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    APOSTILA DE PSICOLOGIA

    Profa. Regina Lcia L. L. Sardinha2009

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    PROGRAMA

    OBJETIVOVisa proporcionar um conhecimento bsico da utilizao dos conceitos psicolgicos importantes administrao moderna

    EMENTAAplicaes da Psicologia - Teorias e sistemas em Psicologia - Funes MentaisSuperiores - Inteligncia, Criatividade e Aprendizagem - Personalidade. -Distrbios Psicolgicos - Atitudes, Crenas, Valores - Influncia Social -

    Esteretipos, Preconceito e Discriminao - Conflitos.

    CONTEDO PROGRAMTICO1. Aplicao da Psicologia2. Psicologia e a Cincia (Metodologias mais utilizadas).3. Teorias e sistemas da Psicologia: Psicanlise, Behaviorismo, Gestalt e

    Existencialismo.4. Funes mentais superiores5. Percepo6. Emoo

    7. Inteligncia e inteligncia emocional8. Crenas e atitudes9. Personalidade, diagnstico e transtornos.10.Relaes interpessoais11.Conflitos, vantagens e desvantagens.12.Crtica e Agresso13.Criatividade14.Estresse15.Motivao16.Liderana17.Formao de Grupos

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    1.APLICAO DA PSICOLOGIA

    INTRODUOQuem o psiclogo?Psiclogo um profissional que procura atravs de tcnicas cientficas, descobrir eanalisar as razes dos atos, pensamentos e emoes, esto por trs do comportamento dosindivduos juntamente com os prprios.O psiclogo procura ampliar o conhecimento que o indivduo tem de si mesmo demaneira a melhorar as relaes interpessoais e facilitar a atuao social.As tcnicas utilizadas so cientficas e consistem e coletar dados, atravs de entrevistas,ou observaes e a partir da com o auxlio das diversas teorias psicolgicas intervir

    quando necessrio, sempre visando sade do cliente.

    reas de atuao do psiclogoPsicologia Clnica intervenes teraputicas individuais ou coletivas, respondendo asolicitao do prprio cliente ou de seu responsvel para promover a sade mental. Atuaem clnicas psicolgicas, consultrios particulares, hospitais etc.

    Psicologia Escolar atua em escolas, creches ou orfanatos, com o objetivo deacompanhar o desenvolvimento em todo o processo educacional dos alunos dainstituio.

    Psicologia Organizacional atua em empresas e instituies, desenvolvendo o trabalhoda maioria dos instrumentos de Recursos Humanos, como recrutamento e seleo,treinamento etc. Pode tambm atuar como analista institucional, procurando uma maioreficincia para os objetivos da instituio.

    Psicologia X PsiquiatriaA psiquiatria uma rea mdica comprometida com a patologia, diferente da psicologiaque atua exclusivamente com a conscincia.

    O que psicologia?Quando olhamos esta cincia sob a tica popular, verificamos que existem diversas

    confuses conceituais e at a popularizao de termos por ela utilizada e entendidas deforma equivocada.Apesar de muitos acreditarem que o objeto de estudo desta cincia refere-se ao estudo damente, do subconsciente, do pensamento etc. A psicologia moderna tem na verdadecomo objeto de estudo o comportamento, podemos dizer que o psiclogo tem comometa explicar o pensamento atravs do comportamento, na tentativa de compreender deforma mais cientfica o indivduo.Algumas confuses se devem, talvez, a utilizao de diversas vises para explicar omesmo comportamento, isto , a psicologia se utiliza de algumas teorias, que tentamexplicar o mesmo objeto de estudo (comportamento), visto por ngulos diferentes, assimcomo o fazem outras cincias, tais como a medicina.

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    No entanto, por se tratar de um estudo extremamente complexo, o entendimento popularpassa a ser mais difcil e muitas vezes equivocado, levando muitos a acreditarem ser apsicologia algo subjetivo e at irreal, ou pouco cientfico.

    1.1 HISTRIA DA PSICOLOGIA

    Os primeiros passos da PsicologiaA psicologia uma cincia jovem, a pr-histria da psicologia confunde-se com ahistria da filosofia, considerada sua irm caula tendo atribudo seu nome de batismo aWOLF em1832/34 e seu objeto de estudo, assim como a filosofia, a ALMA.Durante o perodo filosfico a psicologia ganha forma como discurso metafsico,centrado nas relaes corpo-alma. Esta idia surge inicialmente no sculo XVII com

    Descartes que afirmava existir duas entidades separadas corpo e alma,sendo a almareservada aos ser humano a o carpo aos animais. As idias de Descartes foram muitocontestadas e discutidas por diversos autores.A pr-histria da psicologia registra estudos do comportamento humano atravs daAstrologia, Quiromancia, Grafologia e outros. A Astrologia dedica-se ao estudo do comportamento pela posio dos astros.

    Fazem previses, atravs do dia, hora e ms do nascimento e a posio dos astrosna ocasio.

    A Quiromancia estuda o carter e o destino das pessoas pelas linhas das mos, osmontes que se formam na palma e a estrutura das unhas e dos dedos.

    Grafologia estuda o comportamento dos homens pela escrita.

    No sculo XIX surge a chamada Psicologia Moderna atravs da psicologia experimentalfundada por WUNDT com seu primeiro laboratrio de Psicologia em 1879 na cidade deLeipzig na Alemanha, onde utilizou aparelhos para medir os chamados fenmenospsquicos, tais como sensao, vontade, a percepo e outros( Minicucci, A 1995).Outros cientistas, como Darwin, tambm realizaram estudos no laboratrio de Leipzig,mudando de forma definitiva o objeto seu objeto de estudo para COMPORTAMENTOna tentativa de tornar-se uma cincia tal qual as exigncias da comunidade cientfica dapoca, onde para tal seria necessrio: Mensurabilidade grau em que os termos e conceitos sob considerao podem

    ser especificados

    Repetibilidade refere-se generalidade das observaes que foram levadas aefeito Controle a metodologia que reduz o nmero de fatores que podem contribuir

    com o comportamento observado

    A psicologia procura entender, predizer e controlar, como todas as disciplinas que seutilizam mtodos cientficos. Os mtodos mais utilizados pela psicologia so: Observao Naturalista o investigador deve unicamente observar e no

    interferir no comportamento em curso.

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    Testes requer uma situao tpica em que o estmulo seja apresentado a cadaindivduo. O interesse primrio reside nos tipos e diferenas entre as respostas e asituao padro.

    Mtodo Experimental Comparao entre dois grupos, os ditos grupos decontrolee os grupos experimentaisque so tratados aparentemente de formaidntica, mas com uma varivel manipulada pelo investigador.

    Mtodo Clnico ou anamnese Informao obtida atravs de interrogatrios,relatos escritos, dirios, ou descries e relatos dados por outros ou pelo prprioindivduo.

    COPORTAMENTOObjeto de estudo da Psicologia moderna definido como a totalidade das atividades de umindivduo, que podem ser observadas por outra pessoa, com ou sem auxlio deinstrumentos.

    2. TEORIAS DA PSICOLOGIA

    Quando a psicologia se tornou uma cincia, quatro sistemas principais ou escolassurgiram:

    A Psicanlise A Gestalt O Behaviorismo O Existencialismo

    2.1 A PSICANLISEFundada por Sigmund FREUD(1856-1939), mdico de vocao cientfica, com seusinteresses marcados pela influencia da Biologia, especializando-se em Neuropsiquiatria.Em 1895 publica seu primeiro estudo Os estudos sobre histeria e em 1899 Ainterpretao dos sonhos, que foram bastante conhecidos pelo pblico.Cria um novo mtodo de tratamento revolucionrio,mtodo catrticoem sua temporadacom Breuer, que prope a liberao de afetos e emoes ligados a eventos traumticoscom auxlio da hipnose, esta mais tarde abandonada por Freud quando ele se afasta deBreuer, passando a utilizar o mtodo de associao livre.Esta teoria tem o mrito de ser a primeira teoria descrita, ainda sob o olhar filosfico, mas

    j admitindo como objeto de estudo o COMPORTAMENTO, mas ainda no observandoo rigor cientfico.A teoria psicanaltica prope 3 nveis na mente do indivduo: Consciente seria a atividade mental a qual nos referimos quando falamos da

    presena ou no de um elemento. O consciente d sentido aos elementos. Pr-Consciente so elementos inconscientes temporariamente pelo fato de que

    a atividade mental consciente no pode abarcar seno um pequeno nmero derepresentaes de cada vez.

    Inconsciente elementos ausentes na conscincia no momento em que sonecessrias as suas presenas para dar sentido.

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    Uma das caractersticas que distinguem a teoria psicanaltica de FREUD a existncia de2 modos de pensamentos: Processo primrio que obedece ao princpio do prazer, busca do prazer e

    evitao da dor. Processo secundrio obedece ao princpio da realidade, refere-se ao controle do

    comportamento pelo mundo real.A Psicanlise prope que nossa cognio dinamicamente formada por trsconstrutos: ID Utiliza-se unicamente do processo primrio de pensamento, sendo

    entendido como nossos desejosprimrios. Sua energia a LIBIDO SUPEREGO Atua por intermdio da culpa e da proibio, a presena da

    sociedade dentro de ns. EGO Considerado como mediador entre as idias do ID e as foras externas

    da realidade.

    2.1.1 HIPNOSESegundo estudos, cerca de 20% das pessoas so pessoas so consideradas altamentehipnotizveis.Todas as pessoas possuem a capacidade se voltar para dentro e relaxar.Nesta tcnica o sujeito estaria consciente apenas de parte dos processos que sedesenrolam na sua mente, podendo at mesmo executar atos sem poder dizer exatamentepor que.(Retirado da apostila de Marcelo Henrique Costa, Ibmec 2008).

    2.1.2 ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES PARA APSICANLISERealidade psquicaO que importa o que assume o valor de realidade no importando se aconteceu ou nono mundo objetivo.

    PulsoProcesso gerador de estado de tenso e busca do equilbrio (pulso de vida e de morte)

    Pulso de vida (Eros) Abrange as pulses sexuais e deautoconservao

    Pulso de morte (Tanatos) Tendncia autodestrutiva quando voltadapara dentro ou agressiva e destrutivaquando voltadapara fora

    Retirado da apostila de Marcelo Henrique Costa Ibmec, 2008

    2.1.3 SINTOMAComportamento ou pensamento resultante do conflito entre desejos e mecanismos dedefesa

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    2.1.4 MECANISMOS DE DEFESA

    Para lidar com ansiedade constante do ego, colocado entre os anseios do id e as demandasdo superego, o sujeito recorre a mecanismos de defesa que reduzem ou redirecionam atenso.

    REPRESSOBane da conscincia os pensamentos e sentimentos que geram ansiedade. REGRESSORecua at um dos estgios de desenvolvimento infantil e se fixa nesta condio. FORMAO REATIVAInverso dos valores inaceitveis dos contedos. PROJEOAtribui os impulsos reprimidos a outras pessoas.

    2.1.5 SONHOSDivide-se em duas partes no entendimento da psicanlise

    Contedo Manifesto - O que efetivamente se passa no sonho, Aquilo que narramos aocontarmos o sonho.Contedo LatenteDesejos e impulsos inconscientes, que aparecem de maneira disfarada no sonho.

    No entanto no mundo moderno temos uma viso mais moderna do sonho, na verdade eles

    nos ajudam a processar as informaes do dia e principalmente fix-las na memria..Servem funo fisiolgica de desenvolver e preservar os caminhos neuronais do crebrosendo esta a resposta para acessos peridicos de atividade cerebral noturna (queproduziriam as alucinaes que o crebro se esforaria em dotar de sentido no sonho)

    2.2 O BEHAVIORISMO

    John Watson foi considerado o pai do Behaviorismo ao publicar em 1913 um artigodeclarando um novo ramo da psicologia.Tambm chamada de Teoria Comportamental ouCognitiva Comportamental mais

    recentemente , segundo esta teoria, os comportamentos dos indivduos devem serobservados e medidos da mesma maneira como fazem outras cincias.Surge inicialmente para tornar cientfico as idias de FREUD, abandonando estas idiasmais tarde passando a utilizar as teorias da aprendizagem vigentes na poca, tais comoas teorias do condicionamento de SKINNER ou de PAVLOV sendo tambm conhecidacomo a teoria do S-R.Seu princpio bsico refere-se a idias de que todo comportamento reforado tende aaumentar de freqncia o que significa dizer que nosso comportamento resultado deuma aprendizagem.Nosso comportamento pode ser explicado segundo o seguinte esquema:

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    Cognitivo

    S R Autonmico Conseqncia

    Motor

    Cognitivo pensamento Autonmico sentimento, sensao Motor comportamento

    O Behaviorismo tambm possui outras idias importantes para sua compreenso: A Psicologia a cincia do comportamento, e no a cincia da mente. O comportamento pode ser descrito e explicado sem recorrer aos esquemas

    mentais ou aos esquemas psicolgicos internos.

    A fonte dos comportamentos o ambiente (que pode ser inclusive os rgosinternos) e no a "mente" interna individual

    2.2.1CONCEITOS IMPORTANTES PARA O BEHAVIORISMO

    REFORO Estmulo capaz de alterar a freqncia do comportamento, pode ser

    positivo ou negativo EXTINO

    Perda da capacidade de responder. PUNIO

    Quando adicionado ao condicionamento um estmulo que suprime afreqncia de um comportamento no futuro, diz-se que houve umapunio.

    2.3 O EXISTENCIALISMOSurge para resgatar os valores humanos bsicos e a dignidade humana que estaria sendoperdida pelas formas tradicionais de psicologia.Faz oposio as demais teorias,principalmente a psicanlise e a comportamental. mais voltada para o EU e sua relaocom o MEIO no qual esta inserido. a de maior utilidade para a Administrao por ser ela a nica a utilizar a tcnica de

    Dinmica de GrupoO Existencialismo uma corrente filosfica que adota os pressupostos daFenomenologia. As principais caractersticas desta abordagem em Psicologia so:

    1. A nfase na responsabilidade do ser humano pelo que quer que venha a lheocorrer e no que ele venha a se tornar.

    Para o existencialismo o ser humano nunca est determinado, eledefine a si mesmo.

    2. A predileo por temas como a angstia e o desespero, do homem diante da mortee da busca das causas dos males mentais da vida moderna

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    2.3.1 ASPECTOS IMPORTANTE PARA O EXISTENCIALISMO

    Centrada no presente Preocupa-se com os meios que o cliente pode usar no presente para mudar

    os conflitosPsicologia centrada no cliente

    Toda a nfase dada na viso que o cliente tem de si mesmo

    2.4 A GESTALTA psicologia da gestalt surge para se opor ao behaviorismo, apesar de tambm entender apsicologia como estudo do comportamento a percepo o ponto central desta teoria, oque o indivduo percebe e como percebe so dados importantes para a compreenso do

    comportamento humano.O termo em alemo Gestalt quer dizer forma ou configurao. Esta teoria estudou aorganizao do processo mental em termos de figura e fundo. De acordo com essa teorianossa experincia depende dos modelos(estruturas) que os estmulos despertam naorganizao da nossa experincia. O que ns vemos ou percebemos esta relacionado coma totalidade do campo de observao. A totalidade do que percebemos de um fato, de umevento, de uma paisagem diferente da soma das partes. O todo consiste nas partesrelacionadas entre eles.

    3. FUNES METAIS SUPERIORESPERCEPO, EMOO E INTELIGNCIA

    3.1Percepo

    Processo de transferncia de estimulao fsica em informao psicolgica; processomental pelo qual os estmulos sensoriais so trazidos conscincia (Kaplan e Sadock,1993)

    O ponto de partida em que a cognio e a realidade se encontramatividadecognitiva mais fundamental, da qual emergem todas as outras(Davidoff, 1983)

    Percepo o processo de selecionar, organizar e interpretar os estmulos (eventos,

    informaes, objetos outras pessoas) que o ambiente oferece. A interpretao adecodificao que cada indivduo faz de um mesmo estmulo recebido.Nas organizaes a percepo afeta inmeros aspectos do comportamento das pessoas eafetando diretamente o clima organizacional.Dois fenmenos bsicos explicam as diferenas entre a realidade observada e a realidadepercebida, segundo Maximiano (2000) : seleo e adaptao.

    Percepo Seletiva- dos diversos estmulos oferecidos pelo ambiente, apenas algunspoucos prendem a ateno do observador, isto apenas algumas caractersticas soregistradas. O entendimento deste fenmeno fundamental ao administrador, umavez que isto pode levar a distoro da apreciao que uma pessoa faz de outra.

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    Adaptao sensitiva a percepo passa por um processo de adaptao ao longo do

    tempo, isto , quando um indivduo submetido durante muito tempo a um mesmo

    estmulo, a sensibilidade reduzida e a pessoa perde a capacidade de perceb-lo.3.1.1FATORES QUE INFLUENCIAM AS DIFERENAS NA PERCEPO

    Os principais fatores que influencias estas diferenas esto ligados as diferenas doobservador, do estmulo e da situao (pg275)

    Observador atitudes, motivaes, interesses, experincias e expectativasdeterminam como os estmulos so percebidos.

    Estmulos intensidade, freqncia, tamanho e outras caractersticas afetam acapacidade dos estmulos sejam percebidos

    Situao- o ambiente empresta significado ao estmulo

    3.1.2 PERCEPA DA FORMAFigura e FundoO sistema perceptivo percebe os objetos que nos cercam (figura) como distintos e separadosdo ambiente circundante (fundo).

    AgrupamentoOs elementos perceptivos podem ser agrupados por vrios critrios;

    Proximidade Semelhana Continuidade Fechamento Conexo

    3.1.3ALGUNS ASPECTOS IMPORTANTES

    Estmulos Subliminar- so estmulos to fracos que esto abaixo do limiar absoluto dedeteco.Estudos comprovam que estmulos subliminares podem afetar nossocomportamento de maneira leve, mas dificilmente poderiam justificar a crena de queestes estmulos possam ser usados para nos programar ou influenciar de maneira

    decisiva.Percepo Extra-sensorial- Apesar de haverem estudos recentes que poderiamconfirmar a realidade de, pelo menos, alguns destes fenmenos, maioria dos cientistaspermanecem cticos.

    3.1.3 PROBLEMAS NO PROCESSO DE PERCEPO

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    CONTRASTE As pessoas so percebidas dentro de um contexto econtrastadas com outras, o que produz impresses favorveise desfavorveis

    ESTERITIPOS EPRECONCEITOS

    As caractersticas de um grupo social so simplificadas eprojetadas em todos os integrantes

    EFEITO HALO Um trao de comportamento serve de base para umageneralizao a respeito da conduta de uma pessoa

    Adaptao de Maximiano, A .C Teoria Geral da Administrao So Paulo Ed. Atlas, 2000 (pg279)

    Temos, no entanto alguns outros elementos que podem tambm causar problemas napercepo, tais com drogas, emoes etc.

    3.1.3-1DROGASAs drogas psicoativas modificam a percepo e o nimo das pessoas e o uso continuadode drogas faz com que sejam necessrias doses cada vez maiores para que o usurio sintaseu efeito.So drogas psicoativas, os antidepressivos, o lcool, os opiceos , os barbitricos, osestimulantes, a cocana, os alucingenos , a maconha e o LSD

    Depressivos - diminuem as funes do corpo

    lcool - reduz a capacidade de auto-censura, pode deixar a pessoa mais agressiva, auto-reveladora e ousada, afeta a memria de curto prazo e em pouca quantidade pode relaxar.Opiceos - derivados do pio, morfina e herona, uma das drogas mais viciantes,provocam dilatao das pupilas, respirao lenta e letargia.Induzem uma sensaotransitria de intenso prazerBarbitricos(tranqilizantes) - reproduzem os efeitos do lcool, podem ser fatais seconsumidos em grande quantidade ou associados ao lcool.Estimulantes - os mais utilizados so a cafena, nicotina, as anfetaminas e a cocana.Aceleram as funes fisiolgicas, aumentam o ritmo cardaco e respiratrio, dilatam aspupilas, reduzem o apetite. O usurio experimenta um aumento na energia eautoconfiana.Cocana - quando aspirada, injetada ou fumada, provoca um fluxo de euforia que dura de15 a 30 minutos, pode provocar distrbios emocionais, desconfiana, convulses ,paradacardaca e colapso respiratrio e ainda aumentar as reaes agressivas.Alucingenos - distorcem as percepes e produzem alucinaes.Podem ser naturais,como a maconha, ou sintticos, como o PCP (p de anjo) e o LSD.LSD (cido lisrgico) -produz intensas experincias visuais, podendo provocareuforia,desligamento e pnico.Maconha - a maconha pode ser fumada ou ingerida com alimentos, possui propriedadesdepressivas, mas tambm apresenta um componente alucingeno leve. Prejudica acoordenao motora, as faculdades perceptivas e o tempo de reao alm de interferir na

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    formao da memria. Pode reduzir o hormnio masculino e os nveis de esperma, bemcomo lesar o pulmo de maneira mais intensa do que o cigarro normal

    3.2. EMOESDefinido por Kaplan e Sadock(1993) como .. um complexo estado de sentimentos, comcomponentes somticos, psquicos e comportamentais, relacionados ao afeto e ao humor

    3.2.1 FISIOLOGIA DAS EMOESO estudo da fisiologia das emoes tem sido alvo de diversos estudos cientficos eparecem ser importantes para que possamos entender o que se passa em nosso crebroquando estamos vivenciando situaes emocionais capazes de nos levar ao sucesso ou aofracasso em nossas atividades.Existem, segundo Murray, dois sistemas gerais no crebro que se julga estarem

    envolvidos na emoo.O primeiro tem o nome desistema lmbico, que abrange o Tlamo e o Hipotlamo eainda algumas partes do crtex em seu ncleo interno.O sistema lmbicoesta envolvido em muito dos motivos homeostticos e contm as reasde prazer e dor, estando tambm relacionada a reaes autonmicas e a alteraesassociadas emoo. A estimulao de varias partes do sistema lmbico produz o medoira e outras reaes emocionais.O outro sistema cerebral importante, para a emoo, osistema reticular de motivao,que se localiza na coluna cerebral e prolonga-se at o Tlamo e o Hipotlamo, servecomo um mecanismo geral de alerta no especfico. Ele excita o crtex, facilita o transitode mensagens entre o meio circundante e o crebro e d tnus ao corpo, acredita-se quetenha influencia nos estados de vigilncia e de excitao emocional.

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    Todas as emoes so em essncia impulsos para agir, planos instantneos para lidar coma vida , que desempenham uma funo nica..Algumas emoes so consideradas como

    emoes bsicas que possuem componentes nitidamente culturais , mas seis delas foramidentificadas em todas as culturas mas que e possuem assinatura biolgica prpria:(Golemann, D. 1995 pg. 20-21)

    IRA O sangue flui para as mos (tornando mais fcil pegar uma arma ou golpear uminimigo), os batimentos cardacos aceleram , e uma onda de hormnios como aadrenalina gera uma pulsao, energia suficiente para ao vigorosa.

    MEDO O sangue vai para os msculos do esqueleto, como os das pernas (tornandomais fcil fugir) e fazendo com que nosso rosto fique lvido e gelado j que o sangue foidesviado dele. Nosso corpo por segundos se imobiliza at que nosso crebro emocional

    dispare a torrente de hormnios que pe nosso corpo em alerta geral pronto para agir,com a ateno fixada na ameaa imediata de modo a dar a melhor resposta.

    FELICIDADE Aqui a principal mudana biolgica est a maior atividade no centrocerebral que inibe os sentimentos negativos e favorece o aumento da energia existente, esilencia aqueles que geram pensamentos de preocupao. No h, no entanto, umamudana particular na fisiologia a no ser uma tranqilidade que faz com que o corpo serecupere mais depressa do estimulo emoes perturbadoras.

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    AMOR Sentimentos afetuosos de satisfao sexual, implica em estimulaesparassimpticas (oposto fisiolgico de lutar e fugir) seria um conjunto de reaes em todoo corpo que gera um estado geral de calma e satisfao facilitando a cooperao.

    SURPRESA O erguer de sobrancelhas na surpresa permita a adoo de uma varreduravisual mais ampla, e tambm maior quantidade de luz a atingir a retina. Isso oferecemaior informao sobre o fato inesperado, tornando mais fcil perceber o que estacontecendo e conceber o melhor plano de ao.

    REPUGNNCIA A expresso facial de nojo ( lbio superior retorcido para o lado, e onariz ligeiramente enrugado) sugere uma tentativa primordial de tapar as narinas contraum odor nocivo ou cuspir for uma comida estragada.

    TRISTEZA A tristeza traz uma queda de energia e entusiasmo pelas atividades da vida,

    em particular diverso e prazeres, reduzindo a velocidade metablica do corpo queimpossibilita a planejar novos comeos.

    3.3 INTELIGENCIA(Este captulo em sua ntegra foi retirado a da apostila de psicologia de Marcelo henrique Costa,IBMEC, 2008)As origens dos testes de inteligncia Francis Galton foi um dos primeiros e maisentusiasmados pesquisadores interessados em medir as diferenas individuais.Primo de Darwin e defensor da teoria da evoluo foi o criador do movimento eugnico,de to triste memria, que procurava desenvolver a humanidade por um processocuidadoso de seleo de indivduos superiores e procriao seletiva.Seus testes no foram

    em nada conclusivos no que diz respeito inteligncia.Alfred Binet a convite do governo francs, e no intuito de melhor distribuir as crianasnas escolas de acordo com sua capacidade, desenvolveu um teste que estabeleceu oonceito de idade mental. Este conceito parte do princpio de que todas as crianas sedesenvolvem por um caminho idntico, mas em tempos diferentes. Algumas crianas,portanto, estariam retardadas com relao a outras.Lewis Terman foi o professor de Stanford que criou uma adaptao do teste de Binet paraser usado teste numrico de medio da inteligncia hereditria, e que ficou conhecidocomo Stanford-Binet. Termam foi um dos responsveis pelo amplo desenvolvimento queo movimento eugnico teve, principalmente nos EUA, no incio do sculo XX. Pelaaplicao dos testes de inteligncia quantidades enormes de imigrantes e negros

    americanos foram tachados de dbeis mentais.At que ficasse claro que os testes de inteligncia no medem o que se prope e que socompletamente inadequados quando se leva em conta mudanas culturais, at mesmodentro da mesma sociedade, o prejuzo social provocado por sua aplicao foiimensurvel.

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    O QI, ou quociente intelectual, uma medida que adaptada ao teste

    Stanford-Binet e que consiste na frmula:

    QI = IM/IC x 100

    Onde IM (idade mental), IC (idade cronolgica).

    Hoje a maioria dos testes no calcula mais o QI do modo original, mas a partir da mdiado desempenho de pessoas da mesma idade.

    3.3.1O que inteligncia?A capacidade de uma pessoa para o comportamento adaptvel orientado para

    um objetivo.

    Apesar de muitos cientistas concordarem com esta definio, ela no uma unanimidade.O que podemos dizer ao certo que, seja l o que for, a inteligncia no umacaracterstica que a pessoa tenha, como sua altura ou cor dos olhos. um conceitosocialmente criado para dar conta de porque algumas pessoas tm melhor desempenho dooutras em atividades cognitivas.

    3.3.2 INTELIGNCIA E CULTURA

    Para alguns pesquisadores a inteligncia est ligada capacidade de o indivduo seadaptar a seu meio e sua cultura, por isso varia de um lugar para outro e no pode serestudada de maneira isolada.J os que acreditam numa inteligncia independente da cultura, as habilidades quecaracterizam a inteligncia representariam vantagens em qualquer meio que a pessoaestivesse.

    3.3.3 CAPACIDADE GERAL VS CAPACIDADES ESPECFICASAnlise fatorialO mtodo da anlise fatorial mede as habilidades cognitivas em grupos qualitativamentediferentes. Desta forma o mesmo indivduo pode obter escores bem diferentes em itens

    como habilidade verbal, raciocnio matemtico, pensamento espacial e muitos outros.Para alguns pesquisadores o ndice geral de inteligncia consiste numa mdia destashabilidades parciais.

    Teoria das inteligncias mltiplasHoward Gardner ficou famoso ao defender a tese de que no temos uma nicainteligncia, mas mltiplas inteligncias, cada uma independente das outras, e que cadapessoa pode apresentar um padro bem pessoal no qual uma delas sobressaia.

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    3.4 NEUROLOGIA E INTELIGNCIAA frenologia, que tentava estabelecer uma correlao entre o tamanho e formato dacabea com a inteligncia e personalidade das pessoas foi uma pretensa cincia queconquistou muita fama no sculo XIX, mas que se mostrou totalmente falha.Estudos modernos, efetuados mediante ressonncia magntica, apontam uma correlaoleve entre tamanho do crebro e inteligncia medida por alguns testes.Alguns estudos neurolgicos apontam uma correlao na rapidez de resposta a estmulose inteligncia. Este tipo de estudo que tenta relacionar caractersticas neurolgicas ementais inteligncia est hoje no seu auge.

    3.5AVALIAO DA INTELIGNCIA

    Testes modernos de habilidades mentais

    Os testes modernos que medem a inteligncia podem ser divididosem dois tipos:Testes de aptido- Testes que procuram prever a capacidade de aprender uma novahabilidade. O teste de inteligncia mais usado hoje m dia se enquadra nesta categoria, aEscala Wechsler de Inteligncia Adulta (WAIS),ele dividido em escores verbais e noverbais.Teste de aproveitamento - Visam avaliar o que j foi aprendido pelo sujeito. De umamaneira geral as provas escolares podem ser consideradas testes deste tipo.

    Para serem aceitos e liberados para utilizao, os testes so avaliados segundo trscritrios :

    Padronizao, fidedignidade e validade.

    3.6 CRIATIVIDADE E INTELIGNCIACriatividade a habilidade de produzir idias que so novas e valiosas. A criatividadeparece estar associada inteligncia at certo ponto. De uma maneira geral pessoas queapresentam escores altos em testes de inteligncia tambm apresentam bons ndices decriatividade, mas a partir de um escore 120 parece que a correlao entre criatividade einteligncia desaparece. Pessoas superdotadas no so necessariamente mais criativas doque outras ainda dentro de uma escala normal.

    3.6.1COMPONENTES DA CRIATIVIDADE Uma boa base de conhecimento (especializao) Habilidade de pensamento imaginativo Personalidade aventureira Princpio da motivao intrnseca Ambiente criativo

    3.7 INFLUNCIAS GENTICASPelo estudo com gmeos idnticos e com outras relaes familiares, ficou claramenteestabelecido que h uma importante influncia hereditria na inteligncia, mas que a

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    importncia das caractersticas hereditrias no computo geral da inteligncia quandocomparamos dois indivduos vai depender tambm do tipo de ambiente em que cadasujeito foi criado.

    3.8 INTELIGNCIA EMOCIONALDefinida por Weisinger (1997) como o uso inteligente das emoes, isto fazerintencionalmente com que suas emoes trabalhem a seu favor....So quatro os componentes que quando reunidos do origem a sua intelignciaemocional:

    A capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoo. A capacidade de gerar ou ter acesso a sentimentos quando eles puderem facilitar

    sua compreenso de si mesmo ou de outrem

    A capacidade de compreender as emoes e o conhecimento derivado delas A capacidade de controlar as prprias emoes para promover o crescimentoemocional e intelectual

    3.8.1COMO EXPANDIR A SUA INTELIGENCIA EMOCIONAL

    3.8.1-1COMO AMPLIAR A AUTOCONSCINCIAAutoconscincia vem a ser um dos fatores primordiais para o desenvolvimento daInteligncia Emocional, com um grau elevado de autoconscincia o indivduo podemonitorar-se e observar-se em ao e assim influenciar seus prprios atos de maneira queeles funcionem a seu favor.

    Uma autoconscincia elevada o alicerce sobre o qual so construdas todas as outrasfunes da Inteligncia Emocional.Para ampliar sua Autoconscincia necessrio:

    1. Examinar o modo como voc faz as avaliaes2. Entrar em contato com seus sentimentos3. Identificar suas intenes4. Prestar ateno em seus atos

    A seguir vamos estudar cada um destes passos

    1. Examinar o modo como voc faz as avaliaes

    Avaliaes so todas as diferentes impresses, interpretaes, apreciaes e expectativasque voc tem de si e das outras pessoas e situaes, elas so influenciadas por vriosfatores que formam a personalidade, geralmente tm forma de pensamentos ou dedilogo interno. Tomando conscincia de suas avaliaes, voc fica sabendo como seuspensamentos influenciam seus sentimentos, suas aes e reaes podendo alter-los.A seguir algumas dicas de como tomar conscincia de como fazer suas avaliaes:

    a) Use frases iniciadas com eu penso - desta forma voc ajuda esclarecer o quepensa e reconhece que a pessoa responsvel pelas suas avaliaes.

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    b) Conduza regularmente um dilogo interno escolha um horrio regular durante odia para conversar consigo mesmo. Gradualmente voc toma conscincia dospadres que porventura existam em seus dilogos e ao identificar estes padresvoc averiguar se seus dilogos internos esto trabalhando a seu favor ou no.

    c) Reflita sobre os encontros em momentos de calma deps de uma conversa comseu chefe, um colega ou com sua equipe reserve um tempo para se perguntar oque foi que influenciou sua avaliao da conversa. Desenvolvendo este dilogointerno quando voc estiver calmo, provavelmente suas avaliaes sero maisflexveis e racionais, e assim o ajudar a chegar a concluses corretas.

    d) Procure ouvir outras pessoas- qualquer acontecimento pode ser avaliado a partirde pontos de vistas diferentes, por isso perguntar a outras pessoas qual a avaliaodeles sobre o assunto pode ajudar.

    2. Entrar em contato com seus sentimentos

    Seus sentimentos so reaes espontneas s suas interpretaes e expectativas. Como asinformaes sensoriais, os sentimentos fornecem dados importantes, que vo ajud-lo aentender por que voc age como age. Eles o alertam para seu nvel de bem estar emdeterminada situao e ajudam a compreender suas reaes, por isso importante prestarateno neles.Apesar disso, prestar ateno em nossos sentimento no uma coisa fcil para a maioriade ns. O problema que para prestarmos ateno neles, ns temos que senti-los e se elesforem, por exemplo, negativos eles podem doer, e por isso tendemos a ignor-los e atneg-los, o que faz com que no usemos nossa emoes de forma inteligente.Dicas para entrar em contato com seus sentimentos:

    a) Ateno s manifestaes fsicas embora sejam nossos sentimentos internos,muitas vezes eles apresentam manifestaes fsicas, prestando ateno nestessinais externos.

    b) Ateno para manifestaes de comportamento os sentimentos costumamprovocar certos comportamentos e repassando-os do fim para o inicio,examinando as manifestaes dos sentimentos em suas atitudes, voc poderdescobrir quais os sentimentos esto em ao.

    3. Identificar suas intenes

    As pessoas tem maior dificuldade de identificar suas intenes a curto prazo, e por estafalta de conscincia no utilizam estas informaes para melhor planejar suas aes.Assim como os sentimentos as intenes podem ser s vezes difceis de entender, no casodas intenes a razo que muitas vezes confundimos nosso propsito oculto com nossainteno aparente e muitas vezes parecem conflitantes.Dicas para identificar suas intenes:

    a) Acredite em seu comportamento este normalmente te dar uma boa pista de suasintenes

    b) Confie em seus sentimentos se voc se sente feliz e contente, numa situao huma boa chance de voc ter escolhido essa situao pelo motivo correto.

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    c) Seja honesto consigo mesmo faa a voc mesmo perguntas ferinas nas diversassituaes

    4. Preste ateno em seus atos

    Em geral temos conscincia de nossos atos mais genricos, do tipo estou meencaminhando para uma reunio, estou sentado na cadeira etc mas no nos damos contadas nuances desses atos estou caminhando devagar para a reunio, estou sentadoescarrapachado na cadeira etc. mas so estas nuances que so percebidos pelos outros epodem ser utilizadas como pistas das nossa atitudes e do nosso comportamento.Dicas para ampliar a conscincia de seus atos:

    a) Observe suas atitudes identifique alguns padres e pesquise as possveis

    implicaes, assim voc ser capaz de modificar, quando possvel , e utilizar-lasem seu benefcio.

    b) Observe o impacto de seus atos compreendendo como suas atitudes afetam aspessoas, voc poder modificar seus atos para que o efeito seja o que deseja.

    c) Reconhea que as pessoas podem reagir de maneiras diferentes s suas atitudesalgumas pessoas so diretas mas outras passam despercebidas

    Como controlar suas emoesControlar as emoes, diferente de reprimir, significa compreende-las e ento usar estacompreenso para lidar com as situaes de maneira mais produtiva. Por serem as

    emoes produzidas pela interao de 1) pensamentos, 2) alteraes fisiolgicas e 3) suasatitudes como reao a um acontecimento externo, voc pode controlar suas emoescontrolando cada um destes trs componentes

    Como se motivarQuando voc est motivado voc capaz de iniciar uma tarefa, persistir nela prosseguirat conclu-la e lidar com quaisquer obstculos que possam surgir.Algumas fontes podem te dar tal motivao: voc mesmo; o apoio de amigos, parentes oucolegas; um mentor emocional (um modelo); seu ambiente.

    4. ATITUDESAtitudes so as convices e sentimentos que predispem nossa reao a objetos, pessoase eventos. Tm funo avaliativa, tonalizando afetivamente o mundo que nos circunda e,consequentemente, orientando nosso comportamento com relao a ele.Diversos estudos mostraram que ao contrrio do que muita gente acreditava as atitudesno orientam necessariamente a ao das pessoas, muitas pessoas podem agir de maneiraoposta quilo que pensam. Aparentemente nossas atitudes tm maior probabilidade deinfluir nas nossas aes nos casos em que: As influncias externas sobre o que fazemos so mnimas. A atitude se refere a situaes especficas e no a objetos

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    gerais e vagos. Temos uma profunda conscincia de nossas atitudes.

    5. CRENASSo proposies que, na sua formulao mais simples, afirmam ou negam uma relaoentre dois objetos concretos ou abstratos, ou entre um objeto e algum possvel atributodeste.Do ponto de vista da psicologia social interessa mais considerar a origem das crenas, aformao e estrutura de um sistema de crenas, a aceitao subjetiva de tais proposies,bem como a influncia que exercem sobre o comportamento, do que a verdade ou no dasrelaes que estabelece.Sabe-se que as crenas adotadas por participantes de processos interativos podemInfluenciar a conduta das pessoas envolvidas. A terapia psicolgica, por exemplo, podeter seu resultado comprometido se o paciente no acredita na eficcia do tratamento.

    5.1 CRENAS PODEM SER QUALIFICADAS COMO: Opinies Boatos Dogmas Convices Esteretipos

    6.PERSONALIDADE

    Personalidade o padro caracterstico de comportamento do indivduo.Os outros vem esse padro como personalidade, e o indivduo o consideracomo sendo o EU. (Edward Davis, 1972)

    Formulam-se diversas definies de personalidade, a maioria englobando a estruturapsicolgica total do indivduo, que revela a forma de pensar, de se expressar e demanipular suas atitudes e interesses.Para Edwards, D. (1972) como o padro caracterstico do comportamento que umindivduo que os outros vem como personalidade , mas que o indivduo considera como o

    seu Eu.Esses padres , citados por Edwards resultam de uma complexa interao da estrutura docorpo (incluindo a aparncia e os fatores internos) e das experincias passadas que foraminstrumentais na modelao de motivos, predisposies emocionais e outros hbitosimportantes (pg.301)

    No entanto podemos estudar o ser humano a partir de trs pontos de vista: como indivduo,como pessoa e como personalidade. Como indivduo ele um complexo organismo vivo, que tem funes motoras,

    sensitivas e vegetativas, ou seja , com uma essncia biolgica e fsica indivisvel enica dentro de sua espcie.

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    Como pessoa ele um ser inteligente, com capacidade de pensar, com conscinciaracional da sua condio e que quando acrescentado personalidade, se diferencia deoutro dentro do grupo

    Como personalidade ele unifica o fsico e mental, incluindo aspectos intelectuais,afetivos, impulsivos, volitivos fisiolgicos e morfolgicos (Soto, E. 1998 p. 32)

    6.1 Por que somos como somos?

    O dilema da origem de nossa personalidade seguir sem soluo por muitos anos, devido asua complexidade, por mais que a cincia evolua no entendimento das variveis que afetamnosso crebro.Historicamente aprendemos que a hereditariedade e o ambiente so os principais elementosque moldam nossa personalidade. Pesquisadores descobriram que a gentica explica em tornode 50% das diferenas de personalidade e aproximadamente 40% das variaes do interesseno trabalho.

    6.1.1 FATORES GENTICOSA idia de que o corpo determina o tipo de personalidade remonta no mnimo, poca deHipcrates e Galeno. Esta idia de que o tipo fsico influencia na personalidade estarepresentada nos esteretipos populares de que gordo feliz e de bom carter, herimusculoso e forte, e intelectual frgil..Diversas teorias versaram sobre o assunto, mas difcil saber com exatido o por que daexistncia dessas associaes entre o tipo corporal e a personalidade, por isso muitos autoresse mostram cticos com relao a esta teoria (Soto, E. 1998 p.37)

    6.1.2FATORES DO AMBIENTEO ambiente marca fortemente nossa personalidade, a cultura estabelece normas, atitudes evalores que passam de gerao para gerao. Bluss e Plomin afirmam existir trs disposiesnormais de personalidade que merecem o nome de temperamentos: Nvel de atividade,Sociabilidade e Emotividade. Nvel de atividade refere-se ao gasto global de energia ou conduta. Podemos

    descrever dois fatores que esto intimamente interligados, um o vigor, a intensidadeou a amplitude da conduta (pessoas com muito vigor costumam preferir atividadesintensas) e o outro o ritmo a velocidade das atividades (pessoas de ritmo elevadotendem a preferir atividades aceleradas e a terminar com rapidez as coisas queempreendem)

    Sociabilidade a preferncia de estar em companhia de outras pessoas em vez deestar sozinho, isto valorizar intrinsecamente o processo de interagir com outraspessoas.

    Emotividade definida como a tendncia a ativar-se fisiologicamente, fcil eintensamente, em situaes perturbadoras

    6.1.3FATORES SITUACIONAIS

    A personalidade de um indivduo mesmo que seja estvel e consistente muda de acordo coma situao. Mesmo parecendo lgico que as diferentes demandas das diversas situaesinfluenciem a personalidade do indivduo at agora no podemos prever as conseqnciasque diferentes tipos de situaes podem provocar.

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    Na formao da personalidade, alm destes fatores existem dois importantes, os fatorescomuns e os fatores singilares.

    Fatores comuns seriam, a forma de criao, agrupamento sociofamiliar.

    Fatores singulares -caractersticas de compleio estrutural, dada por mecanismosde hereditariedade fsica e por experincias j vividas

    6.2 TEORIAS DA PERSONALIDADEAs diversas teorias da personalidade tentam organizar a complexidade do comportamentoindividual. Algumas teorias categorizam diversas caractersticas facilmente distinguidas eestabelecem tipos , outras analisam o comportamento em traos e outras ainda constroemprincpios hipotticos para estabelecerem o desenvolvimento e o funcionamento dinmico dapersonalidade.

    A psicologia assim como as demais cincias estudam de forma separada os diversosconceitos, tais como personalidade, motivao, etc, como forma de facilitar os estudosmais aprofundados. Diversas teorias foram se desenvolvendo ao longo dos temposconforme evoluam os pensamentos cientficos da poca.

    6.2.1Teorias tipolgicas nesta teoria as caractersticas dominantes dapersonalidade, eram consideradas como personalidade e eram divididas por tipos e atassociando ao tipo fsico . Diversas teorias surgiram com esta viso e uma das maisdivulgadas foi a do tipo morfolgico, que define trs tipos fsicos bsicos que determinamas caractersticas de personalidade, so elas:

    Endomrficos caracterizado pela gordura e flacidez. Este gosta de prazeres da

    vida e tende a ser socivel e comunicativo. Mesomrficos muscular e atltico. , portanto uma pessoa direta e enrgica. Ectomficos alto delgado e frgil. Sua tendncia mais com timidez,

    preocupao e retraimento na sociedade.Estas teorias aps algum tempo entraram em desuso, surgindo outras teorias, algumasainda em vigor.6.2.2Teoria do trao analisa os padres consistentes e sistemticos docomportamento definindo-os como componentes da personalidade. Esta teoria caiu emdesuso por listarem inmeros padres como formadores da personalidade dificultando oentendimento deste conceito. No entanto serviu como base para outra teoria a teoria do S-R.

    6.2.3Teoria Psicanaltica A personalidade se forma segundo Freud de acordo como desenvolvimento da sexualidade que ocorre em fases determinadas, mas que nonecessariamente acompanham o desenvolvimento etrio do indivduo.

    Fase Oral inicia-se desde o nascimento do bebe , onde apresenta como primeirademonstrao de prazer fsico e afetivo a suco ao mamar ao seio .

    Fase Anal nesta fase se inicia a percepo do ato de defecar e urinar,experimentando este ato como fonte de prazer.

    Fase flica inicia-se quando h a descoberta e a curiosidade da existncia dosrgos sexuais e suas diferenas. nesta fase que surge o Complexo de dipo ou

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    de Electramuito divulgado, que define como amor ao progenitor do sexo opostoacompanhado pela averso em relao ao mesmo sexo como razo aosdesentendimentos ou comportamentos anormais.

    Fase Genital refere-se a idade adulta normal onde o prazer se d atravs dasrelaes sexuais normais.

    Os problemas segundo Freud podem ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento dasexualidade, o que no significa a estagnao na fase mas sim uma fixao que poder semanifestar mais adiante como neuroses ou problemas de relacionamentos.

    6.2.4 Teoria do S-R Utiliza-se das idias bsicas da teoria do trao. O primeiro aorganizar os conceitos de personalidade segundo esta viso foi EYSENK. Neste enfoqueso definidos 3 caractersticas inatas:

    Psicoticismo agrupamento de comportamentos com caractersticas psicticas

    claras Extroverso X Introverso caractersticas de comportamentos que semanifestam de forma expansivas ou recatadas de acordo com as situaes vividaspelo indivduo.

    Neuroticismo agrupamento de caractersticas comportamentais que apresentamcomportamentos descritos como neurticos.

    6.2.5Teoria Existencialista- Tem como base a idia de que o indivduo fruto desuas potencialidades relacionadas com o mundo em que esta inserido. Para a teoriaexistencialista o entendimento do que ela define como EU REAL e o EU IDEAL aforma de entendimento da personalidade

    EU REAL o que o indivduo acredita serEU IDEAL o que o indivduo gostaria de ser.EU o que o indivduo apresenta

    EU REAL + EU IDEAL = EU

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    6.3 TRANSTORNOS DE PERSONALIDADEPra que um determinado comportamento seja classificado como psicologicamente

    perturbado necessrio que ele seja: Atpico Comportamentos ou vivncias atpicas s podem ser avaliados em contrastecom a sociedade em que vive o indivduo, uma vez que o que pode ser consideradoatpico em um lugar, pode ser perfeitamente normal em outro, o mesmo se podendo dizercom relao a diferentes pocas. Conturbado Deve ser de alguma forma perturbador, no creditado a algumahabilidade excepcional do indivduo, ou seja, ele no tem absolutamente conotaopositiva. Desajustado Cognitivistas e comportamentalistas gostam de usar a palavradesadaptativo. Ou seja, so comportamentos que de alguma forma conferem umadesvantagem a quem os emite dentro das suas condies de vida. Novamente este um

    conceito que depende das condies sociais. Injustificvel Se a pessoa no pode oferecer uma explicao que sirva dejustificativa coerente para seu comportamento ele tem mais chance de ser considerado umdistrbio.

    Os manuais de classificao dos distrbios mentais mais aceitos mundialmente hoje emdia so o DSM IV e o CID 10.O DSM-IV apenas descritivo no pretende explicar as causa das doenas, sua principalfuno servir de apoio e padronizao para o diagnstico. Muitas pessoas acreditam queeste tipo de manual tem o efeito negativo de estabelecer rtulos muito estritos, que nolevam em conta toda a variedade de comportamentos humanos. Pessoas rotuladas como

    esquizofrnicas, por exemplo, podem apresentar uma infinidade de comportamentosdiferentes bem como podem ser capazes de gerir suas prprias vidas de maneira distinta,o que escapa ao rtulo.Para o diagnstico destes transtornos, alguns cuidados devem ser levados emconsiderao segundo o Manual Psiquitrico da Associao Americana de PsiquiatriaDSM IV :

    1) Quando o comportamento e a experincia se desviam da cultura vigente ,manifestado pela :

    Cognio -percepo de si mesmo, dos outros e dos eventos Afeto - alcance, intensidade, maleabilidade das respostas emocionais

    Funcionamento Interpessoal Controle do impulso

    2) Comportamento inflexvel e invasivo com amplo alcance nas reas sociais.3) Comportamento leva a desconforto e a prejuzo nas reas de funcionamento social4) O padro estvel, de longa durao e se iniciou na adolescncia ou pelo menos

    no incio da idade adulta5) O comportamento no pode ser identificado como uma manifestao,

    conseqncia de outra doena mental.6) O comportamento no pode ser identificado como manifestao ou conseqncia

    de causas fisiolgicas ou de abuso de substancias ou condio mdica geral(dano cerebral)

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    6.4 LISTA DOS TRANSTORNOS DE PERSONALIDADEManual Psiquitrico da Associao Americana de Psiquiatria DSM IV

    Grupo A (transtornos excntricos ou estranhos) transtorno de personalidade esquizide transtorno de personalidade esquizotmica transtorno de personalidade paranide

    Grupo B (transtornos dramticos, imprevisveis ou irregulares) transtorno de personalidade anti-social transtorno de personalidade histrinica transtorno de personalidade limtrofe transtorno de personalidade narcisista

    Grupo C (transtornos ansiosos ou receosos) transtorno de personalidade dependente ''no'' confundir com distimia

    transtorno de personalidade esquiva timidez excessiva

    transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva

    7. RELAES INTERPESSOAIS

    INTRODUO

    difcil falarmos de inter-relacionamento sem entrarmos nas particularidades de cadaindivduo. Apesar de considerarmos que cada pessoa uma pessoa diferenciada da outra,os problemas de inter-relacionamento se repetem.O primeiro passo para que ocorra um bom inter-relacionamento entre as pessoas, tentarmos nos desvincular de nossos pr-conceitos, isto de rtulos estabelecidos por nsou at pela sociedade em que nos inserimos e conseguirmos olhar para o outro no damaneira com que achamos que ela deveria ser, mas sim como ela realmente . Todosns possumos uma expectativa do comportamento do outro que se levado a extremos,pode nos causar frustraes e a interpretaes errneas quanto ao que queremos oudizemos o que nos remete a situaes de tenso ou estresse.Portanto para facilitarmos nossas relaes interpessoais a no suposio de que o outro

    (ou os outros) deveria entender aquilo que no conseguimos expressar de forma adequadaou at que ainda no expressamos, mas que imaginamos estar subentendida, seria defundamental importncia.Para facilitarmos este entendimento estudados conceitos diferenciados foram realizadosna tentativa de evidenciarmos estas diferenas e alcanarmos resultados mais positivos.

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    Fatores ligados ao estmulo

    Percepo

    Fatores ligados

    Ao indivduoComporta-

    mento

    Fatores ligados

    Ao meio

    Fatores ligados

    A sociedade

    7.1CONFLITOS

    Caracteriza-se pela escassez de recursos e por um sentimento de hostilidade, em outraspalavras, uma situao em que dois ou mais objetivos, pertencentes a uma ou maispessoas, so mutuamente exclusivos gerando atitudes de hostilidade.

    7.1.1Conflitos Interpessoais

    Os conflitos interpessoais so a expresso das tenses existentes nos indivduos,provenientes de objetivos no satisfeitos, expectativas no realizadas, ou aindaprovenientes de fontes de natureza existencial ou psquica. Os conflitos internos afetam aconcentrao, a motivao, a vontade de trabalhar e a habilidade de interagir com o outro.Apesar das dificuldades de se determinar padres, alguns padres bsicos foram isoladospelos estudiosos para facilitar a compreenso. So eles:

    Abordagem Abordagem- as duas metas positivas esto especialmenteseparadas e o indivduo deve fazer a escolha entre uma ou outra. Neste caso a

    soluo requer que se faa apenas uma resposta, aps a escolha ter sido feita,no poder ser rescindida. Ex: Duas ofertas de trabalho amplamentefavorveis.

    +

    Evitao Evitao Neste caso as metas negativas so separadas, aqui oindivduo deve novamente fazer uma s escolha final, mas um requisito

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    adicional que mesmo no querendo ele DEVE escolher uma delas. Ex:Casamento ruim X separao.

    - -

    Abordagem Evitao Envolve duas tendncias de respostas contrrias. Ameta simultaneamente desejada e indesejada. Ex: doce bom e ao mesmotempo engorda

    +

    _

    7.1.2CAUSAS MAIS COMUNSO conflito entre pessoas causado por vrios fatores. As causas mais comuns so:

    Falhas na comunicao Presso temporal Expectativas diferentes Conflitos de personalidade Perspectivas de mudanas

    Falhas na comunicao Os conflitos causados por uma falha na comunicao podemadvir das barreiras interpessoais citadas anteriormente, como dificuldades deassertividade, utilizao de mecanismos de defesa, etc.Presso Temporal Algumas pessoas fazem do tempo escasso um inimigo para seusucesso, pessoal ou profissional. Gerando conflitos quando sua deciso tem prazo.Expectativas diferentes Um dos maiores causadores de conflitos so expectativasdiferentes relativos a qualquer que seja o assunto. Mesmo pessoas que convivemharmoniosamente por longos perodos, descobrem ser esta diferena na expectativa, tantode orientao da vida quanto de atitudes individuais as fontes geradoras de grandesconflitos.Conflitos de Personalidade Pessoas com valores e idias diferentes tendem apromover conflitos interpessoais freqentes, em funo do afastamento das diretrizesbsicas da vida.

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    Perspectivas de mudanas Sentimentos de insegurana so os sentimentos causadossempre que h qualquer perspectiva de mudana, seja no lado fsico ou emocional, quefragilizam os indivduos facilitando o surgimento de conflitos.

    7.1.3Conflitos entre grupos

    Os conflitos entre grupos normalmente surgem quando h interesses contrrios entre doisgrupos que interagem ou desentendimentos entre lderes, mas que tambm seguem ospadres bsicos propostos anteriormente.Dentre os conflitos que surgem em organizaes os mais comuns so:

    Superposies de funes Indefinio das regras do jogo Interdependncia de recursos Sistemas de recompensas muito competitivos Mudanas

    Superposies de Funes Se duas pessoas com idias diferentes e de formas detrabalho diferentes realizam um mesmo trabalho, as possibilidades de conflitos sograndes, mesmo tendo eles recebido o mesmo treinamento, j que cada pessoa poder tersolues diferentes para um mesmo problema, ambos resultando no esperado.Indefinio das regras do jogo Se um ou mais indivduos esto colocados de forma atrabalharem em grupo, e se as regras estiverem mal definidas, caber a cada membro dogrupo interpretar as regras em seu benefcio.Interdependncia de recursos Sejam estes recursos financeiros ou humanos nasempresas uma fonte de conflito, por interferir diretamente na possibilidade de sucessode cada grupo.Sistemas de recompensas muito competitivos A competio como forma de incentivopoder causar problemas quando no for bem administrada. A vontade de cada grupo emalcanar o sucesso, estar ligado no nos resultados positivos, mas em vencer osadversrios de qualquer jeito mesmo em detrimento da empresa.Mudanas- Mais uma vez perspectivas de mudanas so fontes de insegurana ou dosurgimento de mecanismos que dificultam as relaes em grupo

    7.2Vantagens e desvantagens do conflito

    7.2.1Vantagens do conflito

    Cria desafios para busca de solues, motiva grupos e indivduos a resolverproblemas em conjunto.

    Leva a descoberta de novos fatos e informaes que podem resultar em benefcios

    7.2.2Desvantagens do conflito

    Causa tenso e pode causar seqelas

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    Cria ambiente improdutivo Pode gerar perda de poder ou de status Tende a distorcer o comportamento das pessoas

    7.3 A CRTICA

    A crtica considerada uma poderosa causadora de conflitos pessoais e profissionais, e,portanto estudada com maior ateno por pesquisadores e estudiosos.Para que possamos entender melhor o conceito se faz necessrio entendermos a diferenaentre crtica X queixa.

    As diferenas entre queixas e crticas pessoais so simples: Na queixa a referncia ao e no o indivduo. Na numa crtica a queixa usada como um ataque global ao indivduo

    levando mais a uma resposta defensiva do que a resoluo de problemas.A crtica muitas vezes vem carregada de desprezo, uma emooparticularmente destrutiva, que leva facilmente ira; e em geral expressono apenas nas palavras empregadas, mas tambm no tom de voz e nasexpresses, tais como gozaes, insultos ou at na linguagem do corpo,como franzir de lbios, ou revirar de olhos.

    Para o ser humano h duas maneiras de se responder a um ataque (neste caso a crtica),lutar ou fugir. A mais bvia revidar (lutar), que acaba normalmente em umainfrutfera disputa de berros, mas a reao contrria, ofugir,pode ser mais perniciosa,sobretudo quando ela uma retirada para o silncio. O fechar-se em copas a ltimadefesa, esta atitude envia uma mensagem potente e desestimulante, assim como umacombinao de distncia, superioridade e at nojo.Na maioria das vezes as pessoas s criticam quando a coisa esta feia e transborda, e ofazem da pior forma possvel, trazendo a tona todas s queixas que guardavam para si,perdendo muitas vezes o controle sobre a ira ou fazendo ameaas.Estes ataques normalmente saem pela culatra, so recebidos como afronta, quem recebenormalmente fica irado causando danos motivao.(Goleman, 1995)

    7.3.1DIFERENA ENTRE QUEIXA E CRTICANa queixa a referncia ao e no o indivduo, enquanto que na crtica , esta vemcarregada de desprezo, uma emoo particularmente destrutiva .Em geral expresso no

    apenas nas palavras empregadas, mas tambm no tom de voz e nas expresses etc.

    7.3.2CRTICA X ADMINISTRADOREm um certo sentido, a crtica uma das mais importantes tarefas de um administrador.Contudo tambm uma das mais temidas e adiadas.Muitos administradores sodemasiado chegados a critica, mas frugais nos elogios, deixando os empregados a sentirque s sabem como esto indo quando cometem um erro. Essa tendncia crtica agravada por administradores que demoram a dar qualquer feedback por longos perodosde tempo.

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    Segundo J.R. Larson , psiclogo da Universidade de Illinois , a maioria dos problemas nodesempenho de um empregado no surge do nada, nem de repente; desenvolve-se com otempo. Quando o chefe no diz imediatamente o que sente, isto leva a um lento acmulode frustrao, e a um dia explode.

    Harry Levinson, d o seguinte conselho sobre a arte da crtica, intrincadamenteinterligada arte do elogio: Seja especfico pegue um fato que ilustre o problema chave, concentre-se nos

    detalhes, dizendo o que ele fez bem e o que fez mal, diga exatamente qual oproblema a especificidade to importante para o elogio quanto para a crtica.

    Oferea uma soluo a crtica como todo feedback til, deve indicar uma maneirade resolver o problema para no deixar quem as recebe frustradas, desmoralizado oudesmotivado.

    Esteja presente As crticas como os elogios so mais eficazes cara a cara. Seja sensvel - quando no h empatia, a crtica assume efeito destrutivo, em vez de

    abrir caminho para correo, estimula comportamentos de ressentimento, ira,defensividade e distanciamento.

    Para os que recebem as crticas Levinson prope: Veja a crtica como uma informao e no como um ataque pessoal. Vigie o impulso para a defensividade, em vez de assumir a responsabilidade. Caso ela se torne muito perturbadora, pea para retomar o encontro mais tarde, pea

    um perodo para absorver melhor a mensagem.

    Veja a crtica como uma oportunidade de trabalhar com o crtico e no como umasituao de adversrios.

    7.4 AGRESSODefinida, como qualquer comportamento fsico ou verbal com a inteno de magoar oudestruir, quer seja por hostilidade ou como meio calculado de alcanar um fim.Fatores que interferem no comportamento de agresso7.4.1 Influncias genticas- A influncia gentica na agressividade torna possvel acriao de animais particularmente agressivos pelo controle de cruzamento. Nos sereshumanos estudos com gmeos idnticos e fraternos mostra que uma tendncia agressiva

    pode ser creditada a fatores genticos.7.4.2 Influncias neuronais - O crebro no possui um centro nervoso que controle aagresso, mas diversos centros nervosos que facilitam ou tornam mais provvel ocomportamento agressivo, o que o torna um aspecto bastante complexo docomportamento.7.4.3 Influncias bioqumicas - Os seres humanos so menos sensveis s variaeshormonais do outras espcies, mesmo assim podemos encontrar entre criminososviolentos um perfil provvel que aponta baixos nveis do neurotransmissor serotonina ealtos nveis de testosterona, o hormnio masculino.Eventos aversivos so eventos aversivos, que provocam desconforto ou sofrimentopodem colocar o sujeito em um estado que favorea o comportamento agressivo. O

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    aumento de casos de agresso em perodos de alta temperatura conhecido h muitotempo. Dor fsica, odores ftidos, insultos pessoais, fumaa e vrios outros estmulosaversivos podem ajudar a desencadear agressividade.

    7.4.4 Princpio frustrao- Um caso particular de evento aversivo a frustrao, obloqueio que impede uma pessoa de alcanar seu objetivo. A frustrao pode gerar umsentimento de raiva que torna propcia a agresso, principalmente se as condiespermitirem. (Retirado da apostila de Marcelo Henrique Costa, IBMEC, 2008)

    7.5 ALGUMAS CURIOSIDADES

    7.5.1 Televiso e agressividadeHoje parece bastante claro que a exposio a programas com altos graus de violncia naTV torna as crianas e adolescentes mais agressivos.O mecanismo pelo qual ela faz isso parece envolver vrios aspectos. Excitao pelo estmulo violento Fortalecimento das idias relacionadas com violncia Enfraquecimento das inibies Imitao7.5.2Agresso sexual e mdiaOs filmes pornogrficos e a mdia em geral ajudam a estabelecer um roteiroabsolutamente irreal de que a mulher que inicialmente frustra a investida sexual ir cedere ter prazer em seqncia. Os filmes pornogrficos e de terror facilitam a associao entresexo e violncia. Ao contrrio do que pensam alguns, filmes pornogrficos e violentosno oferecem uma descarga de impulsos reprimidos, mas favorecem a violncia e ocomportamento punitivo com relao s mulheres.Comportamentos agressivos no podem ser creditados a uma nica causa, nesse sentido

    culpar a mdia somente seria errado. Mas os meios de comunicao fornecem scriptssociais que tendem a ser usados, principalmente em casos onde a pessoa no se sentesegura de como agir. A responsabilidade grande.

    8.ESTRESSE

    O QUE ESTAR ESTRESSADO?.

    O termo estresse freqentemente apresentado de forma trivial e distorcido, mas sem

    dvida pode ser considerado o maior vilo do mundo moderno, sendo responsabilizadopor sintomas que vo desde a lcera do executivo at ao acidente de carro, sendoalardeado pelos jornais e rdios contribuindo pela piora da qualidade de nossas vidas.Mas ser verdade? Ser que o estresse sempre negativo? Seria o estresse exclusivo denossa poca?A resposta a estas perguntas possivelmente ser um NO, no h qualquer estudo queafirme que hoje sofremos mais de estresse do que soframos no passado, mas sem dvidasofremos estmulos estressantes diferentes dos que soframos no sendo possvel afirmarse so mais ou menos intensos que no passado.

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    O estresse pode ser definido como uma condio de tenso que afeta as emoes,processos de pensamentos e condio fsica de uma pessoa.. E o conjunto de reaes doorganismo frente a situaes de agresso de ordem fsica, psquica e infecciosa, entreoutras, capazes perturbar o equilbrio (Gaudncio, 1999).*

    Quantidades excessivas de estresse podem ameaar a capacidade de uma pessoa de fazerfrente ao seu ambiente. Em conseqncia vrios sintomas podero ser desenvolvidos queprejudicar seu desempenho no trabalho. Estes sintomas envolvem tanto a sade fsicaquanto a sade mental, as pessoas tensas podem desenvolver um estado de preocupaocrnico, so facilmente provocadas para a clera e incapazes de relaxar, podem inclusivedesenvolver, lceras, dores de cabea, dores no peito etc.

    Para o prof. Paulo Gaudncio estresse uma presso sobre o organismo, uma mudanana situao externa, que acarretar uma mudana na situao dentro do organismo.

    Qualquer mudana acarreta uma presso, mesmo as mudanas que eu mesmo decidoimplementar, como casar, divorciar, ter um filho, ou mesmo sair de frias, em especial ecom muito mais intensidade, as mudanas que eu no escolhi e que me so impostas,como a morte de um companheiro, a privatizao de uma estatal onde trabalho h 18anos indo at a exigncia de um novo perfil gerencial.

    Hans Selye em seus estudos define que ... quando se submete um organismo a estmulosque ameacem sua homeostase (seu equilbrio orgnico), ele tende a reagir com umconjunto de respostas especficas, que constituem uma sndrome, que desencadeadaindependente da natureza do estmulo....

    Mundo Interno

    ESTIMULOMundo externo

    SER HUMANO

    Sndrome Geral de Adaptao

    Fonte: Frana&Rodrigues; em Estresse no trabalho 1998.

    ESTRESSE

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    8.1 TIPOS DE ESTRESSEDe acordo com esta definio podemos ento propor a existncia de dois tipos deestresse, um que se relaciona a tenso positiva e outro que refere-se tenso negativa.

    Eustresse refere-se a tenso com conotao positiva, que pode ser facilmenteidentificada com exemplos do tipo casamento, gravidez, natal e etc. neste casodizemos que no houve ruptura do equilbrio.

    Distresse tenso ligada a sentimentos carregados de negativismo. o estresseque nos referimos de maneira tradicional. Neste caso afirmamos haver ruptura doequilbrio interno do indivduo.

    8.2 FATORES QUE DETERMINAM O ESTRESSE

    Fonte: Frana &Rodrigues; em Estresse no trabalho 1998.

    Estratgia de enfrentamento conjunto de esforos que uma pessoa desenvolvepara manejar ou lidar com as solicitaes externas ou internas, que so avaliadaspor ela como excessivas ou acima de suas possibilidades.

    Expectativas do ambiente refere-se a avaliao feita pelo indivduo relativo aoambiente

    Contextos organizacionais percepo de sua insero na organizao

    ESTRATGIADE

    ENFRENTAMENTO

    CONTEXTOSORGANIZACIONAIS

    EXPECTATIVASDO

    AMBIENTEESTRESSE

    CONSTITUIOORGNICA

    EXPECTATIVASDA

    PESSOA

    AVALIAD A

    PERCEPO

    PERSONALIDADE

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    Personalidade padro caracterstico de comportamento

    Avaliao da percepo refere-se a percepo da avaliao do ambientepessoal , organizacional e social

    Expectativas da pessoa expectativas prprias de sua atividade social e pessoal

    8.3 ACONTECIMENTOS QUE ESTRESSAM Morte do (a) companheiro (a) Divrcio Doenas ou ferimentos pessoais Casamento Perda de emprego

    Gravidez Dificuldades sexuais Problemas com sogros Desentendimento com o patro Frias Natal Retirado da Palestra Trabalho, Felicidade e estresse: a flexibilizao dos papis profissionais X

    ajustamento emocional realizada no 9Frum de R. H. em 1999.

    8.4 SINTOMAS TPICOS DE ESTRESSE

    Nervosismo e tenso Preocupao crnica Problemas digestivos Alta presso sangnea Incapacidade de relaxar Excesso de lcool ou fumo Insnia Atitudes no cooperativas Incapacidade para lutar Clera e agresso

    8.5 CAUSAS TPICAS DE TENSO NO EMPREGO

    Sobrecarga de trabalho Presses de tempo M qualidade de superviso Clima poltico inseguro Retroinformao de desempenho insuficiente Autoridade inadequada ante as responsabilidades Ambigidade de papel Frustrao

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    Conflitos interpessoais e intergrupal Diferenas entre os valores da empresa e do empregado Mudanas de qualquer tipo

    8.6 Dicas para administrar o estresse

    1. APRENDA A RESPIRAR a respirao o ritmo da vida. Preste muita ateno noseu ritmo, procure respirar somente pelas narinas e profundamente.

    2. APRENDA TCNICAS DE RELAXAMENTO so excelentes para aliviar astenses, alm de proporcionar oportunidades de conhecer o seu corpo.

    3. FAA ALONGAMENTOS desintoxique o corpo, aumente a resistncia a tenses efortalea o sistema nervoso. Um corpo alongado vai influenciar positivamente osistema nervoso, tornando-o tambm flexvel e resistente.

    4. MEDITE dedique alguns minutos diariamente para ficar a ss. Reflita sobre seus

    valores de vida. Aprenda a ouvir aquela voz interior que todos temos; ela tem muito alhe dizer.

    5. EVITE O FUMO E O LCOOL so venenos terrveis para o sistema imunolgico.6. ALIMENTAO tenha uma alimentao equilibrada. No preciso transformar-se

    em um vegetariano, mas faa das frutas e legumes a base de sua alimentao.7. CULTIVE O BOM HUMOR faz bem a voc e a todos ao que esto a sua volta.8. ATITUDE MENTAL POSITIVA quando se pensa no pior, corre-se o risco de

    sintonizar-se com o negativo. Preocupaes e aflies no combinam com felicidadee liberdade.

    9. CONTENTAMENTO valorize sua vida. Ela fruto de seus desejos e aes.Lembre-se de que voc pode mud-la na hora que quiser.

    10. PRATIQUE ATIVIDADES FSICAS elas devem ser condizentes com sua situaoe capacidade fsicas. Fazem bem ao corpo e mente, alm de serem umaoportunidade de entretenimento.

    11. PRATIQUE A TICA nada melhor do que dormir com a conscincia limpa.12. AME SEU CORPO ele o seu maior patrimnio. Agradea diariamente natureza

    por ser perfeito e saudvel. Tenha auto-estima!

    LEGAL FILHO, Carlos Alberto. Revista T&D.Agosto, 1998

    9. GUIA DO COMPROMISSO COMIGO MESMOEste guia tem como objetivo ajud-lo a refletir e projetar uma imagem de como voc

    deseja ser.9.1 REA FAMILIAR

    Apreciar mais as pequenas coisas que meus familiares fazem e que consideroobrigao.

    Uma vez por semana, fazer algo de especial com a minha famlia. Dedicar uma hora de ateno por dia minha famlia.

    9.2REA SOCIAL / COMUNITRIA

    Fazer novos amigos.

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    Visitar um hospital, orfanato ou asilo. A que grupos sociais desejo juntar-me? Que causas dignas pretendo defender?

    9.3REA PESSOAL

    Fsico Examinar severamente minha aparncia todas as manhs. Quais as partes que preciso dar mais ateno? Qual hbito vou eliminar?

    Mental Dedicar duas horas por semana literatura especfica da rea que estou

    concentrando maiores esforos.

    Ler um livro que me seja til.. Passar 30 minutos por dia, meditando, num ambiente calmo. Que atitude mental vou passar a adotar?

    Espiritual Dedicar 30 minutos por dia, refletindo sobre questes espirituais.. Abandonar o hbito de criticar. Refletir sobre a importncia do amor.

    10.RELAES INTERPESSOAIS EM GRUPO

    Muitas teorias foram desenvolvidas a este respeito na tentativa de facilitar ou minimizaros conflitos e dificuldades existentes quando indivduos interagem em grupo.Shultz em seus estudos alerta para trs necessidades bsicas necessrias a seremsatisfeitas para o bom inter-relacionamento de indivduos em grupo:

    Necessidade de Incluso Necessidade de Controle Necessidade de Afeio

    1) Necessidade de incluso necessidade que experimenta cada membro novo de umgrupo em se sentir aceito, integrado, valorizado por aqueles aos quais se juntou. Oindivduo tentar atravs de variveis individuais verificar seu grau de aceitao,procurando provas de que no ignorado, isolado ou rejeitado pelo que ele consideracomo grupo, a expresso do desejo de todo membro de um grupo de possuir statuspositivo. O grau de maturidade social, seu nvel de socializao determinar suaatitude frente ao grupo:

    Os menos socializados procuram integrar-se ao grupo adotando atitudes dedependncias

    Aqueles que no superaram a fase tpica do adolescente tentam impor-se aogrupo atravs de atitudes de contra - dependnciae forar sua incluso nogrupo.

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    2) Necessidade de controle consiste em definir para si mesmo suas prprias

    responsabilidades no grupo e tambm o de cada um que com ele forma o grupo, vaibuscar ndices que respondam critrios que permitam responder respostas como:Quem tem autoridade sobre quem? Quem controla o grupo? Qual a minha posiodentro do grupo? Ao conseguir delinear a estrutura do grupo e sua linha de hierarquiadependendo de seu grau de socializao tender a expressar-se de modo mais oumenos evoludo.

    Tender a demitir-se de toda a responsabilidade e a delega-la a outros aquelesque se perceberem como dotados de poder, adotando atitudes abdicadoras.

    Os que se sentirem rejeitados e mantidos margem das responsabilidades dogrupo tendero a cobiar o poder e a querer, se preciso, assumir sozinho ocontrole do grupo adotando atitudes autocratas frente ao grupo.

    Os possuidores de maior maturidade social tendem a demonstrar atitudesdemocratas, isto , a querer e a pensar o controle do grupo em termos deresponsabilidades partilhadas.

    3) Necessidade de afeio o secreto desejo de todo indivduo em grupo de serpercebido como sendo insubstituvel.

    Aqueles que a pouco se mostravam dependentes no plano da incluso, eabdicadores em relao ao controle, tentam satisfazer suas necessidades deafeio atravs de relaes privilegiadas, exclusivas e geralmente possessivas,privilegiando relaes hiperpessoais.

    Os que ao contrrio sentem-se rejeitados ou ignorados pelo grupo adotamcomo reao de defesa, atitude de aparente indiferena ou frieza calculada.Preconizam, quando no reclamam, relaes estritamente formais e funcionaisentre os membros. Ocultam sua necessidade de afeio mostrando-sehipopessoais.

    Os de maior socializao desejam ser aceitos totalmente pelo que so, suanecessidades de afeio esto perfeitamente satisfeitas nos laos desolidariedade e fraternidade entre eles e os membros do grupo. Estabelecemrelaes em nvel autenticamente interpessoal

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    11. MOTIVAO

    UMA PALAVRA QUE PODE FAZER A DIFERENA ENTRE OSUCESSO E O FRACASSO DE UMA EMPRESA EM QUALQUER DOS SEUSESCALES.

    INTRODUO

    O ser humano um organismo capaz de perceber, formular juzos complexos, recordarinformaes, resolver problemas e por um plano em ao. Os usos que uma pessoa der asuas capacidades humanas dependem da motivao seus desejos, carncias,necessidades, ambies, apetites, amores, dios e medos.O interesse na motivao no se limita aos psiclogos, durante sculos, filsofos e

    telogos debateram a natureza do homem, e ao faze-lo formularam perguntas e extraramdiversas concluses sobre a motivao humana. Alguns, como Thomas Hobbes,acreditavam ser o homem fundamentalmente egosta, outros como Jonh Locke que anatureza do homem pacfica originalmente, com sentimentos de boa vontade, o que noslevava a cada vez mais nos interessar sobre qual seria a verdadeira fonte de energiaresponsvel pela escolha do comportamento do homem.(Murray, 1973)Entretanto no h dvidas de que seja qual for a viso filosfica adotada ou o modelo aser utilizado, que a satisfao pessoal e conseqentemente a satisfao do indivduo notrabalho fator preponderante para a motivao. Em outras palavras torna-se difcilmotivar quando no h um mnimo de satisfao, seja ela na vida pessoal ou no trabalho.

    11.1 Satisfao pessoalA satisfao pessoal de um indivduo tem como alicerce sua personalidade relacionada aomeio em que se encontra inserido seja ele na esfera pessoal, social ou profissional.Com isso podemos afirmar que o indivduo encontra-se em nveis aceitveis de satisfaoquando no apresenta caractersticas de estresse, desmotivao ou outro sintomaneurtico.A figura abaixo representa alguns elementos relacionados Satisfao Pessoal.

    Cargo Famlia

    Vida

    Poltica Lazer

    Religio

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    11.2 SATISFAO NO TRABALHO

    A satisfao no trabalho um conjunto de sentimentos, que podem ser favorveis oudesfavorveis, com os quais os empregados vem seu trabalho. Esta satisfao umsentimento relativo ao prazer ou dor, que difere de raciocnios objetivos e de intenescomportamentais, que em conjunto, ajudam ao administrador a compreender e preveniras reaes dos empregados em relao ao tipo de trabalho ele que exerce. (Davis &Newstrom, 1989 p.123).Devem os administradores estudar a satisfao no trabalho de seus funcionrios e tentarmelhor-la quando possvel? Em resposta a esta pergunta alguns aspectos devem serlevados em considerao: H espao para melhorias? Quem esta relativamente mais satisfeito? O que contribui para a satisfao dos empregados? Quais so os efeitos das atitudes negativas dos empregados?O administrador deve considerar pelo menos trs atitudeschaves para que o ambiente detrabalho possa ajudar a produo:

    - A satisfao no cargo,- O envolvimento no cargo- Identificao com a organizao

    A satisfao pea fundamental para um dos conceitos bastante estudados e discutidosno mundo moderno que a MOTIVAO

    11.3 HISTRIA DO CONCEITO DE MOTIVAO

    Em seus primeiros estudos a motivao estava diretamente ligada satisfao dasnecessidades denominadas primrias evoluindo para as necessidades ditas secundrias.Necessidades primrias referem-se s necessidades fsicas como gua, sexo, alimento erepouso.Necessidades secundrias so mais vagas, pois representam necessidades da mente edo esprito.No decorrer destes anos diversas teorias foram criadas na tentativa de explicar estefenmeno to importante para o mundo de hoje.

    11.3.1 TEORIAS COGNITIVAS- tem como referncia s idias filosficasdesenvolvidas por filsofos como Plato e Aristteles, de que o homem como um serracional, procura satisfazer seus desejos utilizando todas as suas capacidades. Aqui anoo de vontade, definida como uma faculdade mental a par do pensamento e dosentimento, seria ela a responsvel pela escolha do repertrio comportamental.

    11.3.2 TEORIA HEDONISTA interligada com as formulaes filosficas sobre arazo e a vontade. Tem como idia principal a afirmao de que o leme da escolhacomportamental a procura do prazer e a evitao da dor . Estas idias surgem com ateoria psicanalista fundada por Freud.

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    11.3.3 TEORIA DO INSTINTO Aqui se iniciam as teorias ditas cientficas, e suaprimeira expresso ocorre devido teoria da evoluo de Darwin, cujo pensamento era ode que certas aes inteligentes so herdadas.

    11.3.3TEORIA DO IMPULSO talvez o conceito mais atual. Foi apresentado em1918 por Woodworth, e largamente desenvolvido por Walter Cannon.Utiliza-se doconceito de homeostase, que descreve a energia que impele um organismo ao comofruto de um desequilbrio que se instala no corpo, sempre que as condies internas sedesviam do estado normal. Portanto a motivao definida de acordo com os impulsosque surjam do desequilbrio, instabilidade ou tenso homeosttica.Segundo Chiavenato, I. (1985) sempre haver um objetivo implcito ou explcito queorienta o comportamento das pessoas, que poder ser ento explicado de acordo com ociclo abaixo:

    Indivduo em Equilbrio Interno

    Estmulo Interno ou Externo

    Desequilbrio Interno

    Necessidade Tenso Ao

    Motivao ou Comportamento

    Meta ou Objetivo Atingidos

    Satisfao

    Fonte:Idalberto Chiavenato, Administrao de Recursos Humanos, So Paulo, Ed. Atlas 1980

    11.4 MOTIVAO DE REALIZAOO psiclogo William Murray identificou a motivao de realizao com o desejo de umfeito significativo, de dominar habilidades ou idias, de controlar e atingir depressa umpadro elevado. Para Murray, uma maneira de identificar a motivao de realizao atravs do tipo de fantasia que as peso as produzem diante de estmulos ambguos,pessoas motivadas para realizao tendem a fantasiar histrias com desafios erealizaes.Pessoas com alta motivao para realizao costumam alcanar mais objetivos do que asoutras, e este parece ser um fator mais decisivo do sucesso do que a inteligncia.

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    11.4.1 FONTES DA MOTIVAO DE REALIZAOH psiclogos que entendem que a motivao para a realizao pode ter razesemocionais, bem como cognitivas. As pessoas fortemente motivadas realizao podemter sido ensinadas a associar realizao com emoes positivas bem como a ver suasprprias realizaes como fruto de sua competncia e esforo. Por isso a influncia dospais durante a criao dos filhos pode ser determinante.Alguns pesquisadores acreditam a que a diferente influncia parental poderia determinarum diferente desempenho de filhos primognitos com outros. Os primognitos tendem aalcanar maior sucesso e melhor desempenho em testes de inteligncia, por outro lado osfilhos seguintes tendem a ser mais descontrados, populares e abertos a novas idias.

    11.4.2 MOTIVAO INTRNSECA E REALIZAO

    Motivao intrnseca a orientao de comportamento pelo desejo de ser eficiente e de desempenhar umcomportamento por si mesmo.Motivao extrnsecaOrientar o comportamento pela procura de recompensas externas e de evitar punies.A motivao extrnseca pode desestimular o sujeito, que pode passar a ver a atividadecomo uma obrigao. Ela pode estimular quando usada como prmio, nesse caso pode atservir para alavancar a motivao intrnseca.

    11.5 ExpectativaA teoria da expectativa sustenta que o indivduo motiva-se mais facilmente quando

    acredita na recompensa decorrente do esforo. Quanto maior a recompensa esperada,maior a motivao.Para que motivem atravs da expectativa, as tarefas devem: Ser percebidas como realizveis. Exigir algum esforo Estar relacionadas com variveis sobre as quais a pessoa tenha algum poder

    A expectativa est ligada aptido. O sujeito espera obter sucesso naquelas atividadespara as quais possui aptido j desenvolvida.Pessoas com expectativas elevadas tendem a motivar-se para assumir riscos naturais dasmudanas, enquanto expectativas limitadas conduzem estabilizao em torno das

    necessidades bsicas e nas tarefas para as quais o indivduo apresenta maior aptido. Aincapacidade da Organizao de satisfazer profissionais com elevadas expectativasconduzem excessiva rotatividade destes profissionais.

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    11.5.1 ELEMENTOS QUE AFETAM A EXPECTATIVA

    Percepo de risco ou sofrimento Os riscos envolvidos numa atividadedevem ser adequados ao grau de motivao

    Probabilidade de xito percebida As pessoas tendero a no se envolver ematividades que apresentem pouca chancede xito

    Fixao de metas Pessoas com metas especficas apresentammelhor desempenho que outras sem metasou com metas genricas

    Retirado da apostila da Marcelo Henrique Costa, IBMEC 2008

    11.5.2 PERCEPO DE JUSTIA a crena de que os esforos de um indivduo para produzir resultados recebero a justarecompensa.

    11.5.2-1 DIMENSES DO MODELO DE JUSTIA ADMINISTRATIVA

    Distributiva Concentra-se nos contedos (salrios,benefcios, sanes, etc.)

    Procedimental Focaliza o processo para promover adistribuio

    Interacional Reflete a qualidade da interao com ossuperiores ou decisores

    Informacional Reflete o fornecimento de informaes,explicaes e justificao das decises

    Retirado da apostila da Marcelo Henrique Costa, IBMEC 2008

    11.5.2-2 MODALIDADES APLICVEIS JUSTIA DISTRIBUTIVA

    Justia eqitativa Distribuio dos contedos de acordo comas caractersticas das partes

    Justia compensatria Tem por objetivo remediar a distribuiodesigual

    Justia subtrativa Negao de um contedo a todos para nobeneficiar uma parte

    Retirado da apostila da Marcelo Henrique Costa, IBMEC 2008

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    11.6 FORAS MOTIVACIONAISAlguns motivos ou foras motivacionais especficas devem ser levados em consideraopara um entendimento deste comportamento (motivao), por serem eles a base doalicerce psicolgico que o formar. O conhecimento das foras motivacionais que atuamsobre cada indivduo vai facilitar a compreenso deste fenmeno e ajudar oadministrador a escolher quais estmulos seriam mais bem aproveitados para cada grupode indivduos. So elas: Foras ou Motivos sociais anteriormente considerados como inatos, instintivos,

    que tem como fator de maior importncia relao entre as pessoas. Estes motivosso os repensveis pela viso administrativa desde o incio do desenvolvimento da

    teoria administrativa at as idias atuais. Foras ou Motivos para realizao- amplamente estudado por McLelland e seus

    colaboradores que define como o desejo a alcanar o sucesso ou a fora para vencerdesafios e obstculos na busca de objetivos

    Foras ou Motivos para competncia impulso para realizao de trabalhos de altaqualidade

    Foras ou Motivos para o poder impulso para influenciar pessoas

    11.7 MODELOS MOTIVACIONAIS

    Todos os conceitos e estudos realizados pela psicologia foram mais tarde revistos naadministrao como auxlio para o melhor desempenho das empresas. Alguns modelosdesenvolvidos tiveram e tm importncia para um planejamento motivacional de sucesso.So eles:

    11.7.1 HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW

    Que propes a elaborao de uma pirmide para explicar as necessidades dos indivduosno grupo. Ele divide esta pirmide em 5 momentos, sendo os dois primeiros da base,considerados necessidades primrias e os outros trs como necessidades secundrias,conforme mostra a figura abaixo, aconselhando que enquanto a base no estiverconsolidada, o restante ser intil.

    Auto realizao NecessidadesSecundrias

    Estima e status

    Sociais

    Segurana NecessidadesPrimrias

    Fsicas

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    PsicologiaRegina Lcia L.L. Sardinha

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    Este modelo prope essenc