BPF Lavar as mãos MS 1989

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    MINISTRIO DA SADESECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS ESPECIAIS DE SADE

    PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECO HOSPITALAR

    AVAR AS MOSINFORMAES PARA PROFISSIONAIS DE SADEINFORMAES PARA PROFISSIONAIS DE SADEINFORMAES PARA PROFISSIONAIS DE SADE

    INFORMAES PARA PROFISSIONAIS DE SADEINFORMAES PARA PROFISSIONAIS DE SADE

    BrasliaCentro de Documentao do Ministrio da Sade

    1989 - 1 Reimpresso

    L

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    Ministrio da Sade - Secretrio Nacional de Organizao e Desenvolvimento de Serviosde Sade. Programa de Controle de Infeco HospitalarLAVAR AS MOS: INFORMAES PARA PROFISSIONAIS DE SADE39 pginas na Impresso Original, il. - Srie A: Normas e Manuais Tcnicos - 11

    1989 - Ministrio da SadeSrie A: Normas e Manuais Tcnicos - 11

    Centro de Documentao do Ministrio da SadeEsplanada dos Ministrios - Bloco G - Trreo70085 Braslia/DFTelefones (061) 2268286 e 226-8275Telex: (061) 1251 e 1752

    Impresso no Brasil/ Printed in Brazil

    Digitado/Formatado por Iara Alves de Camargo - Maio de 2000Diviso de Servios de Sade - Centro de Vigilncia SanitriaSecretaria de Estado da Sade de So PauloDisponvel on line na Pgina do Centro de Vigilncia SanitriaHttp://www.cvs.saude.sp.gov.br

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    SUMRIO

    APRESENTAO

    INTRODUO

    OBJETIVOS

    MICROBIOLOGIA DA PELE

    T CNICAS PARA LAVAR AS MOS

    1- Tcnicas e indicaes

    a) Lavagem bsica das mos

    b) Lavagem e anti-sepsia das mos

    b.1- Pr-procedimentos cirrgicos b.2- Outros procedimentos de risco

    c) Anti-sepsia direta das mos, sem lavagem prvia com gua e sabo

    2- Materiais e equipamentos necessrios

    guaPiasDispensadores de sabo lquido e anti -spticosPorta-papel-toalha (suporte) e papel -toalha

    3- Produtos qumicos indicados

    GermicidasSabes

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    APRESENTAO

    Este manual, dirigido aos profissionais de sade, faz parte de uma propostado Ministrio da Sade que tem por objetivo normalizar um procedimento comum epouco considerado no mbito das unidades de sade brasileiras: o ato de lavar as

    mos.A importncia do texto reside na enfatizao de uma conduta simples e de

    grande valor para nossa realidade, j que prope solues prticas de baixo custo epossibilita, ainda, opes na seleo das possveis variveis relacionadas com odesenvolvimento das tcnicas preconizadas.

    Tendo em vista o estudo dos vrios aspectos relativos ao tema, acreditamosna plena aceitabilidade desta publicao pois, apesar dos seus tpicos abordaremassuntos variados e polmicos, foi possvel se chegar a um consenso que, certamente,possibilitar a minimizao de vrios problemas concernentes s infeces hospitalaresem nosso pas.

    A iniciativa no desenvolvimento deste material constituiu -se num desafio, nosentido de equacionar a questo, j que possibilitava opes distintas e deline adas emuma escala de prioridades.

    A emisso de crticas e sugestes por parte dos profissionais de sade essencial e certamente contribuir para o aprimoramento futuro do texto.

    INTRODUO

    H 140 anos, em 13 de maio de 1847, o mdico hngaro IgnazSemmelweis *, com o simples ato de lavar as mos com soluo clorada antes d e entrarem contato direto com os pacientes, demonstrou a importncia dessa medida naprofilaxia da infeco hospitalar, j que a mesma propiciou diminuio sensvel doscasos de febre puerperal.

    Na poca, esse procedimento no foi bem aceito, nem entendi do, o que at plausvel, haja vista que mesmo hoje, ainda, necessitamos, apesar da vastabibliografia pertinente, mostrar a importncia e a correlao dessa medida na prevenodas infeces hospitalares.

    Apesar deste assunto ser polmico e alguns autores e entidades preferiremabord-lo de maneira genrica, optamos, na estruturao deste manual, pela tentativade demonstrar quais os mtodos mais adequados de assepsia, bem como os materiais,equipamentos e produtos a serem utilizados .

    OBJETIVOS

    GERAL

    Proporcionar aos profissionais de sade subsdios tcnicos relativos s normas eprocedimentos para lavar as mos, visando a preveno das infeceshospitalares.

    * Todo dia 15 de maio a importncia do controle da Infeco Hospitalar relembrado, em homenagem ao trabalhopioneiro do mdico hngaro Ignaz Semmelweis. NOTA: equipe da DSS-CVS.

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    ESPECFICOS

    y Orientar e alertar os profissionais de sade sobre a i mportncia do ato de lavar asmos na preveno e controle da infeco hospitalar.

    y Classificar as tcnicas bsicas de lavar as mos, de acordo com as indicaespertinentes.

    y Especificar os materiais e equipamentos necessrios ao desenvolvimento dastcnicas preconizadas.

    y Orientar quanto a escolha dos produtos qumicos a serem utilizados nodesenvolvimento das tcnicas indicadas (sabes, anti -spticos-detergentes eanti-spticos).

    MICROBIOLOGIA DA PELE

    A pele ou ctis o manto de revestimento do organismo, indispensvel vida, j que isola componentes orgnicos do meio exterior, impede a ao de agente

    externos de qualquer natureza, evita perda de gua, eletrlitos e outras substncias domeio interno, d proteo imun olgica, faz termo-regulao, propicia a percepo e temfuno secretria.

    A superfcie da pele apresenta sulcos e salincias -particularmenteacentuadas nas regies palmo -plantares e extremidades dos dedos - e, dependendo dosegmento corpreo, variaes e pregas (articulares e musculares), orifciospilossebceos e sudorparos.

    A secreo sebcea produzida importante para a manuteno eutrfica daprpria pele, particularmente na camada crnea, pois evita a perda de gua. O sebumtem propriedades antimic robianas e contm substncias precursoras da vitamina D.

    Do ponto de vista da flora microbiana da pele, temos duas populaes: aresidente e a transitria. *

    Flora residente - composta pelos microrganismos que vivem e semultiplicam na pele, podendo ser viveis por longo perodo. Esses microrganismosdiferem tanto qualitativa quanto quantitativamente, dependendo do local de al ojamentono corpo e da populao bacteriana envolvida. As bactrias dessa flora no so facilmente removidas por escovao, entretanto,podem ser inativadas por anti -spticos. As bactrias mais comumente encontradas soas Gram-positivas. Nas mos, essas e outras bactrias localizam-se em maiorquantidade em torno e sob as unhas.

    A maioria dos microrganismos da flora residente encontrada nas camadassuperficiais da pele, porm um percentual de 10 a 20% localizam -se nas fendas dasmos ou no interior dos folculos pilosos, onde os lipdios e o epitlio superficialestratificado podem dificultar sua remoo.

    A flora residente de baixa virulncia e raramente causa infeco, contudo

    pode ocasionar infeces sistmicas em pacientes imunodeprimidos e apsprocedimentos invasivos.

    Flora transitria - como o nome sugere, passageira, e os microrganismosque a compem so viveis por apenas um curto perodo. Suas bactrias so maisfceis de serem removidas, pois se encontram na superfcie da pele, junto gord ura esujidades.

    * importante lembrar que a classificao da flora microbiana da pele em residente e transitria tem apenas um carterdidtico.

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    A flora transitria das mos composta pelos microrganismos maisfreqentemente responsveis pelas infeces hospitalares: as bactriasGram-negativas e os estafilococos, o que bem demonstra a importncia das mos comoveculo de transmisso.

    Embora na pele das mos existam bactrias com variados graus depatogenicidade, em situao normal elas no causam infeco por haver uma barreirafisiolgica protetora. Entretanto, na ocorrncia de soluo de continuidade na pele, ouno caso de pacientes imunodeprimidos, poder haver a instalao de um processoinfeccioso. Esse fato, por si s, destaca a importncia da lavagem das mos naremoo das bactrias e na preveno da infeco hospitalar.

    Quadro 1* - MICRORGANISMOS ENCONTRADOS NA PELE

    Microrganismo Incidncia

    Staphylococcus epidermidis( coagulase - negativa )

    85 a 100 %

    Staphylococcus aureus( coagulase - positiva )

    5 a 25 %

    Streptococcus pyogenes( grupo A )

    0 a 4 %

    Propionibacterium acnes( corinebactrias anaerbias )

    10 a 45 %

    Corynebacterium sp. ( anaerbias )( difterides )

    55 %

    Lactobacilos 55 %

    Candida albicans INCOMUMOutras espcies de Candida, especialmenteC. parapsilosis

    1 a 15 %

    Clostridium perfringens(especialmente nas extremidades inferiores)

    40 a 60 %

    Enterobacteriaceae INCOMUM

    Acinetobacter calcoaceticus 25 %

    Moraxella sp. 5 a 15 %

    Mycobacterium sp. RARO

    * Adaptado de YOUMANS, S., et alli. The biologic and clinical basis of infeccious diseases. 3. ed. Philadelphia, Saunders

    Company, 1986, 1v.

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    TCNICAS PARA LAVAR AS MOS

    1 - TCNICAS E INDICAES

    a) Lavagem bsica das mos (Tempo: aproximadamente 15 segundos) - o simples ato de lavar as mos comgua e sabo, visando a remoo de bactrias transitrias e algumas residentes, comotambm clulas descamativas, plos, suor, sujidades e oleosidade da pele. Oprofissional de sade deve fazer desse procedimento um hbi to, seguindo asrecomendaes e etapas de desenvolvimento da seguinte tcnica:

    y fique em posio confortvel, sem tocar a pia, e abra a torneira, de preferncia, coma mo no dominante, isto , com a esquerda, se for destro, e com a direita, se forcanhoto;

    y mantenha, se possvel, a gua em temperatura agradvel, j que a gua quente oumuito fria resseca a pele*. Use, de preferncia, 2 ml de sabo lquido, ou o sabo embarra. Nesse caso, enxge o sabo antes do uso;

    y ensaboe as mos e friccione-as por aproximadamente 15 segundos, em todas assuas faces, espaos interdigitais, articulaes, unhas e extremidades dos dedos (verfig. 2 );

    y enxge as mos, retirando total mente a espuma e resduos de sabo;y enxugue-as com papel-toalha descartvel; y Feche a torneira utilizando o papel -toalha descartvel ( evite encostar na mesma ou

    na pia )

    Indicaes

    Uma listagem de todas as situaes em que as mos devem ser lavad asseria uma tarefa prolongada e incompleta.

    De modo geral, entretanto, o bom senso autoriza e recomenda que oprofissional de sade lave as mos nas situaes abaixo indicadas:y sempre que estiverem sujas.

    Antes de

    y ministrar medicamento oral;y preparar nebulizao.

    Antes e aps

    y a realizao de trabalhos hospitalares;y a realizao de atos e funes fisiolgicas e ou pessoais (se alimentar,

    limpar e assoar o nariz, usar o toalete, pentear os cabelos, fumar ou tocar qualquer parte

    do corpo);

    * Os profissionais de sade, em virtude da necessidade freqente de lavar as mos com antisspticos ou mesmo gua esabo, podem desenvolver dermatites e ressecamento da pele. Nesses casos, podem ser usados cremes emolientes,do tipo cold cream, com uria a 10 %, aps o trmino das atividades hospitalares ou no prprio domiclio.

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    Figura 1*

    reas mais ( em preto ) e menos ( pontilhado )esquecidasdurantealavagem das mos

    * Adaptada de: LAURENCE. J.C. The bacteriology of burns. Journal of hospital

    ( Supl. B): 3 17, 1985

    y o manuseio de cada paciente e, s vezes, entre as diversas atividadesrealizadas num mesmo paciente (por exemplo: higiene, aspirao endotraqueal,esvaziamento da bolsa coletora de urina etc.);

    y o preparo de materiais ou equipamentos (respiradores, nebulizadoresetc.), durante seu reprocessamento;

    y a manipulao de materiais ou equipamentos (exemplo: cateterintravascular, sistema fechado de drenagem u rinria e equipamentos respiratrios);

    y a coleta de espcimes;y a aplicao de medicao injetvel;y a higienizao e troca de roupa dos pacientes.

    b)Lavagem e anti-sepsia das mos

    b.1 - Pr-procedimentos cirrgicos

    No preparo das mos e antebraos, antes de quaisquer procedimentoscirrgicos, o profissional de sade deve remover todas as jias, pulseiras e ou anis,inclusive a aliana. As unhas devem ser mantidas aparadas e sem esmalte.

    Para a anti-sepsia, recomenda-se o emprego de escovas apropr iadas, comcerdas macias, descartveis ou convenientemente esterilizadas. So contra -indicadas

    as escovas de cerdas duras, j que podem promover leses cutneas nas mos eantebraos. Proscreve-se, tambm, a manuteno de escovas em soluesdesinfetantes, bem como seu reaproveitamento aps o uso. Caso no existamcondies adequadas para a utilizao das escovas, deve -se dar preferncia aodesenvolvimento da anti -sepsia sem escovao.

    Com ou sem escovao, porm, a seqncia da lavagem deve serritualmente seguida pelo profissional de sade (ver figura 2), com movimentos de fricopelas diferentes faces das mos, espaos interdigitais, articulaes, extremidades dosdedos e antebraos, durante 5 minutos antes da primeira cirurgia e de 2 a 5 minutosantes das cirurgias subseqentes, desde que a anterior no tenha sido infectada. Nesse

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    caso, deve-se obedecer o tempo de 5 minutos.

    Figura 2 *

    Seqnciadalavagem das mos

    * Adaptada de: LAURENCE. J.C. The bacteriology of burns. Journal of hospital (Supl. B): 3 17, 1985

    1 opo

    Desenvolvimento da tcnica com anti -sptico-detergente

    Quando do emprego de produtos anti -spticos-detergentes no final doprocedimento, o profissional de sade deve enxaguar as mos em gua corrente,aplicar o produto e, aps friccion -lo nas mos, enxugar as mesmas com toalha oucompressa esterilizada.

    vedado o uso de solues alcolicas para a remoo de resduos doanti-sptico-detergente.

    2 opo

    Desenvolvimento da tcnica com gua, sabo e aplicao de anti -spticos

    Quando no houver a disponibilidade de produtos base deantisptico-detergente associado, o ritual da lavagem / escovagem dever ser

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    processado com o uso do sabo, obedecendo -se a tcnica preconizada. O profissionalde sade, aps friccionar as mos com gua e sabo, deve enxug -las tendo o cuidadode remover totalmente a espuma e resduos de sabo das mos e antebraos.Seqencialmente, deve aplicar uma soluo de lcool iodado a 0,5 ou 1 %, friccionando asmos com essa soluo por, no mnimo, 1 minuto, secando -as em seguida com toalhaou compressa esterilizada.

    Em qualquer das duas opes, durante o desenvolvimento da tcnica, asmos devem ser mantidas numa altura relativamente superior aos cotovelos, e asecagem, com toalha ou compressa esterilizada, deve ser processada, sempre,obedecendo-se a direo mos-cotovelo, com movimentos compressivos e no deesfregao.

    Contra-indica-se a imerso das mos em bacias com lcool iodado.Como precauo adicional, o profissional de sade deve usar luvas quando

    houver um elevado risco de transmisso de infeco. Tal procedimento objetivaproteger os pacientes dos microrganismos que no foram totalmente removidos atravsda lavagem das mos, bem como evitar que o pessoal de sade tenha contato diretocom secrees, excrees, material e equipamentos contaminados. O uso de luvas,entretanto, no prescinde uma boa lavagem das mos.

    Indicaes ( 1 e 2 opo )

    Antes de

    y cirurgias em geral;y procedimentos cirrgicos de pequeno porte, tais como: bipsias,

    cateterismos vasculares, traqueostomias, shunts artrio -venosos, procedimentosendoscpicos por incises, punes e drenagens de cavidades serosas, acessopercutneo a cavidades naturais (cateterismo vesical, puno suprapbica) e outrascirurgias realizadas em unidades ambulatoriais e de emergncia, como por exemploretirada de corpo estranho, cirurgia oftalmolgica e outras.

    Em alguns servios de sade, os procedimentos citados - em consequnciade situaes emergenciais e outras peculiares instituio - so realizados em reassemicrticas ** e no em reas crticas **, o que seria mais adequado, devido ao riscopotencial de infeco.

    b.2 -Outros procedimentos de risco

    Alguns procedimentos de risco ou invasivos (diagnsticos ou terap uticos)so desenvolvidos em diferentes reas dos hospitais brasileiros. Apesar de norepresentarem risco de infeco equivalente aos das agresses cirrgicas (de grande epequeno porte) acima referidas, os cuidados com as mos devem ser rigorosos,tendo-se em vista que freqentemente acarretam infeces hospitalares. Portanto,preconiza-se a lavagem das mos com gua e sabo por aproximadamente 15segundos, com posterior aplicao de anti -sptico em soluo alcolica, friccionando,

    durante 1 minuto, todas as faces das mos, conforme a tcnica j descrita. Ressalve -seque as mos devem secar naturalmente e no por intermdio do papel -toalha.Considerando-se o custo, o problema de disponibilidade dos

    antispticos -detergentes no mercado e a no necessidade de efeito residual prolongadoem alguns procedimentos de risco, optou -se, apenas, pela lavagem das mos com gua

    * rea semicrtica - a rea ocupada por pacientes de doenas no infecciosas ou doena infecciosa de baixatransmissibilidade.** rea crtica - a rea que apresenta grande risco de infeco: salas cirrgicas e de recuperao, unidade de terapiaintensiva (UTI), quarto de isolamento e isolamento protetor, laboratrio, lactrio, berrio etc.

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    e sabo, com posterior aplicao de anti -spticos em soluo alcolica, o que noexclui, entretanto, o uso de anti -spticos-detergentes por algumas instituies queassim o preferirem.

    Indicaes

    Antes de

    y examinar pacientes de isolamento reverso;y preparar dietas para berrio (mamadeiras, leite, papa etc.);y preparar soluo parenteral ou enteral;y instalar soluo parenteral (antes de manusear equipamentospara ministrar a soluo);y proceder a instalao da hemodilise;y realizar instrumentao e sondagem de orifcios naturais (cistoscopia,

    broncoscopia, laringoscopia direta e cateterismo vesical);y realizar puno-bipsia;y realizar puno lombar;y

    efetuar cateterismo de trajetos fistulosos

    Antes e aps

    y qualquer tipo de curativo

    Aps

    y contato com urina, fezes, sangue, saliva, escarro, secrees purulentasou outras secrees ou excrees materiais, bem como equipa mentos e roupascontaminadas.

    c) Anti-sepsia direta das mos, sem lavagem prvia com gua e sabo

    Na maioria dos hospitais brasileiros, observam -se problemas relativos estrutura fsica, evidenciados pela falta de pias em nmero adequado a propiciar alavagem freqente das mos. Associado a tal fato, existem situaes em que se faznecessria a aplicao imediata de anti -spticos, mesmo sem a lavagem prvia dasmos com gua e sabo. Nessas circunstncias, excepcionalmente, o profissional desade pode realizar a anti-sepsia direta das mos. Para tal, deve aspergir 3 a 5 ml deanti-sptico em soluo alcolica, friccionando as mos em todas as suas faces, pelotempo de 1 minuto. As mos devem secar naturalmente, e no por intermdio dopapel-toalha.

    Para o desenvolvimento dessa tcnica, necessrio um dispensador (figura3), que facilitar o uso do produto. Esse equipamento bastante simples e pode serfeito pelo servio de manuteno de qualquer hospital.

    2 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSRIOS

    y guay Piasy Dispensadores de sabo lquido e anti -spticosy Porta-papel-toalha e papel -toalha

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    Figura3

    Dispensador parausoem locaissem pia

    gua

    O sistema de abastecimento de gua deve ser dimensionado para umconsumo aproximado de pelo menos 500 litros/dia/leito (conforme explicita a Portaria n400/GM, de 6.12.77 - substituda pela Portaria n 1.884/GM, de 11.11.94, do Ministrioda Sade *), excluindo nesse clculo, obviamente, a gua necessria para aeventualidade de um incndio.

    O reservatrio ou caixa d'gua deve ser protegido com tampas, modo aimpedir a entrada ou penetrao de poeira , insetos, detritos etc, visando preservar apotabilidade da gua e evitar sua contaminao.

    Em nenhuma hiptese poder existir depsito de lixo prximo a qualquer

    caixa d'gua, devido ao perigo potencial de contaminao da gua do reservat rio. Alimpeza e desinfeco do reservatrio deve ser feita, preferencialmente, de 6 em 6meses.

    Subentende-se que a gua j esteja convenientemente tratada (clorada) ecom controle bacteriolgico. Quaisquer outros controles ficam a critrio da Comisso deControle de Infeco Hospitalar (CCIH**).

    * NOTA 1 - Inserida observao: equipe da DSS-CVS.** NOTA 2 - Inserido grifo: a respeito da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar - CCIH, ver Portaria n 2.616/GM,de 12.05.98, do Ministrio da Sade. Idem

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    Pias

    As pias devem estar sempre limpas, adequadamente localizadas e emnmero necessrio para facilitar o ato de lavar as mos, com torneiras que funcionem esuficiente proviso de sabo e ou anti -spticos nos dispensadores, bem como toalhasde papel.

    A CCIH deve supervisionar ou criar um esquema que pe rmita verificar se

    esses fatores esto em consonncia com as normas recomendadas. A correlao recomendvel entre pias/leitos para algumas unidades a

    seguinte:

    y isolamento - uma pia para cada paciente;y UTI e sala de recuperao ps -anestsica - uma pia para cada dois ou

    trs pacientes;y quarto de enfermaria - uma pia (no mnimo) para cada 4 pacientes;y quarto privativo - uma pia para cada quarto.

    Com relao torneira *, esta deve ter, se possvel, gua quente e fria (pelomenos no Centro Cirrgico ), com dispositivo de mistura. Seu acionamento deve ser feitocom o p (figura 4-A), cotovelo ou joelho (figura 4 -B). Compete ao servio de

    manuteno hospitalar manter esses equipamentos em perfeito funcionamento.As pias e torneiras devem ser instaladas de maneira que no propiciem ao

    usurio respingos de gua durante sua utilizao, e devem permanecer sempre limpase secas. expressamente proibido torcer pano de cho ou jogar materiaiscontaminados no interior das pias.

    Os profissionais de sade, visando a no contaminao de seus uniformes,devem criar o hbito de no encostar na pia quando forem lavar as mos.

    Quando no existirem pias nas reas semicrticas, recomenda -se manter,no mnimo, um dispensador com soluo anti -sptica no detergente em cadaenfermaria, dando -se preferncia ao lcool iodado a 0,5 ou 1%, com glicerina a 2%.

    * NOTA - Ver Portaria n 1.884/GM, de 11.11.94, do Ministrio da Sade: provis o de lavatrio do tipo que dispensa ocontato manual com as mos contaminadas atravs do volante, da torneira ou registro, quando do fechamento da gua.Equipe da DSS-CVS.

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    Figura4

    Tiposdeacionamentodetorneira*

    * O tipo C constantena figura a piacomum. Nautilizaodessa pia,casonorestem asoutrasopes,o profissionaldesadedeveutilizara monodominante,ouseja,aesquerdase fordestroeadireita,secanhoto.

    Dispensadores de sabo lquido e anti -spticos

    Os dispensadores devem apresentar dispositivos que facilitem o seuesvaziamento e enchimento. De preferncia, devem ser usados os mode losdescartveis e aqueles acionados com o p ou cotovelo (figura 5). Sua limpeza deve serefetuada com gua e sabo, sempre que terminar a soluo em seu interior ou, nomnimo, uma vez por semana.

    Preferencialmente, deve -se utilizar sabo lquido, pois a probabilidade decontaminao atravs de seu uso menor que a do sabo em barra. Este, ao serempregado, deve ser de tamanho pequeno (visando sua substituio mais freqente),colocado em saboneteira vazada e suspensa (figura 7 -A) ou, pelo menos, emsaboneteira vazada (figura 7 -B). Essas medidas evitaro sua permanncia em meio

    mido, o que poderia favorecer o crescimento de microrganismos.

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    Figura5

    Dispensadordesabolquido,acionadocom o p

    Nas reas crticas, devem ser mantidos dispensadores com anti -sptico emtodos os lavabos e, em alguns pontos, dispensadores com sabo lquido. Nas reassemicrticas, deve-se manter sabo lquido ou em barra em todas as pias e, em pelomenos um local, um dispensador com anti -sptico.

    Nas reas no crticas *, os dispensadores devem ser mantidos com sabolquido ou em barra, conforme a s especificaes descritas.

    Figura6

    Tiposdedispensadoresnoindicados parausohospitalar

    * reas no ocupadas por pacientes (rea administrativa ) ou rea cujo acesso lhes seja vedado.

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    Figura7Saboneteiravazadaesuspensa (A),saboneteiravazada (B) eoutrostipos*de dispositivos para

    sabo (C eD

    ).

    Porta-papel-toalha ( suporte ) e papel -toalha

    Na utilizao do papel-toalha, deve-se dar preferncia aos papis em bloco(figura 8-A), que possibilitam o uso individual folha a folha.

    Outra opo o papel -toalha em rolo (figura 8 -B), porm a manipulaonecessria para sua retirada mais complexa.

    O papel-toalha deve ser de material suave para no machucar as mos, ede fcil retirada dos suportes (porta -papel-toalha). Estes, fixados junto s pias, sempreadequadamente providos, devem ser de fcil limpeza e fabricados com material que nofavorea a oxidao.

    Contra-indica-se o uso coletivo de toalhas de tecido do tipo comum (figura9-A) e ou de rolo (figura 9 -B), em vista das mesmas permanecerem umedecidas quandono substitudas freqentemente, bem como o secador eltrico de mos (figura 9 -C).Com relao a este, podemos dizer, na prtica, que os profissionais de sade raramenteobedecem o tempo necessrio para a secagem total das mos. Alguns autores afirmamque o ar quente proveniente do secador pode carrear microrganismos. Esse fator seassocia, ainda, dificuldade de acionamento do aparelho sem o uso das mos.

    * Os tipos A e B so os mais indicados para uso hospitalar.

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    Figura8

    Porta-toalhasde papisem bloco (A) eem rolo (B)

    Figura9

    Porta-toalhasdetecidocomum (A),detecidoem rolo (B) esecadoreltrico

    3 - PRODUTOS QUMICOS INDICADOS

    y Germicidasy Sabes

    Os anti-spticos, sabes, equipamentos e materiais usados nos hospitaisdevem ser padronizados pela sua prpria equipe de profissionais de sade. Entretanto,a Comisso de Controle de Infeco hospitalar (CCIH) deve ter parte ativa nessas

    discusses.Com relao aos anti -spticos, s devem ser aceitos produtos devidamente

    registrados na Diviso de Medicamentos (DIMED) da Secretaria Nacional de VigilnciaSanitria do Ministrio da Sade - hoje ANVS *-, padronizados com seus nomesgenricos (denominao comum internacional) e as seguintes especificaes: registrodo nome comercial, indicao, concentrao e frmula farmacutica.

    A comisso de licitao ou o pessoal administrativo responsvel pelaaquisio das compras para os hospi tais deve consultar a CCIH ou os profissionais desade interessados, antes de adquirir quaisquer produtos, inclusive toalhas,porta-toalhas, sabo, dispensadores e anti -spticos.

    Germicidas

    Classificao dos germicidas

    Quanto aplicao, classificam-se em esterilizantes,desinfetantes-detergentes, saneantes e anti -spticos. Neste manual, entretanto, sabordaremos os anti -spticos.

    *NOTA - Inserida observao: equipe da DSS-CVS.

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    Anti-spticos

    So formulaes germicidas de baixa causticidade, hipoalergnicas,destinadas aplicao na pele e mucosas.

    As formulaes comerciais destinadas desinfeco das mos estodivididas em dois grupos:

    a) solues anti-spticas com detergentes (degermantes) - essas soluesassociam detergentes com anti -spticos e se destinam degermao da p ele,removendo detritos e impurezas e realizando anti -sepsia parcial.

    a.1 - soluo detergente de PVP-I a 10% ( 1 % de iodo ativo);

    a.2 - soluo detergente de clorhexidina a 4 % , com 4 % de lcool etlico.

    b)soluo alcolica paraanti -sepsia das mos.

    b.1 - soluo de lcool iodado a 0,5 ou 1% (lcool etlico a 70%, com ou sem 2% deglicerina);

    b.2 - lcool etlico a 70%, com ou sem 2% de glicerina.

    So considerados adequados para uso hospitalar os seguintesanti-spticos:

    y lcooisy compostos de iodoy iodforosy clorhexidinay triclosan (Irgasan)

    lcoois

    Os lcoois etlico e isoproplico, em soluo aquosa a 70%, so germicidas,tm um tempo de ao imediato e praticamente nenhuma ao residual.

    Na reduo da tenso superficial da clula bacteriana, a soluo aquosa delcool mais efetiva do que o lcool absoluto.

    O lcool etlico bactericida (destri formas vegetativas), fungicida evirucida para alguns vrus, razo pela qual usado na composio de outrosanti-spticos. A ao bactericida dos lcoois primrios est relacionada com o seu pesomolecular, e pode ser aumentada atravs da lavagem prvia das mos com gua esabo. O ressecamento da pele, motivado pelo uso freqente do lcool, pode serevitado adicionando -se a esse produto glicerina a 2 %.

    Compostos de iodo

    O iodo um halognio pouco solvel em gua, porm facilmente solvel emlcool e em solues aquosas de iodeto de potssio. O iodo livre mais bactericida doque bacteriosttico, e d um poder residual soluo.

    O iodo um agente bactericida com certa atividade esporicida. Esta,contudo, influenciada por condies ambientais como a quantidade de materialorgnico e o grau de desidratao. Alm disso, o iodo fungicida e, de certo modo, ativocontra o vrus.

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    O composto de iodo mais usado o lcool iodado a 0.5 ou 1 %. A soluo deiodo deve ser preparada semanalmente e acondicionada em frasco mbar (com tampafechada, para evitar deteriorao e evaporao), devidamente protegido da luz e calor.

    Iodforos

    Os iodforos so complexos de iodo com certos tipos de surfactantes, queapresentam propriedades similares dos detergentes e que funcionam como"carreadores" de iodo, sendo mais estveis aqueles que apresentam caractersticas noinicas, como o PVP (Polivinilpirrolidona) e outros compostos. O complexo formadolibera lentamente o iodo, permitindo uma maior estabilidade para a soluo.

    Os compostos de iodo tm ao residual, entretanto sua atividade diminuda em virtude da presena de substncias a lcalinas em matrias orgnicas.

    Com relao ao PVP-I, os casos de hipersensibilidade ao iodo tm sidodescritos na relao 2 : 5000. Com outros compostos, do tipo lcool iodado a relao maior.

    O iodforo mais usado para a anti -sepsia das mos soluo detergentede PVP-I a l0 % (1% de iodo ativo), que bactericida, tuberculicida, fungicida, virucida etricomonicida. Essa soluo tem a seu favor o tato de no ser irritante, ser facilmente

    removvel pela gua e reagir com metais.

    Clorhexidina

    A soluo de clorhexidina um germicida do grupo das biguanidas,apresenta maior efetividade com um pH 5 a 8, e age melhor contra bactriasGram-positivas do que Gram-negativas e fungos. Sua ao imediata e tem efeitoresidual. Apresenta baixo potencial de t oxicidade e de fotossensibilidade ao contato,sendo pouco absorvida pela pele ntegra.

    Para casos de alergia ao iodo, pode -se fazer a degermao prvia comsoluo detergente de clorhexidina a 4%.

    As formulaes para uso satisfatrio so: soluo de glucon ato declorhexidina a 0,5 %, em lcool a 70% e soluo detergente no inica de clorhexidina a

    4 %, contendo 4 % de lcool isoproplico ou lcool etlico para evitar a contaminaocom Proteus e Pseudomonas.

    Solues aquosas de clorhexidina em concentrae s inferiores a 4 % delcool, com ou sem cetrimida, so mais facilmente contaminveis.

    Triclosan (lrgasan)

    um anti-sptico usado em associao com sabes, detergentes ecosmticos, na concentrao de 0,5 % a 2 %. Tem ao lenta e proposto comoeventual substituto do hexaclorofeno. No ativo contra Pseudomonas aeruginosa ealguns autores no o diferenciam do sabo comum. Em soluo a 0,75% seu efeitocomo anti-sptico das mos, durante 2 minutos, seria inferior ao do hexaclorofeno a 2%.

    Seu efeito de absoro cumulativa no tem sido estudado, da o seu uso sercontra-indicado, principalmente em crianas abaixo de 5 meses, pois sua absoro 6vezes maior que a do hexaclorofeno, s devendo ser usado com orientao da CCIH.

    Com relao ao hexaclorofeno, bom lembrar que, no Brasil, este produtofoi retirado de comrcio. No caso de uma importao, a CCIH deve ser consultada.

    Quadro 2 - RESUMO DO USO DE GERMICIDAS PARA LAVAGEM DAS MOS

    Soluo anti-sptica com detergente Anti-spticos para serem usados aps a

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    lavagem das mos com gua e sabo

    1. Soluo detergente de PVP -I a 10% (1 %de iodo ativo)2. Soluo detergente de clorhexidina a 4%,com 4 % de lcool etlico a 70 %

    1. lcool iodado de 0,5 % a 1 %, comglicerina a 2%2. lcool iodado de 0,5 % a 1 %3. lcool etlico a 70 %;4. lcool etlico a 70 %, com glicerina a 2%

    Sabes

    Os sabes so sais que se formam pela reao de cidos graxos obtidos degorduras vegetais e animais, com metais ou radicais bsicos (sdio, pot ssio, amniaetc.).

    Existem vrios tipos e apresentaes de sabo: em barra, p, lquido eescamas.

    Alguns sabes em barra so alcalinos (pH 9,5 a 10,5) em soluo. Suaqualidade pode ser melhorada atravs da adio de produtos qumicos.

    O sabonete um tipo de sabo em barra (composto de sais alcalinos de

    cidos graxos) destinados limpeza corporal, podendo conter outros agentestensoativos, ser colorido e perfumado e apresentar formas e consistncias adequadasao seu uso.

    O sabo/sabonete antimicrobiano contm anti-spticos em concentraosuficiente para ser desodorante, sendo usado para lavar as mos antes deprocedimentos cirrgicos.

    Os sabes tm ao detergente, que remove a sujidade, detritos eimpurezas da pele ou outras superfcies. Determin ados sabes apresentam formaode espuma que extrai e facilita a eliminao de partculas. A formao de espumarepresenta, alm da ao citada, um componente psicolgico de vital importncia para aaceitao do produto.

    Preconiza-se o uso de sabo lquido no hospital e unidades de sade e,como segunda opo, o sabo em barra ou sabonete, em tamanho pequeno.

    O cuidado maior que se deve ter no manuseio do sabo evitar seu contatocom a mucosa ocular ou seu contato prolongado com a pele, que pode produzir irritaolocal.

    O controle microbiolgico de quaisquer sabes e ou dispensadores s deveser realizado com a orientao da Comisso de Infeco Hospitalar.

    EQUIPE DE ELABORAO

    Breno Riegel Santos - Hospital Conceio - Rio Grande do SulBruno Zilberstein - Hospital 9 de Julho S/A - So PauloEdna Rodrigues - Hospital das Clnicas da Universidade de So PauloEugnio Amrico Bueno Ferreira - Hospital das Clnicas da Universidade de So PauloHorcio Alpio Ferreira Filho - Hospital das Clnicas da Universidade Federal dePernambucoIgor Mimia - Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericrdia de So PauloIracema Joana Salim Estefam - Ministrio de SadeLcio Flvio Castro Nasser - Ministrio da Sade

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    Maria Eleusa Gereba de Farias - Ministrio da SadeMaria Lcia Pimentel de Assis Moura - Hospital 9 de Julho S/A - So PauloMaria Terezinha Ramos Carneiro Leo - Hospital das Clnicas da Universidade Federaldo ParanTelma Gonalves Carneiro - Hospital Universitrio Regional do Norte do Paran daUniversidade Estadual de Londrina

    EQUIPE DE EDIO

    Clelia Rabelo de Oliveira (assistente editorial)Doraeliza Wainer de Pilla (pesquisa bibliogrfica)Napoleo Marcos de Aquino (editor, copidesque, revisor)Raquel Machado Santos (pesquisa bibliogrfica)

    ILUSTRADOR

    Janette de Arajo Bastos - Ministrio da Sade