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Um “Outro” Panorama da FEUP Expectativas dos novos alunos Porto, Outubro de 2010 Supervisor: António Miguel Gomes Monitor: Bernardo Cerqueira Intervenientes: Grupo G_I408 Diogo Pinela (MIEIC) Mariana Carneiro (MIEIG) Pedro Alves (MIEIC) Pedro Costa (MIEIC) Pedro Martins (MIEIC)

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Um “Outro” Panorama da FEUP

Expectativas dos novos alunos

Porto, Outubro de 2010

Supervisor: António Miguel Gomes

Monitor: Bernardo Cerqueira

Intervenientes: Grupo G_I408

Diogo Pinela (MIEIC)

Mariana Carneiro (MIEIG)

Pedro Alves (MIEIC)

Pedro Costa (MIEIC)

Pedro Martins (MIEIC)

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Resumo

O nosso trabalho tem como objectivo analisar a FEUP de um diferente

ponto de vista, isto é, através da análise das expectativas dos alunos recém-

chegados à faculdade, de modo a ser possível saber mais sobre estes.

Para tal, optámos por realizar um inquérito por questionário online aos

alunos do primeiro ano, de modo a obtermos algumas respostas relativamente

às suas expectativas para durante o seu período na FEUP e para após o

término deste.

Com a realização deste inquérito, ficamos a saber um pouco mais

relativamente ao pensamento predominante entre os alunos do primeiro ano.

Entre essas ideias principais, destaca-se o facto de, no geral, acharem todos

que o grau de exigência que irão ter do seu curso irá ser extremo e ainda o

facto de ser o unânime a opinião de que ser formado na FEUP abre outras

perspectivas em relação ao seu futuro profissional.

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Agradecimentos

Nenhum trabalho de investigação é possível sem a colaboração,

cooperação, amizade e disponibilidade não só entre os membros do grupo mas

também entre todos os outros, exteriores ao grupo, que nos ajudaram a

possibilitar este trabalho.

Assim, gostaríamos de agradecer, desde já, a todos os alunos que

responderam ao nosso inquérito, com especial atenção para os elementos do

grupo G_I402, as “cobaias” que responderam ao nosso pré-relatório e que nos

deram bastante e importante feedback em relação a esse e, ainda, aos que se

disponibilizaram para serem filmados nas pequenas entrevistas utilizadas na

apresentação do trabalho.

Por último, um agradecimento especial ao orientador e monitor do nosso

grupo, respectivamente, o professor António Miguel Gomes e o estudante

Bernardo Cerqueira, por toda a disponibilidade, incentivo e espírito crítico

demonstrados ao longo deste mês, indispensáveis na realização de todo este

projecto.

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Índice

Resumo ............................................................................................................. 2

Agradecimentos ............................................................................................... 3

Índice ................................................................................................................. 4

Introdução ......................................................................................................... 5

Metodologia ...................................................................................................... 6

Apresentação dos Resultados ........................................................................ 9

Caracterização sociográfica ........................................................................ 9

Expectativas Durante o Curso ................................................................... 10

Expectativas Após o Curso ........................................................................ 14

Análise dos Resultados ................................................................................. 16

Conclusão ....................................................................................................... 19

Bibliografia ...................................................................................................... 20

Anexos ............................................................................................................ 21

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Introdução

Com o objectivo de analisar a FEUP de uma diferente perspectiva, foi-

-nos atribuído, no âmbito da unidade curricular “Projecto FEUP”, encontrar uma

resposta para a seguinte pergunta:

Quais as expectativas dos novos alunos de Mestrados Integrados em

relação à FEUP?

Certamente que, ao nos depararmos com esta questão orientadora, são

desencadeadas muitas outras… Por exemplo, será que as expectativas a

analisar são expectativas a curto, médio ou longo prazo? Estamos a falar de

que tipo de expectativas? Expectativas sociais ou académicas? Durante o

curso ou após o curso?

Pois bem, todas as perguntas são válidas para a análise desta temática.

O que realmente se quer com este tema é, a partir das informações recolhidas

através de uma técnica de investigação, como o inquérito e a entrevista, tirar

conclusões relativamente à maneira de pensar, sentir e agir dos novos alunos

da FEUP, permitindo-nos, deste modo, conhecer melhor a nova massa de

estudantes recém-chegados a esta faculdade.

Ao se fazer isso, conseguiremos encontrar um “outro” panorama da

FEUP.

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Metodologia

Nesta parte do relatório, vamos falar sobre a metodologia utilizada no

nosso trabalho de pesquisa, isto é, da maneira como decidimos tratar a

problemática em questão de modo a obter o maior número de dados para a

análise.

Entrevista vs Inquérito por Questionário

Para a recolha dos dados necessários ao nosso trabalho de pesquisa,

várias técnicas de investigação poderiam ter sido utilizadas. No entanto, para o

tipo de trabalho que era, apenas faria sentido utilizar as de inquirição uma vez

que o nosso objectivo era saber o que os alunos do primeiro ano da FEUP

esperam em relação ao futuro.

Deste modo, deparamo-nos com duas técnicas de inquirição: o inquérito

por questionário e a entrevista.

A entrevista é uma técnica de recolha de informação a partir de um

guião, tendo por base um tema. Esta recolha implica necessariamente o

diálogo entre duas ou mais pessoas pelo que é obtida oralmente.

Por sua vez, o inquérito por questionário é a “arte de interrogar

populações, geralmente vastas, com o intuito de descobrir regularidades (nos

comportamentos, atitudes e opiniões). ” (Pombo et al, 2009) Porque é

impossível inquirir o universo, o inquérito terá que incidir sobre uma amostra,

ou seja, uma parcela do universo. As questões a incluir no questionário são

previamente elaboradas e testadas.

Apesar de a entrevista permitir uma maior riqueza na recolha de dados,

o inquérito adapta-se mais ao tipo de investigação do nosso trabalho. Isto

porque é um método de recolha de dados muito mais rápido do que a

entrevista, o que nos permite recorrer a uma maior amostra dentro do tempo

limitado disposto; para além disso, é-nos mais fácil analisar os dados obtidos

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pelo inquérito, visto que as questões são maioritariamente de resposta

fechada.

Também decidimos fazer o inquérito online e não presencial, porque tal

torna muito mais fácil a distribuição e resposta a este (apenas é necessário o

envio de um email a toda a população a inquirir) bem como a recolha dos

dados obtidos, permitindo-nos concentrar apenas na análise destes últimos.

Etapas da construção do inquérito por questionário

No ano lectivo em que nos encontramos, existem 1041 alunos a

frequentar o primeiro ano dos diferentes Mestrados Integrados. Destes, 843

ingressaram há cerca de um mês no ensino superior. Como já referido

anteriormente, num inquérito é necessário definir uma amostra para inquirição

pois é impraticável inquirir o universo total.

Num primeiro momento, o grupo tinha considerado que essa amostra iria

ser não probabilística, por quotas, isto é, que iria ser como “um modelo

reduzido da população (…) apresentando a mesma estrutura que a população-

-mãe” (Almeida and Pinto 1990) e que apenas iria ser inquirida 10% da

população total (aproximadamente 85 estudantes).

No entanto, após uma conversa com o supervisor e o monitor, decidimos

que o nosso inquérito iria ser enviado para 247 pessoas, isto é,

aproximadamente 25% da população total, uma vez que, por ser um inquérito

online, este poderia não ter a adesão necessária para mais tarde os dados

serem analisados.

Após o envio do inquérito a quase 250 alunos, apenas 79 responderam,

ou seja, a nossa meta inicial dos 10% foi praticamente alcançada.

Para garantir uma compreensão total do inquérito, foi-nos proposto que

fizéssemos um inquérito provisório, a um pequeno grupo de pessoas

(“cobaias”) de forma a testarmos as nossas questões e obtermos algum

feedback sobre o mesmo.

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Em conjunto, decidimos dividir o inquérito em três partes:

-Uma primeira parte destinada à caracterização sociográfica;

-Uma segunda parte dirigida às expectativas durante o curso;

-Uma última parte para as expectativas após a conclusão deste.

Tendo em conta esta estrutura, criámos um conjunto de questões para

cada parte.

Depois de testarmos o nosso inquérito provisório, poucas alterações

foram feitas, ficando o inquérito final pronto a ser enviado aos inquiridos.

Este inquérito encontra-se em anexo no final do relatório.

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Apresentação dos Resultados

Nesta parte do relatório são apresentadas as constatações de resultados

relativamente às várias questões bem como alguns gráficos obtidos.

Caracterização sociográfica

Com a realização dos inquéritos online obtivemos, como já dito

anteriormente, 79 respostas, das quais 49 foram de pessoas do sexo

masculino e 30 do sexo feminino. A maioria dos inquiridos (56%) é natural do

distrito do Porto, sendo os restantes originários de Aveiro (13%), seguido de

Viseu (11%) e Viana do Castelo (8%).

Observámos também que 75% dos inquiridos entrou no curso que

escolheu como primeira opção na sua candidatura ao Ensino Superior. A

distribuição dos inquiridos pelos cursos é a apresentada no seguinte gráfico:

Gráfico 1 – distribuição das pessoas inquiridas por curso.

0 5 10 15 20 25

Bioengenharia

Engenharia Civil

Engenharia do Ambiente

Engenharia Electrotécnica e de …

Engenharia Industrial e Gestão

Engenharia Informática e Computação

Engenharia Mecânica

Engenharia Metalúrgica e de Materiais

Engenharia Química

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Expectativas Durante o Curso

Nesta parte do relatório, são apresentadas as constatações feitas após

uma observação dos resultados, bem como os gráficos considerados mais

relevantes para uma melhor compreensão.

- Sociais

Após a observação dos dados obtidos através do inquérito, concluísse

que mais de metade dos inquiridos mudaram a ideia pré-concebida que tinham

da FEUP. Os aspectos que mais mudaram foram a ideia da praxe (77%), das

aulas (40%) e do tamanho do campus (31%), como apresentado no gráfico 2:

Gráfico 2 – distribuição das mudanças observadas pelos inquiridos, relativamente à

ideia pré-concebida que tinham da FEUP

0 10 20 30 40

A ideia da praxe

O tamanho do campus

A responsabilidade

A independência

A ideia das aulas

Outros

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Quase todos os que responderam ao inquérito (92%) estão optimistas

quanto à sua integração no ambiente da FEUP, sendo considerada a Praxe a

melhor forma de conseguir essa integração, seguida do “Projecto FEUP” e as

selecções desportivas da Associação de Estudantes, como é visível no gráfico

3:

Gráfico 3 – Formas preferidas dos inquiridos de se integrarem no ambiente da

FEUP.

Aproximadamente metade dos inquiridos (52%) não veio com amigos

para o curso; porém, quase todos já fizeram novas amizades.

Dos 46 alunos que tiveram que mudar de localidade para vir para a

FEUP, apenas 23 consideram que isso terá um impacto na sua adaptação ao

ambiente académico; os outros ou consideram que não sofrerão esse tipo de

impacto (16 estudantes) ou não sabem se isso irá acontecer (7 estudantes).

0 10 20 30 40 50 60

Praxe

Selecções Desportivas da AEFEUP

"Projecto FEUP"

Tunas

Núcleos (de Informática, etc.)

Outros

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- Académicas

Os inquiridos demonstraram uma grande preocupação com o nível de

exigência do curso: 67% esperam um nível de exigência elevado, 21%

moderado e, apenas 1% baixo (note-se que 3% dos inquiridos não

responderam a esta questão), como se pode verificar no gráfico 4.

Gráfico 4 – Opinião dos alunos em relação ao nível de exigência do seu curso.

Contudo, 53% dos inquiridos julgam-se aptos a acabar o curso no tempo

previsto, mas muitos dos alunos não sabem ainda se o conseguirão fazer

(38%).

Gráfico 5 - Mudanças mais significativas quanto ao ensino secundário.

0 10 20 30 40 50 60

Baixo

Moderado

Extremo

Não Sei

Não Respondeu

0 10 20 30 40 50

Exclusão Social

Insucesso Académico

Depressão

Falta de tempo para actividades extracurriculares

Não Sei

Outros

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Tal como se verifica no gráfico 5, a responsabilidade, a quantidade de

matéria e a autonomia (65%, 78% e 59%, respectivamente) são os factores

que mais mudanças vão sofrer em relação ao ensino secundário, na opinião

dos alunos do 1º ano. Também a relação aluno/docente ocupa um lugar de

relevância (54%).

Aliadas a estas mudanças, estão as preocupações nesta nova fase da

vida dos alunos, em que o insucesso académico toma particular expressividade

(58%):

Gráfico 6 - Receios dos alunos do 1º ano.

0 10 20 30 40 50 60 70

Responsabilidade

Horários

Relação aluno/docente

Quantidade de matéria

Autonomia

Regime de Faltas

Outros

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Expectativas Após o Curso

Nesta parte do relatório, as constatações feitas passam a estar

relacionadas com as expectativas dos novos alunos em relação à sua vida

após terminarem o curso.

Ao serem questionados se iriam imediatamente começar a trabalhar,

65% dos inquiridos responderam afirmativamente. Dos restantes, 25% ainda

não têm qualquer expectativa, enquanto que apenas 9% se encontram

divididos entre a vontade de viajar, fazer voluntariado e até o desejo de

aprofundar os estudos.

Gráfico 7 – Objectivos para depois do curso.

Outra pergunta que fez parte do nosso inquérito foi a expectativa em

relação à facilidade em arranjar emprego: será que por estarem na FEUP

teriam maiores oportunidades de trabalho? 96% pensam que sim. Esta

resposta quase unânime demonstra que, de facto, a maioria das pessoas

acredita que tirar um curso na FEUP garante empregabilidade. Os restantes

4% dos inquiridos não têm opinião definida. Também por tirar um curso na

FEUP, mais de metade dos inquiridos (52%) julga que terá maior facilidade em

chegar a um cargo de chefia. Dos restantes, a maioria ainda não sabe se isso

acontecerá ou não.

0 10 20 30 40 50 60

Sim, quero começar a trabalhar

Quero viajar

Quero fazer voluntariado

Quero "aprofundar" os meus estudos

Não Sei

Outros

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A seguinte pergunta procurava ir de encontro à pergunta anterior, uma

vez que o seu objectivo era apurar até que ponto a eventual facilidade de

arranjar emprego na FEUP poderia significar facilidade de arranjar emprego

relacionado com o curso.

Aqui a resposta não foi tão unânime como na pergunta anterior, com

61% dos inquiridos a acreditarem que irão ter um emprego na sua área de

interesse, e os restantes 39% sem terem ainda qualquer expectativa.

Mais de metade dos inquiridos (56%) ambiciona trabalhar no

estrangeiro, enquanto 15% preferem trabalhar em Portugal. Os restantes 29%

ainda não sabem para onde querem ir trabalhar.

Quisemos também saber em que sector, público ou privado, os

inquiridos gostariam de trabalhar. Apesar de 52% dos inquiridos ainda não tem

uma ideia definida sobre esta questão, 46% desejam trabalhar no sector

privado.

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Análise dos Resultados

Nesta parte do relatório, vamos falar de duas grandes análises que

conseguimos fazer ao relacionar entre si as diferentes perguntas. Uma primeira

relacionada com a vertente académica e uma segunda com as expectativas de

ordem social.

Análise nº1 – Expectativas académicas

Dos 53 alunos que esperam do seu curso um grau de exigência

extremo, apenas 6 se acham incapazes de concluir o curso no tempo previsto.

Esta relação pode ser interpretada de diversas maneiras, podendo deste modo

demonstrar que os restantes estão dispostos a trabalhar afincadamente para

concluírem o seu curso, pois têm noção da quantidade de esforço e trabalho

que lhes espera, ao estarem cientes de que a quantidade de matéria, a relação

docente/aluno e a responsabilidade vão ser bem diferentes das do ensino

secundário. No entanto, todos têm receio de ter insucesso académico, o que

justifica a existência de pouca certeza relativamente ao facto de se

considerarem aptos a acabar o curso no tempo pré-definido (24 ainda não

sabem se serão capazes ou não).

Dos 23 alunos que se consideram aptos a terminar o seu curso no

tempo previsto, apenas duas alunas, uma de Bioengenharia e outra de

Electrotécnica, pretendem continuar a estudar após essa etapa, o que, reflecte

a diferença de aptidões entre sexos relativamente à realização de trabalhos

mais práticos ou teóricos. No entanto, não se pode considerar esta informação

uma regularidade entre as estudantes recém-chegadas à FEUP.

Pode-se concluir, porém, que quase nenhum estudante pretende

continuar a estudar após terminar o seu Mestrado Integrado, querendo a sua

maioria começar logo a trabalhar. No entanto, 25% dos inquiridos não tem

qualquer expectativa relativamente ao seu futuro.

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Com este inquérito, também nos foi possível perceber que quase todos

os alunos novos da FEUP consideram que o curso que estão agora a começar

a tirar lhes dará mais oportunidades de emprego. Isto reflecte-se clara e

directamente na abundância de candidaturas feitas este ano à FEUP, que

excede várias vezes o Numerus Clausus da Faculdade. Este excesso de

candidaturas leva, por sua vez, a um aumento exponencial na nota do último

colocado, o que, de certa forma, limita o acesso a esta Faculdade. No seguinte

gráfico (FEUP 2010), estão representadas a distribuição das médias de

entrada, por curso, no ano lectivo 2010/11:

Por fim, pode-se concluir que em relação à sua vida futura os estudantes

não têm grandes expectativas, mostrando-se apenas certos de quererem

começar logo a trabalhar e de considerarem que o seu curso na FEUP lhes

dará outras oportunidades de trabalho. No entanto, relativamente às suas

expectativas para o período académico, uma grande parte considera que o seu

curso terá uma exigência extrema mas que será capaz de o concluir no tempo

previsto.

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Análise nº2 – Expectativas Sociais

No nosso inquérito, também uma parte social foi abordada.

No total, 92% dos inquiridos considera que a sua integração no ambiente

FEUP será fácil e considera que a melhor maneira de o fazer será através da

Praxe. Os restantes 8% não sabem como é que essa será, uma vez que todos

tiveram que mudar de cidade. No entanto, a Praxe também se encontra entre

as suas maneiras preferidas de integração.

Na verdade 52% dos inquiridos não veio com amigos para o curso e

dentro destes, apenas um inquirido ainda não fez novas amizades, o que

revela uma grande interacção entre os novos alunos, nomeadamente, feita na

Praxe e no “Projecto FEUP”.

Assim, no que diz respeito a questões dentro do campo social, pode-se

concluir que todos os novos alunos estão bastante optimistas em relação à sua

integração. Consideram também que a Praxe é uma boa maneira de o

fazerem, pois permite que todos os alunos de um determinado curso passem

mais tempo juntos. Isto é extremamente benéfico para os estudantes que

tiveram que mudar de cidade, vindo sozinhos para este novo mundo.

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Conclusão

Com a realização deste trabalho, concluí-se que, na sua maioria, os

novos alunos:

Não têm grandes expectativas a longo prazo, o que é bastante normal,

uma vez que ainda se estão a adaptar ao funcionamento do ensino

superior, não tendo, deste modo, objectivos bem definidos;

Consideram que terão uma boa integração na FEUP, sendo a Praxe

uma boa maneira de o fazerem;

Concordam que o grau de exigência do seu curso será bastante

elevado, tendo noção que irão ter de trabalhar muito nos próximos cinco

anos;

Estão de acordo no facto de que o curso na FEUP lhes dará mais

oportunidades de emprego.

Assim, foi possível ficar a conhecer um pouco mais sobre a maneira de

pensar, sentir e agir dos alunos recém-chegados à FEUP, permitindo, deste

modo, chegar à elaboração de um “outro” panorama da FEUP.

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Bibliografia

Pombo, António Pedro, Filipa César, João Teixeira Lopes and Maria

Helena Alves. 2009. Sociologia em Acção. Porto : Porto Editora.

Almeida, João Ferreira de and José Madureira Pinto. 1990. A

Investigação nas Ciências Sociais. Editorial Presença

FEUP (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). Mestrados

Integrados.http://www.fe.up.pt/si/cursos_geral.apresentacao?P_grau=M

&p_ciclo=1 (accessed October 20, 2010)

Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Tipos

de Documentos mais comuns (estilo Chicago 15thB - author-date

system). http://metis.fe.up.pt/gap/index.php/Citacoes:tabela (accessed

October 20, 2010)

Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Referências Bibliográficas.

http://metis.fe.up.pt/gap/index.php/Citacoes:referencias (accessed

October 21, 2010)

Biblioteca da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Estruturar um Relatório Técnico.

http://metis.fe.up.pt/gap/index.php/Estruturacao:relatorios:estruturar

(accessed October 18, 2010)

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Anexos Inquérito do grupo G_I408

1. Sexo: Masculino ou Feminino

2. Curso:

Bioengenharia

Engenharia Civil

Engenharia do Ambiente

Engenharia Electrotécnica e Computadores

Engenharia Industrial e Gestão

Engenharia Informática e Computação

Engenharia Mecânica

Engenharia Metalúrgica e de Materiais

Engenharia Química

3. O teu curso foi a tua primeira opção? Sim ou Não

4. Distrito de Origem:

Aveiro

Beja

Braga

Bragança

Castelo Branco

Coimbra

Évora

Faro

Guarda

Leiria

Lisboa

Portalegre

Porto

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Santarém

Setúbal

Viana do Castelo

Vila Real

Viseu

Região Autónoma dos Açores

Região Autónoma da Madeira

Estrangeiro

5. Se és do distrito do Porto, de que concelho és?

Amarante

Baião

Felgueiras

Gondomar

Lousada

Maia

Marco de Canaveses

Penafiel

Porto

Póvoa de Varzim

Santo Tirso

Valongo

Vila do Conde

Vila Nova de Gaia

Trofa

2ª Parte – Expectativas (durante o curso)

1. Que receio (s) tens desta nova fase da tua vida?

Exclusão Social

Insucesso Académico

Depressão

Falta de tempo para actividades extracurriculares

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Não Sei

Outros

2. A ideia preconcebida que tinhas em relação à faculdade mudou ao

entrares na FEUP? Sim ou Não

2.1. Se respondeste sim à pergunta 2, destes aspectos assinala os que

mais mudaram depois de entrares na FEUP:

A ideia da praxe

O tamanho do campus

A responsabilidade

A independência

A ideia das aulas

Outros

3. Qual o nível de exigência que esperas do teu curso?

Baixo

Moderado

Extremo

Não Sei

4. Julgas-te apto a acabar o curso no tempo previsto? Sim, Não ou Não Sei

5. Dos seguintes aspectos, quais são os que achas que mais mudarão em

relação ao ensino secundário?

Responsabilidade

Horários

Relação aluno/docente

Quantidade de matéria

Autonomia

Regime de faltas

Outros

6. Esperas integrar-te rapidamente no ambiente da FEUP? Sim, Não ou

Não Sei

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7. Quais pensas serem as melhores maneiras de o fazeres?

Praxe

Selecções Desportivas da AEFEUP

“Projecto FEUP”

Tunas (Feminina e Masculina)

Núcleos (de Informática)

Outros

8. Vieste com amigos para o teu curso? Sim ou Não

9. Já fizeste novas amizades? Sim ou Não

10. Se vieste morar para fora da tua cidade, achas que esta situação

influenciará a tua adaptação ao ambiente académico? Sim, Não ou Não Sei

3ª Parte – Expectativas (após o curso)

1. Quando terminares o curso, planeias começar logo a trabalhar?

Sim, quero começar a trabalhar

Quero viajar

Quero fazer voluntariado

Quero “aprofundar” os meus estudos

Não Sei

Outra resposta

2. Achas que, por tirares um curso na FEUP, irás ter maiores

oportunidades de emprego? Sim, Não ou Não Sei

3. Achas que o teu 1º emprego, após conclusão dos estudos na FEUP, vai

estar relacionado com o teu curso? Sim, Não ou Não Sei

4. Ambicionas trabalhar num país estrangeiro? Sim, Não ou Não Sei

5. Esperas trabalhar no sector público ou privado? Público, Privado ou Não

Sei

Page 25: Expectativas dos novos alunos - web.fe.up.ptprojfeup/cd_2010_11/files/G_I408_relatorio.pdf · exigência do curso: 67% esperam um nível de exigência elevado, 21% moderado e, apenas

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6. Achas que, eventualmente, terás maior facilidade em chegar a um

cargo de chefia por teres tirado um curso na FEUP? Sim, Não ou Não Sei