Ppp Fernanda Corrigido

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2 1. INTRODUÇÃO “O projeto da escola não começa de uma só vez, não nasce pronto. É muitas vezes, o ponto de chegada de um processo que se inicia com um pequeno grupo de professores com algumas propostas bem simples e que se amplia, ganhando corpo e consistência. Nesse trajeto, ao explicar propósito e situar obstáculos, os educadores vão estabelecendo relações apontando metas e objetivos comuns, vislumbrando pistas para melhorar a sua atuaçã’o”. Maria Alice Setúbal, 1994 Os múltiplos desafios que as sociedades contemporâneas enfrentam, as transformações científicas e tecnológicas, a necessidade de reorientação ético- valorativa, atribuem à escola imensas tarefas, não enquanto a única instância responsável pela formação dos sujeitos, mas como aquela que exerce uma prática educativa social organizada e planejada. A Escola Estadual de Canafístula tem consciência da sua função social, que vai muito além de uma visão reducionista de transmissão de conhecimentos. A escola oferece o Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Aprofundamentos de Estudos e Projeto Escola Viva Comunidade Ativa. É uma instituição formadora de cidadãos, por isso é importante o ato de planejar, refletir nossa ação, a organização do tempo e do espaço são essenciais para viabilizarmos nossas ações com maior produtividade e qualidade. Conforme a LDBEN n°9394/96, o P.P.P. (Projeto Político Pedagógico) da escola procura intervir na melhoria da aprendizagem dos alunos através de um planejamento coerente conforme os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais, CBC (Conteúdos Básicos Comuns) e CEALE (Centro de Alfabetização Leitura e Escrita), adequando a prática à realidade do aluno. Diante desse quadro, torna-se fundamental o resgate da identidade da escola; necessário se faz planejar previamente suas ações. Isso permitirá que os seus profissionais se tornem co-participantes desse processo de mudanças, tomem consciência de seu caminhar e contribuam de maneira significativa para o cumprimento da nossa “missão”. O referido documento foi elaborado para que seja executado no início do ano de 2013, sendo este flexível para possíveis mudanças que fizerem necessárias, mediante a aprovação da comunidade escolar.

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Educação

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    1. INTRODUO

    O projeto da escola no comea de uma s vez, no nasce pronto. muitas vezes, o ponto de chegada de um processo que se inicia com um pequeno grupo de professores com algumas propostas bem simples e que se amplia, ganhando corpo e consistncia. Nesse trajeto, ao explicar propsito e situar obstculos, os educadores vo estabelecendo relaes apontando metas e objetivos comuns, vislumbrando pistas para melhorar a sua atuao. Maria Alice Setbal, 1994

    Os mltiplos desafios que as sociedades contemporneas enfrentam, as

    transformaes cientficas e tecnolgicas, a necessidade de reorientao tico-

    valorativa, atribuem escola imensas tarefas, no enquanto a nica instncia

    responsvel pela formao dos sujeitos, mas como aquela que exerce uma prtica

    educativa social organizada e planejada.

    A Escola Estadual de Canafstula tem conscincia da sua funo social, que

    vai muito alm de uma viso reducionista de transmisso de conhecimentos. A

    escola oferece o Ensino Fundamental I e II, Ensino Mdio, Educao de Jovens e

    Adultos (EJA), Aprofundamentos de Estudos e Projeto Escola Viva Comunidade

    Ativa. uma instituio formadora de cidados, por isso importante o ato de

    planejar, refletir nossa ao, a organizao do tempo e do espao so essenciais

    para viabilizarmos nossas aes com maior produtividade e qualidade.

    Conforme a LDBEN n9394/96, o P.P.P. (Projeto Poltico Pedaggico) da

    escola procura intervir na melhoria da aprendizagem dos alunos atravs de um

    planejamento coerente conforme os PCNs (Parmetros Curriculares Nacionais, CBC

    (Contedos Bsicos Comuns) e CEALE (Centro de Alfabetizao Leitura e Escrita),

    adequando a prtica realidade do aluno.

    Diante desse quadro, torna-se fundamental o resgate da identidade da escola;

    necessrio se faz planejar previamente suas aes. Isso permitir que os seus

    profissionais se tornem co-participantes desse processo de mudanas, tomem

    conscincia de seu caminhar e contribuam de maneira significativa para o

    cumprimento da nossa misso.

    O referido documento foi elaborado para que seja executado no incio do ano

    de 2013, sendo este flexvel para possveis mudanas que fizerem necessrias,

    mediante a aprovao da comunidade escolar.

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    2. IDENTIFICAO DA ESCOLA ESCOLA ESTADUAL DE CANAFSTULA

    TIPOLOGIA: R040B2

    ENDEREO: Rua Srgio Pereira, 701 BAIRRO:Santa Cruz/CIDADE: Janaba -MG

    TELEFONE: (38) 3821-2179

    SUPERINTENDNCIA REGIONAL DE ENSINO DE JANABA

    ENTIDADE MANTENEDORA: Caixa Escolar de Canafstula

    C.G.C.: 19.123.777/0001-71

    DIRETORA: Arlinda Romana Santiago Barbosa MASP: 3457090

    VICE-DIRETORAS: Vany Mendes da Silva MASP: 595763-4

    Vnia Antunes dos Santos Oliveira MASP: 867.716-6

    MODALIDADES ATENDIDAS: Ensino Fundamental e Ensino Mdio

    EJA (Fundamental e Mdio)

    Projetos da SEE - Aprofundamentos de Estudos

    - Escola Viva Comunidade Ativa

    TURNOS DE FUNCIONAMENTO: Matutino 07h s 11h30min

    Vespertino 13h s 17h30min

    Noturno 19h s 22h20min

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    3. HISTRICO

    A Escola Estadual de Canafstula comeou a funcionar em casa adaptada e

    cedida pelo Sr. Joaquim Bispo de Oliveira, que foi o primeiro professor. Dois anos

    depois, Dona Zulma dos Anjos Medeiros, comeou a trabalhar, em junho de 1958,

    convocada pelo prefeito daquela poca, o Sr. Maurcio Augusto de Azevedo a

    pedido de um pai de aluno, o Sr. Tiburtino Medeiros. A escola na poca era

    chamada de Escola Dom Joo Pimenta, em homenagem ao Bispo de Montes

    Claros que prestava servios religiosos aqui.

    A escola funcionava junto igrejinha de Santa Cruz, numa casinha construda

    pelos moradores do lugar a fim de educarem seus filhos. A professora Zulma

    lecionava para 1, 2 e 3 sries, chegando at um total de 80 alunos na sala. Como

    no havia diretora ela era tambm coordenadora, ou seja, responsvel pelos papis

    da escola.

    Paralelamente com a regncia, exerceu o cargo de coordenadora no perodo

    de 1970 a 1975. Dona Zulma no tinha ainda feito o magistrio. A limpeza era

    mantida por ela e pelos alunos. Mais tarde, com esse total de alunos, passou

    tambm a trabalhar na regncia a Sr. Maria da Soledade dos Anjos.

    Em 1963, foi construda pela INEP (Instituto Nacional de Estudos e

    Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira) o prdio com duas salas de aula. Dona

    Zulma e Dona Maria da Soledade continuavam sendo professoras e serviais. Com

    a construo de uma cozinha na escola, foi convocada uma servial: Dona Venncia

    Mendes Medeiros.

    Anos depois o nome foi mudado para Escola Singular Antnio Carlos, em

    homenagem ao ilustre governador. Posteriormente, informados pela Secretaria de

    Estado da Educao de que o nome oficial era Escola Singular de Canafstula.

    Esse nome oriundo de uma planta que predominava na regio onde foi

    construda a 1 escola, nas proximidades da Barragem do Bico da Pedra e possua

    caractersticas especiais: copa frondosa e razes longas.

    A escola funcionava com a coordenao e orientao da Inspetora Municipal,

    a professora Maria Adelaide de Azevedo Bahia. Recebeu a atual denominao de

    Escola Estadual de Canafstula, pela Resoluo n 810/74, de 19/06/74, publicada

    no Minas Gerais de 06 de julho de 1974. Em 1975 a escola foi desapropriada pela

    CODEVASF, passando a funcionar em prdio alugado pelo Estado, na Avenida

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    Manoel Athade em frente casa do senhor Antnio Medeiros da Silva, sobre a

    coordenao de Maria Jos Alexandre, onde funcionava com 02 salas de aula,

    secretaria, cozinha e banheiro.

    Em 1976, o nmero de alunos aumentou, passando a funcionar mais 02 salas

    alugadas cujo aluguel era pago pelos professores.

    Mais tarde, foi feita a doao do terreno da atual escola, pelo Sr. Euzbio

    Rodrigues Medeiros. A construo foi conveniada pelos rgos: PDRI (Programa de

    Desenvolvimento Regional Integrado), CODEVASF (Companhia de

    Desenvolvimento dos Vales do So Francisco e do Parnaba), RURALMINAS

    (Fundao Rural Mineira) e SUDENOR (Superintendncia de Desenvolvimento do

    Norte de Minas) e foi inaugurada no ano de 1980. O prdio ento construdo era

    composto de 06 salas de aula, secretaria, cozinha, banheiro e uma rea coberta

    para recreao. Todos os mveis da escola eram de boa qualidade e foram

    repassados pela CODEVASF, pelo ento diretor da poca o Sr. Roberto Mauro

    Amaral.

    A senhora Maria Jos Alexandre esteve como coordenadora e professora no

    perodo de 1975 a setembro de 1978. Em 1 de outubro de 1978, ela foi oficializada

    como 1 diretora deste estabelecimento, atuando at 28 de junho de 1983.

    Em 29 de junho de 1983 foi passada a direo desta escola para a professora

    Lindaura Senhora da Silva, que atuou at janeiro de 1992. Neste perodo, o prdio

    foi ampliado com a construo de 03 salas de aulas no pavilho 03, foi feito o muro

    ao redor da escola, foi aumentado o ptio e construdo o palco. Ainda sobre esta

    direo, em 1991, foi criada a extenso de srie. Comeando gradativamente de 5

    a 8 srie.

    Em janeiro de 1992 a 08 de janeiro de 1997, a professora Maria de Ftima

    Silva esteve frente da direo desta escola. Neste perodo tambm foi ampliado o

    prdio, com a construo da biblioteca, sala para vdeo, gabinete odontolgico e

    barzinho.

    No dia 30 de janeiro de 1997, tomou posse como diretora a professora Arlinda

    Romana Santiago Barbosa. Na sua administrao, o prdio passou por reformas

    como: construo de dois banheiros, um escovdromo, mudana do porto, pintura

    das salas, e foram trocadas todas as portas das salas. Porm, a maior reforma desta

    escola aconteceu ainda na gesto desta diretora, no ano de 2005. Como toda a

    escola estava sendo reformada e por um perodo maior, houve a necessidade de

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    alugar, por alguns meses, um ambiente para que no houvesse prejuzo na carga

    horria dos alunos. A escola passou a funcionar provisoriamente em um galpo

    Av. Manoel Athade do incio letivo de 2005 at o dia 27/05/05, quando a escola foi

    reinaugurada. A escola passou a possuir: 12 salas de aula, 01 Laboratrio de

    Informtica, Secretaria, Sala da Direo, Cantina, Sala dos Professores, Sala do

    Servio Pedaggico e ptio. Foi construdo o 2 andar com rampa para acesso de

    deficientes fsicos. A diretora Arlinda geriu a escola at meados de julho de 2007.

    No dia 03 de julho de 2007, tomou posse a diretora Adelza Vieira de Souza,

    eleita pela comunidade escolar em eleies prprias ocorridas em abril do mesmo

    ano. Com a exonerao da diretora Adelza no meio do ano de 2009, tomou posse

    em 06 de junho de 2009 a diretora Geralda Alves dos Santos, eleita por aclamao

    do Colegiado, exercendo a funo at incio de maio de 2010. Nessa poca, a

    escola tinha 919 alunos e 86 funcionrios.

    Ainda em maio de 2010, a professora Selme Rosana Mendes Martins

    assumiu a direo e ficou at maio de 2011. Em seguida, especialmente no perodo

    de 05 de maio at 28 de junho, a escola ficou sem diretor e foi coordenada pela vice

    diretora Vnia Antunes.

    No dia 29 de junho de 2011, a professora Arlinda Romana Santiago Barbosa,

    aps processo eletivo, foi designada pela Secretria de Educao e assumiu at o

    dia 11 de janeiro de 2012. J em 12 de janeiro de 2012, a referida professora foi

    nomeada pelo governador Antnio Augusto Anastasia, onde coordena at os dias

    atuais. A escola atualmente possui 898 alunos e 89 funcionrios, efetivos,

    efetivados e designados

    A Escola Estadual de Canafstula analisando seus aspectos pedaggicos, em

    especial o desempenho dos alunos em relao leitura e escrita, deparou com uma

    situao alarmante e de grande preocupao por parte de todos: professores,

    especialistas e direo. Atravs das avaliaes diagnsticas e resultado das

    avaliaes externas, foi detectado que os alunos do Ensino Fundamental e Ensino

    Mdio no demonstraram ter adquirido as competncias e habilidades necessrias

    quanto a leitura e escrita. Na expectativa de melhorar a aprendizagem dos alunos, a

    equipe de especialistas juntamente com os professores diante de alternativas j

    postas em desenvolvimento, porm sem alcance de xitos, resolve mudar a

    estratgia (didticas metodolgicas) de trabalho para que possa atender as

    dificuldades detectadas. A escola desenvolve ainda, o Programa de Interveno

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    Pedaggica, no sentido de sanar tais dificuldades e ainda de preparar cada aluno

    afim de consolidar as capacidades no domnio da leitura e da escrita que constituem

    elementos bsicos e indispensveis na vida do ser humano. A escola utilizar no

    momento da enturmao o agrupamento ou reagrupamento de alunos como

    estratgia pedaggica para formao das turmas, de forma a beneficiar a

    aprendizagem de todos.

    O agrupamento de alunos ser feito no conselho de classe, sempre que houver

    necessidade, verificando as sugestes de todos os professores das turmas.

    As turmas sero assim organizadas:

    I - Por idade e nvel de escolarizao;

    II - Por grupos temporrios de alunos da mesma turma ou de turmas distintas,

    organizadas para o atendimento diferenciado ou atividades especficas.

    Em relao ao espao fsico, a escola bem iluminada, arejada, no possui

    quadra esportiva e necessitam de reforma, pintura e ampliao do prdio escolar,

    para implantar sala de recurso multifuncional para atender a clientela com

    necessidades educacionais especiais; construo de um auditrio, quadra esportiva

    coberta, sala de vdeo e data show, banheiros com portas alargadas e adaptadas

    de fcil acessibilidade. Tambm necessrio consertar pequenos reparos e fazer

    adequao da instalao eltrica e hidrulica.

    Alm desses dados da estrutura fsica, a escola tem 11 (onze) salas de aula,

    02 (dois) banheiros com reparties, sendo um masculino e um feminino para

    alunos; 04 (quatro) banheiros para funcionrios; 01 (uma) secretaria, 01(uma) sala

    de diretoria; 01 (uma) sala para professores; 01 (uma) sala para o servio

    pedaggico, 01 (almoxarifado); 01 (um) refeitrio, 01 (uma) cantina; 01 (um) ptio

    com piso, 01 (um) laboratrio de informtica; 01 (uma) biblioteca; 01 (Um) ptio no

    fundo da escola sem piso ; 01 (um) ptio sem cobertura para realizao das aulas

    de educao fsica e outras atividades se for necessrio..

    Quanto aos aspectos materiais a escola dispe de armrios, mesas,

    cadeiras, carteiras, geladeira, freezer, fogo, forno semi industrial, liquidificador,

    mquina de fotografar e filmar, prateleiras, bebedouros, ar condicionado, mquina

    de Xerox, impressoras, caixa de som amplificada, aparelho de som, microsistem,

    televiso, aparelhos de DVD, microfones, computadores, notebook, tela de projeo,

    data show, ventiladores, congelador, baldes grandes e mdios, botijes de gs,

    escada, antena parablica, etc.O mobilirio, equipamentos e recursos materiais so

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    especificados as, quantidades nas notas fiscais, com inclumos tambm a merenda

    escolar que oriunda do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE,

    autarquia vinculada ao Ministrio da Educao, o responsvel pela normatizao,

    assistncia financeira, cooperao tcnica e fiscalizao da execuo do programa,

    para aquisio de gneros alimentcios destinados a merenda escolar beneficiando

    todos os alunos.

    O montante dos recursos financeiros a ser repassado ser calculado com

    base no nmero de alunos devidamente matriculados na escola e por ela mantida

    utilizando-se para esse fim os dados oficiais de matrculas obtidos no censo escolar.

    A escola tem autonomia para administrar o dinheiro repassado pelo FNDE, de

    melhorar o cardpio escolar em parceria com o Colegiado Escolar, adaptar o mesmo

    conforme os costumes da regionalidade e da quantia per capita recebida por alunos.

    A entidade Executora no pode gastar os recursos do programa com qualquer

    tipo de gnero alimentcio. Dever adquirir os alimentos definidos nos cardpios do

    programa de alimentao escolar e os que foram definidos junto ao Colegiado

    Escolar, respeitando os hbitos alimentares de cada localidade , e a quantia de 30%

    que destinada na aquisio de produtos da agricultura familiar, e 70% que

    destinada a aquisio de demais fornecedores.

    A escola dever zelar pela qualidade dos produtos e armazenamento dos

    gneros alimentcios, receber e analisar a prestao de contas junto ao Colegiado

    Escolar, comunicar a entidade a ocorrncia de irregularidades em relao aos

    alimentos como: vencimento de prazo de validade, deteriorizao desvio, furtos etc,

    para que sejam tomadas as devidas providncias.

    Temos clareza que o Projeto Poltico-Pedaggico um processo contnuo,

    coletivo e que se renova, se refaz e se reestrutura de acordo com as exigncias da

    realidade em que a escola se insere. Exige uma reavaliao constante para tomada

    de decises acerca das alteraes necessrias para enfrentar os desafios que se

    apresentam.

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    4. PRINCPIOS, MISSO E VISO DA ESCOLA

    A escola enquanto instituio formativa deve decidir por seus rumos e

    questionar constantemente sua funo, adotaro, como norteadores de suas aes

    pedaggicas, os seguintes princpios:

    I - ticos: de justia, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito dignidade

    da pessoa humana e de compromisso com a promoo do bem de todos,

    contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestaes de preconceito de

    origem, gnero, etnia, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminao;

    II - Polticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao

    bem comum e preservao do regime democrtico e dos recursos ambientais; da

    busca da equidade e da exigncia de diversidade de tratamento para assegurar a

    igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades;

    III - Estticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do

    enriquecimento das formas de expresso e do exerccio da criatividade; da

    valorizao das diferentes manifestaes culturais, especialmente, a da cultura

    mineira e da construo de identidades plurais e solidrias.

    Na Educao Bsica, as dimenses inseparveis do educar e do cuidar

    devero ser consideradas no desenvolvimento das aes pedaggicas, buscando

    recuperar, para a funo social desse nvel da educao, a sua centralidade, que o

    educando.Uma escola que no consegue decidir por um projeto educacional,

    caminha sem direo e tem poucas chances de contribuir para a cidadania,

    atendendo aos anseios contemporneos e ao desenvolvimento pleno das atuais e

    futuras geraes.

    A educao preconizada no Projeto Poltico Pedaggico de nossa escola,

    fundamenta-se no princpio de ofertar um modelo de educao que d conta de

    contribuir para a formao de cidados conscientes do seu papel na sociedade,

    atravs da construo, disseminao do conhecimento e (re) leitura de mundo, num

    processo contnuo de aprendizado e envolvendo professores, alunos, funcionrios e

    toda a comunidade.

    O ensino desta Unidade Escolar ser ministrado com base nos seguintes

    princpios:

    I. Igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;

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    II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,

    a arte e o saber;

    III. Pluralismo de idias e de concepo pedaggicas;

    IV. Respeito liberdade e apreo tolerncia;

    V. Coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino;

    VI. Gratuidade do ensino pblico em estabelecimentos oficiais; valorizao do

    profissional da educao escolar;

    VII. Gesto democrtica do ensino pblico, na forma de Lei de Diretrizes e Bases

    da Educao;

    VIII. Garantia de padro de qualidade;

    IX. Valorizao da experincia extra-escolar;

    X. Vinculao entre educao escolar, o trabalho e as prticas sociais.

    Enquanto instituio educativa temos a misso de oferecer um ensino de

    qualidade a seus alunos, para que sejam capazes de tornar cidados crticos,

    participativos e transformadores do seu meio social, considerando a equidade de

    oportunidades a todos os alunos.

    O marco referencial de nosso projeto tem como viso formao de

    indivduos capazes de gerir seu aprendizado com autonomia e que utilizem o

    patrimnio pblico como um bem pertencente a todos, exercitando-se assim a

    cidadania.

    A proposta que ora apresentada, prioriza a oferta de um modelo de

    educao que contribua para a reflexo, ao e construo de uma nova realidade

    social. Enfatiza tambm a intencionalidade da realizao de um desafio: promover

    aes educativas, no sentido de desvelar as causas da excluso, de possibilitar a

    vivncia de prticas inclusivas, tanto no que se refere ao conhecimento que

    trabalhado, quanto nas formas de participao no espao escolar.

    O referencial pedaggico baseia-se na resoluo de problemas, no dilogo e

    na reflexo conjunta, tanto no que se refere ao contedo programtico quanto ao

    andamento da Unidade Escolar.

    Nossa proposta sustenta a necessidade de: desenvolver as competncias e

    habilidades bsicas a cada nvel de ensino; elaborao e execuo de trabalhos,

    com a viso de sanar as dificuldades encontradas pelos alunos, professores e

    demais funcionrios, garantindo assim aquisio de conhecimentos e ampliao do

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    repertrio cultural dos alunos e bom desempenho de todos nos seus devidos papis

    na construo de uma escola ideal.

    Nossas prticas buscam sempre a implantao do trabalho coletivo,

    desenvolvendo com coerncia e aprimorando nossas aes pedaggicas atravs da

    incorporao de novas teorias e prticas educativas.

    Portanto, sentimos a necessidade de empreender proposta de trabalho com

    qualidade, a qual possa ofertar subsdios para vencer as barreiras e entraves que

    inviabilizam a construo de uma escola pblica que eduque de fato para o exerccio

    pleno da cidadania e seja instrumento real de transformao social. Espao em que

    se aprenda a aprender, a conviver e a ser com e para os outros.

    5. FILOSOFIA DA ESCOLA

    As novas formas tem que ser pensadas em um contexto de luta, de correlaes de foras - s vezes favorveis, s vezes, desfavorveis. Tero que nascer no prprio cho da escola com apoio dos professores e pesquisadores"

    (FREITAS, 1991).

    O perfil que vai se desenhando sobre o ensino para compreenso assume uma

    posio relativista que nos leva a sustentar que h muitas vias para o pensamento

    complexo, assim como h muitos tipos de pensadores complexos que organizam a

    realidade de maneira vlida para compreend-la. Tambm nos conduz a considerar

    a sala de aula como um cenrio com uma cultura prpria, mas, no nica. Cultura

    que se vai definindo mediante as diferentes formas do discurso que se desenvolve e

    se encenam nas situaes de ensino.

    Os problemas para aprender e pensar no so considerados como produto de

    certas aptides e de inescrutveis processos cognitivos e sim como complexas

    interaes entre personalidades, interesses, contextos sociais, culturas e

    experincias de vida.

    Entendemos que o desafio de repensar a escola est centrado na perspectiva

    relacional do saber que supe ensinar a questionar toda forma de pensamento, uma

    vez que o aluno venha expor suas ideias, viso crtica como tambm refletir na

    realidade, baseadas em verdades estveis e objetivas.

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    Diante desse panorama, a filosofia que direciona os trabalhos na Escola

    Estadual de Canafstula est centrada na finalidade de formar indivduos com uma

    viso global da realidade, vinculando a aprendizagem a situaes e problemas reais,

    partindo da pluralidade e da diversidade, a fim de preparar para aprender por toda a

    vida.

    6. OBJETIVOS E FINALIDADES DA EDUCAO

    6.1 Objetivos do Ensino Fundamental

    Compreender a cidadania como participao social e poltica, assim como

    exerccio de direitos e deveres polticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-

    dia, atitudes de solidariedade, cooperao e repdio s injustias, respeitando

    o outro para si o mesmo respeito;

    Posicionar-se de maneira crtica, responsvel e construtiva nas diferentes

    situaes sociais, utilizando o dilogo como forma de mediar conflitos e de

    tornar decises coletivas;

    Conhecer caractersticas fundamentais do mundo, do Brasil, do municpio em

    que vive, nas dimenses sociais, materiais e culturais como meio para

    construir progressivamente a noo de identidade nacional e pessoal e o

    sentimento de pertinncia ao Pas;

    Conhecer a valorizar a pluralidade do patrimnio sociocultural brasileiro, bem

    como aspectos socioculturais de outros povos e naes, posicionando-se

    contra qualquer discriminao baseada em diferenas culturais, de classe

    social, de crenas, de sexo, de etnia ou outras caractersticas individuais e

    sociais;

    Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,

    identificando seus elementos e as interaes entre eles, contribuindo

    ativamente para a melhoria do meio ambiente;

    Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de

    confiana em suas capacidades afetiva, fsica, cognitiva, tica, esttica, de

    inter-relao pessoal e de insero social, para agir com perseverana na

    busca de conhecimento e no exerccio da cidadania;

  • 13

    Conhecer e cuidar do prprio corpo,valorizando e adotando hbitos

    saudveis como um dos aspectos bsicos da qualidade de vida e agindo com

    responsabilidade em relao sua sade e sade coletiva;

    Utilizar as diferentes linguagens verbais, matemtica, grfica, plstica e

    corporal como meio de produzir, expressar e comunicar suas idias,

    interpretar e usufruir das produes culturais, em contextos pblicos e

    privados, atendendo a diferentes intenes e situaes de comunicao;

    Saber utilizar fontes de informao e recursos tecnolgicos para adquirir e

    construir conhecimentos;

    Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolv-los,

    utilizando para isso o pensamento lgico, a criatividade, a intuio, a

    capacidade de anlise crtica, selecionando procedimentos e verificando sua

    adequao;

    Desenvolver a capacidade de apreender, tendo como meios bsicos o pleno

    domnio da leitura, escrita e do clculo;

    Compreender a vida escolar como integrada ao sistema poltico/social,

    utilizando e aplicando os conhecimentos adquiridos na construo de uma

    sociedade democrtica e solidria;

    Valorizar e empregar o dilogo como forma de esclarecer conflitos e tomar

    decises coletivas;

    Conhecer caractersticas fundamentais do Brasil nas dimenses sociais,

    materiais e culturais, construindo a noo de identidade nacional;

    Propiciar as condies para o jovem construir uma imagem positiva de si, o

    respeito prprio traduzido pela confiana em sua capacidade de escolher e

    realizar seu projeto de vida e pelos valores perenes, consciente de seus

    direitos e deveres;

    Atuar de forma solidria em situaes cotidianas (em casa, na escola, na

    comunidade local) e em situaes especiais;

    Conhecer e compreender, as noes bsicas relacionadas preservao do

    meio ambiente;

    Perceber, apreciar e valorizar a diversidade scio-cultural, adotando posturas

    de respeito pelos diferentes aspectos e formas do patrimnio natural, tnico e

    cultural;

  • 14

    Compreender que a condio de sade produzida nas relaes com o meio

    fsico, econmico e scio-cultural;

    Saber utilizar diferentes fontes de informaes e recursos tecnolgicos para

    adquirir e construir conhecimentos;

    Utilizar diferentes linguagens verbais, matemticas, grficas, plsticas,

    corporais como meio para expressar e comunicar suas idias, interpretar e

    usufruir as produes da cultura;

    Conhecer a diversidade do patrimnio tnico-cultural brasileiro, tendo atitude

    de respeito para com as pessoas e grupos que a compem, reconhecendo a

    diversidade cultural como um direito dos povos e dos indivduos e elemento

    de fortalecimento da democracia;

    Fortalecer os vnculos de famlia, dos laos de solidariedade humana e de

    tolerncia recproca em que se assenta a vida social.

    A escola dever aplicar a interdisciplinaridade envolvendo todas as reas do

    conhecimento, incluindo os temas transversais, sugeridos nos Parmetros

    Curriculares Nacionais.

    6.2 Objetivos do Ensino Mdio

    O ensino mdio, etapa final da educao bsica, com durao mnima de trs

    anos, ter como finalidades:

    I - a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

    ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

    II - a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para

    continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a

    novas condies de ocupao ou aperfeioamento posteriores;

    III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

    formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

    pensamento crtico;

    IV - a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos

    produtivos, relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina.

    6.3 Objetivos da Educao de Jovens e Adultos

  • 15

    A educao de jovens e adultos ser destinada queles que no tiveram

    acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e mdio na idade prpria.

    Os sistemas de ensino asseguraro gratuitamente aos jovens e aos adultos, que

    no puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais

    apropriadas, consideradas as caractersticas do alunado, seus interesses, condies

    de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. O Poder Pblico viabilizar e

    estimular o acesso e a permanncia do trabalhador na escola, mediante aes

    integradas e complementares entre si. A educao de jovens e adultos dever

    articular-se, preferencialmente, com a educao profissional, na forma do

    regulamento.

    Os sistemas de ensino mantero cursos e exames supletivos, que

    compreendero a base nacional comum do currculo, habilitando ao prosseguimento

    de estudos em carter regular.

    Os exames a que se refere este artigo realizar-se-o:

    I - no nvel de concluso do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;

    II - no nvel de concluso do ensino mdio, para os maiores de dezoito anos.

    Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios

    informais sero aferidos e reconhecidos mediante exames.

    6.4 Aprofundamentos de Estudos

    A Escola Estadual de Canafstula tem a oportunidade de desenvolver o

    projeto de Aprofundamento de Estudos, iniciativa da Secretaria de Estado de

    Educao (SEE) que auxilia estudantes do ensino mdio a ingressarem no ensino

    superior.

    O projeto tem a finalidade de melhorar os indicadores de proficincia do

    ensino mdio, bem como ampliar a taxa de concluso, reduzindo as taxas de

    repetncia e evaso, possibilitando o incentivo ao hbito de estudo, no contra turno,

    para melhorar a participao e o rendimento dos alunos em sala de aula; alm de

    preparar para o ENEM, exames vestibulares, concursos ou processos de seleo.

    A preparao das aulas para o Aprofundamento de Estudos devero tomar

    como base a Matriz de Referncia do Enem.

  • 16

    A escola oferece o Aprofundamento de Estudos desde 2011 e atende 60

    alunos do Ensino Mdio, com os componentes curriculares: Lngua Portuguesa,

    Matemtica, Biologia e Qumica.

  • 17

    6.5 Projeto Abrindo Espaos (Escola Viva Comunidade Ativa)

    O Projeto Abrindo Espaos, um subprojeto do Escola Viva Comunidade

    Ativa, tem como objetivo abrir a escola aos finais de semana para desenvolver

    oficinas oferecidas por voluntrios para toda a comunidade Escolar. Funcionam duas

    oficinas: Esporte (Artes Marciais Karat) que funcionam todos os sbados de 8h

    s 10h e de Jogos e Brincadeiras, quinzenalmente de 8h s 10h.

    7. OBJETIVOS E METAS DA ESCOLA

    7.1 META

    Melhorar 70% o processo de ensino-aprendizagem, como tambm os

    resultados das avaliaes externas e internas.

    7.2 OBJETIVOS

    7.2.1 Objetivo geral

    Orientar, coordenar e avaliar a implantao e implementao das aes

    educacionais em consonncia com as polticas pblicas, proporcionando escola

    condies para conquistar sua autonomia, atravs de uma ao participativa e

    integrada, buscando ensino de qualidade que vise formao do educando crtico,

    reflexivo e capaz de agir na transformao da sociedade.

    7.2.2 Objetivos especficos

    Trabalhar com os alunos valores ticos e morais que o prepare para o

    exerccio pleno da cidadania;

    Incentivar o hbito de leitura;

    Intensificar o trabalho na sala de aula, com questes contextualizadas

    conforme as avaliaes externas;

  • 18

    Conscientizar pais e alunos sobre a importncia do acompanhamento da vida

    escolar do aluno;

    Promover aperfeioamento tcnico-pedaggico dos profissionais de ensino;

    Difundir o gosto pela cincia, estimulando a busca pela pesquisa;

    Incentivar os professores e demais funcionrios da escola, a desenvolver o

    trabalho com qualidade;

    Articular a integrao escola/famlia/comunidade.

    8. FUNDAMENTAO PEDAGGICA

    O Projeto Poltico - Pedaggico de toda escola, deve ser inicialmente

    entendido como um processo de mudana e de preocupao com a aprendizagem

    escolar, que estabelece princpios, diretrizes e propostas de ao para melhor

    organizar, sistematizar, significar e ressignificar as atividades as atividades

    desenvolvidas pela escola como um todo.

    Sua dimenso poltico pedaggica pressupe uma construo participativa

    que envolve ativamente os diversos segmentos escolares e da sociedade. Dimenso

    esta que se caracteriza como um dos eixos de trabalho proposto pela nossa escola.

    Ao desenvolver o Projeto Poltico Pedaggico, as pessoas re-significam suas

    experincias, refletem suas prticas, resgatam, reafirmam e atualizam valores,

    demonstram saberes, do sentido aos projetos, estabelecem novas relaes de

    convivncia e indicam horizontes e novos caminhos par mudar a prpria proposta da

    escola, em prol de melhoria do processo do ensino-aprendizagem. O Projeto Poltico

    Pedaggico proposto pela nossa instituio pretende possibilitar e introduzir

    mudanas planejadas e compartilhadas coletivamente, pressupondo um

    compromisso com a aprendizagem do aluno e com preparo para a cidadania.

    Apresenta tambm como referncia envolver todos os atores desse processo numa

    construo coletiva, nos valores, princpios e crenas. O Projeto Poltico est

    fundamentado numa metodologia participativa, crtica e com aprendizagem

    significativa. Todo o conhecimento deve ser questionado com interesse pelas

    mltiplas dimenses do saber, valorizao da aprendizagem e da produo de

    conhecimentos.

  • 19

    Nos trs turnos so aplicadas avaliaes diagnsticas para todos os alunos,

    que consiste no acompanhamento e desenvolvimento, verificando o que foi

    aprendido, planejando aes aes futuras para possivelmente sanar as

    dificuldades . As avaliaes devem ser: diagnsticas, democrticas, inclusivas e

    formativas, em busca da excelncia na educao. A perspectiva pedaggica

    adotada pela nossa escola tem compromisso relevante capaz de reavaliar

    constantemente a prpria prtica, refletindo criticamente a respeito dos resultados

    nas avaliaes, uma vez que as turmas formam formadas totalmente mistas em

    relao a aprendizagem e no eixo comportamental.

    No momento dessas anlises da realidade escolar, da construo do Projeto

    Poltico Pedaggico, preciso identificar as fragilidades existentes e as

    potencialidades da escola, como definir os objetivos e metas que deve resultar da

    identificao das necessidades e expectativas da comunidade escolar. De acordo

    com as informaes citadas acima, identificamos alguns dados nos dois segmentos

    abaixo:

    8.1 Segmento de aluno

    Tratando-se dos problemas citados anteriormente, observa-se que temos

    alunos que apresentam distoro idade/ano de escolaridade, dificuldades no ensino-

    aprendizagem, como na leitura, escrita, clculos matemticos e raciocnio lgico. As

    aspiraes dos alunos sobre o professor e suas aulas caracterizam-se pela nsia

    dos mesmos em terem professores que dominem os contedos, e que estes sejam

    explicados com clareza e objetividade.

    8.2 Segmento de professores

    Observa-se que os professores em quase a sua totalidade apontam de forma

    unnime a realizao do planejamento, desenvolvendo aes escolares de forma

    participativa com envolvimento do Conselho de classe Escolar, professores e a

    comunidade escolar. Em relao as dificuldades de aprendizagem dos alunos, os

    professores trabalham com o Plano de Interveno Pedaggica em prol da melhoria

    no aproveitamento escolar e nas competncias que devem ser consolidadas em

    cada ano de escolaridade.

  • 20

    No difcil entendermos a escola como uma organizao cujo sentido se

    encontra na necessidade de preparar os indivduos para o desempenho de papis

    sociais. O seu papel difundir a sabedoria e esta necessrio para o

    funcionamento da sociedade. Reduz a ignorncia e, por isso, permite que os

    indivduos tenham uma conduta esclarecida. Assegura o ajustamento profissional,

    pois qualquer profisso requer uma quantidade considervel de conhecimentos

    (LOBROT, 1992).

    Deveremos entender que a escola o conjunto a ser gerida por professores

    que so fundamentais no processo educativo.

    A cultura escolar criada e recriada pelo professor, atravs de aplicao

    diversa, prpria, de um currculo formal que o seu hbito profissional transforma nas

    verdadeiras aprendizagens: O currculo real. Da sua interao social resulta a

    construo de uma escola que, fundada no conhecimento das realidades individuais

    do ser social, das circunstncias educativas e dos meios convenientes, promova a

    possibilidade de transmisso de valores humanos s geraes futuras e a incluso

    dos atores num mundo social gratificante.

    8.3 Concepo de Educao

    O que educao? O que o processo ensino-aprendizagem? Como se

    aprende?

    Educao engloba ensinar e aprender. A educao tem nos seus objetivos

    fundamentais a passagem da cultura de gerao para gerao.

    Aprender como se aprende tambm tarefa do professor. O professor que

    ensina precisa aprender como as pessoas aprendem, para que possa decidir o que

    ensinar e como ensinar. Mas, antes de tomar essas decises, preciso ter em

    mente algumas consideraes sobre o ensinar e o aprender.

    O ensinar vai alm da boa vontade do professor ou do seu grande

    conhecimento tcnico. E o aprender exige do aluno muito mais do que a vontade

    de... ou a necessidade de. Tanto quem ensina quanto quem aprende tem

    responsabilidades no processo ensino-aprendizagem.

    Ao professor cabe a responsabilidade no s de transmitir conhecimentos,

    como tambm de facilitar o processo de aprendizagem. Experincias mostram que

    se o professor ensina, o aluno aprende (logicamente, desde que atendidas as

  • 21

    condies bsicas para que a aprendizagem ocorra: o aluno aprender; domnio dos

    pr requisitos e planejamento criterioso dos eventos que sero desenvolvidos em

    situao de ensino).

    Quando o aluno no aprende, no devemos trabalhar com acusaes

    Improdutivas, e os resultados previstos no foram atingidos, algo no ocorreu como

    deveria ou da parte do aluno ou do professor ou de ambos. O importante identificar

    o que deve ser replanejado para que os resultados se tornem satisfatrios para

    todos. O que fazer para facilitar a aprendizagem do aluno? A est um dos grandes

    desafios para o professor. Uma das causas que tem levado a educao a resultados

    aqum do esperado que o professor, com freqncia, privilegia o contedo que

    deseja transmitir e no a aprendizagem.

    A preocupao primordial do professor deve ser com os resultados que

    deseja obter com aquela situao de ensino. S a partir da, que ele deve

    determinar as estratgias para proporcionar a aprendizagem e avaliar se a mesma

    est correndo. A escola necessita de professores que estejam preocupados em

    proporcionar mudanas de desempenho. Devemos agir como prope o processo

    ensino-aprendizagem: o ensinar e o aprender devem ser trabalhados em conjunto,

    isto , professor e aluno trabalhando para alcanar os resultados esperados.

    Aprender uma construo que envolve toda a atividade do ser humano: biolgica,

    psicolgica, social e cultural, nos seus mltiplos aspectos.

    A Aprendizagem uma ao dinmica que se estabelece entre um

    conhecimento j apreendido de um novo conhecimento a adquirir, que ao passar

    atravs de processos conscientes e inconscientes do nosso psiquismo torna

    possvel a criao de um esquema mental que serve de suporte a toda essa

    atividade.

    8.4 Proposta Pedaggica

    Segundo as orientaes advindas das Diretrizes Curriculares Nacionais para

    o Ensino Fundamental e Ensino Mdio que tem como marco a presena da teoria

    histrico-cultural, a E. E. de Canafstula busca hoje num processo de discusso

    constante com seus professores estabelecer parmetros para uma prtica

    pedaggica, alcanando assim ao longo do tempo a sua identidade no campo das

    relaes entre ensino e aprendizagem.

  • 22

    Considerando a importncia do contexto vivenciado pelos alunos, os

    professores so orientados a ousarem na sua prtica educativa dando nfase

    contextualizao e a interdisciplinaridade e o respeito individualidade, procurando

    atender as diversidades de forma a colaborar para que este sujeito se torne crtico e

    transformador da sociedade em que est inserido.

    Aqui se valoriza o trabalho do professor em sala de aula na perspectiva do

    desenvolvimento no aluno, de habilidades e competncias necessrias para a

    aquisio de uma aprendizagem significativa e para a humanizao dos indivduos,

    proporcionando um ambiente adequado aos alunos, inclusive os portadores de

    necessidades especiais. Vale ressaltar que nesse processo de transformao e de

    busca de identidade, a diversidade de professores gera naturalmente uma

    diversidade de concepes, sendo assim, percebe-se uma transio entre a

    concepo tradicional e aquelas em que o professor no considerado o dono do

    saber, mas que trabalha numa perspectiva de troca de experincias e de aquisio

    de aprendizagens. Sem dvidas esse processo de transformao, de busca do

    novo, muitas vezes se torna rduo em funo da resistncia de alguns, porm o

    trabalho realizado junto aos mesmos para que alcancemos um ponto comum, que

    atenda concepo adotada pela maioria dos nossos professores seguindo assim

    as orientaes advindas das diretrizes curriculares, que defende a idia de um

    currculo que seja vivenciado na escola de acordo com a realidade e as

    necessidades dos alunos.

    Partindo da concepo acima mencionada em que o sujeito adquire novos

    conhecimentos na troca de experincias com o outro, os professores da escola tm

    utilizado metodologias, em sala, que permitam efetivar essa proposta do

    desenvolvimento nos alunos da aprendizagem significativa dos contedos. Para que

    isso ocorra a direo tem buscado atender as necessidades dos professores e

    procurado adquirir os materiais didtico/pedaggicos necessrios para que os

    mesmos consigam por em prtica suas aes conforme foram estruturadas em seus

    planejamentos. As principais estratgias utilizadas pelos professores para o alcance

    do desenvolvimento das abordagens de ensino, que tem como referencial a

    contextualizao e a interdisciplinaridade so; aula expositiva dialogada, seminrios,

    estudo do meio, desenvolvimento de projetos, jogos, debates, simulao, trabalho

    em grupo, aulas experimentais e pesquisas em internet, livros, revistas e jornais

    dentre outras.

  • 23

    Como a sala de aula e a prpria aula no so uniformes devido ao fato de que

    cada sala constitui um cenrio educacional diferente, o professor utilizar de formas

    diferenciadas de trabalho para alcanar os objetivos propostos no seu planejamento.

    O importante aqui que no se perca de vista a relao ntima que existe

    entre as categorias objetivo/contedo/mtodo/avaliao no desenvolvimento do

    processo de ensino e aprendizagens dos contedos de todas as reas do

    conhecimento.

    Como nossa proposta pedaggica considera alguns valores imprescindveis,

    como o direito educao e conscincia de que todos os alunos so capazes de

    aprender, estabelecemos como metas a atingir nos prximos dois anos:

    - A reduo das taxas de evaso e repetncia;

    - A implementao de uma proposta curricular com novos recortes de abordagens

    de contedos e prticas docentes que assumam as aprendizagens especficas de

    cada rea e as aprendizagens ligadas leitura e escrita, como compromisso de

    todos;

    - A ampliao dos espaos de discusso coletiva.

    8.5 Atendendo as Diversidades e Necessidades Especiais

    Na busca pelo alcance da insero desta instituio de Ensino nos

    apontamentos legais pela LDB 9394/96, no que se refere a uma educao na

    perspectiva da incluso e da diversidade, a filosofia aqui adotada aquela que

    contempla a escola como um espao para todos com a presena marcante da

    heterogeneidade que revela princpios, atitudes, culturas e formao diferenciadas,

    criando as relaes interpessoais que tanto enriquecem e contribuem para o

    desenvolvimento da aprendizagem e aquisio de cultura entre professores e

    alunos. Quanto incluso, a proposta maior buscar adaptar as estruturas de

    natureza fsica, humana e pedaggica oferecidas pela escola aos anseios dos

    alunos que apresentam algum tipo de necessidade especial, propiciando assim uma

    relao tranqila e harmoniosa no processo educativo. Sendo assim, na medida do

    possvel procuramos atend-los dentro das nossas possibilidades sempre primando

    pela valorizao humana do educando. Quanto questo da diversidade o objetivo

    promover situaes variadas em que o convvio na sala de aula e nos espaos

    distintos da escola possa despertar nos alunos, professores, funcionrios e

  • 24

    comunidade em geral o respeito pelas diferenas. O corpo docente e administrativo

    constantemente estimulado a estar em processo contnuo de formao para que

    possam aprender a lidar com essas questes que se fazem presentes no cotidiano

    da vida escolar, enriquecendo e criando espaos para discusses que visem

    alcanar o melhor resultado na aprendizagem no decorrer do ano letivo.

    9. CURRCULO

    9.1 FUNDAMENTAO TERICA

    Partindo do pressuposto que a educao um processo dinmico-dialgico

    e que a escola um espao que dever proporcionar desafios que levem o aluno a

    ampliar e construir seu conhecimento, interagindo com o meio, influindo e usufruindo

    dele, e o de contribuir para a efetivao dos quatro pilares da educao, o de

    aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver, a E. E.

    De Canafstula, prope os referenciais de currculo para o ensino do 4 ano ao 9

    ano do Ensino Fundamental, o Ensino Mdio na modalidade regular e Educao de

    Jovens e adultos (EJA). Preocupados com as transformaes do mundo atual e o de

    assegurar uma educao inclusiva em que todas as crianas, adolescentes, jovens

    e adultos, com dificuldades ou no de aprendizagem, prope-se tambm uma

    reflexo inicial para um redirecionamento de estratgias, oferecendo-Ihes qualidade

    de ensino a que tem direito. Sendo necessrio oportunizar-Ihes prticas escolares

    planejadas e o de apropriarem contedos sociais e culturais essenciais ao

    desenvolvimento.

    Nesse sentido, a escola adotou uma concepo de currculo amplo, flexvel,

    direcionada e coerente com a realidade em que se vive e atendendo ao disposto no

    CBC - Componente Curricular Obrigatrio da Educao Bsica.

    importante considerar o aluno como centro da ao pedaggica, um ser do

    seu ambiente scio-cultural, uma relao com a vida; uma vez que o aluno quando

    chega escola, j traz consigo conhecimentos extra-escolares, habilidades e

    vivncias. Este saber que compe a realidade do discente precisa e deve ser

    respeitado por todos os educadores, porque a partir dessas experincias que iro

    construir, elaborar conceitos e reconstruir a realidade.

  • 25

    Contudo, a escola adotou um currculo voltado para a identificao do prprio

    aluno, do seu meio social, fsico e cultural. Um currculo que represente uma

    seqncia de conhecimentos significativos para a vida presente, do local para o

    universal, desenvolvendo habilidades, fornecendo princpios e diretrizes que possam

    ser teis vida futura do indivduo. Evidenciando assim oportunidades de integrao

    e correlao dos conhecimentos para que o discente possa promover a aplicao do

    conhecimento adquirido na vida prtica.

    luz dessa fundamentao estruturou-se o projeto pedaggico apresentando

    os pontos principais que nortearo a prtica do Ensino Fundamental e Ensino Mdio.

    Vale ressaltar que o programa utilizado est baseado no Centro de

    Alfabetizao, Leitura e Escrita (CEALE), Parmetros Curriculares Nacionais

    (PCNs), Contedos Bsicos Comuns (CBC), em consonncia com a legislao

    emanada da Secretaria de Estado da Educao, buscando adaptar a necessidade

    dos alunos e ensejo da comunidade escolar. As rea de conhecimento e disciplinas

    a serem trabalhadas esto especificadas no regimento escolar e plano curricular da

    escola.

    9.2 Proposta curricular

    A escola observa a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional

    LDBEN, n 9394/96 que, em seu artigo 26, reza que os currculos do Ensino

    Fundamental e Mdio devem ter uma base nacional comum a ser complementada

    em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada,

    exigida pelas caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da

    economia e da clientela.

    Assim sendo, dentro da filosofia escolar, o processo ensino aprendizagem

    tem nfase prioritria e assume compromisso de formao de seres humanos aliado

    transformao da sociedade, respeitando a diversidade cultural presente na

    escola. Visa construo de uma proposta pedaggica fundamentada em aes

    interdisciplinares que articulem o conhecimento cientifico e os saberes locais dos

    sujeitos, propondo uma aprendizagem significativa para todos.

  • 26

    Nesse contexto, os componentes curriculares integram-se, compondo uma

    poltica educacional interativa que prev uma relao multidisciplinar na forma de

    parcerias com a comunidade.

    O currculo da Educao Bsica configura-se como o conjunto de valores e

    prticas que proporcionam a produo e a socializao de significados no espao

    social, contribuindo, intensamente, para a construo de identidades socioculturais

    do educando.

    O Plano Curricular do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, expresso formal

    da concepo do currculo da escola, decorrente de seu Projeto Poltico-

    Pedaggico, deve conter uma Base Nacional Comum, definida nas diretrizes

    curriculares, e uma Parte Complementar Diversificada, definida a partir das

    caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da

    clientela.

    Deve ser includo na Parte Diversificada, a partir do 6 ano do Ensino

    Fundamental, o ensino de, pelo menos, uma Lngua Estrangeira moderna, cuja

    escolha ficar a cargo da comunidade escolar.

    Na implementao do currculo, os Temas Transversais devem ser

    desenvolvidos de forma interdisciplinar, assegurando, assim, a articulao com a

    Base Nacional Comum e a Parte Diversificada.

    Na organizao curricular do ensino fundamental e do ensino mdio deve ser

    observado o conjunto de Contedos Bsicos Comuns (CBC) a serem ensinados,

    obrigatoriamente, por todas as unidades escolares da rede estadual de ensino.

    Na organizao curricular dos ciclos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, os

    Componentes Curriculares devem ser abordados a partir da prtica vivencial dos

    alunos, possibilitando o aprendizado significativo e contextualizado:

    I - Os eixos temticos dos Componentes Curriculares Cincias, Histria e Geografia

    devem ser abordados de forma articulada com o processo de alfabetizao e

    letramento e de iniciao Matemtica, crescendo em complexidade ao longo dos

    Ciclos.

    II - A questo ambiental contempornea deve ser abordada partindo da realidade

    local, mobilizando as emoes e a energia das crianas para a preservao do

    planeta e do ambiente onde vivem.

    III - O Componente Curricular Arte deve oportunizar aos alunos momentos de

    recreao e ludicidade, por meio de atividades artsticoculturais.

  • 27

    VI - O Ensino Religioso deve reforar os laos de solidariedade na convivncia

    social e de promoo da paz.

    A Escola deve, ao longo de cada ano dos Ciclos da Alfabetizao e

    Complementar, acompanhar, sistematicamente, a aprendizagem dos alunos,

    utilizando estratgias e recursos diversos para sanar as dificuldades evidenciadas

    no momento em que ocorrerem e garantir a progresso continuada dos alunos.

    9.3 Componentes curriculares

    Os componentes curriculares da Educao Bsica da E. E. de Canafstula

    observam as seguintes diretrizes: a difuso de valores fundamentais ao interesse

    social, aos direitos e deveres dos cidados, de respeito ao bem comum e ordem

    democrtica; orientao para o trabalho; promoo do desporto educacional e apoio

    s prticas desportivas no formais e, para o perodo noturno, a promoo de

    atividades complementares.

    Os Componentes Curriculares obrigatrios do Ensino Fundamental que

    integram as reas de conhecimento so os referentes a:

    I - Linguagens:

    a) Lngua Portuguesa;

    b) Lngua Materna, para populaes indgenas;

    c) Lngua Estrangeira moderna;

    d) Arte, em suas diferentes linguagens: cnicas, plsticas e, obrigatoriamente,

    a musical;

    e) Educao Fsica.

    II - Matemtica.

    III - Cincias da Natureza.

    IV - Cincias Humanas:

    a) Histria;

    b) Geografia;

    V - Ensino Religioso.

    Os Componentes Curriculares obrigatrios do Ensino Mdio que integram as reas

    de conhecimento so os referentes a:

    I - Linguagens:

  • 28

    a) Lngua Portuguesa;

    b) Lngua Materna, para populaes indgenas;

    c) Lngua Estrangeira moderna;

    d) Arte, em suas diferentes linguagens: cnicas, plsticas e, obrigatoriamente,

    a musical;

    e) Educao Fsica.

    II - Matemtica.

    III - Cincias da Natureza:

    a) Biologia;

    b) Fsica;

    c) Qumica.

    IV - Cincias Humanas:

    a) Histria;

    b) Geografia;;

    c) Filosofia;

    d) Sociologia.

    10. CALENDRIO ESCOLAR

    O Calendrio Escolar deve ser elaborado pela Escola, em acordo com os

    parmetros definidos em norma especfica, publicada anualmente pela Secretaria de

    Estado de Educao SEE, discutido e aprovado pelo Colegiado e amplamente

    divulgado, cabendo Inspeo Escolar supervisionar o cumprimento das atividades

    nele previstas.

    Sero garantidos, no Calendrio Escolar, os mnimos de 200 (duzentos) dias

    letivos e carga horria de 800 horas, para os anos iniciais, e de 833 horas e 20

    minutos, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio.

    A Escola deve oferecer atividades complementares para os alunos que, no

    ato da matrcula, no tiverem optado pelo Componente Curricular facultativo, para

    cumprimento da carga horria obrigatria.

    considerado dia letivo aquele em que professores e alunos desenvolvem

    atividades de ensino-aprendizagem, de carter obrigatrio, independentemente do

    local onde sejam realizadas.

  • 29

    Considera-se dia escolar aquele em que so realizadas atividades de carter

    pedaggico e administrativo, com a presena obrigatria do pessoal docente,

    tcnico e administrativo, podendo incluir a representao de pais e alunos.

    recomendada a abertura da Escola nos feriados, finais de semana e frias

    escolares, para atividades educativas e comunitrias, cabendo direo da escola

    encontrar formas para garantir o funcionamento previsto, observadas as vedaes

    da legislao.

    11. ORGANIZAO DO TEMPO ESCOLAR

    A jornada escolar no Ensino Fundamental deve ser de, no mnimo, 4horas de

    trabalho dirio, excludo o tempo destinado ao recreio.

    Respeitados os dispositivos legais, compete escola proceder organizao

    o tempo escolar no ensino fundamental e mdio, assegurando a durao da semana

    letiva de 05 (cinco) dias.

    Poder ser organizado horrio escolar, com aulas geminadas de um mesmo

    Componente Curricular, para melhor desenvolvimento do processo de ensino-

    aprendizagem.

    12. ATENDIMENTO DA DEMANDA, DA MATRCULA, DA

    FREQUENCIA E DA PERMANNCIA

    Ser garantida ao aluno do Ensino Fundamental, anos iniciais ou finais, a

    continuidade de seus estudos em outra Escola Pblica Estadual de Ensino

    Fundamental ou Ensino Mdio, quando a Escola onde iniciou seu percurso escolar

    no contar com todas as etapas da Educao Bsica.

    A Escola deve renovar ou efetivar a matrcula dos alunos a cada ano letivo,

    sendo vedada qualquer forma de discriminao, em especial aquelas decorrentes da

    origem, gnero, etnia, cor e idade. A matrcula dos alunos poder ocorrer em

    qualquer poca do ano.

  • 30

    O recurso da classificao tem por objetivo posicionar o aluno em qualquer

    ano da Educao Bsica, compatvel com sua idade, experincia, nvel de

    desempenho ou de conhecimento, nas seguintes situaes:

    I - por promoo, para alunos que cursaram, com aproveitamento, o ano anterior, na

    prpria Escola;

    II - por transferncia, para alunos procedentes de outra Escola situada no Pas ou no

    exterior, considerando a idade e desempenho;

    III - independentemente de escolarizao anterior, mediante avaliao feita pela

    escola, que defina o grau de desenvolvimento e idade do aluno.

    Os documentos que fundamentarem e comprovarem a classificao do aluno

    devero ser arquivados na pasta individual.

    A reclassificao o reposicionamento do aluno no ano diferente de sua

    situao atual, a partir de uma avaliao de seu desempenho, podendo ocorrer nas

    seguintes situaes:

    I - avano: propicia condies para concluso de anos da Educao Bsica, em

    menos tempo, ao aluno portador de altas habilidades comprovadas por instituio

    competente;

    II - acelerao: a forma de reposicionar o aluno com atraso escolar em relao

    sua idade, durante o ano letivo;

    III - transferncia: o aluno proveniente de Escola situada no Pas ou exterior poder

    ser avaliado e posicionado, em ano diferente ao indicado no seu histrico escolar da

    escola de origem, desde que comprovados conhecimentos e habilidades;

    IV - frequncia: ao aluno com frequncia inferior a 75% da carga horria mnima

    exigida e que apresentar desempenho satisfatrio.

    Os documentos que fundamentarem e comprovarem a reclassificao do

    aluno devero ser arquivados na pasta individual.

    Ter sua matrcula cancelada o aluno que, sem justificativa, deixar de

    comparecer Escola, at o 25 (vigsimo quinto) dia letivo consecutivo, aps o incio

    das aulas, ou a contar da data de efetivao da matrcula, se esta ocorrer durante o

    ano letivo.

    Antes de efetuar o cancelamento da matrcula, a direo da Escola deve

    entrar em contato, por escrito, com o aluno ou seu responsvel, alertando-o sobre a

    obrigatoriedade do cumprimento da frequncia escolar.

  • 31

    Configurados o cancelamento da matrcula, o abandono ou repetidas faltas

    no justificadas do aluno, a Escola deve informar o fato, por escrito, ao Conselho

    Tutelar, ao Juiz Competente da Comarca e ao representante do Ministrio Pblico

    do Municpio.

    O aluno que teve a sua matrcula cancelada poder retornar para a mesma

    Escola, se houver vaga, ou para outra Escola pblica estadual.

    O controle de frequncia diria dos alunos de responsabilidade do

    professor, que dever comunicar direo da Escola eventuais faltas consecutivas,

    para as providncias cabveis.

    O estabelecimento de ensino, aps apurar a frequncia do aluno e constatar

    uma ausncia superior a 05 (cinco) dias letivos consecutivos ou 10(dez) dias

    alternados no ms, deve entrar em contato, por escrito, com a famlia ou o

    responsvel pelo aluno faltoso, com vistas a promover o seu imediato retorno s

    aulas e a regularizao da frequncia escolar.

    O dirigente do estabelecimento de ensino remeter ao Conselho Tutelar, ao

    Juiz Competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministrio Pblico a

    relao nominal dos alunos cujo nmero de faltas atingir 15(quinze) dias letivos

    consecutivos ou alternados e, tambm, ao rgo competente, no caso de aluno cuja

    famlia beneficiada por programas de assistncia vinculados frequncia escolar.

    13. ETAPAS E MODALIDADES DA EDUCAO BSICA

    A Educao Bsica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe

    a formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhe meios

    para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

    O Ensino Fundamental e Ensino Mdio deve assegurar formas de

    articulao das dimenses orgnica e sequencial que garantam aos alunos um

    percurso contnuo de aprendizagem, com qualidade.

    ENSINO FUNDAMENTAL

    O Ensino Fundamental, etapa de escolarizao obrigatria, deve

    comprometer-se com uma educao com qualidade social e garantir ao educando:

  • 32

    I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, com pleno domnio da leitura, da

    escrita e do clculo;

    II - a compreenso do ambiente natural e social, do sistema poltico, da tecnologia,

    das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

    III - a aquisio de conhecimentos e habilidades, e a formao de atitudes e valores,

    como instrumentos para uma viso crtica do mundo;

    IV - o fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedade humana e

    de tolerncia recproca em que se assenta a vida social.

    O Ensino Fundamental deve promover um trabalho educativo de incluso,

    que reconhea e valorize as experincias e habilidades individuais do aluno,

    atendendo s suas diferenas e necessidades especficas, possibilitando, assim, a

    construo de uma cultura escolar acolhedora, respeitosa e garantidora do direito a

    uma educao que seja relevante, pertinente e equitativa.

    O Ensino Fundamental, com durao de nove anos, estrutura-se em 4

    (quatro) ciclos de escolaridade, considerados como blocos pedaggicos

    sequenciais:

    I - Ciclo da Alfabetizao, com a durao de 3 (trs) anos de escolaridade, 1, 2 e

    3 ano;

    II - Ciclo Complementar, com a durao de 2 (dois) anos de escolaridade, 4 e 5

    ano;

    III - Ciclo Intermedirio, com durao de 2 (dois) anos de escolaridade, 6 e 7 ano;

    IV - Ciclo da Consolidao, com durao de 2 (dois) anos de escolaridade, 8 e 9

    ano.

    Os Ciclos da Alfabetizao e Complementar devem garantir o princpio da

    continuidade da aprendizagem dos alunos, sem interrupo, com foco na

    alfabetizao e letramento, voltados para ampliar as oportunidades de

    sistematizao e aprofundamento das aprendizagens bsicas, para todos os alunos,

    imprescindveis ao prosseguimento dos estudos.

    Os Ciclos Intermedirio e da Consolidao devem ampliar e intensificar,

    gradativamente, o processo educativo no Ensino Fundamental, bem como

    considerar o princpio da continuidade da aprendizagem, garantindo a consolidao

    da formao do aluno nas competncias e habilidades indispensveis ao

    prosseguimento de estudos no Ensino Mdio.

  • 33

    ENSINO MDIO

    O Ensino Mdio, etapa conclusiva da Educao Bsica, possui durao de 3

    (trs) anos e tem por finalidade:

    I - a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

    Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

    II - a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos

    produtivos, relacionando a teoria com a prtica;

    III - a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando para continuar

    aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar a novas condies de ocupao ou

    de aperfeioamento posteriores;

    IV - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica

    e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico.

    As Escolas de Ensino Mdio devem prover ensino de qualidade, de forma a

    ampliar o acesso e as taxas de concluso e garantir a melhoria da eficincia no uso

    dos recursos disponveis e na proficincia dos alunos.

    O primeiro ano do Ensino Mdio deve assegurar a transio harmoniosa dos

    alunos provenientes do 9 ano do Ensino Fundamental, considerando o

    aprofundamento dos Componentes Curriculares dos anos finais do Ensino

    Fundamental e a incluso de novos Componentes Curriculares.

    A organizao curricular do ensino mdio, que abrange as reas de

    conhecimento referentes a Linguagens, Matemtica, Cincias da Natureza e

    Cincias Humanas, deve garantir tanto conhecimentos e saberes comuns

    necessrios a todos os estudantes, quanto uma formao que considere a

    diversidade, as caractersticas locais e especificidades regionais.

  • 34

    MODALIDADES DA EDUCAO BSICA

    So modalidades da Educao Bsica:

    EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

    A Educao de Jovens e Adultos - EJA - destina-se queles que no tiveram

    acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Mdio na idade

    prpria.

    A Educao de Jovens e Adultos oferecida por meio de:

    I - curso presencial;

    A idade mnima para matrcula em cursos de Ensino Fundamental e Mdio

    de 15 e 18 anos respectivamente;

    Os cursos presenciais da EJA podero ser oferecidos nas Escolas Estaduais,

    para atendimento demanda efetivamente comprovada, aps aprovao desta

    Secretaria, e tero a seguinte organizao:

    I - curso presencial dos anos finais do Ensino Fundamental, com durao de 02

    (dois) anos letivos, organizados em 04 (quatro) perodos semestrais;

    II - curso presencial do Ensino Mdio, com durao de 01 (um) ano e meio,

    organizado em 03 (trs) perodos semestrais.

    A nova organizao dos cursos presenciais de EJA ser implantada,

    gradativamente, a partir do ano de 2013.

    14. ORGANIZAO CURRICULAR DA EDUCAO BSICA

    O currculo da Educao Bsica configura-se como o conjunto de valores e

    prticas que proporcionam a produo e a socializao de significados no espao

    social, contribuindo, intensamente, para a construo de identidades socioculturais

    do educando.

    Na implementao do currculo, deve-se evidenciar a contextualizao e a

    interdisciplinaridade, ou seja, formas de interao e articulao entre diferentes

    campos de saberes especficos, permitindo aos alunos a compreenso mais ampla

    da realidade.

  • 35

    A interdisciplinaridade parte do princpio de que todo conhecimento mantm

    um dilogo permanente com outros conhecimentos e a contextualizao requer a

    concretizao dos contedos curriculares em situaes mais prximas e familiares

    aos alunos.

    O Plano Curricular do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, expresso formal

    da concepo do currculo da escola, decorrente de seu Projeto Poltico-

    Pedaggico, deve conter uma Base Nacional Comum, definida nas diretrizes

    curriculares, e uma Parte Complementar Diversificada, definida a partir das

    caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da

    clientela.

    Deve ser includo na Parte Diversificada, a partir do 6 ano do Ensino

    Fundamental, o ensino de, pelo menos, uma Lngua Estrangeira moderna, cuja

    escolha ficar a cargo da comunidade escolar.

    A Educao Fsica, componente obrigatrio de todos os anos do Ensino

    Fundamental e Mdio, ser facultativa ao aluno apenas nas situaes previstas no

    3 do artigo 26 da Lei n 9394/96.

    O Ensino Religioso, de matrcula facultativa ao aluno, Componente

    Curricular que deve ser, obrigatoriamente, ofertado no Ensino Fundamental.

    A Msica constitui contedo obrigatrio, mas no exclusivo, do Componente

    Curricular Arte, o qual compreende tambm as artes visuais, o teatro e a dana.

    A temtica Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena deve,

    obrigatoriamente,ser desenvolvida no mbito de todo o currculo escolar e, em

    especial, no ensino de Arte, Literatura e Histria do Brasil.

    Alm da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada, devem ser includos,

    permeando todo o currculo, Temas Transversais relativos sade, sexualidade e

    gnero, vida familiar e social, direitos das crianas e adolescentes, educao

    ambiental, educao em direitos humanos, educao para o consumo, educao

    fiscal, educao para o trnsito, trabalho, cincia e tecnologia, diversidade cultural,

    dependncia qumica, higiene bucal e educao alimentar e nutricional, tratados

    transversal e integradamente, determinados ou no por leis especficas.

    Na implementao do currculo, os Temas Transversais devem ser

    desenvolvidos de forma interdisciplinar, assegurando, assim, a articulao com a

    Base Nacional Comum e a Parte Diversificada.

  • 36

    Na organizao curricular do ensino fundamental e do ensino mdio deve ser

    observado o conjunto de Contedos Bsicos Comuns (CBC) a serem ensinados,

    obrigatoriamente, por todas as unidades escolares da rede estadual de ensino.

    ORGANIZAO EM CICLOS NO ENSINO FUNDAMENTAL

    CICLOS DA ALFABETIZAO E COMPLEMENTAR

    Considerando que o processo de alfabetizao e o zelo com o letramento

    so a base de sustentao para o prosseguimento de estudos, com sucesso, as

    Escolas devem organizar suas atividades:

    4 ano:

    a) produzir textos adequados a diferentes objetivos, destinatrios e contextos;

    b) utilizar princpios e regras ortogrficas e conhecer as excees;

    c) utilizar as diferentes fontes de leitura para obter informaes adequadas a

    diferentes objetivos e interesses;

    d) selecionar textos literrios segundo seus interesses.

    5 Ano:

    a) a) produzir, com autonomia, textos com coerncia de ideias, correo ortogrfica

    e gramatical;

    b) ler, compreendendo o contedo dos textos, sejam informativos, literrios, de

    comunicao ou outros.

    Ao final do Ciclo Complementar, todos os alunos devero ser capazes de ler,

    compreender, retirar informaes contidas no texto e redigir com coerncia,

    coeso, correo ortogrfica e gramatical.

    Ao final do Ciclo Complementar, na rea da Matemtica, todos os alunos

    devem dominar e compreender o uso do sistema de numerao, os fatos

    fundamentais da adio, subtrao, multiplicao e diviso, realizar clculos

    mentais, resolver operaes matemticas mais complexas, ter conhecimentos

    bsicos relativos a grandezas e medidas, espao e forma e ao tratamento de dados

    em grficos e tabelas.

    A programao curricular dos Ciclos da Alfabetizao e Complementar, tanto

    no campo da linguagem quanto no da Matemtica, deve ser estruturada de forma a,

    gradativamente, ampliar capacidades e conhecimentos, dos mais simples aos mais

  • 37

    complexos, contemplando, de maneira articulada e simultnea, a alfabetizao e o

    letramento.

    Na organizao curricular dos ciclos dos anos iniciais do Ensino

    Fundamental, os Componentes Curriculares devem ser abordados a partir da prtica

    vivencial dos alunos, possibilitando o aprendizado significativo e contextualizado:

    Os eixos temticos dos Componentes Curriculares Cincias, Histria e

    Geografia devem ser abordados de forma articulada com o processo de

    alfabetizao e letramento e de iniciao Matemtica, crescendo em complexidade

    ao longo dos Ciclos.

    A questo ambiental contempornea deve ser abordada partindo da realidade

    local, mobilizando as emoes e a energia das crianas para a preservao do

    planeta e do ambiente onde vivem.

    O Componente Curricular Arte deve oportunizar aos alunos momentos de

    recreao e ludicidade, por meio de atividades artstico culturais.

    O Ensino Religioso deve reforar os laos de solidariedade na convivncia

    social e de promoo da paz.

    A Escola deve, ao longo de cada ano dos Ciclos da Alfabetizao e

    Complementar, acompanhar, sistematicamente, a aprendizagem dos alunos,

    utilizando estratgias e recursos diversos para sanar as dificuldades evidenciadas

    no momento em que ocorrerem e garantir a progresso continuada dos alunos.

    CICLOS INTERMEDIRIO E DA CONSOLIDAO

    Os Ciclos Intermedirio e da Consolidao do Ensino Fundamental, com o

    objetivo de consolidar e aprofundar os conhecimentos, competncias e habilidades

    adquiridos nos Ciclos da Alfabetizao e Complementar, tero suas atividades

    pedaggicas organizadas de forma gradativa e crescente em complexidade,

    considerando os Contedos Bsicos Comuns CBC, de modo a assegurar que, ao

    final desta etapa, todos os alunos tenham garantidos, pelo menos, os seguintes

    direitos de aprendizagem:

    I - Linguagens:

    a) Lngua Portuguesa:

  • 38

    - ler, de maneira autnoma, textos de diferentes gneros, construindo a

    compreenso global do texto, identificando informaes explcitas e implcitas,

    produzindo inferncias, reconhecendo as intenes do enunciador e sendo capazes

    de aderir ou recusar as ideias do autor;

    - identificar e utilizar os diversos gneros e tipos textuais que circulam na sociedade

    para a resoluo de problemas cotidianos que requerem o uso da lngua;

    - produzir textos orais e escritos, com coerncia, coeso e correo ortogrfica e

    gramatical, utilizando os recursos sociolingusticos adequados ao tema proposto, ao

    gnero, ao destinatrio e ao contexto de produo;

    - analisar e reelaborar seu prprio texto segundo critrios adequados aos objetivos,

    ao destinatrio e ao contexto de circulao previstos; - desenvolver atitudes e

    procedimentos de leitor e escritor para a construo autnoma de conhecimentos

    necessrios a uma sociedade baseada em informao e em constante mudana.

    b) Lngua Estrangeira moderna:

    - compreender textos de diferentes gneros em Lngua Estrangeira moderna, bem

    como suas condies de produo e de recepo;

    - produzir textos escritos em Lngua Estrangeira moderna, coesos e coerentes e com

    correo lexical e gramatical, considerando as condies de produo e circulao;

    - utilizar a linguagem oral da Lngua Estrangeira moderna como instrumento de

    interao scio comunicativa.

    c) Arte:

    - saber se expressar artisticamente, articulando a percepo, imaginao, emoo,

    sensibilidade e reflexo em suas produes artsticas visuais, corporais, cnicas e

    musicais, compreendendo a arte em todas as suas linguagens e manifestaes;

    - apreciar e analisar criticamente produes artsticas (artes visuais, dana,

    teatro e msica), estabelecendo relaes entre anlise formal, contextualizao,

    pensamento artstico e identidade cultural;

    - refletir acerca da manifestao artstica, sobre si prprio e sobre a experincia

    esttica.

    d) Educao Fsica:

    - reconhecer o potencial do esporte, dos jogos, das brincadeiras, da dana e da

    ginstica para o desenvolvimento de atitudes e de valores democrticos de

    solidariedade, respeito, autonomia, confiana, liderana;

  • 39

    - conhecer as modalidades esportivas, sua histria, suas regras, movimentos

    tcnicos e tticos, bem como as diferenas na forma de apresentao dos esportes;

    - conhecer e identificar os elementos constitutivos da dana, utilizando as mltiplas

    linguagens corporais, possibilitando a superao dos preconceitos, bem como

    conhecer e identificar diversos jogos e brincadeiras da nossa e de outras culturas;

    - compreender os riscos e benefcios das atividades e prticas esportivas na

    promoo da sade e qualidade da vida.

    II - Matemtica:

    - comparar, ordenar e operar com nmeros naturais, inteiros, racionais,

    interpretando e resolvendo situaes-problema;

    - Identificar e resolver situaes-problema que envolvam proporcionalidade direta e

    inversa; porcentagem e juros; equaes de primeiro e segundo graus; sistemas de

    equaes de primeira grau; converso de medidas; clculo de permetro, de rea, de

    volume e capacidade; probabilidade; utilizao de linguagem algbrica;

    - reconhecer as principais relaes geomtricas entre as figuras planas;

    - interpretar e utilizar informaes apresentadas em tabelas e grficos.

    III - Cincias da Natureza:

    - compreender a inter-relao dos seres vivos entre si e com o meio ambiente;

    - identificar os conhecimentos fsicos, qumicos e biolgicos presentes no cotidiano;

    - compreender o processo de reproduo na evoluo e diversidade das espcies, a

    sexualidade humana, mtodos contraceptivos e doenas sexualmente

    transmissveis;

    - compreender o efeito das drogas e suas consequncias no convvio social.

    IV - Cincias Humanas:

    a) Histria:

    - compreender as relaes da natureza com o processo sociocultural, poltico e

    econmico, no passado e no presente;

    - reconhecer e compreender as diferentes relaes de trabalho na realidade

    atual e em outros momentos histricos;

    - compreender o processo de formao dos povos, suas lutas sociais e conquistas,

    guerras e revolues, assim como cidadania e cultura no mundo contemporneo.

  • 40

    15. AVALIAO DA APRENDIZAGEM

    A avaliao da aprendizagem dos alunos, realizada pelos professores, em conjunto

    com toda a equipe pedaggica da escola, parte integrante da proposta curricular e

    da implementao do currculo, redimensionadora da ao pedaggica, deve:

    I - assumir um carter processual, formativo e participativo;

    II - ser contnua, cumulativa e diagnstica;

    III - utilizar vrios instrumentos, recursos e procedimentos;

    IV - fazer prevalecer os aspectos qualitativos do aprendizado do aluno sobre os

    quantitativos;

    V - assegurar tempos e espaos diversos para que os alunos com menor

    rendimento tenham condies de ser devidamente atendidos ao longo do ano

    letivo;

    VI - prover, obrigatoriamente, intervenes pedaggicas, ao longo do ano letivo,

    para garantir a aprendizagem no tempo certo;

    VII - assegurar tempos e espaos de reposio de temas ou tpicos dos

    Componentes Curriculares, ao longo do ano letivo, aos alunos com frequncia

    insuficiente;

    VIII - possibilitar a acelerao de estudos para os alunos com distoro idade ano

    de escolaridade.

    Na avaliao da aprendizagem, a Escola dever utilizar procedimentos,

    recursos de acessibilidade e instrumentos diversos, tais como a observao, o

    registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portiflios,

    exerccios, entrevistas, provas, testes, questionrios, adequando-os ao ano de

    escolaridade.

    Os Ciclos Intermedirio e da Consolidao do Ensino Fundamental, com o

    objetivo de consolidar e aprofundar os conhecimentos, competncias e habilidades

    adquiridos nos Ciclos da Alfabetizao e Complementar, tero suas atividades

    pedaggicas organizadas de forma gradativa e crescente em complexidade,

    considerando os Contedos Bsicos Comuns CBC, de modo a assegurar que, ao

    final desta etapa, todos os alunos tenham garantidos, pelo menos, os seguintes

    direitos de aprendizagem:

  • 41

    Na avaliao da aprendizagem, a Escola dever utilizar procedimentos,

    recursos de acessibilidade e instrumentos diversos, tais como a observao, o

    registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portiflios,

    exerccios, entrevistas, provas, testes, questionrios, adequando-os faixa etria e

    s caractersticas de desenvolvimento do educando e utilizando a coleta de

    informaes sobre a aprendizagem dos alunos como diagnstico para as

    intervenes pedaggicas necessrias.

    As formas e procedimentos utilizados pela Escola para diagnosticar,

    acompanhar e intervir, pedagogicamente, no processo de aprendizagem dos alunos,

    devem expressar, com clareza, o que esperado do educando em relao sua

    aprendizagem e ao que foi realizado pela Escola, devendo ser registrados para

    subsidiar as decises e informaes sobre sua vida escolar.

    Os instrumentos da avaliao a serem utilizados devem incidir sobre os

    conceitos e habilidades fundamentais das disciplinas e serem definidos pelos

    professores da escola. Nenhuma das atividades avaliativas poder ter valor superior

    a 60% do total dos crditos distribudos.

    Nos anos finais do Ensino Fundamental as disciplinas de Educao Fsica,

    Arte e Ensino Religioso tero o aproveitamento registrado atravs dos seguintes

    conceitos:

    Conceito A: timo

    Conceito B: Bom

    Conceito C: Regular

    Os conceitos A, B, e C correspondem a:

    A: 85 a 100% de aproveitamento;

    B: 75 a 84% de aproveitamento;

    C: 60 a 74% de aproveitamento;

    Nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, o aluno poder conseguir,

    durante o ano letivo, 100(cem) pontos cumulativos, com a seguinte distribuio:

    1 bimestre - 25 pontos;

    2 bimestre - 25 pontos;

    3 bimestre - 25 pontos;

    4 bimestre - 25 pontos.

  • 42

    A anlise dos resultados da avaliao interna da aprendizagem realizada

    pela Escola e os resultados do Sistema Mineiro de Avaliao da Educao Pblica -

    SIMAVE-, constitudo pelo Programa de Avaliao da Rede Pblica de Educao

    Bsica - PROEB -, pelo Programa de Avaliao da Alfabetizao - PROALFA - e

    pelo Programa de Avaliao da Aprendizagem Escolar - PAAE - devem ser

    considerados para elaborao, anualmente, pela Escola, do Plano de Interveno

    Pedaggica (PIP).

    A progresso continuada, com aprendizagem e sem interrupo, nos Ciclos

    da Alfabetizao e Complementar est vinculada avaliao contnua e processual,

    que permite ao professor acompanhar o desenvolvimento e detectar as dificuldades

    de aprendizagem apresentadas pelo aluno, no momento em que elas surgem,

    intervindo de imediato, com estratgias adequadas, para garantir as aprendizagens

    bsicas.

    A progresso continuada nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve estar

    apoiada em intervenes pedaggicas significativas, com estratgias de

    atendimento diferenciado, para garantir a efetiva aprendizagem dos alunos no ano

    em curso.

    As Escolas e os professores, com o apoio das famlias e da comunidade,

    devem envidar esforos para assegurar o progresso contnuo dos alunos no que se

    refere ao seu desenvolvimento pleno e aquisio de aprendizagens significativas,

    lanando mo de todos os recursos disponveis, e ainda:

    I - criando, ao longo do ano letivo, novas oportunidades de aprendizagem para os

    alunos que apresentem baixo desempenho escolar;

    II - organizando agrupamento temporrio para alunos de nveis equivalentes de

    etria e s caractersticas de desenvolvimento do educando e utilizando a coleta de

    informaes sobre a aprendizagem dos alunos como diagnstico para as

    intervenes pedaggicas necessrias.

    As formas e procedimentos utilizados pela Escola para diagnosticar,

    acompanhar e intervir, pedagogicamente, no processo de aprendizagem dos alunos,

    devem expressar, com clareza, o que esperado do educando em relao sua

    aprendizagem e ao que foi realizado pela Escola, devendo ser registrados para

    subsidiar as decises e informaes sobre sua vida escolar.

    A progresso parcial, que dever ocorrer a partir do 6 ano do ensino

    fundamental, deste para o ensino mdio e no ensino mdio, o procedimento que

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    permite ao aluno avanar em sua trajetria escolar, possibilitando-lhe novas

    oportunidades de estudos, no ano letivo seguinte, naqueles aspectos dos

    Componentes Curriculares nos quais necessita, ainda, consolidar conhecimentos,

    competncias e habilidades bsicas.

    Poder beneficiar-se da progresso parcial, em at 3 (trs)Componentes

    Curriculares, o aluno que no tiver consolidado as competncias bsicas exigidas e

    que apresentar dificuldades a serem resolvidas no ano subsequente.

    O aluno em progresso parcial no 9 ano do Ensino Fundamental tem sua

    matrcula garantida no 1 ano do Ensino Mdio nas Escolas da Rede Pblica

    Estadual, onde deve realizar os estudos necessrios superao das deficincias

    de aprendizagens evidenciadas nos tema(s) ou tpico(s) no(s) respectivo(s)

    componente(s) curricular (es).

    Ao aluno em progresso parcial devem ser assegurados estudos orientados,

    conforme Plano de Interveno Pedaggica elaborado, conjuntamente, pelos

    professores do(s) Componente(s) Curricular (es) do ano anterior e do ano em curso,

    com a finalidade de proporcionar a superao das defasagens e dificuldades em

    temas e tpicos, identificadas pelo professor e discutidas no Conselho de Classe.

    Os estudos previstos no Plano de Interveno Pedaggica devem ser

    desenvolvidos, obrigatoriamente, pelo(s) professor(es) do(s) Componente(s)

    Curricular (es) do ano letivo imediato ao da ocorrncia da progresso parcial.

    O cumprimento do processo de progresso parcial pelo aluno poder ocorrer

    em qualquer poca do ano letivo seguinte, uma vez resolvida a dificuldade

    evidenciada no(s) tema(s) ou tpico(s) do(s) Componentes Curricular (es).

    A Escola deve utilizar-se de todos os recursos pedaggicos disponveis e

    mobilizar pais e educadores para que sejam oferecidas aos alunos do 3 ano do

    Ensino Mdio as condies para que possam ser vencidas as dificuldades ainda

    existentes, considerando que o aluno s concluir a Educao Bsica, quando tiver

    obtido aprovao em todos os Componentes Curriculares.

    exigida do aluno a frequncia mnima obrigatria de 75% da carga horria

    anual total.

    No caso de desempenho satisfatrio do aluno e de frequncia inferior a 75%,

    no final do perodo letivo, a Escola deve usar o recurso da reclassificao para

    posicionar o aluno no ano seguinte de seu percurso

    escolar.

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    A Escola deve oferecer aos alunos diferentes oportunidades de

    aprendizagem definida em seu Plano de Interveno Pedaggica, ao longo de todo

    o ano letivo, aps cada bimestre e no perodo de frias, a saber:

    I - estudos contnuos de recuperao, ao longo do processo de ensino

    aprendizagem, constitudos de atividades especificamente programadas para o

    atendimento ao aluno ou grupos de alunos que no adquiriram as aprendizagens

    bsicas com as estratgias adotadas em sala de aula;

    II - estudos peridicos de recuperao, aplicados imediatamente aps o

    encerramento de cada bimestre, para o aluno ou grupo de alunos que no

    apresentarem domnio das aprendizagens bsicas previstas para o perodo;

    III - estudos independentes de recuperao, no perodo de frias escolares,

    com avaliao antes do incio do ano letivo subsequente, quando as estratgias de

    interveno pedaggica previstas nos incisos I e II no tiverem sido suficientes para

    atender s necessidades mnimas de aprendizagem do aluno.

    O plano de estudos independentes de recuperao, para o aluno que ainda

    no apresentou domnio no(s) tema(s) ou tpico(s) necessrio(s) cont