Artigo Fernanda Corrigido Aos 11.04.2015

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO Oliveira, Fernanda 1 Silva, Maycon Adriano 2 RESUMO O processo de construção de uma educação inclusiva é responsabilidade de todos e leva-nos a uma ampla discussão. Refletir sobre as questões de uma escola inclusiva sob uma perspectiva sociocultural de uma visão ideológica é o que esta pesquisa se propõe. A educação que visa à inclusão de pessoas com necessidades especiais, consiste em um trabalho objetivado em desenvolver as oportunidades apoiando com recursos pedagógicos. Esses recursos devem respeitar a diversidade dos estudantes com necessidades especiais. O objetivo deste estudo foi verificar se o aluno deficiente tem condições de ser inserido em sala de aula e se os profissionais da educação estão preparados para esta inclusão. Como fundamentação teórica, buscou-se vários autores para compor este trabalho de natureza qualitativa pautando-se na análise de revisão bibliográfica, com a finalidade de abordar valores, conceitos e opiniões sobre o assunto. Palavras chave: Educação. Inclusão. Recursos. 1 INTRODUÇÃO Uma educação inclusiva é responsabilidade de todos e leva-nos uma ampla discussão. A exclusão social está presente no dia-a-dia de nossa sociedade sinalizando o 1 Licenciada em Matemática (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL). Aluna do curso de Especialização em Educação Especial e Inclusiva – Centro Universitário Internacional (UNINTER). 2 Licenciado em Física (Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG), Especialista em Educação Especial (Instituo de Estudos Avançados e Pós-Graduação - ESAP), Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática (Universidade Federal do Paraná - UFPR).

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Artigo pós graduaçÃo

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EDUCAO INCLUSIVA NO ENSINOOliveira, Fernanda

Silva, Maycon Adriano

RESUMO

O processo de construo de uma educao inclusiva responsabilidade de todos e leva-nos a uma ampla discusso. Refletir sobre as questes de uma escola inclusiva sob uma perspectiva sociocultural de uma viso ideolgica o que esta pesquisa se prope. A educao que visa incluso de pessoas com necessidades especiais, consiste em um trabalho objetivado em desenvolver as oportunidades apoiando com recursos pedaggicos. Esses recursos devem respeitar a diversidade dos estudantes com necessidades especiais. O objetivo deste estudo foi verificar se o aluno deficiente tem condies de ser inserido em sala de aula e se os profissionais da educao esto preparados para esta incluso. Como fundamentao terica, buscou-se vrios autores para compor este trabalho de natureza qualitativa pautando-se na anlise de reviso bibliogrfica, com a finalidade de abordar valores, conceitos e opinies sobre o assunto.

Palavras chave: Educao. Incluso. Recursos.

1 INTRODUO Uma educao inclusiva responsabilidade de todos e leva-nos uma ampla discusso. A excluso social est presente no dia-a-dia de nossa sociedade sinalizando o destino de grande parte da populao no mundo, excluindo-a, pelas restries no mercado de trabalho, ou seja, por situaes econmicas desiguais de acesso aos bens materiais. A incluso uma realidade emergente que exige uma posio da sociedade. Para desenvolver o processo de incluso, necessria a melhor formao do docente para ser entendida como essencial no processo de desenvolvimento.

Informando-se como se d a incluso do estudante deficiente, por exemplo, no ensino mdio que podemos dimensionar a problemtica que este estudo em questo deseja abordar. A importncia de uma melhor formao docente se deve ao fato de propiciar um avano nas diferentes dimenses que representa a pluralidade da educacional no Brasil.

Para que ocorra uma educao inclusiva, preciso a unio de todos os setores da sociedade, porque ela consiste na ideia de uma escola que no seleciona as pessoas em razo de suas diferenas. A simples presena de um estudante com algum tipo de deficincia em sala de aula no garante a incluso escolar, pois o ele precisa de mtodos diferenciados para aprender e tem o direito e a necessidade de aprender a ler e escrever, embora sua aprendizagem seja considerada diferente.

A escola no teve ser um ambiente de segregao. Os professores necessitam confrontar prticas discriminatrias e criar alternativas para super-las mesmo sem ter tido formao adequada para isso. uma questo de humanidade, pois a educao inclusiva implica em uma mudana de paradigma.

Existem muitas situaes que podem ser descritas como sendo de excluso nas escolas. O currculo pedaggico j sofreu vrias rupturas ao longo dos tempos e a questo social apenas vem solidificando a necessidade urgente da construo de novos paradigmas na educao. A construo de uma educao transformadora, com prticas inclusivas indica uma educao de qualidade que respeita a diversidade.

A educao especial, com base na incluso, requer a insero do estudante com deficincia na rede regular de ensino atendendo-se as peculiaridades individuais. Faz-se necessrio rever as aes voltadas incluso escolar, referenciando para uma transformao no sistema poltico e educacional, promovendo o acesso educao em todos os nveis.Apesar das muitas barreiras que impedem o efetivo processo de incluso nas escolas, o presente estudo resgata atravs e uma pesquisa bibliogrfica essa temtica atravs do referencial terico. A inteno de realizar uma anlise, tendo como objetivo, compreender a complexidade que envolve essa temtica. Por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educao n 9394/96, no campo no artigo referente educao especial, a escola deve fornecer um atendimento qualificado para os alunos, com profissionais especializados. Neste cenrio, o artigo foi dividido em quatro etapas: a etapa introdutria, os deficientes no processo educativo, a diversidade, o desafio da incluso e o currculo, metodologia e anlise reflexiva final. Refletir sobre as questes de uma escola de qualidade para todos, incluindo alunos e professores, atravs da perspectiva sociocultural significa considerar que ao lado de profundas desigualdades sociais, acirradas pela adoo de polticas sociais equivocadas, necessita-se emergencialmente de aes que reivindiquem o direito para todas as pessoas, respeitando suas diferenas individuais ou sociais.

2 DEFICIENTES NO PROCESSO EDUCATIVOO conhecimento cientfico evoluiu nosso entendimento sobre deficincia e despertou a busca e compreenso do ser. Essa compreenso tem sido importante para as pessoas que possuem alguma deficincia, pois durante muito tempo, os deficientes foram tratados de maneira inadequada. A educao inclusiva hoje uma realidade em muitos pases, uma nova tendncia educacional e social.Entretanto, com a incluso de deficientes no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, possuem a capacidade de desenvolver a inteligncia em virtude dos poucos estmulos que possam vir a receber (BASTOS, 2010, p. 69). Realizando uma reflexo sobre o histrico da incluso escolar das pessoas com deficincia no Brasil, de acordo com a bibliografia estudada, descobre-se que o desenvolvimento do processo desta incluso, desde seu problema diagnosticado at a incluso no ambiente educacional. Os deficientes no recebiam qualquer tipo de educao.

(...) se no oferecessem risco populao eram deixados de lado pois oferecer educao essa parcela excluda era considerado perda de tempo. (AQUINO, 2002, p.37). Durante o sculo XIX eles eram tratados como incapazes e no recebiam qualquer tipo de ateno relativa educao. Os conceitos gerais sobre a deficincia em geral, classificaes, tcnicas e mtodos de avaliao da perda auditiva, etc, so fundamentais para compreender as implicaes do aprendizado com deficincia.

A LDB n. 4.024/61 trata da educao de pessoas com deficincia, que passam a ter direito a educao regular, pois estes grupos antes excludos educao passou a ter como direito a educao escolar, ultrapassado as barreiras do assistencialismo. A escola inclusiva a que todas as crianas aprendam juntas, independente de quaisquer dificuldades ou diferenas. (FIGUEIREDO, 2009, p.10).

De acordo com Mantoan (2010, p. 13) a educao inclusiva a forma mais eficiente para construo de solidariedade entre os indivduos com necessidades educacionais diferenciadas. A emenda a Constituio brasileira na Lei N 5.692/71 modificou alguns conceitos da LDB de 1961 reforando o entendimento do Conselho Federal de Educao, esclarecendo que o tratamento especial de forma nenhuma dispensa o tratamento regular.

A incluso fundamental dignidade e ao exerccio dos direitos humanos. Dentro do campo da educao, reflete no desenvolvimento de estratgias que tendem promover oportunidades ao ser.O professor pode suspeitar de casos de deficincia se tiver formao adequada para isso, que no seja a fsica que explcita. (...) No caso da surdez, a linguagem em Libras veio contribuir para melhorar o relacionamento entre o deficiente e as demais pessoas (BEYER, 2008, p. 78).

H avanos na legislao que garantem o direito das pessoas com deficincia, tratando-as como igualdade. Mas no basta que os deficientes tenham acesso s oportunidades se as pessoas que se relacionam com elas no tenham a formao adequada. As leis foram alteradas NO Brasil nos ultimos anos e com a elaborao da Constituio (1988) os objetivos fundamentais partem do princpio da incluso em larga escala em seu Art. 3 que destaca a promoo do bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao (SILVA, 2011).O problema da incluso no est nem nas diferentes concepes, nem nas iniciativas para sua viabilizao. De nada adianta equacionar as questes anteriormente expostas. Almeida (2010, p. 39) lembra que necessrio que os deficientes se faam membros reais da cultura, afetando esta e sendo afetados por ela. Que as leis se cumpram e contemplem os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivncia humana e nas escolas. O problema est de fato na concepo do homem e do mundo que delineiam as aes e orienta as maneiras de se pensar a incluso.2.1 DIVERSIDADEO conceito de educao especial explica que deve-se atender especificamente estudantes com determinadas necessidades especiais. Conceito de educao inclusiva, segundo Nakayama (2010, p. 28) trata de um processo em que se amplia participao de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. E educao inclusiva deve reestruturar a cultura vivenciada na escola de modo que estas respondam diversidade de alunos.A educao especial ocupa-se do atendimento e da educao de pessoas com deficincia e transtornos globais de desenvolvimento em instituies especializadas. (MOREIRA, 2009, p. 15). A educao inclusiva uma ao amorosa, mas no piedosa, que percebe o sujeito em sua singularidade. Trabalhar a diversidade tratar de uma abordagem humanstica, democrtica que percebe o sujeito e suas singularidades tendo como objetivos o seu desenvolvimento e sua insero social. O conceito de educao inclusiva surgiu a partir de 1994, com a ideia que as crianas com necessidades educativas especiais sejam includas em escolas de ensino regular.

As mudanas sociais foram se manifestando em diversos setores e contextos fazendo que leis fossem crianas estabelecendo a integrao escolar, preconizando o atendimento aos indivduos que apresentam deficincia, preferencialmente na rede regular de ensino. (MOREIRA, 2009, p. 82).O paradigma criando em funo da relao da sociedade com a diversidade surgiu como uma reao contrria ao processo de integrao. Movimentos pela incluso no Brasil cresceram e centralizaram a ateno de profissionais da educao, ligados ou no pessoa com deficincia. O termo necessidades educativas especiais veio substituir o termo criana especial, anteriormente utilizado para designar uma criana com deficincia e compreende todas e quaisquer necessidades consideradas diferente e que necessite de abordagem especfica pela escola.

A informtica veio criar novas possibilidades comunicativas e de acesso informao, tornando-se um auxlio a crianas portadoras de necessidades especiais, pois permitem facilitar o processo educacional que visa formao integral de cada aluno especial. (CARVALHO, 2010, p. 82).Bastos (2010, p. 33) admite que a escola nem sempre consegue oferecer uma resposta capaz de atender as diversas necessidades destas crianas. A educao especial o ramo da educao, que se ocupa do atendimento de pessoas com necessidades educativas especiais. No ensino especial so freqentes instituies destinadas a acolher deficientes no promoverem o convvio entre as crianas especiais e as restantes crianas.Para uma escola ser voltada educao especial, deve contar com equipamentos e docentes especializados. O sistema regular de ensino precisa adaptar-se essas necessidades. Os meios informticos, como um elemento cognitivo, podem facilitar a estrutura criando condies propcias para a construo do conhecimento que, de acordo com Mantoan (2010, p. 48):

Atravs da utilizao da tecnologia, pode-se despertar em crianas especiais um maior interesse, facilidade e motivao pela descoberta do conhecimento. A deficincia deve ser encarada como um componente de fora e no de impossibilidade a utilizao de meios informticos podem desempenhar um papel importante neste processo.2.2 O DESAFIO DA INCLUSO E O CURRCULOCom toda a reflexo de especialistas em torno da educao, o currculo tem sido um tema bastante presente nas discusses. Na medida em que a qualidade do ensino ofertado nas escolas pblicas, tornou-se uma preocupao, as questes relevantes ao currculo se tornaram cruciais.Segundo Nakayama (2010, p. 50) a poltica da educao inclusiva no mbito do Ministrio da Educao e Cultura sistematizou as estratgias, institucionalizou procedimentos. Ela financia adaptaes do espao fsico, materiais, mobilirio, equipamentos e sistemas de comunicao alternativos para as prticas pedaggicas inclusivas em poucas escolas. J o currculo escolar, fundamental para orient-la se na execuo das prticas pedaggicas inclusivas, ainda deixa muito a desejar. Ou seja, muito pouco e quase nada para um grande universo de estudantes com as mais variadas deficincias que desejam exercitar seu direito educao.

Podemos aceitar a ideia de que a escola no mais a mesma, em que se via, atendia apenas crianas tidas como normais. Com as ideias difundidas de diversidade e incluso, cada vez mais se necessita a criao de uma nova escola, diversa, aberta e integral. A ateno diversidade faz-se necessrio com o objetivo de atender as necessidades dos educandos, decorrentes de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades no aprender. (BEYER, 2008, p.34). Nesse sentido, o termo Necessidades Educacionais Especiais est associado s dificuldades de aprendizagem e no necessariamente vinculado deficincia. Felizmente, as novas propostas inclusivas tm sido apropriadas para todos os estudantes de uma turma e no apenas para os escolares com deficincia. Segundo Almeida (2010, p. 88-89) a incluso de estudantes com necessidades educativas especiais no meio escolar representou um marco social e uma grande conquista histrica para a construo de uma sociedade inclusiva e comprometida com a diversidade. Moreira (2009, p.18) entende que o currculo passa a ser uma pea chave na organizao das escolas, sendo o responsvel pelas aes que so desenvolvidas neste espao. Moreira (2009, p.19) define currculo como: um conjunto de experincias pedaggicas organizadas e oferecidas aos estudantes pela escola. Portanto, discutir incluso e currculo em torno do conhecimento e essencial, pois o paradigma da excluso intenso e, ainda, enraizado em muitas escolas. Para Bastos (2010, p.107), trabalhar com a diversidade no ignorar as diferenas ou impedir o exerccio da individualidade. Segundo Mantoan (2010, p. 71) o trabalho com a diversidade envolver o favorecimento de uma educao mais completa e menos preconceituosa. Alguns gestores educacionais assumem dificuldades para implantar a incluso escolar e reforam a ideia da manuteno dos espaos especializados nas escolas:

ESQUEMA 2: ENTRAVES NO PRECONCEITO INCLUSO

Fonte: De autoria da acadmica de acordo com MANTOAN (2010)

O currculo escolar, neste sentido, deve demonstra-se por um mtodo diferenciado de apreender a realidade, de estrutur-la e de interagir nela, que de grande valia para que as pessoas com deficincia. O zelo pela adaptao ao meio e a valorizao dos papis sociais, presentes nas atuais propostas educativas no geral, devem refletir a autonomia da educao de pessoas com deficincia.Aps a aprovao da Lei de Diretrizes e Bases da Educao (BRASIL, 1996), a presena de estudantes com necessidades especiais nas escolas aumentou, mas no houve acompanhamento da formao de profissionais para receb-los adequadamente. O paradigma da incluso vem se consolidando na busca de instituir nos currculos escolares procedimentos que reforcem a no excluso dos deficientes.A propsito da questo da deficincia, da incluso e a diversidade fazem partes da longa trajetria de movimentos mundiais pela luta em favor da melhoria de condies, aceitao e integrao social contemplando aspectos ligados a lutas e integrao das pessoas discriminadas. A insero social de pessoas excludas, seja no mundo do trabalho ou na escola da escola, pelo fato de possuir algum tipo de deficincia deve ser uma conquista humana a ser comemorada nos mesmo moldes da abolio da escravatura e as independncias de pases colonizados sculos atrs (MOREIRA, 2009).A pessoa com deficincia, na conquista de seus direitos educao, provm da percepo negativa que ela tem de si mesma. Para Nakayama (2010, p. 98) as pessoas que acreditam que o sucesso na escola est fora de seu alcance tendem a um fracasso escolar e cabem aqui propostas e atitudes ativas e modificadoras por meio de polticas pblicas. A problemtica do currculo e da diversidade cultural tem sido tema presente no contexto escolar e ao tratar dessa temtica ainda nos perguntamos onde a diversidade se faz presente no currculo escolar. Pela anlise feita at o momento, pode-se crer que que essas questes ainda no so tratadas como um eixo central na orientao de polticas pblicas.3 METODOLOGIAO presente estudo se caracteriza como uma anlise do tipo qualitativa, pois busca discutir e interpretar a metodologia com o uso de pesquisa bibliogrfica cruzada da problemtica que permita uma reflexo sobre as questes da incluso, diversidade, currculo e preconceito. Os procedimentos metodolgicos que envolveram o trabalho foram, primeiramente, um levantamento bibliogrfico para produo de um texto fundamentado sobre a educao inclusiva no ensino.

Para a elaborao deste trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliogrfica e consultas em sites, a fim de dar subsdios suficientes ao desenvolvimento dos textos com a leitura da bibliografia existente sobre o tema. Os autores das obras pesquisadas resumem a finalidade de uma interpretao sem iseno dos textos onde o passo inicial obter uma maior fidelidade do fato social e econmico, mediante a comprovao documental, a realidade interligada a teoria que nos aproxima da questo da excluso. A leitura dos textos permite alcanar o objetivo esboando o caminho a ser seguido, permitindo visualizar os acontecimentos e auxiliando na deliberao de quem pesquisa.Com a finalidade de relatar os problemas da educao inclusiva, tiveram-se como referncia diversos autores sobre este assunto. As informaes foram analisadas e confrontadas sob a viso de todos os autores atravs do posicionamento adotado em particular em relao ao tema objetivando observar a tendncia central nas ideias dos diferentes autores abordados. As interpretaes destes textos visaram responder os objetivos da pesquisa:

a) Questes de uma escola inclusiva sob uma perspectiva sociocultural de uma viso ideolgica;b) As dificuldades na fundamentao de um currculo adequado que contemplem as polticas inclusivas;c) Saber as diferenas entre educao inclusiva e educao especial.Na viso de acadmica-pesquisadora, a leitura e compreenso dos textos o instrumento de estudo que proporcionou uma orientao facilitadora do planejamento da pesquisa, formulando hipteses, levantando dados, realizando reflexes e interpretando anlises. Foi realizada uma coleta de dados em livros com o objetivo de analisar e levantar maiores detalhes sobre a educao inclusiva. A metodologia possibilitou recolher informaes importantes no sentido da legislao e situacional. Os dados utilizados neste trabalho so basicamente da leitura e cruzamento de informaes. O material incorporado com citaes relevante para atiar o interesse de quem l, foi coletado utilizando obras e registros citados em vrias obras didticas que permitiu a elaborao de um panorama mais fiel sobre os pareceres educacionais e sociais. A combinao e a anlise dos dados provenientes dessas fontes variadas permitem um esboo de comparao diferenciada do fato em si e suas conseqncias.

4 CONSIDERAES FINAIS

Neste estudo foram relacionadas as dimenses de culturas, polticas e prticas de incluso e excluso com as teorias curriculares. Entendo que esta anlise pode ser profcua para ambos os campos de conhecimento, e com o propsito de entendermos um pouco mais sobre a incluso e excluso no ensino.

Esta anlise tambm favoreceu lidar com as dimenses de culturas, polticas e prticas presentes nos processos de incluso em educao, na medida em que permite compreendermos fenmenos discriminatrios para uns, e ao mesmo tempo nada ofensivas ou excludentes para outros sujeitos que convivem em um mesmo contexto.

Nota-se que, na maioria das escolas, a incluso se limita em pr o estudante dentro da sala de aula, ou aprov-lo atravs da aprovao automtica sem desenvolver atividades que estimulem o seu desenvolvimento. Entendo que a vida escolar, se instala a partir da multiplicidade de valores, linguagens e oportunidades que constituem e so constitudos pelos diferentes indivduos que esto presentes na escola. Por isso a ambientao do deficiente com esse ambiente fundamental.

Ao concluir este estudo reconheo a necessidade de uma formao de base dos profissionais de educao que intervm junto dos estudantes com deficincias, e como importante estarmos abertos aos diferentes mtodos de comunicao, pois s assim ser possvel assegurar respostas de acordo com a especificidade de cada caso. Sobre os professores, na maioria, no esto preparados para lidar com as diferenas dentro da sala de aula, muito menos com o estudante que tem dificuldade de aprendizagem ou um ritmo diferente dos demais por no desenvolver o conhecimento de acordo com o sistema escolar.Alm disso, o docente no se mostra preocupado em ensinar ou tem a pacincia suficiente para esperar que o aluno aprenda. Nem se fala em criar mtodos diferenciados para ensinar esses estudantes. O professor, muitas vezes, v o aluno com dificuldade como se ele fosse anormal, justificando o diferente ritmo do estudante rotulando-o portador de algum problema cognitivo.

Pelas obras pesquisadas, verificou-se que a escola continua com o mesmo currculo, o padronizado, que trata seus alunos como iguais. Reconheo e defendo que o currculo deve abranger as dimenses para a compreenso dos processos de incluso, de culturas, polticas e de outras possibilidades que envolvem a diferena para alm de esteretipos. O tema a incluso do deficiente no ensino muito complexo, delicado e necessita de muitas reflexes e aes. A pesquisa aponta para alguns pontos onde percebemos que existem poucos profissionais atuantes na rea de educao especial, especificamente para o atendimento ao estudante.

O currculo de uma escola inclusiva deveria partir do contexto dos estudantes, de suas necessidades e dos professores. Este estudo deixa evidente a falta de capacitao, principalmente, De quem administra e que deveria estar orientando as aes da escola em prol da incluso dos alunos com deficincia. Percebi que quem administra as escolas pensa ser necessrio um currculo diferenciado para os alunos com deficincia e deixa claro seu desconhecimento acerca das atuais discusses em torno do currculo e da incluso. Percebi que a incluso no ambiente escolar exige do sistema educacional e dos nossos legisladores novos posicionamentos e propostas efetivas que implicam na valorizao do educador em termos de salrios, cursos de capacitao e a reestruturao do espao fsico. A incluso se concilia com uma educao para todos e com um ensino especializado, mas no se consegue implantar uma opo de insero to revolucionria sem enfrentar um desafio ainda maior o que recai o fator humano. Creio que a incluso possibilita a interao e a integrao dos estudantes especiais com os demais, pois a convivncia entre eles permite a ampliao de valores e o reconhecimento de que cada um tem suas particularidades, desenvolvendo uma percepo de igualdade. REFERNCIAS

ALMEIDA Ana R. A Emoo na Sala de aula. Ed. Pairos, 6 Edio, 2010.

AQUINO, J. G. O mal-estar na escola contempornea: erro e fracasso em questo. So Paulo: Summus, 2002.

BASTOS, M. B. Incluso escolar: incluso de professores? So Paulo: Casa do Psiclogo, 2010.

BEYER, H. O. A Educao Inclusiva: conceitos e prticas da educao especial. Revista Educao Especial. Braslia: 2008.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB). 9394/96.

CARVALHO, Rosita E. Educao Inclusiva: com os pingos nos is. 5. ed. Porto Alegre: Mediao, 2010.

FIGUEIREDO, R. V. Polticas de incluso: escola-gesto da aprendizagem na diversidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2009.

MANTOAN, Maria E. Incluso escolar: o que ? Por qu? Como fazer? 3. Ed. So Paulo: Moderna, 2010.

MOREIRA, L. C. Currculo em Educao Especial. 3. Ed. Curitiba, Editora da UFPR, 2009.

NAKAYAMA, M. A. Educao Inclusiva: Princpios e representaes. Faculdade de Educao, Universidade de So Paulo, USP, 2010.SILVA, Marlia da P. A Construo de sentidos do aluno surdo. So Paulo: Plexus, 2011.ESQUEMA 1: A TECNOLOGIA PARA A EDUCAO ESPECIAL

Fonte: De autoria da acadmica de acordo com MANTOAN (2010)

TECNOLOGIA NA CONSTRUO DO CONHECIMENTO

Alargar horizontes na sala de aula, aprender fazendo e melhorando capacidades intelectuais

Ritmar a aprendizagem na mesma turma e motivando o estudante a aprender utilizando um meio com que ele se identifica

Proporcionar ao aluno os conhecimentos tecnolgicos

Licenciada em Matemtica (Universidade do Sul de Santa Catarina UNISUL). Aluna do curso de Especializao em Educao Especial e Inclusiva Centro Universitrio Internacional (UNINTER).

Licenciado em Fsica (Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG), Especialista em Educao Especial (Instituo de Estudos Avanados e Ps-Graduao - ESAP), Mestre em Ensino de Cincias e Educao Matemtica (Universidade Federal do Paran - UFPR).