aula1 sistemas psicologicos
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ESTESTÁÁCIO DE SCIO DE SÁÁCURSO DE PSICOLOGIACURSO DE PSICOLOGIA
SeminSemináários Avanrios Avanççados ados em Psicologiaem Psicologia
Professor: JessProfessor: Jesséé Guimarães da SilvaGuimarães da Silva
SeminSeminSeminááários Avanrios Avanrios Avançççados em Psicologiaados em Psicologiaados em Psicologia
Objetivo do curso:
Promover a integração dos conteúdos ministrados durante o curso,
proporcionando aos alunos a reflexão de suas interfaces, correspondências e
diferenças
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História da Psicologia
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Resumo da aula:
1) O que é Psicologia?2) O pensamento mítico3) Cosmologia, Teogonia e Pensamento racional grego4) As teorias do conhecimento na Idade Média5) René Descartes (1596-1650)6) Racionalismo e empirismo7) A Psicologia experimental e os psicofísicos8) Os sistemas em Psicologia
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O que é Psicologia?
1- O que há por trás da sua definição:“[...] é muito conhecida
a definição de Psicologia como o estudo da mente.Entre outros problemas, essa definição coloca a questão de
saber-se o que é a mente para que a definição seja inteligível.Alguns preferem referir-se a uma vida mental, um conceitoaparentemente menos estático do que mente. A Psicologiaseria a ciência da vida mental, o que quer que venha a servida mental. Outros, mais preocupados com o significadoe as implicações dos termos incluídos em uma definição,
afirmam ser a Psicologia o estudo do comportamento. Essadefinição, como as anteriores, antes de explicar algo, levantaa necessidade de outra definição; neste caso, a definição de
comportamento”- Noção de ser humano
2- A sua definição pode ser percebida pelos modos como ela vem sendo construída
“Segundo Foucault, a psicologia doséculo XIX herdou do iluminismo a preocupação deencontrar no homem as mesmas leis que regem os
fenômenos naturais” (Moraes, 2004).
3- Relação com outros saberes“para se manter viva e crescer a
psicologia deve abrir-se para um pensamento e umaprática de pesquisa transdisciplinar, ou seja, para umpensamento capaz de circular, afetando e sendoafetado por outros saberes” (Moraes, 2004)
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4- Possíveis definições:
“é a ciência que estuda as relações entre os acontecimentos ou condições antecedentes e o comportamento consequente dos
organismos”
“é a ciência que estuda as relações, podendo ser atribuída aos relacionamentos”.
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O pensamento mítico
- Primeiras civilizações humanas
- Formas primitivas de pensamento
- Lógica sensível da realidade pelos poetas e declamadores
- Modos de obter um conhecimento sobre os fenômenos e os acontecimentos naturais
- Pensamento mítico:“representa a expressão de uma primeira tentativa da consciência
do homem primitivo em direção ao estabelecimento de alguma ordem no
poderoso, incontrolável e confuso mundo por ele habitado”(Carpigiani, 2009).
- Caráter didático, religioso, moral- Séculos X e VII a.C.
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Mito- Forma coletiva de compreender a realidade- Explicação dos fenômenos, das relações sociais“O mito é uma narrativa. É um discurso, uma fala. É uma forma de as sociedades espelharem suas contradições, exprimirem seus paradoxos, dúvidas e inquietações. Pode ser visto como uma possibilidade de se refletir sobre a existência, o cosmos, as situações de "estar no mundo" ou as relações sociais” (Rocha, 1985)- Deriva da palavra psykhé e do verbo psykhein = soprar, respirar (grego)- Força vital expirada pelos homens na hora da morte; entidade autônoma, superior e independente (Azevedo, 2009)- Psyché = alma = Psicologia (essência e aparência)
Teogonia- Primeira obra religiosa dos gregosTrata da genealogia dos gregos, da função do trabalho no cotidiano e da importância da sobrevivência dos mortaisIlíada e Odisséia
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Cosmologia- Cosmologia é a ciência que estuda a estrutura, evolução e composição do universo- Tentativa de descobrir o que estava por trás das mudanças constantes na natureza- As viagens marítimas, a invenção do calendário e da moeda, do surgimento da polis, que tais fenômenos não ocorriam em razão da interferência de deuses- Características: substituição da explicação da origem e transformação da natureza através de mitos e divindades por explicações racionais que identificam as causas das alterações, a criação do mundo a partir de um princípio natural
Pensamento racional grego- Dessacralização dos fenômenos naturais- Crítica a heterogeneidade do mundo sensível- Existência de uma única substância que constitui os seres- A previsão do mundo somente é possível se existir um ordenamento sobre ele
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As teorias do conhecimento na Idade Média
Patrística:
- Filosofia dos padres da Igreja (Séc. II)
- Combate às heresias, justificativa da fé e defesa do cristianismo
- Dogmas cristãos = verdades reveladas (aceitação incondicional)
- Pecado original, ser humano imperfeito e finito
- Justificar a razão pela fé, ao mesmo tempo em que tornar a primeira subordinada e auxílio desta
- Santo Agostinho (354-430)- apoiado na teoria platônica, defende as ideias divinas a partir da premissa do mundo das ideias e o sensível
Deus ilumina o homem a fim de que este chegue ao conhecimento
Necessidade de revelação e de intermediação = fé = elemento fundamental para o conhecimento da verdade, a iluminação do intelecto e a direção para o caminho certo
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As teorias do conhecimento na Idade Média
Escolástica:
- Sécs. IX-XIV
- Escolas voltadas para o saber teológico e filosófico
- Problema dos universais: valor dos conceitos, das ideiais para o conhecimento
- 3 soluções:
Realismo transcendente: o universal tem existência fora da mente e do objeto ➘ inspirado em Platão
Nominalismo: o universal não possui existência objetiva, apenas nominal, apenas denomina algo e somente existe depois deste algo
Conceptualismo: o universal é uma entidade mental e sem existência objetiva
- Crise: fundação e expansão de universidades no continente europeu (Shultz & Schultz, 1992)
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- São Tomás de Aquino
- O conhecimento intelectual pressupõe o conhecimento sensível (impressão deixada em nossa alma pelo objeto de fora)
- Enquanto que o conhecimento sensível prescinde da impressão deixada em nossa alma pelo objeto de fora, o conhecimento intelectual separa as características em comum a ponto de que, a seguir, o sujeito reconheça apenas as coisas (e não os objetos)
- Adequação entre a coisa e o intelecto
- Além disso, filosofia (conhecimento e demonstração racionais) e teologia (fundada sobre a revelação divina). Já que a revelação é o critério de verdade, se elas forem contraditórias, a primeira seráconsiderada falsa
- Crise: fundação e expansão de universidades no continente europeu (Shultz & Schultz, 1992)
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Empirismo
- John Locke (1632-1704), Francis Bacon (1561-1626), além de David Hume e George Berkeley
- A experiência é a fonte da razão, da verdade, dos ideiais
- Folha em branco, “tábula rasa”
- Objetos exteriores ➘ nossos sentidos, sensações, percepção
- A verdade da matemática é uma exceção
- David Hume: conhecimento = impressões (o que se percebe/ sente) + ideias (representação da memória da sensação)
- Aristóteles também se aproxima da vertente empirista ➘
experiência sensorial
Hábito: sustenta e guia a vida cotidiana, além de garantir que, diferente do curso da natureza não mudar, ela se mantém constante, o que permite regular-se para o futuro (Shultz & Schultz, 1992)
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Racionalismo
- Ênfase no sujeito do conhecimento
- René Descartes (1596-1650), além de Espinoza, Leibniz e Wolf
- Não depende da experiência sensível e a controla
- A experiência sensível não é confiável e pode provocar ilusões
- A razão deve explicar e corrigir a percepção
- Método cartesiano: dúvida ➘ o objetivo não é duvidar simplesmente, mas provocar a investigação
A dúvida é radical, provisória e voluntária com o objetivo de assentar o conhecimento sobre um fundamento seguro
Duvidar até das verdades científicas e matemáticas
- Suspensão do juízo
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René Descartes
- Problema mente-corpo
Mundo mental e mundo material
Até este momento, eram consideradas naturezas distintas, de modo que a mente tinha o controle sobre o corpo
Descartes concorda que são diferentes e que a mente pode manipular o corpo, mas o contrário também é verdadeiro: mente e corpo têm uma relação mútua
Função da mente: pensar/ Função do corpo: todas as demais
- O corpo
Enquanto a mente não tem substância nem extensão, o corpo possui ambos
Ocupa lugar no espaço e opera de acordo com as leis da física e princípios mecânicos ➘ ideia de máquina (Shultz & Schultz, 1992)
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Funcionamento físico do corpo humano – digestão, circulação, sensação – em termos mecânicos
Nervos do corpo = canos pelos quais passava a água/ Músculos e tendões = motores e molas
Movimentos corporais = involuntários, sem a consciência e intenção da pessoa
Teoria da ação reflexa ➘ movimento não supervisionado nem determinado ➘ ideia precursora do E-R
- Mente
Ideias derivadas: produzidas pela aplicação direta de um estímulo externo; produto das experiências sensoriais (som de um sino, visão de uma árvore)
Ideias inatas: se desenvolvem a partir da mente e da consciência / independe de experiências sensoriais (noções com Deus, eu, axiomas geométricos, perfeição, infinito) (Shultz & Schultz, 1992)
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A Psicologia experimental (metade do séx. XIX)
- Busca por metodologias alternativas (método clínico, utilização de estímulos elétricos) para investigação de determinadas partes do corpo (cérebro, medula espinhal) com a finalidade de verificação da estimulação nervosa e sua influência nos diferentes processos (linguagem, percepção, respostas motoras)
- Autores importantes Hermann von Helmholtz (tempo de reação dos nervos sensoriais, visão, audição), Ernst Weber (distinção entre a percepçãop de dois estímulos distintos), Gustav Theodor Fechner(relacionamento quantitativo entre mente e corpo por intermédio de métodos psicofísicos) (Shultz & Schultz, 1992)
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Os sistemas em Psicologia
- Estruturalismo
- Funcionalismo
- Psicologia Aplicada
- Comportamentalismo
- Psicologia da Gestalt
- Psicanálise
- Psicologia Cognitiva
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Referências bibliográficas:
TODOROV, J. C. A psicologia como estudo de interações. In: Psicologia: Teoria e Pesquisa. Vol. 23, n. especial, 2007, pp. 57-61.
MORAES, M. O que é a Psicologia? In: Revista de Psicologia da UnC,, vol. 1, n. 2, pp. 69-73.
CARPIGIANI, B. Psicologia: Das raízes aos movimentos contemporâneos. Cengage Learning, 2009.
ROCHA, E. O que é mito? Rio de Janeiro: Editora Brasiliense, 1985.
AZEVEDO, P. W. Eros e Psiqué: o mito sob um olhar existencial e humanista. Net. Perspectivas online, vol. 3, n. 9, 2009.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia moderna. São Paulo: Cultrix, 1992, 10ª. Ed.
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Próxima aula
- Técnicas de avaliação em Psicologia:
Breve histórico
Processo diagnóstico
A entrevista psicológica
Técnicas e instrumentos de avaliação
Mensuração de atitudes
Técnicas expressivas, projetivas e psicométricas