CIESP OESTE - Julho/Agosto de 2010
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CIESP OESTE • 3
Diretor TitularFábio Paulo FerreiraVice - Diretores
João Henrique MartinJosé Antonio Gregório
Conselheiros TitularesCarlos José Silva Bittencourt
Hélio de JesusThomas Barbosa DuckworthRodolfo Inácio Vieira Filho
Sebastião Aparecido Alves de CarvalhoOdila Sene GuandaliniCésar Rabay Chehab
Romolo CiuffoEdson AmatiHélio Mauser
Carlos BegliominiAccácio de Jesus
Pedro AmatiJorge Luiz Izar
Givaldo de Oliveira Pinto JuniorPaulo Antonini
Alcebíades de Mendonça AthaydeMarco Antonio Afonso da Mota
Conselheiros SuplentesBoaventura Florentim
Sérgio VezzaniBlanca Margarita Toro de Sasso
César Valentin ZanchetUrbano José FerreiraJosé Antonio Urea
José Rubens RadomyslerDelfim da Silva FerreiroRonaldo Amâncio GózGerente CIESP Oeste
Laura Gonçalves
CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DISTRITAL OESTE
Rua Pio XI, 500 – Alto da LapaCEP 05060-000 – São Paulo – SP
Tel. (11) 2894-9606Email: [email protected]
Site: www.ciespoeste.org.br
Revista Ciesp OesteProjeto, Edição e Comercialização: Página Editora
Ltda. Redação e Publicidade: Rua Marco Aurélio, 780. Vila Romana. Telfax: (011) 3874-5533. E-mail: [email protected]. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Textos: Lúcia Helena Oliveira. Fotografia: Letícia Lovo, Thiago Liberatore e Tiago De Carli. Edi-toração Eletrônica: Kátia Fortes, Leandra Sant’Anna, Priscila Saviello e Thiago Alan Neiva. Publicidade: Rosana Braccialli e Silvana Luz. Impressão: Arvato do Brasil Gráfica. Tiragem: 3 mil exemplares.
Julho/Agosto •2010
Fábio Paulo Ferreira
Diretor-Titular CIESP Oeste
editorial
Diversão e empregouando iniciamos na Distrital Oeste um trabalho articulado
para a busca de parcerias que fossem do interesse das indús-
trias associadas, decidimos, num primeiro momento, focar
em propostas que se traduzissem no fechamento de novos negócios
e na economia de recursos para nossas empresas. Logo percebemos,
no entanto, que, nos inúmeros contatos realizados pela equipe da Re-
gional, um amplo leque de oportunidades se abria, cujo objetivo não
era, necessariamente, proporcionar ganho financeiro aos envolvidos.
O interesse desses projetos estava, acima de tudo, no grande benefício
coletivo neles implícito. Interesses não só para o empresário, mas para
seus colaboradores. E, como todos sabem, não há maior retorno para o
dono de uma empresa do que contar com uma equipe motivada.
Por isso estamos extremamente satisfeitos em anunciar a parceria que o
CIESP Oeste está fechando com o Nacional Atlético Clube, um moderno
complexo desportivo que tem o futebol como carro-chefe. O acordo per-
mite que as empresas associadas invistam na compra de títulos familiares
do clube, que podem ser usufruídos por seus funcionários e dependentes.
Dessa forma, todos terão à disposição uma estrutura completa de lazer
e esporte, que inclui piscinas, quadras e ginásios.
Outra parceria interessante diz respeito ao recrutamento de pessoal, um
calcanhar de Aquiles para os empresários. O acordo fechado recente-
mente com o Exército, mais especificamente com o 21º Departamento de
Suprimentos, facilita a contratação de jovens militares, que já cumpriram
o tempo regulamentar permitido nas forças armadas, pelas empresas
associadas. Ganham os jovens, que têm uma nova chance de carreira, e
ganham as indústrias, que poderão contar com pessoal muito bem trei-
nado, principalmente no que diz respeito à disciplina.
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erto da maior parte das em-presas associadas à Distrital, no bairro da Água Branca,
está localizado um dos mais com-pletos complexos desportivos e de lazer da cidade, o Nacional Atlético Clube, que abriga o time de futebol do Nacional, tradicional “Ferrinho”.
De agora em diante, toda a estrutura do clube está à disposição dos filiados do CIESP Oeste, gra-ças a uma parceria que a entidade acaba de fechar com a diretoria do Nacional. Pelo acordo, as empresas podem adquirir títulos familiares do clube e repassá-los aos funcionários como benefício. O investimento é pequeno, já que a diretoria do Na-cional fez um preço especial para
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Cadeira cativaCom a parceria firmada entre o CIESP Oeste e o Nacional Atlético
Clube, funcionários das empresas associadas e seus familiares têm
livre acesso a uma completa estrutura de lazer, localizada na Água
Branca, que inclui complexo aquático, desportivo e área de eventos.
a Distrital: pela taxa de adesão será cobrado R$ 75,00, metade do valor de tabela do clube. A mensalidade de cada título sai por R$ 36,90 e in-clui o titular e quatro familiares com qualquer grau de parentesco. Nesse caso, o desconto oferecido também é considerável, pois o preço normal da taxa é de R$ 41,00, apenas para o casal. “As empresas filiadas ao CIESP Oeste podem adquirir um pacote de títulos e administrá-lo da forma que desejarem”, explica o diretor do clube, Mario Hila Rocha.
O diretor-titular da Distrital, Fábio Ferreira, acredita que esse tipo de benefício é muito vantajoso para as empresas. “Por um custo baixo, os associados vão oferecer a
Time de futebol tradicional em São Paulo, o Nacional Clube oferece uma estrutura completa de esporte e lazer, que agora pode ser usada pelos associados do CIESP Oeste.
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Os times de futebol de salão e de botão do clube são destaque no meio desportivo paulista: os “meninos do botão” estão entre os quatro melhores de São Paulo.
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seus funcionários e familiares uma estrutura de lazer completa”.
Fundado em 1919 pelos funcio-nários da São Paulo Railway como clube de futebol, o forte do Nacional sempre foi seu estádio. Hoje, o clube mantém dois campos de futebol. Um destinado ao time profissional e outro às categorias de base. A escolinha de futebol do time, para crianças de oito a 16 anos, é uma das mais modernas da cidade. “Os alunos são treinados de forma completa, inclusive com aparelhos de primeira linha”, diz o coordenador Mario Cisa de Oliverus.
E os sócios do Nacional não se destacam apenas no futebol. O clube é federado em futebol de botão – sen-do um dos quatro melhores do Estado
– e em dardo de alvo. Tem equipes de tênis, futebol de salão, snooker e até de boxe. No complexo desportivo, há espaços equipados para a prática de todas essas modalidades – e de muitas outras – com professores especializa-dos em cada uma delas.
Outro ponto forte do clube é o complexo aquático, que inclui três piscinas e um enorme tobogã. O Na-cional também oferece uma ampla área social, com muito verde e es-paço para churrascos e piqueniques. Já o salão de festas pode ser alugado pelos sócios para eventos.
As empresas interessadas em adquirir um pacote de títulos devem entrar em contato com o CIESP Oes-te, pelo telefone: (11) 2894-9606.
Diversão nas piscinas, que têm um enorme tobogã como atrativo, ou malhação na academia são algumas das opções de lazer e esporte dos sócios do Nacional.
Na enorme área do complexo, os sócios desfrutam do sossego nos jardins, as crianças se divertem no playground e todos têm descontos para assistir aos jogos no estádio.
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om a Portaria 1510/2009, que disciplina o registro eletrônico de ponto, nas-
ceu uma grande discussão. De um lado, uma minoria a favor, como a ANPT (Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho), que diz em nota: “A adoção de padrão unifi-cado para todas as empresas elimina a concorrência desleal de quem age de má fé, fraudando o ponto eletrô-nico, frente aos empregadores que agem corretamente”.
De outro lado, a maioria contra, como as empresas e seus representantes, a CNI e a FIESP e o CIESP, tendo como principais motivos alegados:gasto desneces-sário na aquisição de milhões de equipamentos novos, elevação no custo da aferição e processamento dos registros de ponto, retrocesso tecnológico com estímulo ao uso do ponto manual e mecânico, prejuízos ao clima organizacio-nal com o impacto nas relações de trabalho, criação de filas pro-movendo um desconforto aos trabalhadores, vulnerabilidade do dispositivo USB e o grande impac-to ambiental devido a emissão de cerca de 38,7 bilhões de compro-
Prós e contras da LeiO gerente de Recursos Humanos da JotaeMe Fitafer, Éder Borges,
analisa como o mercado vem reagindo à Portaria 1510/2009,
sobre o registro eletrônico de ponto, que, se por um lado
pode diminuir a fraude, por outro requer gastos desnecessários.
vantes individuais de marcação de ponto, considerando 40 milhões de trabalhadores e 11 meses (24 dias/mês) de trabalho.
“Diante do exposto, não tenho dúvidas de que esta regulamentação poderia ser melhor conduzida se não fosse imposta por meio desta portaria e sim discutida pelas partes, com soluções mais racionais e coerentes”, diz o gerente de Recursos Humanos da JotaeMe Fitafer, Éder Borges.
Ele salienta que a Lei tenta combater a conduta fraudulenta, o ato ilícito e a falta de ética, mas estas condições deveriam ser combatidas na formação de cada cidadão. “Assim, as relações hu-manas, incluindo a relação capital x trabalho, seriam pautadas pela confiança mutua, honestidade e justiça”, argumenta Borges.
JotaeMe FitaferEndereço: Rua Miguel Segundo Lerussi, 53 – Parque IndustrialFranco da Rocha – SPTelefone: (11) 4443-1100Site: www.jmfitafer.com.br
Serviço
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Éder Borges, gerente de RH da JotaeMe Fitafer, acredita que a discussão sobre a nova Portaria que disciplina o registro eletrônico de ponto deveria ter sido melhor conduzida.
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CIESP Oeste, em parceria com o China Trade Center, grupo que presta assessoria
em comércio exterior com foco no mercado chinês, já definiu o crono-grama da missão empresarial à China. Serão 14 dias de viagem, previstos para outubro, em um roteiro que mescla a participação dos empresários em feiras, encontros de negócios e visitas a empresas com passeios pelos prin-cipais pontos turísticos de Xangai e Pequim, além de uma estadia opcional de três dias em Dubai.
“O objetivo é abrir as portas do
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Faça as malas!Distrital Oeste e China Trade Center fecham pacote
de missão comercial à China, que deve acontecer em
outubro e prevê visita à feira de máquinas e equipamentos,
rodadas de negócios e passeio pela Expo Xangai.
mercado chinês aos associados que querem fazer negócios com esse país”, explica o diretor-titular da Distrital, Fábio Ferreira. “O mundo todo está de olho na China, o segundo maior importador do mundo e o maior mer-cado exportador do planeta, por isso não podemos ficar de fora”, diz.
Para divulgar a missão, a Distrital tem realizado palestras com a participa-ção de executivos do China Trade Cen-ter e membros do consulado chinês em São Paulo. Nos eventos, realizados em São Paulo, Francisco Morato e Caieiras, os chineses deixaram claro o desejo de intensificar as parcerias com empresas brasileiras. “A relação bilateral entre os dois países é muito boa: a China é o maior sócio comercial do Brasil e os brasileiros são os maiores parceiros dos chineses na América Latina”, enfatizou o cônsul comercial da China em São Paulo, Lu Yu Zhong.
De acordo com Aldenízio Bezer-ra, do China Trade Center, a China tem a oferecer produtos de alta qualidade ao Brasil e está interessada não apenas em nossas commodities, mas também nos produtos brasileiros industrializados.
Mais informações sobre a missão, basta entrar em contato com o CIESP Oeste, pelo telefone (11) 2894-9606.
negócios
O diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira (D), recebe a equipe do China Trade Center e o cônsul comercial da China em São Paulo, Lu Yu Zhong (C).
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Desde 1959 ajudando a preservar o seu patrimônio
Escritório Central: Av. Queiroz Filho, 435 - City BoaçavaFones: 3026-3999 / 3022-7070 - Fax: [email protected] • www.py.com.br
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associado
o catálogo da Gesibrás, um dos principais fabricantes na-cionais de rebites – aquelas
pequenas peças de fixação encontra-das em quase tudo o que você usa no seu dia-a-dia, do carro à geladeira – existem mais de 850 tipos diferentes de produtos. Além desse vastíssimo portfolio de peças padronizadas, a empresa produz sob medida para atender às especificações dos clientes. Os rebites são produzidos em diversos materiais - como alumínio, aço, aço inox e cobre -, com uma gama enorme de cores que acompanha o produto no qual serão aplicados. As formas de em-balar os produtos também são as mais variadas possíveis: há desde caixas que acomodam grande quantidade de rebi-
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1001 formas de fixarA Gesibrás , pioneira no País na fabricação de rebites, peças para
fixação com diversas aplicações, oferece uma enorme variedade
de produtos padronizados e peças sob medida, além de diversas
formas de embalagens para atender a todos os tipos de cliente.
tes até pequenos sacos plásticos, para uso pelo consumidor comum.
Esse alto grau de diversificação foi um dos fatores que tornou a Gesibrás referência nacional no seg-mento, com uma produção que hoje chega a meio bilhão de peças/ano, consumidas pelas principais empre-sas do setor automotivo, de linha branca e pela indústria em geral.
A empresa nasceu no Brasil no início dos anos 70, como filial da alemã Gesipa, que conseguiu suas primeiras patentes na década de 50. Inicialmente chamada de Gesipa do Brasil, atuou como subsidiária do grupo alemão até 2006. A partir de então, trocou de nome e seguiu rumo próprio. Hoje, a Gesibrás é uma empresa 100% nacio-
Marcos Capuano (E) e Francisco Cabianca destacam a diversidade de produtos e o atendimento personalizado como fatores que diferenciam a Gesibrás no mercado.
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Das máquinas da empresa saem mais de 850 tipos de rebites, que são embalados de diversas formas; a empresa também comercializa diferentes ferramentas para fixar as peças.
produção, as fábricas existentes no Bra-sil produziam basicamente parafusos para aplicação na construção civil e na montagem de máquinas. Conforme a indústria nacional passou a evoluir, boa parte dos parafusos foi substituída por rebites, por sua simplificação na apli-cação, o que forçou a diversificação”, lembra Francisco Serrano Cabianca, gerente administrativo.
A partir da década de 80, a con-corrência começou a se estabelecer no País. A Gesibrás, no entanto, já somava uma longa experiência de
mercado e essa bagagem tornou-se um diferencial. “Quando a concor-rência chegou, nós já estávamos esta-belecidos”, explica o gerente técnico e comercial, Marcos Capuano.
Hoje a Gesibrás utiliza o que há de mais moderno em temos de tecno-logia para a fabricação dos rebites. A maior parte da produção é estampada em prensas horizontais de até 5 está-gios e de alta produção, o que garante a melhor qualidade das peças, menor custo e mais agilidade no processo. Mas a empresa não abandonou o antigo processo por torneamento. Na linha de produção, instalada em um terreno de 20 mil metros quadrados no Jardim Arpoador, Zona Oeste de São Paulo, os dois tipos de máquina operam conjuntamente, provando que a união do moderno com o tradicional pode ser bastante eficiente.
Uma das principais metas da Gesibrás é manter a saúde dos mais de 60 funcionários em dia. Pensando nisso, a empresa contratou recentemente os serviços da Golden Stern, conveniada à Rede de Negócios do CIESP Oeste. A empresa presta consultoria em assistência médica e odontológica, trabalhando com os principais planos de saúde e oferecendo condições e prestação de serviço diferenciados. “Fazemos uma análise dos problemas de saúde apresentados pelos funcionários e discutimos com a diretoria da empresa o que é possível oferecer com a melhor qualidade e o menor custo”, explica o diretor da Golden Stern, Denys Kelwin.
Para Francisco Cabianca, da Gesibrás, a solução encaminhada pela Golden Stern atende totalmente aos interesses da empresa. “Conseguimos oferecer uma boa assistência médica com economia”, explica.
Saúde em dia
Gesibrás Indústria Brasileira de Rebites Ltda.Endereço: R. Adherbal Stresser, 212São Paulo – SPTelefone: (11) 3789-2900Site: www.gesibras.com.br
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nal e produz toda a linha de rebites que comercializa, além de investir no desenvolvimento de tecnologia para a fabricação do maquinário utilizado na linha de montagem, obtendo certi-ficação ISO 9001 em abril de 2001 e objetivando certificação TS 16949 a curto prazo. O relacionamento com a antiga matriz alemã, no entanto, permanece, já que a Gesibrás é, atu-almente, representante das rebitadeiras – ferramentas para colocação dos rebi-tes – produzidas pela Gesipa.
“Quando a subsidiária iniciou sua
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especial
N a busca cada vez mais com-plicada por mão-de-obra qualificada, a indústria tem
contado com um aliado de peso - o Exército. Isso mesmo: o talento dos jovens militares que, após cumprirem o serviço obrigatório podem ficar, no máximo, mais seis anos nas forças ar-madas, está sendo aproveitado - com sucesso - dentro das empresas.
A razão do desempenho acima da média desse pessoal no mundo corporativo é o bom e velho, embo-ra temido por muitos, treinamento
Empresas, volver!Bem treinados e disciplinados, jovens militares estão sendo
disputados pelas indústrias após passar pelo tempo regulamentar
no Exército, onde muitos aproveitam as oportunidades de
cursos nas mais diversas áreas, oferecidos em parceria com o SENAI.
militar. Os soldados saem do Exér-cito com qualidades que todo em-presário sonha encontrar em cada um de seus funcionários, mas que, hoje em dia, parecem estar cada vez mais raras. Quer pessoa mais disciplinada e com maior noção de respeito à hierarquia e senso de responsabilidade do que um militar? Aí estão as competências básicas de um bom profissional que as empresas tanto buscam.
“Podemos dizer que encon-tramos um caminho fácil e ex-tremamente eficiente para suprir nossa demanda por mão-de-obra nas mais variadas especialidades”, afirma o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira. A Distrital mantém uma parceria com o 21º Departamento de Suprimentos do Exército, localizado na Vila Anas-tácio, próximo à sede da entidade, pela qual tem auxiliado os asso-ciados a preencher diversas vagas com militares que estão encerran-do seu período de permanência no serviço militar. “Aqui na própria Distrital acabamos de contratar um funcionário para a área financeira vindo do 21º DSUP”, diz o diretor. (Veja box nesta matéria)
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Jorge Izar, da Engesonda, e o coronel Luiz Antonio Ribeiro, destacam que a contratação de pessoal do Exército pela indústria é um bom negócio para ambas as partes.
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Mão dupla
A troca de figurinhas entre a indústria e o Exército tem sido boa também para os militares. No batalhão da Vila Anastácio vários soldados têm aprimorado suas qua-lificações fazendo cursos no SENAI, especializando-se em áreas como administração, informática, eletrôni-ca, manutenção predial e mecânica. Só no ano passado, foram disponibi-
lizadas para os militares 308 vagas em escolas mantidas pela indústria. Este ano, a expectativa é que esse número chegue a 1.200. “Isso é fun-damental para ajudar a melhorar as competências dos nossos soldados, facilitando a colocação no mercado de trabalho”, explica o coronel Luiz Antonio de Almeida Ribeiro, respon-sável pelo 21º DSUP.
Na Engesonda, empresa espe-cializada em geotecnia associada ao
CIESP Oeste, já há cinco ex-militares trabalhando. “Preciso de pessoas polivalentes, que entendem de mecâ-nica, logística e manutenção e possam desempenhar várias funções dentro da empresa”, explica o diretor da Engeson-da, Jorge Izar. “O pessoal do Exército vem com uma ótima qualificação e, após receber treinamento específico, muitos se destacam e, em pouco tem-po, estão aptos a exercer cargos de chefia aqui na empresa”, diz.
Casado e pai de dois filhos, o ex-soldado Dario Sousa de Oliveira, de 25 anos, não esperou seu tempo de permanência no Exército expirar para ir atrás de um novo rumo para sua carreira. “Sempre gostei da área financeira e, enquanto estava no 21º DSUP, fiz dois cursos no SEST-SENAT para me qualificar como auxiliar administrativo”, lembra.
No quartel, passou a atuar nessa área e, pouco tempo antes de dar baixa do Exército, conversou com seu superior para obter uma dica de trabalho quando saísse das forças armadas. “O coronel Luiz Antonio me encaminhou para o CIESP, onde fiz uma entrevista, passando, em seguida, por um treinamento na sede da Paulista”, conta. Hoje, Dario é responsável pela área financeira da Distrital Oeste. “Essa oportunidade caiu do céu, pois com dois filhos para criar não podia sair do Exército sem uma perspectiva de trabalho”.
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inclusão
O desafio de cumprir a Lei de Cotas levou o CIESP Oeste a pensar em um projeto
em larga escala, que possibilite às empresas contar com profissionais capacitados para preencher as vagas exigidas, receber assessoria para se ajustar às exigências da legislação e obter financiamento para investir nas adaptações físicas necessárias para receber esse pessoal.
O projeto, que reúne esforços não só da indústria, mas dos governos federal e estadual, prefeitura de São
Mutirão socialDistrital Oeste cria programa para qualificação de deficientes, que,
com apoio dos governos federal e estadual, da prefeitura de São Paulo,
SENAI, Benício Advogados e colégios Flamingo e Graphein, tem
como objetivo a capacitação de profissionais para cumprir a lei de cotas.
Paulo, ONGs, da Benício Advogados e dos colégios Flamingo e Graphein, foi batizado de “Programa de Qualificação do Deficiente para o Mercado de Traba-lho”. A idéia é que o programa englobe diversos projetos, cada um deles divi-didos em ações específicas, que visem facilitar a contratação de pessoas com deficiência pela indústria e promover o alto desenvolvimento e a realização dos deficientes, o que, por tabela, diminui o esforço da família no sustento dessas pessoas. “A indústria precisa não só que os trabalhadores com deficiência contratados sejam bem qualificados para a função que vão exercer, mas que tenham o máximo de autonomia possível”, destaca o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira.
Nesse primeiro momento, o pro-grama está sendo ajustado do ponto de vista legal pelo escritório Benício Advogados, que dará aos associados da Distrital todo o amparo legal neces-sário para cumprir a lei. Os colégios Flamingo e Graphein, conveniados ao CIESP Oeste, darão o respaldo no que diz respeito à melhor forma de capacitar as pessoas com deficiência e a ONG Apach será responsável por elaborar um cadastro de deficientes a serem qualificados. A experiência das
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com Deficiência e Mobilidade Reduzi-da, afirma estar centrando esforços no sentido de conseguir agilizar linhas de crédito para a adaptação das empresas e alterar alguns pontos da Lei de Cotas, que hoje obriga o setor a destinar um percentual entre 2% e 5% das vagas disponíveis, dependendo do porte e faturamento, para pessoas portadoras de necessidades especiais. “Esse per-centual é muito alto e muitas empresas não conseguem cumpri-lo”, explica.
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- ou seja, que foram ditas incapazes por apresentar problemas como LER ou dor nas costas. “A Estação Especial da Lapa, do governo estadual, dispõe de uma lista de trabalhadores que se encaixam nesse perfil”, informa o coordenador de Desenvolvimento de Programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Flávio Scavasin.
No âmbito municipal, o secretário Marcos Belizário, da pasta da Pessoa
O encontro para instituir o formato do novo programa contou com a participação das secretarias estadual e municipal que tratam dos interesses de pessoas com deficiência.
unidades do SENAI Itu e Osasco, que já atuam com o treinamento de defi-cientes e adaptação de maquinário para a utilização por essas pessoas na indústria, também será fundamental. “Em Osasco, as empresas já estão tra-balhando em conformidade com a lei e até contratando pessoas portadoras de deficiência além da cota exigida”, diz Amaurilho dos Reis, responsá-vel pelo Núcleo de Atendimento à Empresa e à Comunidade do SENAI “Nadir Dias de Figueiredo”.
O projeto inicial do programa será qualificar deficientes para atuar na linha de produção das fábricas, contan-do, para isso, numa primeira fase, com um cadastro de pessoas reabilitadas
No SENAI Itu, máquinas utilizadas em vários setores da indústria são adaptadas para o uso por pessoas portadoras de deficiência, que também recebem o treinamento necessário.
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legislação
iante da dificuldade que as empresas têm para preen-cher o percentual exigido
pela Lei de Cotas com portadores de deficiência, nada melhor do que se estudar a possibilidade de ampliar o espectro de pessoas contempladas pelo projeto, incluindo na lei outros grupos minoritários, como negros, idosos e mulheres. Essa idéia é de-fendida pelo médico e professor da UNESP Milton Flávio.
“Com isso, não estou defendendo o aumento na porcentagem de vagas
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Cota diversificadaO médico e professor da UNESP Milton Flávio, que como deputado
estadual tem um projeto que cria incentivos para empresas e
entidades comprometidas com a valorização da diversidade em seus
ambientes, sugere a inclusão de outras minorias na Lei de Cotas.
exigida pela lei, que já é alta, mas sua democratização, de forma que na lei estejam contemplados todos os grupos hoje ainda discriminados pela socie-dade”, explica ele. “Essas pessoas são muito produtivas e têm muito a contri-buir no mercado de trabalho”.
Como médico, Milton Flávio salienta que cada um desses grupos é afetado de forma diferente pelas doen-ças. “Nesse sentido, a saúde pública deveria ser mais atuante, investindo em programas específicos para negros, mulheres, idosos e pessoas com dife-rentes opções sexuais”, ressalta.
Como deputado estadual pelo PSDB, Milton Flávio é autor de um pro-jeto-de-lei que valoriza a diversidade – racial, física, religiosa – por meio da criação do Selo Paulista da Diversidade. O projeto, que tem o apoio do CIESP Oeste, premia as organizações públicas e privadas comprometidas em executar programas, projetos e ações de promo-ção e valorização desses grupos. A idéia inicial de Milton Flávio era criar o selo Empresa Amiga de São Paulo, que já contemplava a questão da diversidade, mas não de forma tão ampla. “Quando o governador José Serra sugeriu abordar o assunto de maneira mais completa, encampei a idéia”, explica.
O médico e ex-deputado Milton Flávio (D), e o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira, defendem a diversidade nas empresas.
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conveniado
uando um dos associados da AMAT tem um problema, não precisa “ser engolido” pela
burocracia nem é atendido por uma secretária eletrônica como se fosse um número. Ele fala diretamente com um gerente especializado. Com a credibi-lidade que o serviço exige, recebe as informações necessárias para análise de crédito e risco.
A AMAT trabalha desde 1987 com soluções de crédito baseadas na análise cadastral de pessoas físicas e jurídicas, sendo um braço do Grupo Orpec. “Nossos principais serviços estão baseados no banco de dados do Serasa, do qual somos distribuidores oficiais”, explica o presidente, Valdir Xambre. A vantagem é que todos os
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Soluções em créditoCom 2 mil associados em todo o País e uma experiência de mais
de 20 anos de mercado, a AMAT atua na gestão de crédito e
risco com foco no segmento de informações cadastrais sobre pessoas
físicas e jurídicas, sendo distribuidor oficial do sistema Serasa Experian.
produtos do Serasa que a AMAT reven-de têm descontos e não pagam taxas mensais. Entre os serviços oferecidos, está o AMAT Concentre e Relato, que oferece relatório completo sobre o comportamento restritivo financeiro de pessoas físicas e jurídicas. Outro pro-duto AMAT é a assessoria cartorária, cujo objetivo é evitar que uma empre-sa seja protestada indevidamente.
Valdir Xambre destaca que a confiança é a base de seu negócio, por isso a empresa busca qualidade e credibilidade em tudo o que faz.
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AMAT Soluções de CréditoEndereço: Rua Dr. Olavo Egídio, 287São Paulo – SPTelefone: (11) 2099-1011Site: www.amat.com.br
Serviço
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NegóciosRealizada em maio, em São
Bernardo do Campo, a IV Feira de Negócios do CIESP 2010 foi um dos maiores eventos de negócios do ano. A feira reuniu representantes das uni-dades regionais do CIESP do ABCD, Santos, Cubatão, Vale do Ribeira, Cotia e das regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Central da capital. Na Feira, a empresa âncora indica um ou mais profissionais na área de compras para participar do evento, destacando os produtos ou serviços que tem interesse em obter propostas. Com base nestes dados, é organizada uma agenda de entrevistas (com duração de 10 minutos cada) com os expositores interessados, que podem participar gratuitamente. nRotary Lapa
O CIESP Oeste participou da cerimônia de transmissão de cargo de presidente do Ro-tary Club Lapa, dia 18 de ju-nho. Em festa no Espaço APAS, Antonio Simidamore passou a presidência da entidade para Neville Mordini. n
Conseg Lapa Conseg LapaNo dia 28/6, o Conseg Lapa comemorou um ano de gestão da atual presi-
dente, Cleide Coutinho. A Distrital Oeste vem apoiando as ações da entidade, responsável pela discussão de idéias para a melhoria da segurança dos moradores da região, e patrocinou o selo comemorativo do primeiro ano da atual diretoria. Na festa estiveram presentes o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira, a gerente da entidade, Laura Gonçalves, além do vereador Eliseu Gabriel, do tenente coronel Armando Reis (responsável pelo 4º Batalhão), do capitão Marlon Luiz (1º Companhia) e do delegado Manuel Adamuz (7º DP). n
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artigo
Saúde ineptaunca o brasileiro recolheu tanto imposto como ultimamente.
Somente no primeiro trimestre deste ano a arrecadação federal
atingiu R$ 382,9 bilhões, segundo dados da receita federal. Trata-se do
maior volume de tributos desde 1995.
E o que tem recebido em troca? Na proporção totalmente inversa, ações
e programas insuficientes em setores importantes como segurança, educação
e saúde, ou seja, áreas cruciais, que emperram o desenvolvimento do país.
Segundo a Constituição Federal de 1988, o SUS deve ser financiado
com recursos da Seguridade Social, da União, dos Estados, Distrito Federal
e dos Municípios, sendo que 30%, no mínimo, da Seguridade, deverão ser
destinados até a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. A realidade
é que hoje esses 30% representariam em valores atualizados R$ 119,97
bilhões. Entretanto o governo federal repassa em torno de R$ 60 bilhões.
O preocupante é que a cada ano decrescem os investimentos da União
no setor, de 60% do orçamento em 2000 para 45% em 2007. No caminho
inverso, tem aumentado a participação dos Estados – de 18% para 27% – e
dos municípios, de 22% para 28% no mesmo período. Se compararmos os
investimentos no setor apenas com países da América do Sul, estamos atrás
de Argentina e Uruguai, com aporte de 7,9% do PIB.
Nos últimos anos, travamos algumas batalhas para obrigar o Governo Fe-
deral a repassar os recursos vinculados pela Emenda Constitucional 29. Porém,
ela ainda não foi regulamentada. Se isso tivesse ocorrido, teríamos hoje R$ 88
bilhões contra os R$ 60 investidos no setor. É um valor considerável, incapaz
de reduzir as filas nos hospitais, é verdade, mas relevante o bastante para aliviar
a dor da sofrida população brasileira que depende dos serviços públicos de
saúde. O Sistema Único de Saúde é o nosso grande desafio e, sem dúvida, o
maior programa de inclusão social deste país e por isso tem obrigação de ser
corajosamente defendido, firmemente consolidado e habilmente viabilizado.
Este deve ser o princípio de qualquer cidadão honesto que vislumbre a trans-
formação do modelo atual num futuro melhor para a nossa nação.
Foto
: Rod
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Dr. Eleuses Paiva
Ex-presidente
da Associação
Médica Brasileira
“A carga tributária brasileira é uma das mais altas do mundo: estamos entre os dez de uma centena de países que mais cobram impostos. ”
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