Ergonomia e estética em projetos

ERGONOMIA E ESTÉTICA EM

PROJETOS

Aluno: Alex Pinheiro

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCOENGENHARIA MECÂNICA

Definições Histórico Evolução Surgimento oficial Ergonomia e design do

produto Funções do produto

ABORDAGEM

Requisitos do projeto Etapas do projeto Projeto universal

◦ usabilidade Exemplos e cases Daqui pra frente


“Estudo das interações das pessoas com a tecnologia, organização e o ambiente, objetivando intervenções e projetos que visem melhorar, de forma integrada e indissociada a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas”. Associação Brasileira de Ergonomia

“Ergonomia (ou Fatores Humanos) é a disciplina cientifica, que estuda as interações entre os seres humanos e outros elementos do sistema, e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos, a projetos que visem otimizar o bem estar humano e o desempenho global de sistemas.” International Ergonomics Association (IEA)

DEFINIÇÕES DE ERGONOMIAErgon = trabalho + Nomos = regras, leis (K.F.H. Murrel)


Algumas pessoas se confundem com o termo e muitos têm apenas uma vaga ideia do significado da mesma, associando-a com cadeiras ou com bicicletas ergométricas

MAS AFINAL O QUE E ERGONOMIA?

Útil na concepção de brinquedos, no vestuário, em projetos de informação, no mobiliário, utensilios e nos softwares, dentre inúmeras outras aplicações


PALEOLÍTICO 500.000 – 18.000 a.C.; Pedra lascada; Descobre meios de dominar a natureza; Grupos nômades, cavernas, pintura; Caça, pesca; Usa fogo;

HISTÓRICO


NEOLÍTICO 18.000 – 5.000 a.C. Pedra polida; Utensílios agrícolas; Nômade – sedentário; Cavernas – casas; Domestica animais;

HISTÓRICO


500.000 anos

EVOLUÇÃO


IDADE DOS METAIS 5.000 – 4.000 a.C. Uso dos metais cobre, estanho, ferro; Aldeias – cidades – estados – reinos; Armas; Guerras; Aparece o comércio; Navegação; 4.000 a.C. escrita

HISTÓRICO


Séc. XVI

I

• Produção artesanal; oficinas coletivas• Trabalhadores participam de todo o

processo produtivo

Séc. XVI

II

• Industrialização• Mecanização dos processos de

produção

HISTÓRICO


1857: Wojciech Jastrzbowski

Biólogo polonês, autor do termo “Ergonomia”

Artigo: Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho, baseado nas leis objetivas da natureza.

HISTÓRICO


Ao contrario de muitas outras ciências cuja origem se perdem no tempo e no espaço, a ergonomia tem uma data oficial de nascimento: 12 de julho de 1949.

1949: Ergonomics Research Society 1950: Ergonomia em serviços na França 1957: Human Factors Society – USA Anos 60: Sociétè d’Ergonomie de Langue Française – SELF 1961: Associação Internacional de Ergonomia – IEA 1983: Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO

SURGIMENTO OFICIAL


Até recentemente, o projeto e desenvolvimento de produtos era concentrado principalmente nos aspectos técnicos e funcionais. Os aspectos ergonômicos e de design eram pouco considerados

ERGONOMIA DO PRODUTO


Neste início de século XXI, o desenvolvimento de projetos de produto tem procurado considerar, com maior intensidade, os aspectos:

Usabilidade; Qualidade; Desempenho; Design; Segurança dos produtos

ERGONOMIA DO PRODUTO

Mercado competitivoExigências normativas


Da capa de um livro à indústria pesada o design hoje trabalha a função e a forma para fisgar o consumidor no seu ponto mais fraco: a emoção.

A imagem é tudo.◦ O que vai diferenciar um produto do outro na hora da compra

será justamente como ele se apresenta, não mais o que ele faz

“O usuário julga o produto pelo seu conforto e eficiência, mas atribui valores estéticos positivos ou negativos quando detecta tais problemas.” Tedeschi 1967

O DESIGN VENDE


A estética do produto é fundamental!!!!

◦ Atrai o consumidor para a compra, despertando o sentido visual e o desejo da aquisição;

◦ Está ligada ao que o consumidor percebe, do ponto de vista da aparência (configuração das formas, das superfícies e das cores e aspectos relacionados à beleza;

O DESIGN VENDE


FUNÇÕES DO PRODUTO

Práticas: Evidenciada pelo funcionalismo;

Estética: Atratividade


FUNÇÕES BÁSICAS

Simbólica: Gera nos consumidores, conexões com experiências e sensações vividas anteriormente.

FUNÇÕES BÁSICAS

FUNÇÕES DO PRODUTO


Qualidade técnica - É a parte que faz funcionar o produto, do ponto de vista mecânico, elétrico, eletrônico ou químico.

Qualidade ergonômica - É a que garante uma boa interação do produto com o usuário. Inclui a facilidade de manuseio, adaptação antropométrica.

Qualidade estética - É a que proporciona prazer ao consumidor.

REQUISITOS DE PROJETO


Ex:



Alguns fabricantes não conseguem estabelecer um equilíbrio adequado entre esses três requisitos. Muitas vezes, pressionados pelo mercado, eles preferem alterar os aspectos estéticos e ergonômicos dos produtos porque as qualidades técnicas não são tão visíveis ao consumidor e também são de mais difícil modificação.



A fase inicial do projeto é definir de forma concreta os requisitos, analisando as especificações do mesmo.

A forma de um objeto também comunica sua função, tornando o objeto amigável, e aquilo que o usuário deseja.

Peso razoável; Facilidade de manutenção; Visual atraente; Boa ergonomia; Forma simbólica.



BENS DE CAPITAL◦ Usados por empresas◦ Máquinas◦ Pessoas habilitadas e treinadas◦ Manutenção sistemática◦ Custo alto◦ Renovação é periódica

CLASSIFICAÇÃO DO PRODUTO QUANTO AO USUÁRIO

BENS DE CONSUMO◦ Âmbito doméstico◦ Eletrodomésticos, móveis◦ Pessoas não são treinadas◦ Manutenção não é regular◦ Custo difícil de quantificar◦ Renovação é frequente - moda


Os especialistas em ergonomia geralmente responsabilizam-se pelas seguintes atividades (Haubner, 1990):◦ Analisar e descrever as tarefas e características dos usuários do sistema;◦ Elaborar propostas para interfaces e alternativas para melhorar a usabilidade;◦ Contribuir para avaliar o produto do ponto de vista ergonômico.

ETAPAS DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS


ETAPAS DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS


AntesPara

determinados segmentos de

população

Determinadas regiões

HojeVariação das

características dos usuários

Mercado mundial

PROJETOS


Ênfases

Projeto universal

Produto que atenda a maioria

da população

Usabilidade

Facilidade e comodidade no

uso dos produtos

PROJETO UNIVERSAL EUSABILIDADE


USO EQUITATIVO: dimensões, ajustes para maior número usuários

PRINCIPIOS DO PROJETO UNIVERSAL


FLEXIBILIDADE NO USO: destros/canhotos escolha do modo de usar



USO SIMPLES E INTUITIVO: fácil entendimento



INFORMAÇÃO PERCEPTÍVEL: informações essenciais redundantes – mais de um sentido



TOLERÂNCIA AO ERRO: Minimizar os riscos e as consequências adversas das ações involuntárias ou acidentais



REDUÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO: evitar superdimensionamentos



ESPAÇO APROPRIADO: dimensionamento das máquinas, acesso, alcance e manipulação.



EVIDÊNCIA: Indicar claramente a sua função e o modo de operação.

Ex.: porta de vidro.

PRINCÍPIOS DA USABILIDADE


CONSISTÊNCIA: operações semelhantes devem ser feitas de forma semelhante.

Ex.: porta de casa/carro menu computador.



CAPACIDADE: respeitar capacidade individual. Ex.: para dirigir as duas mãos ficam ocupadas com

volante e câmbio



COMPATIBILIDADE: o atendimento às expectativas melhora a compatibilidade.

Ex.: Movimento rotacional de um controle para direita. Torneira

a cor vermelha está associada com perigo ou proibição, em oposição ao verde, que significa segurança ou liberação de um procedimento,



PREVENÇÃO E CORREÇÃO DOS ERROS: Impedir procedimentos errados e permitir correção rápida.

Ex.: ignição motor vinculada à colocação do cinto.



REALIMENTAÇÃO: retorno ao usuário sobre o resultado de sua ação. Ex.: sinal de ocupado do telefone, placas de trânsito.



A usabilidade dos produtos pode ser melhorada aplicando-se os princípios apresentados. Entretanto, essas medidas recaem em dois tipos de características (Jordan, 1998): físicas e cognitivas.



Características físicas: Melhora através de alteração de algumas características físicas do produto, como dimensões, pesos, formas, resistências e outras.

Ex.: Colocando-se mecanismos de regulagem em um produto que, antes, tinha uma medida fixa.

Características cognitivas: As características cognitivas referem-se aos conhecimentos do usuário sobre o modo de usar o produto, baseando-se em suas experiências anteriores.

Ex.: nosso estereótipo para abrir uma porta é girar alavanca para baixo, maçaneta para esquerda ou puxar uma alça. Qualquer produto que contrarie esses estereótipos causará dificuldade



A embalagem comercial não é apenas um meio de armazenamento e transporte de um produto, mas é um objeto que possibilita aos consumidores uma relação afetiva individual com o produto.

EMBALAGENS


ASPECTOS NO DESENVOLVIMENTO

◦ Aspectos técnicos, produção e funcionalidade, materiais◦ Aspectos regulatórios, legislação e certificações◦ Aspectos estéticos◦ Aspectos ambientais◦ Aspectos mercadológicos e econômicos

EMBALAGENS


REXONA

CASES

Chassis: redesenhado para maior resistência do frasco e design arrojado permitindo a visualização do mecanismo interno de disparo, além do uso da cor vermelha remetendo aos projetos de design de carros esportivos da Pininfarina.Anel de Travamento: Maior acessibilidade para o manuseio e com som do click mais audível, que garante o travamentoBotão atuador: em tamanho maior e em borracha

Spray: sonorização intensificada para melhor controle e performance do produto

Volume: diminuiu de 105 gramas (175 mililitros) para 90 gramas (150 mililitros)

R$Custo

Receita


ECO-ERGONOMIA O conceito de sustentabilidade é novo na ergonomia; Compartilham de ideias e enfoques;

NOVOS RUMOS


DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL:

Otimiza a relação entre sistema econômico, ecossistema e sistema social

ERGONOMIA:

Otimiza a relação entre homem e outros elementos do sistema.

ECO-ERGONOMIA Pretende analisar como a metodologia ergonômica pode

ser usada para reduzir a poluição e o consumo. A forma como cada um de nós consome bens e serviços

impacta o meio ambiente e, ainda afeta o bem-estar da nossa comunidade

NOVOS RUMOS


Design será o grande desafio para os próximos anos. Aliado a ergonomia e o conceito de sustentabilidade, se torna uma importante ferramenta para ganhar o consumidor. As empresas que entenderem a importância do seu significado, aplicado na estratégia de marketing para canais de vendas, terão maior vantagem competitiva daqui para frente.

CONCLUSÕES

Lida, Itiro. ERGONOMIA Projeto e Produção. 2ª edição rev. e ampl. - São Paulo: Edgard Blücher, 2005.

Mirna S. L. MONTEIRO, Thamires L. B. NASCIMENTO. PROJETO DE UMA CADEIRA COM FORMAS ORGÂNICAS. Instituto de Estudos Superiores da Amazônia – IESAM

IEA. The International Ergonomics Association. Disponível em: http://www.iea.cc. Acesso em: Out. 2013.

ABERGO. Associação Brasileira de Ergonomia. Disponível em: http://www.abergo.org.br/. Acesso em: Out 2013

ABRE – Associação Brasileira de Embalagem. Disponível em http://www.abre.org.br/. Acesso em: Out 2013

http://www.leolez.com/marketing/30-odesignvende.html. Acesso em: Out 2013.

Prof. Andréa Cristina dos Santos, Dr. Eng. Aula 24. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Núcleo de Engenharia de Produção, Disciplina Engenharia de Produto

Luis Carlos Paschoarelli, José Carlos Plácido da Silva. Design Ergonômico, uma revisão dos seus aspectos metodológicos. Departamento de Desenho Industrial da Faac/Unesp;

Mario S. Ferreira . Análise Notas de Aula-Graduação . Ergonômica do Produto. PUC-RS. 2012

REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS

http://www.iea.cc/

http://www.iea.cc/

http://www.abergo.org.br/

http://www.abergo.org.br/

http://www.abre.org.br/

http://www.leolez.com/marketing/30-odesignvende.html

http://www.leolez.com/marketing/30-odesignvende.html

Ergonomia e estética em projetos

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