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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB ANO XVIII Nº 222 AGO/SET/OUT 2012 Bahia Sistema FIEB reconhece experiências bem sucedidas no Prêmio de Desempenho Ambiental 2012 ECONOMIA SUSTENTáVEL

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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XVIII Nº 222 ago/Set/out 2012
Bahia
Sistema FIEB reconhece experiências bem sucedidas no Prêmio de Desempenho Ambiental 2012
Economia sustEntávEl
2 Bahia Indústria
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Sustentabilidade e comprometimento ambiental A questão ambiental há muito deixou de ser mera coadjuvante na
rotina e prática das empresas industriais para se tornar atividade-
-fim, quando não faz parte de todo o processo produtivo visando a
economia de recursos naturais e/ou o gerenciamento dos resíduos.
Para enfrentar estes problemas, as indústrias colocam em prática
ações de gerenciamento ambiental e de responsabilidade social
com o propósito de transformar rotinas ou gerar valores, visando
um comportamento mais conservacionista de seus colaboradores.
O Sistema FIEB, atento a esta necessidade de repensar a equa-
ção entre prática produtiva e redução das emissões de resíduos
tóxicos, implantou o Prêmio de Desempenho Ambiental, que este
ano completou 10 anos.
Na edição de 2012, quatro iniciativas de grandes empresas fo-
ram premiadas dentro do tema Economia Verde – Braskem, Deten,
Veracel e Coelba – e uma pequena empresa – a Salve Terra –, que
produz usando material reciclado. Os prêmios foram entregues no
dia 16 de agosto e mostraram que existe espaço para a produção de
bens e serviços ambientais de baixo impacto. Da mesma forma, as
iniciativas premiadas demonstram uma preocupação em semear
a conscientização ambiental, seja no ambiente corporativo ou nas
comunidades nas quais estão inseridas, por meio de iniciativas
pedagógicas ou lúdicas, prova de que há vários caminhos a serem
percorridos.
A temática ambiental, longe de ser algo distante e alheio à rea-
lidade da indústria, passou a fazer parte das rotinas corporativas
e preocupação primordial em um cenário onde a competitividade
passa também pela conquista de padrões internacionais de ge-
renciamento das emissões e pela disseminação de uma cultura
empresarial que preza pela responsabilidade de suas ações e um
comprometimento com a sustentabilidade.
Durante a Rio +20, realizada em junho deste ano, no Rio de Ja-
neiro, a indústria assumiu uma postura protagonista em relação
aos destinos do setor em relação à questão ambiental. O Sistema
FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao
assumir seu papel de estimular seus associados a se compromete-
rem na adoção de práticas socioambientais saudáveis por meio de
ações como o Prêmio de Desempenho Ambiental, que convida as
empresas industriais baianas a desenvolverem tecnologias limpas
e a adotarem posturas ambientalmente responsáveis.
EDitoRial
O Sistema FIEB caminha alinhado com as diretrizes da indústria nacional ao assumir seu papel de estimular seus associados a se comprometerem na adoção de práticas socioambientais responsáveis
Ampliar a produção, gerando menor
impacto ambiental, graças a um
monitoramento minucioso dos
tônica do setor industrial
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEB Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] fieb.org.br / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do
eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria
da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-
caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] sindiplasba.org.br / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-
coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de
mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,
SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS
e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, sind- [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] fieb.org.br / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-
to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e
itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] sindirepabahia.com.br / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] org.br / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,
BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]
fiEB Presidente José de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-
Presidente: Victor Fernando Ollero Ventin. Vice-
Presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;
Emmanuel Silva Maluf; Reinaldo Dantas Sampaio;
Vicente Mário Visco Mattos. diretores titulAres Alberto Cânovas Ruiz; Antonio Ricardo Alvarez Al-
ban; André Régis Andrade; Carlos Henrique Jorge
Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca-
tharino Gordilho; Josair Santos Bastos; Leovegildo
Oliveira De Souza; Luiz Antonio de Oliveira; Manuel
Ventin Ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; Re-
ginaldo Rossi; Sérgio Pedreira de Oliveira Souza;
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berto de Souza Coelho; Alexi Pelagio Gonçalves
Portela Júnior; Carlos Alberto Matos Vieira Lima;
Juan José Rosário Lorenzo; Marcos Galindo Pereira
Lopes; Mário Augusto Rocha Pithon; Noêmia Pinto
de Almeida Daltro; Paulo José Cintra Santos; Ricar-
do de Agostini Lagoeiro
dustriAl Antônio Sérgio Alípio; conselho de
Assuntos FiscAis e tributários Cláudio Murilo
Micheli Xavier; conselho de comércio exterior Reinaldo Dantas Sampaio; conselho dA micro
e PequenA emPresA industriAl Carlos Henrique
Jorge Gantois; conselho de inFrAestruturA Marcos Galindo Pereira Lopes; conselho de meio
Ambiente Irundi Sampaio Edelweiss; comitê de
Petróleo e Gás Eduardo Rappel; conselho de
inoVAção e tecnoloGiA José Luís Gonçalves de
Almeida; conselho de resPonsAbilidAde sociAl
emPresAriAl Marconi Andraos Oliveira; conse-
lho de relAções trAbAlhistAs Homero Ruben
Rocha Arandas; comitê de Portos Reinaldo Dan-
tas Sampaio
denAção editoriAl Cleber Borges.
editorA Patrícia Moreira. rePor-
tAGem Patrícia Moreira, Carolina
GráFico e diAGrAmAção Ana Clélia
Rebouças. ilustrAção e inFoGrAFiA Murilo Gomes.
imPressão Stilo Gráfica e Editora FederAção dAs indÚstriAs
do estAdo dA bAhiA Rua Edístio Pondé, 342 –
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Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato
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cieb - centro dAs indÚstriAs do estAdo dA bAhiA
sede: (71) 3343-1214
IEL Bahia premia
Freitas Mascarenhas, lançou o Programa
de Interiorização em Feira de Santana,
em 21 de agosto, para ampliar a oferta de
serviços oferecidos ao setor industrial.
sisteMa FieB aMplia sua presença no interior
Gestores do Serviço Social da Indústria
da Bahia (SESI Bahia) estão realizando
seminários para repensar os serviços
oferecidos à comunidade e preparar a
instituição para os desafios do futuro.
sesi planeja ações para repensar o Futuro
Prêmio destaca
boas iniciativas
6 Bahia Indústria
Projetando o amanhã SESI realiza planejamento estratégico para repensar seu modelo de gestão para os próximos 15 anos em um país que sofrerá profundas transformações
por patrícia moreira Fotos João alvarez
a sociedade se transforma
quer estar afinado para
e da qualidade de vida, sem perder
de vista a sua visão e fundamen-
tos. É por esta razão que está em
curso, desde março, o programa
de Planejamento Estratégico do
tituição para os próximos 15 anos.
De 31 de julho a 2 de agosto, o
programa realizou o primeiro se-
minário, quando a equipe de con-
sultores da Fundação Politécnica
(Ufba), sob a coordenação do pro-
fessor e ex-reitor Naomar Almeida,
que auxilia o SESI neste trabalho,
apresentou o primeiro diagnósti-
encontros, que acontecem até no-
vembro. “Ainda tem um percurso
a se percorrer e entendo que é um
momento importantíssimo que
a roda”, observou o superinten-
dente do SESI, Wagner Fernandes.
Os primeiros diagnósticos si-
implantar um centro de pesquisa
do SESI e de firmar parcerias pa-
ra dar mais capilaridade aos ser-
viços prestados pela instituição.
dos”, explica o superintendente,
ros diagnósticos técnicos.
dade para a indústria e a coorde-
nadora do Instituto Ayrton Senna,
Inês Kisil Miskalo (ver entrevista),
que falou sobre a experiência do
Instituto com um modelo de resul-
tados em escala, os consultores da
Ufba apresentaram um amplo es-
tudo sobre o panorama industrial,
as perspectivas de mudanças de
paradigmas em termos de gestão, considerações em
relação à educação e qualidade de vida.
Além destas colaborações, o coordenador do Nú-
cleo Estratégico do SENAI, Luís Breda, falou do pro-
cesso de planejamento adotado pela instituição. A
ideia foi mostrar como o SENAI vem trabalhando, já
que a proposta é que cada vez mais as duas unidades
trabalhem aliadas, em modelo de sistema, especial-
mente por conta da questão de qualificação e das de-
mandas comuns às duas casas.
CENÁRIOS O I Seminário de Planejamento Estratégico – SESI
15 anos funcionou como um encontro de aglutinação,
após um período de reflexão e troca de experiências,
iniciado em outubro de 2011. A julgar pelos cenários
apresentados pelo professor Rogério Quintella, que
traçou um panorama da evolução tecno-econômica
da humanidade e abordou as mudanças de paradig-
ma que marcaram esta evolução, as lideranças do
SESI têm pela frente grandes desafios.
Bahia Indústria 7
vida e a senhora trouxe para o úl-
timo encontro do Planejamento es-
tratégico sesi 15 anos a experiên-
cia de 18 anos do instituto Ayrton
senna, que mensagem o instituto
trouxe para os gestores do sesi?
inês Kisil miskalo – O instituto se
caracteriza por desenhar soluções
estavam atrasadas na escola por
meio do programa Acelera Brasil.
Depois, percebemos que era im-
portante formar os educadores, os
profissionais, então, fomos crian-
Brasil. A criança que não está alfa-
betizada, mais cedo ou mais tarde
vai ficar com distorção, então, nós
começamos a investir em outras
ações que pudesse ajudar o país,
os estados, os municípios a evitar
aquela situação. Hoje a gente tra-
balha mais na gestão do processo
educacional no sentido de que se
você adotar práticas gestoras, vo-
cê terá uma eficiência maior na
educação. O instituto tem mostra-
do para as redes e para as pessoas
que é importante avaliar, usar a
“Pensar em escala é uma opção para otimizar recursos” Inês Kisil Miskalo, coordenadora
da área de educação formal do
Instituto Ayrton Senna, falou sobre
as experiências bem-sucedidas da
No cenário traçado para o Bra-
sil em 2027, ano para o qual está
sendo pensado o novo formato do
SESI, a realidade será bem dife-
rente da atual. Segundo Quintella,
o país deixará de ser um país de
analfabetos, terá um padrão eu-
ropeu de renda per capita e dois
terços de sua população na clas-
se C. No campo da produção e da
gestão, ele aponta que os padrões
mundiais estarão fortemente re-
lacionados à sustentabilidade de
omar Almeida sinaliza mudanças
o perfil do trabalhador na indús-
tria será muito diferente do que
é agora, mais especializado para
atuar numa estrutura muito mais
flexível. Vai desaparecer a figu-
ra do industriário que orientou o
modo como o sistema “S” da in-
dústria se estruturou. Trata-se de
um paradigma tecno-econômico
se as instituições não se anteci-
parem estarão funcionando em
Em relação ao SESI, ele explicou
que o encontro é uma primeira fa-
se de diagnóstico interno. “O foco
que a instituição tem utilizado com
trabalhador/indústria e empresa/
dança de escala que precisa ser fei-
ta. Algumas possibilidades estão
SESI pensar como vai-se organizar
daqui a 15 anos”, acrescentou.
8 Bahia Indústria
planejada, estabelecer metas, avaliar o processo e fa-
zer as correções necessárias.
borar com a experiência do sesi?
iKm – A solicitação foi para que a gente pensasse na
questão de escala, ou seja, como equacionar neces-
sidades com recursos. E a escala é uma solução para
se otimizar recursos. Fazer um trabalho para poucos,
não é o que o país precisa pois custa mais caro. Pen-
sar escala, que é o que o SESI está atualmente fazen-
do, é pensar ações em educação, em modelos, que
possam ser replicáveis e o instituto foi convidado,
porque nossa escala é sempre pensar em ações para
o país e nunca para um único local. Aí é que houve
esse casamento entre o planejamento estratégico do
SESI com o que o instituto pode contribuir.
quais são os grandes desafios que a educação brasi-
leira ainda tem pela frente?
iKm – A gente fala muito da falta de qualidade, só que
a falta de qualidade é consequência da falta de ações
ou de um processo onde a educação nunca foi olhada
com a devida atenção. Pensar educação para muitos
é pensar de forma organizada, planejada, sistemati-
zada, e a educação no país fica muito à deriva das
pessoas que estão lá na frente e não exatamente como
uma política educacional. Acho que falta para o país
um projeto de nação, onde as ações não vão morrer
como ações, vão ter que existir como políticas públi-
cas educacionais para todos e não para poucos.
no brasil, nós ouvimos falar de um projeto de nação
desde que se decretou a independência. será que
ainda vamos ouvir falar por muito tempo da necessi-
dade de um projeto de nação?
iKm – Espero que não. Eu acho que a gente já cami-
nhou bastante. A educação, agora, é um assunto que
está dominando muito as conversas populares, não
é uma coisa só de educador. A gente tem muita gente
pensando e querendo fazer a educação. O que a gen-
te não pode é ficar fazendo uma discussão teórica da
educação, precisa sair da teoria e por o pé no chão.
Como é que aquelas teorias educacionais, aquelas
discussões metodológicas acontecem de fato na esco-
la e garantem que a criança aprenda. Elas precisam
ter gestão e isso não é uma cultura da educação do
país, fazer o gerenciamento. Se a gente conseguir im-
plantar isso, fazer os educadores se comprometerem
com o resultado, com um pacto nacional de compro-
misso com a criança, a gente vai sair do discurso e
fazer com que as coisas se desloquem. Só que não vai
poder ser muito demorado; às vezes as coisas andam
muito devagar.
na sua palestra, a sra. fala da dificuldade de traba-
lhar com os governos. como transformar isso?
iKm – Quando a gente trabalha com governos, a gente
tem que trabalhar não como projeto de uma gestão,
daquele secretário, daquele governo, mas do estado,
do município, e fazer com que as pessoas se sintam
também donas do projeto. Essa mobilização social é
que vai fazer com que a educação mude e deixe de
ter ações isoladas e passe a ser uma ação em forma
de política pública. A educação tem dado certo onde
a sociedade se empenha mais e cobra a solução do
poder público. [bi]
Bahia Indústria 9
ministra diz que o ViraVida é modelo “O principal programa que o Brasil tem de construção
de oportunidades para meninos e meninas em
situação de exploração sexual não é organizado pelo
governo brasileiro, é organizado pelo SESI.” A
afirmação é da ministra de Direitos Humanos, Maria
do Rosário, em referência ao projeto ViraVida. Para
ela, é um exemplo de boa prática para o governo
federal no enfrentamento da exploração sexual de
adolescentes e jovens. “Queremos que o ViraVida
inspire iniciativas do governo para que possamos
estender o projeto com a tecnologia que ele produziu”,
destacou. A ministra quer desenvolver um plano de
ação de proteção a crianças e adolescentes com foco
no Mundial de 2014.
“se a culpa é Minha, eu coloco eM queM eu quiser.”
homer simpson, personagem de sitcom americana, “autor” da frase que se presta ao ambiente corporativo.
por cleBer Borges
burocracia afeta 90% das indústrias Nove em cada dez indústrias
brasileiras são prejudicadas pelo
excesso de burocracia, com
recursos das atividades produtivas
e menos investimentos. As
informações são da Sondagem
Especial Burocracia, feita pela
de transformação, 116 do
número excessivo de obrigações
segundo lugar (56%), vem a
complexidade das obrigações
frequência das mudanças. A
burocracia também prejudica a
cozinha brasil em moçambique
de merendeiras em Moçambique, conforme acordo de
cooperação técnica que o governo brasileiro está formalizando
com aquele país. Técnicos do SESI, da Agência Brasileira de
Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores,
e do Programa Mundial de Alimentação da ONU discutirão as
bases do acordo para implantar o programa em Moçambique,
um dos países mais pobres do mundo. O Cozinha Brasil, que
orienta famílias sobre como evitar desperdícios e obter
alimentação saudável, se adequa ao programa de alimentação
escolar, observou o técnico da ABC, Armando Cardoso.
uma vitória do empresariado O secretário da Fazenda do
Estado, Luiz Alberto Petitinga,
tramitava na Assembleia
projeto institui o arrolamento de
bens e direitos de grandes
devedores para assegurar o
Estado passaria a ter o poder de
arrolar o bem de um devedor,
mesmo que a ação ainda
tramitasse na esfera
valor de R$ 500 mil a partir do
qual o devedor será passível do
arrolamento. A legislação federal
10 Bahia Indústria
quarto maior PIB (Produto Interno
Bruto) do estado estão entre as ra-
zões que levaram o Sistema FIEB
a implantar seu Programa de In-
teriorização na região de Feira de
Santana. Esta foi a terceira região
do estado a receber o programa,
que já fincou bases no oeste da
Bahia, em 15 de abril de 2011, e na
região sul, em 1º de dezembro de
2011. Além das unidades do SENAI
e do SESI, já existentes na região,
Feira de Santana passará a contar
agora com uma representação do
por patrícia moreira Fotos João alvarez
da unidade do SENAI Feira e de R$ 15 milhões na im-
plantação de uma unidade da escola de Educação
Básica articulada com Educação Profissional (Ebep),
que vai reunir sob uma mesma proposta pedagógica
o ensino convencional e tecnológico, fruto de uma
afinada parceria entre SESI e SENAI.
Com mais de 550 mil habitantes e um PIB da ordem
de US$ 6,4 bilhões, Feira de Santana é um dos muni-
Programa de Interiorização vai melhorar
o atendimento e a oferta de serviços na região
FIEB amplia presença em Feira
Centro das Indústrias do Estado
da Bahia (CIEB), que será condu-
zida localmente por João Batista
Ferreira, que foi apresentado du-
rante o lançamento do programa.
Seu papel será o de atuar como ar-
ticulador das demandas da região
com a Federação das Indústrias,
que trabalhará em parceria com o
Centro das Indústrias de Feira de
Santana (CIFS), presidido por An-
dré Régis.
no dia 21 de agosto pelo presidente
do Sistema FIEB, José de Freitas
Mascarenhas, traduz-se, no curto
de R$ 6 milhões na requalificação
Bahia Indústria 11
caracterizada pelo setor de serviços, especialmente o
comércio, mas o setor industrial participa com 24%
do PIB do município. As perspectivas para a região
são otimistas: entre 2002 e 2009, a economia local
cresceu à taxa média anual de 7,2%, superior ao cres-
cimento médio da economia baiana. Parte da expli-
cação para o crescimento feirense está na atração de
empresas industriais de porte, como a planta da Nes-
tlé e a fábrica da Belgo Bekaert, além da ampliação
da Pirelli Pneus.
FIEB reuniu empresários e lideranças do setor produ-
tivo da região, vice-presidentes e diretores da FIEB,
além de superintendentes. Durante a permanência
em Feira de Santana, o presidente José Mascarenhas
esteve em contato com os empresários e industriais
feirenses e ouviu as principais demandas do seg-
Presidente
interlocutor para tentar atendê-las. Ele visitou, pela
manhã, o Centro Industrial do Subaé e constatou
as condições infraestruturais. Ele defendeu que o
estado faça a sua parte para assegurar o bom fun-
cionamento do distrito industrial, lembrando que a
situação se repete em outras regiões. “A situação é
a mesma em Aratu, em Ilhéus. O industrial tem que
contribuir com impostos, mas o estado tem que asse-
gurar a infraestrutura.”
CADEIA AUTOMOTIVA O presidente da FIEB, que também visitou pela
manhã a fábrica de pneus sólidos Standard Tyres,
sediada no CIS, maior fabricante de pneus especiais
da América Latina, citou a empresa como exemplo
pela excelência dos serviços. A Tyres é uma empresa
100% nacional que exporta para vários países. Para
José Mascarenhas, este é um referencial a ser segui-
do: “Quem puder exportar, exporte, não somente por-
que é um mercado que não tem limites, mas porque é
também um caminho para se buscar a excelência na
produção”, destacou.
Entre as áreas que vão merecer especial atenção por
parte da FIEB está o apoio à indústria de pneus, plás-
tico e automotiva, conforme destacou o presidente. A
ideia é fortalecer a cadeia automotiva na Bahia. “Que-
remos baianizar a produção de automóveis”, frisou
Mascarenhas. Para que isso aconteça, a FIEB estará
auxiliando as empresas interessadas em se qualificar
para ingressar nesta cadeia por meio das atividades
desenvolvidas pelo IEL, que atua na capacitação e
qualificação de fornecedores para grandes indústrias
do setor e apoio à inovação, além da intermediação de
estágio/formação de talentos; e pelo SENAI e SESI.
O SESI Feira atendeu, de janeiro a julho deste
ano, 343 empresas, nas áreas de Segurança e Saúde
do Trabalhador, Lazer, Educação e Responsabilida-
de Social, beneficiando um total de 57.775 trabalha-
dores. Com uma área superior a 16 mil m², o SENAI
Feira, por sua vez, possui 24 laboratórios, 11 salas de
aula e matricula mais de 1.200 alunos/ano em cursos
de Aprendizagem Industrial e de Qualificação Profis-
sional, básica e gratuita, preferencialmente em áreas
transversais (como usinagem, logística, automação,
manutenção mecânica e tecnologia da informação).
Com a requalificação da unidade, a capacidade será
ampliada. O projeto de ampliação deverá ser concluí-
do este ano, com início de obra previsto para 2013. [bi]
12 Bahia Indústria
28, 29 e 30 de setembro, o 3º
Encontro das Indústrias Baia-
vados, no Hotel Catussaba,
discutir os rumos e perspecti-
vas do setor, abordando temas
como sustentabilidade, trata-
foi reconduzido à presidência
diretoria. O sindicato comemo-
últimos três anos.
obter mais informações e co-
nhecer a Convenção Coletiva de
Trabalho (CCT) 2012/2013, assi-
dústrias de Fibras Vegetais no
Estado da Bahia (Sindifibras) e
o Sindicato dos Trabalhadores
gem e Similares do Estado da
Bahia (Sinditextil), já podem
sindicato (www.sindifibrasba.
gência até 30 de abril de 2013.
eleição no sindical Sérgio Pedreira foi recondu-
zido à presidência do Sindica-
to da Indústria de Mineração,
Calcário, Cal e Gesso (Sindical-
-BA), no dia 20 de setembro. A
posse será dia 6 de novembro.
Menos rigor na concessão de crédito para os pequenos e médios pro-
dutores e políticas de fomento à inovação foram temas discutidos du-
rante a Reunião Regional Bahia da Associação Brasileira da Indústria
de Café (Abic), dia 30 de agosto, na sede da Federação das Indústrias
da Bahia. O evento foi uma oportunidade para se discutir demandas e
alternativas para o aumento da competitividade do segmento. De acordo
com o presidente da ABIC, Américo Sato, as condições de competitivida-
de mudaram com a desoneração do PIS/COFINS, criando novos desafios
para o setor. Na Bahia, o setor enfrenta um fator a mais, que é a estia-
gem. De acordo com o presidente do Sincafé, Antônio Almeida, houve
uma redução da produção, encarecendo o preço do café local. Durante
o evento, o SENAI apresentou seus serviços de apoio à inovação. O setor
volta a se reunir durante o 20º Encontro Nacional das Indústrias de Café
(Encafé), o maior evento do setor no Brasil, no Iberostar Bahia, de 28 de
novembro a 2 de dezembro. Mas informações www.abic.com.br.
Abic quer mais crédito para o café
sindicatos
sindibrita promove palestras técnicas O Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado
da Bahia (Sindibrita) realizou, na FIEB, duas palestras técnicas sobre
o uso de agregados em revestimentos asfálticos e as mudanças nas leis
ambientais do estado. “A evolução do conhecimento faz com que os em-
presários acompanhem as mudanças, se atualizem quanto às novidades
nesta área e melhorem os produtos e a forma de atuar”, disse o presiden-
te do Sindibrita Fernando Jorge Carneiro.
Bahia Indústria 13
gressou no Supremo Tribu-
amicus curiae, nas Ações Diretas
de Inconstitucionalidade (Adin)
lo, que tenta derrubar a política de
incentivos fiscais oferecida pela
Federal reconheça a inconstitu-
da Bahia há mais de dez anos. Na
opinião do presidente da FIEB, Jo-
sé de Freitas Mascarenhas, o ques-
tionamento pode criar um clima
de insegurança jurídica, a partir
do momento em que muitas indús-
trias beneficiam-se destes incenti-
das no dia 10 de agosto, atingem
não apenas a Bahia, mas também
os estados do Amazonas, Santa
Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio
de Janeiro. Em relação à Bahia,
estão sendo questionados a Lei
7.980/01 e o Decreto 8.205/02, que
instituem o Programa de Desen-
volvimento Industrial (Desenvol-
de tratamento diferenciado. O go-
FIEB defende a política de incentivos fiscais da Bahia Federação ingressou como amicus curiae nas ações de inconstitucionalidade movidas pelo Governo de São Paulo contra legislação estadual
murilo xavier
explica que
concessão de crédito presumido
do ICMS contrariam as normas do
Conselho de Política Fazendária
unanimidade para validar políti-
24, de 1975.
Fiscais e Tributários da FIEB ex-
plica que a Lei 7.980/01 e o Decreto
8.205/02 foram de grande impor-
tância para ampliar e diversificar
a matriz industrial do estado.
O instrumento de amicus
tervenção assistencial em proces-
lidade por entidades representati-
sobre questão de direito pertinen-
te à controvérsia constitucional.
atuam apenas como interessados
R$ 1,2 bilhão na construção de pelo menos
43 institutos de tecnologia e 23 institutos
de inovação em todo o país, nos próximos
cinco anos. Considerado a mais avançada unidade do
SENAI no país, o Centro Integrado de Manufatura e
Tecnologia (SENAI Cimatec), que se destaca pelo mo-
delo de integração entre formação profissional, ofer-
ta de serviços tecnológicos e realização de pesquisa
aplicada, foi escolhido para sediar o encontro, que
reuniu 19 presidentes de federações de indústrias, no
dia 6 de agosto, em Salvador.
O encontro dos presidentes contou com a presença
do presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Robson Braga de Andrade, que reconheceu a
excelência do trabalho desenvolvido na unidade do
SENAI Bahia. “Não conhecia de perto o Cimatec; a
gente fica empolgado com o trabalho que se faz aqui,
é o sonho que a gente persegue para a indústria na-
cional”, declarou o presidente da CNI, ao final de
uma visita guiada aos laboratórios, salas de aula e
núcleos de pesquisa da unidade.
O presidente da Federação das Indústrias do Cea-
rá, Roberto Macêdo, declarou que estava aguardan-
do a visita ao Cimatec antes de pensar em implantar
qualquer projeto de centro tecnológico no seu esta-
do. “Conhecer o modelo de funcionamento do Cima-
tec foi fundamental”, explicou. Os representantes
FIEB recebeu presidente da CNI e de 19 federações Encontro discutiu a implantação de institutos de tecnologia e inovação nas unidades do SENAI Bahia
Presidentes
Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), José de Frei-
tas Mascarenhas, que ressaltou o compromisso que
esta iniciativa representa. “Este é um programa de
extrema importância para o Brasil, que está atrasa-
do em inovação, e agora nossa responsabilidade é
enorme, pois o governo federal nos deu a confiança
e escolheu o SENAI para desenvolvê-lo”, afirmou o
presidente da FIEB.
INVESTIMENTOS Do montante de R$ 1,2 bilhão de investimento des-
tinado ao sistema SENAI, a Bahia receberá R$ 200 mi-
lhões, sendo R$ 120 milhões do SENAI nacional e R$
80 milhões de investimentos próprios, que serão apli-
cados no Cimatec e em sete institutos de tecnologia e
inovação. Isso tornará possível a implantação de du-
as novas unidades no oeste da Bahia (Barreiras e em
Luís Eduardo Magalhães); uma no sul, entre Ilhéus e
Itabuna; uma no sudoeste; além de uma nova unidade
em Juazeiro e da ampliação da agência de Camaçari.
Bahia Indústria 15
Naval e uma outra, ainda em estu-
do, para o extremo sul do estado.
Parte do Programa SENAI de
Apoio à Competitividade da In-
dústria, os institutos de inova-
ção e tecnologia vão atender às
demandas do setor industrial,
volvendo pesquisa aplicada de
conhecimentos transversais. “Os
empresas, universidades e outros
a retenção de talentos na indús-
tria”, disse o diretor nacional do
SENAI, Rafael Lucchesi. [bi]
ta, Lixo ou Luxo. Estes são os títulos
de três dos quatro projetos vencedo-
res da 10ª edição do Prêmio de De-
sempenho Ambiental, que elegeu co-
mo tema deste ano Economia Verde.
Despertar a sensibilidade e promover
a conscientização de quem vive no entorno das fá-
bricas ou simplesmente consome os produtos que
a indústria produz está por traz deste conceito, que
ampliou o leque de possibilidades e abriu caminho
para novas iniciativas.
seia-se no conceito de que nada se perde, tudo se
recicla, mas agrega a certeza de que um pouco de
criatividade pode ajudar – e muito – a superar certos
desafios. A Salve Terra, por exemplo, vencedora na
categoria pequena empresa, utiliza materiais reciclá-
veis na confecção de seus produtos.
A Deten destina parte dos seus resíduos para en-
volver seus colaboradores em um trabalho de respon-
sabilidade social e de conscientização ambiental,
que se reverte em doação de recursos para institui-
ções sociais. A Veracel apostou na reprodução do am-
biente da Mata Atlântica para despertar o sentimento
de preservação das florestas ao trazê-la para mais
perto das pessoas. E a Coelba não hesitou em colocar
suas fichas no seu maior projeto de geração de ener-
gia solar, o Projeto Pituaçu Solar, que foi destacado
com uma Menção Honrosa.
emissões atmosféricas com resultados animadores e
com benefícios extensivos à sua cadeia de fornecedo-
res. Embora batizado com um nome mais técnico, o
Projeto Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade
de Insumos Básicos da Bahia também prevê ações de
reciclagem e reaproveitamento de materiais já utili-
por patrícia moreira Fotos João alvarez
10ª edição do Prêmio de Desempenho Ambiental destacou-se por premiar iniciativas voltadas para a educação e a redução do impacto ambiental
márcia e
A Salve Terra é uma pequena empresa
e concorreu com um projeto que consiste
em transformar material reciclável em
roupas, bijuterias, objetos de decoração e
embalagens, dando um novo significado
a materiais que, após o primeiro uso, se-
riam devolvidos ao lixo. Assim, garrafas
PET são transformadas em bijuterias, vi-
ram embalagens para presentes ou trans-
formam-se em flores. A empresa também
tem ações de conscientização ambiental
e atua desenvolvendo oficinas de recicla-
gem em comunidades de baixa renda.
18 Bahia Indústria
Indústrias do Estado da Bahia.
Para Irundi Edelweiss, presidente
FIEB, responsável pela promo-
da simples premiação. “Além
desse evento, que é difundir os
Julgadora do Prêmio FIEB, Arlin-
da Coelho, a agenda de desenvol-
vimento sustentável da indústria
baiana apresenta grandes desa-
fios e numerosas oportunidades.
oportunidades de assumir a li-
derança na mobilização do setor
produtivo, visando demonstrar
dústria baiana na área de susten-
tabilidade econômica/ambiental/
com aquilo que a ONU define co-
mo uma economia “que resulta em
melhoria do bem-estar das pesso-
as, promovendo a equidade social
e reduzindo significativamente os
cassez dos recursos naturais”.
Regulação do Instituto de Pesqui-
sa Econômica Aplicada (Ipea) no
Rio de Janeiro, Ronaldo Seroa da
Motta, que foi um dos palestran-
tes na solenidade de entrega do
prêmio, destaca que a indústria
do século 21 precisa produzir de
forma responsável e, mais que is-
so, ser protagonista na condução
das ações de preservação e cons-
cientização ambiental, seja na sua
postura interna quanto externa-
o setor empresarial está muito ati-
vo numa agenda ambiental. A sua
participação, por exemplo, na Rio
+ 20, foi forte e protagonista. Hoje
é uma questão de competitivida-
de e reputação”, explica Ronaldo
Seroa da Motta, que é doutor em
Economia pela University College
reconhecer e premiar as empresas
que se destacaram com projetos
específicos, este ano destacaria
logística reversa de seus produ-
tos, isto é, uma preocupação por
gerar produtos quer possam ser
reciclados e reaproveitados.”
vimento Sustentável do Sistema
DEtEn Cheque Verde
A Deten concorreu com uma iniciativa que direciona parte dos
resíduos destinados à reciclagem – a sucata metálica e o óleo lubri-
ficante – para um programa social gerido pelos trabalhadores da fá-
brica, o Cheque Verde. A renda apurada com a venda dos resíduos
é revertida para até quatro entidades sociais a cada ano. Em 2012,
o projeto conseguiu R$ 16 mil, que foi rateado entre quatro institui-
ções. A ideia de concorrer com o projeto teve por objetivo disseminar
a ideia que se reverte em benefício para as equipes envolvidas que
envolvem numa atividade de cunho social, com impacto sobre as co-
munidades que encontram-se no entorno da fábrica.
Angel
Fernandez,
Na avaliação de Seroa, a realização de premiações
como a que a FIEB realiza e que este ano completou
uma década deve ser estimulada, pois gera bene-
fícios para as empresas e para a sociedade. O espe-
cialista observa que a questão ambiental pode repre-
sentar oportunidades: “Há um espaço produtivo para
a produção de bens e serviços ambientais de baixa
escala. O prêmio da FIEB mostra isto com seus pre-
miados”, avalia.
dade, os ganhos são vivenciados na prática. A con-
sultora interna de Proteção Ambiental, Segurança e
Qualidade da Deten e membro do comitê do projeto
desde 1998, Ana Serra, explica que o principal méri-
to da iniciativa é firmar um pilar de sustentabilidade
que envolve o trabalhador e o torna mais comprome-
tido. “O trabalhador tem orgulho da empresa na qual
trabalha, por isso a gente pede que ele participe do
projeto e indique as instituições que serão beneficia-
das”, revela.
comunidade
A Veracel Celulose concorreu com a expo-
sição itinerante Se eu Fosse uma Floresta, que
reproduz o ambiente da Mata Atlântica, inspira-
da no tema escolhido pela ONU (Organismo das
Nações Unidas) para 2011, Ano Internacional da
Floresta. A mostra, que percorre a cada seis me-
ses unidades da Veracel, fica montada durante
dois anos, aberta à visitação pública, tendo im-
pacto sobre os dez municípios do extremo-sul
na conscientização sobre a importância de se
preservar a floresta nativa. Atualmente a expo-
sição está montada no Núcleo Florestal da Vera-
cel em Eunápolis, onde ficará até abril do pró-
ximo ano. A equipe trabalha com a consultoria
da Árvore da Vida, de Minas Gerais. A proposta
é uma exposição interativa e que promova sen-
sações nos visitantes, despertando sua consci-
ência ambiental. Ela já recebeu 2.700 visitantes
e graças à participação da comunidade e cola-
boradores envolvidos foi possível minimizar os
impactos socioambientais, gerando mudança
sentimento de pertencimento e de preservação.
A mostra apresenta réplicas de animais da Mata
Atlântica e espécies da floresta.
ERNANDES ALCâNTARA /DIVuLGAçãO
20 Bahia Indústria
»Produção Mais Limpa
»Deten Química S/A
»Projeto Cheque Verde
Responsável pelo projeto:
Responsável pelo projeto:
Lígia Gallozzi Mendes,
especialista ambiental e
especialista em educação
ambiental e RPPN
»Salve Terra
parte do que reciclam, isso pode se reverter em be-
nefício para muito mais pessoas”, acredita Ana, que
contabiliza 48 instituições já atendidas pelo projeto
da Deten, que utiliza os recursos obtidos com a reci-
clagem de óleo lubrificante e sucata.
EMOçãO E INTERAçãO No caso da experiência da Veracel, a grande con-
quista é poder despertar certas emoções nas pessoas.
“Nosso propósito é fazer com que elas se coloquem
no lugar da floresta. Toda a exposição é montada de
forma interativa, com réplicas de animais, caixas
para experiências táteis e sensoriais e algumas pro-
vocações que levam as pessoas a refletirem”, explica
a bióloga Virgínia Londe de Camargos, especialista
ambiental da Veracel e que coordena o Programa de
Educação Ambiental.
coElba Pituaçu Solar
produção de novas tecnologias. O projeto consis-
te na implantação do sistema fotovoltaico insta-
lado no Estádio Governador Roberto Santos, res-
peitando as características de uso e estrutura do
local. A usina fotovoltaica possibilita a geração
de crédito de energia ativa, injetando 272MWh/
ano na rede, o que poderá abastecer 301 casas
populares com energia pelo período de um ano.
2011 e percorreu quatro unidades
da Veracel no extremo-sul do esta-
do. Ela é desmontada a cada dois
anos para dar espaço a um novo
tema. Este último foi escolhido em
função de o ano de 2011 ter sido
escolhido pela ONU como Ano In-
ternacional da Floresta. A mostra
foi montada no dia 21 de setembro
no Núcleo Florestal da Veracel, em
Eunápolis, e permanecerá em car-
taz até março de 2013. Desde que
foi aberta, a exposição recebeu
mais de 2.700 pessoas.
susto por ter sido escolhido como
vencedor na categoria Pequena
ra. “Foi um susto porque com um
ano e meio de loja não imaginava.
O mais importante é que isso nos
motiva a continuar este trabalho
e, a partir do Prêmio de Desempe-
Projeto que utiliza a energia
solar em Pituaçu recebeu
cerias”, conta Menezes. Ele, que é técnico ambiental,
explica que a ideia de criar uma loja que produzisse a
partir de materiais reciclados surgiu de uma conversa
em família. Daí, ele chamou a mãe, Márcia Maria Me-
nezes, que é artista plástica, para assumir a parte de
criação e hoje ele já estuda colocar em prática alguns
projetos de educação ambiental e de geração de renda
envolvendo comunidades de baixa renda.
MONITORAMENTO Principal premiada pelo trabalho no desempenho
e controle das emissões atmosféricas industriais, a
Braskem venceu a 10ª edição do prêmio na categoria
Produção Mais Limpa com uma iniciativa que redu-
ziu em 62% a emissão de COV (composto orgânico
volátil) desde 2002; em 22%, na média, a emissão de
GEE (gases de efeito estufa), desde 2005; em 25%, o
volume de NOx (número de oxidação) de poluentes
convencionais liberados na atmosfera, desde 2002; e
em 48%, as emissões fugitivas.
De acordo com Sérgio Hortélio, coordenador técnico
de meio ambiente da Braskem, o Projeto de Gestão de
Emissões Atmosféricas insere-se na meta que a empre-
sa traçou para 2020 e que prevê alcançar o padrão das
melhores empresas do mundo em relação ao controle
de emissão de gases que provocam o efeito estufa, que
é de 600 kg por tonelada de produto. “Montamos um
modelo de gestão que monitora vários indicadores e
programas. Cada unidade e fornecedores externos dão
a sua contribuição”, explica Sérgio Hortélio.
Para o coordenador do programa, a conquista do
Prêmio FIEB de Desempenho Ambiental é uma sina-
lização de que as equipes estão trabalhando no cami-
nho certo, revela Hortélio, que lembra a conquista do
BenchMais Ambiental Brasileiro com uma parte do
projeto vencedor da FIEB. [bi]
bRasKEm Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas da Unidade de Insumos Básicos
A Braskem concorreu com o Programa de Gestão de Emissões Atmosféricas na Unidade de Insumos
Básicos, que busca a redução de perdas de recursos naturais, produtos e energia. O projeto tem ainda por
objetivo minimizar os efeitos do impacto ambiental da indústria química, contribuindo para a transfor-
mação e evolução do segmento com vista à liderança global da química sustentável. O projeto prevê a re-
alização de verificações diárias, decenais e mensais, com as respectivas análises críticas de identificação
de desvios e ações de correção. O programa é analisado e submetido ao fomento contínuo das ações. O
trabalho de monitoramento envolve toda a planta da Braskem e seus fornecedores.
unidade da
braskem em
zir, a partir de 2013, ácido
acrílico, acrilato de butila
e polímeros superabsorventes, o
çari, liderado pela Basf, estimula-
rá a atração de pelo menos outras
seis indústrias, entre elas, a Kim-
berly-Clark e a Braskem.
trução e operação do Polo Acrí-
lico já é uma realidade, tanto na
construção das plantas como na
operação das fábricas oferecendo
mas, transporte, jardinagem, por
dores de logística, engenheiros,
apresentado pelos diretores du-
rante o Seminário Oportunidades
do no dia 1º de agosto, na sede da
Federação das Indústrias do Esta-
do da Bahia (FIEB).
trial já está sendo realizada com
100% de empresas e mão de obra
da Bahia”, garantiu o gerente de
planta Kimberly-Clark, Marcelo
O diretor de operações do pro-
Polo Acrílico abre novas oportunidades Representantes da Basf e da Kimberly-Clark garantem que a perspectiva é trabalhar com fornecedores baianos e 90% de mão de obra local
jeto do Complexo Acrílico da Basf,
Holger Herbst, também falou do
interesse do grupo em trabalhar
com fornecedores baianos e 90%
de mão de obra local. “Até por
questões de logística, segurança e
custos”, explicou o executivo.
Entusiasmados com as possi-
empresários baianos presentes ao
evento propuseram a realização
termediada pelo Instituto Euvaldo
multinacionais conheçam os pro-
fornecedores do estado.
te da FIEB, Reinaldo Sampaio, o
Polo Acrílico coloca a Bahia nu-
ma posição de vanguarda das
indústrias de transformação e de
base. “A implantação do empre-
endimento e seus desdobramen-
avaliou.
neração (Sicm), Paulo Guimarães,
samento de cadeias produtivas.
sas baianas possam fornecer para
mais de uma cadeia, atendendo a
outros mercados”, disse. [bi]
mica Federal, Desenbahia e Banco do Nordeste par-
ticiparam do seminário O Momento Financeiro das
Micro e Pequenas Empresas – Oportunidades e De-
safios, dia 18 de agosto, no auditório da FIEB, quando
apresentaram as linhas de crédito e deram orienta-
ção com atendimento individual aos empresários.
“É fundamental que os empresários saibam de que
forma obter esses aportes de capital que se tornam
imperiosos para a sobrevivência e o crescimento no
mercado”, afirmou o coordenador do Conselho da
Micro e Pequena Empresa Industrial da FIEB, Carlos
Henrique Gantois.
bate sobre o cenário econômico atual, as ameaças e
oportunidades para as MPE. De acordo com o supe-
rintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos, o mar-
co legal brasileiro para o setor criou um ambiente
favorável. No entanto, para ele, é preciso avançar
no acesso ao crédito, baixando ainda mais os juros e
desburocratizando as relações entre os empresários e
as instituições financeiras.
de Comércio e Serviços da Secretária Estadual de In-
dústria e Comércio, Advan Furtado, que recomendou
como ferramenta de consulta e apoio disponível na in-
ternet, o Guia Prático para acesso ao Crédito Bancário
(www.forumregionalmpe.ba.gov.br/publicacoes).
divulgou comunicado
contato com os contribuintes
recebimento) ou por edital
publicado no Diário Oficial
facultado às partes, em
consulta à tramitação e
os acórdãos já publicados
estão disponíveis em seu
Contencioso/Julgamentos/
encontro reuniu
06 07 nov
comitê de Petróleo e Gás road show e rodada de negócios sobre navipeças (para embarcações e plataformas offshore) Manhã e tarde
Local: FIEB – auditório e
04 dez
1º seminário “reservatórios não convencionais: oportunidades em shale Gas e shale oil nas bacias do recôncavo e tucano sul” Manhã e tarde
Local: FIEB – auditório
Realização FIEB, MME,
24 Bahia Indústria
Melhores Práticas de Estágio 2012 Vencedores do prêmio promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi são reconhecidos pelos exemplos de formação profissional produtiva
por carolina mendonça Fotos João alvarez
a Lacerta Consultoria Pro-
jetos e Assessoria Am-
biental, a Braskem, a
da 9ª edição do Prêmio Melhores
Práticas de Estágio, promovido
regional e pelo Fórum de Estágio
da Bahia. A premiação foi realiza-
da no dia 18 de julho, na sede da
Federação das Indústrias do Esta-
do da Bahia (FIEB).
Sintetizando o sentimento dos
res programas de estágio na Bahia,
o diretor de Projetos da Lacerta,
Henrique Ribeiro, falou sobre a im-
portância do prêmio: “É uma gran-
de motivação para as empresas
aprimorarem seus programas de
serão seus futuros empregados”,
sa contemplada com o Troféu Eu-
valdo Lodi, destinado às que já fo-
ram premiadas nos anos anteriores
e atingiram pontuações mais altas.
Na categoria grande empre-
Camaçari. Já a média empresa
contemplada foi a Cromex, de Si-
mões Filho. E a Escola Kennedy,
do município de Eunápolis, foi a
vencedora entre as empresas de
pequeno porte. As finalistas de
cada categoria e os estagiários de
destaque nos projetos inscritos no
prêmio também foram anunciados
melhores práticas, contribuir para
essência do estágio é o ato de edu-
car, de contribuir para a formação
profissional e cidadã de jovens,
que não podem ser vistos como
mão de obra barata”, disse.
INOVAçãO De acordo com o diretor geral
da Fundação de Amparo à Pesqui-
sa do Estado da Bahia (Fapesb),
Roberto Lopes, o prêmio é uma
ação que concorre para o esforço
de incorporar a inovação nos pro-
cessos produtivos. “O estágio abre
portas para a inserção de novas
tecnologias, ideias e mudanças
Armando neto
destaca a
importância da
às Micro e Pequenas Empresas do
Estado da Bahia (Sebrae-BA), Lau-
ro Ramos, acredita que o estágio é
fundamental no caminho profis-
mando líderes que irão conduzir
os destinos das empresas.
senta uma etapa indispensável
é o momento de os estudantes
adquirirem a experiência que o
mercado de trabalho exige. Para
as empresas, o estágio é a forma
mais eficiente de seleção dos co-
laboradores, pois podem avaliar
organização”, afirma a gerente de
Estágio e Formação de Talentos do
IEL, Edneide Lima.
da Bahia, o prêmio tem como ob-
jetivos identificar as boas práticas
de estágio das empresas baianas
e auxiliar as organizações a de-
senvolver programas de estágio
os inscritos passam pela avalia-
ção de uma comissão julgadora e
recebem um relatório que aponta
em que pontos a atividade pode
ser incrementada.
Projetos e Assessoria Ambiental
Ltda (categoria Pequena Empre-
sa), Portugal Telecom Inovação
(Grande). Já Yazaki Autoparts do
Brasil Ltda. recebeu o Troféu Eu-
valdo Lodi. [bi]
projeto Instalação de Sistema
de Ensaque para Carbonato
Transferência de Insumos Básicos
da UNIB 1 BA.
(Feira de Santana)
troFéu euVAldo lodi
Teste Allium cepa.
vencedores por categoria
26 Bahia Indústria
inDicaDoREs Números da Indústria
desempenho da Bahia supera o nacional Enquanto a taxa anualizada da produção física do estado cresceu 0,6%, em julho, a do Brasil registrou queda de 2,7%
São Paulo -5,6 -5,9 -4,1
Minas gerais 0,2 -0,9 -1,6
rio de janeiro -5,5 -8,2 -4,4
paraná -7,8 1,8 6,9
Bahia 3,0 3,2 0,6
amazonas -15,3 -7,7 -1,1
pará -4,6 1,7 1,5
goiás -12,4 6,0 7,5
pernambuco 3,3 4,1 4,0
ceará 2,5 -1,4 -4,5
Brasil -3,0 -3,9 -2,7
Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI
a taxa anualizada da pro-
dução física da indús-
atividade produtiva industrial.
brasileira apresentou queda de
que participam da pesquisa sobre
a produção setorial do IBGE, além
da Bahia, quatro estados apresen-
taram desempenho positivo: Goi-
Oito estados registraram resul-
tados negativos: Espírito Santo
ta Catarina (-4,1%), Minas Gerais
(-1,6%), Rio Grande do Sul (-0,4%)
e Amazonas (-1,1%).
pesquisados, três apresentaram
desempenho negativo: Veículos
Automotores (-19,9%), Metalurgia
leo e Prod. de Álcool (-7,2%). Por
outro lado, apresentaram resulta-
dutos Químicos/Petroquímicos
lose e Papel (3,2%) e Minerais não-
-metálicos (2,1%).
2012 com igual mês do ano ante-
rior, a produção física da indústria
de transformação baiana apre-
uma queda de 3% na média Bra-
sil). Cinco dos oito segmentos da
Indústria de Transformação regis-
traram crescimento da atividade,
diesel e outros óleos combustíveis,
gasolina automotiva e gás lique-
feito de petróleo), Celulose e Papel
(15,3%, com a expansão na produ-
ção de celulose), Borracha e Plás-
tico (8,8%, devido ao incremento
na produção de garrafões, garra-
fas e frascos de plástico), Minerais
não-Metálicos (6,1%, aumento na
mentos “Portland”) e Alimentos e
Bebidas (3%, em função da maior
produção de cerveja, chope e man-
teiga, gordura e óleo de cacau).
Por outro lado, verificou-se
Básica (-39,7%, explicada espe-
cialmente pela paralisação para
manutenção em importante em-
presa do segmento, provocando
ra, perfil e vergalhões de cobre e
vergalhões de aços ao carbono),
Veículos Automotores (-35,3%,
tomóveis) e Produtos Químicos/
te ano, em comparação a igual
período de 2011, verifica-se um
crescimento de 3,2% na indústria
Bahia Indústria 27
foi determinado pela alta dos seguintes segmentos:
Produtos Químicos/Petroquímicos (12,2%, ainda re-
fletindo a baixa base de comparação, por conta das
paralisações decorrentes do desligamento do setor
elétrico ocorrido na Região Nordeste do país em fe-
vereiro do ano passado; nessa atividade sobressaiu
a maior produção de etileno não-saturado, polieti-
leno de alta e baixa densidade, sulfato de amônio e
polietileno linear), Borracha e Plástico (9,2%, com a
maior fabricação de garrafões, garrafas e frascos de
plástico), Alimentos e Bebidas (4,3%, com a maior
fabricação de cervejas, chope, farinhas e “pellets”
da extração do óleo de soja, óleo de soja em bruto e
manteiga, gordura e óleo de cacau), Minerais não Me-
tálicos (3,8%) e Celulose e Papel (2,7%).
De modo geral, mantém-se a tendência negativa
dos segmentos produtores de commodities, influen-
ciados pela conjuntura internacional adversa com
a crise na Europa e a desaceleração dos Brics, que
seguem apresentando resultados inferiores aos de
segmentos mais voltados ao atendimento do merca-
do interno e produtores de bens finais. Ressalte-se
que a indústria de transformação baiana apresenta
resultado positivo no acumulado dos primeiros me-
ses deste ano devido, sobretudo, à base de compara-
ção deprimida, relacionada aos efeitos da interrup-
ção do fornecimento de energia elétrica em fevereiro
de 2011, que comprometeu importante parte da pro-
dução de empresas localizadas no Polo Industrial de
Camaçari. [bi]
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)
90
100
95
110
120
130
140
105
115
125
135
2011
2010
2012
INSS Patronal 1.000 0
demonstração da folha
Receita Bruta 10.000 10.000 10.101 9.090
Dedução INSS P. 0 100 101 90
Receita Líquida 10.000 9.900 10.000 9.000
CSP 6.000 5.000 5.000 5.000
lucro bruto 4.000 4.900 5.000 4.000
FoNte: Fernando matos/ deloite touche tohmatsu
dre
Especialista esclarece Plano Brasil Maior Fernando Matos, da Deloitte, alertou para o risco de perda de receita caso os benefícios da MP 563 sejam mal avaliados
O Plano Brasil Maior é benéfico para alguns seg-
mentos do mercado, mas também há riscos pa-
ra as empresas, que podem invalidar, perder ou
onerar seus custos se os processos não forem adequa-
damente cuidados. O alerta foi dado pelo consultor da
Deloite Touche Tohmatsu, Fernando Matos, que, junta-
mente com Nilson França e os gerentes Marcus Cruz e
André Rodrigues, também representantes da consulto-
ria, participaram, dia 12 de setembro, no auditório da
FIEB do seminário Os Impactos do Plano Brasil Maior
nos lucros e resultados das empresas.
O evento foi uma parceria da Deloitte com o Con-
selho de Assuntos Fiscais e Tributários (Caft) da FIEB
e teve por objetivo apresentar para empresários e téc-
nicos que atuam no setor tributário e fiscal as vanta-
gens, desvantagens e riscos que a MP 563/2012 ofere-
ce, de forma que a tirar proveito dos seus benefícios.
Matos citou como exemplo o caso do Reintegra. De
acordo com o especialista, se não forem observadas as
questões de importação própria e a que é praticada por
terceiros, a empresa vai receber 3% como vantagem
fiscal de desoneração da exportação e no momento de
um processo de fiscalização, quando a Receita Federal
somar todas as importações no custo do produto e re-
lacionar com a receita, se ultrapassar o limite de 40%,
a empresa terá que devolver todo o benefício.
Ele também citou como exemplo a proposta de de-
soneração da folha e alertou que as empresas têm que
estar atentas à fórmula adequada de fazer o cálculo
das proporções (veja quadro). “O plano é bom, embo-
ra não esteja claramente definido quem ganha e quem
perde”, destaca Matos. Na avaliação dele, organizar
a estrutura empresarial, selecionando pessoas para
dominar o conhecimento sobre o Plano Brasil Maior,
movimentar a estrutura para centralizar parte dessas
tarefas e contar com ajuda externa também são formas
de evitar riscos. “Sai mais barato uma ação preventiva
do que ser alvo de um auto de infração da Receita.”
empresa
Bahia Indústria 29
Serviços e tecnologia na Construir Bahia Sistema FIEB levou seus serviços para a feira especializada em produtos e serviços para o segmento da construção civil
a necessidade de adotar solu-
ções inovadoras no geren-
ciamento dos canteiros de
resíduos sólidos da obra foram te-
mas tratados na abertura da feira
Construir Bahia 2012, que aconte-
ceu de 13 a 15 de setembro, no Cen-
tro de Convenções, em Salvador.
Os temas foram tratados durante o
10º Seminário Tecnológico e 9º Se-
minário de Inovação na Constru-
ção Civil, realizado pelo SENAI,
em parceria com o Sindicato da
Indústria da Construção Civil (Sin-
duscon) e o Serviço de Apoio à Mi-
cro e Pequena Empresa (Sebrae).
A importância e o sucesso do
evento, que este ano completou
dez anos, foram ressaltados pelo
presidente do Sinduscon, Carlos
mos ficar no estágio em que esta-
mos, com canteiros e processos de
construção que permanecem os
do um preço elevado por isso.”
O Serviço Social da Indústria
(SESI) também realizou o IX Fó-
rum de Segurança e Saúde do
Trabalho, no dia 14 de setembro,
que abordou os resultados sociais
e financeiros do investimento nas
práticas de segurança e saúde do
trabalho (SST).
lizar para a importância das prá-
ticas de SST, mostrando o retorno
destes investimentos. “Os resulta-
va de que vale a pena investir. E
o SESI disponibiliza consultorias
querem implantar estas práticas.”
O gerente administrativo finan-
celos, trouxe o case de sucesso do
serviço móvel de odontologia do
SESI-BA em uma obra de grande
porte da empresa, que, trouxe co-
mo resultados, além da redução de
doenças bucais e do absenteísmo
causado por dores e extrações den-
tárias, mais cuidados com higiene
pessoal entre os trabalhadores e
o hábito da prevenção. “Observa-
mos mudança de comportamento
Durante a Construir Bahia,
com um stand. Na ocasião, o SESI
apresentou alguns de seus tra-
balhos em inovação e pesquisa,
a exemplo do protótipo de telha
sustentável, da retroescavadeira,
de guindaste. O SENAI levou para
o evento um simulador de equipa-
mentos móveis industriais (EMI) e
a unidade Escola Móvel de Cons-
trução Civil, que ficou aberta à vi-
sitação. Já o Instituto Euvaldo Lodi
(IEL) participou apresentando seu
portfólio de serviços. [bi]
reinaldo sampaio, vice-presidente da Fieb, e Guilherme monteiro barreto, da libra
libra terminais planeja investir no Porto de salvador O executivo de Novos Negócios da Libra Terminais, empresa do Grupo Libra, anunciou,
durante encontro com o vice-presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Reinaldo
Sampaio, no início de agosto, a decisão da companhia em expandir seus negócios para o
Nordeste e, em especial, investir no Porto de Salvador, com vistas ao arrendamento do
terminal de contêineres. Em contato com a Companhia das Docas do Estado da Bahia
(Codeba), a empresa obteve retorno positivo, comprometendo-se a apresentar estudos de
viabilidade técnica. O Grupo Libra tem uma participação importante no segmento, com 27%
do mercado nacional de arrendamento de terminais de contêineres no Brasil e a FIEB vê com
bons olhos a perspectiva de ter uma empresa desse porte atuando no Porto de Salvador. De
acordo com Reinaldo Sampaio, é incompreensível que a Bahia tenha um único terminal de
contêiner para navios de maior dimensão e ainda assim, sem calado suficiente para
embarcações de grande porte. Isso estaria em descompasso com a realidade econômica da
Bahia e fez com que o estado perdesse a liderança para Pernambuco e Ceará. A preocupação
da FIEB agora é que a Codeba dê a devida agilidade à demanda da Libra.
painel
diferencial de economia
consultora Alexandra
O tema foi tratado
agosto, na sede da
mil consumidores
diferenciados, incluindo
que poderiam se
beneficiar com uma
custos com energia. A
Energia.
espanha quer investir em parcerias na bahia “Estou impressionado com o desenvolvimento de Salvador e com o dinamismo econômico da
Bahia”, afirmou o embaixador da Espanha no Brasil, Manuel de la Câmara Hermoso, em visita
à FIEB. Na companhia do cônsul geral e do vice-cônsul da Espanha na Bahia,
respectivamente, Daniel Chamorro Garcia e Juan Manuel Caserza, o diplomata foi recebido
pelo 1º vice-presidente da FIEB, Victor Ventin, e pelo superintendente de Desenvolvimento
Industrial da Casa, João Marcelo Alves. O embaixador Manuel Hermoso fez questão de
conhecer as áreas prioritárias de desenvolvimento industrial no estado e sinalizou que a
Espanha tem interesse em projetos nas áreas ambiental e de infraestrutura. Ele adiantou o
desejo de viabilizar, ainda este ano, um encontro entre empresários espanhóis e baianos.
“Temos que explorar possibilidades de parcerias”, destacou.
Bahia Indústria 31
sesi acima da média na Prova brasil As unidades Candeias e Retiro do SESI-BA tiveram pontuações
acima da média recomendada pelo Ministério da Educação na
Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), mais
conhecida como Prova Brasil. O exame testa conhecimentos
em matemática e língua portuguesa entre alunos dos 5º e 9º
anos do ensino fundamental da rede pública. Seus resultados
compõem a base para o cálculo do Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb), que deverá ser divulgado em
dezembro deste ano. Em português, os alunos do 9° ano do
SESI Retiro obtiveram a pontuação de 285,3; enquanto a
média recomendada pelo MEC é 275,0; e o resultado da rede
pública do estado ficou em 253,5. Já em matemática, os
estudantes da unidade Candeias do 5° ano receberam 238,4
na avaliação, superando a média recomendada pelo
ministério, que é de 225,0. Apenas os alunos do 9° ano das
duas escolas ficaram com médias abaixo da recomendada
(300,0) em matemática: Candeias 285,4 e Retiro 282,7. Porém,
as notas estão bem acima da média estadual (263, 7) e da
nacional (250,6). Esta foi a primeira vez que escolas do
SESI-BA passaram pela avaliação.
Força jovem: reciclagem e capacitação em manutenção de PcsPrêmio de inovação A Engpiso, empresa do
segmento de pré-fabricados
de gestão da inovação
ela organiza seus processos
da Micro e Pequena
Empresa Industrial da FIEB
Alunos do curso mostram equipamentos recuperados
pelos Laboratórios Leme, 26
jovens das comunidades de
foram capacitados no Curso
de Manutenção Básica de
de agosto. Eles aprenderam
softwares livres, cada
curso, além de desenvolver
tecnologia.
Força Jovem, desenvolvido
o Serviço Social da
Programa Onda Digital, a
Secretaria de Educação e
Cultura de Candeias (Seduc)
de Madeira, distrito de
de Apofis, o deus egípcio da des-
truição, quando assustou o mundo
em 2004. Com aproximadamente
rá entre a Terra e a Lua, a 18.600
milhas da superfície do planeta,
mais próximo que muitos satélites
de comunicação, na sexta-feira,
planeta fique incólume, mas se o
Apofis passar a 293 milhas adicio-
nais de distância, numa pequena
região espacial de 800 metros de
largura, haverá uma probabilida-
de abril de 2036. Nada que ver com
profecias Maias.
plosões solares, as supernovas,
bretes de como a vida na Terra
é frágil. A evidência científica é
inexorável. Tudo neste universo,
nada mais que poeira de estrelas.
E, por poético que seja, mais cedo
ou mais tarde, voltaremos a sê-lo.
A sempre presente possibilida-
no planeta nos faz buscar sinais e
mecanismos de prevenção. Identi-
ficamos e monitoramos trajetórias
de asteróides, sua composição,
senvolvemos possíveis soluções
O Apofis e a inovação
quenas soluções incrementais ao
que a vida empresarial seria dife-
rente? Mutatis mutandis, o contex-
to empresarial simula as alternân-
cias cíclicas do cosmos.
ça e governabilidade, somadas
ros de que a sobrevivência das em-
presas demanda realizar mudan-
negócios. Uma ruptura massiva
Apofis dos negócios, e as empre-
sas existentes no país terão que
decidir se serão vitimas ou prota-
gonistas desta ruptura.
KPMG publicou o resultado de sua
pesquisa anual intitulada Pers-
pectivas da Manufatura Global:
Promovendo o Crescimento através
perspectivas de negócios de 241
executivos de alto nível da indús-
tria em todo mundo, a maior parte
deles dos EUA, Europa e Ásia. A
grande maioria das empresas con-
sultadas tem enfrentado a volatili-
dade de preços nos seus insumos,
riscos ao interior da cadeia produ-
tiva e uma demanda incerta.
A adoção, pelas mesmas, da re-
ceita tradicional para maximizar
custos e eficiência operacional, na
espera de melhores tempos, tem
sido a norma. Mas como a estag-
nação econômica já dura quatro
anos, estas empresas estão indo
além do corte de custos, adotan-
Setenta e cinco por cento dos executivos encontram-se otimistas quanto ao futuro dos seus negócios nos próximos 12 a 24 meses, com alto crescimento de margens, e 72% dos mesmos acreditam que a inovação transformacional será o grande fator de promoção deste crescimento
“ do novas estratégias de expansão
de seus negócios via aumento de
competitividade pela inovação.
executivos encontram-se otimis-
meses, com alto crescimento de
margens, e 72% dos mesmos acre-
ditam que a inovação transfor-
macional será o grande fator de
promoção deste crescimento. Há
tivamente a montante e a jusante
da cadeia produtiva.
desenvolvido em crise tratará de
sair dela via aceleração dos inves-
timentos e das exportações. Como
o amplo protecionismo comercial
rão competir as empresas nacio-
nais com o assalto, pelas empre-
sas mencionadas acima, ao mer-
cado nacional, cujo consumo está
estimulado pelas nossas políticas
Bahia Indústria 33
racional lastreada em inovações
"Kodak se une ao cemitério das
empresas descerebradas". Em 19
NEC (