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MBA em Agronegócios e Desenvolvimento Sustentável Gestão da qualidade e Certificações no Agronegócio – MAD2

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Gestao da Qualidade e Certifica

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MBA em Agronegócios e Desenvolvimento Sustentável

Gestão da qualidade e Certificações no Agronegócio – MAD2

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Parte III Certificações

• Conceito• Tipos de Certificação• Auditoria

Agenda

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Certificação

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A certificação serve para demonstrar que um produto foi produzido sob determinada forma ou possui determinadas características. A certificação permite diferenciar o produto de outros produtos, o que poderá ser útil no momento de promovê-lo em distintos mercados.

Assimetria informacional – desconfiança dos consumidores Vaca louca Transgênicos

Desvantagem – aumento dos custos no processo

"A certificação é um serviço que tem por objetivo restaurar a transparência de mercados em que a informação não é compartilhada igualmente por vendedores e compradores e que a verificação dos atributos relevantes é custosa"

Por que Certificar?

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Alguns com mais informações que outros (vendedor)

Consequências Produtos qualidade distintas – mesmo preço Predominância de qualidade inferior

Solução Diferenciação

• Padronização;• Rastreabilidade;• Certificação;• Certificados de garantia;• Outros.

Informação assimétrica

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Barreiras não tarifárias: Restrições ambientais, sociais, sanitárias e padrões de

qualidade distintos;

Certificação pode ser vista sob dois enfoques: Atendimento às exigências internacionais - barreira técnicas Mercado interno - diferenciação e valorização

É um dos mecanismos de garantia de qualidade que pode ser usado nos sistemas agroindustriais e;

É uma forma de transmitir informações sobre a segurança do produto baseada em um documento ou certificado formal.

Certificação e barreiras

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Complemento em direção a uma agricultura sustentável:

Introdução de inovações na agricultura intensiva, onde as questões ambiental e a de saúde se somam à meta de aumento de produção e produtividade;

Crescimento da agricultura orgânica e dos sistemas agro ecológicos.

Certificação e Sustentabilidade

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Certificação Voluntária - é aquela que não possui qualquer regulamentação de órgão oficial, desta podemos destacar as certificações de sistemas de gestão da qualidade (NBR ISO 9000) e gestão ambiental (NBR ISO 14000);

Certificação Compulsória - é aquela regulamentada por lei ou portaria de um órgão regulamentador, como por exemplo o INMETRO. A compulsoriedade dá prioridade às questões de segurança, saúde e meio ambiente, assim os produtos listados nas regulamentações apenas podem ser comercializados com a certificação.

Barras e Fios de Aço, Brinquedo – Segurança, Cabos e Cordões Flexíveis, Capacete de proteção para ocupantes de Motocicletas e similares, Configuração de Motores – Emissão Veicular, Dispositivo de Fixação de Contêiner – Fabricação, Eixo Veicular Auxiliar – Adaptação, Eixo Veicular Auxiliar – Fabricação, Embalagem Plástica para Álcool, Equipamento Elétrico para Atmosfera Explosiva, Equipamentos Eletromédicos, Extintor de Incêndio – Fabricação, Extintor de Incêndio – Inspeção, Manutenção e Recarga, Fios e Cabos Isolados até 750 V, Filtro Tipo Prensa para Óleo Diesel, Fósforo, Fusível Tipo Rolha Cartucho, Mamadeira, Mangueira PVC para GLP, Pneus novos de Automóveis, Caminhões e Ônibus, Pneus Novos de Motocicletas, Motoneta e Ciclomotor, Ônibus Urbano – Carroçarias, Recipiente de Aço para GLP – (Botijão de gás), Regulador de Pressão para GLP, Requalificação de Botijões de Gás (Distribuição de GLP), Preservativo Masculino, Vidros de Segurança dos Veículos, Veículo (Rodoviário) Porta-Contêiner – Fabricação e Adaptação

Certificação

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Consumidor

Certificação

Sustentabilidade

Alimentos seguros

Exigência do mercado

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Vale a pena certificar?E na sua empresa?

Reflexão

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Tipos de Certificação

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ISO 9001 Padronização de todos os processos-chave da organização, processos que afetam o

produto e consequentemente o cliente; Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a qualidade

do produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios; Implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a

rastreabilidade do processo; Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando

necessário; Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua

eficácia. Procedimentos obrigatórios: Controle de documentos, controle de registros, ação

preventiva, ação corretiva, produtos não conforme e auditoria interna

ISO 14001 Estabelecer a criação, manutenção e melhoria do sistema de gestão ambiental e

das áreas envolvidas em seu entorno; Verificar se a empresa está em conformidade (de acordo) com sua própria política

ambiental e outras determinações legais; Permitir que a empresa demonstre isso para a sociedade; Permitir que a empresa possa solicitar uma certificação/registro do sistema de

gestão ambiental, por um organismo certificador (empresa que dá o certificado) externo.

Sistema ISO

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EUROPA – Lei Geral dos Alimentos - 2002. Normativa CEE178/2002, em vigor a partir de janeiro de 2005,

estabelece, entre outras coisas, que a rastreabilidade deve ser assegurada em todas as fases da produção, transformação e distribuição dos gêneros alimentícios.

USA – Lei do Bioterrorismo – 2002. Estabelece que todas as exportações de produtos agroalimentares

para os Estados Unidos devem possuir um sistema de rastreabilidade.

JAPÃO – Rastreabilidade – 2006.

Rastreabilidade

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A rastreabilidade permite verificar o histórico, a utilização/localização de um produto utilizando-se os registro realizados;

No que tange ao agronegócios, rastreabilidade é a ligação entre todas as etapas da cadeia agro alimentar, desde o agricultor/pecuarista até o consumidor final, desde a origem, histórico e componentes do produto;

“Habilidade de rastrear um lote de um produto ou sua história por toda cadeia agroindustrial ou por parte dela da produção rural até os canais de distribuição”

A rastreabilidade é uma exigência para os frigoríficos que exportam carne bovina.

Rastreabilidade

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Rastreabilidade

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European Retailers Produce Working Group - Good Agricultural Practices

É um esquema de referência de boas práticas agrícolas, com participação voluntária, e que visa atender o interesse do consumidor em termos de segurança alimentar, bem-estar animal, proteção ambiental e saúde, segurança e bem-estar do trabalhador;

Protocolo de boas práticas agrícolas, ou Good Agricultural Practices – GAP, que devem ser seguidas pelos produtores para a obtenção e manutenção da certificação. A certificação pode ser requerida pelos produtores individualmente ou em grupo;

A partir de 2007 - GlobalGap

EUREPGAP

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Global Partnership for Good Agricultural Practice

O selo GLOBALGAP é uma marca comercial destinada ao uso de empresa para empresa e, como tal, não é diretamente visível para o consumidor final

GlobalGap

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Alguns números:

GlobalGap

Seurança al-imentar

CE6605660al

Meio ambiente CE6605660al

Rastreamento CE6605660al

Bem estar trabalhadores CE6605660al

Pontos de Controle (234)

1400 inspetores e auditores treinados

trabalhando para 142 certificadoras

acreditadas certificando 409 produtos

agrícolas em 112 países

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Os Pontos de Controle e Critérios de Cumprimento (PCCC) para caso do limão Taiti:

14 seções: Lista as Obrigações maiores - 47 Pontos de Controle; Obrigações menores - 98 Pontos de Controle; Recomendações - 65 Pontos de Controle.

GlobalGap

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Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle Indústria de Alimentos

Enfoque é descobrir em quais etapas do processo há perigo de contaminação do produto para que assim atue preventivamente de forma a eliminar o perigo;

Este programa visa garantir a produção de alimentos seguros à saúde do consumidor;

O mesmo é acompanhado de dois pré-requisitos: Boas Práticas de Fabricação (BPF); Procedimentos Padrões de Higiene Operacional (PPHO)

APPCC (HACCP)

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Pontos Críticos de Controle

PCC

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Boas Práticas de Fabricação Medicamentos

Conjunto de procedimentos que determinam a produção de produtos humanos e veterinários (que inclui a indústria alimentícia);

Deste modo visa à produção de alimentos processados inócuos e saudáveis, ou seja, é outra ferramenta utilizada pelas empresas para garantir a segurança dos seus produtos;

Elementos de um programa de BPF são: pessoal; edifício e instalações; produção; equipamentos e utensílios; limpeza e sanitização; codificação; armazenamento e distribuição; e, controle de pragas.

BPF

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Procedimentos Padrões de Higiene Operacional Asseguram a ausência de riscos de contaminação dos produtos, e

define ações corretivas, ferramenta essencial na produção de produtos agro alimentares;

Este é o segundo pré-requisito que junto com a BPF, acompanha o APPCC, pois este último é um programa para controle de processo e não para o ambiente que ocorre o processo, sendo assim, há a necessidade de se ter o BPF e o PPHO para completar esse sistema que juntos visam à segurança e a qualidade do produto que chega ao consumidor final;

Com base na Resolução DIPOA/DAS nº 10, de 22 de maio de 2003 (MAPA, 2003, p. 02), tem-se: “[...] são procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados [...]”;

Desta forma, o PPHO busca verificar a segurança do produto em todas as etapas produtivas juntamente com o BPF, atuando no ambiente de produção paralelamente ao APPCC que atua no processo de produção.

PPHO

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Produção Integrada de Frutas

É um sistema de produção baseado na sustentabilidade, aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, utilizando instrumentos adequados de monitoramento dos procedimentos e a rastreabilidade de todo o processo, tornando-o economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo.

Maças - RS, Uva e manga no São Francisco, ....

PIF

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Garantir a origem (procedência) e qualidade orgânica dos produtos obtidos

Mercado Interno

Mercado Comum Europeu

Mercado Norte Americano

Mercado do Canadá

Orgânico

INFOAM (Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica)

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Outros Orgânicos

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Programa exclusivo do Grupo Pão de Açúcar e foi desenvolvido para garantir um alto padrão de qualidade aos produtos que oferecemos aos nossos clientes, com respeito às normas trabalhistas e implementação de boas práticas agrícolas

A ANVISA reconhece o programa Qualidade Desde a Origem como exemplo de Programa de Qualidade no varejo brasileiro. Todas as informações ficam disponíveis na internet e os clientes podem consultar a origem dos alimentos que consomem que sempre que quiserem.

Qualidade desde a origem

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A TESCO NURTURE (antes conhecida como TESCO NATURE'S CHOICE SCHEME) é um padrão que todos os produtores de alimentos in natura ao redor do mundo têm que alcançar para prover frutas e hortaliças in natura para a rede de supermercados TESCO na Europa;

A TESCO NURTURE foi introduzida em 1991 para controlar o uso de produtos químico e desenvolver padrões de produção ambientalmente sustentáveis para produtores;

O padrão foi desenvolvido para assegurar que produtos in natura tenham qualidade máxima e venha de produtores que utilizam as Boas Práticas Agrícolas, que operem de um modo ambientalmente responsável, considerando a saúde e responsabilidade social para seus colaboradores.

Objetivo Através da certificação TESCO, produtores asseguram que seus produtos são

produzidos com impacto ambiental mínimo, com um nível elevado de produto de alta qualidade.

Tesco

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Forest Stewardship Council

Benefícios: Para os produtores florestais:

• Preços melhores;• Aumento da produtividade;• Melhoria de imagem;

Para os beneficiadores e revendedores:• Garantia de origem;• Reconhecimento do mercado;• Responsabilidade social;

Para os consumidores:• Garantia de origem;• Contribuição para a causa.

Modalidades de certificação: Manejo Florestal, Cadeia de Custódia, Madeira Controlada

FSC

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“O que pretendemos agora é buscar, junto aos consumidores e novos mercados, o reconhecimento da Região do Cerrado Mineiro como origem produtora de cafés éticos, produzidos em um terroir singular e garantidos por indicação geográfica”

“Uma Região de Atitude para o Novo Mundo do Café”. A proposta é que o consumidor perceba que não está adquirindo apenas um café, mas toda a experiência e a história da região e de suas comunidades

Café de Atitude Ético: cafés produzidos com práticas sustentáveis, que gerem

desenvolvimento, reconhecimento e valor compartilhado para os produtores, para a Região do Cerrado Mineiro e para os parceiros estratégicos.

Rastreável: cafés produzidos por um processo de produção único, tendo como base os atributos singulares da indicação geográfica protegida da Região do Cerrado Mineiro, comprovados e garantidos pela certificação de origem, sustentabilidade e qualidade.

Alta qualidade: cafés diferenciados, produzidos com origem preservada em um terroir singular que caracteriza a Região do Cerrado Mineiro.

Café do Cerrado

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1992, criado o Caccer – Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado

1995 - demarcação das áreas produtoras de Minas Gerais: Sul de Minas, Cerrados de Minas, Montanhas de Minas e

Jequitinhonha de Minas. Cerrados de Minas = Cerrado Mineiro.

1999 - Fundaccer – Fundação de Desenvolvimento do Café do Cerrado

2002 - Sistema de Certificação de Origem e Qualidade 2005 - Certificação de Propriedade 2007 – parceria com ABIC - Cafés Sustentáveis do Brasil 2008 – parceria com Rainforest Alliance 2009 – projeto de Denominação de Origem junto ao INPI

Histórico

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Auditoria

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Averiguações propostas pela gestão da qualidade para monitorar os pontos fortes e fracos do processo de produção;

Para orientar os colaboradores e; Para demonstrar o interesse contínuo da organização pela

qualidade;

Tipos: Auditoria de sistema: verifica se a política da qualidade e o sistema estão

sendo conduzidos como rotina, no dia-a-dia, como previamente proposto;• Externa: auditores externos ou consultores e podem ser para compradores, para

certificação ou para premiações;• Interna: são preparadas pelo departamento de qualidade e podem ser aplicadas

pelo presidente, gerentes, colaboradores de qualidade, entre outros; Auditoria de processo: avalia se todos os padrões estabelecidos estão

sendo cumpridos, se os colaboradores seguem os procedimentos, se estão sendo devidamente educados e treinados e se os equipamentos passam por manutenção;

Auditoria de produto: averigua se o produto está em conformidade e atende às exigências da qualidade e do cliente;

Auditoria

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“O auditor pode possuir uma pilha de fórmulas e check lists, mas sem o conhecimento baseado em experiência, ele não conduzirá bem a sua função... Auditorias devem ser usadas para promover a qualidade, não para inspecionar.”

Kaoru Ishikawa

Interno: auditorias internas como uma ferramenta de medição dos processos da organização e, consequentemente, de apoio à gestão empresarial.

Auditor

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Como podemos tirar o máximo da certificação?

Reflexão

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DMU CONSULTORIA EMPRESARIAL E TREINAMENTOS EIRELI

Danilo Macarini Umbelino dos [email protected]

Goiânia

Tel: +55 62 8102-8283

Sync Action Consultoria Empresarial