Aula Qualidade 3
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1
FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS DA QUALIDADE
Aplicação na melhoria dos processos e resolução de problemas
2
2 tipos de problemas2 tipos de ferramentas
As ferramentas
da gestão e da
qualidade
As ferramentas
de base da
qualidade
OS PROBLEMAS ESTRATÉGICOS
OS PROBLEMAS OPERACIONAIS
3
AS 7 FERRAMENTAS BASE
• Folha de Registo (para recolha de dados)
• Estratificação (para poder fazer amostragem)
• Histograma (para ilustrar variações
• Diagrama em espinha de peixe (para identificar a origem dos problemas)
• Diagrama de Pareto (para hierarquizar factos)
• Diagramas ou cartas de controlo (para controlar o processo)
• Diagrama de correlação (para mostrar correlações)
4
Objectivos gerais
Facilitar a todos os membros da empresa, meios simples para a resolução de problemas
Podem ser utilizadas pela totalidade do pessoal da empresa.
Estão adaptadas ao trabalho em grupo uma vez que são visualizadas e consensualmente aceites.
5
Recolha e Análise de Dados(Folha de Registo)
6
Folhas de Recolha de Dados, de Registo ou de Verificação
Objectivo
Obter informação necessária para responder a respostas do tipo:
”quando ocorre?”
”quantas vezes ocorre?”
”quais os valores obtidos?”
7
Folhas de Recolha de Dados, de Registo ou de Verificação
Tipo de circuito :X22C64Data: 12 Jan 2006
Nº de Lote: 22602 Secção: B12
Tamanho da amostra:1025 Controlador: Pedro Reis
Tipo de defeitos
Teste visual 8
Teste funcional 22
Defeito de soldadura 6
Outros 5
TOTAL 41
•Exemplo de folha de registo utilizada no teste final de circuitos electrónicos para inspeccionar tipos de defeito.
Risco: falsificação de dados (fabricação de resultados)
8
Folhas de Recolha de Dados, de Registo ou de Verificação
•Exemplo de folha de registo utilizada para registar a proporção de produtos não conformes
Amostra 1 2 3 4 5 6 7 8
Tamanho da amostra (n) 100 100 100 100 100 100 100 100
Produtos não conformes 2 1 1 3 2 5 4 1
Proporção de não conf. 2% 1% 1% 3% 2% 5% 4% 1%
Tipo de Produto :X22C64 Data: 12 Jan 2006
Nº de Lote: 22602 Secção: B12
Tamanho da amostra:100 Controlador:Pedro Reis
9
Folhas de Recolha de Dados, de Registo ou de Verificação
•Exemplo de folha de registo utilizada para estudar a distribuição da dimensão de uma peça
Dimensão/amostra 1 2 3 4 5 6 7 8
Menos de 10,05 1 2 0 0 2 1 0 1
De 10,05 a 10,055 2 3 3 3 2 5 4 1
De 10,055 a 10,06 20 15 10 12 25 20 15 10
De 10,06 a 10,065 65 70 77 76 55 60 70 80
De 10,065 a 10,07 10 8 10 5 14 13 8 7
De 10,07 a 10,075 2 2 2 3 2 1 2 1
10.075 ou mais 0 0 1 1 0 0 1 0
Tipo de Produto :X22C64 Data: 12 Jan 2006
Nº de Lote: 22602 Secção: B12
Tamanho da amostra:100 Controlador: Pedro Reis
10
Folhas de Recolha de Dados, de Registo ou de Verificação
•Exemplo de folha de registo utilizada para controlar um processo de fabrico
Amostra 1 2 3 4 5 6 7 8
X1 10 11 10 12 9 11 12 10
X2 12 11 12 9 10 11 10 12
X3 11 11 11 12 9 11 10 10
X4 10 12 11 11 10 10 10 9
X5 9 10 10 9 12 11 11 11
MÉDIA 10.4 10.4 10.8 10.6 10 10.8 10.6 10.4
AMPLITUDE 3 2 2 3 3 1 2 3
Tipo de Produto :X22C64 Data: 12 Jan 2006
Nº de Lote: 22602 Secção: B12
Tamanho da amostra:5 Controlador: Pedro Reis
11
ESTRATIFICAÇÃO
Processo de dividir o todo heterogéneo em sub grupos homogéneos
12
Análise da VariaçãoHistogramas
13
Histogramas
Exemplo:
1413 10 10 15 13 13 13 15 14
1611 9 10 15 12 10 11 12 13
1411 17 16 14 11 12 14 13 13
1413 13 12 13 14 15 11 13 16
1212 13 13 12 15 11 15 12 12
Dados registados relativos a 50 valoresEspecificação: 5 < X < 15
|17 1
|||16 3
||||||15 6
|||||||||12 9
|||||||||||||13 13
|||||||14 7
6
7
8
|9 1
||||10 4
||||||11 6
5
Gráfico de contagem
Frequência
14
Exemplo:
HISTOGRAMA20
Frequência
19
18
17
15
11
13
9
7
6
4
3
2
1
5 6 7 8 9 10 11 12 16151413 17
Histogramas
15
Diagrama de Pareto ouDiagrama 80/20 ou Diagrama ABC
16
Diagrama de Pareto
Objectivo
Determinar a importância relativa das informações para fixar as prioridades de estudo.
17
Diagrama de Pareto
Freq.
22 Teste funcional Teste visual Defeitos de soldadura 8 6 Outros 5
Tipo de defeito
Tipo de circuito: X22C64 Data: 12 Jan 1999
Numero de lote: 22602 Secção: B12
Tamanho da amostra: 1025 Controlador: Pedro Reis
Tipo de Defeitos Numero de não conformidades
Teste visual | | | | | | | | 8
Teste funcional | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | | 22
Defeito de soldadura | | | | | | 6
Outros | | | | | 5
Total 41
18
Diagrama de ParetoReclamação Frequência Custo
A 100 100
B 60 30
C 20 200
D 15 10
Reclamação A B C D C A B D
Frequência Custo
100
50
200
100
19
Diagrama de Causa-Efeito, de Ishikawa ou de Espinha de Peixe
20
Diagrama de Causa-Efeito, de Ishikawa ou de Espinha de Peixe
Objectivo
Determinar todas as causas possíveis de um problema para obter as causas mais prováveis do mesmo
21
Diagrama de Causa-Efeito, de Ishikawa ou de Espinha de Peixe
O diagrama Causa-Efeito, é também chamado de diagrama Ishikawa, por ter sido inventado por um Japonês com este nome.
Também é conhecido como diagrama de Espinha de Peixe, devido à sua forma depois de construído.
Este diagrama é representado por uma figura formada por diferentes linhas e rectângulos que servem para representar de uma forma organizada as relações entre um efeito observado e as suas possíveis causas.
22
Diagrama de Causa-Efeito, de Ishikawa ou de Espinha de Peixe
CAUSASSão variáveis ou factores que contribuem para o problema em estudo (efeito) e podem ser, entre outras, mão de obra, máquinas, métodos, materiais, meio ambiente.
EFEITO
É o problema em estudo. Este efeito ou problema pode ser, por exemplo: a frequência de acidentes; a poluição ambiental; defeitos; etc.
EFEITO
CAUSA 1 CAUSA 2 CAUSA 3
CAUSA 4 CAUSA 5
23
Construção do Diagrama Causa-Efeito
A sua aplicação requer a constituição de um grupo de pessoas directamente relacionadas com o problema a solucionar, que deverão participar activamente, e que seja seguida uma determinada metodologia:
1. Identificar bem o problema a estudar e registar no rectângulo do lado direito do diagrama reservado para o Efeito.
PROBLEMA DA QUALIDADE
(EFEITO)
24
Construção do Diagrama Causa-Efeito
2. Nos restantes rectângulos anotar as causas principais do problema em estudo. Na maior parte dos casos as causas principais devem-se a:
- Mão de obra - Materiais - Meio ambiente
- Máquinas - Métodos
PROBLEMA DA QUALIDADE
(EFEITO)
MÃO DE OBRA MÁQUINAS MÉTODOS
MATERIAIS MEIO AMBIENTE
(CAUSAS)
25
Construção do Diagrama Causa-Efeito
3. Para cada uma das causas principais identificar as subcausas, isto é, as causas que dão origem às causas principais:
PROBLEMA DA QUALIDADE
(EFEITO)
MÃO DE OBRAMÁQUINAS
MÉTODOS
MATERIAIS MEIO AMBIENTE
(CAUSAS)
Subcausa
Subcausa
26
Construção do Diagrama Causa-Efeito
Exemplo:
Num caso em estudo, a causa principal - Mão de Obra - tem por subcausas do problema, o facto de haver um colaborador novo e a fadiga. Por outro lado, foi também identificado, que o facto de o colaborador ser novo tem influência na qualidade, por ter sido sujeito a um reduzido tempo de treino e por não ter formação especializada.
PROBLEMA DA QUALIDADE
(EFEITO)
MÃO DE OBRA
Colaborador novo
Insuficiente tempo de treino
Sem formação especializada
Fadiga
Excesso de horas extraordinárias
27
Diagrama de Dispersão ou de Correlação
28
Diagrama de Dispersão ou de Correlação
Objectivo
Determinar a existência de uma relação entre 2 grupos de dados
29
Diagrama de Dispersão ou de Correlação
O Diagrama de Dispersão é um gráfico entre duas variáveis que serve para verificar se existe alguma relação entre elas. Usualmente a relação a estudar é do tipo causa-efeito, embora o diagrama não permita identificar qual das variáveis é a causa e qual é o efeito.
Observando o padrão de disposição dos pontos, é possível concluir sobre a eventual relação entre as duas variáveis. Variável 1
Va
riá
ve
l 2
Diagrama de Dispersão
30
Diagrama de Dispersão ou de Correlação
X
Y
Correlação Positiva
X
Y
Correlação Negativa
X
Y
Sem Correlação
Quando a variável X aumenta implica um aumento da variável Y. Se se controlar a variável X a variável Y também é controlada.
Ex: nº de horas de estudo versus classificação obtida; nº de defeitos versus horas extraordinárias
Neste tipo de relação, um aumento de X significa uma diminuição de Y.
Ex: Idade de um equipamento versus eficiência
Não existe relação entre a variável X e a variável Y
31
Análise da VariaçãoCartas de Controlo
32
Controlo Estatístico doProcesso
DISPERSÃO DO PROCESSO SEGUNDO A DISTRIBUIÇÃO NORMALCurva de Gauss
99,994 %
99,73 %
95,44 %
68,26 %
+1+2
+3+4
-1-2
-3-4
Percentagens da Distribuição Normal
LIC LSC
LIC LSC
Processo
Meio ambiente
Métodos
Mão de obra
Máquinas
Matéria Prima
33
• Instrumento que permite identificar as causas de variação não natural do processo;
• Utiliza limites de controlo, superior, inferior e, por vezes, auxiliares.
Cartas de Controlo
X + 2
X + 3
X - 2
X - 3
X
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª
LSC
LIC
34
• Se numa distribuição normal o processo estiver sob
controlo, isto é normalmente entre (X + 3 ) e (X - 3 ),
a probabilidade de uma peça estar fora dos limites de
controlo é de 0,27% - aproximadamente 0,3%.
Quer isto dizer que a quantidade de peças defeituosas
que será gerada pelo processo será 0,3%, isto é, apenas
três peças em mil.
Cartas de Controlo
35
BENEFÍCIOS DAS CARTAS DE CONTROLO
1. São instrumentos fáceis e simples de aplicar pelos executantes, no sentido de seobter o controlo contínuo do processo.
(podem ser traçadas no local de trabalho, dando informações preciosas sobre os momentos em que
são necessárias acções correctivas)
2. Desde que o processo esteja sob controlo estatístico elas permitem:
- Prever de forma adequada o comportamento do processo ajudando a garantir que o processo
tenha consistência em termos de custo e qualidade;
- Melhorar, com base na informação disponível nas cartas, os processos no sentido de reduzir avariabilidade, fornecendo um instrumento para verificação da eficácia das acções de melhoria.
(aumentar a satisfação do cliente, reduzir nº de rejeições ou de reciclagens, aumento do
rendimento do processo e da capacidade efectiva de produção)
Cartas de Controlo
36
BENEFÍCIOS DAS CARTAS DE CONTROLO
3. Permitem a utilização de uma linguagem comum:
- no estudo das melhorias do processo, entre operários, os supervisores, e as restantesactividades ligadas à produção (métodos, materiais, projecto, etc.);
- estabelecem uma linguagem comum entre a empresa e os seus clientes.
4. Ao distinguirem entre as causas comuns e as causas especiais que afectam os processos,os gráficos de controlo facilitam:
- indicações precisas sobre a oportunidade e possibilidade de acções correctivas:
> no próprio local de trabalho;
> ou através de decisões da direcção da empresa.
Cartas de Controlo
37
Cartas de Controlo
Tipos de Cartas de Controlo
Variáveis
(características mensuráveis; variáveis contínuas)
Atributos
(variáveis discretas)
Média e Amplitude
Carta X e Carta R
Número de Artigos Não Conformes
Carta np
Média e Desvio Padrão
Carta X e Carta s (n>10)
Proporções de Artigos Não Conformes
Carta p
Média e Variância
Carta X e Carta s²
Número de Defeitos
Carta c
Observações individuais e Amplitudes Móveis
Carta X e Carta MR
Número de Defeitos por unidade
Carta u
38
1. organize uma folha de registo como a do exemplo 2 do ponto 2.1.;2. escreva, na folha de registo, o número (d) de artigos não-conformes em cada amostra;3. calcule a proporção (pi)de artigos não-conformes de cada amostra através da fórmula:4. pi = di / n5. calcule a média das proporções de artigos não conformes:6. p = 1/m Σpi = 1/m Σdi / n = 1/mn Σ di
7. calcule o número médio de artigos não-conformes, isto é, calcule np;8. calcule o limite superior de controlo (LSC) e o limite inferior (LIC) através das fórmulas:
LSC = np + 3 np (1 – p )LIC = np - 3 np (1- p )
A CARTA DE CONTROLO np
Cartas de Controlo
O gráfico de controlo np monitora a variação do número (np) de produtos não-conformes em amostras de tamanho constante (n)
39
A CARTA DE CONTROLO np
Cartas de Controlo
AMOSTRAS
1 2 3 4 5 6
n 100 100 100 100 100 100
d 5 2 7 3 6 2
p 0.05 0.02 0.07 0.03 0.06 0.02
Dados para a construção de um gráfico de controlo np
p = 0.04167np = 4.167LSC = 10.16LIC = -1.828
Como LIC < 0 faz-se LIC = 0
1 2 3 4 5 6
121086420
10.162
4.167
40
A CARTA DE CONTROLO p
Cartas de Controlo
1. Calcule a média ponderada da proporção de não conformes nas m amostras;
2. Calcule o tamanho médio das amostras;
3. Calcule os limites superior e inferior de controle através das fórmulas:
n
dp
m
nn
i
n
pppLSC
13
n
pppLIC
13
O gráfico de controlo p monitora a proporção de produtos não conformes emamostras de tamanho constante ou variável.
41
0.0663
0.0355
0.00469
0.08
0.06
0.04
0.02
0
A CARTA DE CONTROLO p
Cartas de Controlo
Dados para a construção de um gráfico de controlo p
p = 0.035
n = 324.17
LSC = 0.0663LIC = 0.00469
AMOSTRAS
1 2 3 4 5 6 Total
n 300 300 320 350 325 350 1945
d 9 3 16 7 13 21 69
p 0.03 0.01 0.05 0.02 0.04 0.06 0.035
1 2 3 4 5 6
Amostras
42
A CARTA DE CONTROLO c
Cartas de Controlo
1. Organize uma folha de verificação para registar o número de defeitos por unidade ci;
2. Calcule o número médio de defeitos nas m unidades, usando a expressão:
3. Calcule os limites superior e inferior de controlo : m
cc
i
ccLSC 3 ccLIC 3
O gráfico de controlo c monitora o número de defeitos (ou não conformidades) em unidades de tamanho constante
43
A CARTA DE CONTROLO c
Cartas de Controlo
Foram contados os defeitos de acabamento em 8 unidades produzidas. Os resultados encontram-se na tabela seguinte:
Unidade1 2 3 4 5 6 7 8
cj 14 12 18 11 1 17 19 16
Dados para a construção de um gráfico de controlo c
5.138
16...1214
c
48.25.1335.13
52.245.1335.13
LIC
LSC 1 2 3 4 5 6 7 8
30
25
20
15
10
5
0
24.52
13.5
2.48
Amostras
Existe um ponto fora dos limites de controlo. É preciso encontrar a causa especial dessa ocorrência. Imagine-se que se estudou esse ponto e se verificou que essa unidade foi vistoriada por um inspector recém contratado, que não reconheceu alguns defeitos presentes.
44
A CARTA DE CONTROLO c
Cartas de Controlo
Então é razoável excluir essa unidade e estimar novos limites de controlo. A nova estimativa de c é
Unidade1 2 3 4 5 6 7
cj 14 12 18 11 17 19 16
Dados para a construção de um gráfico de controlo c
29.157
16...1214
c
56.329.15329.15
02.2729.15329.15
LIC
LSC 1 2 3 4 5 6 7
30
25
20
15
10
5
0
27.02
15.29
3.56
Amostras
45
A CARTA DE CONTROLO u
Cartas de Controlo
1. Organize uma folha de verificação para registar o tamanho de cada amostra e o número de defeitos por amostra;
2. Estabeleça a unidade e calcule o número (ni) de unidades em cada amostra;
3. Divida o número total de defeitos pelo número total de unidades para obter o número médio de defeitos (ui) por unidade em cada amostra
4. Calcule o número médio de defeitos por unidade:
5. Calcule os limites superior e inferior de controlo para cada amostra;
u
ii
ii
nuuLIC
nuuLSC
3
3
O gráfico de controlo u monitora o número médio de defeitos em unidades de tamanho constante ou variável
46
A CARTA DE CONTROLO u
Cartas de Controlo
A tabela seguinte apresenta o número de defeitos por rolo de tecido e o tamanho em m2 de cada rolo amostrado.
Amostra 1 2 3 4 5 6
Nº de defeitos por rolo 14 20 7 21 19 23Tamanho do rolo (m2) 500 650 475 600 600 625
Se for estabelecido que a unidade é 50 m2 de tecido calcula-se o número médio de unidades (ni) e o número médio de defeitos por unidade (ui)
Amostra 1 2 3 4 5 6
Unidades por rolo (ni) 10 13 9.5 12 12 12.5Nº médio def.por unidade (ui) 1.4 1.54 0.74 1.75 1.58 1.84
47
A CARTA DE CONTROLO u
Cartas de Controlo
51.15.12...1310
23...2014
u
Amostras ui LSC LIC
1 1.4 2.68 0.342 1.54 2.53 0.493 0.74 2.71 0.314 1.75 2.57 0.455 1.58 2.57 0.456 1.84 2.55 0.47
Número médio de defeitos por unidadee limites de controlo
1 2 3 4 5 6 7
3.0
2.5
2.0
1.5
1.0
0.5
0
1.51
Amostras
48
A CARTA DE CONTROLO X/R
- São elaboradas a partir de medições efectuadas de uma característica da produção doprocesso;
- Os dados são obtidos de amostras de tamanho constante geralmente de 3 a 5 unidadesrecolhidas consecutivamente com intervalos de tempo entre amostras constantes (de 15em 15 minutos, de ½ em ½ hora ou de 2 em 2 horas, etc.);
- Deve ser elaborado um plano de recolha de dados, que deverá ser usado como base paraa colheita, registo e marcação dos dados no gráfico.
Cartas de Controlo
49
A CARTA DE CONTROLO X/R
Selecção do tamanho, frequência e número de amostras
1. Devem utilizar-se amostras de tamanho racional, isto é, que sejam eficazes para o controlo e nãoacarretem um esforço demasiado e desnecessário na colheita;
2. As amostras devem ser obtidas de forma a que as possibilidades de variação entre as suas unidadessejam pequenas;
3. As amostras devem ser recolhidas com o intervalo necessário para que mudanças possíveis no processopossam ser detectadas (no início do processo, as amostras devem ser colhidas com intervalos muitocurtos. À medida da estabilização do processo os períodos de colheita são aumentados;
4. O número de amostras deve ser tal que se manifestem forçosamente as causas de variação do processoque sejam capazes de interferir. Estatisticamente devem ser colhidas 25 ou mais amostras contendo 100ou mais leituras individuais.
Cartas de Controlo
50
Cartas de Controlo X-R
1. Organize uma folha de registo para registar as medidas feitas em cada um dos n artigos das m amostras;
2. Meça a característica de qualidade em cada um dos n artigos das m amostras e escreva os resultados na folha de registo;
3. Calcule a média e a amplitude das medidas para cada uma das m amostras;
4. Calcule a média das m amostras
5. Calcule a média das amplitudes das m amostras
6. Calcule o limite superior de controlo (LSC) e o limite inferior de controlo (LIC) para a média x, através das fórmulas:
7. Calcule os limites de controlo (LSC e LIC) de R através das fórmulas:
m
xxxx m
...21
m
RRR m
...1
RAxLSC 2 RAxLIC 2
RDLSC 4 RDLIC 3
51
Cartas de Controlo X-R
AMOSTRAS
Medida 1 2 3 4 5
x1 78 82 86 77 76
x2 77 82 83 79 78
x3 79 81 79 81 79
x4 82 79 84 79 79
x 79 81 83 79 78
R 5 3 7 4 3
x=80
LSC = 80 + 0.729 * 4.4 = 83.21LIC = 80 - 0.729 * 4.4 = 76.79
R=4.4
LSC = 2.282 * 4.4 = 10.04LIC = 0
Gráfico de controlo para as amplitudes
Gráfico de controlo para as médias
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
83.21
80
76.79
10.04
4.4
0
84
82
80
78
76
121086420
52
Cartas de Controlo X-s
1. Organize uma folha de registo como nos gráficos x-R;
2. Calcule a média e o desvio padrão das medidas para cada uma das m amostras;
3. Calcule a média das m amostras
4. Calcule a média dos desvios padrão das m amostras
5. Calcule o limite superior de controlo (LSC) e o limite inferior de controlo (LIC) para a média x, através das fórmulas:
6. Calcule os limites de controlo (LSC e LIC) de R através das fórmulas:
m
xxxx m
...21
m
sss m
...1
sAxLIC
sAxLSC
3
3
sBLIC
sBLSC
3
4
Para construir um gráfico de controlo sx para amostras de tamanho constante :
53
Cartas de Controlo X-s
Gráfico de controlo para as amplitudes
Gráfico de controlo para as médias
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
83.11
80
76.89
4.335
1.913
0
84
82
80
78
76
5
4
3
2
1
0
AMOSTRAS
Medida 1 2 3 4 5
x1 78 82 86 77 76
x2 77 82 83 79 78
x3 79 81 79 81 79
x4 82 79 84 79 79
x 79 81 83 79 78
s 2.16 1.414 2.944 1.633 1.414
913.1
80
s
x 89.76913.1628.180
11.83913.1628.180
LIC
LSC
0
335.4913.1266.2
LIC
LSC
54
Cartas de Controlo X-s
1. Calcular a média ponderada das médias das amostras
2. Calcular a média dos desvios padrão
3. Calcular o tamanho médio das m amostras
4. Calcule o limite superior de controlo (LSC) e o limite inferior de controlo (LIC) para a média x, através das fórmulas:
5. Calcule os limites de controlo (LSC e LIC) de R através das fórmulas:
sAxLIC
sAxLSC
3
3
sBLIC
sBLSC
3
4
Para construir um gráfico de controlo sx para amostras de tamanho variável :
m
mm
nnn
xnxnxnx
...
...
21
2211
m
sss m
...1
m
nnn m
...1
55
Cartas de Controlo X-s
Gráfico de controlo para as amplitudes
Gráfico de controlo para as médias
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
83.6
80
76.4
4.89
2.05
0
84
82
80
78
76
5
4
3
2
1
0
AMOSTRAS
Medida 1 2 3 4 5
x1 78 82 86 77 76
x2 77 82 83 79 78
x3 79 79 79 81 79
x4 82 - 84 - 79
x 79 81 83 79 78
s 2.16 1.732 2.944 2 1.414
6.3
05.2
80
n
s
x4.7605.2758.180
6.8305.2758.180
LIC
LSC
0
89.405.2387.2
LIC
LSC
56
Controlo Estatístico doProcesso
INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS DE CONTROLO
Para a interpretação dos limites de controlo:
- se a variabilidade peça a peça do processo permanecesse constante e nos níveis encontrados,raríssimas vezes (apenas 0,27% dos casos) apareceriam pontos fora do controlo por razõesocasionais normais. Portanto, podemos concluir que um ponto fora dos limites de controlo estarãomuito provavelmente causas especiais de variação.
Pontos fora de Controlo
- deve merecer uma análise imediata quanto à causa;- quando não se puder encontrar imediatamente a causa, os pontos são registados, e procede-sea uma acção correctiva
As razões do ponto fora de controlo:
- O limite de controlo ou o ponto marcado foram mal calculados ou marcados;- A variabilidade modificou-se;- O sistema de medida foi modificado.
57
INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS DE CONTROLO
Situações típicas fora de Controlo
- Movimentos cíclicos (acima, abaixo). Pode significar a existência de efeitos sazonais e/ou rotação de trabalhadores;
- Tendências (uma única direcção). Pode significar o desgaste da ferramenta ou melhoriado desempenho;
- Pontos isolados fora de controlo (PICOS). Podem significar defeitos no material, arranques ou paragens.
Cartas de Controlo
58
INTERPRETAÇÃO DAS CARTAS DE CONTROLO
Situações de Variação Normal e Fora de Controlo
• Alteração do nível
- 7 pontos consecutivos do mesmo lado da linha média;
- 10 em 11 pontos do mesmo lado da linha média;
- 12 em 14 pontos do mesmo lado da linha média;
- 16 em 20 pontos do mesmo lado da linha média.
• Tendência – existência de causas previsíveis
• Pontos próximos dos limites de controlo - 2 pontos em 3 na zona
• Aproximação à linha central – resultante de processos de melhoria ou causas de variação
• Ciclos recorrentes – presença de causas sazonais
Cartas de Controlo
59
Os projectos de produtos fornecem não somente as medidas que o produto deve ter, mas também o intervalo em que essas medidas podem variar. Esses valores são as especificações do produto. Tipicamente especificam-se:
• O valor nominal (VN), isto é, o valor que determinada medida deve ter;• O limite superior de especificação (LSE) ;• O limite inferior de especificação (LIE);
A diferença entre LSE e LIE é a tolerância do produto.
Os limites de controlo são função da variabilidade do processo, medida pelo desvio padrão. Os limites de especificação são estabelecidos no projecto pelos engenheiros, pela administração ou pelo cliente.
Capacidade do Processo
60
Os limites são conhecidos como os limites naturais de tolerância. O limite de 6s é chamado amplitude do processo ou capacidade do processo. Como o valor de s é em geral, desconhecido, para se obter a capacidade do processo usa-se o estimador
Se n>10 e for feito um gráfico de controlo , o estimador de s é
Para analisar a capacidade do processo:
• Verifique se a média do processo coincide ou tem um valor próximo do valor nominal;
• Compare a capacidade do processo com a tolerância do projecto (LSE-LIE).
Capacidade do Processo
2
ˆd
R
1
)( 2
n
xxs
6
LIELSEPCR
61
Capacidade do Processo
PCR Conclusões
PCR < 1
PCR =1
1 < RCP < =1,3
1,3 < PCR < 2
PCR >= 2
Processo totalmente incapaz; não tem condições paramanter as especificações; exige controlo de 100% daproduçãoO equipamento pode cumprir a especificação desde que amédia do processo esteja centrada com o valor nominal daespecificação.O equipamento cumprirá a especificação desde que não hajadescentramentos significativos; processo pouco fiável, exigecontrolo contínuo.Equipamento com capacidade adequada; Relativamentefiável, sendo no entanto, preciso monitorar para evitardeterioração;Processo excelente, altamente fiável.