DIVEMAG 03

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Turismo Fotografia Mergulho Técnico Naufrágios Cavernas Equipamentos Meio Ambiente Novidades CUBA: Santa Lucía, e os Tubarões Cabeça Chata DIVEMAG International Dive Magazine www.divemag.org Edição 03 - 2012 Feita por quem mergulha !! Artista convidado Alexandre Huber LION FISH O VILÃO DO CARIBE + Cavernas Flórida - Madison Blue Free Dive: Carolina Schrappe conta como foi o Workshop com Carlos Coste em Bonaire

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CUBA | SANTA LUCÍA | TUBARÕES CABEÇA CHATA - CAVERNAS | MADISON BLUE | FLÓRIDA - FREE DIVE | WORKSHOP COM CARLOS COSTE - ARTISTA CONVIDADO | Alexandre Huber - LION FISH | DOSSIÊ COMPLETO - Kadu Pinheiro | Editora Dive

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Turismo Fotografia Mergulho Técnico Naufrágios Cavernas Equipamentos Meio Ambiente Novidades

CUBA: Santa Lucía, e os Tubarões Cabeça Chata

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Edição 03 - 2012

Feita por quem mergulha !!

Artista convidado Alexandre Huber

LION FISH O VILÃO DO CARIBE+

CavernasFlórida - Madison Blue

Free Dive: Carolina Schrappe conta como foi o Workshop com Carlos Coste em Bonaire

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Mês de março é no mínimo um mês mais leve e mais bonito... já que no dia 08 se comemorou o Dia Internacional da Mulher! A foto que ilustra esta página é uma homena-gem a todas as mergulhadoras do planeta. É a Carol Schrappe, nossa atleta e colunista, aos 30 metros de profundidade no Hilma Hooker em Bonaire, clicada por nosso editor Kadu Pi-nheiro. Se você pensar em como esta foto foi tirada, dá para ver que não foi fácil, já que es-tamos falando de quase 30m em mergulho li-vre, e foram diversas imersões para um ensaio. Mas quando o Kadu perguntou se estava difícil e se ela estava cansada, ela respondeu que estava uma delícia e passaria o dia fazendo isso. E não é porque ela é uma apneísta, mas porque estava fazendo o que mais ama. Vocês mulheres e seus sentimentos tão fortes, fazendo tudo ao mesmo tempo agora, cui-dando da casa, do trabalho, do marido, do(s) filho(s), por vezes dos pais, malhando e tentan-do sempre emagrecer, se vestindo bem para agradar alguém, indo ao mercado, buscando as crianças, organizando tudo ao seu redor, fa-lando no telefone enquanto passa batom (di-rigindo!), fazendo 4, 5 coisas de uma vez e na mente o que tem que fazer daqui a 5 minutos... e num final de semana tentando ficar lindas mesmo com aquele neoprene de 7mm e toda aquela água salgada no cabelo...! Neste mês ou no máximo no começo do próxi-mo, dêem-se um presente merecido: vão mer-gulhar ! Mulheres que mergulham se deliciam com cada imersão e deixam qualquer barco mais alegre !

E ainda tem as mulheres que trabalham com mergulho, tornando a vida de seus alu-nos e mergulhadores mais leve, divertida, e normalmente com aquele carinho de mãe ou de uma irmã que te cuida muito ! Quem tem o prazer de conviver com elas instruin-do, guiando, administrando e cuidando de tudo em uma empresa de mergulho, sabe do que estamos falando !

Carolinas, Niaras, Paulas, Lurdinhas, Mar-cias, Celias, Licas, Grazis, Andréas, Flavias, Dulcies, Karins, Elenices, Nicoles, Silvias, Ta-nias, Vivians, Juremas, Cristinas, Elsies, Su-maras, Irènes, Patricias, Denizes, Danielas, Roselis, e outras que pedimos desculpas por não lembrar de tantos nomes, continuem por perto e o nosso muito obrigado ! E pa-rabéns guerreiras ! Equipe Divemag

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Uma homenagem da DIVEMAG as nossas mergulhadoras

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CONTEÚDO

SOCIAL

EDITOR KADU PINHEIRO

Feita por quem mergulha !!

>> Nesta edição <<Fatos tristes, descobertas inéditas, mergulhos alucinantes, compe-tições, workshops, coisas do nosso dia. A vida é uma sucessão de fatos, histórias e acontecimentos e o nosso mercado de mergulho não se difere disso nem um pouco, somos absolutamente normais.

Pessoas morrem, como foi o caso do trágico acidente envolvendo 2 mergulhadores recreativos na pedreira de Sorocaba, enquanto aguardamos laudos e resultados mais concretos do acidente, para que através disso nosso aprendizado permita que novos erros ou falhas, que possam ocasionar esse tipo de coisa, não se repitam.Tiramos a lição de que apesar de tudo o mundo não para, o mer-gulho continua sendo uma das atividades de contato com a na-tureza mais seguras e difundidas no mundo. Nessa edição redescobrimos as belezas de Santa Lúcia de Cuba, um paraíso de cores e feras com seus mergulhos em paredes de corais e esponjas que remetem a um caleidoscópio de cores, e adrenalina de mergulhar com mais de 10 tubarões cabeça chata numa arena de alimentação a 25 metros de profundidade. Madison Blue, mais uma caverna fantástica na nossa série especial de cavernas da Flórida também estão nestas páginas. Confira as fotos e os relatos de como essa caverna foi explorada e o aciden-te que a deixou famosa. Ainda um pouco de Free Diving num workshop com Carlos Coste em Bonaire. Um raio X do problema da invasão dos Lion Fish no Caribe e que agora ameaça a costa Brasileira, e para finalizar, um deleite com telas inspiradoras e que inspiram conservação através do artista plástico Alexandre Huber. Tudo isso no caleidoscópio de informações da nossa terceira edição !

Águas claras e boa leitura.

Kadu Pinheiro>> Editor <<

14.CUBA

14 :: Santa Lucía de Cuba 41 :: Meio Ambiente: Lion Fish dossiê completo 51 :: Cavernas: Madison Blue, Flórida 64 :: Workshop com Carlos Coste em Bonaire 70 :: Fotografia >> Lançamentos 72 :: Série >> Cuidando do seu equipamento 78 :: Divers For Sharks 81 :: Teste >> Nós Usamos 91 :: Sea Shepherd 92 :: Artista Convidado: Alexandre Huber104 :: Certificadoras e mercado

51.MADISON

BLUE

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PRESIDENTE: Flávio [email protected]

REDAçãO

DIRETOR DE PRODUTO E EDITOR: Kadu Pinheiro [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Fernanda Boaro | MTb 35867.

COLABORARAM NESTA EDIçãO: Kadu Pinheiro, Carolina Schrappe, Alexandre Huber, Reinaldo Alberti, Raquel Soldera, Flávio Lara, Paulo Guilherme Pingüim

REVISãO FINAL: Carolina F. PinheiroTRADUçãO ESPANHOL: Hector MañonTRADUçãO INGLÊS: José Truda Palazzo

PUBLICIDADEGERENTE: ReinaldoAlberti [email protected]

ATENDIMENTO AO LEITOR SAC :: [email protected]

DIVEMAG é uma publicação on-line mensal e gratuita da Editora Dive Ltda.

Março de 2012. Ar ti gos as si na dos não re pre sen tam ne-ces sa ri a men te a opi ni ão da re vis ta.

ENDEREçORua da Consolação, 3483º andar :: São Paulo :: SPCEP 01302-000 :: Tel.: 55 11 3259.4263

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EXPEDIENTE

Março 2012

ED.03

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ATENDIMENTO

Conselho Editorial

O conselho editorial foi formado com o intuito de manter a revista alinhada com as melhores publicações de mergulho mundiais. Os membros do nosso conselho são referências junto ao mercado de mergulho, figuras publicamente conhecidas que representam nossa atividade perante a mídia e o trade.

Foto capa: Kadu Pinheiro

Cristian Dimitrius

Daniel Botelho

Lawrence Wahba

Carolina Schrappe

Reinaldo Alberti

Rodrigo Figueiredo

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DISTRIBUIDOR(11) 4341-6466

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CURTAS | ACIDENTES | Por: Redação

Pedreira de Sorocaba é fechada após acidente que deixou 2 mergulhadores mortos

Menos de uma semana depois da morte dos dois mergulhadores, a empresa responsável pela pedreira de Salto de Pirapora, que fica a 124 km de São Paulo, interditou toda a área. O Grupo Votorantim cumpriu uma determinação do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) que considera o local perigoso para os banhistas e mergulhadores.

A Votorantim mandou colocar pedras na estrada que dá acesso à pedreira por um lado. Na outra entrada, foi colocado um portão de ferro e uma guarita, que de acordo com a empresa, será usada por um vigia que ficará no local, mergulhadores de todo o Brasil estão se movimentando para requerer uma regularização do local com apoio da Votorantim.

Alguns mergulhadores já se mobilizaram, criando um abaixo-assina-do para tentar reverter o fechamento:

Site da causa:

http://www.causes.com/causes/657840-nao-fechem-a-pedreira

Twitter: #naofechemapedreira

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SANTA LUCÍA DE CUBA !Texto Reinaldo Alberti | fotos: Kadu Pinheiro | Macau (Tubarões Cabeça Chata)

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Cuba... sempre presente em diversas revistas de mergulhos, mas nunca como assunto “ba-tido”. Isso porque Cuba é a maior ilha do Ca-ribe, banhada pelo Golfo do México ao Norte e Oeste, pelo Atlântico a Nordeste e pelo Mar do Caribe ao Sul, compondo um arquipélo-go com quase 4200 ilhas e “cayos”, em sua maioria pouco exploradas e repletas de sur-presas, ou seja, um paraíso para os amantes do mergulho. Oficialmente, são 24 zonas de mergulho espalhadas por toda a ilha. Tam-bém oficialmente há uma média de 38 pontos de mergulho por zona, o que dá aproximada-mente 840 pontos de mergulho ! Ou seja, dá para escrever muito sobre Cuba sem repetir mergulhos!

Ir a Cuba é uma delícia e são raros os mergu-lhadores que de lá chegam sem pensar em voltar. Uma ilha quase mística, devido as suas duas história oficiais, a de colonização e do comunismo, mas que os cubanos também di-videm agora entre antes e depois da União Soviética. Quando a URSS deixou de injetar di-nheiro em Cuba, veio um periodo difícil, mas que para nós mergulhadores foi ótimo, pois o turismo foi e é hoje o principal fator econô-mico da ilha. Esta cultura política deixou um país repleto de monumentos, carros antigos, e jeito de viver que o planeta experimentava na década de 50. Some-se a isso um povo di-vertido, que atende bem, extremamente mu-sical e alegre. E muito, muito mergulho.

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REDESCUBRINDO SANTA LUCÍASempre em busca de novos e velhos destinos de mergulho a equipe da DIVEMAG foi a Cuba conhecer uma das regiões mais interessantes do arquipélago: a Praia de Santa Lu-cía, famosa por seus mergulhos com tubarões cabeça chata ou “tiburón toro”, como é localmente conhecido. Fomos comprovar que a região é maravilhosa não somente pela possibilidade de encontrar essas fantásticas criaturas, mas também por seus belos recifes de corais e paredes repletas de esponjas, muitos peixes coloridos, cardumes, naufrágios e tudo o mais que um destino de mergulho completo pode oferecer.

DESTINO | Santa Lucía de Cuba | Por: Reinaldo Alberti

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DESTINO | Santa Lucía de Cuba | Por: Reinaldo Alberti

Santa Lucía está situada à 550km de Havana, no Norte da Província de Camagüey, com seu rosto virado para o Oceâno Atlantico, com uma praia de areias finas e brancas deslumbrante, que chega a 20km de extensão, protegida por uma barreira coralinea que fica entre 200 e 400 m de suas areias. Esse recife se extende para os dois lados de Santa Lucia, tornando-se uma das maiores barreiras de Corais do planeta.

Nesta barreira que concentramos nossos mergulhos, pois este aquário natural nos ofereceu mais de 50 tipos de corais, 200 de esponjas e mais de 500 espécies de peixes tropicais. Mas o homem “contribuiu” ainda com mais 4 naufrágios que repousam em seus bancos de corais ou paredes. São 35 pontos de mergulho que variam de 3 a 25 minutos de navegação, e 4 deles no Canal da Baía de Nuevitas, al-cançados por carro para um mergulho de costa, onde dois pontos nos deixaram extasiados !

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DESTINO | Santa Lucía de Cuba | Por: Reinaldo AlbertiDIVEMAGInternational Dive Magazine

Os 4 naufrágios são o Mortera e Pizarro, ambos do século XIX e em excelente estado de conser-vação, o Sabinal e um dos mais bonitos e inte-ressantes, o Nuestra Señora de Alta Gracia, que tem seu casco apoiado aos 27m entre corais extremamente ricos. Trata-se de um rebocador de aço de 40m, bastante inteiro, onde se pode conhecer com certa facilidade sua casa de má-quinas e superestrutura, e dos quais varias fotos ilustram esta matéria.

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| PONTOS DE MERGULHO |

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Outros pontos da barreira em frente a praia atraem mergulhadores por seus ca-nions com areia branca ao fundo, e suas grutas, peque-nas porém bem iluminadas, como os pontos Cañon I, II, III e IV, Cueva Chiquita e Cue-va Honda. Ali entre peixes de coral encontram-se gracio-sas raias nos fundos de areia e o tubarão-gato, e sempre tartarugas passando muito próximo dos mergulhadores.

DESTINO | Santa Lucía de Cuba | Por: Reinaldo Alberti

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Outros pontos que os guias fazem questão de nos mostrar são Las Man-tas, Las Joventinas I, II e III, e Posei-dón, que encantam por todo o con-junto descrito até aqui, com uma qualidade de preservação de seus corais que nos deixou felizes de en-tender como o “isolamento” político de Cuba, e portanto, poucos pes-queiros e mergulhadores na água, em comparação com outros des-tinos do planeta, deixaram aquilo tudo tão preservado.

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Mas as melhores surpre-sas ainda estavam por vir. Note nestas fotos o colorido das paredes, e claro, o “grande en-contro” que Santa Lu-cía nos revelaria ainda. Há 30 minutos de nosso hotel, por uma estrada de areia, chega-se ao Canal da Baía de Nue-vitas. Lá há 4 pontos de mergulho, Las Ânforas, Biosca Stone, Sharks e o naufrágio Mortera.

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O Kadu, que assina estas fotos, não conseguia dizer poucos palavrões para descrever a surpresa, quando tirou o re-gulador da boca no final do mergulho...

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Caímos primeiro em Sharks, que apesar do nome, não revelou nenhum tubarão, mas uma das paredes mais coloridas que tivemos o prazer de conhecer no plane-ta (o que inclui comparações com o Mar Vermelho, a Grande Barreira Australiana e outros locais de paredes famosas).

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Este mergulho é feito de acordo com a maré, por isso, pode acontecer uma ou duas vezes por dia, sempre que ela sobe, pois o mergulho é feito sempre da entrada para dentro do coral. Termi-namos esse “drift” num pequeno píer construído para entrada e saída de mergulhadores na água. Ali fizemos um pequeno intervalo de superfície, e já ao entardecer, mas ainda num mergulho diur-no, caímos para fazer o naufrágio Mortera.

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O mergulho é assim: entra-se na água e logo aos 8 metros deparamos com a proa do naufrágio, que está pendurado numa parede levemente inclinada, terminando aos 27m de profundidade na popa do barco. Descemos por boreste, protegendo-se da leve corrente pelo casco do navio. Ali no fundo acontece o grande show de Santa Lucía. Nesta profundidade, entre a popa e uma pequena parte da superestrutura do navio que caiu no fundo, há um verdadeiro anfi-teatro, onde os guias, com pequenos pedaços de peixe fresco, fazem um controvertido feeding, sem proteção alguma, ali-mentando os tubarões cabeça chata, alguns com mais de 2 metros. Isso ainda atrai uma enorme moréia verde, que mora nos destroços, que já “brinca” com os guias passando entre suas pernas, sabendo bem quem é a dona da casa.

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Esta interação não ocorre o ano todo, sendo que o mês de abril é um dos períodos, e segundo o pessoal do Shark Friends, nossa operadora em Santa Lucía, a maior temporada é entre os meses de novembro e início de fevereiro. Segundo Macao, o extrovertido chefe da operação de mergulho de uma equipe sempre muito bem disposta a mergulhar: “se você quer acertar, venha entre dezembro e o meio de janeiro”.

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Mesmo que não seja a época, o mergulho na região nos deixou mui-to motivados. Esperamos que com esta matéria, mais brasileiros e su-lamericanos vão até lá para confirmar nossas informações. O ponto já foi uma especialidade no nosso país, na época em que o fotógra-fo Fernando Kuramoto era carinhosamente apelidade de “Cubamo-to”, e levava muita gente pra conhecer o local. Fica o convite para o “redescubrimento de Santa Lucía”.

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PARA A FAMÍLIACuba tem a caracteristica de atender diferentes tipos de turistas. A mistura da histórica e musical Havana (não dá para ir a Cuba sem ao menos 2 noites em sua capital), com a dupla sol e mar de toda a ilha em qualquer época do ano, e com tantas possibilidades de mergulho, fazem com que a maioria dos pontos de mergulho de Cuba sejam também para levar a sua família, incluindo os “estranhos” não mergulhadores. Claro que isso é uma brincadeira, mas que mostra a realidade constante e que tivemos o prazer de notar em nossa estada em Santa Lucía.

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Um total de 4 hotéis nos 20km de praia, de diferentes categorias, atendem todos a um número gran-de de famílias. Se o pai ou a mãe (ou ambos) mergulham, há pessoas dedicadas a cuidar das crianças, com múltiplas atividades durante o dia. Pode colocar nos seu plano de viagens levar todo mundo junto. Es-tes hotéis também recebem muito bem grupos de mergulhadores que vão com seus Dive Centers.

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As atividades em Santa Lucía incluem além do mergulho, snorkeling nos recifes de coral, levados por bons e confortáveis catamarãs, vela, pesca esporti-va e outros esportes, em espe-cial o windsurf que conta com ventos em média de 14 km po-dendo alcançar até 24 km, prin-cipalmente entre novembro e fevereiro. Há sempre muitos pra-ticantes de kitesurf, mas a dica: traga seu próprio equipamento, pois não há locação disponível no local.

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A oeste de Santa Lucía se pode visitar as ilhas cha-madas de “cayos”: Sabinal, Romano e Cru,z cons-tituindo uma extraordinária reserva natural, habitat da maior colônia de flamingos rosados do Caribe e com visuais, incluindo alguns dos pôres de sol, mais bonitos que verá na sua vida.

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NOSSOS AGRADECIMENTOS !A equipe da Divemag visitou Santa Lucía a convite da Operadora de Turismo Cubatur, uma das maiores e mais antigas de Cuba, que organizou com a Arribatur todo o roteiro.

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Para se chegar a Santa Lucia pode se usar a estrada, locando um carro ou contratando um transfer em Havana. Como são 550 km pela “carretera principal”, é uma viagem longa, e se a opção for ir de carro, programe paradas e fazer em 2 ou 3 dias, já que tem-se muito para conhecer no interior de Cuba, especialmente o estilo de vida pacato do local, combinado com praias lindas. O mais fácil é ir de avião, a partir de Havana. São 3 opções para chegada: Holgín, Cayo Coco ou Camagüey, esta última a mais fácil, pois seu aeroporto fica a 128km de Santa Lucía por uma estrada muito boa.

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Centro de Mergulho “Shark Friends” Fica no hotel Brisas Santa Lucía, com quatro embarcações (duas para oito mergulhadores, uma para quin-ze e uma para vinte). Possui dois compressores Bauer de alta capaci-dade, que enchem os 100 cilindros S80 de alumínio e principalmente cilindros de aço de 12 litros, ambos com sistemas Internacional e Din de conexão do seu regulador.

Os equipamentos são Cressi e Scu-bapro, em bom estado de conser-vação, e estão incluídos (coletes e reguladores) no valor do pacote de mergulho que escolher. Isso é rela-tivamente importante, pois os vôos que chegam de Havana permitem 20kg de bagagens no total.

Há saídas para um ou dois mergu-lhos embarcados, saídas para notur-nos na barreira de corais, e as saídas especiais de carro até o canal.

O Chefe de Operações é o extrover-tido Macao, sempre disposto a um bom papo, durante a navegação ou no café do hotel, que inclui mer-gulho mas também a cultura geral do local e da Ilha.

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Hotel Brisas Santa LuciaO hotel é o melhor da região na nossa opinião (conhecemos to-dos). Sua arquitetura combina elementos coloniais e caribenhos, rodeado por coqueiros, palmeiras e flores. É ideal para famílias em busca de uma experiência completa, onde tanto mergulha-dores e não mergulhadores podem usufruir plenamente do lo-cal. Compreende um total de 412 quartos, dos quais 8 suites, 4 adaptados para deficientes e 400 standard, 74 dos quais com porta comunicante e 31 com camas kingsize. As comodidades incluem um hall de entrada com recepção e serviço 24 h, res-taurante, bar, café, acesso à Internet (pago em computadores no lobby), sala para jogos, cofre e casa de cambio. Conta ainda com uma discoteca e um mini-clube. O serviço de lavandaria é outra opção cobrada a parte. Existem também possibilidades de estacionamento, para quem vem de carro de outras localidades de Cuba O hotel encontra-se apenas a cerca de 90 minutos de viagem da antiga cidade colonial de Camagüey e do seu ae-roporto internacional. O sistema de bebidas e comidas é o “All Inclusive”, com diferentes restaurantes com comida típica, co-mida internacional, pizzas e hamburguers, sorvetes, sendo muito satisfatório pra uma estada de uma semana, na nossa opinião, o mínimo para conhecer o melhor do mergulho local.

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VAI LÁNa matéria você já descobriu o que ver e fazer em Santa Lucía, a época para ir, onde ficar e com quem mergulhar. Há muitas maneiras de se chegar em Cuba, e Santa Lucía conta com vôos diretos do Canadá, Italia e Argentina. De outros pontos de partida, como o Brasil, chega-se em Havana, para de lá voar ou dirigir até Santa Lucía.

O ponto está sendo como dissemos, redescoberto por muita gente. A Arribatur é especialista no lo-cal, mas não vende os seus pacotes diretamente para os mergulhadores. Fale com seu Dive Center, que ele organizará junto com a operadora o me-lhor roteiro para isso.

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| Macau, Alexis, Reinaldo, Representante da Marlin |

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Page 39: DIVEMAG 03

Divulgadas as primeiras imagens do submarino nazista encontrado a leste de SC pela família SchürmannAs primeiras imagens de um dos 11 submarinos nazistas afundados em águas brasileiras durante a Se-gunda Guerra Mundial foram divulgadas neste domingo, no Fantástico. Ele se encontra 85 quilômetros a leste de Florianópolis, em Santa Catarina, e o vídeo foi feito pela família Schürmann, que encontrou a embarcação em julho do ano passado. As filmagens mostram que o U-513, conhecido como Lobo Solitário, está praticamente inteiro e é possível reconhecer estruturas como o canhão.

Os Schürmann usaram um robô, do mesmo modelo que é utilizado em plataformas de petróleo, para fazer o vídeo. Foram dois anos de buscas até encontrar o submarino nazista e a descoberta teve reper-cussão nacional.

Com 53 tripulantes, 22 torpedos e 44 minas, o submarino de 76 metros e 760 toneladas, a embarcação foi abatida por um hidroavião america-no que decolou da Baía Norte de Governador Celso Ramos no dia 19 de julho de 1943. O submarino, que tinha a missão de abater os navios dos aliados na costa do Atlântico Sul, já havia afundado três embar-cações na costa brasileira. Apenas sete tripulantes teriam sobrevivido ao naufrágio e o submarino teria levado apenas dois segundos para chegar ao fundo do mar, que na região fica a 130 metros de profundi-dade.

Veja o video no media center Brasil mergulho: http://youtu.be/zXIU-vaGEFY

O Submarino foi encontrado em julho de 2011 a 130 metros de profundidade

CURTAS | ARQUEOLOGIA | Por: Redação

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Peixe-leão se aproxima do BrasilA polêmica sobre a invasão do Peixe Leão, ou LionFish, como é conhecido no mundo inteiro, alcançaas águas Brasileiras. Em minhas recentes visitas emdiversos lugares do Caribe pude constatar um au-mento significativo dessa espécie em diversas ilhascomo Cuba, Bonaire e Curaçao, lugares onde an-tes esses peixes eram apenas lendas, agora são pestes ferozmente combatidas. Em alguns luga-res seu consumo e pesca está sendo incentivado e premiado, e existem restaurantes que já criaram pratos especiais como moquecas e até sashimi. Naturalmente, o cuidado é com o preparo do animal, que é venenoso e exige conhecimento e cautela no seu manuseio.

MEIO AMBIENTE | LION FISH | Por: Kadu Pinheiro

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Sobre o Lion Fish: O peixe-leão vermelho (Pterois volitans) se destaca pela sua beleza e exotis-mo, e nos anos 90 era uma atração, quase um troféu, entre aquaristas oci-dentais. Grandes aquários abertos ao público exibiam esse personagem ma-rinho deslumbrante.

Os peixes-leões são predadores vorazes. Quando estão caçando encurralamas presas com seus espinhos e, num movimento rápido, as engolem por intei-ro. Eles são conhecidos por seus enormes espinhos dorsais e pela coloração listrada, de cores vermelha, marrom, laranja, amarela, preta ou branca.

Os peixes-leões são nativos da região Indo-Pacífica, vivendo sempre próximosà recifes de coral, com longevidade de até 15 anos e podem pesar até 200g.

Durante o dia preferem se abrigar em cavernas ou fendas, sendo animais de hábitos noturnos. Alimentam-se de pequenos peixes e normalmente só os comem vivos, mas em cativeiro podem ser habituados a comer camarão congelado. São ovíparos e a desova acontece à noite.

MEIO AMBIENTE | LION FISH | Por: Kadu Pinheiro

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O Veneno:O veneno dos peixes-leões é inoculado através de espinhos localizados nas re-giões dorsal, pélvica e anal. Geralmente possuem de 12 a 13 espinhos dorsais, 2 pél-vicos e 3 anais. Cada espinho possui duasglândulas que produzem e armazenam veneno. Os peixes-leão também possuemespinhos peitorais, porém estes não pos-suem glândulas de veneno.

A potência do veneno varia de acordo-com a espécie e tamanho do peixe-leão.Os principais efeitos nos humanos são: dor intensa localizada, seguida de edema lo-cal, podendo também a vítima sentir náu-seas, tontura, fraqueza muscular, respira-ção ofegante e dor de cabeça.

O veneno dos peixes-leões é constituído de proteínas termosensíveis, que são vul-neráveis ao calor e se desnaturam facil-mente.

Os primeiros socorros constituem na imer-são do local afetado em água quente (43-45 °C) por 30 a 40 minutos ou até a dor diminuir.

Acidentes não são comuns entre as ilhas e continente banhados pelo Mar Verme-lho, porque os nativos o conhecem muito bem. No Brasil temos registrados cinco ou seis acidentes no Instituto Butantan, sem-pre com aquaristas.

MEIO AMBIENTE | LION FISH | Por: Kadu Pinheiro

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O peixe-leão é uma espécie invasora perigosa para os ecosistemas nos quaistem se instalado, já que sua eficiência como predador o torna um devasta-dor dos recifes. ele adota uma estratégia ‘de emboscada’: fica num canto camuflado e quando um peixe pequeno passa perto ele o abocanha.

Em sua área de ocorrência original (no encontro dos oceanos Índico e Pacífi-co), as presas do peixe-leão conhecem o modelo de ataque e sabem comoevitá-lo, mas naturalmente, isso não ocorre no Caribe.

A invasão do peixe-leão no Golfo do México e no Caribe teve seus efeitos apontados em estudos recentes, que revelam a diminuição significativa de peixes pequenos, onde o peixe-leão chegou.

Um trabalho coordenado pelos professores Oscar Lasso-Alcalá, da Univer-sidad Central de Venezuela, e Juan Posada, da Universidad Simón Bolívar tenta fazer o monitoramento dos registros do peixe-leão no Caribe. De acor-do com suas previsões, não demorará muito para essa espécie chegar aos nossos recifes de corais. estima-se um prazo de menos de 10 anos para isso ocorrer.

O professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Jorge Luiz Silva Nu-nes concorda que a ameaça existe e adverte ela não é a única. “Há inúme-ras espécies invasoras que têm merecido atenção, pois não ocorrem apenasdanos ecológicos, mas eventos com gastos diretos na economia”, alerta.

Ele cita a introdução do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei), que blo-queia tubulações de hidrelétricas onerando a produção de energia. “Outrosexemplos são pontuais como o coral-sol (Tubastraea spp.) que têm competi-do por espaço com espécies nativas de corais e o Omobranchus punctatus,encontrado em quase todas as poças de maré de praias urbanas da Ilha doMaranhão”.

A visão otimista de alguns debatedores aponta que a invasão do peixe-leãono litoral nordestino brasileiro poderia ser barrada por um acidente natural degrandes dimensões, a Foz do Amazonas. Essa visão, infelizmente, é minoritáriaentre pesquisadores. Jorge Luiz Silva Nunes afirma que esses animais podemultrapassar a foz por baixo da sua influência: “Muitos peixes podem usar o fundo cheio de esponjas e outros organismos bentônicos para servirem de trampolim”, calcula o doutor em oceanografia radicado no Maranhão.

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Histórico da invasãoDepois de um acidente, durante o furacão Katrina, um aquário que continha diversos exemplares desse peixe se rompeu despejando umnúmero desconhecido de exemplares em águas norte-americanas.

Deixou de ser uma beleza controlada para se tornar uma ameaça declarada. Foi logo classificado como espécie invasora, inimiga do equilíbrio ecológico pelo apetite voraz e por não ter predadores natu-rais, hoje infestando as águas da Flórida e do Caribe e que em breve estará em águas Brasileiras.

A espécie invadiu o litoral leste dos Estados Unidos, desceu pela Amé-rica Central, chegou à América do Sul e se aproxima do Brasil. Está naVenezuela e cada vez mais próximo. Em linha reta, 1.500 quilômetros separam a última avistagem de peixe-leão da Foz do Oiapoque, nos-so extremo norte.

O primeiro registro de um peixe-leão fora de um aquário ocorreu em 1992, em Key Biscayne, Miami. Osmar Júnior acompanha a invasão da espécie como biólogo especializado em vida marinha e como colunista de conservação em revistas de mergulho. Ele conta que em2002, mais de 30 exemplares de peixe leão foram identificados pelos pesquisadores da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) espalhados pela costa leste dos Estados Unidos (Flórida, Ge-órgia, Carolina do Norte e até Nova Jersey).

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Também dois exemplares foram captu-rados na Ilha de Bermuda, a mais de mil quilômetros do continente. Atualmente, os peixe-leão são contados a centenas.

“Submersíveis e ROVs, inclusive, estão encontrando a espécie em profundida-des entre 80 a 100 metros, curiosamen-te uma faixa jamais registrada em sua localidade natural”, relata Osmar Luiz Júnior. Nos EUA, a quantidade se tornou abundante e chega a competir com badejos e garoupas nativas.

Dados do NOAA registram que a inva-são começou na Flórida e se dirigiu ao norte, em razão das correntes marítimas.

Acredita-se que o clima vai barrar o lionfish, que até então não se adaptou às latitudes mais altas. A preocupação maior aponta para o sul. Em 2005, conta Osmar Luiz, os pri-meiros peixe-leão foram vistos nas Bahamas. Depois Repú-blica Dominicana, Jamaica, Cuba, Ilhas Caymam e Belize. “Além da rapidez com que vem se espalhando, outro fato é a grande densidade de indivíduos que estão sendo obser-vados”, aponta Osmar Luiz. Já se estimaram a quantidade absurda de quase 400 exemplares de peixes leão por hec-tare, nas Bahamas. “É cerca de cinco vezes a densidade que ele normalmente apresenta nos recifes do Mar Verme-lho”, compara o pesquisador com o habitat clássico desse peixe recifal.

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Ameaça à economia e à saúdeO peixe-leão se alimenta de 50 espécies de pe-quenos peixes e crustáceos, alguns de valor co-mercial. Ele pode mudar a oferta de lagostas, por exemplo, por competir com os alimentos desses crustáceos.

No Caribe, já se registrou redução na população de peixes-papagaio. “Isso preocupa, porque o peixes-papagaio são herbívoros e tem a função de remover algas que competem com os corais por espaço”, aponta Osmar Luiz.

Sem vida recifal, o equilíbrio ecológico está afe-tado, alertam os biólogos que estudam a vida marinha e podem detalhar a importância dos recifes de corais na vida no mar. Sem alimentos,populações de lagostas e outras espécies co-merciais também podem sofrer as consequên-cias, temem os pescadores (de todos os tama-nhos). Isso sem falar nas consequências para o turismo, já que para as operadoras de mergulho, os recifes de corais são uma atração clássica, entre os praticantes da atividade.

Uma das reações à invasão, na América Central,foi a liberação da pesca do peixe-leão. O pro-blema é que esse peixe exuberante é da famíliados Scorpaenidae, a qual pertencem os peixesmais venenosos do mundo. “Como o Stonefish do Indo-Pacífico, que causa acidentes letais, e onosso beatriz (ou mangangá)”, explica o profes-sor Vidal Haddad Junior, doutor do departamen-tode Dermatologia e Radioterapia da Univer-sidadeEstadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, emBotucatu, São Paulo, e especialista em ani-mais e organismos marinhos peçonhentos. DIVEMAG

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Organizações não-governamentais, aliadas ao Departamento de Con-servação da Fauna e Vida Silvestre dos Estados Unidos, buscam de qual-quer forma controlar essa invasão, seja através de campeonatos de pesca oferecendo gordas premiações aos pescadores que coletarem o maior número de peixes, ou através de criações artesanais para aprisio-nar exemplares sem prejudicar os outros animais.

Um livro com 45 receitas de peixe-leão é a nova estratégia adotada pela Organização de Conservação dos Corais – REEF, em Key Largo, no esta-do da Flórida. Com receitas de Tricia Ferguson e Lad Akins, e fotografia por David Stone, o livro sugere que você “coma-os para vencê-los!”.

Garantindo que a carne do peixe-leão é extremamente apetitosa e per-feita para receitas, os autores esperam que as 45 receitas que ensinam in-clusive como manusear e tratar o peixe se tornem um atrativo para Chefsde Cozinha que buscam novos sabores dentro da deliciosa culinária defrutos-do-mar, agora mais do que nunca ecologicamente correta!

O livro pode ser adquirido por $16.95 dólares (aproximadamente R$ 30,00),o dinheiro arrecadado será revertido para a Organização Reef aumentarainda mais seus esforços no combate ao Peixe-leão.

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Dando continuidade as matérias de mer-gulho em caverna, vou falar um pouco de Madison Blue, em Blue Springs na Fló-rida. Pelo que se tem notícia essa caver-na foi explorada pela primeira vez por Tom Mount e Ike Ikehara em 1970. Além desses pioneiros, exploradores como Dick Willia-ms, Sheck Exley, Paul DeLoach, Court Smi-th, John Zumrick e Chuck Stevens também deixaram seu legado explorando os diver-sos condutos do sistema.

MADISON BLUE | FLÓRIDA CAVES Texto e fotos: Kadu Pinheiro

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A caverna fica localizada aproximadamente a 10 milhas de distância a leste do Condado de Madison, próximo ao rio Withlacoochee. Madison fica localizada em uma área de lazer, um parque que recebe banhistas e mergulhadores recreati-vos que usufruem da área da lagoa para mergu-lhar e nadar, e possui uma ótima estrutura para receber mergulhadores de caverna com acessos e bancos de madeira que facilitam a equipagem dos mesmos, pagando-se apenas uma taxa de 1 dólar por pessoa para usar a estrutura do parque.

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CAVERNA | MADISON BLUE - FLÓRIDA | Por: Kadu Pinheiro

A Caverna foi palco de um acidente raro em qualquer sistema de cavernas, mas de onde podemos tirar uma grande lição: em 1999 dois mergulhadores faleceram próximo a passagem Half Hitch, após um desabamento. Eles perderam seu cabo guia e tentaram sem sucesso achar outra saída da caverna, sem saída. DIVEMAG

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| Tudo pronto e conferido vamos para dentro da caverna |

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Uma analise posterior mostrou que se os mesmos tivessem agido com calma, parado por alguns minutos e deixado a suspensão baixar um pouco, teriam percebido que o desabamento não fechou a passagem original, o que te-ria possibilitado que ambos saíssem da caverna em segu-rança. É importante na hora do problema saber manter a calma, parar e pensar com clareza, já que na maioria das vezes é a diferença entre sair com vida ou criar um problema ainda maior que resulta em morte.

CAVERNA | MADISON BLUE - FLÓRIDA | Por: Kadu Pinheiro

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| André Damasceno, João Paulo Pavani Franco, Reriton Gomes e Kadu Pinheiro |

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Não existe estação de recarga próxima, por isso recomendamos usar os serviços da Cave Excur-sions de Bill Rennaker (http://www.caveexcur-sions.com/) ou do Amigos Dive Center (http://www.amigosdivecenter.com). Normalmente os grupos que vão mergulhar em Madison tam-bém mergulham em outros sistemas, e nossa in-tenção nesse artigo é falar mais sobre o mergu-lho em si, uma vez que a base de operações da maioria do pessoal fica próxima a Ginnie Springs ou próxima a Cave Excursions no caminho para Peacock Springs. Nos próximos artigos vamos dar dicas de hospedagem e roteiros na área.

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É nessa caverna que fica o famoso “Go-dzilla Room” e em nosso mergulho en-contramos um patinho amarelo da NAUI (lembrança do DEMA 2011) amarrado no teto, deixado por colegas Brasileiros que visitaram a caverna alguns dias antes, apenas para provocar e deixar um reca-do: “estivemos aqui antes, no fim das con-tas somos todos grandes meninos com seus brinquedos modernos e mais caros, seriedade, treinamento e responsabili-dade, mas de que vale todo o esforço que empreendemos em nossas jornadas se elas não forem divertidas, e no fundo é isso que buscamos, uma boa diversão acompanhados dos melhores amigos”.

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Os mergulhos em Madison não são complicados, mas a caverna na maioria das vezes apresenta um fluxo de moderado a forte, exigindo técnica e pre-paro para ficar fora do turbilhão durante a penetra-ção. Ainda possuí vários condutos que estão sendo explorados e cabeados e tem muito o que nos mos-trar. O visual da caverna é de rochas mais escuras imprimindo um tom dourado as suas paredes, o que cria um destaque nas imagens.

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| André Damasceno, João Paulo Pavani Franco, Kadu Pinheiro e Reriton Gomes |

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CAVERNA | MADISON BLUE - FLÓRIDA | Por: Kadu Pinheiro

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CAMARÕES E CARANGUEJOS | ESPECIAL FOTOGRAFIA | Por: Carlos Montechi

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Segundo Bill Dunn, NSS-CDS Trainning Chairman, e Luis Augusto Pedro (O Luisão da IANTD Brasil) que nos ajudaram com informações para rea-lizar esse artigo, é um mergulho maravilhoso e uma de suas cavernas preferidas.

Nesse trecho da expedição contamos com a participação de João Paulo Pavani Franco do Diving College, Reriton Gomes, André Damasce-no e Yumi e esse que vos escreve Kadu Pinheiro.

Até a próxima caverna !!!

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CAVERNA | MADISON BLUE - FLÓRIDA | Por: Kadu Pinheiro

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foto: Kadu Pinheiro

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Tristemente fiquei fora d´água por mais de 5 meses. Meu fi-lho do meio, Pietro, esteve do-ente devido a um câncer, e no pós operatório e durante todo o tratamento de quimioterapia me dediquei a sua cura inte-gralmente. Parei de viajar para ministrar cursos e também para guiar grupos de mergulhadores nas aventuras da Acquanau-ta. Neste período contei com o apoio de incontáveis amigos, mas o que mais queria era vol-tar a mergulhar. Acreditava que depois de 5 meses completa-mente fora d´água e sem con-seguir me concentrar e treinar, precisaria de um empurrãozi-nho. Quem sabe uma água lim-pa, quente e a companhia de pessoas muito experientes que me auxiliassem em tudo. Sabe quando você não quer se preo-cupar com nada, somente mer-gulhar e aproveitar o momen-to? Era exatamente isso que eu estava procurando.

Workshop com Carlos Coste em Bonaire Texto Carol Schrappe | fotos: Kadu Pinheiro Já no ano passado ouvi excelentes comentários sobre o Workshop do Carlos Coste em Bonaire. Os primei-ros bons comentários vieram do meu querido amigo Ricardo Bahia, que participou de um workshop com Cos-te por lá no ano passado. Depois o Diego Santiago e o Arquimedes Gar-rido também me falaram muito bem da logística dos mergulhos por lá. Eu já conhecia o Carlos Coste, mas nunca tinha conversado longamen-te com ele, mas estava começando a ficar extremamente interessante a idéia de participar do que eles cha-mam Freediving Training Camp Bo-naire. Logo que entrei em contato ele se mostrou bem interessado com a minha participação. Uma das pri-meiras coisas que me perguntou foi se eu estava pensando em bater al-gum recorde, já que a profundida-de limite para este workshop seria de apenas 50 metros. Eu respondi que neste momento só gostaria de mer-gulhar muito, e que se me sentisse bem poderia tentar algo no final.

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O Carlos me falou muito bem do Eden Beach, o hotel onde ele rea-liza há algum tempo o Workshop, e porque firmou uma parceria com o local. Comentou sobre a platafor-ma que construíram e de como a logistica ficou facilitada com toda a estrutura oferecida. Não tive mais dúvidas e fui para Bonaire agora em março.

O workshop começou com um en-contro para preencher a papela-da e também fazer todas as apre-sentações. Fiquei surpresa, pois haviam nove mergulhadores inscri-tos, fora o Arquimedes Garrido que estava lá participando apenas pra treinar. Como esperava, o clima foi fantástico e no dia seguinte fizemos uma aula de yoga antes de entrar na água. Eu estava me sentindo em casa, pois além de conhecer o Arquimedes, o Wandeco (que foi meu aluno em Recife) também era um dos alunos, e me agradou mui-to trabalhar com o próprio Carlos e a sua esposa Gaby, que são pesso-as super simples e muito queridas. Quando entramos na água e as imersões começaram me emocio-nei muito. Foram meses esperando pelo momento de mergulhar nova-mente. No decorrer das imersões comecei a relaxar e a deixar a ten-são que me acompanhou nos últi-mos meses de lado.

FREEDIVE | WORKSHOP CARLOS COSTE | Por: Carol Schrappe

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FREEDIVE | WORKSHOP CARLOS COSTE | Por: Carol Schrappe

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O Workshop foi maravilhoso, pois é muito focado na Yoga, vizualisação, condicio-namento físico e nas técnicas de equalização, exatamente o que eu estava pro-curando. Técnicas de alto nível, executadas de uma maneira completamente sim-ples e relaxada. Por exemplo, nossas aulas de condicionamento foram realizadas no mar, com exercícios fortes e puxados, mas ao mesmo tempo divertidos. Rafael, o Instrutor assistente do Carlos Coste, montou uma verdadeira ``piscina´´ no mar. Com pequenas pedras ele fez duas raias sub com 50 metros, para que pudéssemos nos orientar nadando na superfície. Uma maneira inovadora de condicionamento físico que descobri e incorporei no meu treino é o TRX, faixas usadas para exercí-cios, desenvolvidas por fuzileiros navais americanos, que utilizam o próprio peso do corpo como resistência. Muito parecido com o pilates e muito eficiente.

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A logística da parte de profun-didade foi excepcional com esta plataforma em frente ao píer do Hotel Eden Beach, onde com poucas braçadas já tínhamos uma profundidade de 60 metros. Estavamos perto da praia, em um ponto prote-gido, com profundidade, visibi-lidade e temperatura da água excepcionais. Um sonho!

Foram quatro dias especiais, com treino forte, estrutura ade-quada e segura, várias imersões recreacionais e uma volta tranqüila ao ambiente aquático. No último dia fizemos uma aula de yoga e vizualização antes dos mergulhos e isso ajudou muito. Desci 59,8 metros até a areia, e claro, trouxe um punha-do para mostrar que realmente fui até lá. Foi divertido e não tive problema nenhum em equalizar a esta profundidade. Saí da água feliz por ter voltado a mergulhar e por saber que pos-so fazer muito mais.

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Voltei ao Brasil com duas certezas, a que encontrei um lugar maravilhoso para treinar e ministrar clíni-cas avançadas para meus alunos brasileiros. A ou-tra é que nasci para mergulhar!

Ainda a convite do TCB, e na companhia do Kadu Pinheiro, Editor da Divemag, autor das fotos que ilustram este artigo, visitamos vários hotéis e pontos de mergulho da ilha, fizemos um ensaio muito legal de mergulho livre no naufrágio do Hilma Hooker, e em várias tardes diversos mergulhos Scuba... Mas estas, são outras histórias que em breve contare-mos pra vocês leitores da revista.

FREEDIVE | WORKSHOP CARLOS COSTE | Por: Carol Schrappe

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O Hotel Eden Beach foi uma grata surpresa em Bonai-re. Além da adaptação e consistente envolvimento de seus proprietários para fazer um dele um excelen-te centro de treinamento de apnéia, a constante re-modelação, incluindo um espaço incrível chamado SPICE BEACH CLUB, que é mais que um restaurante, e sim um espaço de convívio para quem gosta da boa vida, fácil na praia que fica o Eden, inclusive, uma das poucas da ilha. O Hotel possui diversos tipos de apartamentos, para casais em lua de mel, famílias e claro, nós mergulha-dores. Uma excelente piscina integrada por um deck com a praia, e um dos melhores mergulhos noturnos da ilha, com seus famosos tarpões. Tem operadora de mergulho própria, a Wanna Dive, que além de aten-der aos mergulhadores para os tradicionais mergulhos de praia, possui 2 embarcações que fazem saídas diá-rias para os melhores pontos da ilha. Fomos muito bem recebidos, e o que chamou aten-ção, além do que está descrito, foi a atenção do atendimento dos proprietários, que fazem questão de estar perto dos hóspedes, e querem que nos sintamos em casa. Assim nos sentimos e agradecemos por isso.

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Optio WG-2 e Optio WG-2 GPSPentax lança câmeras super-resistentes A Pentax Ricoh está lançando os novos modelos da sua câmera reforçada Optio e que foram denominados de Optio WG-2 e Optio WG-2 GPS.

• As duas novas câmeras são voltadas para o uso em contato direto com a natureza.• As câmeras são à prova de água (até 12 metros de profundidade), à prova de quedas

(de até 1,5 metro), à prova de peso (resistem a pesos de cerca de 100 kg), à prova de congelamento (até -10 graus Celsius) e à prova de areia ou poeira.

• As câmeras são protegidas por um revestimento especial que impede a destruição da superfície da lente e dos circuitos da câmera.

• A WG-2 e a WG-2 GPS possuem sensor CMOs de 16 megapixels com retroiluminação e zoom óptico de 5x (lente de 28 a 140 mm) e zoom digital de 7,2x. Ambas possuem uma tela de LCD de 3 polegadas (460 mil pontos).

• A WG-2 GPS inclui, como o nome indica, a funcionalidade de um GPS para realizar o geoposicionamento das fotos e rastreamento do itinerário percorrido.

• As novas câmeras da Pentax possuem o modo Digital Microscope que usa 6 LEDs de macro e um anel (destacável) para foco ajustável em distâncias de até 1,0 cm da parte frontal da câmera.

• As câmeras incluem as funcionalidades Pixel Track e Movie Shake Reduction para obter fotos e vídeos nítidos e claros.

• O usuário pode encontrar os efeitos de Face Detection, Smile Capture, Blink Detection, Extended Dynamic Range e Handheld Night Snap Mode que permitirão fazer imagens compostas a partir de quatro outras imagens de uma mesma cena.

• A Pentax WG-2 e a WG-2 GPS suportam gravação de vídeo Full HD a 30 fps (frames por segundo) e oferecem saída HDMI para playback de imagens e vídeos em telas HDTVs.

• As câmeras posuem slots para cartões de memória SD, SDHC e SDXC.

As câmeras estarão disponíveis em mar-ço de 2012 (já são aceitas encomendas no site da Pentax). A WG-2 virá nas cores preta ou vermelha, pelo preço de US$ 349,95 dólares. A WG-2 GPS será produ-zida nas cores laranja ou branca, pelo preço de US$ 399,95 dólares.

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Canon lança 5D Mk IIIEsperada e desejada por muitos, a su-cessora da famosa EOS 5D Mark II se tor-na oficial. A Canon finalmente adiciona em seu catálogo a nova EOS 5D Mark III, revelando todas as interessantes especi-ficações que se escondem atrás do seu corpo de magnésio.

Esta reflex digital se apresenta com um sensor de formato completo, com uma resolução de 22,3 MP, processador DI-GIC 5+ e velocidade de disparo de 6 fps. Com um sistema de foco automático de 61 pontos e medição (iFCL) de 63 zonas, a câmera possui uma sensibilidade ISO entre 100 e 25.600 (50-102.400, no modo forçado), e promete gravar vídeos em HD a 1080p (24/25/30p) ou em 720p (50/60p) de resolução.

A Mark III possui ainda uma tela traseira de 3,2 polegadas, slot para cartões Com-pactFlash e SD e um novo botão “Foto Criativa”, que permite selecionar direta-mente os “Estilos de Imagem” e captar exposições múltiplas (oferecendo aces-so direto ao HDR), ao mesmo tempo que visualizar duas imagens comparativas no modo de reprodução, para contrastar a qualidade de diferentes exposições. Também inclui função de disparo silen-cioso, onde é possível reduzir de forma notável o ruído do obturador.

A Canon EOS 5D Mark III estará disponível (nos EUA) no final do mês de março, com um preço sugerido de US$ 3.500 para o corpo, e US$ 4.300 para o corpo com a objetiva EF 24-105mm f/4L iS USM. Não há informações sobre sua disponibilidade em outros mercados.

LANÇAMENTO | FOTOGRAFIA |

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SÉRIE: CUIDANDO DO SEU EQUIPAMENTO DE MERGULHO

PARTE II

Lançamos na última edição da Divemag uma série de artigos para você cuidar bem do seu equipamento de mergulho. Nesta edição começa-remos a falar dos cuidados básicos com o que você possui, dividindo em um item de conhecimento importante a cada revista. Se você está lendo esta matéria e não leu ou baixou a edição anterior, vá lá em www.divemag.org e baixe gratuitamente as edições anteriores !

Toda vez que o mergulhador se prepara para uma trip de mergulho, ainda em casa, deve se organizar para que nada falte, e seu lazer não seja comprome-tido por falta ou mau funcionamento de algum item de seu equipo.

Recomendados aos mergulhadores que façam check lists - como o exemplo no Box ao final deste artigo - para que não tenha surpresas desagradáveis durante sua viagem de mergulho. Esta listinha deve ser encarada como o pri-meiro item sobre a organização de seus equipamentos, não deixando dúvidas se está levando tudo o que possui, e se já fez a reserva na operadora de mer-guho do que não possui, incluindo qualquer tipo de equipamento extra para operações mais especializadas, como por exemplo, carretilhas, deco mark e lanternas para um mergulho em naufrágios, noturnos, de drift, etc.

Além disso, é prudente possuir itens de reposição simples, mas fundamentais para qualquer tipo de mergulho. Veja mais adiante nossas sugestões.

Também vale a pena uma inspeção de alguns itens críticos ainda na sua casa, procurando por rompimentos, rasgos, presença de sal ou partes ressecadas, como as tiras das máscaras, do computador, nadadeiras e faca, bocais e mangueiras dos reguladores.

Verifique se todos os o’rings das lanternas, filmadoras e máquinas fotográficas estão limpos, isentos de sal, fiapos e poeira, e se não estiverem, que sejam lu-brificados.

Se for possível, é prudente o mergulhador fazer uma montagem do seu equi-pamento e confirir o correto funcionamento de seu regulador, respirando e purgando os dois estágios, verificando o manômetro e funcionamento da agulha de arrasto do profundímetro, se seu colete equilibrador infla e desinfla (deixe o colete inflado durante uma noite toda), se as válvulas de exaustão do mesmo funcionam, se suas lanternas acendem e se há baterias e a carga das mesmas para computadores, máquinas fotográficas e filmadoras.

O QUE FAZER ANTES DE SAIR DE SUA CASA PARA MERGULHAR

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EQUIPAMENTOS | MANUTENÇÃO PARTE II | Por: Reinaldo Alberti

Finalmente, se locar cilindros em sua área de residência e for o responsável por levá-los até o ponto de mergu-lho, verifique ainda na operadora se estão carregados adequadamente, quanto a pressão de enchimento e mistura gasosa solicitada (caso diferente de ar), verifi-que estado dos o’rings das torneiras e peça para levar alguns sobressalentes.

Ainda a tempo, verifique se nenhum item precisa de revisão profissional antes da sua próxima imersão, lem-brando que este tipo de revisão pode precisar de mais de um dia para ser executada adequadamente.

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randãoDIVEMAGInternational Dive Magazine

Naturalmente, tudo o que foi descrito acima não deve ser deixado para ser feito em cima da hora do seu próximo mergulho, e sim em tempo hábil para qualquer revisão, troca, reposição ou aquisição do que está faltando ou com algum problema. Reco-mendamos que esta inspeção pré-mergulho seja re-alizada com uma semana de antecedência, e assim se garanta que tudo o que possui ou locará, estará em perfeito estado de funcionamento, bem como nada faltará e nada comprometerá a realização ou a segurança de seu mergulho.

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A “CAIXINHA MÁGICA”A “caixinha mágica”, “safa-onça” ou simplesmente “caixa de ferramen-

tas” são designações para um recipiente onde o mergulhador deve guardar e levar consigo em operações de mergulho, itens impor-

tantes de reposição e manutenção rápida, e ferramentas sim-ples e úteis, que o ajudarão a não cancelar um mergulho,

ou pior, a mergulhar com equipamentos danificados ou com problemas como vazamentos, que podem ocasio-nar incidentes mais graves se forem desconsiderados.

Pode ser uma bolsa pequena, ou uma caixa de fer-ramentas padrão encontrada no mercado, ou ainda caixas plásticas estanques e bem vedadas, que sem-pre devem ser limpas e secas após o uso, pois não é in-comum o mergulhador manuseá-las com mãos molha-

das (de água salgada inclusive). Deve ser organizada para ajudar e para que o mergulhador possa encontrar

os itens necessários para qualquer intervenção nos seus equipos. Então, pode-se abusar de pequenos recipientes,

tuper-wares, caixinhas compartimentadas, etc. O mais im-portante é o que se levará dentro delas, e abaixo sugerimos

itens importantes e que realmente podem ajudar muito, quando estamos num barco, numa praia ou lago, distantes de casa ou da ope-radora de mergulho. O mergulhador deve lembrar que o ambiente ma-rinho deteriorará ferramentas de baixa qualidade, então sugerimos a aquisição de peças com qualidade superior.

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EQUIPAMENTOS | MANUTENÇÃO PARTE II | Por: Reinaldo Alberti

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Peças e partes de reposição• O’rigns de diversos tamanhos, para cilindros (conexão yoke (ou internacional) ou DIN) e

mangueiras de alta e baixa pressão, lanternas e caixa estanque, girador do manômetro, entre outros. Sugerimos uma caixa compartimentada, tipo porta-anzóis, para levar os o’rings separados por tamanhos.

• Tiras sobressalentes para nadadeiras (incluindo os quick releases) e máscara.• Bocais para regulador e snorkel.• Fitas auto-travantes (tipo Hellermann, abraçadeira ou “tyrape”) em diversos tamanhos.• Fitas adesivas ou tipo silver tape para marcação de cilindros.• Canetas ou marcadores permanentes.• Silicone em pasta.• Elásticos de 2 a 4mm, para gargantilha ou usados para prender lanternas e outros equipa-

mentos (câmaras elásticas também podem ser utilizadas para este fim).• Cabos em nylon de 1 a 2mm para nós, e isqueiro para queimar pontas.• Baterias extras para computador de mergulho, caso seja do tipo que o próprio usuário troca.• Plugs (bujão) dos reguladores, de baixa e alta pressão.• Parafusos, arruelas e porcas borboletas sobressalentes para quem usa plates.• Mosquetões diversos sobressalentes.

EQUIPAMENTOS | MANUTENÇÃO PARTE II | Por: Reinaldo Alberti

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Ferramentas úteis• Dive Tool: que é um jogo de ferramentas específicas para equipamentos

de mergulho, contendo chaves de boca, alens, removedores de o’rings e em alguns casos, alicate.

• Chaves de boca: nos tamanhos métricos (12/13, 14/15, 16/17) ou imperial ( ). Não há necessidade de possuir todas, então, saiba quais são utiliza-das em seus equipamentos. Além disso, pode-se ter um chave inglesa de 8 polegadas que fará o encaixe em diversas conexões.

• Chaves tipo alen sextavada, lembrando de que só serão necessárias as que cabem em seu regulador.

• Removedores de o’rings: existem alguns fabricados e vendidos em boas lojas do ramo, ou pode-se adquirir ferramentas de dentistas com diferen-tes formatos de pontas que ajudam para tal.

• Alicates de corte e pressão.• Canivete do tipo suíço, multi-função, ou estilete para corte.• Pistola compacta de ar, do tipo que se conecta a mangueira de power

do regulador, para secagem de equipamentos, como a caixa estanque de máquinas fotográficas.

Esta é uma sugestão, e o principal para saber montar – e claro, USAR – esta caixinha mágica, é o conhecimento do mergulhador sobre seu equipamen-to. O melhor lugar para aprender isso continua sendo seu Dive Center, em um bom curso de especialidade sobre Equipamentos de Mergulho. Tam-bém é no seu Dive Center que você encontrará a maioria destes itens de reposição e ferramentas. Faça a coisa certa e vá mergulhar. Você merece !

EXEMPLO DE CHECK LIST DE EQUIPAMENTOSO que eu possuo:• Básico: máscara(s), snorkel e nadadeiras• Roupa de mergulho completa, incluindo acessórios (bota, meia, luva

e capuz)• Colete equilibrador (asa, plate, adaptador e parafusos, se for o caso)• Regulador completo• Computador, gauge, relógio, bússola• Faca, tesoura e/ou z-knife• Carretilha(s), deco mark, lift bag, pranchetas (speed table e/ou wet

note)• Lanternas e pilhas novas e sobressalentes (carregadores se for o caso)• Sistema de lastragem (bolsos, cinto, pedras)• Caixa ferramentas (use um check list na parte interna da tampa)• Estojo primeiros socorros (use um check list interno)

O que eu vou locar:• Cilindros (quantidade, mistura gasosa)• Lastro (tipo de quantidade)• ...

EQUIPAMENTOS | MANUTENÇÃO PARTE II | Por: Reinaldo Alberti

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MEIO AMBIENTE | DIVERS FOR SHARKS | Apoio

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Educação, informação, consciência e preservação co-meçam em casa! Isso todo mundo já sabe. Mas será que as crianças só aprendem em casa?! O Divers for Sharks acredita que não e aposta nas crianças!

A idéia inicial de se fazer um evento do Divers for Sharks nas escolas não é novidade para nós, surgiu em 2009 e vinha sendo maturada desde então. Em todos eventos abertos, sempre pudemos perceber o quanto os tubarões fazem sucesso no imaginário das crianças. Todas param para ver as fotos dos tubarões, vídeos e nossas já tradicio-nais barbatanas de cartolina.

As crianças têm enorme influência nos pais – não é novi-dade para ninguém e não podemos tirar delas o direito de saber que os tubarões estão seriamente ameaçados e que os adultos pouco ou nada fazem para reverter essa situação. Reside aí a esperança de que são as crianças que vão nos ajudar a mudar o quadro de declínio dos tubarões.

Apresentar, desmistificar e preservar os tubarões é a gran-de missão da ação SharKids do Projeto Divers for Sharks, mostrando às crianças que a visão que muitos tem sobre os tubarões está completamente equivoca-da. Tubarões não são os animais malvados e perversos que comem pessoas, apesar de serem animais carnívoros (como tantos outros), mas que possuem uma função no ecossistema vital para a continui-dade da vida na Terra.

Sharkids = Crianças pela preservação dos tubarões!

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MEIO AMBIENTE | DIVERS FOR SHARKS | Apoio

A preservação dos tubarões se nor-teia pela educação ambiental e o esclarecimento, pois é no potencial que as crianças tem de transformar e mudar o mundo que reside nossa esperança de reverter o declínio das espécies de tubarões. O fascínio que esses animais exercem sobre as crian-ças foi outro ponto que nos levou a buscar as escolas.

A ação SharKids - Crianças aprenden-do a preservar os tubarões – foi criada para se atender a todos, independente da idade, da rede de ensino (pública ou privada) ou da condição social do grupo. Palestras de educação Ambien-tal, informações de conscientização e desmistificação sobre os tubarões, ativi-dades, brincadeiras com crianças de 2 a 18 anos em escolas públicas e outras instituições.

E para isso precisamos ir até onde as crianças estão e disponibilizar mate-rial, informação e conhecimento de uma forma lúdica para. E para isso contamos com sua ajuda e apoio! Comece colaborando para o proje-to através da Vakinha Divers for Sharks (http://www.vakinha.com.br/Vaqui-nha.aspx?e=28233) e entre em conta-to conosco para marcar uma ação na sua escola ou entidade! As crianças vão adorar e os tubarões agradecer! E lembrem-se: não basta ser pai e achar bonito, tem que participar!

www.diversforsharks.com.br

Vídeo: Sharkids

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NÓS USAMOS !Olá leitores, Nossa equipe aproveita vários de seus mergulhos para usar equipamen-tos cedidos por nossos anunciantes. Vamos nesta seção passar a vocês nossas percepções sobre os produtos que são novidades, os mais ven-didos e cobiçados do mercado e os que nos parecem ser muito interes-santes para mergulhadores livres, recreativos ou técnicos. Não trata-se de um teste didático, rigoroso, mas sim, ver se o equipamento manda tão bem na água como descrito em seus manuais ou sites. Espalhados pela revista, numa linguagem simples e objetiva vamos contar por que gostamos, porque usaríamos sempre ou qualquer informação que um mergulhador experiente gostaria de passar para um amigo que deseje ou precise de tal item.

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MÁQUINA FOTOGRÁFICA SEA LIFE MINI 2 E FLASH EXTERNO PRO

NOSSA OPINIÃO: Robusta e quase impossível de se alagar. Essa foi a minha primeira impressão. Eu sou o cara que não fotografa, que entende pouco de fotografia, mas que tem sempre von-tade de fazer “registros” das minhas viagens de mergulho. Ou seja, compatível com o que a Sea Life diz que é o perfil do usuário desta pequena maravilha, que inclui aventureiros de todos os tipos que gostam de água (isso inclui nós mergulhadores, mas também velejadores, remadores, surfistas e qualquer um que goste de se divertir em ambientes “molhados”). A máquina vai até 40m de profundidade funcionando muito bem. Dividimos o teste em duas partes. Primeiro usando a máquina apenas, sem o flash externo. Um dos resultados está na foto abaixo (Lion Fish). Achei que ficou bom, só o flash interno, me adaptando aos comandos simples que ela tem, para quem é iniciante como eu, bem fáceis de usar (leia-se “colocar no módulo subaquático). Foram fotos de mergulhadores, de bichos mais ou menos perto, e umas tentativas de macros. Como registro da viagem ficou bem legal, incluindo algumas fotos externas, como o por do sol abaixo. Então, entendendo o princípio, adicionamos o flash Pro. Entendi a importância de uns caras como o Kadu Pinheiro, Marcio Lisa e Ary Amarante, e suas aulas de fotografia. Os resultados real-mente melhoraram muito (olha que Garoupa linda?!?!), mas aí tem que se entender um pouco mais, pois o flash é as vezes poderoso demais. Ele tem regulagem interna, para produzir mais ou menos luz, e tem que ser regulado antes de entrar na água, e no fundo também dá para mexer com regulagens simples, que deixam tudo mais colorido e na medida. Pilhas recarregáveis tipo AA para o flash são recomendadas, pois em uma saída para dois mergulhos – e claro, com meu dedo não parando de disparar – as baterias alcalinas que compramos foram todas embora.

No mais, o custo x beneficio é bom, tem a venda no Brasil com garantia da Sea Sub. Ah... ia es-quecendo. Eu já tinha alagado duas máquinas, uma Sony e uma Canon, suas caixas originais. Esta Sea Life, como disse no começo, é quase impossível de se alagar, pois tem um sistema muito inteligente, quase interno de fechamento, com o’ring simples e bem escondido, quase impossí-vel de acessar com cabelos, pelos, areia, etc.

Preço sugerido R$ 1200,00 a CAMERAO FLASH MAIS R$ 1.500,00

Resolução: 9MP (3472 x 2604)Formato: JPEGVídeo: MJPEG (AVI).Resolução de vídeo: VGA (640 x 480 pixels) a 30Q por segundoAbertura máxima: f/3.0

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EQUIPAMENTOS | NÓS USAMOS | Reinaldo Alberti

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UMA PEQUENA NOTÁVEL

LANTERNA HOLLIS LED MINI 3

NOSSA OPINIÃO: Uma pequena notável. O Led dominou o mercado e não há porque atual-mente não abusar do uso destas pequenas e poderosas lanternas. Isso já é fato e ninguém mais discute. O que ficou muito bom neste projeto novo da Hollis, é que esta talvez seja a menor lanterna de maior poder de iluminação a disposição. Ser pequena é extremamente vantajoso para ser usada como lanterna back up, tanto no mergulho técnico como para noturnos recreacionais. Mas se você tiver duas destas, como primária e secundária, não estará de forma alguma em desvantagem em qualquer noturno, mesmo o site da Hollis informando que é uma back up. São incríveis 210 lumens em 3 Watts, com foco concentrado em 8 graus, para uma lanterna pequena que usa 3 pilhas palito (AAA), que duram mais de 4 horas em uso contínuo. A promessa é de um Led que dura 50.000 horas, ou seja, é pra sempre. Fizemos mergulhos diurnos, em pequenas grutas, e um noturno com ela, como lanterna principal e simulando a rápida retirada e recolocação dela nos arreios do plate e no bolso de um colete tipo jacket quando usada como back up. Tudo muito bem apesar de não gostarmos muito do “lyneard” original (a cordinha que vem nela), o qual substituímos por um mosquetão pequeno prendendo a lanterna com um bom nó. Duas boas garantias contra alagamento: o’ring duplo, o que a maioria das lanternas da maioria das marcas já têm, mas o melhor, o sistema de ligar “abrindo” e não fechando a lanterna. Isso sim é a prova da maioria dos mergulhadores que alagam lanternas ao abri-las para desligar. Funciona assim: fecha-se a lanterna normalmente na parte traseira, após colocar o dispositivo com as pilhas, ela acende no meio do caminho e nas últimas duas voltas ela liga. Assim, o mer-gulhador liga abrindo a tampa, e quando não vai mais usar, fecha a lanterna até o fim. Para uma lanterna pequena é muito bem construída, em alumínio anodizado, e com a empu-nhadura totalmente escareada, o que dá boa “pega”, tanto para mãos nuas como quando seguramos com luvas. Seu preço médio é de R$ 260,00 nos principais Dive Centers do mercado.

EQUIPAMENTOS | NÓS USAMOS | Reinaldo Alberti

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Our World Underwater 2012Saiu o resultado do “Superball da fotografia submarina” promovido pela Divephotoguide e pela Wetpixel. Esse ano o concurso contou com no-mes de peso entre os jurados: Alex Mustard, Berkley White, Brian Skerry,Keri Willk and Matt Weiss. Julgando e avaliando imagens de fotógrafosiniciantes e profissionais em várias categorias. Confira o resultado e asbelas imagens que ganharam o concurso.

O grande destaque do evento e “The Best of Show” foi a foto ao lado:“Fire in the water” de Jeffrey Hartog, que emplacou também o segun-do lugar da categoria moda com a imagem abaixo:

FOTOGRAFIA | Our World Underwater 2012 | Redação

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| Confira o resultado completo e os videos vencedores em: http://underwatercompetition.com/Competitions/our-world-underwater-2012 | DIVEMAGInternational Dive Magazine

Ouro CompactasChia Chi Chang “spacecraft turn right”Location: Taiwan

Prata macro Jeffrey de Guzman

Philippines“10,000 Receptors”

Location: Anilao Batangas Philippines

Prata Grande AngularBartosz Strozynski

Poland“Photo Flirt”

Location: White Sea

Bronze Adriano Morettin

Italy“on the feather”

Location: Papua New Guinea, Bismark Sea

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Shootout Brasil - Curaçao 19 - 26 de Maio de 2012

Foto: Kadu Pinheiro

WORKSHOPS:Daniel Botelho - Kadu Pinheiro - Cristian Dimitrius - Carolina Schrappe

Mais informações: www.shootout.com.br

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em breve a programação completa do que vai rolar em Curaçao !

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Os baleeiros foram para casa!A frota baleeira japonesa deixa o Santuário de Baleias do Oceano Antártico

A frota baleeira japonesa deixou o Santuário de Baleias do Oceano Antártico e está indo

para casa. “Uma vez que o capitão Peter Ham-merstedt e sua equipe do Bob Barker encontra-

ram o Nisshin Maru, em 5 de março, a temporada de caça às baleias foi efetivamente encerrada para a temporada”, disse o Capitão Paul Watson no navio principal da Sea Shepherd, Steve Irwin, que voltou recentemente e agora está atracado em Williamstown, Vic-toria, na Austrália.

Desde 01 de março, o Bob Barker seguiu o Nisshin Maru, enquanto se dirigiam constantemente noroeste. Os navios arpoadores japoneses pararam de seguir o Bob Barker. A frota deixou as águas do Santuário de Baleias do Oceano Antártico, de acordo com o capitão Peter Ham-marstedt. A embarcação de segurança do governo japonês, Shonan Maru #2, foi avistado por navios de pesca a 30 graus ao Sul, que fica a leste de Brisbane, na Austrália, indicando que a embarcação está bem no seu caminho de volta para o Japão.

Foi uma campanha longa e difícil e, embora prejudicados pela perda temporária do navio de escolta, Brigitte Bardot, o Steve Irwin e o Bob Barker foram capazes de perseguir a frota baleeira japonesa por mais de 17.000 milhas, dando-lhes pouco tempo para matar baleias. Além disso, dois dos três navios arpoadores passaram mais tempo perseguin-do os dois navios da Sea Shepherd do que matando baleias.

“O número de baleias mortas não será liberado pelo Japão até abril, mas, na minha opinião, eles não atingiram mais de 50% com certeza, e minha previsão é que não será superior a 30%. Não tão bom como na temporada passada, mas muito melhor do que todos os anos anterio-res”, disse o Capitão Paul Watson.

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“Foi uma campanha bem sucedida. Há centenas de baleias nadando livre no Santuário de Baleias do Oceano Antártico, que agora estariam mortas se não estivéssemos lá nos últimos três meses. Isso nos deixa muito felizes”.

O Bob Barker voltará a Hobart, na Tasmânia, o Brigitte Bardot está con-cluindo reparos em Fremantle, e o Steve Irwin está agora ancorado em Williamstown.

Em dezembro de 2012, se a frota baleeira japonesa retornar para o San-tuário de Baleias do Oceano Antártico, a Sea Shepherd Conservation So-ciety vai lançar a Operação Justiça Cetácea, com quatro navios, dois helicópteros, quatro drones (pequenos aviões operados por controle re-moto) e 120 voluntários.

“Se os baleeiros japoneses retornarem, a Sea Shepherd vai voltar. Estamos comprometidos com a defesa do Santuário Antártico das Baleias”, disse o Capitão Paul Watson. “Não importa quanto tempo leve, não importa o quão arriscado ou caro seja. A palavra “santuário” realmente significa algo para nós, e isso é algo que vale a pena lutar”.

Traduzido por Raquel Soldera, voluntária do Instituto Sea Shepherd Brasil

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Artista convidado: Alexandre Huber 92

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ARTISTA CONVIDADO | ALEXANDRE HUBER |

Alexandre Huber por Alexandre Huber: “sou artista plástico, utilizo a arte como ferramenta na busca pela conscientiza-ção ambiental, dedicada as crianças do nosso país”.

Nascido em Santos , litoral de São Paulo, o artista Alexandre Huber é referência na luta pela conscientização ambiental no país. A convite de Ong’s (Projeto Tamar – Ubatuba/SP, Projeto Baleia Franca / SC, Associação Amigos do Peixe Boi / AM, Projeto Peixe Boi Marinho / AL, Projeto Albatroz /SP e outras) escolas e instituições voltadas a preservação am-biental, Huber utiliza sua arte para chamar a atenção das crianças e seus familiares para a importância em preservar o meio ambiente.93 DIVEMAG

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ARTISTA CONVIDADO | ALEXANDRE HUBER |

Sempre de forma voluntária, Huber conta com apoiadores de peso, e graças a eles re-cebe todos os materiais necessários para de-senvolver as oficinas educacionais de arte. São eles a Tintas Eucatex , Tintas Gato Preto, Telas e Acessórios Souza e a Pincéis Tigre.

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ARTISTA CONVIDADO | ALEXANDRE HUBER |

Em paralelo as oficinas educacionais, Huber desenvolve diversos trabalhos voltados para chamar a atenção da necessidade de pre-servar o nosso meio ambiente.

Junto aos Aquários de Santos e Peruíbe o ar-tista é um parceiro ativo das atividades edu-cacionais. Em Santos desenvolve o Projeto Arte no Ponto, onde através de sua arte dei-xa mensagens de preservação da vida ma-rinha nos pontos de ônibus.

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No Guarujá , especificamente na Praia do Santa Cruz dos Navegantes (conhecida como Pouca Farinha), desenvolve há anos ações concretas onde crianças, morado-res da comunidade e visitantes recebem informação de reciclagem e preserva-ção. Semestralmente desenvolve no local a ação “Lixo na Praia Não!” na forma de mutirão, e anualmente o “Santa Cruz em Cores” (em 2011 , 500L de tinta coloriram a orla da praia).

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A verba para as ações se-rem efetuadas pelo país vem atualmente das vendas das telas confeccionadas pelo artista, já que seus apoiado-res colaboram apenas com a doação dos materiais.

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ARTISTA CONVIDADO | ALEXANDRE HUBER |

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INFORMATIVO MENSAL | NAUI |INFORMATIVO MENSAL | IANTD |

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ESSENTIALS DIVEREste nível intermediário de educação contínua é desenhado para permitir que mergu-lhadores certificados melhorem sua performance no mergulho, revisem e coloquem em prática o essencial aprendido em qualquer programa de mergulho da IANTD. As técnicas e conhecimentos adquiridos neste programa preparam o mergulhador para mergulhos mais avançados. O programa de Essentials Diver é recomendado para todos os mergu-lhadores que desejam melhorar a performance e competência durante seus mergulhos. Este programa não qualificará o mergulhador a mergulhar mais fundo do que é permiti-do pela sua certificação prévia.

Quem pode lecionar este programa?

Um Advanced EANx Instructor ou de graduação maior e certificado como IANTD Essen-tials Diver É requerido um instrutor de rebreather para que um mergulhador seja certifica-do como rebreather diver neste nível.

Pré-requisitos:

Certificação de Open Water (Nitrox) Diver ou equivalenteIdade mínima de 15 anos com autorização dos pais ou responsáveis legais, ou um mínimo de 12 anos para qualificação de Junior Diver, ou 18 anos sem autorização prévia

Limites do programa:

• Nenhum mergulho pode ser conduzido em profundidades maiores que a qualificação do aluno

• Todos os mergulhos devem enfatizar o trabalho em equipe e a interação com o dupla

BRIGHT FUTURECURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTORES NAUI

ITCO Curso de Treinamento de Instrutor NAUI (ITC) é designado para treinar, qualificar e assegurar que o candidato graduado com sucesso adquira conhecimentos técnicos e didáticos, habilidades e postura profissional para ser apto para se tornar membro instrutor NAUI. O ITC qualifica o candidato através do aprendizado de métodos efetivos para ensinar mergulho autônomo e livre em conformidade com as regras e padrões NAUI. O ITC pode ser apresentado em duas fases. A primeira fase, chamada de Programa de Treinamento de Instrutor (ITP), consiste do treinamento para preparação do candidato sem caráter avaliativo. Durante o ITP cada candidato passa em teste por dois avaliadores qualificados, sendo pelo menos um Diretor de Curso (CD - Course Director) ou Treinador de Instrutor (IT - Instructor Trainer) e um STW (Staff Training Workshop). O ITP pode ser realizado em diversos formatos, com variações de período, compreendendo de uma semana a um período bem mais extenso.A segunda fase ou final, também chamada de Programa de Qualificação de Instrutor (IQP), compreende as avaliações finais, contando obrigatoriamente com um Diretor de Curso. O candidato deverá obter 75% de aproveitamento nas avaliações do curso. PRÉ - REQUISITOSCertificação de Mergulho. Ser um Assistente de Instrutor NAUI (AI) ou Divemaster NAUI (DM); ou ter realizado com sucesso o Programa Preparatório para Instrutor NAUI (PREP) no máximo com 12 meses de validade.Equipamento. Providenciar e ser responsável pelo próprio equipamento adequado para o ensino.Experiência. Ter no mínimo 120(cento e vinte) mergulhos registrados. Os mergulhos devem variar nos aspectos: ambiente, profundidade e tipo de atividade.Materiais. Contate o Departamento de Treinamento NAUI para os requerimentos atuais.

PRÓXIMA DATA ITC

12 a 22/04

PROXIMA TURMA - ITC

12 a 22 de Abril

Encontre a Facility NAUI mais próxima:http://naui.com.br/busca/busca_facilities.php

16º ENCONTRO INSTRUTORES NAUI

13 a 18 de Agosto de 2012

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Torne-se um primeiro socorrista

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Page 108: DIVEMAG 03

DOENÇAS DO MERGULHOAconselhamento em Emergências

24 horas, 7 dias por semana

■ DOENÇA DESCOMPRESSIVA (DD) São comuns: dores nas articulações, dormência, formigamento, fraqueza muscular,

descoordenação motora, coceira e manchas na pele (cutis marmorata), com ou sem dor. Não tão comuns, mas possivelmente como indicador de maior gravidade: dor intensa nas costas ou abdômen, paralisia dos membros, incontinência ou retenção urinária, distúrbios visuais, confusão mental, tontura, mal estar, falta de ar, dor torácica, tosse ou outros sinais neurológicos incomuns. A desidratação é comum em DD. O quadro pode aparecer em minutos ou até horas após o mergulho e seu desenvolvimento é geralmente progressivo

e gradual.

■ EMBOLIA ARTERIAL GASOSA (EAG) Perturbações sensoriais, paralisia ou paresia das extremidades, distúrbios visuais, dores

de cabeça, convulsões ou outros alterações neurológicas localizadas. O quadro pode ser associado à lesão Pulmonar (pneumotórax, enfisema subcutâneo ou mediastinal). O EAG pode ser o resultado do mergulho a profundidades tão insignificante como um metro de profundidade. Sinais e sintomas geralmente se desenvolvem em poucos minutos após

o termino do mergulho, e sua apresentação é geralmente aguda.

■ BAROTRAUMA (BTP) Dispnéia, dor torácica, pneumotórax, enfisema subcutâneo, pneumomediastino, mudanças no

tom de voz, tosse, escarro sanguinolento, pode haver comprometimento neurológico resul-tado de uma Embolia Arterial Gasosa (EAG). NOTA: A recompressão é contra-indicada em pneumotórax não tratado, já que poderia atuar como um pneumotórax hipertensivo durante a fase de descompressão.

Além de assegurar os primeiros-socorros habituais, o tratamento de emergência para lesões causadas por atividades relacionadas com o mergulho de ar comprimido inclui:1. A administração de Oxigênio em altas concentrações (de preferência em uma fração inspirada de - FiO2 de 100%). 2. Avaliar a necessidade de hidratação. Se necessário, administrar soluções cristalóides isotônicas (não são recomendadas soluções glicosadas). 3. Executar e documentar um exame neurológico completo. 4. Em caso de emergência, ligue para a DAN e peça atendimento em português 0800-684-9111. Este serviço é gratuito e prestado em caráter humanitário para obter orientação imediata sobre o diagnostico, cuidados imediatos, transporte ou remoção para um serviço de medicina hiperbárica apropriado.

Divers Alert Network (DAN)

0800-684-9111 e fora do Brasil +1-919-684-9111

Para informações relacionadas a acidentes de mergulho envie um email para: [email protected] ou visite www.danbrasil.org.br

A Divers Alert Network (DAN) é uma organização sem fins lucrativos dedicada a segurança e saúde de mergulhadores recreativos.

* Em caso de suspeita de qualquer um dos quadros clínicos acima, o mergulhador deve ser imediatamente examinado por um médico, independentemente de sua especialidade. Os sinais e sintomas mencionados não são estranhos e podem ser óbvios para qualquer medico. O reconhecimento precoce dos sintomas, juntamente com a anamnese

compatível fazem o diagnóstico da patologia. Entrar em contato com o Divers Alert Network (DAN) pode ajudar os profissionais que não estão familiarizados com as doenças de mergulho a chegar ao diagnóstico precoce, alem disso a DAN pode oferecer recomendações para um tratamento adequado.

Após um mergulho, os sinais e sintomas abaixo podem indicar a necessidade de tratamento de recompressão em câmara hiperbárica. Em caso de suspeita, o mergulhador deve ser examinado por um Profissional de Saúde*.

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