou o ex-pastor. Ouça de maneira gentil; ouça com interesse. Diga-lhe, “se eu estivesse em seu lugar e tivesse sido tratado assim, eu me sentiria como você”. Quando ele percebe que você está do mesmo lado, começa a se desarmar.

3. Não defenda ninguém – Não importa quem ou o que o afastado ataque, não defenda ninguém. No momento em que você defende alguém, automaticamente, sua mente identifica você como seu inimigo. A partir deste ponto você se torna impotente para ajudá-lo.

4. Não traia a confiança do ex-membro – Não dê publicidade ao que ele lhe falou. Melhor não repetir certas coisas, pois se ele descobrir que você vazou confidências, nunca mais confiará em você.

5. Não demore – Há momentos em que precisa ouvir uma longa história de decepção. Mas ordinariamente 15 ou 20 minutos são suficientes. Se respeitar esta regra, as portas se abrirão para você na próxima vez.

6. Sempre conclua sua visita com uma oração – Não pergunte se ele deseja uma oração. Diga-lhe: “Bem, preciso ir. Mas antes de partir, vamos inclinar nossa fronte para uma oração?”

Sugestões de frases: “Ajude-o a não se demorar muito neste mundo, mas a estar na arca quando o dilúvio chegar”.

“Perdoa-nos pela dor que nós como igreja lhe causamos, e ajude-o a reconhecer que o amamos e aguardamos o seu retorno”. “Que suas crianças estejam seguras em seguir os seus passos, e que esses passos estejam na direção da vontade de Deus”.

7. Faça um breve convite para as reuniões evangelísticas ou para a Escola Sabatina – Não tente forçá-la a prometer que irá. A visitação deverá ocorrer de forma casual e amigável.

8. Saia imediatamente após a oração – Não demore. Cada minuto gasto no lar após a oração final desfaz o efeito de sua visita. Isso é vital!

Não faça

1. Não tente arranjar uma série de estudos bíblicos – Muitos tomam isso como afronta, pois já conhecem as doutrinas. O que necessitam é de amor e reconversão. Reconduzi-los a uma reunião evangelística ou a Escola Sabatina é a melhor maneira de ganhá-los.

2. Não aceite dinheiro do ex-membro – Muitos confirmam a idéia de que o que realmente queremos é o seu apoio financeiro para a igreja. A exceção é o dízimo. Se ele quer devolver o dízimo entregue-lhe o recibo.

3. Não argumente sobre normas da igreja – Apenas peça que ele ore sobre essas coisas e peça a Deus para tornar o assunto claro. A oração muda corações de tal maneira que os argumentos são impotentes de fazê-lo.

Procedimentos pós-visitação

1. De tempo em tempo telefone para o ex-membro mantendo-o informado sobre os interessantes eventos da igreja. Mas não o incomode com chamadas fora de hora ou extensas.

2. Aproveite a aproximação de eventos importantes como desculpa para visitá-lo para um convite. Ofereça-lhe transporte ou marque um horário para irem juntos.

3. Peça alguém da mesma idade ou do mesmo grupo social para se aproximar do ex-membro.

4. Ajude-o a solucionar problemas que dificultam a sua assistência à igreja: a. Alguém que cuide dos seus filhos em casa ou no lar b. Transporte aos que moram distantes c. Assistência a algum doente sob seu cuidado que o impede de ir à

igreja.

5. Ocasionalmente, leve em sua casa um livro, um pão integral, buquê de flores ou uma cesta de frutas.

6. Após se tornar familiar com ele, envie-lhe cartões de aniversário ou de ocasiões especiais.

7. Faça-lhe uma assinatura da revista Sinais dos Tempos ou Revista Adventista.

8. Ex-membros raramente resistem a um apelo de entrega após um período de contínua oração intercessória em seu favor.

O que pode ser feito:

1 – Comece um programa de visitação aos desaparecidos ou ex-membros. 2 – Implemente o programa de Pequenos Grupos para promover o companheirismo, estudo da Bíblia e oração. 3 – Organize um forte programa de visitação, com anciãos e diáconos regularmente visitando os membros designados a eles. 4 – Fortaleça o ministério do ensino na Escola Sabatina 5 – Descubra uma liturgia mais rica com muitos cânticos congregacionais, testemunhos e cultura da Bíblia. 6 – Mude o sistema de Transferência de membros. Não deixe a iniciativa de pedir a carta para o membro somente. 7 –Não enfatize ensinos que são mais baseados em cultura do que na Bíblia.

Evangelização da Mente Secular (Resumo) por Emilio Abdala 1.800 –Era de agricultura 1.900 –Era de indústria – utilização das fontes de energia 2.000 –Era de informação – criação, processamento e distribuição de informação. Computadores. Economia mundial – Globalização –Informação é mais importante para o sucesso do que dinheiro. Efeitos 1. Impessoal eficiência dos grandes hospitais são trocadas pelo retorno do médico da família. Fome de relacionamentos pessoais. Oportunidades para pequenos grupos com discussões (saúde,família,etc) 2. Pessoas querem participar em decisões que afetem sua vida. Tendência da democracia representativa para democracia participativa. 3. Evasão na confiança em instituições. Pessoas se voltam ao “faça você mesmo” e à iniciativa local. Pouca confiança em religiões organizadas. 4. Pessoas buscam harmonia com a natureza. Desistem de promoções por uma simples vida com mais relacionamento humano.

- Busca de pessoas seculares por uma experiência sobrenatural (ocultismo).

- Fortalecimento de igrejas evangélicas independentes (as institucionalizadas estão falindo)

- Explosão de cultos num tempo em que maiores religiões institucionais estão em declínio.

Secularização afeta a fé – tornando a fé relativa ou irrelevante Tendências: indica necessidade por uma sistemática de evangelismo com ênfase no companheirismo e necessidades locais. Exemplo de sociedade secularizada: Romanos - Prostituição era profissão - Homossexualidade tida como normal e aceita nos altos círculos. - Mulheres –À semelhança das mulheres modernas,possuíam as mesmas vaidades ( tesouras, pinças, redes, lixas, cremes,brincos, amuletos, broches) - Luxúria dos lares ( mármores, colunas, mosaicos, painéis de ouro) - Dietas pobres em grãos, vegetais e frutas e ricas em carne de porco e laticínios. Os banquetes começavam às 4 horas e se estendiam até o dia seguinte.

- T.V. – teatro :possuíam atores favoritos, amavam musica, mulheres e sangue. Amavam os esportes – anfiteatros com ligas de gladiadores e hipódromos com corridas de bigas. CINCO EVENTOS QUE INTRODUZIRAM O SECULARISMO: 1. Renascimento – 14o -16o séc. - Descoberta ocidental da filosofia, ciência, literatura da Grécia Antiga. - Afetou o povo ocidental: • redirecionava atenção do povo de Deus para outro mundo • dos assuntos Teológicos para o humanismo: “homem é o centro de todas as coisas”. 2. Nacionalismo - Surgimento de nações independentes do que antes tinha sido uma Europa comparativamente unida. - Guerras induziram uma desilusão e dúvidas sobre a igreja de Deus. - Desaparece a compreensão acerca de uma humanidade comum. 3. Despertar da Ciência - Copérnico e Galileu, ao descobrirem a estrutura do sistema solar, desfiaram a posição da igreja acerca do cosmos. Ptolomeu colocou a Terra no centro do universo. Galileu e Copérnico demonstraram que a Terra gira em torno do Sol. - Newton e a Teoria da gravitação desafiaram a doutrina da Providência, que mantinha os astros em seu lugar. O princípio de Newton demonstrou matematicamente que a coesão do universo era explicada pela sua Teoria. - Darwin e o dogma da evolução desafiaram a doutrina da criação. A“Origem das Espécies” teoriza sobre a seleção natural e sobrevivência do mais apto. - Marx desafia a compreensão cristã sobre o objetivo da história. Substitui o Reino de Deus pela utopia da economia. 4. Iluminismo - Pensadores do iluminismo criam que o homem era naturalmente bom, mas que o ambiente o corrompeu. - Criam que a ciência e a educação trariam progresso à humanidade. - Introduziram os “direitos humanos” e a idéia de que Deus é supérfluo. 5. Urbanização - A Revolução industrial tornou a Inglaterra o primeiro país urbano, no séc. 18. SECULARISMO

Webster: “Sistema de doutrinas e práticas que discorda ou rejeita toda forma de fé religiosa ou culto”. Características: 3 marcos da mente secular segundo Willian Johnson : a) Indiferença à religião –Atitude de antagonismo gerada pela ignorância acerca da religião. b) Confiança nas realizações da ciência e tecnologia –Novas drogas, homem na lua, invenção do computador. Põe confiança nos resultados tangíveis mais do que no mundo invisível da religião. c) Confiança própria – Não negam a existência de Deus, simplesmente não sentem a necessidade de Deus. Tipos de secularistas segundo Mark Finley: 1. Secular (materialista) – jovem executivo cuja prioridade de vida é seu emprego. Ele se imerge nele. Seu alvo é uma casa nos subúrbios, com carpete, belos móveis, T.V, piscina, dois modelos de carros, férias na Europa. Posses são sua principal paixão. Está interessado na família, mas seu interesse principal é o econômico. 2. Secular religioso – foi educado desde o berço na igreja católica ,protestante ou judaica, mas não freqüenta mais os cultos. Preocupa-se com as questões sociais, mas curte a religião organizada. Não está interessado em possessões como os materialistas, é mais preocupado com questões filosóficas. Gosta de fumar, beber e até é reflexivo sobre a vida. 3. Secular (Independente) – Trabalha desde cedo de manhã até tarde da noite. Sua felicidade na vida vem das páginas do esporte e T.V. Sua atitude perante a religião é “não me importune com esse negócio. Sou um homem ocupado, homem de respeito e faço o meu melhor”. Ele não pensa em temas filosóficos, mas também não é obcecado com possessões. É bom pai de família. Preocupa-se mais consigo mesmo. 4. Secular filosófico (ateísta) –É introspectivo e pensativo. Rejeitou intelectualmente o cristianismo. Seus ídolos são Freud e Darwin. Crê que o mundo foi criado pela casualidade o homem um produto da hereditariedade e do ambiente. • Pragmático: A questão bíblica para todas atividades é o que eu ganho com isto? Ele quer ver resultados positivos em tudo que investe seus esforços e recursos. Não é necessário opor-se à religião – ele apoia tudo que serve aos seus propósitos. Definindo o Secular (como o Secular pensa) 1. Contingência – Tudo nesse mundo acontece pela causa e efeito dentro de um ciclo histórico. Em outras palavras, nenhum evento necessita ser explicado em termos de intervenção sobrenatural. ( Ex: Se eu sou rico é porque meus pais foram ricos ou porque eu trabalhei duro). Vivem dentro dos ponteiros dos 5 sensos. 2. Autonomia – Baseado nas palavras gregas: (lei para si mesmo). Não precisa de Deus para direção. Muitos acham que o significado da vida reside

em como serão lembrados após a morte e isso explica o interesse no meio ambiente. Outros buscam significado na música, arte, bom casamento, etc. Pelo contrário, vidas que são centradas em drogas e nos crimes, são desperdiçadas. 3. Relatividade - Se não há sobrenatural e o homem decide seu próprio destino, então o significado e a verdade dependem da situação. O que é correto numa situação pode ser errado em outro. O que é correto para uma pessoa pode ser errado para outra. Homossexualidade pode ser errada para uma geração, e aceitável para outra. Valores são relativos. Em vez de falar sobre verdade, gostam de falar sobre o que é “correto para você”. 4. Temporalidade – é a idéia de que a vida é tudo que existe. Vida após a morte pode ser atrativa mas não há evidência científica. A vida é curta, aproveite! Secular não é ateísta. Crê em Deus, mas não está consciente de que Deus esteja envolvido nos assuntos do dia a dia. As tendências para a secularização são mais observadas nos itens abaixo: Secular Religioso Homem Mulher Jovem Adulto Urbano Rural Mais educado Menos educado Rico Pobre Móvel Estacionário Industrial Agricultor Influências na Sociedade que levam as pessoas ao Secularismo: 1. Ciência – A razão científica leva a um decréscimo de fé na sociedade.O método científico,ao contrário da fé,para a resolução de um problema, exige observar a situação, reunir informações e formular uma explicação com possíveis soluções. Ex: Daniel resolveu um problema através de oração e não de pesquisa. 2. Pluralismo – todas as religiões são toleradas e nenhuma deve ser dominante. Sociedade não provê suporte ou apoio para sua fé. Pessoas públicas são expostas a outras idéias e pessoas. Quanto mais você está exposta a novas idéias mais difícil é manter a fé. 3. Privacidade –É impróprio discutir religião em público.A religião é confinada à privacidade e experiência pessoal. “Duas coisas que não discuto: religião e política”. Ilustração:Em uma entrevista com um jogador de futebol que respondeu, “Devo meu sucesso a esposa e a Jesus Cristo”,o entrevistador ficou visivelmente constrangido. T.V. é o mais poderoso agente de secularização.

Pergunta: A T.V tem sexo, violência. A Bíblia também tem sexo e violência. (II Samuel 7:21). Resposta: Na Bíblia, sexo e violência ilustram as conseqüências de se opor a Deus ou viver em contraste à Sua lei. T.V. – Glorifica a vida sem Deus. Como Adventista torna-se secular: 1. Negligência na vida de oração (barômetro espiritual). O imediato impacto da secularização é sentido na vida de oração. 2. Estudo da Bíblia – 3. Padrões de comportamento começam a mudar. 4. Diminuição na freqüência aos cultos. No sábado você diz. “Nesse dia maravilhoso, vamos à montanha!” 5. Dúvida sobre a inspiração da Bíblia, na existência de Deus. 6. Falta de confiança nas instituições. Falta de lealdade às instituições,na liderança,etc. Necessidades Básicas do povo Secular: - “O Método de Cristo”. CBV 120 (misturava-se; demonstrava simpatia; ministrava às necessidades; ganhava a confiança; segue-me). Segundo Humberto Hasi,as maiores necessidades são: 1. Necessidade de compromisso – comprometer-se com algo que transcende sua existência. Pessoas não se satisfazem em rotineiras tarefas ordinárias. É necessário uma causa extraordinária. • Pertencer a uma torcida: flamengo,etc • Dedicação a causas políticas • Defesa da ecologia Preenche-se essa necessidade comunicando a diferença que Jesus faz na vida, pregação do evangelho, etc. 2. Livramento de culpa – Até pessoas não religiosas necessitam livrar-se do senso do fracasso – fracasso em realizar suas esperanças, seus sonhos e melhores intenções. Muitos tentam pelas drogas, promiscuidade e álcool. 3. Genuíno relacionamento – com pessoas que se importam em ser honestas e leais. Os relacionamentos hoje tendem a ser superficiais. 4. Filosofia cósmica – onde tudo se encaixa. Os humanos necessitam saber que pertencem a uma significativa cosmologia e a um ordenado universo. 5. Orientação a um novo Estilo de Vida Programas sugestivos: 1. Saúde

2. Stress e Estilo de vida 3. Finanças pessoais 4. Administração do tempo 5. Casamento

MANUAL DO MINISTÉRIO EM PRISÕES

PREPARADO PELO DEPARTAMENTO DE ATIVIDADES LEIGAS DA CONFERÊNCIA GERAL DOS ADVENTISTAS DO 7º DIA.

PREFÁCIO A comissão para o remanescente da igreja é apresentar o evangelho de um Cristo amorável para toda a humanidade. “Lembre-se daqueles na prisão como se você estivesse lá com eles; e aqueles que estão sendo maltratados como se fossem vocês próprios os sofredores. Hebreus 13:3. Durante toda a história dos Adventistas do 7º Dia um ministério para os menos afortunados tem sido parte integral do Evangelismo missionário da igreja. Em maio de 1974 o departamento de atividades leigas da Conferência Geral organizou um comitê de ministério em prisões em Takoma Park com o propósito de desenvolver um programa nacional unificado do ministério em prisões. Um número de excepcionais membros de igreja da Divisão norte-americana, que estão engajados no evangelismo ministerial em prisões, foram convidados para assistir essa conferência. O departamento de atividades leigas da conferência geral, deseja reconhecer sua profunda gratidão para as seguintes pessoas que fizeram valiosas contribuições na preparação deste manual. Nomes – Vide o original. Esperamos que este manual estimule milhares de leigos a se envolver com esse ministério de amor.

INTRODUÇÃO Cristo identifica a si próprio com cada criança da humanidade. Na ordem “Que nós podemos nos tornar membros da família celestial pois, Ele se tornou membro da família terrestre. Ele é o filho do homem e assim um irmão de cada filho e filha de Adão. Seus seguidores não podem sentir eles mesmos, isolados do mundo gelado que está ao se redor... o caído, o enganado, e o pecador, o amor de Cristo abraça-os; e todo ato de bondade feito para levantar uma alma caída, todo ato de misericórdia é aceito como feito a Ele”. (DTN p. 638) O capítulo 25 de Mateus apresenta o fato que quando alguém abre a porta ao necessitado e sofredor, está recebendo anjos. “Era Eu que estava com fome e sede. Eu era um estranho, Eu estava doente, era Eu que estava na prisão.

Enquanto você festejava em sua mesa repleta, estava faminto num casebre ou numa rua vazia. Enquanto você estava cômodo em sua casa, e Eu não tinha onde deitar minha cabeça. Enquanto você enchia seu guarda roupa com peças finas, Eu estava despido. Enquanto você buscava seus prazeres, Eu padecia na prisão.” (DTN p.639, 640) “No grande dia de julgamento, todos que não tiverem trabalhando para Cristo, que tem permanecido ha muito pensando neles próprios, cuidando de si próprios, serão colocados pelo juiz de toda a terra com todos que praticaram o mal. Eles receberão a mesma condenação”. (Idem p. 641) Nos Estados Unidos agora existem aproximadamente 4.000 presos em cadeias. Além disso existem 32 penitenciárias federais. Em cada uma dessas instituições existem seres humanos precisando de consolo. O propósito desse manual é formar vários princípios básicos e linhas guia para todos que queiram se envolver no evangelismo em prisões. O programa de evangelismo em prisões, começa onde quer que exista um preso esperando ser entendido e quem é também disposto a entender Jesus Cristo. O Evangelismo ministerial em prisões dos Adventistas Sétimo Dia, tem vários objetivos sociais e espirituais. Os objetivos espirituais podem ser definidos como seguem:

Apresentar o Evangelho de Jesus Cristo.

Dividir o amor de Deus.

Expressar o significado da fé.

Mostrar o poder da oração. Alguns objetivos sociais são:

Prover um elo entre a comunidade e as pessoas confinadas no instituto de correção.

Preparar pessoas confinadas para reentrar na sociedade, (psicologicamente, mentalmente, moralmente e espiritualmente).

Servir as famílias das pessoas confinadas nos institutos de correção.

Prover casa, conselho, trabalho e algumas vezes ajuda financeira para o ex-ofensor.

Ajudar a pessoa a encontrar uma experiência religiosa redimida, envolve o encontrar o mesmo nas pessoas ao seu redor. Saber o significado do perdão envolve ser perdoado e oferecer perdão aos outros. Saber o significado do amor envolve ser amado e ter uma chance para o amor. É difícil para um preso cultuar ao Senhor quando ele não sente Cristo em sua vida e morrendo por ele. Ele constrói sua religião de porções generosas de sua experiência em família, má, boa ou indiferente. Um propósitos do evangelismo em prisões é prover meios de interpretação do amor de Deus para com os prisioneiros. Simplesmente afirmando os objetivos finais do ministério em prisões são mostrados a seguir. 1. Através de Cristo todo preso é redimido. 2. Reconstruir o todo no homem.

3. Trazer à família do preso uma nova forma de vida baseado nos métodos cristãos.

CAPÍTULO 1

QUALIFICAÇÕES PARA O SERVIÇO Levar almas perdidas a Cristo, é o grande, maior e mais santo negócio conhecido na terra e céu. A pessoa engajada no ministério em prisão (conselheiro leigo) terá o mesmo consenso como que o Senhor afirmou claramente que ele veio procurar e salvar almas perdidas. Existem certas qualidades ou tratos pessoais que um conselheiro leigo deve ter. 1. Consagração: A primeira e sem dúvida a mais essencial qualificação é a

consagração. “Cristo interpelou por uma consagração sem reservas, por atenção ao serviço. Ele exige o coração, a mente, a alma e a força. Egoísmo não é apreciado”. (Christ‟s Objetive Lessons, p. 48/49). Ele que ama a Cristo o Senhor, fará a maior importância do bem”. (Desejado de todas as Nações p. 250).

2. Fidelidade: Para ter sucesso no evangelismo em prisões, o conselheiro leigo deve ter a qualidade em tomar apontamentos e aparecer em tempo. O líder cristão deve ser fiel nas promessas que faz, custe o que custar. É uma coisa maravilhosa encontrar uma pessoa o qual promessas são certas como o nascer do sol, cuja as palavras simples são tão boas quanto suas palavras, que seja reto o que ele fala que no momento em que fala é certeza que ele o fará. Esse é o tipo de fidelidade que Deus requer.

3. Perseverança: No nome do Senhor um ministro de prisões poderá trabalhar com a mesma perseverança e incansável zelo que Cristo teve em seu ministério.

4. Tato e Bom Senso: No trabalho de ganhar almas grande tato e bom senso são necessários. O Salvador nunca suprimiu a verdade mas ele completou sempre em amor. No seu intercurso com outros, Ele exerceu o maior tato, e Ele era sempre gentil e amorável.

5. Sinceridade: “Não deve existir pretensão na vida de todos que tem tão sagrada e solene mensagem como nós temos sido chamados a apresentar. O mundo está assistindo os Adventistas Sétimo Dia , porque sabem alguma coisa de sua profissão de fé, e de seu grande estandarte e eles vêem aqueles que não vivem conforme a fé que professam, os aponta com escárnio”. (Testemonies vol. 9 p. 23). Essas são somente algumas qualificações essenciais para o serviço vitorioso do evangelismo em prisões. Somando-se a essas qualificações existem características básicas de caráter que são necessárias a um conselheiro leigo.

Amor – é um ponto de crescimento sem egoísmo concernente a todas as pessoas envolvidas.

Empatia – é a habilidade de interagir com as pessoas e sentir o que elas sentem.

Senso de Missão – o desejo de dar a isto prioridade, uma crença de que há alguma coisa que ele ou ela poderia estar fazendo no mundo.

Crescimento espiritual – um conselheiro leigo não deve levar somente outros a um crescimento espiritual, mas com sabedoria deve estar disposto e ansioso para crescer melhor. Nós devemos sondar nossas vidas e corações e ver se nos encaixamos em algumas dessas qualificações para um serviço vitorioso.

CAPÍTULO 2

COMUNICANDO-SE COM OS PRESOS O conselheiro leigo deveria aprender como se comunicar com um preso. Na primeira visita, gaste tempo escutando o preso enquanto ele conta seus problemas e experiências para você o conselheiro. No apêndice há uma seção relacionada com os presos o qual apresenta algumas palavras usadas na prisão (gírias) e o seu significado, que o conselheiro deveria saber. Ele ( o conselheiro ) deve também entender o ponto de vista do preso. A seguir estão algumas regras de como ouvir: 1. Olhe para quem fala; 2. Escute-o atentamente; 3. Atente para as idéias e os sentimentos causados por elas; 4. Leve em conta seus próprios conceitos; 5. Concentre-se no que o preso diz; 6. Faça um esforço de consciência para interpretar a lógica do que você

escuta; 7. Não julgue o prisioneiro pela aparência ou palavras; 8. Não interrompa imediatamente ao perceber uma sentença errada; 9. Deixe Cristo, que é a resposta, ter a última palavra e não você; 10. Não julgue os motivos do preso; O primeiro encontro sensibiliza o aprendiz e o preso um com o outro. Você nunca deve começar a sessão dizendo ao preso o que você pensa estar errado nele ou que a razão de ele estar na prisão é de que ele não vai a igreja. Ele freqüentemente ouve isso de seu oficial na prisão, ou do juiz, ou do assistente social, ou do advogado e do oficial de condicional. Comece perguntando: como posso ajudá-lo? Geralmente isso não é só uma boa abordagem espiritual, mas também uma boa abordagem psicológica. Imediatamente você estará atacando o problema do preso, necessidades básicas e preocupações. Primeiro, o que vamos fazer? Então, aqui está o que Jesus fará por você. Motive o preso e mantenha-o calmo. Compartilhe com ele a sua experiência cristã. Existem outros pontos de vista básicos que o conselheiro deve apresentar na mente enquanto se comunicam com o preso. O conselheiro deve entender completamente a necessidade social e espiritual do preso. Muitos presos que são completamente sinceros a sua conversão, estão desapontados, que o envolvimento individual em lidar com sua conversão atualmente para, em dar

ajuda que eles tão grandiosamente desejam e é tão essencial quando eles são soltos da prisão. A liberdade que o preso anseia é também a liberdade que ele teme. O preso procura e anseia pela sua liberdade, mas igualmente, teme a liberdade que o priva de encontrar emprego porque seu passado peca contra a sociedade. Esse ponto de vista, e problemas de trabalho são questões que a igreja e todos os envolvidos no evangelismo ministerial em prisões devem tratar. INSTRUÇÕES PARA OS CONSELHEIROS LEIGOS Aqui estão alguns conselhos básicos que devem ser assimilados, e um conselheiro nunca deveria deixar sua simpatia ter mais valor que seu bom julgamento quebrar alguns dos que seguem: 1. Não faça promessas aos prisioneiros que você sabe que não pode manter. 2. Em momento algum reprima-o acerca de sua condição prévia ou que ele

pode ter feito para estar ali. 3. Se um preso pedir a você uma carta de recomendação para provar ou uma

referenda para o programa de drogas, consulte o conselheiro regular de prisão e junto com ele consultará o coordenador do ministério ou o pastor destinado.

4. Não dar carta aos presos nem pegue deles para enviar. 5. Não dê aos presos nada além de folhetos, livros e bíblias. Confira isso com

o oficial em serviço. Definitivamente, canetas, pentes e artigos similares não podem ser trazidos.

6. Se um preso requerer de você artigos como, roupas de baixo, calças, camisas, sapatos (os mesmos não ter cardaço ou fivelas) confira com seu conselheiro ou líder primeiro. Esteja certo de que você tem o nome do preso e o seu número de ficha para localização.

7. Em relação ao preso solto que esteve em contato com drogas, não dê a ele dinheiro ou qualquer coisa que possa se negociada e convertida em dinheiro. Isso é contra a lei:

8. Não cometa o erro de deixar um preso pensar que pode enganá-lo só porque é cristão. Sê prudente como uma serpente.

9. Não traga para dentro da prisão, toca-fitas de qualquer tamanho ou câmera de vídeo.

10. Se uma situação duvidosa surgir, consulte seu líder do ministério. Estivemos vendo alguns nãos. Agora daremos uma olhada em vários fatores que o conselheiro deve considerar: 1. Faça anotações dos presos com quem você tem falado ou te

impressionado. 2. Faça visita e cheguem juntos (como um grupo de conselheiros isso é

essencial). A prisão designada ou cela e chegue a tempo. 3. Faça uma lista de quem você tem se encontrado. Use essa lista para fazer

chamada todas as semanas. Adicione novos nomes à lista. 4. Pergunte ao oficial da instituição a possibilidade da visita e se permitido

pedir para anunciar em todos os andares.

5. Faça visita aos parentes dos presos e ajude-os quando puder com contribuições de roupa e comida. Peça aos líderes comunitários uma ajuda mais promissora.

6. Sempre leve alguém com você durante a visita a casa dos presos. Nunca vá sozinho.

7. Lembre-se que vocês são hóspedes do instituto de correção. Mostre aos guardas e chefes do presídio a sua disposição cristã Adventista. (Testemunho).

8. Lembre-se a cada conselheiro de relatar suas visitas, e materiais distribuídos à secretaria do programa de visitação.

9. Faça um relatório escrito ao seu líder de ministério e também para o pastor da igreja relatando o andamento do trabalho de visitação e estudo.

10. Lembre-se da responsabilidade que você como conselheiro possui. Cada ação movida em favor de salvar almas é um ganho para a obra de Deus.

11. Lembre-se em vários casos, você sustenta a fé e o amor daquele preso, inclusive a esperança de um futuro melhor. Lembre-se, através de Cristo todo preso pode se redimido.

CAPÍTULO 3

APRENDENDO A CONHECER OS PRESOS E COMO FALAR COM ELES Alguns indivíduos apresentam certa dificuldade em falar com presos. As perguntas mais freqüentes são.: Como falar com eles? Como se tornar amigo deles? Não existem segredos em se comunicar com os presos. Deve-se lembrar que o preso é também um ser humano como qualquer outro. É o ponto onde muitas pessoas erram, pois acham que quando vão a um presídio, estão indo a um “zoológico” para ver animais. Nós não devemos perder a visão de que o preso está lá porque quebrou as leis impostas pela sociedade, e a mesma acredita que eles tem que pagar pelo que fizeram. Muitos são realmente culpados, mas outros podem não o ser. Outros podem também estar ali por causa da vontade e desmando de outros ou porque queriam somente conseguir o sustento para suas famílias, mas foram enganados por outras pessoas. O conselheiro deve considerar tudo isso. Alguém que tem estado encarcerado por 7 anos, faltando ainda 44 anos de pena diz que o seu verdadeiro crime foi a ignorância. Na ignorância ele afirmou: “Com a ignorância é impossível converter ou até prender, mas tranque a ignorância presa numa caixa tudo que se tornar possível. O único feito que o estado consegue chegar perto desse preso é ensinado-o alguma profissão prática. Como conselheiros, devemos aprender a como ganhar a confiança deles e assim saber de seus problemas e como poder ajudá-los. Abaixo segue uma lista de 7 sugestões de como ganhar a confiança e o respeito dos presos. 1. Sempre apresente preocupação, principalmente em suas palavras e

atitudes. 2. Saiba quando falar e quando escutar, mas esteja certo que você está no

controle da situação.

3. Faça apenas promessas que você possa cumprir. 4. Nunca dê uma falsa impressão – explicando o que você pode fazer ou não. 5. Nunca comprometa suas idéias ou crenças. 6. Tente tratar dos problemas você próprio dependendo apenas do conselho

divino. 7. Encoraje o preso a expor seus pensamentos e sentimentos para chegar a

entrega de seu coração. Se o conselheiro seguir essas instruções verá que não existem segredos para a comunicação com o preso. É muito difícil chegar a ele a menos que você já tenha tido essa experiência. Por isso nunca diga a ele: eu sei o que você está sentindo, pois você nunca esteve onde ele está. É melhor dizer: deve ser difícil para você. Mas o que determinará se você vai ajudá-lo ou não, são suas palavras e seus esforços em ajudá-lo. O conselheiro deve oferecer primeiro o companheirismo, segundo o ensino e terceiro a pregação. Uma vez aceito pelo preso, metade da batalha está vencida, pois agora ele estará pronto para escutar o que você tem a dizer. Lembre-se que 1º o preso deve aceitar ser seu amigo, e só depois desse passo levá-lo a crer que ele também é um ser humano e merece a salvação e o perdão de seus pecados. A primeira questão que vem à mente de um preso é: como saber se ele ( o conselheiro) realmente se importa comigo? Isso se deve ao fato de que em toda sua vida ele tem visto pessoas se achegar a ele dizendo que os ajudaria, mas na verdade os prejudicaram mais ainda. Você pode entrar em uma instituição e falar sobre o cuidado de Jesus, mas o preso irá olhar você. Uma vez que ele tenha decidido que você se importa com ele, daí então você pode mostrar o amor de Deus através de instrumentos humanos. Você deve dizer também: porque me importo com você, quero compartilhar a alegria que sinto quando estou em comunhão com Cristo. Não é qualquer um que o preso aceita como amigo, pois muitos estão lá com as mesmas atitudes daqueles que crucificaram a Cristo. Por isso as escrituras dizem.: “Sê prudente como a serpente”. Você deverá ter amor puro para tratar com essas pessoas. Vamos dar uma olhada mais de perto no preso que você vai ministrar. Na sua maioria eles não estão unidos a nenhuma igreja. Outros tem uma formação religiosa que vem de casa e ainda os acompanha mesmo estando presos. De acordo com o conselho de rabis, existem 100 judeus presos para uma população de aproximadamente 11.000 mil. Vários são negros ou hispanos. De qual quer modo o fator que predomina entre eles é a sua condição sócio-econômica. Por serem das classes sociais mais baixas, muitos deles não tem conhecimento nem de seus direitos quando presos. Os jovens em sua maioria são usuários de drogas, pois para manterem seu vício, tem de roubar e até matar para conseguir o dinheiro das drogas. A maioria desses presos tem convicção de seus crimes, tem pouca educação (nível de escolaridade), são pobres, não tinham emprego quando foram presos. Essa é a situação que você vai encontrar. Logo abaixo relacionaremos alguns itens que irão ajudá-lo e até protegê-lo no trato com os presos: 1. Não dê número de telefone aos presos, exceto o da igreja. 2. Não dê seu endereço nem o de outra pessoa em tempo algum.

3. Quando em conselho, o preso costuma a passar alguns fatos de sua experiência familiar passada. Quando isso acontecer, passe essas informações para o líder do ministério e investigue se existem contas a pagar e deixe que os familiares saibam que ele se importa e que ajudá-los.

4. Não permita que eles se tornem pessoais demais com você. Você será sempre, senhor, senhora, senhorita ou irmão e irmã. Os conselheiros estão fazendo este trabalho para o mestre e devem fazê-lo com zelo e ordem.

5. Nada deve ser dado aos presos ( carta, selo, roupas, lápis, caneta ), pois a instituição do estado deve prover tudo isso a eles. Sempre consulte o diretor do presídio ou oficial encarregado para proceder dentro das normas do estabelecimento.

CAPÍTULO 4

COMO COMEÇAR O TRABALHO NA PRISÃO O trabalho desenvolvido pelo Ministério evangelístico deve ser uma preocupação de toda a igreja local. Devem haver pessoas indicadas pela membresia para fazer parte desse trabalho grandioso de salvação de almas. Todos podem ajudar de alguma forma. Abaixo vamos mostrar cada função do ministério e como são as características que devem ter: O Coordenador – esse deve ser um bom líder, pois precisará dessa qualidade para comandar os trabalhos. Ele coordena desde os grupos de igreja até os que estão envolvidos diretamente no trabalho. É ele quem vai até o diretor do presídio e faz todos os arranjos necessários para a visita. O Conselheiro-chefe – geralmente é aquela pessoa que já trabalhou com esse tipo de evangelismo e já conhece tudo o que é necessário para desenvolver um bom projeto. É ele quem treina e capacita todos os que desejam ser conselheiros leigos e os divide para um trabalho mais eficaz. O Líder da Música – tem de ser uma pessoa dinâmica e que goste de cantar sempre. Suas músicas devem refletir grandes idéias e deve encorajar o preso a se decidir na hora certa. O Secretário de Literatura – é responsável pelas bíblias, folhetos e todo tipo de literatura que for necessário durante o programa. Esse deve manter sempre um relatório das atividades e um registro de cada coisa feita com e pelo preso. O Escrivão – essa pessoa tem de ser de confiança extrema, pois é ela que vai guardar e gravar toda a conversação para ser de ajuda futura ao preso. O Secretário de Saúde e Bem-estar – essa pessoa deve trabalhar diretamente com a ADRA, para prover quando necessário ajuda para o preso e sua família.

O Instrutor Bíblico – esse é o homem do corpo a corpo, pois estará fazendo visitas regulares aos presos e o mais importante de tudo, estará ensinando aos presos todas as verdades celestes. Deve ser consagrado e profundo conhecedor da bíblia. O Vice-conselheiro – estará sempre ao lado do líder para fazer as seguintes coisas: 1. Preparativos 2. Audiência 3. Provas 4. Ver sentenças e audiências. Não pode começar esse trabalho se as regras da instituição penal não forem seguidas. Existem sistemas federais, estaduais e militares, que devem ser conhecidos e seguidos à risca por esse grupo. Em cada cidade existem liberdade ou proibição desse tipo de trabalho. Muitas instituições permitem que várias religiões façam esse trabalho, já outras o processo é mais delicado. Existe um limitado número de técnicas que podem ser usados nesse trabalho. As pessoas dispostas a esse tipo de trabalho na igreja também é limitado e poucos querem estar nesse trabalho. Abaixo vão idéias de métodos úteis: 1. O passo mais recomendado é que, com a permissão do diretor da cadeia,

se faça uma pesquisa para saber quantos presos desejam estudar a bíblia. A igreja recebe essas pesquisas de volta e assim começa a planejar o programa e a maneira a ser realizado.

2. Outra forma é ajudar a reintegrar ex-detentos na sociedade, ajudando-os a achar trabalho e moradia. Deve se ter muito cuidado pois muitos ainda não são convertidos.

3. Ainda outra forma é fazer companhas onde você possa implementar pequenos cursos como: vida total, como deixar de fumar em 5 dias, programas anti-fumo, anti-drogas, palestras, atendimento médico voluntário ou oficinas de aprendizagem.

CAPÍTULO 5

O PROGRAMA DE ADORAÇÃO PARA OS PRESOS Esses tipos de programas devem começar e terminar de acordo com os horários previstos pela direção do presídio. Abaixo segue o esquema de um programa que pode ser usado na íntegra o servir como base para outro:

Serviço de cântico – 15 minutos

Oração e música inicial – 5 minutos

Aconselhamento – 30 minutos

Música especial – 3 minutos (pode ser feito também pelo preso)

Sermonete – 15 minutos

Música especial – 3 minutos

Testemunho pelo preso ou pelo conselheiro – 8 minutos

Música final e oração – 6 minutos Tempo total aproximado: 85 minutos. É claro que esse programa varia de acordo ao tempo permitido de visitação pela intituição. Num programa como esse não pode faltar material de espécie alguma, pois isso pode significar problemas e a perda de interesse do preso.

CAPÍTULO 6

DANDO ESTUDO BÍBLICO AOS PRESOS Presos são pessoas com mistos de esperança e desespero com relação ao futuro. Muitos ainda procuram caminhos errados na vida, mas porque não existe ninguém que dê a eles a luz da esperança em Cristo Jesus. Por não conhecerem a Cristo, aparece agora a nossa frente a oportunidade de levar o evangelho a essas pessoas que estão sofrendo sem saber que existe esperança para suas vidas. Daí a grande oportunidade de se fazer campanhas de sucesso para depois colherem os resultados. Há uma mensagem a ser dada a pessoas que precisam ouvi-la. Preparação para os estudos bíblicos. 1. O primeiro passo é deixar que o Espírito Santo de Deus esteja presente em

sua vida. Isso só pode ser conseguido com muita oração estudo e preparação. Essa preparação é necessária para colocar o instrutor bíblico em sintonia direta com Deus e ajudá-lo a transmitir a mensagem de uma maneira clara para o preso.

2. O instrutor deve ser profundo conhecedor do seu objeto de estudo: Jesus Cristo. A experiência pessoal com Cristo é necessária para poder ensinar sobre Ele aos outros.

3. O instrutor dever ter verdadeiro amor pelo seu irmão ou irmã. Deve estar comprometido com o trabalho, sacrificar e dedicar seus talentos e conhecimentos de Cristo. Quando nos entregamos totalmente ao poder de Deus, o amor cresce em nossa vida de tal forma, que ao expor a mensagem, o preso percebe que conhecemos a quem pregamos.

4. Ao dar o estudo bíblico o instrutor deve saber e ser consciente e igualmente sensível as condições físicas, mentais e sociais do preso. Depois de tanto confiar em meios e mais meios de esperança que falharam, o instrutor deve ter bastante cuidado para não perder a chance de mostra-lhe a esperança em Jesus. O preso sente raiva, rancor da sociedade e isso deve ser

trabalhado com ele de forma que consiga fazê-lo enxergar o mundo de uma forma diferente.

5. O instrutor deve estar familiarizado com o tema de estudo e deve dominá-lo acima de tudo.

6. O instrutor deve ser sensível as noções de cristianismo do preso. Dando estudos bíblicos. 1. Sempre comece com uma oração. 2. Antes de começar os estudos tenha um acordo com o preso com respeito a: - O livro de estudo ( a Bíblia) - O número de lições. - O tempo de cada lição. - A maneira como o estudo vai ser ministrado. - A cortesia recíproca esperada por ambos. 3. O tempo é fator essencial para os estudos. Lembre-se de que cada

instituição penal tem suas regras que devem ser seguidas. 4. Sempre atente para lição a ser considerada. Não fuja do assunto, mas

também deve se tomar cuidado para não ser grosseiro com o preso, evitando assim que ele desista dos estudos e essa porta seja fechada. Se o preso buscar outro assunto, escute-o e traga-o de volta dizendo que haverá outra oportunidade para estudarem isso.

5. O instrutor deve sempre falar numa voz audível e sempre na linguagem que o preso possa compreender, para assim ter a condição de entender e aceitar todas as verdades pregadas.

6. Onde for possível fazer sempre um círculo para que haja maior interação e discussão para uma melhor compreensão dos temas apresentados.

7. Veja se todos os presos tem a própria Bíblia, se não providencie para que eles não fiquem aéreos ao que acontece e que se familiarizem com ela.

8. Ore cada dia para que Deus os socorra nas situações diárias e que eles possam tomar a decisão de estar ao lado de Jesus.

9. Não se desencoraje facilmente. Às vezes a situação mais difícil produz decisões inabaláveis..

10. Dê a série de lições que cubram todas as doutrinas da Adventistas Sétimo Dia .

Decisões É durante as seções de estudo da Bíblia que o preso toma suas decisões. Muitas vezes durante a semana ele expressa a decisão de querer ser batizado. Essas decisões podem vir a qualquer hora durante o período de estudos bíblicos. Eles não devem nunca ser forçados a aceitar a Cristo e as doutrinas da igreja, mas devem ser deixados decidir por si mesmos, para que assim eles mesmos digam se estão preparados ou não para o batismo. Continuação

Depois de batizado o preso deve ter um trabalho de acompanhamento pois agora é um membro da igreja. A continuação do estudo da Bíblia irá fortalecer a sua fé e comunhão com Deus. Com o passar do tempo eles podem ser encorajados a ingressar no ministério e ajudar outros presos através do relato de sua conversão e assim ganhar mais almas para Cristo. Quando puder, esses presos devem ser encorajados a ir para a igreja e assim estar em comunhão junto com os irmãos da mesma fé que eles. Enfatizar a importância da comunhão sabática para que quando cumprirem sua pena e forem, eles estejam juntos conosco para uma nova vida.

CAPÍTULO 7

MINISTRANDO ÀS FAMÍLIAS Semanalmente o conselheiro testemunha de Cristo e o preso responde as verdades espirituais ali apresentadas. Cria-se uma atmosfera de amizade e compreensão e daí fortalece um espírito amável e mais fiel a Cristo. Depois de algum tempo de estudo é normal escutar a seguinte petição: você poderia falar com a minha família de que estou estudando a Bíblia e quero me converter. Os presos em sua maioria deixaram famílias, mulheres e filhos e mesmo estando nesse triste momento, ainda se lembram e se preocupam com eles. Talvez a parte mais difícil seja essa, pois achegar e conseguir unir uma família desfeita pelo erro de uma pessoa é a mais dolorosa tarefa desse ministério. É importante que o trabalho não seja apenas com o preso, mas também com a sua família. Nesse manual existem algumas fichas que serão úteis nesse trabalho (Ver apêndice). O conselheiro deve procurar a família do preso e colocá-lo a par da situação da pessoa e a intenção de ajudá-la a se recuperar. Alguns passos o ajudarão a desenvolver melhor esse trabalho.

Ligue para a família do preso e sonde o ambiente que vai encontrar, uma voz zangada pode ser uma barreira a transpor com cuidado.

Depois vá até a casa e procure saber de suas necessidades e supri-las na medida do possível.

Na próxima visita se estiver tudo correndo bem, leve histórias bíblicas para as crianças e comece a conversar sobre coisas que os interessem para depois introduzir a verdades bíblicas.

Nessas visitas você pode encontrar vários tipos de problemas que os familiares dos presos lidam no dia a dia. Ajude-os quando possível, mas sempre tenha alguém especializado no que você precisar ao seu lado.

Ajuda com comida e roupa, devem ser dispensadas somente a famílias que não tenham condição para prover isso. Não perca tempo nem esforço em ajudar quem não necessita.

Seguindo essas regras o conselheiro terá um ministério eficaz e, assim, além de ganhar almas para Jesus, estará ajudando outras pessoas a refazer suas vidas desfeitas.