Duração: 3h00min · (Edgar Morin, A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Jornadas...

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SIMULADO 03 Duração: 3h00min LINGUAGENS QUESTÃO 1 Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas do oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos- luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro [...]. Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada. SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In: O voo da madrugada. São Paulo: Cia. das Letras, 2003. Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca definir o gênero conto pelo procedimento estético que estabelece uma a) confluência de cores, destacando a importância do espaço. b) composição de sons, valorizando a construção musical do texto. c) percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da escrita. d) cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição de sentidos. e) hierarquia de palavras, fortalecendo o valor unívoco dos significados. QUESTÃO 2 Contranarciso em mim eu vejo o outro e outro e outro enfim dezenas trens passando vagões cheios de gente centenas o outro que há em mim é você você e você assim como eu estou em você eu estou nele em nós e só quando estamos em nós estamos em paz mesmo que estejamos a sós LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Cia. das Letras. 2013. A busca pela identidade constitui uma faceta da tradição literária, redimensionada pelo olhar contemporâneo. No poema, essa nova dimensão revela a a) ausência de traços identitários. b) angústia com a solidão em público. c) valorização da descoberta do “eu” autêntico. d) percepção da empatia como fator de autoconhecimento. e) impossibilidade de vivenciar experiências de pertencimento. QUESTÃO 3 O mundo revivido Sobre esta casa e as árvores que o tempo esqueceu de levar. Sobre o curral de pedra e paz e de outras vacas tristes chorando a lua e a noite sem bezerros. Sobre a parede larga deste açude onde outras cobras verdes se arrastavam, e pondo o sol nos seus olhos parados iam colhendo sua safra de sapos. Sob as constelações do sul que a noite armava e desarmava: as Três Marias, o Cruzeiro distante e o Sete-Estrelo. Sobre este mundo revivido em vão, a lembrança de primos, de cavalos, de silêncio perdido para sempre. DOBAL, H. A província deserta. Rio de Janeiro: Artenova, 1974. No processo de reconstituição do tempo vivido, o eu lírico projeta um conjunto de imagens cujo lirismo se funda menta no a) inventário das memórias evocadas afetivamente. b) reflexo da saudade no desejo de voltar à infância. c) sentimento de inadequação com o presente vivido. d) ressentimento com as perdas materiais e humanas. e) lapso no fluxo temporal dos eventos trazidos à cena. QUESTÃO 4 A língua tupi no Brasil Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase sinônimo de falar língua de índio. Em cada cinco habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma”. Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se desenvolveu e se espalhou no século XVII, graças ao isolamento geográfico da cidade e à atividade pouco cristã dos mamelucos paulistas: as bandeiras, expedições ao sertão em busca de escravos índios. Muitos bandeirantes nem sequer falavam o português ou se expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o Quilombo dos Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de Pernambuco como “um bárbaro que nem falar sabe”. Em suas andanças, essa gente batizou lugares como Avanhandava (lugar onde o índio corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e Itu (cachoeira). E acabou inventando uma nova língua. “Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos diferentes”, conta o historiador e antropólogo John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Isso mudou o tupi paulista, que, além da influência do português, ainda recebia palavras de outros idiomas.” O resultado da mistura ficou conhecido como língua geral do sul, uma espécie de tupi facilitado. ANGELO. C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado). O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística nacional. Quanto ao papel do tupi na formação do português brasileiro, depreende-se que essa língua indígena a) contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos traços característicos dos lugares designados. b) originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja base gramatical também está a fala de variadas etnias indígenas. c) desenvolveu-se sob influência dos trabalhos de catequese dos padres portugueses vindos de Lisboa. d) misturou-se aos falares africanos, em razão das interações entre portugueses e negros nas investidas contra o Quilombo dos Palmares. e) expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador, e juntos originaram a língua dos bandeirantes paulistas.

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SIMULADO

03

Duração: 3h00min

LINGUAGENS QUESTÃO 1 Um conto de palavras que valessem mais por sua modulação que por seu significado. Um conto abstrato e concreto como uma composição tocada por um grupo instrumental; límpido e obscuro, espiral azul num campo de narcisos defronte a uma torre a descortinar um lago assombrado em que o atirar uma pedra espraia a água em lentos círculos sob os quais nada um peixe turvo que é visto por ninguém e no entanto existe como algas do oceano. Um conto-rastro de uma lesma também evento do universo qual a luz de um quasar a bilhões de anos-luz; um conto em que os vocábulos são como notas indeterminadas numa pauta; que é como bater suave e espaçado de um sino propagando-se nos corredores de um mosteiro [...]. Um conto noturno com a fulguração de um sonho que, quanto mais se quer, mais se perde; é preciso resistir à tentação das proparoxítonas e do sentido, a vida é uma peça pregada cujo maior mistério é o nada.

SANT’ANNA, S. Um conto abstrato. In: O voo da madrugada. São Paulo: Cia. das Letras, 2003.

Utilizando o recurso da metalinguagem, o narrador busca definir o gênero conto pelo procedimento estético que estabelece uma a) confluência de cores, destacando a importância do espaço. b) composição de sons, valorizando a construção musical do texto. c) percepção de sombras, endossando o caráter obscuro da escrita. d) cadeia de imagens, enfatizando a ideia de sobreposição de sentidos. e) hierarquia de palavras, fortalecendo o valor unívoco dos significados. QUESTÃO 2

Contranarciso em mim eu vejo o outro e outro e outro enfim dezenas trens passando vagões cheios de gente centenas o outro que há em mim é você você e você assim como eu estou em você eu estou nele em nós e só quando estamos em nós estamos em paz mesmo que estejamos a sós

LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Cia. das Letras. 2013.

A busca pela identidade constitui uma faceta da tradição literária, redimensionada pelo olhar contemporâneo. No poema, essa nova dimensão revela a a) ausência de traços identitários. b) angústia com a solidão em público. c) valorização da descoberta do “eu” autêntico. d) percepção da empatia como fator de autoconhecimento. e) impossibilidade de vivenciar experiências de pertencimento.

QUESTÃO 3 O mundo revivido Sobre esta casa e as árvores que o tempo esqueceu de levar. Sobre o curral de pedra e paz e de outras vacas tristes chorando a lua e a noite sem bezerros. Sobre a parede larga deste açude onde outras cobras verdes se arrastavam, e pondo o sol nos seus olhos parados iam colhendo sua safra de sapos. Sob as constelações do sul que a noite armava e desarmava: as Três Marias, o Cruzeiro distante e o Sete-Estrelo. Sobre este mundo revivido em vão, a lembrança de primos, de cavalos, de silêncio perdido para sempre.

DOBAL, H. A província deserta. Rio de Janeiro: Artenova, 1974.

No processo de reconstituição do tempo vivido, o eu lírico projeta um conjunto de imagens cujo lirismo se funda menta no a) inventário das memórias evocadas afetivamente. b) reflexo da saudade no desejo de voltar à infância. c) sentimento de inadequação com o presente vivido. d) ressentimento com as perdas materiais e humanas. e) lapso no fluxo temporal dos eventos trazidos à cena. QUESTÃO 4

A língua tupi no Brasil Há 300 anos, morar na vila de São Paulo de Piratininga (peixe seco, em tupi) era quase sinônimo de falar língua de índio. Em cada cinco habitantes da cidade, só dois conheciam o português. Por isso, em 1698, o governador da província, Artur de Sá e Meneses, implorou a Portugal que só mandasse padres que soubessem “a língua geral dos índios”, pois “aquela gente não se explica em outro idioma”. Derivado do dialeto de São Vicente, o tupi de São Paulo se desenvolveu e se espalhou no século XVII, graças ao isolamento geográfico da cidade e à atividade pouco cristã dos mamelucos paulistas: as bandeiras, expedições ao sertão em busca de escravos índios. Muitos bandeirantes nem sequer falavam o português ou se expressavam mal. Domingos Jorge Velho, o paulista que destruiu o Quilombo dos Palmares em 1694, foi descrito pelo bispo de Pernambuco como “um bárbaro que nem falar sabe”. Em suas andanças, essa gente batizou lugares como Avanhandava (lugar onde o índio corre), Pindamonhangaba (lugar de fazer anzol) e Itu (cachoeira). E acabou inventando uma nova língua. “Os escravos dos bandeirantes vinham de mais de 100 tribos diferentes”, conta o historiador e antropólogo John Monteiro, da Universidade Estadual de Campinas. “Isso mudou o tupi paulista, que, além da influência do português, ainda recebia palavras de outros idiomas.” O resultado da mistura ficou conhecido como língua geral do sul, uma espécie de tupi facilitado.

ANGELO. C. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 8 ago. 2012 (adaptado).

O texto trata de aspectos sócio-históricos da formação linguística nacional. Quanto ao papel do tupi na formação do português brasileiro, depreende-se que essa língua indígena a) contribuiu efetivamente para o léxico, com nomes relativos aos traços

característicos dos lugares designados. b) originou o português falado em São Paulo no século XVII, em cuja

base gramatical também está a fala de variadas etnias indígenas. c) desenvolveu-se sob influência dos trabalhos de catequese dos padres

portugueses vindos de Lisboa. d) misturou-se aos falares africanos, em razão das interações entre

portugueses e negros nas investidas contra o Quilombo dos Palmares.

e) expandiu-se paralelamente ao português falado pelo colonizador, e juntos originaram a língua dos bandeirantes paulistas.

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QUESTÃO 5

"A noção de programa genético (...) desempenhou um papel importante no lançamento do Projeto Genoma Humano, fazendo com que se acreditasse que a decifração de um genoma, à maneira de um livro com instruções de um longo programa, permitiria decifrar ou compreender toda a natureza humana ou, no mínimo, o essencial dos mecanismos de ocorrência das doenças. Em suma, a fisiopatologia poderia ser reduzida à genética, já que toda doença seria reduzida a um ou diversos erros de programação, isto é, à alteração de um ou diversos genes".

(Edgar Morin, A religação dos saberes: o desafio do século XXI. Jornadas temáticas idealizadas e dirigidas por Edgar Morin. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil

Ltda, 2012, p. 157.) A expressão programa genético, mencionada no trecho anterior, é a) uma alegoria, pois sintetiza os mecanismos moleculares subjacentes

ao funcionamento dos genes e dos cromossomos no contexto ficcional de um programa de computador.

b) uma analogia, pois diferencia os mecanismos moleculares subjacentes ao código genético e ao funcionamento dos cromossomos dos códigos de um programa de computador.

c) uma metáfora, pois iguala toda a informação genética e os mecanismos moleculares subjacentes ao funcionamento e expressão dos genes com as instruções e os comandos de um programa.

d) uma analogia, pois contrasta os mecanismos moleculares dos genes nos cromossomos e das doenças causadas por eles com as linhas de comando de um programa de computador.

QUESTÃO 6 Para driblar a censura imposta pela ditadura militar, compositores de música popular brasileira (MPB) valiam-se do que Gilberto Vasconcelos chamou de “linguagem da fresta”, expressão inspirada na canção “Festa imodesta”, de Caetano Veloso. (...) Numa festa imodesta como esta Vamos homenagear Todo aquele que nos empresta sua testa Construindo coisas pra se cantar Tudo aquilo que o malandro pronuncia E que o otário silencia Toda festa que se dá ou não se dá Passa pela fresta da cesta e resta a vida. Acima do coração que sofre com razão A razão que volta do coração E acima da razão a rima E acima da rima a nota da canção Bemol natural sustenida no ar Viva aquele que se presta a esta ocupação Salve o compositor popular (Gilberto de Vasconcelos, Música popular: de olho na fresta. Rio de Janeiro: Graal,

1977.)

É correto afirmar que, na canção, essa “linguagem da fresta” transparece a) na contradição entre “festa” e “fresta”, que funciona como crítica ao

malandro. b) na repetição de palavras com pronúncia semelhante para louvar a

MPB. c) na referência à “fresta” como forma de o compositor se pronunciar. d) na incoerência da rima entre “festa” e “imodesta” para prestigiar o

compositor. QUESTÃO 7

“Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo do bom senso e do senso comum."

(Adaptado de “Franz Kafka, carta a Oscar Pollak, 1904.” Disponível em https://laboratoriode sensibilidades.wordpress.com. Acessado em 28/05/2018.)

Assinale o excerto que confirma os dois textos anteriores. a) A leitura é, fundamentalmente, processo político. Aqueles que formam

leitores – professores, bibliotecários – desempenham um papel político. (Marisa Lajolo, A formação do leitor no Brasil. São Paulo: Ática, 1996, p. 28.)

b) Pelo que sabemos, quando há um esforço real de igualitarização, há aumento sensível do hábito de leitura, e portanto difusão crescente das obras. (Antonio Candido, Vários escritos. São Paulo: Duas cidades, 2004, p.187.)

c) Ler é abrir janelas, construir pontes que ligam o que somos com o que tantos outros imaginaram, pensaram, escreveram; ler é fazer-nos expandidos. (Gilberto Gil, Discurso no lançamento do Ano Ibero-Americano da Leitura, 2004.)

d) A leitura é uma forma servil de sonhar. Se tenho de sonhar, por que não sonhar os meus próprios sonhos? (Fernando Pessoa, Páginas íntimas e de Auto-Interpretação. São Paulo: Ática, 1966, p. 23.)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o trecho do livro A dança do universo, do físico brasileiro Marcelo Gleiser, para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Algumas pessoas tornam-se heróis contra sua própria vontade. Mesmo que elas tenham ideias realmente (ou potencialmente) revolucionárias, muitas vezes não as reconhecem como tais, ou não acreditam no seu próprio potencial. Divididas entre enfrentar sua insegurança expondo suas ideias à opinião dos outros, ou manter-se na defensiva, elas preferem a segunda opção. O mundo está cheio de poemas e teorias escondidos no porão.

Copérnico é, talvez, o mais famoso desses relutantes heróis da história da ciência. Ele foi o homem que colocou o Sol de volta no centro do Universo, ao mesmo tempo fazendo de tudo para que suas ideias não fossem difundidas, possivelmente com medo de críticas ou perseguição religiosa. Foi quem colocou o Sol de volta no centro do Universo, motivado por razões erradas. Insatisfeito com a falha do modelo de Ptolomeu, que aplicava o dogma platônico do movimento circular uniforme aos corpos celestes, Copérnico propôs que o equante fosse abandonado e que o Sol passasse a ocupar o centro do cosmo. Ao tentar fazer com que o Universo se adaptasse às ideias platônicas, ele retornou aos pitagóricos, ressuscitando a doutrina do fogo central, que levou ao modelo heliocêntrico de Aristarco dezoito séculos antes.

Seu pensamento reflete o desejo de reformular as ideias cosmológicas de seu tempo apenas para voltar ainda mais no passado; Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador. Ele jamais poderia ter imaginado que, ao olhar para o passado, estaria criando uma nova visão cósmica, que abriria novas portas para o futuro. Tivesse vivido o suficiente para ver os frutos de suas ideias, Copérnico decerto teria odiado a revolução que involuntariamente causou.

Entre 1510 e 1514, compôs um pequeno trabalho resumindo suas ideias, intitulado Commentariolus (Pequeno comentário). Embora na época fosse relativamente fácil publicar um manuscrito, Copérnico decidiu não publicar seu texto, enviando apenas algumas cópias para uma audiência seleta. Ele acreditava piamente no ideal pitagórico de discrição; apenas aqueles que eram iniciados nas complicações da matemática aplicada à astronomia tinham permissão para compartilhar sua sabedoria. Certamente essa posição elitista era muito peculiar, vinda de alguém que fora educado durante anos dentro da tradição humanista italiana. Será que Copérnico estava tentando sentir o clima intelectual da época, para ter uma ideia do quão “perigosas” eram suas ideias? Será que ele não acreditava muito nas suas próprias ideias e, portanto, queria evitar qualquer tipo de crítica? Ou será que ele estava tão imerso nos ideais pitagóricos que realmente não tinha o menor interesse em tornar populares suas ideias? As razões que possam justificar a atitude de Copérnico são, até hoje, um ponto de discussão entre os especialistas.

(A dança do universo, 2006. Adaptado.)

QUESTÃO 8 Em “Copérnico era, sem dúvida, um revolucionário conservador” (3º parágrafo), a expressão sublinhada constitui um exemplo de a) eufemismo. b) pleonasmo. c) hipérbole. d) paradoxo.

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INGLÊS TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: NATIONAL COMPAIGN

for the ARTS

THE ROLE OF THE ARTS IN PROMOTING SOCIAL INCLUSION

1948 Declaration of Human Rights: "Everyone has the right freely to

participate in the cultural life of the community, to enjoy the arts..."

Members of the National Campaign for the Arts (NCA) have been

working in the arts to combat the effects of unemployment, racial tension,

family breakdown, crime, poor housing and many of the other issues that

lead individuals and groups to feel excluded from the mainstream of

society.

Access to art works and productions, as well researched reports indicate,

promotes a decrease in social isolation through personal growth,

enhanced personal confidence and improved social contacts. Exposure

to the arts also contributes to greater understanding of different cultures

and a stronger sense of community identity.

In addition, participation in arts projects encourages a deeper

appreciation of the arts and a more informed understanding of diverse

cultural perspectives.

However, while innovative projects are being undertaken across the

country, arts advocates face a number of difficulties. The arts are

perceived by a significant proportion of the general public and non-arts

organisations to be elitist, having little relevance to the everyday lives of

people today. Partnerships are also difficult to establish owing to general

misconceptions about the relevance of the arts to social regeneration

projects. Finally, funding for arts projects is frequently short-term. This

imposes severe limitations on the development opportunities for

regeneration projects which produce results over extended periods of

time.

I believe that by educating the population of the value of the arts in

relation to regeneration and social renewal, community participation in

initiatives will be fostered. And to achieve the goals that the NCA project

seeks, members and associated organisations have been developing

ways of encouraging participation in arts events from a broader section of

the community for some time. Innovative strategies, such as "pay-as-you-

can" have provided people from low-income backgrounds with the

opportunity to participate in arts events to which they would otherwise

have been excluded.

With the development of policies encouraging arts-based projects as a

tool in combating social exclusion, funding agencies should adopt

evaluation systems that appropriately reflect the aims and objectives of

programmes to bring arts practices into the communities. It is very

important that arts are seen by all of us to be breaking down barriers, and

tackling issues around social inclusion.

PHILIP HEDLEY

http://www.artscampaign.org.uk

QUESTÃO 9

1948 Declaration of Human Rights: "Everyone has the right freely to participate in the cultural life of the community, to enjoy the arts..." The epigraph at the beginning of the text is intended to:

a) weaken the author's logical pressupositions b) express the historical relevance of the theme c) contest the ideology of non-arts organisations d) establish a communication channel with the reader QUESTÃO 10 The statement that best conveys the basic premise of the author's argumentation is: a) Funding for arts is a useless tool for the renewal of society. b) Cultural diversity offers a chance for unlimited artistic expression. c) Engagement in arts-based activities discourages social segmentation. d) Arts practitioners should educate low-income community members. QUESTÃO 11 The writer may either expand or reduce the distance from the audience. The fragment below that includes reference to the audience is:

a) "issues that lead individuals and groups to feel excluded from the mainstream of society."

b) "I believe that by educating the population of the value of the arts in relation to regeneration and social renewal,"

c) "members and associated organisations have been developing ways of encouraging participation in arts events"

d) "arts are seen by all of us to be breaking down barriers, and tackling issues around social inclusion."

QUESTÃO 12 The author's main reason for writing the text is motivated by: a) initiatives to develop arts-oriented policies b) the need to observe public interest in arts events c) challenges to promote effective exposure to the arts d) the intent to find solutions to fund research on the arts

ESPANHOL TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES: "LAS ABUELAS APRECIAN MEJOR QUE LAS JÓVENES EL BUEN

PATRONAJE EN LA ROPA"

6Modesto Lomba asegura que trabajó mucho para conseguir el

prestigio que hoy sugiere su apellido unido al de su ex-socio: Luis

Devota. Admite que cuando en 1986 decidieron formar una factoría ni

siquiera soñaban con convertirse en protagonistas del restringido mundo

de las grandes firmas de la moda. Devota era arquitecto y 7Lomba se

inició en la sastrería de Ángel Muro en Vitoria, estudió Artes y Oficios y

viajó a Barcelona para ampliar su formación.

1Vestir es una necesidad, pero ¿hasta qué punto la moda se ha

convertido en un mero consumismo y en un símbolo cultural?

8La moda se funde con la cultura y la propia historia explica este

vínculo. Se parte de la necesidad de cubrir el cuerpo, aunque en seguida

aparece el concepto estético: huir del desnudo con buen gusto y con el

objetivo de agradar a los demás. En la era de los descubrimientos, los

tejidos pasan a ser esenciales: la ruta de la seda y la del lino son dos

ejemplos. Y las fábricas textiles se convirtieron en símbolos de la

revolución industrial y de la liberación de la mujer. Pero la revolución

definitiva en el mundo de la moda se vivió a principios del siglo pasado,

cuando aparece la figura del diseñador, un profesional abstraído del

mundo del corte y la confección y que procede de cualquier ámbito. Se

empieza a distinguir la parte creativa de la industrial, ya no son los

modistas y sastres quienes deciden qué elaboran, porque antes está la

labor del diseñador que crea la moda. Pero no confundamos moda con

diseño. Si bien la moda es efecto del diseño y provoca nuevos

consumos, el diseño no se limita a generar nuevas ideas para ser

consumidas; su función es menos efímera y más profunda, ya que nace

de una actitud creadora.

En los años 80, incluso los primeros 90, las pasarelas

escandalizaban, los desfiles rompían y las propuestas eran

transgresoras. 2Ahora, parece que la creatividad es más conservadora.

Los años 80 fueron muy atrevidos y creativos. 9Ahora, la sociedad

es más conservadora, no quiere cambios, busca la tranquilidad. De todas

formas, romper es la labor de los jóvenes diseñadores, han de ser ellos

los que sorprendan.

Precisamente, 3esa juventud demanda, y no encuentra centros de

formación, como los que existen en Italia, para ser un profesional de la

moda. Usted planteó que se llevara a la Universidad esta formación

específica. 4¿Qué hay de aquello?

Se trata no tanto de otorgarle cariz universitario como de formar a

los profesionales a nivel superior. 5Además, y esto se desconoce, la

industria de la moda tiene una gran capacidad de crecimiento y de

generar puestos de trabajo, sólo hay que ver el caso de Italia y Estados

Unidos. Nuestro país no tiene un engranaje industrial básico serio, hablo

de directivos, gestores, estilistas, sastres, comunicadores... Nuestra

Asociación promueve cursos dirigidos a estos jóvenes que quieren hacer

de la moda su profesión.

ENTREVISTA: Modesto Lomba, diseñador y presidente de la Asociación de

Creadores de Moda de España.

QUESTÃO 9 La reproducción escrita de lo dicho por un entrevistado suele caracterizarse por la exclusión de: a) los signos de pregunta b) las marcas de oralidad c) las señas del entrevistado d) los índices de alternancia del habla QUESTÃO 10 En la primera respuesta del entrevistado se hace una presentación histórica. Se infiere que esa presentación funciona como una: a) aclaración del papel de la mujer b) justificación de la revolución industrial c) valoración de la profesión de diseñador d) exposición del concepto de consumismo

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QUESTÃO 11 Se puede considerar que Lomba ha sido entrevistado porque: a) sustituye a su socio b) rechaza a los sastres c) amenaza al competidor d) representa a profesionales QUESTÃO 12 Se identifica la trayectoria profesional del entrevistado en la siguiente secuencia: a) sastre - diseñador - directivo b) sastre - directivo - modista c) gestor - modista - arquitecto d) gestor - arquitecto - diseñador

MATEMÁTICA QUESTÃO 13

O triângulo PMN acima é isósceles de base MN. Se p, m e n são

os ângulos internos do triângulo, como representados na figura, então podemos afirmar que suas medidas valem, respectivamente,

a) 50 , 65 , 65

b) 65 , 65 , 50

c) 65 , 50 , 65

d) 50 , 50 , 80

QUESTÃO 14

No quadrilátero ABCD, o valor de y x é igual a

a) 2x

b) 2y

c) x

2

d) y

2

QUESTÃO 15

Sejam dois ângulos x e y tais que (2x) e (y 10 ) são ângulos

complementares e (5 x) e (3 y 40 ) são suplementares.

O ângulo x mede

a) 5 .

b) 10 .

c) 15 .

d) 20 .

QUESTÃO 16

Os ângulos A e B são congruentes. Sendo A 2x 15 e

B 5x 9 . Assinale a alternativa que representa, corretamente, o

valor de x. a) 2º b) 8º c) 12º d) 24º QUESTÃO 17

Gabriel verificou que a medida de um ângulo é 3

rad.10

π Essa medida é

igual a a) 48º b) 54º c) 66º d) 72º QUESTÃO 18

Seja a um número real pertencente ao intervalo , .2

ππ

A expressão que representa um número real positivo é:

a) cos a sen a

b) sen a tg a

c) cos a sen a

d) sen a tg a

QUESTÃO 19 Considere um relógio analógico de doze horas. O ângulo obtuso formado entre os ponteiros que indicam a hora e o minuto, quando o relógio marca exatamente 5 horas e 20 minutos, é a) 330°. b) 320°. c) 310°. d) 300°. QUESTÃO 20 Em uma das primeiras tentativas de determinar a medida do raio da Terra, os matemáticos da antiguidade observavam, do alto de uma torre ou montanha de altura conhecida, o ângulo sob o qual se avistava o horizonte, tangente à Terra, considerada esférica, conforme mostra a figura. Segundo esse raciocínio, o raio terrestre em função do ângulo α

é dado por:

a) sen h

R1 sen

α

α

b) hsen

R1 sen

α

α

c) hsen

Rsen – 1

α

α

d) 1 sen

Rhsen

α

α

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QUÍMICA QUESTÃO 21 Glow sticks são tubos plásticos luminosos, utilizados como pulseiras em festas e que exemplificam o fenômeno da quimioluminescência. Eles contêm uma mistura que inclui difenil-oxalato e um corante. Dentro do tubo, encontra-se um tubo de vidro menor que contém peróxido de hidrogênio. Quando o tubo exterior é dobrado, o tubo interior quebra-se e libera o peróxido de hidrogênio. Este reage com o difenil-oxalato, formando fenol e um peróxido cíclico, o qual reage com o corante e forma dióxido de carbono. No decorrer do processo, elétrons das moléculas do corante são promovidos a estados eletrônicos excitados. A produção de luz nessa reação quimioluminescente ocorre devido a) à emissão do CO2. b) à oxidação do peróxido de hidrogênio. c) à adição desses elétrons excitados aos átomos de oxigênio do

peróxido. d) ao retorno dos elétrons excitados para um nível inferior de energia

onde a estabilidade é maior. QUESTÃO 22

Considere que os átomos dos elementos X e Z apresentam, respectivamente, os seguintes conjuntos de números quânticos para seus elétrons de diferenciação:

Átomo X : n 4;l 0;m 0;s 1 2

Átomo Z : n 5;l 1;m 0;s 1 2

(Convenção do spin do 1º elétron 12)

Qual é a afirmativa correta?

a) O elemento X é um metal alcalino e o elemento Z é um gás nobre.

b) Os números atômicos dos elementos X e Z são, respectivamente,

30 e 51.

c) O elemento X possui 2 elétrons de valência e o Z possui 5

elétrons.

d) A fórmula do composto formado por átomos de X e Z é 2XZ .

QUESTÃO 23 O gráfico a seguir apresenta uma relação entre as temperaturas de ebulição dos hidretos dos quatro primeiros elementos das colunas 4A, 5A, 6A e 7A e seus respectivos períodos na tabela periódica.

Ao analisar esse gráfico, um estudante fez as seguintes afirmações: I. A temperatura de ebulição para os hidretos de elementos situados em

um mesmo período cresce com o número atômico. II. Um dos fatores responsáveis pela diferença observada entre as

temperaturas de ebulição das moléculas é a massa molar.

III. A maior eletronegatividade dos elementos O, F e N está

relacionada com os maiores valores das temperaturas de ebulição da água, do ácido fluorídrico e da amônia.

IV. Os hidretos dos calcogênios têm temperaturas de ebulição menores que os hidretos dos halogênios correspondentes nos períodos.

Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II e IV. QUESTÃO 24 As ligações covalentes podem ser classificadas em dois tipos: ligações covalentes polares e ligações covalentes apolares. Observando a polaridade das ligações e a geometria da molécula, somos capazes de verificar se uma molécula será polar ou apolar. Com base nisso, assinale a opção que apresenta moléculas exclusivamente apolares.

a) HC , 2NO e 2O

b) 2C , 3NH e 2CO

c) 2C , 4CC e 2CO

d) 4CC , 3BF e 2 4H SO

QUESTÃO 25 O bafômetro é um instrumento que detecta álcool no ar exalado por meio de uma reação de transferência de elétrons. Esses dispositivos mais simples e descartáveis consistem num pequeno tubo que contém

dicromato de potássio, 2 2 7K Cr O , umedecido com ácido sulfúrico,

2 4H SO , com coloração amarelo-alaranjada. Quando a pessoa sopra,

por meio da mistura, provoca a reação dos íons dicromato, detectando a presença de álcool, devido à mudança da cor para verde, conforme equação abaixo. A mudança de cor ocorre pela diferença do número de oxidação, observada na reação, que indica o número de elétrons que um átomo ou íon perde ou ganha para adquirir estabilidade química. Equação: 3 C2H5OH + 8 H2SO4 + 2 K2Cr2O7 incolor alaranjada 2 Cr2(SO4)3 + 2 K2SO4 + 3 C2H4O2 + 11 H2O verde incolor Os números de oxidação identificados nas espécies químicas responsáveis pela mudança de coloração são, respectivamente, a) 6+ e 3+. b) 6- e 3-. c) 1+ e 2-. d) 5+ e 2+. QUESTÃO 26 Observe a fórmula estrutural da aspirina, mostrada abaixo:

_ _

_

_

_

_

_

_

_

C

CO

O

O

OH

H C3

Pode-se afirmar que a aspirina contém:

a) 2 carbonos sp2 e 1 carbono sp3

b) 2 carbonos sp2 e 7 carbonos sp3

c) 8 carbonos sp2 e 1 carbono sp3

d) 2 carbonos sp2, 1 carbono sp3 e 6 carbonos sp QUESTÃO 27 Em estações de tratamento de água, é feita a adição de compostos de flúor para prevenir a formação de cáries. Dentre os compostos mais utilizados, destaca-se o ácido fluossilícico, cuja fórmula molecular

corresponde a 2 6H SiF .

O número de oxidação do silício nessa molécula é igual a:

a) 1

b) 2

c) 4

d) 6

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QUESTÃO 28 Na tabela a seguir, estão representadas as energias de ionização de dois elementos X e Y pertencentes ao segundo período do quadro periódico.

Elementos Energias de ionização (eV)

1ª 2ª 3ª 4ª

X 5,4 75,6 122,4

Y 13,6 35,2 54,9 77,4

Elementos Energias de ionização (eV)

5ª 6ª 7ª 8ª

X

Y 113,9 138,1 739,1 871,1

A ligação entre X e Y forma uma substância _____________ de fórmula __________ e ________________________________________. Os termos que completam, corretamente, as lacunas são a) iônica, X2Y e elevada temperatura de fusão. b) simples, X2Y e insolúvel em solventes orgânicos. c) metálica, XY2 e alta capacidade de conduzir calor. d) molecular, XY2 e capaz de realizar ligações de hidrogênio.

BIOLOGIA QUESTÃO 29 A membrana plasmática é constituída, basicamente, por uma bicamada de fosfolipídios associados a moléculas de proteína. Essa estrutura delimita a célula, separa o conteúdo celular do meio externo e possibilita o trânsito de substâncias entre os meios intra e extracelular. Sobre o transporte através da membrana, é correto afirmar: a) A passagem de substâncias através da membrana plasmática,

utilizando proteínas transportadoras é denominada difusão simples. b) A difusão facilitada é o transporte de substâncias pela membrana com

o auxílio de proteínas transportadoras e gasto de energia. c) A osmose é a passagem de substâncias através da membrana

plasmática em direção à menor concentração de solutos. d) No transporte ativo, ocorre a passagem de substâncias por proteínas de membrana com gasto de energia. QUESTÃO 30 O desenho abaixo refere-se aos cariótipos de um casal de Drosophila. Com relação ao conjunto cromossômico desses insetos, é INCORRETO afirmar:

a) Os cromossomas homólogos do macho não sofrem pareamento

durante a meiose. b) O sistema de determinação do sexo é semelhante ao da espécie

humana.

c) O número haploide desse inseto é 4.

d) A Drosophila possui 6 autossomas

QUESTÃO 31 A simplicidade bioquímica dos vírus tem levado alguns cientistas a questionar se eles realmente são seres vivos. Para alguns estudiosos, os vírus são a forma de vida mais simples que existe. Mesmo os que não incluem os vírus entre os seres vivos concordam que eles são sistemas biológicos, uma vez que possuem ácidos nucleicos e utilizam o mesmo sistema de codificação genética que todas as formas de vida conhecidas.

Amabis, J.M.; Martho,G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 4 ed. São Paulo:Moderna, 2006. p. 251

Julgue como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmativas sobre os vírus. ( ) São acelulares e procariontes. ( ) Seu material genético pode ser DNA ou RNA. ( ) Não possuem metabolismo próprio; por isso, são parasitas

intracelulares obrigatórios. ( ) São constituídos por um capsídeo duplo com constituição

lipoproteica e por uma molécula de ácido nucleico. ( ) Os retrovírus são portadores de RNA e da enzima transcriptase

reversa A sequência correta de cima para baixo é a) V, V, F, F, V b) V, F, F, V, F c) F, F, V, V, F d) F, V, V, F, V QUESTÃO 32 Técnica impede multiplicação de células e pode ajudar a controlar o câncer Uma das características do câncer que mais dificulta o seu combate é o crescimento anormal e incontrolável das células doentes. Pesquisadores norte-americanos identificaram uma proteína presente no ciclo de proliferação dos tumores cancerígenos que, ao ser silenciada, pode retardar a evolução rápida e altamente prejudicial da doença. Testes em laboratório feitos com tumores humanos surtiram resultado positivo, o que leva a equipe a acreditar que poderá desenvolver um tratamento mais eficaz contra os carcinomas.

Fonte: Correio Braziliense, 26/05/2017 Disponível em: http://www.correiobraziliense.com.br

Considerando as informações do texto e os conhecimentos relacionados, é correto afirmar: a) A cada divisão celular as extremidades dos cromossomos,

denominadas centrômeros, ficam cada vez mais curtas, até atingir um limite mínimo de tamanho, paralisando as divisões celulares e sinalizando o fim da vida da célula.

b) Alterações no funcionamento dos genes de supressão tumoral e dos oncogenes, em decorrência de mutações,não estão relacionadas ao surgimento do câncer, pois esses genes são controladores do ciclo celular.

c) A meiose é o processo de divisão celular em que células diploides originam quatro células haploides. Eventos como o crossing-over e a separação dos cromossomos homólogos, ocorridos na meiose I, aumentam a variabilidade genética da espécie.

d) Na interfase, a célula diminui a sua atividade metabólica. Essa etapa do ciclo celular está dividida em três subfases: G1, S e G2.

QUESTÃO 33 Uma célula ao ser mergulhada em uma solução apresenta uma variação

de concentração de solutos em função do tempo, de acordo com o

gráfico a seguir:

De acordo com o gráfico, podemos afirmar que a célula sofreu:

a) deplasmólise b) plasmoptise c) plasmólise d) hemólise

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QUESTÃO 34

Considerando a figura acima, que mostra, de forma simplificada, a ação gênica em uma célula, assinale a alternativa incorreta. a) O gene 1 codifica uma proteína para exportação, e o gene 2, uma proteína para ser utilizada no citoplasma. b) O gene 3 codifica uma proteína que será utilizada por uma organela que, em humanos, é transmitida à prole somente pela mãe. c) O gene 4 está ou em uma estrutura que é responsável pela produção de energia, ou em uma estrutura que pode estar envolvida em processos metabólicos responsáveis pela captação de CO2 atmosférico. d) Os genes 1, 2 e 3, quando transcritos em RNAm, sofrem remoção de íntrons em um processo denominado splicing. e) O gene 4 se localiza em uma estrutura que apresenta ribossomos próprios, semelhantes aos ribossomos de procariotos, corroborando a teoria da endossimbiose. QUESTÃO 35 O organismo humano é formado por dois tipos de células: as diploides ou somáticas, conhecidas por formarem todas as células do corpo humano, e as haploides ou gametas, que são células sexuais e apresentam metade do número de cromossomos. A maioria dessas células está sempre se renovando, gerando novas células pelos processos de mitose e meiose. O esquema a seguir representa as fases da reprodução celular.

Observe as figuras e analise as afirmativas a seguir. I. A anáfase I da meiose e a telófase da mitose estão representadas

pelas figuras 4 e 2, respectivamente. II. As figuras 2 e 3 representam a telófase I da meiose e a metáfase da

mitose. III. Durante a fase representada pela figura 2, ocorre o desaparecimento

da carioteca, e o material do núcleo mistura-se ao citoplasma. IV. A figura 3 corresponde a metáfase I da meiose, em que os

cromossomos se alinham na região equatorial da célula. V. Durante a fase da figura 1, em que os cromossomos tornam-se mais

curtos e mais espessos, o processo e chamado condensação. Estão corretas apenas as afirmativas a) I, II e IV. b) II, III e V. c) I, IV e V. d) II, III e IV.

QUESTÃO 36 Nas colunas abaixo, à esquerda, são citados dois diferentes componentes estruturais do citoesqueleto; à direita, suas funções. Associe adequadamente o bloco da esquerda com o da direita.

1. Microtúbulos 2. Microfilamentos

( ) locomoção do espermatozoide ( ) ciclose em células vegetais ( ) contração e distensão das células

musculares ( ) formação de centríolos

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 1 - 1 - 2 - 2. b) 1 - 2 - 2 - 1. c) 1 - 2 - 2 - 2. d) 2 - 1 - 1 - 1.

FÍSICA QUESTÃO 37

Três pedras são atiradas horizontalmente, do alto de um edifício, tendo

suas trajetórias representadas a seguir.

Admitindo-se a resistência do ar desprezível, é correto afirmar que,

durante a queda, as pedras possuem

a) acelerações diferentes. b) tempos de queda diferentes. c) componentes horizontais das velocidades constantes. d) componentes verticais das velocidades diferentes, a uma mesma

altura. QUESTÃO 38 Em uma experiência didática, cinco esferas de metal foram presas em um barbante, de forma que a distância entre esferas consecutivas aumentava em progressão aritmética. O barbante foi suspenso e a primeira esfera ficou em contato com o chão. Olhando o barbante de baixo para cima, as distâncias entre as esferas ficavam cada vez maiores. Quando o barbante foi solto, o som das colisões entre duas esferas consecutivas e o solo foi gerado em intervalos de tempo exatamente iguais. A razão de os intervalos de tempo citados serem iguais é que a a) velocidade de cada esfera é constante. b) força resultante em cada esfera é constante. c) aceleração de cada esfera aumenta com o tempo. d) tensão aplicada em cada esfera aumenta com o tempo. QUESTÃO 39 Um trem de150m de comprimento se desloca com velocidade escalar constante de16 m/s. Esse trem atravessa um túnel e leva 50s desde a entrada até a saída completa de dentro dele. O comprimento do túnel é de: a) 500m b) 650m c) 800m d) 950m QUESTÃO 40

Com aproximadamente 6.500 km de comprimento, o rio Amazonas disputa com o rio Nilo o título de rio mais extenso do planeta. Suponha que uma gota de água que percorra o rio Amazonas possua velocidade igual a 18 km/h e que essa velocidade se mantenha constante durante todo o percurso. Nessas condições, o tempo aproximado, em dias, que essa gota levaria para percorrer toda a extensão do rio é a) 20. b) 35. c) 25. d) 30.

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QUESTÃO 41

A posição de um móvel em função do tempo é representado pela parábola no gráfico a seguir.

Durante todo o movimento o móvel estava sob uma aceleração

constante de módulo igual a A posição inicial desse móvel,

em era a) 0 b) 2 c) 15 d) -8 QUESTÃO 42

O gráfico a seguir apresenta o movimento de um carro.

Em relação ao tipo de movimento nos trechos I, II e III, assinale a alternativa correta. a) I – acelerado; II – repouso; III – MRUv. b) I – retardado; II – repouso; III – retrógrado. c) I – acelerado; II – MRU; III – retrógrado. d) I – acelerado; II – repouso; III – retrógrado. QUESTÃO 43

Em uma pista de competição, quatro carrinhos elétricos, numerados de I

a IV, são movimentados de acordo com o gráfico a seguir.

O carrinho que percorreu a maior distância em 4 segundos tem a seguinte numeração: a) I b) II c) III d) IV QUESTÃO 44

Certo piloto de kart é avaliado durante uma prova, ao longo de um trecho retilíneo de 200m de comprimento. O tempo gasto nesse deslocamento foi 20,0s e a velocidade escalar do veículo variou segundo o diagrama abaixo.

Nesse caso, a medida de no instante em que o kart concluiu o trecho foi a) 90,0 km/h b) 60,0 km/h c) 50,0 km/h d) 30,0 km/h

HISTÓRIA QUESTÃO 45 (Upe-ssa 1) Obser ve a i mag em a seguir:

(...) o elemento religioso não limitou os seus efeitos ao fortalecimento, no mundo da cavalaria, do espírito de corpo; exerceu também uma ação poderosa sobre a lei moral do grupo. Antes de o futuro cavaleiro receber a sua espada, no altar, era-lhe exigido um juramento, que especificava as suas obrigações.

(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)

O texto mostra que os cavaleiros medievais, entre outros aspectos de sua formação e conduta, a) mantinham-se fieis aos comerciantes das cidades, a quem deviam

proteger e defender na vida cotidiana e em caso de guerra. b) privilegiavam, na sua formação, os aspectos religiosos, em detrimento

da preparação e dos exercícios militares. c) valorizavam os torneios, pois neles mostravam seus talentos e sua

força, ganhando prestígio e poder no mundo medieval. d) definiam-se como uma ordem particular dentro da rígida estrutura

feudal, mas mantinham vínculos profundos com a Igreja. QUESTÃO 46 Ao longo da chamada Alta Idade Média, na Europa Ocidental, o feudo torna-se progressivamente a unidade básica da vida social. Entre as características essenciais da ordem feudal, NÃO se pode apontar a) a existência de terras comunais utilizadas por servos e senhores. b) a constituição do burgo como zona fortificada do castelo senhorial. c) a independência da propriedade da terra em relação aos laços

políticos. d) a posse camponesa da terra, voltada à produção para subsistência. QUESTÃO 47 Mergulhados numa atmosfera social em que qualquer relação de inferior a superior reveste uma coloração diretamente humana, essas pessoas, para com o senhor, não estão obrigadas apenas às múltiplas rendas ou prestações de serviços que oneram as casas e os campos. Devem-lhe também auxílio e obediência e contam com a sua proteção.

Marc Bloch. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 1987, p. 278.

O texto refere-se às relações a) entre reis e súditos. b) de servidão. c) entre homens e mulheres. d) de vassalagem. QUESTÃO 48 Observe a imagem, leia o texto e responda:

Depois da queda do Império Romano do Ocidente (476) Roma caiu num período de obscuridade enquanto Constantinopla permanecia o farol da civilização e da cultura, sendo constantemente embelezada por monumentos magníficos. Um deles, Santa Sofia, obra-prima da arquitetura, erguida no século VI e considerada pelos historiadores de arte como a oitava maravilha do mundo. Em 1453 Constantinopla foi submetida ao domínio de outro povo e o monumento passou por modificações exteriores e interiores.

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Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, os responsáveis pela construção e pelas posteriores alterações em Santa Sofia: a) gregos – persas; b) gregos – turcos seljúcidas; c) bizantinos – árabes muçulmanos; d) bizantinos – turcos otomanos; e) francos – hindus. QUESTÃO 49 Para estudar a sociedade de uma determinada época, os historiadores procuram saber como as pessoas viviam, o que elas comiam, como se comportavam e no que elas acreditavam. Na Europa, durante a Idade Média, por exemplo, os nobres comiam com a mão retirando os alimentos de um mesmo prato, tomavam a sopa da mesma tigela, comiam a carne de uma mesma travessa e bebiam de uma única taça que circulava pela mesa. O pão era partido com a mão. Até as facas e as colheres eram compartilhadas entre todos! Já na Idade Moderna, ao contrário, cada um é dono de um prato, um copo, uma faca, uma colher. Tudo o que é retirado das travessas deve ser pego com os talheres e depositado no prato antes de ser levado à boca. O pão é cortado com a faca. (CHARTIER, Roger (org). História da vida privada vol.3. São Paulo: Cia. das Letras,

p. 264. Adaptado)

Analisando as informações do texto relativas aos comportamentos à mesa, pode-se concluir que a) na Idade Moderna não se observam transformações em relação aos

hábitos alimentares da Idade Média. b) na Idade Média predominavam as práticas sociais coletivas, e na

Idade Moderna, o individualismo. c) na Idade Moderna a sociedade era mais sofisticada do que na Idade

Média, pois tinha acesso a produtos importados. d) na Idade Média não existia tecnologia, pois se usavam as mãos

devido à inexistência de utensílios apropriados. QUESTÃO 50 (...) a própria vocação do nobre lhe proibia qualquer atividade econômica direta. Ele pertencia de corpo e alma a sua função própria (...). (Bloch, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa, 1987) Tomando por base o contexto da Europa Medieval, é possível concluir que a nobreza feudal a) por ser proprietária das terras, trabalhava arduamente na produção

agrícola dos feudos. b) enriquecia de maneira indireta, fazendo o comércio e obtendo lucro

com a venda dos excedentes. c) dedicava-se às atividades militares, cabendo aos servos as tarefas

produtivas. d) contrariando a Igreja, obtinha lucro emprestando dinheiro aos servos e

cobrando juros. QUESTÃO 51 Observe a fotografia de 31 de outubro de 2010 que registrou peregrinos no círculo da Caaba na Grande Mesquita, em Meca, Arábia Saudita.

No islamismo, que conta com milhões de adeptos no mundo contemporâneo, a peregrinação a) é sinônimo de guerra santa e deve ser realizada por convocação de

um aiatolá. b) foi instituída depois da morte de Maomé, para homenagear o fundador

do Islã.

c) deve ser realizada pelo menos uma vez na vida, pelos fiéis com condições físicas e financeiras.

d) exige grande sacrifício, pois o fiel deve conservar-se em jejum durante todo o período.

QUESTÃO 52 Leia o texto a seguir. É notório que os reis que deixaram boa memória, cada um no seu tempo, buscaram a maneira de acrescentar as suas rendas e fazendas, sem dano e prejuízo dos seus súditos, para sustentar o seu estado real, a boa governança dos seus reinos, bem como a guarda e conservação deles para a conquista e guerra.

ARCHIVO GENERAL DE SIMANCAS. Diversos de Castela. Livro 3, fólio 85. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e

testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 256. [Adaptado].

Escrito no século XV, o texto é parte de uma instrução régia de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Ele revela, como aspecto característico das monarquias europeias centralizadas, a organização das finanças régias, a) considerando as despesas com a administração dos negócios

militares. b) implementando uma política de favorecimento da burguesia

emergente. c) estabelecendo uma remuneração à nobreza pelos serviços

burocráticos. d) impondo o controle estatal às atividades econômicas privadas.

GEOGRAFIA

QUESTÃO 53

Dados recentes mostram que muitos são os países periféricos que dependem dos recursos enviados pelos imigrantes que estão nos países centrais. Grande parte dos países da América Latina, por exemplo, depende hoje das remessas de seus imigrantes. Para se ter uma ideia mais concreta, recentes dados divulgados pela ONU revelaram que

somente os indianos recebem 10 bilhões de dólares de seus

compatriotas no exterior. No México, segundo maior volume de divisas,

esse valor chega a 9,9 bilhões de dólares e nas Filipinas, o terceiro, a

8,4 bilhões.

HAESBAERT. R.; PORTO-GONÇALVES, C. W. A nova des-ordem mundial. São Paulo: Edunesp, 2006.

Um aspecto do mundo globalizado que facilitou a ocorrência do processo descrito, na transição do século XX para o século XXI, foi o(a) a) integração de culturas distintas. b) avanço técnico das comunicações. c) quebra de barreiras alfandegárias. d) flexibilização de regras trabalhistas. QUESTÃO 54 Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico quanto uma certa liberação dos ritmos cíclicos da natureza, com a passagem das estações e as alternâncias de dia e noite. Com a iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a percepção temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. Se a luz invade a noite, perde sentido a separação tradicional entre trabalho e descanso – todas as partes do dia podem ser aproveitadas produtivamente.

SILVA FILHO. A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará; Secult-CE. 2001 (adaptado).

Em relação ao mundo do trabalho, a transformação apontada no texto teve como consequência a a) melhoria da qualidade da produção industrial. b) redução da oferta de emprego nas zonas rurais. c) permissão ao trabalhador para controlar seus próprios horários. d) ampliação do período disponível para a jornada de trabalho. QUESTÃO 55 Atualmente, as represálias econômicas contra as empresas de informática norte-americanas continuam. A Alemanha proibiu um aplicativo dos Estados Unidos de compartilhamento de carros; na China, o governo explicou que os equipamentos e serviços de informática norte-americanos representam uma ameaça, pedindo que as empresas estatais não recorram a eles.

SCHILLER, D. Disponível em: www.diplomatique.org.br. Acesso em: 11 nov. 2014 (adaptado).

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As ações tomadas pelos países contra a espionagem revelam preocupação com o(a) a) subsídio industrial. b) hegemonia cultural. c) protecionismo dos mercados. d) segurança dos dados. QUESTÃO 56

Na imagem, é ressaltado, em tom mais escuro, um grupo de países que na atualidade possuem características político-econômicas comuns, no sentido de a) adotarem o liberalismo político na dinâmica dos seus setores públicos. b) constituírem modelos de ações decisórias vinculadas à social-

democracia. c) instituírem fóruns de discussão sobre intercâmbio multilateral de

economias emergentes. d) promoverem a integração representativa dos diversos povos

integrantes de seus territórios. e) apresentarem uma frente de desalinhamento político aos polos

dominantes do sistema-mundo. QUESTÃO 57 Disneylândia Multinacionais japonesas instalam empresas em Hong-Kong E produzem com matéria-prima brasileira Para competir no mercado americano [...] Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses na Nova Guiné Gasolina árabe alimenta automóveis americanos na África do Sul [...] Crianças iraquianas fugidas da guerra Não obtêm visto no consulado americano do Egito Para entrarem na Disneylândia

ANTUNES, A. Disponível em: www.radio.uol.com.br. Acesso em: 3 fev. 2013 (fragmento).

Na canção, ressalta-se a coexistência, no contexto internacional atual, das seguintes situações: a) Acirramento do controle alfandegário e estímulo ao capital

especulativo. b) Ampliação das trocas econômicas e seletividade dos fluxos

populacionais. c) Intensificação do controle informacional e adoção de barreiras

fitossanitárias. d) Aumento da circulação mercantil e desregulamentação do sistema

financeiro. e) Expansão do protecionismo comercial e descaracterização de

identidades nacionais. QUESTÃO 58 No atual estágio de desenvolvimento do capitalismo mundial, no qual se globalizam não só os mercados, mas também a produção, a palavra de ordem é competitividade. O modelo de produção flexível que vem sendo adotado pelas empresas traz significativos reflexos não apenas nas formas de organização produtiva, mas também nas relações de trabalho e nas políticas econômicas dos países. Dentre esses reflexos podem-se destacar: I. o apelo das indústrias pela intervenção do Estado na economia, sem

interferir nas empresas privadas, de modo a criar condições para a melhoria do padrão de vida da população e, por conseguinte, fomentar o consumo.

II. a implementação gradual da economia de escala em substituição à economia de escopo, visando a reduzir o custo de produção a partir da fabricação de itens padronizados e em grande quantidade.

III. a implementação do just-in-time, método de organização da produção

que visa a eliminar ou reduzir drasticamente os estoques de insumos, reduzindo custos e postos de trabalho e disponibilizando capital para novos investimentos.

IV. a disseminação, em diversos países desenvolvidos, de propostas de flexibilização da legislação trabalhista, com a redução dos salários e dos benefícios sociais, acarretando, em consequência, o enfraquecimento do movimento sindical.

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas. a) I e II b) I e III c) II e III d) III e IV QUESTÃO 59 A elaboração da Lei n. 11.340/06 (Lei Maria da Penha) partiu, em grande medida, de uma perspectiva crítica aos resultados obtidos pela criação dos Juizados Especiais Criminais direcionada à banalização do conflito de gênero, observada na prática corriqueira da aplicação de medidas alternativas correspondentes ao pagamento de cestas básicas pelos acusados.

VASCONCELOS, F. B. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 11 dez. 2012 (adaptado).

No contexto descrito, a lei citada pode alterar a situação da mulher ao proporcionar sua a) atuação como provedora do lar. b) inserção no mercado de trabalho. c) presença em instituições policiais. d) proteção contra ações de violência. QUESTÃO 60 Leia o texto abaixo e responda o que se segue: Ritos corporais entre os Nacirema A cultura Nacirema caracteriza-se por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que evolui em um rico habitat. Apesar do povo dedicar muito do seu tempo às atividades econômicas, uma grande parte dos frutos deste trabalho e uma considerável porção do dia são dispensados em atividades rituais. O foco destas atividades é o corpo humano, cuja aparência e saúde surgem como o interesse dominante no ethos deste povo. (...) Os Nacirema têm um horror quase que patológico, e ao mesmo tempo fascinação, pela cavidade bucal, cujo estado acreditam ter uma influência sobre todas as relações sociais. Acreditam que, se não fosse pelos rituais bucais seus dentes cairiam, seus amigos os abandonariam e seus namorados os rejeitariam. (...) Esperemos que quando for realizado um estudo completo dos Nacirema haja um inquérito cuidadoso sobre a estrutura da personalidade destas pessoas. Basta observar o fulgor nos olhos de um sacerdote-da-boca, quando ele enfia um furador num nervo exposto, para se suspeitar que este rito envolve certa dose de sadismo. Se isto puder ser provado, teremos um modelo muito interessante, pois a maioria da população demonstra tendências masoquistas bem definidas. Horace Miner In: A.K. Rooney e P.L. de Vore (orgs) YOU AND THE OTHERS - Readings in Introductory Anthropology (Cambridge, Erlich) 1976. Tradução livre disponível em <https://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/ritos-corporais-entre-os-nacirema.html>. Acesso em 01 abr. 2015. O texto acima procura, de forma bem-humorada, modificar a visão do leitor a respeito da própria sociedade em que vive: a sociedade ocidental moderna. Não por acaso, “Nacirema” é um anagrama da palavra “American”. Esse tipo de mudança do olhar diz respeito a qual característica do pensamento sociológico? a) Crítica dialética ou razão crítica. b) Aprendizado acadêmico. c) Sistematização de dados. d) Estranhamento de si ou desnaturalização do mundo.