Atletismo I- Apostila (1)

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ATLETISMO I Material didático de apoio à disciplina de ATLETISMO I/II

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ATLETISMO I

Material didático de apoio à disciplina de ATLETISMO I/II

2011

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INTRODUÇÃO

Os profissionais de Educação Física, têm despertado grande interesse em absorver novos conhecimentos e por em prática o vasto material conquistado no período acadêmico.

Para que ocorra com eficiência o aprendizado das formas de administrar e executar o ensino do Atletismo (Competitivo/Lúdico) é necessário utilizar uma metodologia clara e científica. O atletismo evoluiu rapidamente, para tanto, é necessário atualizar-se constantemente. O volume de publicações obriga escolhas, onde a troca do empirismo pela comprovação científica se faz necessário, pois, as fontes de informações são muitas, livros, revistas, internet, etc.

Neste trabalho reunimos, pesquisas e informações objetivando oferecer ao aluno um ordenamento de conhecimento capaz de criar um censo crítico sobre o atual atletismo e suas regras no Brasil e no mundo.

Antonio Marcello Costa Oliveira

Especialista em Treinamento Desportivo

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HISTÓRIA DO ATLETISMO

Nos primórdios de nossa civilização, começa a história do atletismo. O homem das cavernas, de forma natural, praticava uma série de movimentos, nas atividades de caça, em sua defesa própria etc. Ele saltava, corria, lançava, enfim desenvolvia uma série de habilidades relacionadas com as diversas provas de uma competição de atletismo.

O mais antigo registro de competições de atletismo data de 776 a.C., mas é certo que os esportes organizados, incluindo provas de pista e campo foram praticados muitos séculos antes. Já nas primitivas civilizações, o homem cultivava o gosto de competir, medindo sua força e rapidez e habilidade. Os exercícios destinados a aprimorar ou a manter a saúde do corpo decorriam da própria luta pela sobrevivência; obrigado a enfrentar, de início, inúmeros obstáculos naturais e, mais tarde, o seu semelhante, o homem apurou seus instintos de correr, saltar e lançar.

Com as guerras criaram-se os exércitos. O uso de paus e pedras, como armas, deu lugar ao de lançar, dardos e espadas. Em 2500 a.C., os egípcios já se ocupavam de provas de luta livre e combates com paus. Dez séculos depois, os cretenses dedicavam-se à dança, ao pugilato e à corrida a pé, como forma de recreação. Vários achados arqueológicos confirmam que os antigos habitantes da China, Índia e Mesopotâmia também conheciam pela mesma época, as corridas e os lançamentos de peso. O berço do esporte organizado situa-se, porém, na Grécia. Segundo Filóstrato, em 1225 a.C. foi disputado o primeiro pentatlo, série de cinco provas (corrida, salto em distância, luta e lançamento de disco e dardo), por um mesmo atleta. No canto XXIII da Ilíada, Homero narra os funerais de Pátroclo, junto aos muros de Tróia, e as provas atléticas que Aquiles fez celebrar em honra do morto. Entre essas provas, estavam a corrida ("... o filho de Oileu [i.é, Ájax] tomou a dianteira, sobre seus passos lançou-se o divino Ulisses..."), o lançamento de um bloco de ferro maciço e o lançamento do dardo. Para honrar os deuses ou homenagear os visitantes, os gregos costumavam organizar programas esportivos, perto de Olímpia, tradição que foi mantida pelo menos até a segunda metade do século X a.C.

Podemos verificar que as provas de atletismo são atividades naturais e fundamentais do homem: o andar, o correr, o saltar e o arremessar. Por esta razão, é considerado o atletismo o “esporte base” e suas provas competitivas compõem-se de marchas, corridas, saltos e arremessos. Além disso, o desenvolvimento dessas habilidades são necessárias à prática de outras modalidades esportivas.

Habilidades ‘‘bases’’: ANDAR, CORRER, SALTAR e ARREMESSAR.

O atletismo, sob forma de competição, teve sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi derivada da raiz grega, “ATHI, competição”, o princípio do heroísmo sagrado grego, o espirito de disputa, o ideal do belo etc. – o que se chamou de ESPÍRITO AGONÍSTICO. Surgiram então as competições que foram perdendo o caráter de religiosidade e assumindo exclusivamente o caráter esportivo. O romano Juvenal sintetizou a expressão com “MENS SANA IN CORPORE SANO” a própria filosofia do esporte.

O atletismo teve seu grande momento até o fim do Jogos gregos, em 394 a.C.

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DA IDADE MÉDIA AOS VITORIANOS

O atletismo dos romanos já apresentou uma fase de decadência em relação as dos gregos, não só por menos competitivo e sem fim educativo, mas também porque o atleta, em geral escravo ou prisioneiro de guerra, estava muito longe de gozar do prestígio social dos antigos competidores gregos. Como o gladiador, ele era treinado para divertir, no circo ou no anfiteatro. Os jovens romanos de boa posição preferiam as carreiras de bigas e quadrigas, ou mesmo os banhos nas termas, às corridas, saltos e lançamentos que os gregos quase cultuavam. Os séculos que separam Teodósio do ano de 1154 - quando se vai encontrar o primeiro registro de provas de atletismo na Idade Média - foram total abandono das competições de pista e campo. A não ser pelos jogos de alguns povos da América pré-colombiana e uma ou outra atividade isolada em poucos países do Oriente, quase sempre ligada às corridas a pé, não houve atletismo organizado nesse período e mesmo depois. As provas que realizam em Londres e outras cidades inglesas, em 1154, não passaram de um recomeço discreto. Eram corridas e saltos em distância e altura, lançamentos de peso e outros jogos de campo, praticados sem regras fixas.

A Europa medieval, então, interessava-se mais pela cavalaria, pelos exercícios militares que aperfeiçoavam o manejo de espadas, lanças, arco e flecha, mais úteis numa época de guerras quase permanentes. Alguns reis, como Eduardo III, chegaram a proibir a prática de qualquer esporte que não tivesse associado ao treinamento dos soldados, incuindo o atletismo. Embora outros soberanos se tenham mostrados mais tolerantes, como Henrique VIII, que participou de vários torneios de lançamento do martelo, o atletismo não era considerado esporte nobre. Essa condição (à qual se adiciona o ascetismo cristão da Idade Média, segundo o qual os cuidados com o corpo deveriam dar lugar à purificação da alma) explica seu esquecimento até o século XIX. Coube exatamente aos ingleses reviver, de forma definitiva, as competições clássicas de pista e campo. Os povos das ilhas Britânicas sempre apreciaram os esportes. Mesmo durante a proibição reais, eles os esportes reais, eles os praticavam, ou clandestinamente ou pelos favores de autoridades benevolentes.

O gosto pela recreação ao ar livre levou-os a criar ou a adaptar uma variedade de jogos, muitos dos quais têm popularidade em todo o mundo, nos dias de hoje. No início do século passado, com reforma que os educadores vitorianos introduziram nas escolas públicas, foram aproveitados os princípios defendidos por Thomas Arnold, na Rugby School. Thomas Arnold, educador inglês nasceu em East Cowes, ilha de Wight, a 13 de junho de 1975, e morreu em Rugby a 12 de junho de 1842. Educado em Winchester e Oxford, apresentou-se como candidato a chefe da escola de Rugby em 1827, a disposto a transformar o sistema educacional público não apenas naquela instituição, mas em toda a Grã-Bretanha. Lembrado principalmente por seus sermões na capela escolar, Arnold teve o mérito de conseguir mais do que até então o sistema de prefeitos nas escolas públicas produzida. Após sua morte, a maioria das escolas secundárias inglesas tomaram a Rugby como modelo.

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Admirador da civilização grega, Arnold reviveu o princípio de uma união fértil entre o esforço físico e o mental. De acordo com Arnold, o esporte sistematizado era de grande importância na educação do jovem, disciplinando-o aprimorando-lhe as qualidades morais, e sobretudo, levando a descarregar nos campos de jogo um potencial de energia que, de outra forma poderia ser utilizado em práticas condenáveis. Entre essas práticas, os educadores ingleses incluíram idéias reformistas dos jovens da classe média, em oposição ao tradicionalismo vitoriano. Em 1825, corridas a pé eram disputadas regularmente em Uxbridge. Em 1838 os alunos de Eton praticavam as primeiras provas com barreiras, numa distância de 110 jardas. Seis anos depois , a primeira corrida de fundo, também com barreiras, chamada steeplechase (do inglês literalmente "busca ou caça da torre", meta que devia ser atingida vencendo quaisquer obstáculos; o vocábulo documenta-se em inglês já em 1805), ampliava o programa de provas atléticas. Na metade do século, com a adesão de escolas como Winchester, Charterhouse, Shrewsbury, Westminster e Harrow, o atletismo estava oficializado na Inglaterra, de onde passou para a Escócia; Irlanda e país de Gales, chegando finalmente a outros pontos da Europa.

Os alemães e os escandinavos, que já se dedicavam à ginástica e outras formas de educação física, foram os primeiros a adotar o atletismo inglês. As provas regulamentadas pelos educadores vitorianos - e que serviram de ponto de partida para o moderno programa de competições atléticas - compreendiam as quatro modalidades clássicas dos gregos (corrida, salto em distância, lançamentos de dardo e disco) e muitas variantes por eles criadas ou adaptadas. As corridas eram disputadas em várias distâncias, a menor de 110 jardas; a maior de 3 a 4 milhas. Além de salto em distância, havia o de altura, o triplo (que se inspirava nos três saltos isolados dos gragos) e o com vara, cuja origem se situa nos antigos métodos ingleses de pular sobre valas, riachos e canais, com o auxílio de varas. Aos lançamentos de dardo e disco, acrescentaram-se os de peso e martelo, este de origem celta e muito popular, havia séculos na Escócia e na Irlanda. Havia ainda, uma forma rudimentar de revezamento (corridas entre equipes, com passagem de bastão de um corredor para outro) e provas combinadas nos moldes de pentatlo.

DE COUBERTIN ATÉ HOJE...

Em 1892, numa sessão solene realizada na Sorbonne, em Paris, Pierre de Fredi, barão de Coubertin, apresentou um projeto para que fossem recriados os jogos olímpicos extintos por Teodósio. Seu objetivo era um movimento internacional, o olimpismo, que visava a promover o estreitamento de ralações entre os povos através do esporte. A proposição tinha também, fins pedagógicos: "... Formar o caráter dos jovens pela prática esportiva, despertando-lhes o senso de disciplina, o domínio de si mesmo, o espírito de equipe e a disposição de competir". Mas a idéia só se concretizou em 1894, a partir de um congresso realizado também na Sorbonne, dessa vez com a participação de representantes de 14 países. Foi criado o Comitê Olímpico Internacional, com sede em Lausanne, Suíça, e estabeleceram-se as normas para a realização dos primeiros jogos em 1896, na Grécia.

O primeiro programa olímpico de atletismo compreendia corridas de 100, 400, 800 e 1.500m, e mais a de 110m com barreiras, saltos em distância, altura, triplo e com vara, lançamentos de peso e disco. Uma prova especial a maratona, foi organizada para os corredores de fundo, por sugestões do lingüista e helenista francês Michel Bréal. Pretendia-se com ela, recordar a façanha de Fidípdes (gr. Pheidippídes), soldado ateniense que correu da cidade de Maratona, perto de Ática, até Atenas, para anunciar aos gregos a vitória de Milcíades sobre os persas em

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490 a.C. A maratona olímpica - que acabou convertendo-se numa das provas clássicas dos jogos olímpicos modernos - foi corrida num percurso de 42Km, aproximadamente a mesma distância cumprida por Fidípedes. Seu primeiro vencedor foi o grego Louís Spýros, modesto fabricante que vivia em Marusi.

O programa original do atletismo olímpico, aberto apenas a competidores do sexo masculino, foi sendo sucessivamente modificado. Em 1900, introduziram-se as provas de 400m com barreiras, de 2.500m de steeplechase e de lançamento do martelo. Das modalidades clássicas, as últimas a figurarem nos modernos jogos olímpicos foram o lançamento do dardo, só disputado oficialmente em 1908, e pentatlo, em 1912. Neste ano realizaram-se também, o primeiro decatlo (dez provas por um mesmo atleta) e os revezamentos de 4x100 e 4x400 metros. As mulheres só começaram a participar regularmente dos jogos olímpicos em 1928, cumprindo um programa de 100, 800 e 4x100 metros, o salto em altura e o lançamento do disco. Até 1948, outros acréscimos e supressões foram feitos tanto no programa masculino como no feminino.

De 1948, quando o número de provas para mulheres aumentou consideravelmente, a 1956, ano em que disputou a primeira marcha de 20km (a de 50km já fora introduzida em 1932) o programa oficial sofreu suas últimas alterações. Os jogos olímpicos ajudaram a popularizar o atletismo, universalizando-o cada vez mais. No século passado, já existiam alguns órgãos dedicados à regulamentação e promoção de torneios atléticos, entre os quais o London Athletic Club e o Amateur Athletic Club, ambos na Inglaterra, a Association of Amateur Athletes of América e o New York Athletic Club, estes nos E.U.A., além de clubes, associações e escolas de educação física na Alemanha, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e França. O intercâmbio entre esses países fez-se gradativamente. Os ingleses sistematizaram o atletismo e difundiram-no pela Europa e E.U.A. Os mesmos ingleses, os alemães e os norte americanos introduziram-no em toda a América Latina. Mas foram os jogos olímpicos no século XX, que transformaram as provas de pista e campo num esporte universal, base de todos os outros.

No plano mundial, a direção é da International Amateur Athletic Federation (IAAF). Fundada em 1913, a Federação Internacional de Atletismo Amador, controla as provas internacionais de pista e campo, em todo o mundo, inclusive as do programa olímpico. A questão do atletismo feminino, muito discutido no início de século, ficava entregue a cada federação nacional filiada a IAAF, já que não havia competições internacionais de caráter oficial. Em 1921, crio-se a Federation Sportive Féminine Internacionale (Federação Esportiva Feminina Internacional) em Paris, com o objetivo de promover, de quatro em quatro anos, entre dois jogos olímpicos, o seu próprio torneio de atletismo. Em 1928, o Comitê Olímpico Internacional incluiu provas femininas no programa oficial cumprido em Amsterdam, mas a IAAF, continuou cuidando apenas do setor masculino.

A partir de 1936 todo o atletismo masculino e feminino, ficou aos cuidados da IAAF, deixando de existir a Federation Sportive Feminine Internacionale, já nos jogos olímpicos daquele ano. A IAAF, é hoje o órgão supremo do atletismo mundial. A ela são filiadas todas as federações nacionais de países onde o esporte é praticado oficialmente. Compete-lhe, através de diversas comissões, a regulamentação de todas as provas, assim como a programação, organização e supervisão dos torneios internacionais. Além disso, é a IAAF o organismo autorizado a reconhecer, ou não, os recordes, de acordo com as circunstâncias em que forem obtidos, ao que se dá o nome de homologação. Nenhuma alteração nas regras básicas de cada prova, no material utilizado pelos atletas, nas dimensões, forma e outros detalhes da pista ou do campo, podem ser feitos sem a sua aprovação técnica.

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O programa dos jogos olímpicos manteve-se praticamente o mesmo por toda a Antigüidade. No século VII a.C., em Esparta, houve modificações, para que as mulheres também pudessem competir.

Coube a Licurgo a decisão de que "...as mulheres, como os homens, devem medir entre si a força e rapidez, pois a missão das mulheres livres é engendrar filhos vigorosos".

Nos jogos realizados em Delos, elas participavam de corridas a pé, por categorias segundo a idade, cumprindo um percurso equivalente a 160m. Os romanos, assimilarem a cultura grega, já no século I d.C., prosseguiram com a tradição dos jogos olímpicos, embora com espírito mais recreativo do que competitivo, até que, em 393, o imperador Teodósio - responsável pela matança de dez mil gregos em Tessalonica - se converteu ao cristianismo, após curar-se de grave enfermidade: para ganhar o perdão de Ambrósio, bispo de Milão, concordou em suprimir todas as festividades pagãs, inclusive os jogos olímpicos.

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ATLETISMO NO BRASIL

A chegada ao Brasil

No Brasil, há registros de competições oficiais na década de 1910. A sua prática estava sob a responsabilidade da antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD) até 1977, quando foi criada a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), é a responsável pelo atletismo no Brasil. No total, a CBAt representa, além das 27 federações, mais de 500 clubes, 20 mil atletas, 900 árbitros e 700 técnicos federados. O Troféu Brasil de Atletismo, o Campeonato Brasileiro de Clubes, criado em 1945, é a principal competição do calendário da CBAt.

No Brasil, o atletismo começou a ser praticado no final do século XIX. A primeira competição foi realizada em 1914, no clube Espéria, na cidade de São Paulo. A prova, que tinha competições em 12 eventos, foi vencida por um dinamarquês radicado na cidade, chamado, Islovard Rasmussen. Com esta prova, a cidade de São Paulo entrava para a história do esporte brasileiro como a primeira cidade a realizar competições no país. Em 1921, o Clube Atlético Paulistano inaugurou o primeiro estádio para a prática do atletismo no Brasil.

O Brasil teve sua primeira participação nos Jogos Olímpicos em 1928 na Olimpíada de Paris, na França. A equipe brasileira na época tinha oito integrantes. A primeira medalha conquistada pelo Brasil em Olimpíadas foi em 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsinque, na Finlândia com Adhemar Ferreira da Silva conquistando o ouro no salto triplo batendo o recorde mundial com um salto de 16,22 metros.

A primeira participação do Brasil disputando o atletismo em Olimpíadas aconteceu nos Jogos de Paris, na França, em 1924.

O Atletismo é o esporte que mais medalhas ganharam para o Brasil, em Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos. Também nos Mundiais, nossos atletas têm subido no pódio. Muitas vezes, vimos a bandeira brasileira subir e ouvimos o hino nacional. Além do bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva, outros medalhas em Olimpíadas foram Joaquim Cruz, João Carlos de Oliveira, Nélson Prudêncio, José Telles da Conceição e Róbson Caetano, e ainda a equipe no revezamento 4 x 100m, em Atlanta, com Róbson, Arnaldo de Oliveira, André Domingos da Silva e Édson Luciano Ribeiro. João Carlos de Oliveira e Róbson Caetano são ainda tricampeão da Copa do Mundo.

Outros medalhas de ouro são Nélson Rocha dos Santos e Altevir Araújo (4 x 100m) e Sérgio Matias (4 x 400m) - as medalhas no revezamentos nossos atletas conseguiram formando nas

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seleções das Américas. Zequinha Barbosa foi campeão mundial indoor e subiu no pódio no Campeonato Mundial duas vezes.

OLIMPÍADAS

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Olimpíada é o nome dado ao período de quatro anos compreendido entre duas edições dos Jogos Olímpicos. O termo "Olimpíada" também costuma ser utilizado para designar uma edição dos Jogos Olímpicos, conhecidos coletivamente como "Olimpíadas".

A cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são os princípios dos jogos olímpicos.

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MODALIDADES DO ATLETISMO

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PISTAS:

Provas de pista: são corridas realizadas em uma pista e divididas em:

rasas meia distância

provas de fundo

Atualmente as provas oficiais são: Corridas de velocidade: 100 metros - 200 metros - 400 metros. Corridas de revezamento: 4x100 metros - 4x400 metros. Corridas com barreiras ou obstáculos: 100 metros sobre barreiras feminino - 110

metros sobre barreiras masculino - 400 metros sobre barreiras - 3.000 metros sobre obstáculos.

Corridas de meio-fundo: 800 metros - 1.500 metros. Corridas de fundo: 5.000 metros - 10.000 metros.

Regras de corridas: não poder invadir a raia adversária e nem "queimar" na largada.

1 - VELOCIDADE

São assim chamadas todas as provas em distância até 400m. Podem ser realizadas em pistas com obstáculos ou em pistas livres (corridas rasas). Exigem maior explosão que fôlego.

100 m rasos: é a prova mais nobre do atletismo, que premia o homem e a mulher mais rápidos(as) do mundo. Nela, oito competidores correm 100 m em linha reta e vence quem chegar primeiro. A largada é realizada no início da reta principal de uma pista de atletismo.

Cada atleta ocupa uma raia, no qual lhe coube através de sorteio. O atleta deverá percorrer os 100m em sua raia. Será desclassificado se percorrer os 100m na raia que não lhe pertence, quer seja na direita ou esquerda. Em provas oficiais, todos os atletas

devem sair em blocos de partida.

200 m rasos: segue a mesma linha dos 100 m, mas com o dobro da distância. A largada acontece na curva da pista, com os atletas posicionados em marcas que não ficam exatamente umas ao lado das outras, para que o competidor que largue na parte interna da pista não saia com vantagem.

A largada é realizada no início da 2a curva, ou seja, na metade de uma pista oficial. Como nos 100m rasos, cada atleta deverá ocupar uma raia, portanto com diferente

escalonamento. O atleta que correr na raia 1 será seu ponto de partida exatamente nos 200 metros. O atleta da raia 2 deverá largar um pouco mais à frente que o atleta da

raia 1. O atleta da raia 3 à frente da raia 2, assim por diante. Pois é preciso haver uma compensação, isto é, todos deverão correr exatamente 200

metros. Os atletas deverão permanecer em sua respectiva raia até o fim da prova, sob pena de desclassificação.

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400 m rasos: corresponde a uma volta inteira na pista de atletismo. A largada se dá no mesmo estilo dos 200 m rasos.

A largada é realizada no início da 1a curva. Com os mesmos princípios dos 200 metros rasos, os atletas deverão sair escalonados, para que todos percorram 400 metros em sua respectiva raia, até o fim da prova. Não poderá haver invasão da raia adversária.

2 - REVEZAMENTO

São as corridas entre equipes de quatro atletas que devem cumprir, cada um deles, uma quarta parte do percurso. Ao término de sua parte, o atleta deve passar um bastão ao companheiro que lhe sucede. Há dois tipos de revezamento: o de 4 x 100 m., e o de 4 x 400 m. O momento da passagem do bastão é indicado por marcas na pista. O êxito dependerá de dois fatores principais: precisão na saída e na passagem do bastão.

Revezamento 4 x 100 metros: uma equipe formada por quatro atletas deve percorrer 400 m (100 m cada atleta), sendo que ao fim de sua participação o competidor deve passar um bastão para o seu companheiro. Essa troca pode ocorrer em um espaço limitado de 20 m. Caso ultrapasse essa marca, a equipe poderá ser desclassificada. Se o bastão cair, somente aquele que o derrubou poderá pegá-lo novamente.

Revezamento 4 x 400 metros: segue a mesma linha do revezamento 4 x100 m, mas a distância percorrida por cada atleta é quatro vezes maior.

(FASE DE TRANSIÇÃO DO BASTÃO)

ZONA DE PASSAGEM OU REVEZAMENTO --------------- 20m

ZONA OPCIONAL --------------- 10m

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REGRAS:

Como é necessário que as trocas sejam efetuadas em velocidade (4x100), existe um espaço de 10m antes do início da zona de passagem, denominado zona opcional, onde o corredor que recebe o bastão se coloca em posição de espera do companheiro que traz o bastão.

Essa zona tem por objetivo permitir ao corretor receptor do bastão i corrida com antecedência, a fim de entrar na zona de passagem em alta velocidade, para igualar à velocidade do companheiro que está chegando.

Antes da zona opcional (10 a 15 pés), faz ponto de partida para o receptor do bastão iniciar sua corrida e não olha mais para trás, porque, a partir desse instante, toda a ação realizada pelos dois corredores é automática, obtida através de treinamento, até que o bastão seja passado de um corredor para outro. O corredor que vai receber o bastão deve se colocar no começo da zona opcional, numa posição favorável para executar sua ação. Para isso, existem duas maneiras de posicionamento:

a) Saída alta: O corredor se coloca em pé, ligeiramente inclinado para frente, com a afastadas, tendo o peso do corpo sobre a perna da frente. A cabeça deve estar voltada para trás, com o olhar dirigido ao companheiro que vem ao seu encontro.

b) Saída Semi-agachada: É a posição de espera em que o corredor, postado no início da zona opcional, se coloca na posição de três apoios, com as pernas em afastamento e a mão contrária ao pé da frente apoiada no chão. O olhar deve estar voltado para trás, do lado oposto à mão que está apoiada, observando o companheiro que se aproxima. O braço livre é colocado atrás, em posição normal de corrida.

Passagem não visual ou às cegas: velocidade intensa (4x100), e (4x200) e nela o receptor, após iniciar a corrida, não olha para o bastão, a fim de não perder velocidade com o movimento de cabeça, sendo assim, a maior responsabilidade da passagem está com o entregador.

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Passagem visual: A passagem visual é empregada nos revezamentos de 4x400m e maiores, em virtude de o atleta que vai entregar o b entregador e arrancar o bastão de sua mão. Nesse caso, a maior responsabilidade da passagem está com o receptor, pois este se encontra descansado, ao passo que o entregador chegará esgotado

Tipos ou Estilos da Passagem do Bastão

Francês ou Descendente Neste estilo o corredor que vai receber o bastão, ao ouvir o sinal do companheiro que está de posse do bastão, estende para trás um dos braços, previamente determinado, colocando a palma da mão voltada para cima e com os dedos unidos, à exceção do polegar, que se afasta dos demais, colocando-se em posição de recepção. Nesse momento, o corredor que o, através de um movimento de cima para baixo, e pela extremidade o do receptor, que o agarra rapidamente, coloca o braço em posição de corrida, dando prosseguimento à corrida. A vantagem deste estilo está no fato de que a maneira como o bastão é colocado sobre a mão do companheiro possibilita um espaço livre e facilita a entrega seguinte.

Alemão ou Ascendente: Para receber o bastão, o corredor coloca o braço de ação semiflexionado para trás, com a palma da mão voltada para o companheiro que se aproxima, tendo os dedos unidos, com exceção do polegar, que deve estar voltado para baixo, em direção ao solo. Dessa forma, o bastão é colocado em sua mão através de um movimento de baixo para cima, executado pelo companheiro que faz a passagem. Daí a denominação de passagem ascendente, devido à trajetória de elevação do bastão para ser colocado na mão do corredor receptor.

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O inconveniente deste estilo reside no perigo de o bastão cair da mão, uma vez que a mão receptora deve se unir ou ficar muito próxima à mão do companheiro que faz a entrega, a fim de não faltar espaço no bastão nas passagens seguintes, isto é, a metade anterior do bastão precisa ficar livre.

Levamos em consideração as características individuais de cada um, nas quais se observa o seguinte:

O primeiro corredor: Corre uma distância maior com o bastão em relação aos demais companheiros. Preferivelmente, deve ser um bom corredor de curva porque a sua etapa de corrida é composta da primeira curva da pista. E, finalmente, deve ser um grande largador, por sele ele o elemento encarregado de sair do bloco de partida – portanto, o iniciante da corrida

O segundo corredor: Sua velocidade deve ser combinada com a do primeiro corredor, ou seja, sua velocidade inicial deve estar relacionada com a velocidade final do primeiro homem. Deve ter uma reação bastante rápida para iniciar a sua corrida no momento em que seu companheiro passa pelo handcap, para que sua partida seja bastante segura. Precisa dominar perfeitamente o revezamento, uma vez que vai receber e passar o bastão logo a seguir. E deve ser um bom corredor de reta e muito potente porque, juntamente com o terceiro corredor, é o elemento que corre maior distância entre os componentes da equipe (cerca de 126m aproximadamente).

O terceiro corredor: Tal como o primeiro corredor, deve ser um excelente corredor de curva; as demais características são idênticas ao segundo corredor.

O quarto corredor: Entre todos os componentes da equipe, é aquele que corre a menor distância com o bastão na mão, por ser o último corredor, cuja etapa termina na linha de chegada da prova. Precisa estar bem entrosado com o terceiro corredor e dominar perfeitamente a recepção do bastão, não tendo necessariamente de ser um bom entregador porque não realiza esta ação, uma vez que é finalizador. Normalmente, é o melhor velocista da equipe porque será o elemento que deverá manter uma possível vantagem conseguida por seus companheiros, ou mesmo tirar ou descontar um possível retardamento, ocasionado por alguma deficiência.

3 - OBSTÁCULOS

De influência hípica, esta prova foi introduzida nos Jogos Olímpicos de 1900, em Paris. A distância atual desta corrida é de 3.000m - masculino e feminino -, e inclui 4 obstáculos secos e 1 obstáculo do fosso à cada volta da pista. Este último é o mais espetacular, de vez que o competidor deve transpor o obstáculo e saltar o fosso de 3,66m de comprimento.

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3.000 metros com obstáculos: inspirada no hipismo, a prova consiste em um percurso de 3.000 metros que contém barreiras seguidas de pequenos lagos como obstáculos. Vence aquele que cruzar primeiro a linha de chegada.

4 - BARREIRAS

São as realizadas em pistas com barreiras, nas distâncias de 100, 110 e 400 metros. Os atletas devem dominar técnica especial para manter o equilíbrio e o ritmo, ao combinar a ação de correr com a de saltar.

110 metros com barreiras (100 m para mulheres): oito competidores têm de percorrer a distância previamente determinada pulando as dez barreiras que existem no percurso. Vence quem cruzar primeiro a linha de chegada.

400 metros com barreiras: segue a mesma linha dos 110 m com barreiras (100 m para mulheres), mas as dez barreiras nesse caso são um pouco menores.

PROVAS DE MEIA-DISTÂNCIA E FUNDO

800 metros: é uma prova de meia-distância, na qual os competidores devem percorrer toda a extensão da pista de atletismo duas vezes. Vence aquele que cruzar primeiro a linha de chegada.

1.500 metros: outra prova de meia-distância. Segue a mesma linha das outras provas de velocidade, consagrando aquele que primeiro cruzar a linha de chegada.

5.000 metros: é conhecida como uma prova de fundo, por não se tratar apenas de uma

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competição de velocidade. Vence aquele que cruzar primeiro a linha de chegada.

10.000 metros: é a prova do atletismo mais longa disputada dentro de um estádio. Assim como em todas as outras provas de velocidade, vence quem cruzar primeiro a linha de chegada.

CORRIDAS DE RUA

Como o próprio nome já diz, essas provas são corridas disputadas em ruas ou rodovias. As corridas de rua têm uma rica tradição. Competições de corridas de rua já eram populares na Inglaterra no século 18. A mais famosa aqui no Brasil é a São Silvestre, disputada todos os anos no dia 31 de dezembro, em São Paulo. Essas corridas podem ser disputadas em várias distâncias, mas a mais comum é a Maratona, com 42.195 km. São populares em todo o mundo, mas a mais tradicional é a de Boston.De todas as corridas de rua, a maratona é a única disputada nos jogos olímpicos.

Aqui no Brasil a prova mais tradicional é a São Silvestre que é disputada nas ruas de São Paulo desde 1924.

MARATONA

Na maratona, os corredores percorrem uma distância de 42.195 metros.

A maratona olímpica - que acabou convertendo-se numa das provas clássicas dos jogos olímpicos modernos - foi corrida num percurso de 42Km, aproximadamente a mesma distância cumprida por Fidípedes. Seu primeiro vencedor foi o grego Louís Spýros, modesto fabricante que vivia em Marusi.

As maratonas são populares em todo o mundo, sendo que as mais importantes chegam a reunir mais de 30 mil participantes e tem a sua lotação esgotada com antecedência. As maratonas de maior prestígio no mundo são: Boston (a mais tradicional sendo realizada desde 1897), Nova Iorque, Chicago, Londres, Honolulu, Roterdã e Paris.

No Japão os "Ekiden", um tipo de maratona de revezamento, são extremamente populares reunindo milhares de participantes. No Brasil as maratonas de revezamento também têm experimentado um crescente apelo popular.

Outras corridas que têm aumentado de popularidade são as ultramaratonas. A rigor qualquer corrida com distância maior do que a maratona é considerada uma ultra, englobando desde provas de 50 km até aquelas de vários dias. As ultra-maratonas são particularmente populares na África do Sul, onde a "Comrades" (89 km) e a "Two Oceans" (56 km) reúnem milhares de participantes.

De todas as corridas de rua, apenas a maratona é disputada nas Olimpíadas. Há ainda os mundiais de maratona, meia-maratona e maratona de revezamento.

CROSS-COUNTRY (CORTA-MATO)

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As provas de cross-country são realizadas sobre terreno não pavimentado: grama ou terra. As competições de cross-country começaram oficialmente na Grã Bretanha em 1876 e se mantém popular neste país até hoje.

O Campeonato Mundial de Cross-country é realizado anualmente nas distâncias de 4 km e 12 km para os homens, e 4 km e 8 km para mulheres. Nos últimos anos os africanos têm dominado as provas de cross-country, sendo que o seu representante mais famoso é Paul Tergat que sagrou-se pentacampeão mundial de 1995 a 1999. As provas de cross-country fizeram parte dos Jogos Olímpicos de 1912 até 1924.

Há ainda as provas de montanha que tem maior aceitação na Europa.

MARCHA ATLÉTICA

A marcha atlética tem origem nas competições de caminhada que datam dos séculos XVII a XIX.O esporte surgiu inspirado nos desafios de caminhadas, que duravam de 24 horas a 6 dias, realizados na Inglaterra entre 1775 e 1800.

Em 1908 passou para a condição de esporte olímpico, porém as distâncias eram outras (1500 m e 3000 m). Muito criticada, não foi disputada nas competições seguintes, voltando a ser um esporte olímpico em 1928. A partir de 1956, as Olimpíadas passaram a incorporar a marcha atlética nas distâncias que perduram até hoje de 20 km e 50 km.

A modalidade foi trazida ao Brasil em 1936, por José Carlos Daudt e Túlio de Rose, que assistiram à marcha nos Jogos Olímpicos de Berlim. Já em 1937 aconteceu, em Porto Alegre, a primeira disputa, da qual o vencedor foi Carmindo Klein.

As principais características são: o fato de que o atleta tem que, ao caminhar durante toda a prova, manter um dos pés no chão, e mais: ao dar cada passo, a perna que avança deve estar reta. Para que esse movimento em progressão seja possível, há necessidade de rodar o quadril, o que causa um “requebrar” como conseqüência.

Geralmente as provas são disputadas nas ruas. As distancias das provas de marcha atlética são:

Feminino – 20 kmMasculino – 20 km ou 50 km

O atleta que pratica o esporte é chamado de marchador. Atenção, concentração, ritmo, coordenação, boa resistência e treino extensivo são essenciais.

Durante o percurso, os atletas são fiscalizados por juízes, que são incumbidos de avisar aos atletas quando estes estiverem marchando de forma errada. Para isso utilizam discos amarelos, que sinalizam uma possível infração. Caso o atleta persista no erro, lhe é mostrado um cartão vermelho. Se três juízes diferentes mostrarem o cartão vermelho ao mesmo atleta, esse é desclassificado.

O mais famoso marchador, que obteve as mais importantes vitórias foi Robert Korzeniowski. Entre os anos de 1996 e 2004, o polonês foi tetracampeão olímpico e tricampeão mundial.

Jefferson Pérez (Equador) é o atual recordista mundial na categoria 20 km, e Denis Nizhegorodov (Russo) é o atual recordista na categoria 50 km.

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Falta grave: perda de contato com o solo.

Em cada competição de Marcha Atlética haverá, pelo menos, seis Juízes que fiscalizarão a progressão dos atletas segundo as regras definidas no artigo 230 do regulamento da Federação Internacional de Atletismo

Três gestos básicos pra observarmos o risco de perdermos o contato com o solo:

*Durante a sustentação em apenas 1 perna (fase de transição), a perna deverá estar reta ;*Na movimentação dos braços, as mãos passarem pelo eixo da Cintura Escápulo-Umeral;*A coluna inclinada para frente ou pra trás . São gestos indicativos de perda de contato com o solo.

Duplo Apoio - fase de curta duração em que ambos os pés estão em contacto com o solo coincidindo a última fase de impulsão (pé posterior) com a primeira fase de tracção (pé anterior). Constitui a fase de maior amplitude da passada, da movimentação dos membros e da bacia.

Tracção - ao acabar o duplo apoio começa a fase de tracção, realizada pelo membro inferior anterior, graças ao trabalho dos músculos glúteos, e à inércia do centro de gravidade. Esta fase termina quando o tronco se encontra na vertical do pé de apoio.

Apoio - fase intermédia entre a tracção e a impulsão em que a bacia se encontra no mesmo plano que os ombros.

Impulsão - quando o tronco ultrapassa a vertical do pé de apoio dá-se início à fase de impulsão realizando-se a rotação do pé‚ calcanhar-ponta, a rotação da bacia na direcção da progressão e a movimentação dos membros superiores até à máxima amplitude.

PROCEDIMENTOS

Um atleta pode ser Advertido, por qualquer dos seis Juízes, com uma raqueta branca com um símbolo inscrito em cada uma das faces, quando a sua progressão estiver em risco de infringir:a) o contacto com o solo (perda de contacto com o solo / suspensão);b) a extensão da perna de apoio desde o primeiro contacto com o solo até à posição vertical (flexão)

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Um atleta será Desclassificado quando na opinião de três Juízes, não respeite a forma de progressão definida regulamentarmente. A desclassificação ocorrerá apenas quando o Juiz Chefe lhe mostrar a raqueta de cor vermelha.

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PROVAS DE CAMPO

Salto em Altura Salto em Distância

Salto Triplo

Salto com Vara

Arremesso do Peso

Lançamento do Disco

Lançamento do Dardo

Lançamento do Martelo

SALTOS:

1 - ALTURA

Este evento não figura nos Jogos Antigos, mas foi comumente praticado pelos Celtas. A primeira competição foi organizada na Inglaterra, em 1940, e regimentada em 1965, onde cada competidor possuía três saltos em cada altura e a barra não poderia ser aumentada no caso do competidor derrubá-la. A altura de seis pés (1,83m) foi utilizada pela primeira vez por Marshall Brooks (Grã-Bretanha), em 1874, usando a técnica de um pé primeiro.

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Prova na qual os atletas correm em direção a uma barra horizontal presa por dois suportes em determinada altura, com o intuito de saltar por cima do obstáculo sem derrubá-lo. Esse salto normalmente é feito de costas, pois tal movimento aumenta a impulsão do atleta. Cada competidor tem direito a três saltos iniciais a uma altura definida pelo juiz. Caso consiga acertar um, o competidor segue na disputa e precisa subir a medida do obstáculo em pelo menos dois centímetros.

O salto mais alto conta como resultado final de cada atleta, e aquele que conseguir a maior altura é o campeão. Em caso de empate, será vencedor aquele que deu menos saltos para alcançar sua marca. Se a igualdade persistir, o número de erros será avaliado. Se ainda assim a disputa continuar empatada, os dois ganham medalhas, exceto na briga pelo ouro, em que há um salto adicional.

(1) (2) (3) (4)

(5) (6) (7) (8)

(9)

1- Salto de tesoura; 2- Salto Cortado; 3- Rolamento Californiano;  4- Variante do Rolamento Californiano; 5- Variante do Rolamento Californiano;  6- Rolamento Ventral; 7- Variante do Rolamento Ventral; 8- Variante do Rolamento Ventral; 9- Flop;

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2 - DISTÂNCIA

Há muito tempo faz parte das competições esportivas. Figurou nos Jogos de 708 AC como parte do Pentatlo. O evento moderno foi regularizado na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1860: o levantar-vôo tinha que ser feito 20cm afastado da tábua dentro da marca de saibro.

Prova na qual os atletas devem percorrer uma raia correndo para ganhar impulsão e saltar antes de uma faixa branca marcada no chão, caindo com os dois pés em uma caixa de areia. Vence aquele que conseguir saltar o mais longe possível.

3 - TRIPLO

Os Celtas inventaram um estilo de três saltos numa ação contínua e isso foi regularizado até o fim do século XIX, primeiro pelos Irlandeses e depois pelos Americanos. Originalmente um vôo-vôo-salto, sendo primeiramente dois vôos com um mesmo pé, o Salto Triplo começou, depois de 1900, com a Técnica vôo-passo-salto.

Segue a mesma linha do salto em distância, mas o pulo final deve acontecer após uma série de duas passadas mais largas, que servem para dar impulsão ao atleta. Vence quem saltar o mais longe possível.

CONDIÇÃO FÍSICA   TÉCNICA

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VELOCIDADE, FORÇA DE IMPULSÃO,

RESISTÊNCIA DE IMPULSÃO, SENTIDO DE RITMO,

FLEXIBILIDADE ESPECIAL

+CORRIDA DE BALANÇO

1º SALTO (HOP)

2º SALTO (STEP)

3º SALTO (JUMP)

1º Salto « Hop » (ver fig2). É o mais baixo possível. A perna de impulsão é movimentada rapidamente sob o corpo, através da qual o saltador garante uma maior velocidade horizontal possível. A queda dá-se através da antecipação extensa do pé de queda (perna de impulsão), a perna, neste caso, está quase esticada. O saltador continua nesta fase até atingir o solo. O centro de gravidade do corpo deve permanecer cerca de um pé atrás do pé da frente. A própria queda dá-se sobre a planta do pé. Os braços e a perna de balanço auxiliam, através de uma oscilação intensa a impulsão para o 2º Salto « step », o que dá « mais cuidados » ao atleta do triplo salto (ver fig3). Os aumentos de rendimento também são atribuídos à extensão do « step », como por várias vezes já foi comprovado através de grandes prestações de vários atletas.

A perna de balanço é movimentada até a horizontal; os braços movimentam-se alternadamente ou simultaneamente. O tronco permanece também aqui direito. A perna de impulsão, primeiro esticada, é mais tarde flectida e o joelho da frente é levado até à altura da bacia. Uma extensão simultânea das pernas de balanço e de impulsão inicia a queda. O pé apoia-se sobre toda a

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planta; o centro de gravidade do corpo encontra-se mais ou menos sobre os calcanhares. Esta « queda activa » facilita a impulsão para o 3º salto « Jump », a única parte do triplo salto que pode ser designada como salto como salto em comprimento (ver fig4). São possíveis todas as variantes da técnica, designadamente o salto engrupado, em extensão ou de corrida.

4 - VARA

Foi conhecido pelos velhos Gregos através de saltos por cima dos touros. Os Celtas usaram a vara, mas para competição em extensão. Esse evento iniciou uma competição vertical na Alemanha em torno de 1775, durante competições de ginástica.

Segue a mesma linha de disputa do salto em distância. A diferença é que os saltos são dados com o auxílio de uma vara, o que faz o atleta subir mais. Vence aquele que conseguir a maior altura.

A pista oficial no salto com vara deve medir no mínimo 45m. O atleta deve saltar sobre um travessão - a fasquia ou sarrafo - apoiado em duas traves verticais.São permitidas um máximo de três tentativas para cada altura escolhida pelo atleta, o qual pode se recusar a saltar sob determinadas alturas com o intuito de alcançar mais rapidamente marcas

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maiores.Contam como faltas a queda do sarrafo, tanto pelo corpo do atleta quanto pela vara, e a mudança da posição das mãos após a vara ser fincada na caixa de apoio. Três faltas seguidas acabam com a prova.

O atleta deve ser extremamente coordenado pois a vara por ser grande desenvolve um desequilíbrio tal, forçando o atleta projetar o centro de gravidade da vara para o seu (elevando a ponta da vara para trás). Uma grande importância também é dada a empunhadura. Carregar sempre a vara do lado contrário da perna de impulsão para não atrapalhar a dinâmica do salto. Os braços devem estar abertos do lado contrário do pé de impulsão. Abaixa-se a ponta da vara e a mão do pé de impulsão eleva sua ponta, a fim de buscar o equilíbrio. 

A corrida deve ser ritmada para acertar o salto no tempo certo a vara no "take off"e coordenar. Se o atleta errar o passo não conseguirá encaixá-la, ou seja, se perder o ritmo desta corrida vibrará excessivamente a vara dificultando o alinhamento da passada.

Impulsão:

Existem dois movimentos de pêndulo. 1) Vara sobre o solo e 2) Homem sobre a vara.

O movimento de rotação gera o pêndulo e quando ela é travada naturalmente cria um movimento de pêndulo. Com a rotação dos segmentos no ar (lançamento de elevação da perna), irá subir em posição de "L". A aceleração criada pelo pêndulo, ao empurrar a vara para baixo e para trás ganhará uma força para cima e para frente. Acelera girando o corpo para baixo entra com as pernas para o sarrafo. O Atleta empurra a vara e cai sentado sobre o colchão. A transferência da energia cinética pra energia mecânica ocorre quando o atleta trava com a mão da frente (empurra a vara) e abaixa com a de trás, envergando-a. Quando este atleta freia, a energia é transferida para a vara e consequentemente para o centro de gravidade pela frente.

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Transposição ou Repulsão:

Após girar o corpo, lançar as pernas, flexionando os joelhos e elevando os quadris. Os braços vão para trás, provocando a queda sentado no colchão de H²O.

Queda: Carpa-se o corpo elevando os quadris e em seguida cai-se sentado no colchão.

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