Caderno de resumos

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I SEMANA DE HISTÓRIA CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO 26 a 30 de março de 2012 Rolim de Moura/UNIR 2012

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I SEMANA DE HISTÓRIA CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO

26 a 30 de março de 2012

Rolim de Moura/UNIR

2012

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CADERNO DE RESUMOS

I Semana de História CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO

UNIR/Rolim de Moura

26 a 30 DE MARÇO DE 2012

Realização Universidade Federal de Rondônia

Departamento de História – Campus Rolim de Moura Programa de Graduação em História

Rolim de Moura/RO

2012

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I SEMANA DE HISTÓRIA

CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO

Organização do Volume

Adriane Pesovento

Veronica Aparecida Silveira Aguiar

Capa

Thiago Sartoro

Diagramação

Veronica Aparecida Silveira Aguiar

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COORDENADORAS DA I SEMANA DE HISTÓRIA

Profa. Ms. Adriane Pesovento (UNIR)

Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (UNIR)

COMISSÃO ORGANIZADORA LOCAL

Prof. Ms. Márcio Marinho Martins

Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva

Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro

COMISSÃO CIENTÍFICA

Profa. Ms. Adriane Pesovento

Prof. Ms. Márcio Marinho Martins

Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva

Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro

Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar

ORGANIZAÇÃO

Curso de História/Departamento História (UNIR)

APOIO

Universidade Federal de Rondônia

COMISSÃO DE APOIO

Monitores da UNIR de Porto Velho

Monitores da UNIR de Rolim de Moura

AGRADECIMENTOS

Associação Nacional de História – ANPUH

Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis - PROCEA

Reitoria – UNIR

Pró-Reitoria de Extensão – UNIR

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APRESENTAÇÃO

Realizar a I SEMANA DE HISTÓRIA: CULTURA, RESISTÊNCIA E

SUJEITO é provar que todos os sonhos são possíveis. Foi com as premissas do

trabalho e da disciplina que alunos, professores, pesquisadores e funcionários da

Universidade Federal de Rondônia, Campus de Rolim de Moura, mobilizaram-

se para concretizar um projeto permanente de eventos acadêmicos na área de

História. Para tal empreendimento convocamos os professores e alunos do

Campus da Capital para juntos conosco iniciar esta empreitada. O curso de

História de Rolim de Moura foi criado em 2010 e pretende seguir com a troca

interdisciplinar de pesquisa em âmbito estadual e fundar laboratórios de

pesquisa em todo o estado de Rondônia.

A temática escolhida para a I Semana de História foi a cultura, resistência

e sujeito, a partir da qual buscou-se promover o debate privilegiando a história

do Estado de Rondônia e a prática do ensino de História.

A realização do evento contou com o apoio fundamental e auxílio

precioso dos alunos de graduação de História do Campus de Rolim de Moura. A

eles agradecemos sinceramente pelo carinho e dedicação. Agradecemos também

aos graduandos de Porto Velho, que são dispostos, interessados e nos ajudam na

concretização do evento.

Também de fundamental importância é a participação dos docentes da

Universidade Federal de Rondônia, Campus da Capital e do interior. Um

agradecimento especial a todos os nossos queridos colegas que, sempre solícitos

e diligentes, ajudam a promover um intercâmbio de pesquisa no Estado de

Rondônia.

Além das conferências, oficinas, mesas redondas e mini-cursos oferecidos

pelos pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia, este ano, temos o

prazer de apresentar a conferência do Professor Doutor Benito Bisso Schmidt,

da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atual presidente da Associação

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Nacional de História – ANPUH. A presença deste renomado expoente da

historiografia nacional assinala a refundação da seção regional, ANPUH-RO. É

com muita satisfação que anunciamos a volta de Rondônia para o circuito

nacional de pesquisa em História.

Estimamos que mais estudantes e profissionais de História se juntem

conosco e usufruam de uma excelente jornada de estudos nesses cinco dias da I

Semana de História: Cultura, resistência e sujeito.

As organizadoras,

Adriane Pesovento e Veronica Aparecida Silveira Aguiar

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SUMÁRIO

Programação Geral ......................................................................................... 7

Resumos de Conferências ............................................................................... 15

Resumos das Mesas Redondas......................................................................... 18

Resumos dos Mini-cursos ................................................................................ 29

Resumos das Oficinas ...................................................................................... 35

Resumos das Comunicações ............................................................................ 41

Resumos dos Pôsteres ...................................................................................... 49

Realização ........................................................................................................ 52

Agradecimentos.................................................................................................. 54

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PROGRAMAÇÃO GERAL

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PROGRAMAÇÃO GERAL

26 DE MARÇO DE 2012 – SEGUNDA-FEIRA

14:00-18:00 Credenciamento

18:00- 20:00 Apresentação cultural Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)

19:00- 22: 30 Conferência de Abertura

Cultura e religião: as raízes do sincretismo religioso afro-brasileiro

Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

27, 28 e 29 DE MARÇO DE 2012 (TERÇA, QUARTA E QUINTA)

14:00 - 16:00 Oficina 1 - Desafios para a história local

Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro (História/UNIR)

14:00 - 16:00 Oficina 2 - História oral: desvios e sentidos no imaginário amazônico

Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms.

Zairo Carlos da Silva Pinheiro (História/UNIR)

14:00 - 16:00 Oficina 3- Os territórios da Morte em Porto Velho na primeira metade do

século XX

Prof. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)

14:00 - 16:00 Oficina 4 - Migrações em Rondônia nas décadas de 1970 a 1980

Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)

14:00 - 16:00 Oficina 5 - Educação patrimonial: Arqueologia em Rondônia

Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu Regional de Arqueologia

de Médici) e Prof. Esp. José da Silva Garcia (Museu Regional de Arqueologia

de Médici)

14:00 - 16:00 Oficina 6 - Movimentos sociais e ação dos partidos políticos numa visão do

socialismo científico

Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms.

Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC)

Local: Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura - UNIR

27 DE MARÇO DE 2012 – TERÇA-FEIRA

16:00 - 17:30 MESA-REDONDA 1 - ESTUDOS SOBRE O ESPAÇO E A CULTURA

RONDONIENSE

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Coordenação: Prof. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)

CULTURAS DESVIANTES: AS ESPACIALIDADES DAS COMUNIDADES

RIBEIRINHAS DO VALE DO GUAPORÉ (RO)

Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR)

FILOSOFIA AFRICANA: O PENSAR AFRICANO

Prof. Ms. Everaldo Lins de Santana (Filosofia/UNIR)

ARQUEOLOGIA NO CENTRO-LESTE RONDONIENSE: PESQUISA E TURISMO

CULTURAL

Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu regional de arqueologia de Médici)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

27, 28 e 29 DE MARÇO DE 2012 (TERÇA, QUARTA E QUINTA)

19:00 – 21:00 Mini-curso 1 - A construção do “sujeito” durante a migração em Rondônia:

final da década de 1970 a 1990

Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)

19:00 – 21:00 Mini-curso 2 - O que nos resta é a cor? Movimento negro e a resistência negra

no Brasil

Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)

19:00 – 21:00 Mini-curso 3 - Antropologia e cultura popular

Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR)

19:00 – 21:00 Mini-curso 4 - Normalização de trabalhos acadêmicos em História

Profa. Esp. Nágila Nerval Chaves (Biblioteconomia/UFES)

19:00 – 21:00 Mini-curso 5 - O problema da repetição em História

Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)

19:00 – 21:00 Mini-curso 6 - Gênero, regra e misoginia na época medieval

Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)

19:00 – 21:00 Mini curso 7 - O processo de colonização recente em Rondônia e os conflitos

agrários a partir da década de 1980

Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms. Márcio

Marinho Martins (História/UNIR)

19:00 – 21:00 Mini curso 8 - Projeto de pesquisa: passos metodológicos para a construção

Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR)

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Local: Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura - UNIR

27DE MARÇO DE 2012 – TERÇA-FEIRA

21:00 - 22:30 MESA-REDONDA 2 - CULTURAS E SUJEITOS NA CONSTRUÇÃO DA

HISTÓRIA DE RONDÔNIA

Coordenação: Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)

CULTURA NUMA ENCRUZILHADA: UMA DISCUSSÃO SOBRE OS CONCEITOS DE

CULTURA

Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)

CULTURA E DIALÉTICA: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO E O SEU POTENCIAL DE

RESISTÊNCIA

Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)

UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA POLÍTICA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

EM RONDÔNIA: AGENTES E ASPECTOS DAS MUDANÇAS CULTURAIS

Profa. Ms. Marta Valéria de Lima (História/UNIR)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

28 DE MARÇO DE 2012 – QUARTA-FEIRA

16:00 - 17:30 MESA REDONDA 3: INDÍGENAS E CAMPONESES EM RONDÔNIA:

HISTÓRIA, RESISTÊNCIA E LUTA PELA TERRA

Coordenação: Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR)

COLONIZAÇÃO RECENTE E A LUTA PELA TERRA EM RONDÔNIA

Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)

A RESISTÊNCIA INDÍGENA E CAMPONESA FRENTE A EXPANSÃO DO

LATIFÚNDIO NA ATUALIDADE

Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

MIGRAÇÃO EM ROLIM DE MOURA E OS INTERESSES DO ESTADO

Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

28 DE MARÇO DE 2012 – QUARTA-FEIRA

21 - 22:30 MESA-REDONDA 4 - OS SUJEITOS NA ANTROPOLOGIA, FILOSOFIA E

HISTÓRIA

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Coordenação: Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)

FRAGMENTOS DE HISTÓRIA INDÍGENA EM RONDÔNIA: INDÍCIOS DE MORTE E

VIDA NOS REGISTROS DOCUMENTAIS DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO ÍNDIO –

SPI

Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)

NOTAS SOBRE OS ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE HISTÓRIA E

ANTROPOLOGIA NAS GRADUAÇÕES DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NA

UNIR

Prof. Ms. Ninno Amorim (Antropologia/UNIR)

A FILOSOFIA NA HISTÓRIA DE HEGEL

Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

29 DE MARÇO DE 2012 – QUINTA-FEIRA

16:00 – 17:30 MESA REDONDA 5: ESTUDOS SOBRE O ENSINO E O OFÍCIO DO

HISTORIADOR

Coordenação: Prof. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)

A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO PROFESSOR

Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR)

FRANCISCANISMO, SUJEITOS E O OFÍCIO DO HISTORIADOR

Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)

SABERES DOCENTES

Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

29 DE MARÇO DE 2012 – QUINTA-FEIRA

21:00 - 22:30 CONFERÊNCIA 2: POPULAÇÕES INDÍGENAS DE RONDÔNIA:

SOBREVIVÊNCIA, DESAFIOS

Prof. Dr. Edinaldo Bezerra de Freitas (História/UNIR)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

30 DE MARÇO DE 2012 - SEXTA –FEIRA

14:00 às 15:30 Apresentação de Pôsteres e Comunicações

Local dos Pôsteres: sala 1 – UNIR

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Pesquisas sobre Educação e História

Coordenação: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

AS RELAÇÕES SEMIFEUDAIS NO AMBIENTE ESCOLAR: SE VOCÊ MANDA, EU

OBEDEÇO!

Acadêmica: Silmara Ferreira Lopes (Pedagogia/UNIR)

Orientadora: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

BARBADIANOS: BASTIDORES DE UM PRECONCEITO EM PORTO VELHO.

POPULAÇÕES NEGRAS URBANAS: CULTURA, IDENTIDADE E

TERRITORIALIDADE.

Acadêmica: Rita Clara Vieira da Silva (História/UNIR)

Orientador: Prof. Dr. Dante Ribeiro Fonseca (História/UNIR)

Co-orientadora: Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)

APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES

Local Comunicações 1: sala 2 - UNIR

Pesquisas sobre a história de Rondônia

Coordenação: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)

O NATIVO GUERREIRO - O SENTIDO DE GUERREAR NAS SOCIEDADES

INDÍGENAS AMAZÔNICAS PRÉ-COLONIAIS

Acadêmica: Elis da Silva Oliveira (História/UNIR)

AMAZÔNIA, DESCASOS E DIFICULDADES: CONTRIBUIÇÕES PARA O

ENTENDIMENTO HISTÓRICO-ANTROPOLÓGICO DOS POVOS NATIVOS ANTES

DA INVASÃO EUROPEIA

Acadêmico: João Lucas Proença da Silva (História/UNIR)

Orientadora : Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)

A FORÇA DOS TEMPOS: CURA DE “CABOCLO” EM UM TERREIRO PORTO

VELHO/RO. 2011

Acadêmico: Leonardo Lucas Britto (História/UNIR)

Orientador: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)

Local Comunicações 2: sala 3 - UNIR

Pesquisas sobre a História da Educação e movimentos sociais

Coordenação: Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)

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A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA PERSPECTIVA

CONSTRUTIVISTA X PERSPECTIVA FREIRIANA

Graduados: José Aparecido da Cruz e Rogério Lopes de Jesus (Pedagogia/UNIR)

TEORIA CRÍTICA - INDÚSTRIA CULTURAL ONTEM E HOJE. DIALÉTICA E

ESCLARECIMENTO: “O REPENSAR DA INDÚSTRIA, CULTURA, EDUCAÇÃO E

FORMAÇÃO DA SOCIEDADE” (AMPLIANDO OS HORIZONTES MODERNOS.)

Acadêmicas: Camila Felisberto Sousa e Elizângela Mendes de Araújo (História/UNIR)

HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES/MOVIMENTOS SOCIAIS DE RO/MT: LAÇOS E

ENTRELAÇOS COM A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA

Prof. Ms. Nelbi Alves da Cruz (Pedagogia/UNIR/UFMT)

A RELAÇÃO ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR NOS MOMENTOS DE HIGIENE DA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Acadêmica: Fernanda dos Passos (Pedagogia/UNIR

Orientadora: Dra. Marli Lucia T. Zibetti (Pedagogia/UNIR)

Local Comunicações 3: sala 4 - UNIR

Pesquisas sobre norma, doença e trabalho nas Ciências Humanas

Coordenação: Profa. Ms. Veronica Aguiar (História/UNIR)

A CATEGORIA TRABALHO: BREVE AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA E

PROSPECTIVA NUMA ABORDAGEM MARXISTA

Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR)

CONSIDERAÇÕES SOBRE A POBREZA NA REGRA E NO TESTAMENTO DE

FRANCISCO DE ASSIS (1182-1226)

Profa. Ms. Veronica Aguiar (História/UNIR)

A INVENÇÃO DO SUJEITO DOENTE MENTAL: A RESISTÊNCIA CIENTÍFICA

CONTRA A CULTURA MÍTICA DO DSM NO CAMPO DO DIAGNÓSTICO EM SAÚDE

MENTAL

Prof. Ms. Paulo Rogério Morais (Psicologia/UNIR)

30 DE MARÇO DE 2012 – SEXTA-FEIRA

15:30 - 16:30 Assembleia dos Estudantes

Centro Acadêmico de Históira

16:30 - 17:30 Assembleia Geral (ANPUH – RO)

Professores da UNIR

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19:00 - 19:30 Apresentação cultural

Profª. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)

21:00 às 21:30 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO

O ofício do historiador na atualidade: possibilidades e limites

Prof. Benito Bisso Schimidt (Presidente da ANPUH/UFRGS)

OBS: Haverá transporte para os que não possuem veículos.

(UNIR/Teatro Municipal)

21:30 – 22: 00 Cerimônia de Encerramento - Vídeo

Profª Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)

Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho

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RESUMOS DAS CONFERÊNCIAS

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CONFERÊNCIA DE ABERTURA

Data: 26 de março de 2012

Horário: 19:30 h às 21:30 h

CULTURA E RELIGIÃO: AS RAÍZES DO SINCRETISMO RELIGIOSO AFRO-

BRASILEIRO

Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR) 1.

O fenômeno do sincretismo observado nas práticas religiosas dos negros escravizados

no Brasil é, historicamente, interpretado como um artifício de sobrevivência, um tipo de

resistência passiva à despersonalização e desenraizamento cultural cuja tentativa incide sobre

os escravos, particularmente no campo da cultura religiosa. O sincretismo religioso no Brasil

que produziu os cultos de matriz afro-brasileira, mais que um artifício é um dado da própria

cultura religiosa, em sua vertente africana, que gerou esses cultos. Confrontado com o caráter

dogmático e fechado do cristianismo, as crenças religiosas africanas cujas práticas

transformaram-se nos cultos de matriz africana no Brasil são abertas, não proselitistas e não

dogmáticas. Destarte, o ponto de vista sustentado nesse artigo é que o sincretismo como

ferramenta de resistência somente existiu entre os negros escravizados e seus descendentes

porque existia antes como uma possibilidade e uma prática em sua cultura religiosa. Ao

esconder Yemanjá por detrás de Santa Bárbara, ou cultuar as duas como entidades similares, o

africano e seu descendente estava dando curso apenas a mais uma forma de mestiçagem e

praticando um importante dado de sua prática religiosa ancestral.

PALAVRAS-CHAVE: cultos afro-brasileiros, sincretismo, cultura religiosa.

CONFERÊNCIA

Data: 29 de março de 2012

Horário: 19:30 h às 21:30 h

1 Historiador pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFICS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ). Doutor em Ciências Socioambientais pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da

Universidade Federal do Pará (UFPa). Professor do Departamento de História (Porto Velho) e do Mestrado em

Ciências da Linguagem (Guajará-Mirim) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Vice-Diretor do Núcleo

de Ciências Humanas (NCH/UNIR) para o quadriênio 2010/2013. Coordenador do Mestrado em Ciências da

Linguagem (MCL/UNIR) para o biênio 2012/2013. Pesquisador do Centro de Documentação e Estudos

Avançados sobre Memória e Patrimônio de Rondônia (CDEAMPRO/UNIR), do Grupo de Pesquisa em História

Econômica e Planejamento Público na Amazônia (NAEA/UFPa) e do Centro de Pesquisas Lingüísticas da

Amazônia (CEPLA/UNIR). Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia (IHGRO). Presidente da

Academia de Letras de Rondônia (ACLER) para o biênio 2012/2013. Emeio: [email protected].

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POPULAÇÕES INDÍGENAS DE RONDÔNIA. SOBREVIVÊNCIAS, DESAFIOS.

Prof. Dr. Edinaldo Bezerra de Freitas (História/UNIR)

Em um estado de perfil caracteristicamente anti-indígena, as etnias da chamada "Terra

de Rondon" podem e devem ser compreendidas sob o impacto da formação de processo de

ocupação e colonização bastante recente e portador de valores danosos ao meio ambiente e a

sobrevivência das suas versões de diversidades culturais. Doenças e dizimação populacional

perda de territórios, invasões de madeireiras, garimpeiros, catequese proselitista, políticas

indigenistas questionáveis, são etapas a ser estudadas e que darão possíveis respostas a

compreensão de uma população representada antagonicamente por mais de cinqüenta

representações étnicas, mas em paradoxo, compostas de apenas aproximadamente dez mil

indivíduos. Fragmentação, isolamento, desafios de organização e sobrevivências são assim o

convite a pesquisa e ao engajamento político da causa da pluralidade humana.

PALAVRAS-CHAVE: Indígenas, Rondônia, História

CONFERÊNCIAS DE ENCERRAMENTO

Data: 30 de março de 2012

Horário: 19:30 h às 21:30 h

O OFÍCIO DO HISTORIADOR: POSSIBILIDADES E LIMITES

Prof. Dr. Benito Bisso Schmidt (UFRGS/ANPUH/ABHO)

A conferência abordará alguns dos desafios colocados aos profissionais de História na

atualidade, especialmente aqueles que dizem respeito a sua atuação em espaços como museus,

arquivos, memoriais, instituições ligadas ao turismo, entre outros ambientes voltados ao que

normalmente se chama de "preservação da memória". Para tanto, serão tratados questões

referentes à formação do historiador, a sua prática profissional e ao papel da Associação

Nacional de História - ANPUH neste contexto.

PALAVRAS-CHAVE: Ofício do Historiador, lugares de memória, ANPUH.

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RESUMOS DAS MESAS REDONDAS

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MESAS REDONDAS

Data: 27 de Março de 2012

Horário: 16:00 h às 17:30 h

MESA 1: ESTUDOS SOBRE O ESPAÇO E A CULTURA RONDONIENSE

Coordenação: Prof. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)

VALE DO GUAPORÉ: TERRITÓRIO DAS ESPACIALIDADES DAS CULTURAS

DESVIANTES2

Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR)

“A coisa em imagem e a coisa em realidade

são uma única e mesma coisa

em dois planos diferentes de existência:

coisa e imagem” (SARTRE, 1996).

A compressão espaço-tempo é fenômeno natural? As conseqüências da modernidade

são experiências universais? O cotidiano é tempo da mesmice? O lugar é espaço alienante?

Neste ensaio colocamos em xeque tais questões, ao consideramos que existem modos de viver

não convenientes e nem convincentes as leis do mercado. Na lida cotidiana, conjugada com o

sentido de pertença ao lugar, indivíduos e grupos culturais se desviam das formas consumistas

de espaço/tempo, por meio da utilização de táticas e práticas desviantes. Esses modos são

encontrados nas cidades, por meio de vivências solitárias de práticas desviantes, mas nas

comunidades ribeirinhas amazônicas, a cultura desviante funda a existência. Caminhantes

entre mundos: o mundo das águas e o mundo da floresta, os ribeirinhos do Vale do Guaporé

vivenciam espacialidades fugitivas da concepção universal, totalizante e naturalizante da

lógica capitalista. Buscamos compreender a lógica das culturas desviantes no diálogo entre as

espacialidades vividas entre as águas e a terra pelos ribeirinhos guaporeanos.

PALAVRAS-CHAVE: Vale do Guaporé, ribeirinhos e, cultura desviante.

FILOSOFIA AFRICANA: O PENSAR AFRICANO

Prof. Ms. Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC)

2 As abordagens sobre as comunidades ribeirinhas do Vale do Guaporé, como portadoras de culturas desviantes,

apresentadas neste artigo, compõem parte da tese de doutorado defendida no IESA/UFG em maio de 2011.

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É comum se afirmar que a filosofia tem sua origem na Grécia antiga, entretanto,

esquece-se que Tales de Mileto passou um longo período no Egito estudando com seus os

sábios, Pitágoras permaneceu em terras egípcias durante, aproximadamente, 22 anos, além

disso, Flávio Josefo nos informa que...Tales e Pitágoras foram alunos dos egípcios;

Champollion afirmava que a interpretação dos monumentos do Egito demonstrava a origem

egípcia...das principais doutrinas filosóficas da Grécia e Platão deve seus conhecimentos de

matemática aos egípcios.

A partir desses poucos e genéricos exemplos, apenas à guisa de ilustração, pode-se

constatar que, antes da Grécia, que nessa época ainda não era Grécia, a África, através do

Egito, já praticava, há bastante tempo, o pensamento que, mais tarde, passaria a ser rotulado,

pelos gregos, de “filosófico” e que, portanto, já se fazia filosofia, no continente africano, o

que nos leva a falar de uma filosofia africana e de um pensar também africano.

Vale salientar, ainda, o fato de que, embora em muitos países se valorize a filosofia

africana, essa expressão soa estranha para muitos que se “amarram” a Hegel.

PALAVRAS-CHAVE: Doutrinas filosóficas, África, Filosofia africana.

ARQUEOLOGIA NO CENTRO-LESTE RONDONIENSE: PESQUISA E TURISMO

CULTURAL

Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu regional de arqueologia de Médici)

Rondônia possui denso patrimônio arqueológico, porém as pesquisas arqueológicas

na região iniciaram-se apenas a partir da década de 80, com impulso maior nos últimos 10

anos. O centro-leste rondoniense apresenta características especiais dentro deste contexto por

apresentar também grande densidade de sítios com arte rupestre, tendo sido localizados até o

momento 21 sítios, caracterizados unicamente por gravuras. Porém, em toda a região, já

foram localizados e catalogados mais de 100 sítios arqueológicos, distribuídos em cerâmicos

(alguns destes com terra preta), e amoladores/polidores. Trata-se de pesquisa em

desenvolvimento, cujos resultados preliminares demonstram grande diversidade morfológica

para os sítios com arte rupestre e, para os lito-cerâmicos, vem reforçando a Teoria de que a

região do alto e médio curso do rio Ji-Paraná teria sido a terra natal dos povos do tronco Tupi.

Tem-se observado também que o turismo informal, em alguns momentos, desenvolveu

práticas de vandalismo, que, juntamente com a omissão de agentes públicos e privados,

associados às intempéries naturais e ações antrópicas, tem contribuído para a deterioração

destes locais. Porém, ações de proteção foram iniciadas pela prefeitura de Presidente Médici

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que também estabeleceu parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

para tal.

PALAVRAS-CHAVE: patrimônio arqueológico, arte rupestre, turismo cultural.

Data: 27 de Março de 2012

Horário: 21:00 h às 22:30 h

MESA 2: CULTURAS E SUJEITOS NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DE

RONDÔNIA

Coordenação: Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)

CULTURA NUMA ENCRUZILHADA: DISCUSSÕES SOBRE O CONCEITO DE

CULTURA NA HISTÓRIA

Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)

O advento da História Cultural e suas implicações para a metodologia e para a teoria

da História tornaram fundamental a necessidade de conceituação, ou ao menos, a tentativa de

tornar um pouco mais evidente o que a palavra Cultura pode representar para a História.

Apesar de o pano de fundo desta proposta de mesa redonda ser a História Cultural e

suas importantes discussões tais como a da própria palavra “representação”, não nos ateremos

em comentar sobre a História Cultural, mas sim, traçar em linhas gerais, alguns conceitos

possíveis para a palavra Cultura os quais poderão servir de direção para o historiador (ou

aprendiz) quando estiver a exercer a tarefa legada por Clio.

Tarefa que, segundo Eric Hobsbawm, pode vir a ser transformada em “matéria-prima

para as ideologias nacionais ou étnicas”. Há, portanto, que se tomar cuidado com o fazer

histórico, sobretudo quando se “escolhe” esta ou aquela determinada “cultura” como objeto de

estudo e pesquisa.

O que significa cultura? O que podemos entender com esta Palavra?

Cultura pode ser entendida como sinônimo de Educação (aquela pessoa tem muita

cultura, foi muito bem educada). Pode relacionar-se ao conhecimento, ao saber (ele é muito

culto). Pode referir-se às artes de um modo geral: pintura, teatro, música (essas são as

manifestações culturais desse povo). Pode definir um cultivo, uma lavoura (minha cultura é a

soja). Aliás, é da Agricultura que nasce o termo Cultura, cujo significado mais próximo diz

Page 23: Caderno de resumos

22

respeito a tudo aquilo que não é natural, que não é encontrado na natureza. Tudo aquilo que é

produzido pelo homem, para o homem pode ser considerado Cultura.

De fato é difícil atribuir um significado à palavra Cultura, sem associá-lo a um campo

(na acepção de Pierre Bourdie), ou mesmo a uma área do conhecimento e suas

interdependências (Norbert Elias).

Tanto mais difícil o é atribuir a cultura de um povo pois, mesmo a cultura (na

concepção dos fazeres humanos) não são engessados, não ficam parados no tempo, estão em

constante movimento, são reinventados todo o tempo, como nos lembra Hobsbawm em “A

Invenção das Tradições”. Ou mesmo os processos de resistências, de individualidades de

personificação tais como os sugeridos por Michel de Certeau.

Assim, diante da complexidade de um simples termo tal como parece ser o da Cultura,

se faz necessário a todo historiador quando da escrita de sua pesquisa, de seu estudo, de

antemão tornar evidente o que está a entender, ao menos naquele determinado e sempre

limitado trabalho, por este ou aquele termo. Se o termo for Cultura, redobrar a atenção, e

estabelecer desde cedo qual a direção seguir já que a Cultura parece estar numa encruzilhada

de significados e sentidos.

PALAVRAS-CHAVE: Cultura, História, Metodologia.

CULTURA E DIALÉTICA: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO E O SEU POTENCIAL

DE RESISTÊNCIA

Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)

Na definição de cultura ocorrem dois movimentos: o primeiro se refere ao conceito da

palavra de origem latina, do verbo colo, que significa cultivar o solo, aquilo que deve ser

cultivado. Esse significado se deu pelo fato do mundo romano estar ligado à agricultura,

significando assim o cultivo da terra. Ainda nessa discussão os gregos tinham como

pressuposto o desenvolvimento humano, em que Paidéia significava transmitir conhecimento

às crianças (BOSI, 1992); o segundo movimento se refere a não neutralidade, em que não

podemos considerar as práticas culturais como equivalentes, numa visão funcionalista, mas se

estabelecem relações de poder, em que ¨os sistemas simbólicos¨ cumprem a tarefa da

¨violência simbólica¨ (BOURDIEU,1998). Nesta dialética de construção e desconstrução o

sujeito redescobre seu potencial de resistência, em que dinamiza, relabora ou altera os

parâmetros consolidados numa sociedade pluralista.

PALAVRAS-CHAVE: Cultura, Sujeito, Resistência.

Page 24: Caderno de resumos

23

UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA POLÍTICA DAS RELIGIÕES AFRO-

BRASILEIRAS EM RONDÔNIA: AGENTES E ASPECTOS DAS MUDANÇAS

CULTURAIS

Profa. Ms. Marta Valéria de Lima (História/UNIR)

Este texto apresenta alguns resultados empíricos do projeto de doutorado História e

religiões afro-brasileiras de Rondônia: inserção, expansão e transformações de práticas

rituais e religiosas (1911-2009). Nele se discute como o campo das religiões afro-brasileiras

foi influenciado por determinados indivíduos, sendo apresentadas as suas estratégias de

inserção no cenário político e religioso local, tendo como pano de fundo o movimento de

organização das religiões afro-brasileiras em instituições federativas, assim como a

construção da identidade religiosa, política e social de Rondônia.

PALAVRAS-CHAVE: Umbanda, política, Rondônia.

Data: 28 de Março de 2012

Horário: 16:00 h às 17:30 h

MESA 3: INDÍGENAS E CAMPONESES EM RONDÔNIA: HISTÓRIA,

RESISTÊNCIA E LUTA PELA TERRA

Coordenação: Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR)

COLONIZAÇÃO RECENTE E A LUTA PELA TERRA EM RONDÔNIA

Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)

O artigo é uma síntese da análise realizada sobre a colonização recente de Rondônia e

dos conflitos agrários ocorridos entre as décadas de 1970, 1980 e 1990; apresentada na Mesa

Redonda Indígenas e Camponeses em Rondônia: História, Resistência e Luta Pela Terra, da I

Semana de História da UNIR, Campus de Rolim Moura. Partindo de uma análise que tem

como base o materialismo histórico e dialético, identifica o campesinato como importante

sujeito histórico na colonização recente e, ao mesmo tempo, aborda as possibilidades de

pesquisa desta temática para a produção historiográfica regional e que contribua para a

constituição de estudos de uma História Agrária rondoniense. O referencial teórico da

pesquisa parte da conceituação de que a estrutura agrária brasileira é do tipo semifeudal,

Page 25: Caderno de resumos

24

característica do capitalismo burocrático. Parte da discussão realizada é fruto de Dissertação

de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNIR e do diálogo

com outras pesquisas regionais que discutem a Questão Agrária no contexto de expansão da

fronteira agrícola para a Amazônia. A Ditadura Militar no Brasil através do processo de

colonização dirigida incentivou a migração de camponeses para a Amazônia visando conter

os conflitos agrários no centro-sul do país, transferindo-os para esta região.

PALAVRAS-CHAVE: Colonização, Campesinato, Conflitos Agrários.

A RESISTÊNCIA INDÍGENA E CAMPONESA FRENTE A EXPANSÃO DO

LATIFÚNDIO NA ATUALIDADE

Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

O trabalho centra-se na análise dos processos de resistência indígena e camponesa no

contexto de expansão do latifúndio a partir do estudo sobre as relações semifeudais e

semicoloniais do capitalismo burocrático brasileiro. Capitalismo burocrático é o tipo de

capitalismo engendrado pelo imperialismo nos países atrasados mediante o domínio sobre

toda a sua estrutura econômica e social. A semifeudalidade iniciou-se na colonização do

Brasil e pode ser comprovada pela existência do latifúndio e das formas mais precárias de

trabalho predominantes no campo. Conforme dados oficiais, a concentração de terras no

Brasil aumentou e a maior parte das terras públicas está ocupada ilegalmente pelos

latifundiários, que continuam protegidos pelo Estado. O latifúndio vem se expandindo devido

aos processos de mecanização e commodities, chamados pelos capitalistas de agronegócio,

que é um tipo de latifúndio que conserva as relações semifeudais e vínculos mais fortes com o

imperialismo que o latifúndio tradicional. Além da expansão do latifúndio, grandes

empreendimentos econômicos avançam ameaçando as populações indígenas e camponesas

que ampliam o nível de organização e combatividade na luta pela terra como vem ocorrendo

no Estado de Rondônia nas últimas décadas.

Palavras-chave: Capitalismo Burocrático, Questão Agrária, Resistência Indígena.

MIGRAÇÃO EM ROLIM DE MOURA E OS INTERESSES DO ESTADO

Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva3 (História/UNIR/SEDUC)

3 Professora Substituta do Curso de História – Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura

onde ministra as Disciplinas de Metodologia Científica e A Pré – História do Brasil e Professora de História na

E.E.E.F.M. Priscila Rodrigues Chagas - SEDUC – Rondônia e Especialista em História Regional pela FAP e

Mestre do Curso de História e Ciências Sociais, uma parceria entre a UPO e UMA da Espanha e UNIR cujo

certificado está em fase de tramitação para convalidação no Brasil.

Page 26: Caderno de resumos

25

Este texto tem o interesse de apresentar à sociedade as influências do Estado em

consonância com o processo migratório para Rolim de Moura desde seus primórdios

considerando os motivos reais para a implantação deste município. Além do mais primou-se

pela valorização dos dados colhidos pela pesquisa de campo cujo objeto de estudo foram os

migrantes que por sua vez, ocuparam e colonizaram as terras rolimourenses tornando – as

“famosas” em todo Estado de Rondônia de acordo com sua evolução econômica e política.

Almejando alcançar o objetivo compreender os motivos do Estado nesta região de Rolim de

Moura buscamos no decorrer de todo o contexto responder algumas indagações: Qual a

posição do Estado em relação a ocupação da Amazônia, Rondônia e Rolim de Moura? O que

o Estado pretendia para Rolim de Moura, uma localidade que deveria ser somente um núcleo

rural em Rondônia, Amazônia brasileira? Que ações do Estado para a região de Rolim de

Moura? Porque Rolim de Moura? - Diante do exposto analisamos dados bibliográficos

publicados por Ianni (1979), Amaral (2004/2007), Becker (1997), Santos (2001) entre outros,

e também documentos que abordam sobre as ações do Estado deste a condução do processo

migratório contextualizando a migração de diversos estados brasileiros rumo a Amazônia,

Rondônia e como não poderia de ser, para Rolim de Moura. Facilitando uma discussão do

quadro teórico, primou-se por gravar as histórias de vidas dos migrantes colaboradores para

que houvesse possibilidade de conhecer com mais exatidão a participação popular dos

migrantes na construção do espaço onde ocorreu a investigação. Verificamos que a presença

do Estado deu-se de fato após árduo trabaho dos migrantes agricultores que abriram as linhas

vicinais e suas terras, isto é, o suporte necessário para que a o governo pudesse atuar,

explorando os potênciais econômicos que gerariam divisas ao Estado bem como garantir a

presença neste espaço geográfico que sedia o Vale do Guaporé.

Palavras-chave: migração, Estado, Rolim de Moura.

Data: 28 de Março de 2012

Horário: 21:00 h às 22:30 h

MESA 4: PESQUISAS EM ANTROPOLOGIA, FILOSOFIA E HISTÓRIA

Coordenação: Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)

Page 27: Caderno de resumos

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FRAGMENTOS DE HISTÓRIA INDÍGENA EM RONDÔNIA: INDÍCIOS DE

MORTE E VIDA NOS REGISTROS DOCUMENTAIS DO SERVIÇO DE

PROTEÇÃO AO ÍNDIO – SPI

Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)

O Serviço de Proteção ao Índio – SPI foi o órgão responsável inicialmente pela

“atração” dos indígenas, junto aos postos oficiais instalados em diversas regiões do país.

Fundado em 1910 era responsável pelas ações de aproximação e tentativas integracionistas

que nortearam as políticas e compuseram parte da história indígena em Rondônia. Utiliza-se

nesse estudo uma abordagem sócio histórica, tendo como categoria de análise a micro

história. A coleta de dados se fez a partir de fontes documentais, reunidas e depositadas no

banco de dados do Museu do Índio. Tais registros em sua maioria versam sobre aspectos

administrativos relacionados aos diversos Postos Indígenas (PI). Nesses documentos, escapam

informações sobre o cotidiano de luta e resistência indígena agindo e reagindo frente ao

estabelecido. Além disso, a garimpagem micro possibilitou a percepção de fragmentos

indiciários dos abusos praticados por autoridade dos PIs em relação à esses povos,

especialmente as histórias de algumas meninas/mulheres/índias Kanoê/Kapixanã que no ano

de 1948, no auge da mocidade foram vítimas de abuso sexual e exploração do trabalho. A

ênfase é dada ao posto Ricardo Franco, que se localizava as margens do Rio Guaporé,

próximo a Guajará Mirim (RO). No dualismo morte e vida, objetivou-se levantar informações

sobre tais abusos, doenças e epidemias, bem como as ações e/ou a inércia do poder público

frente a problemática.

PALAVRAS-CHAVE: história indígena, PI Ricardo Franco, Rondônia.

NOTAS SOBRE OS ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE HISTÓRIA E

ANTROPOLOGIA NAS GRADUAÇÕES DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NA

UNIR

Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR)

A proposta é discutir a presença/ausência da Antropologia na formação universitária

nos cursos de História e a presença/ausência da História no curso de Ciências Sociais da

Universidade Federal de Rondônia. A partir do contexto dos PPPs desses cursos, examinando

as Ementas das disciplinas obrigatórias, podemos observar as condições em que a

Antropologia e a História, como ciências, contribuem com a formação dos estudantes.

Page 28: Caderno de resumos

27

Proponho-me a refletir sobre a importância dessas áreas do conhecimento na visão de mundo

almejada na formação de historiadores e cientistas sociais na Unir.

PALAVRAS-CHAVE: Antropologia, História, Formação Profissional

A FILOSOFIA DA HISTÓRIA EM HEGEL

Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)

Alguns conceitos fundamentais à História e à pesquisa histórica têm sua base no

pensamento do filósofo alemão Wilhelm Friedrich Hegel, em especial conceitos como

processo e dialética. O significado destes termos, que ainda hoje permeiam a pesquisa

histórica, é derivado do pensamento de Hegel, seja através do pensamento de Marx, seja

através das derivações conceituais da Escola dos Annales. Deste modo o objetivo desta

apresentação é demonstrar de que modo o pensamento de Hegel foi a base para a moderna

ciência histórica, e como, ainda hoje, diversos conceitos dos quais nos utilizamos na pesquisa

histórica e no ensino de História são profundamente influenciados pelas ideias do filósofo

alemão.

PALAVRAS-CHAVE: Filosofia da História, Hegel, Processo.

Data: 29 de Março de 2012

Horário: 16:00 h às 17:30 h

MESA 5: ESTUDOS SOBRE O ENSINO E O OFÍCIO DO HISTORIADOR

Coordenação: Prof. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)

A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO

PROFESSOR

Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro4 (História/UNIR/SEDUC)

Neste artigo pretende-se discutir alguns elementos que estão presentes no processo da

produção da história local principalmente relacionada ao ensino da região, nos anos inicias do

ensino fundamental. Tanto questões relativas à teorização da história como no que diz

4 Mestre em Educação pela UFMS. Especialista em Educação; Especialista em Didática do Ensino Superior; Especialista em

Teologia; Professor de História e Filosofia na rede estadual (SEDUC), em Rolim de Moura – RO. Filósofo; Teólogo;

Historiador; Professor de Filosofia e Ética na Faculdade de Pimenta Bueno (FAP) e Faculdade São Paulo (FSP) Rolim de

Moura.. Jornalista, produtor e apresentador de programa radiofônico.

Page 29: Caderno de resumos

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respeito à postura do professor e à prática do ensino da história. Começamos propondo o

problema dizendo que a história local, principalmente no caso de Rondônia é algo a ser feito.

Depois discutimos uma conceituação da história e um de seus objetos mais problemáticos que

é a idéia de tempo. A partir disso entramos na discussão sobre de elementos mais específicos

da pratica do professor e sua ação em sala de aula como é o caso da periodização e da

necessidade do professor de história local se fazer um pesquisador superando a mera repetição

das apostilas e livros por vezes duvidosos. Chamamos a atenção para a necessidade de se

considera o universo do estudante e os aspectos da cultura local que ajudam não só a explicar

a localidade como a evidenciar as características da população local.

PALAVRAS-CHAVE: ensino, docência, história local.

FRANCISCANISMO, SUJEITOS E O OFÍCIO DO HISTORIADOR

Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)

O objetivo desta apresentação é fazer uma reflexão sobre o papel do historiador

enquanto pesquisador e professor. Para tal empreitada, partiremos de Marc Bloch (1974) que

colocou como premissa ao historiador o inquietar-se com as questões do presente e do vivido

no cotidiano, questão fundamental para pensar as fontes e o passado. Nos últimos anos, a

pesquisa na área de medieval cresceu significativamente nas universidades brasileiras, reflexo

de debates e discussões acerca do período. Por isso, a nossa preocupação norteadora desta

apresentação gravita em torno dos “sujeitos” na época medieval, especificamente a imagem

de santidade de Francisco de Assis por meio das hagiografias e também pretendemos discutir

a questão do surgimento do individualismo na Baixa Idade Média.

PALAVRAS-CHAVE: Santo, memória coletiva, medievalista.

Page 30: Caderno de resumos

29

RESUMOS DOS MINI-CURSOS

Page 31: Caderno de resumos

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MINI-CURSOS

Datas: 27, 28 e 29 de Março de 2012

Horário: 19:00 h às 21:00 h

A CONSTRUÇÃO DO ¨SUJEITO¨ DURANTE A MIGRAÇÃO EM RONDÔNIA -

FINAL DA DÉCADA DE 1970 A 1990

Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)

O mini-curso em pauta tem como proposta discutir o impacto vivido do Sujeito, o

migrante, oriundo de várias regiões do Brasil, para uma ¨Nova Terra¨, no ¨Eldorado¨ assim

denominada, no antigo Território de Rondônia. O estudo quer propor um novo olhar sobre os

aspectos de construir e re-construir o espaço físico e também cultural, identificando

Resistências construídas nos encontros e desencontros ¨com o outro¨.

PALAVRAS-CHAVE: Políticas Públicas, Migração, Resistência.

O QUE NOS RESTA É A COR? MOVIMENTO NEGRO E RESISTÊNCIA NEGRA

NO BRASIL

Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)

O objetivo central deste mini-curso é oferecer elementos mínimos capazes de

proporcionar uma visão histórica do processo que culminou com a atual política de ações

afirmativas no Brasil, tais como a Lei que obriga o ensino de História da África nas escolas

públicas de ensino fundamental e médio e a Lei de cotas para o ingresso de negros nas

Universidades brasileiras.

Longe de esgotar tão vasto e complexo assunto tencionamos apresentar um breve

panorama do que é a África, desmistificar, por assim dizer, este vasto continente e seus

habitantes tomando como referencial teórico Kabengele Munanga e sua recente obra

intitulada: “Origens africanas do Brasil contemporâneo”.

Também nos ateremos a dar um breve panorama da forma como a cor negra foi

transformada pelos traficantes e senhores de escravos no Brasil, primeiro como um fator

igualdade, quando ainda no continente africano, depois de diferença já quando o escravo

estava no Brasil, e, por fim, como a cor da pele foi transformada em ícone de desigualdade e

suas implicações para a rede de forças desiguais dos diversos segmentos sociais que compõem

Page 32: Caderno de resumos

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a sociedade nacional. Para tanto nos apoiaremos, principalmente na obra “A construção social

da cor” de José D‟Assunção Barros.

É nossa intenção, também, propor uma reflexão sobre a importância do movimento

negro no Brasil nas conquistas políticas recentes, embasada em leituras de textos de Petrônio

José Domingues.

Ao final pretendemos abordar e discutir a retomada do elemento cor da pele como

diferencial para a conquista e garantia de direitos políticos há muito negligenciados pela

política brasileira, pois, ao que parece, aos negros, o que restou foi de fato a cor da pela tão

somente.

PALAVRAS-CHAVE: Resistência, escravidão, África.

ANTROPOLOGIA E CULTURA POPULAR

Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR)

O estudo do que ficou conhecido como “cultura popular”. O minicurso visa a

contextualizar a entrada em cena desse personagem – o popular – e as implicações dessa

“estreia” nas principais interpretações que orientaram as reflexões de importantes

pesquisadores ao longo da história. O minicurso propõe uma reflexão acerca do tema,

indicando as fontes para um maior aprofundamento do assunto, visto que o intento é

apresentar algumas ideias básicas sobre o surgimento da cultura popular como algo passível

de ser estudado pelas ciências sociais. A relação entre as chamadas culturas popular e erudita.

As abordagens dos folcloristas, cronistas, historiadores e antropólogos.

PALAVRAS-CHAVE: Cultura popular, Antropologia, Folclore.

NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS EM HISTÓRIA

Profa. Esp. Nágila Nerval Chaves (Biblioteconomia/UFES)5

A produção intelectual, seja de trabalho acadêmico ou científico, necessita seguir

determinados quesitos que determinam o grau de cientificidade do documento e seriedade de

seu autor. Um desses quesitos é a normalização que somada ao método e técnicas utilizados

na feitura do texto garantem a efetiva qualidade das fases necessárias à produção e

* Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em

Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educação da Alta Floresta (UNIFLOR), E-mail:

[email protected]

Page 33: Caderno de resumos

32

disseminação de conhecimento resultante do trabalho científico. Por isso, a normalização de

documentos é essencial para facilitar o acesso à informação, além de ser indispensável para

determinar a qualidade dessa informação acessada e a unificação da produção formal da

mesma, no meio acadêmico. Nesse contexto, surge a necessidade de informar ao estudante

sobre as NBRs existentes para esse fim e mostrar, na prática, como utilizá-las de maneira

correta a partir do formato e suporte de cada documento. Para isso será produzido em sala de

aula como referenciar e citar: documentos eletrônicos, audiovisuais, diapositivos,

tridimensionais, sonoros, cartográficos e outros. A Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, reconhecida como único

foro Nacional de Normalização por meio da Resolução n. 07 da CONMETRO de 24/08/1992,

é autora das NBRs que normalizam os trabalhos acadêmicos e científicos no País. As

principais NBRs para normalização de trabalhos acadêmicos são: NBR 6022:2003

(elaboração de Artigo em Publicação Periódica Científica Impressa); NBR 6023:2002 (para

elaboração de Referências); NBR 6024:2003 (para elaboração da Numeração Progressiva das

Seções de Documento Escrito); NBR 6027:2003 (para elaboração de Sumário); NBR

6028:2003 (para elaboração de resumos); NBR 10520:2002 (para elaboração de citações em

documentos); NBR 12225:2004 (para elaboração de Lombada); NBR 14724:2011 (para

elaboração de Trabalhos Acadêmicos); NBR 15287:2011 (para elaboração de Projeto de

Pesquisa); 15437:2006 (para elaboração de Pôsteres Técnicos e Científicos).

Palavras-chave: Normalização, Trabalhos acadêmicos, Documentos históricos.

O PROBLEMA DA REPETIÇÃO NA HISTÓRIA

Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)

Na introdução de seu O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Marx citando Hegel afirma

“(...) que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem,

por assim dizer, duas vezes”. Em seguida Marx acrescenta de próprio punho, que o primeiro

acontecimento se dá na forma da tragédia, e o segundo na forma da farsa. Marx pensou a

história como um processo gradual de desenvolvimento econômico e social marcado por

conflitos. Independente dos conflitos. Se Marx pensou a história como um processo de

desenvolvimento, como pôde afirmar a repetição da história nos moldes hegelianos e

acrescentando a ocorrência do trágico e do cômico?

Marx não foi o único teórico da história a pensar, ou aludir, o problema da repetição

na história: antes dele Kant e Hegel (também pensadores alemães) haviam interpretado a

Page 34: Caderno de resumos

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história associando-a a repetição. E antes destes, Rousseau no período intermediário de sua

produção filosófica (período otimista) havia pensado também a história associando-a a

mecanismos de repetição.

O objetivo deste mini-curso é justamente analisar algumas interpretações da história

que a tomam como “fenômeno” de repetição, e tentar compreender quais são as implicações

desta compreensão para o ofício do historiador e também do professor de história.

PALAVRAS-CHAVE: Hegel, filosofia, Marx.

GÊNERO, REGRA E MISOGINIA NA ÉPOCA MEDIEVAL

Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)

O mini-curso propõe-se a abordar os principais elementos envolvidos na vida feminina

medieval. Para isso, faremos o uso de quatro eixos cruciais, intrinsecamente articulados, a

saber: a relação entre os sexos num mundo governado por homens, as imagens que os homens

criaram em torno da mulher, as possibilidades de ação das mulheres num mundo dominado

por homens, sobretudo, em relação à esfera do sagrado e a inserção das mulheres num mundo

masculinizado bem como as possibilidades de elaboração de um discurso feminino. Para o

desenvolvimento da abordagem proposta acima mencionada, utilizaremos os autores mais

significativos acerca do tema, como R. Howard Bloch, Régine Pernoud, Georges Duby,

Jacques Rossiaud, Marco Bartoli, entre outros. Procuramos, assim, através do exercício de

análise de textos de franciscanos e imagens produzidas no período (Giotto) e mais tardiamente

(Hieronymus Bosch), gerar uma discussão sobre o período medieval. Em resumo, as

restrições à mulher por meio de normas estiveram relacionadas em parte aos padrões morais

determinados pela Igreja Católica Romana. Enfim, pretendemos relacionar a mulher e a

religiosidade por meio da análise de fontes iconográficas, pinturas, esculturas, iluminuras e

escritos com o objetivo de apresentar a possibilidade de “resistências” frente ao monopólio

masculino do sagrado.

PALAVRAS-CHAVE: Mulher, norma, Clara de Assis.

O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO RECENTE EM RONDÔNIA E OS CONFLITOS

AGRÁRIOS A PARTIR DA DÉCADA DE 1980

Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)

Page 35: Caderno de resumos

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O mini-curso pretende ser um espaço de discussão introdutória sobre a colonização

recente em Rondônia e os conflitos agrários gerados pela concentração de terra. Pretende-se

discutir o contexto histórico da colonização gestada pela Ditadura Militar brasileira e seu

caráter reacionário e autoritário. O estudo terá como referencial teórico os seguintes

conceitos: Materialismo Histórico-dialético; Questão Agrária; Campesinato; Imperialismo;

Semifeudalidade e Capitalismo Burocrático. A metodologia de trabalho dar-se-á pela

discussão e debate destes conceitos, dos aportes teóricos produzidos pela História e Geografia

Agrária da Amazônia e sua aplicabilidade para a formulação de pesquisas acadêmicas sobre o

campo rondoniense. A apresentação da temática será dirigida utilizando-se como fontes de

pesquisa a produção bibliográfica regional e dados estatísticos que abarcam o período,

introduzidos de forma didática através de slides, fotos e filmes sobre a História de Rondônia.

PROJETO DE PESQUISA: PASSOS METODOLÓGICOS PARA SUA

CONSTRUÇÃO

Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR)

O presente mini-curso tem como preocupação central a apresentação dos passos

metodológicos para construção de um projeto de pesquisa, que para efeito de sua consecução

agrega-se com discussões sobre os subsídios teóricos que expliquem o ato de pesquisar e,

consequentemente, o ciclo de uma pesquisa.

Desse modo, serão apresentados e discutidos os elementos constitutivos em um projeto

de pesquisa com a função de auxiliar os acadêmicos na compreensão de como redigir cada

uma delas, a saber: tema, título, justificativa, objetivos, delimitação das perguntas de

pesquisa, fundamentação teórica, análise de dados e definição de instrumentos de coleta de

dados, conclusões e levantamento bibliográfico.

Por fim, integrando as discussões da elaboração de um projeto de pesquisa, serão

propostos momentos de reflexão sobre as responsabilidades sociais e éticas do pesquisador e,

que são inerentes ao processo de construção do ciclo de uma pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: Ciclo da pesquisa, Projeto de Pesquisa.

Page 36: Caderno de resumos

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RESUMOS DAS OFICINAS

Page 37: Caderno de resumos

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OFICINAS

Datas: 27, 28 e 29 de Março de 2012

Horário: 14:00 h às 16:00 h

A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO

PROFESSOR

Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro (História/UNIR)

Pretendemos, com esta oficina, não só discutir alguns elementos que estão presentes

no processo da produção da história local principalmente relacionada ao ensino da região, mas

principalmente discutir possibilidades para a prática da educação histórica nos anos inicias do

ensino fundamental. Tanto questões relativas à teorização da história como no que diz

respeito à postura do professor e à prática do ensino da história. Começamos propondo o

problema dizendo que a história local, principalmente no caso de Rondônia é algo a ser feito.

Depois discutimos uma conceituação da história e um de seus objetos mais problemáticos que

é a ideia de tempo. A partir disso entramos na discussão sobre de elementos mais específicos

da pratica do professor e sua ação em sala de aula como é o caso da periodização e da

necessidade do professor de história local se fazer um pesquisador superando a mera repetição

das apostilas e livros por vezes duvidosos. Chamamos a atenção para a necessidade de se

considerar o universo do estudante e os aspectos da cultura local que ajudam não só a explicar

a localidade como a evidenciar as características da população local. E tudo isso pode ser feito

partindo de elementos, documentos e informações presentes no próprio local, objeto de ensino

e pesquisa.

PALAVRAS-CHAVE: história local, pesquisa histórica, ensino de história.

HISTÓRIA ORAL: DESVIOS E SENTIDOS NO IMAGINÁRIO AMAZÔNICO

Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR)

Prof. Ms. Zairo Carlos da Silva Pinheiro (História/UNIR)

O sistema capitalista com sua lógica hegemônica impõe uma forma de visão de

mundo, legitimada pelo cientificismo de tradição aristotélica, que encontrou terreno fértil nas

acadêmicas por meio das diversas áreas do conhecimento pensadas de forma objetiva, em

função do estabelecimento de leis e sínteses narrativas globalizantes.

Page 38: Caderno de resumos

37

Essa maneira de produção do conhecimento vem sendo questionada pela Annales e a

Nova História, desde 1930. A História Oral é pensada como resultante das novas abordagens

históricas, que elegem as micro analises em detrimento as macro analises cientificistas.

Assim, no arcabouço da produção do conhecimento histórico, a História Oral, cria

possibilidades metodológicas de pesquisa, compreensão e interpretação de culturas que foram

negligenciadas pela História Oficial.

A História Oral implode os objetos e métodos da História e recria novas formas de

percepção do mundo e do ser humano. Elementos fundantes e fundadores de desvios,

imaginários, resistências, sentidos, sonhos e poiésis.

Nos espaços amazônicos, em meio a diversidade cultural e etnica, o contato mais

presente com os elementares, a experiência do deveneio e do imaginário é uma constante no

ethos das populações e comunidades que vivem na e da floresta. Nesta ceara a História Oral é

fonte criadora de espacialidades, memórias e histórias.

PALAVRAS-CHAVE: História Oral, espacialidades e imaginário.

OS TERRITÓRIOS DA MORTE EM PORTO VELHO NA PRIMEIRA METADE DO

SÉCULO XX

Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira(História/UNIR)6

O presente trabalho trata da manifestação da morte ao longo da História e se propõe a

verificar como os territórios da morte se constituíram em Porto Velho na primeira metade do

século XX e quais as lógicas de organizações por eles engendradas e que se reproduziram no

mundo dos vivos. Para a realização desse trabalho partimos do aporte teórico de Ariès (2003),

Chiavenato (1998), Coulanges (1986), Loureiro (1977), Martin (2005) dentre outros que

contribuíram para fundamentar a análise sobre a morte no processo histórico. Questões tais

como: qual a percepção e o tratamento dado à morte a partir das sociedades primitiva até a

modernidade, como os territórios da morte em Porto Velho quebraram os paradigmas

impostos pela ordem vigente na primeira metade do século passado, orientaram a pesquisa no

sentido de confirmar que a morte mesmo sendo um campo temido levou as sociedades a

refletirem e apontarem campos de representações diferenciados sobre a mesma temática.

PALAVRAS-CHAVE: Morte, História, Porto Velho.

6 Professora Mestre do Departamento de História da Universidade Federal de Rondônia - UNIR e pesquisadora

do Centro de Documentação e Estudos Avançados sobre Memória e Patrimônio de Rondônia (CDEAMPRO).

Page 39: Caderno de resumos

38

MIGRAÇÕES EM RONDÔNIA NAS DÉCADAS DE 1970 A 1980

Maria Aparecida da Silva7 e Carlindo Klug

A presente Oficina tem como objetivo analisar e debater junto com os participantes da

I Semana de História: “Cultura, Resistência e Sujeito” como ocorreu o processo de migração

de diferentes regiões brasileiras para o Estado de Rondônia entre as décadas de 1970 a 1980.

O material em discussão é resultado de uma pesquisa bibliográfica e de ação que faz parte da

Dissertação de Mestrado intitulada “OS MIGRANTES DAS DÉCADAS DE 70 E 80 E SUA

HISTÓRIA EM ROLIM DE MOURA –RONDÔNIA – BRASIL.” - As abordagens discorrem

sobre o Histórico das Migrações no Brasil, subdividindo-se em: A migração interna brasileira,

os Projetos de colonização na Amazônia e o Movimento Migratório para Rondônia. A análise

faz um retrospecto da ocupação do território pertencente a Rondônia desde a ocupação dos

Vales dos Rios Madeira – Mamoré – Guaporé até migração intensa no período exposto na

temática proposta nesta oficina havendo deste modo uma compreensão do geral para a

realidade da colonização recente a partir os Projetos de Colonização Oficial do Governo

Federal na Amazônia. Para que obtivéssemos tais informações o estudo de inúmeros materiais

foi fundamental. Assim sendo, podemos destacar os teóricos e pesquisadores Neide Gondim,

Berta K. Becker, Darcy Ribeiro, Marcos Antônio D. Teixeira, Dante Ribeiro Fonseca, Teófilo

L. de Lima, Octávio Ianni, Dora Martins, Sônia Vanalli, José Oscar Beozzo, Carlos Santos,

entre outros que serviram de base para a análise de dados obtidos na pesquisa – ação. Enfim, é

perceptível que a migração da Amazônia, neste caso Rondônia em específico foi

extremamente marcada por um processo de colonização e ocupação que visava expressamente

solucionar problemas sociais no Nordeste e Centro – Sul do Brasil e consolidar a presença do

capital estrangeiro nesta região. A ideia de „integrar para não entregar‟ trouxe para esta vasta

região migrantes que se depararam com situações/experiências pelas quais não haviam

passado. Aqui estas pessoas não tinham a mínima noção de conciliar os interesses na terra

„conquistada‟ com as culturas tradicionais dos indígenas e dos seringueiros, e muito menos

um conhecimento prévio sobre o novo ambiente, ou seja, a floresta. Eles foram vítimas por se

apossarem de terras improdutivas. Nesse caso cabe aqui mencionar que Rondônia surge para

solucionar um problema básico: o excedente populacional, fruto da concentração fundiária

7 Professora Especialista em História Regional e Mestre em História, Território, Cultura e Direitos

Humanos no Brasil e na América Latina, cujo certificado está em fase de convalidação. Professora Efetiva da SEDUC/RO e Professora Temporária da UNIR – Departamento de História – Campus de Rolim de Moura – Rondônia.

Page 40: Caderno de resumos

39

nas demais regiões brasileiras. Neste espaço ocupado os migrantes não conseguem se

mantiver e tornar suas terras produtivas gerando uma nova fragmentação de lotes e

reconcentração fundiária. Rondônia que recebeu milhares de migrantes entre as décadas de

1970 a 1980, hoje tem feito experiência do processo inverso. Muitos migrantes têm (i)

migrado para novas fronteiras agrícolas sempre a procura de terras.

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: ARQUEOLOGIA EM RONDÔNIA

Prof. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici)

Prof. Esp. José da Silva Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici)

A oficina apresenta fundamentos conceituais básicos referentes ao patrimônio cultural,

especialmente o arqueológico, visando à orientação dos participantes a respeito da proteção,

exploração e utilização dos bens culturais, bem como do contexto histórico\cultural em que

estão inseridos, com pretensões a levar à revalorização e reconquista da cultura e identidade

local e a compreensão de suas raízes pré-históricas, para que possam utilizar-se do passado

como instrumento gerador de conhecimento no presente, com vistas à construção de um

futuro mais consciente e preservacionista. A partir da apresentação de ações realizadas na

região, tanto por iniciativas públicas, privadas quanto comunitárias/voluntárias, busca-se

também demonstrar como identificar, explorar e valorizar o patrimônio cultural local, que se

encontra localizado tanto na área urbana quanto rural dos municípios de Rondônia,

contribuindo para a preservação e conservação do patrimônio cultural, além de propiciar

geração de renda.

PALAVRAS-CHAVE: Arqueologia, educação patrimonial.

MOVIMENTOS SOCIAIS E A AÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS NUMA VISÃO

DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR)

Prof. Ms.Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC)

A escola orienta-se por duas vertentes fundamentais: a contestação e a resignação.

Diante da opressão de classe, a reconhecida dupla face da escola abre espaços para o educador

programar práticas que desmistifiquem o interesse dominante de criminalizar e tentar sufocar

os movimentos sociais que se desenvolvem no campo e na cidade. Através da metodologia de

uma oficina pedagógica, objetivamos oferecer aos acadêmicos da Unir e aos professores das

Page 41: Caderno de resumos

40

disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia do município de Rolim de Moura,

ferramentas para análise teórica e prática de conteúdos que elucidem a temática em pauta.

Para tanto, requer delimitar a tipologia e os significados dos diversos movimentos sociais do

país e do Estado de Rondônia e as ações dos partidos políticos frente às lutas, suas origens,

concepções e relações com as classes sociais. Para análise das contradições, rupturas e

permanências destes movimentos, no contexto das mudanças na sociedade, e para elucidação

das diferenças entre os diferentes modos de produção que indicam os modelos de sociedade,

será seguida a orientação teórica ancorada nas diretrizes do Grupo de Estudos e Pesquisas

Materialismo Histórico e Dialético na Educação. As atividades da oficina enfatizam, ainda,

a necessidade de compreensão dos movimentos sociais e dos partidos políticos, destacam o

movimento dialético presentes na natureza e no pensamento, indicam caminhos para a

compreensão de abordagens teóricas e ações que desvendam interesses de classes em jogo nos

movimentos sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Teoria e Prática, Luta de Classes, Marxismo.

Page 42: Caderno de resumos

41

RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES

Page 43: Caderno de resumos

42

COMUNICAÇÕES

Datas: 30 de Março de 2012

Horário: 14:00 h às 15:30 h

Considerações sobre a pobreza na Regra e no Testamento de Francisco de Assis (1182-

1226)

Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)

Nesta comunicação pretendemos fazer um exercício de análise da “herança jurídica”

de Francisco de Assis (1182-1226) que se localiza nos documentos legislativos da Ordem dos

frades menores. Para isto, partiremos do conceito da pobreza franciscana codificada, entre os

seus elementos básicos, encontram-se as seguintes recomendações, o uso de vestuário vil, da

privação de calçados, da ausência de domicílio fixo, da subsistência pelo trabalho manual

cotidiano, da rejeição ao dinheiro e do recurso humilhante à esmola, podemos sintetizá-los na

negação de toda forma de apropriação. Além disso, a recomendação da leitura conjunta da

Regra e do Testamento somado a advertência de não adicionar glosas e nem comentários

marcaram o início de uma polêmica duradoura na Ordem. As principais indagações sobre a

Regulae e Testamentum gravitavam em torno da seguinte questão, a saber, seriam ambos os

documentos um complemento por isso deveria ser lido com o mesmo estatuto jurídico, já que

em termos de conteúdo e autoria pertenciam a um mesmo autor? Francisco enquanto “sujeito”

representaria o coletivo da Ordem através da Norma institucionalizada em 1223? Enfim,

enquanto ele era vivo existia um critério de autenticidade encarnado na sua própria pessoa,

mas depois da sua canonização em 1228, a discussão em torno da pobreza passou a ser não

mais a experiência religiosa de vida dele, mas a codificação desta experiência.

PALAVRAS-CHAVE: Norma, movimento Franciscano, Igreja.

A CATEGORIA TRABALHO: BREVE AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA E

PROSPECTIVA NUMA ABORDAGEM MARXISTA

Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR)

O estudo intitulado “A categoria trabalho: breve avaliação retrospectiva e prospectiva

numa abordagem marxista” tem origem no projeto de tese de doutorado que se ancora na

categoria trabalho como eixo articulador dos discursos e das decisões tomadas pelo homem no

percurso da sua existência e como fomentador do desenvolvimento do psiquismo. A

Page 44: Caderno de resumos

43

investigação destaca as várias formas de produção econômica como o locus privilegiado de

produção do saber científico e de geração de riquezas apropriadas por uma classe social que

concentra rendas, ou coletivizadas para usufruto daqueles que produzem a riqueza – os

camponeses, os operários e demais explorados. Destas relações decorrem todas as formas de

organização social, desde o primeiro modo de produção econômica, até o presente. Portanto,

ao se desconhecer razões mais importantes que movem a existência humana, a nossa

compreensão é a de que no “trabalho” se encontram as raízes das demais relações sociais

organizadas para atender às necessidades do homem, que tem como fonte o trabalho. Para dar

conta da avaliação retrospectiva desta categoria conceitual, realizamos uma breve análise

introdutória à luz da teoria do materialismo histórico e dialético acerca das relações de

trabalho nos diversos modos de produção que antecederam o capitalismo em comparação com

as relações de produção que se estabelecem entre os homens na atualidade e as prospecções

apontadas pelas experiências decorrentes da revolução social nos Estados Operários

degenerados e as perspectivas futuras destas relações ao estabelecer-se o Socialismo. Os

embriões, que surgiram dispersos em vários países, considerando os aspectos do comunismo

primitivo, têm apresentado importantes amostras quanto a mudanças qualitativas destas

relações

PALAVRAS-CHAVE: Modos de Produção, Classe Social, Revolução Social.

A FORÇA DOS TEMPOS: CURA DE “CABOCLO” EM UM TERREIRO PORTO

VELHO/RO – 2011

Leonardo Lucas Britto (Graduando em História/UNIR)

Orientador: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)

O objetivo deste trabalho é desenvolver um estudo de caso sobre a resistência das

práticas de curas religiosas em um terreiro de Umbanda de Porto Velho/RO. Com o título de

“A força dos tempos: cura de “caboclo” em um terreiro Porto Velho/RO”, estaremos expondo

uma análise de entrevistas, co m relação ao tratamento de enfermidades, feitas à mãe Hóstia.

Acreditamos que esse modo de tratamento não cessou com o incremento da Medicina

Moderna. Então, tentaremos ver como é que se deu a resistência desse tipo de prática e como

ela se adaptou à modernidade. A metodologia estará embasada em uma pesquisa bibliográfica

e análise de discurso, com relação à cultura e religiões afro-amazônicas na

contemporaneidade.

PALAVRAS-CHAVE: Cura Religiosa, Modernidade, Resistência.

Page 45: Caderno de resumos

44

A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA

PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA X PERSPECTIVA FREIRIANA1

José Aparecido da Cruz (Graduado em Pedagogia/UNIR)

Rogério Lopes de Jesus (Graduado em Pedagogia/UNIR)

Este artigo traz uma reflexão de como trabalhar a educação de Jovens e Adultos, a

partir da perspectiva construtivista, tendo como base os escritos de Paulo Freire e outros

autores que muito tem contribuído com essa prática através de seus relatos e pesquisas sobre o

tema, por meio de uma atividade que versou sobre a migração, nas aulas da Disciplina de

Educação de Jovens e Adultos – EJA que representou nossa primeira experiência com a

temática. O objetivo do trabalho é trazer a tona a metodologia construtivista e sua

aplicabilidade na EJA. A temática central está subdividida em um breve histórico a respeito

do método construtivista e suas contribuições para o meio educacional; uma educação voltada

para as massas e os resultados da intervenção pedagógica resultante da atividade sobre a

Migração em uma turma da EJA a partir da perspectiva freiriana, sendo esta norteadora da

formação docente e base do planejamento de atividades a serem aplicadas ao referido grupo

de alunos (as), estudantes adultos com inúmeras dificuldades, mas também com um vasto

conhecimento que a escola da vida lhes proporcionou. Esse intercâmbio é a mola mestre para

que o ensino aprendizagem destes educandos tenha êxito.

PALAVRAS-CHAVE: Educação, construtivismo, Paulo Freire.

HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES/MOVIMENTOS SOCIAIS DE RO/MT: LAÇOS E

ENTRELAÇOS COM A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA

Prof. Ms. Nelbi Alves da Cruz (Pedagogia/UNIR/Doutorando/UFMT)

O artigo analisa a história dos movimentos/organizações sociais dos Estados de

Rondônia/Mato Grosso e o entrecruzamento com a Pedagogia da Alternância (PA) a partir da

década de 1980, período em que ocorre a expansão das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) no

país, instituição esta que utiliza tal metodologia. A história da PA tem seu marco na França,

em 1935, a partir do movimento de Sillon, cuja preocupação central era a formação do Jovem

agricultor francês, sendo que no Brasil a experiência surge com o Movimento de Educação

Promocional do Espírito Santo (MEPES), ao final da década de 1960. Em RO/MT, a EFA

nutre-se na Pastoral Católica, além de associações de produtores, recebendo apoios entre

Page 46: Caderno de resumos

45

tantos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos

Agricultores (MPA) que têm por prioridade a questão agrária, porém em MT o poder público

também é mantenedor. O trabalho de pesquisa em tela é resultado do projeto de pesquisa de

doutoramento em educação, em curso, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),

sendo utilizada a abordagem dialética no processo de análise dos dados coletados. Assim, um

dos resultados parciais indicou que a presença de movimentos sociais na formação dos jovens

da EFA, durante seus estudos contribui no envolvimento destes em organizações sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Alternância, Movimentos Sociais, Formação.

A INVENÇÃO DO SUJEITO DOENTE MENTAL: A RESISTÊNCIA CIENTÍFICA

CONTRA A CULTURA MÍTICA DO DSM NO CAMPO DO DIAGNÓSTICO EM

SAÚDE MENTAL

Prof. Ms. Paulo Rogério Morais (Psicologia/UNIR)

Pretende-se discutir a cientificidade dos critérios diagnósticos em saúde mental e da

psiquiatria biológica, que aparentemente são as versões atuais do histórico misticismo que

envolve a compreensão e o tratamento das doenças mentais. Em 1952, a APA (American

Psychiatry Association) publicou a primeira versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) no qual

eram apresentados os critérios diagnósticos para 106 diferentes categorias de transtornos

mentais. Em 2010, Carol Bernstein, então presidente da APA, reconheceu que a criação de

facilidades para o diagnóstico de psicopatologias pelos os clínicos se deu pela necessidade de

ligar os pacientes aos tratamentos farmacológicos disponíveis, isto é, facilitou-se o

diagnóstico para justificar o uso de drogas psicotrópicas pelos pacientes.

PALAVRAS-CHAVE: psiquiatria biológica, doenças mentais, medicalização.

O NATIVO GUERREIRO - O SENTIDO DE GUERREAR NAS SOCIEDADES

INDÍGENAS AMAZÔNICAS PRÉ-COLONIAIS

Elis da Silva Oliveira (Graduanda em História/UNIR/CENHPRE)

Este estudo tem como fundamento o estabelecimento de uma análise do significado e

função da guerra nas sociedades indígenas amazônicas pré-coloniais. Para isso, nos deteremos

à uma revisão bibliográfica, com a exposição de algumas abordagens históricas e

antropológicas sobre o tema, ressaltando os diferentes e até mesmo conflitantes significados

Page 47: Caderno de resumos

46

da guerra nestes grupos. Partindo de uma noção universalista da guerra, considerando os

povos indígenas como seres para a guerra, explicitaremos as diferentes vertentes, de cunho

naturalista, econômica, político e cultural sobre o conceito da guerra nas sociedades

ameríndias. Em que ao longo de tais análises, podemos observar mudanças significativas no

estudo e considerações sobre a forma de vida dos grupos indígenas da Amazônia, onde outras

variantes, além da econômica, mostram-se fundamentais para o entendimento de diversas

questões. E ao passo que não encontramos apenas um significado para a guerra, concluímos

que a legitimidade de cada consideração só pode ser analisada de acordo com contextos

específicos, sendo de elevada importância o estabelecimento não de um significado da guerra

em geral, mas um estudo da reinterpretação desta nos diferentes grupos indígenas.

PALAVRAS-CHAVE: Indígenas, Amazônia, Guerra.

A RELAÇÃO ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR NOS MOMENTOS DE HIGIENE

DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Fernanda dos Passos (Graduada em Pedagogia/UNIR)

Orientadora: Profa. Dra. Marli Lucia T. Zibetti (Pedagogia/UNIR)

O presente trabalho é uma abordagem sobre a distinção e a relação entre o cuidar e o

educar, nos momentos de higiene o qual se deu em uma instituição de Educação Infantil, na

Rede Pública de ensino do Município de Rolim de Moura, Rondônia. Trata-se de experiências

vivenciadas como pesquisadora e posteriormente, como docente.

A relação que se estabelece entre os conceitos de educar e cuidar refere-se à maneira

que se dá a mediação e intervenção nesse processo do cuidado e educação, é repensar estes

dois princípios como indissociáveis nos planejamentos, nas práticas e avaliações.

Este trabalho revelou que como se vê, a solução não está em resultados imediatos até

porque a criança precisa ser respeitada em suas fases de desenvolvimento e aprendizagem e o

tempo mínimo necessário faz parte deste processo rico exatamente em seu trajeto, não só em

seu resultado e, para tanto bem fundamentado, planejado. E que, repensar o cuidar e o educar

como indissociáveis não só confirma o que foi abordado como também contribui em várias

outras temáticas propensas às possibilidades de levar conhecimentos e aprendizagens às

crianças atendidas em Creches.

PALAVRAS-CHAVE: Cuidar, Educar, Educação Infantil.

Page 48: Caderno de resumos

47

AMAZÔNIA, DESCASOS E DIFICULDADES: CONTRIBUIÇÕES PARA O

ENTENDIMENTO HISTÓRICO-ANTROPOLÓGICO DOS POVOS NATIVOS

ANTES DA INVASÃO EUROPEIA

João Lucas Proença da Silva (Graduando em História/UNIR/CDEAMPRO)

Orientadora: Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR/CDEAMPRO)

O presente artigo constituiu-se com o fundamento de demonstrar e analisar as

dificuldades em relação ao estudo sobre a Amazônia Pré-colonial, em que pesquisadores

ainda hoje se deparam com análises que colocam em segundo plano as sociedades que aqui

viviam antes da chegada dos europeus, além de retratarem a Amazônia como uma região

letárgica e desprovida de elementos significativos vinculados ao modo de viver, de fazer das

populações nativas. Temos também a preocupação em relatar mudanças no tipo de história

escrita sobre a região Amazônica e os povos que ali viviam, evidenciando a influência dos

Annales na prática historiográfica e suas contribuições no que tange o objeto, conceitos,

técnicas e a interdisciplinaridade, que trouxe para o campo da história novas abordagens,

novos caminhos. Analisaremos rapidamente os ideais já em meados do século XX, de um ex-

governador e também historiador que se ocupa em mostrar ao povo brasileiro a cobiça e os

olhares cheios de ganância das nações europeias e dos EUA, que ainda, mesmo depois dos

movimentos independentes de suas colônias (independência política), não abandonaram as

suas reais intensões sobre as riquezas que a região possui. Em suma, visa propor o resgate e a

valorização da Região Amazônica e dos seus sujeitos sociais na pesquisa atual é o propósito

principal com esse trabalho.

PALAVRAS-CHAVE: Amazônia pré-colonial, Populações nativas amazônicas,

Historiografia Amazônica.

TEORIA CRÍTICA - INDÚSTRIA CULTURAL ONTEM E HOJE. DIALÉTICA E

ESCLARECIMENTO: “O REPENSAR DA INDÚSTRIA, CULTURA, EDUCAÇÃO E

FORMAÇÃO DA SOCIEDADE” (AMPLIANDO OS HORIZONTES MODERNOS)

Camila Felisberto (Graduanda em História/UNIR)

Elizângela Mendes (Graduanda em História/UNIR)

A partir da pesquisa conhecemos o princípio da Teoria Crítica de Adorno e

Horkheimer, nestes compreendemos a força da Indústria cultural que através do mercado

reprodutor tenta mediaticamente aniquilar e massificar as pessoas tornando-as indivíduos

Page 49: Caderno de resumos

48

socialmente consumistas. Concluímos que isso exclui, portanto a visão crítica ao tentar

persuadir e levar a um extremo relativismo da mídia e do mercado; assim entendemos o

definhar da indústria numa lógica mecanicista subjaz que aliena, deturpa valores e inibe

subjetividades.

PALAVRAS-CHAVE: Indústria, cultura, crítica.

Page 50: Caderno de resumos

49

RESUMOS DOS PÔSTERES

Page 51: Caderno de resumos

50

PÔSTERES

Datas: 30 de Março de 2012

Horário: 14:00 h às 15:30 h

PESQUISAS SOBRE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA

Coordenação: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

AS RELAÇÕES SEMIFEUDAIS NO AMBIENTE ESCOLAR: SE VOCÊ MANDA, EU

OBEDEÇO!8

Silmara Ferreira Lopes (Graduanda em Pedagogia/UNIR)

Orientadora: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

Na pesquisa, um dos problemas levantados é a relação de poder estabelecida no

âmbito da educação escolar nos últimos anos. O principal objetivo é identificar mecanismos

de opressão a que são submetidos os profissionais da educação, as relações autoritárias e

semiservís existentes no ambiente escolar e suas consequências. Utilizou-se como método o

materialismo histórico dialético, que possibilita encontrar as determinações fundamentais e

secundárias do problema, confrontando o real em seu particular a fim de se chegar à

totalidade. Foram utilizadas como fontes, as entrevistas semi-estruturadas com os educadores,

gestores e outros profissionais da Educação. São apresentados os resultados parciais referente

a três dos instrumentos de coleta de dados: Análise documental, pesquisa bibliográfica e

entrevistas.

PALAVRAS-CHAVE: Educação, Capitalismo Burocrático, Semifeudalidade.

BARBADIANOS: BASTIDORES DE UM PRECONCEITO EM PORTO VELHO

Populações Negras Urbanas: Cultura, Identidade e Territorialidade.

Rita Clara Vieira da Silva (Graduanda em História/PIBIC/PROPESQ/UNIR/GEPIAA)

Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR)

Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)

8 Subprojeto da pesquisa Capitalismo Burocrático, Políticas Educacionais e Relações de Poder na Educação

Escolar em Rondônia, coordenada pela Profª Drª Marilsa Miranda de Souza, apresentado como pôster na I

Semana de História da UNIR/Campus de Rolim de Moura.

Page 52: Caderno de resumos

51

Este trabalho refere-se a uma análise de possível preconceito atribuído aos

barbadianos, grupo Afro-caribenho que migra para Porto Velho durante a primeira metade do

século XX, como mão de obra especializada para a construção da Estrada de Ferro Madeira

Mamoré. Esta análise permitiu reconhecer como se davam as relações sociais entre grupos tão

antagónicos na região, estabelecer possíveis relações de reciprocidade de preconceito entre os

barbadianos e a população local.

PALAVRAS-CHAVE: Barbadianos; Afro-caribenhos, EFMM, Preconceito.

Page 53: Caderno de resumos

52

UNIR – Universidade Federal de Rondônia

Reitora: Profa. Dra. Maria Cristina Victorino de França

Campus Rolim de Moura

Departamento de História

Comissão Organizadora Geral

Profa. Ms. Adriane Pesovento

Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar

Comissão Organizadora Docente Local

Prof. Ms. Márcio Marinho Martins

Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva

Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro

Comissão Discente Local

Andrea Andrade da Rocha

Cicera Maria dos Santos de Oliveira

Daiane Puerari

Ediane Moreira Cipriano

Elizangela Sampaio Freitas

Elton Alves da Cunha

Erni José Gottselig Júnior

Ester Rodrigues do Nascimento

Fábio da Silva Castro

Fábio Júnior da Silva Ferreira

Flavio Fagundes de Paula

Franciele Nayara de Lima

Gabriel Filipe Cassol C. Ferreira

Huelton Paula Moura

Ilda da Cruz Nogueira Lovo

Janiny Kélvia Pisoler

Joelson Gonçalves

Josias Cardoso

Page 54: Caderno de resumos

53

Josicléia Cassiano da Cruz

Jucielen Albuquerque de Souza

Karine Kimberly da Silva

Letícia de Oliveira

Luana Rafaelli da Cruz Pereira

Maria Ferreira Vieira

Marlene Gabriel Ferreira

Paula de Paula

Renata Honorio B. Lima

Ronei Militino Silva Bueno

Sabrina de Araújo Anteres

Silmara F. dos S. Nepomuceno

Sirlei Ferreira Coelho B. da Silva

Tânia Leal Moreira

Thiago Adriel de Lima Sartoro

Veronica da Silva

Wilson Silva de Paulo

Comissão Discente de Porto Velho

Aline Cristina de Almeira Lopes

Elis da Silva Oliveira

Jaissa Silva de Souza Félix

João Lucas Proença da Silva

Jorgeane Tomaz da Silva

Leandro Guimarães Ribeiro

Leonardo Lucas Britto

Rita Clara Vieira da Silva

Page 55: Caderno de resumos

54

AGRADECIMENTOS

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA - ANPUH

CÂMARA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA

COMERCIAL ALVES

COMERCIAL BORGES

COMERCIAL BOA ESPERANÇA

CANOPUS MOTOS

EUCATUR

PAPELARIA NACIONAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA

PREFEITURA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA

RÁDIO LIBERDADE

ROLNEWS

RONDÔNIA FM

SEMEC

SEDUC

SINTERO

SINSEZMAT

SUPERMERCADO TRENTO

TV ALAMANDA

TV CANDELÁRIA

WF SONORIZAÇÃO