Ferramentas Da Qualidade

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Marcelo Amancio da Costa FERRAMENTAS DA QUALIDADE Educação a Distância

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Marcelo Amancio da Costa

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

Educação a Distância

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PREFÁCIO

Em 1994 recebi a responsabilidade de desenvolver um sistema de gestão da qualidade

em um centro de treinamentos de relações públicas. Na ocasião foi um grande desafio, pois

como poderia realizar algo tão grandioso, sem o conhecimento necessário para realizar tal

tarefa.

Foi a partir desta ocasião que dei inicio pela busca de conhecimento nas ferramentas

de gestão, as quais nos possibilitam a tomar decisões com margem de risco controlada, pois

por meio do uso das ferramentas, nos tornamos mais assertivos, evitando perdas e retrabalhos.

Os maiores custos de uma organização estão centralizados principalmente na repetição

da execução de algo que já foi feito, e muitas vezes agente se pergunta o porquê isso acontece

e não se sabe onde encontrar as respostas.

Existem várias ferramentas que nos auxiliam a solucionar problemas, tomar decisões

com margem de risco calculada, elaborar ou projetar um processo de forma mais eficaz, além

de também desenvolver nossa criatividade e estabelecer novas ferramentas customizadas

conforme a necessidade em determinada aplicação.

Pude aprender muito com meu mentor Sergio Constantino, que sempre demonstrou o

valor e a importância de aplicar uma abordagem sistêmica nos processo de forma à agregar

valor nas atividades empresariais.

As ferramentas de gestão poderão agregar muito valor nas atividades se aplicada

adequadamente. Como qualquer dispositivo de precisão ou medição e monitoramento, as

ferramentas da qualidade devem ser utilizadas de maneira eficiente, contribuindo para o

alcance de metas e objetivos, os quais devem ser alinhados com a política da organização, a

qual é estabelecida por meio do desdobramento da visão, missão valores e princípios

estratégicos da companhia.

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O objetivo desta apostila é para contribuir no entendimento de ferramentas básicas

para contribuir em sua tomada de decisões nas ações de correção, ações corretivas e ações

preventivas, durante as analises criticas por meio de dados factíveis detectados nas interações

dos processos.

Convido-o a estudar e aplicar as ferramentas aqui abordadas e não crie um paradigma

com estas ferramentas, busque adaptá-las no seu dia a dia, seja criativo, amplie sua visão.

O autor1.

1 Marcelo Amancio da Costa é Especialista em Direito Ambiental pela Faculdade de Tecnologia Ambiental do SENAI (SBC), Bacharel em Administração de Empresas pela UniFEI (SP), auditor e instrutor líder nas normas internacionais ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001. Atualmente realiza auditorias de 3ª parte, faz consultoria para implantação de sistema, e treina novos auditores em nome de organismos multinacionais. É professor na UNISA para cursos.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 4

INTRODUÇÃO 5

1 SISTEMA DE GESTÃO 7

1.1 QUALIDADE 7

2 PRINCÍPIOS DE GESTÃO 8

2.1 OS OITO PRINCÍPIOS DA QUALIDADE 8

3 BRAINSTORMING 9

4 DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO 10

5 FLUXOGRAMA 13

6 FOLHA DE VERIFICAÇÃO 17

7 HISTOGRAMA 18

8 GRÁFICO DE PARETO 22

9 5 W 1 H 29

10 PDCA 31

11 MULTIPLICADOR 32

11.1 AS OITO CARACTERÍSTICAS DE MULTIPLICADORES DE

SUCESSO

32

11.2 O MODELO DE TREINAMENTO 34

11.2.1 Diretrizes ao Usar o Modelo de Treinamento 34

12 MATRIZ DE GUT 35

13 O PROGRAMA 8S 36

13.1 HISTÓRICO 36

13.2 OS TRÊS SENSOS ADICIONAIS 37

13.3 O SIGNIFICADO DE CADA “S” 37

13.4 DETERMINAÇÃO E UNIÃO (SHIKARI YARO) 37

13.5 CONSCIENTIZAÇÃO DA ALTA ADMINISTRAÇÃO 38

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13.6 REUNIÃO ENTRE DIRIGENTES E GERENTES 38

13.7 ESCOLHA DO COORDENADOR DO PROGRAMA 38

13.8 COMUNICAÇÃO DA EMPRESA A TODOS OS FUNCIONÁRIOS 38

13.9 REUNIÃO ENTRE GERENTES, SUPERVISORES E

FUNCIONÁRIOS

39

13.10 DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA 39

13.11 PLANO PARA MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS 39

13.12 AUDITORIA OPERACIONAL DOS RECURSOS HUMANOS 39

13.13 PLANO DE AÇÕES IMEDIATAS PARA PROBLEMAS

CRÍTICOS

40

13.14 CONTROLE E AVALIAÇÃO 40

13.15 TREINAMENTO (SHIDO) 40

13.15.1 Treinamento do Coordenador 41

13.15.2 Treinamento da Diretoria 41

13.15.3 Treinamento dos Gerentes e Chefes 41

13.15.4 Seleção e Treinamento dos Facilitadores do Programa 41

13.16 MONTAGEM DO ESCRITÓRIO DO PROGRAMA 8S 41

13.17 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR 42

13.18 TREINAMENTO DE TODOS OS FUNCIONÁRIOS 42

13.19 REGISTRO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL 42

13.20 ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE EXECUÇÃO 42

13.21 CONTROLE E AVALIAÇÃO 43

13.22 O OBJETIVO DOS 8 S 43

13.23 COMO IMPLANTAR OS 5 S 43

13.24 DIFERENÇA ENTRE 5S e 8S 43

13.25 COMO COMEÇAR UM PROGRAMA DE QUALIDADE 44

13.26 EVOLUÇÃO CONTÍNUA DOS “5 S” 53

13.27 COMBATE AOS DESPERDÍCIOS - SETSUYAKU 53

13.28 ORIGEM DOS DESPERDÍCIOS 54

13.29 PLANO DE COMBATE AOS DESPERDÍCIOS 54

13.30 AVALIAÇÃO GLOBAL DO PROGRAMA 8S 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS 56

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REFERÊNCIAS 57

APRESENTAÇÃO

É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno, esta apostila

de Ferramentas da Qualidade, parte integrante de um conjunto de materiais de

pesquisa voltados ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância

exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos alunos uma apresentação

do conteúdo básico da disciplina.

A Unisa Digital oferece outros meios de solidificar seu aprendizado, por

meio de recursos multidisciplinares como chats, fóruns, Aulas web, Material de

Apoio e e-mail.

Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a

Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente com as

bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a

redes de informação e documentação.

Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo no

seu estudo são o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado

eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo

aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.

A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em

qualquer lugar!

Unisa Digital

Page 7: Ferramentas Da Qualidade

INTRODUÇÃO

O mercado competitivo em que vivemos força as empresas a tornarem-se

cada vez mais eficientes e eficazes; os clientes estão cada vez mais exigentes,

desejando produtos e serviços que atendam suas necessidades, que vão além de

preço acessível e disponibilidade imediata do que desejam, querem que atendam a

características específicas de segurança, e bom desempenho, bem como, a não

degradação do meio ambiente, saúde e segurança ocupacional e responsabilidade

social.

Para que isso se torne possível, é necessário destacar alguns pontos

essenciais que as empresas devem dar ênfase para melhorar continuamente:

Foco no atendimento às necessidades dos clientes;

Comprometimento da alta direção;

Foco nos processos;

Abordagem sistêmica;

Trabalho em equipe;

Monitoramento constante do desempenho dos processos.

A motivação para a melhoria da qualidade é decorrente da necessidade

de prover maior valor e satisfação aos clientes. O aumento da eficácia e da

eficiência beneficia os clientes e a organização como um todo.

Nem sempre a tarefa de atingir e manter tais objetivos são simples,

devido à complexidade dos diversos aspectos que devem ser gerenciados, o que

exige um compromisso intenso no sentido de melhorar constantemente a

competência técnica dos funcionários.

Torna-se necessário, para superar os obstáculos, a aplicação de técnicas

que possam facilitar as tomadas de decisões no ambiente corporativo, destaca-se

então a necessidade do uso de Ferramentas da Qualidade, como meios de facilitar o

trabalho por meio de planejamento ou análise e solução de problemas.

Page 8: Ferramentas Da Qualidade

Importante ressaltar que ferramentas devem ser disseminadas e

utilizadas por todos na organização. Isto significa que não é somente a direção ou os

gestores que deverão usar essas ferramentas, todos deverão entender e aplicar o

uso correto e adequado conforme surgirem as necessidades.

Vale lembrar que o objeto das ferramentas é: facilitar a visualização e

entendimento dos problemas, sintetizar o conhecimento e as conclusões,

desenvolver a criatividade, permitir o conhecimento do processo, fornecer elementos

para o monitoramento dos processos e permitir a melhoria dos processos.

Marcelo Amancio da Costa

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1 SISTEMA DE GESTÃO

1.1 QUALIDADE

Qualidade possui muitos significados, muitos dos quais subjetivos, tais

como os termos “qualidade excelente” ou “qualidade superior”. No campo da gestão

da qualidade, qualidade tem um significado mais específico.

De acordo com a NBR ISO 9000, qualidade é definida como “o grau no

qual um conjunto de características inerentes satisfaz a requisitos”.

Requisitos que necessitam serem satisfeitos numa situação contratual

estão normalmente relacionados com o fornecimento de um produto, serviço ou um

item intangível tal como a propriedade intelectual. Requisitos podem ser declarados

ou implícitos.

A definição da qualidade vai adiante, no sentido de que ela pode incluir

características tais como entrega, embalagem, rotulagem, faturamento, bem como

processos e sistemas com a organização do fornecedor. Um cliente pode especificar

algumas ou todas essas características.

Um problema ou um desvio em quaisquer dessas áreas, pode causar

insatisfação do cliente. Uma organização deve assegurar que ela possui sistemas e

controles para garantir que ela pode atender de forma consistente todos esses

requisitos e melhorar a satisfação do cliente.

As necessidades dos clientes variam e mudam com o tempo. Portanto,

convém que as organizações analisem criticamente e periodicamente os requisitos

de qualidade. Requisitos também podem vir de regulamentos, leis, compromissos da

indústria ou outras fontes. Uma organização deve estar ciente disso e assegurar que

todos esses diversos requisitos estejam definidos e atendidos.

Portanto pode-se afirmar que ‘qualidade’ inclui todas as características de

produtos, serviços, processos, suporte e sistema de gestão de uma organização que

contribuem para atender a requisitos e melhorar a satisfação do cliente.

Page 10: Ferramentas Da Qualidade

2 PRINCÍPIOS DA QUALIDADE

2.1 OS OITO PRINCÍPIOS DA QUALIDADE

No item 4.3 da norma NBR ISO 9004:2000, foram estabelecidas diretrizes

para que um sistema possa ser melhor monitorado e gerenciado em uma

organização, esse desdobramento encontra-se abaixo:

Foco no cliente

As organizações dependem de seus clientes e consequentemente convém que entendam as necessidades atuais e futuras, atendam aos requisitos e se esforcem para exceder as expectativas dos clientes.

Liderança

Os líderes estabelecem unidade de propósitos e direção para a organização. Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno no qual as pessoas possam tornar-se totalmente envolvidas em atingir os objetivos da organização.

Envolvimento das pessoas

As pessoas de todos os níveis são a essência de uma organização e, seu pleno envolvimento permite a utilização de suas habilidades em benefício da própria organização.

Abordagem de processo

Um resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são geridos como um processo.

Abordagem sistêmica da gestão

Identificar, compreender e gerir processos inter-relacionados como um sistema contribui para a eficácia e eficiência de uma organização em alcançar seus objetivos.

Melhoria continua

Convém que a melhoria contínua do desempenho global seja um objetivo permanente da organização.

Abordagem factual para tomada de decisões

Decisões eficazes são baseadas na análise de dados e de informações.

Relações mutuamente benéficas com fornecedores

Uma organização e seus fornecedores são interdependentes e uma relação de benefício mútuo aumenta a possibilidade de criar valor para ambos.

Page 11: Ferramentas Da Qualidade

3 BRAINSTORMING

É uma técnica de estimulação da criatividade de uma equipe, para gerar e

esclarecer uma série de ideias, problemas ou questões, é usada para identificar

possíveis soluções para problemas e oportunidades em potencial para a melhoria da

qualidade.

O brainstorming (tempestade de ideias) é uma técnica muito flexível em

termos de possibilidades de aplicação, dentre as muitas situações, pode ser

aplicada no desenvolvimento de novos produtos e na implantação de sistema da

qualidade, solucionando problemas.

Duas diretrizes para se obter sucesso em reunião com o intuito de

registrar as ideias são: nenhuma ideia deve ser criticada e todas deverão ser

anotadas.

Existem formas de se realizar um brainstorming. Pode ser de forma

estruturada, ou seja, cada membro do grupo pode contribuir com uma ideia quando

chegar a sua vez no rodízio, ou deixar passar até a próxima rodada, o aspecto

positivo é possibilitar a participação de todos os participantes no grupo, entretanto,

pode causar uma forte pressão sobre as pessoas mais retraídas.

A outra forma de aplicação pode ser de forma não-estruturada, neste

formato os integrantes são simplesmente livres para apresentam a ideia à medida

que elas ocorrem, e neste método a intenção é de tornar a sessão mais

descontraída e facilitar o surgimento de ideias; mas também há o risco da sessão

ser monopolizada pelas pessoas mais extrovertidas.

Page 12: Ferramentas Da Qualidade

4 DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO

Estrutura que permite diagnosticar os devios de dados ou informações,

possibilitando a identificação das possíveis causas de um problema ou efeito,

também conhecido como Diagrama de Ishikawa em homenagem ao Dr. Kaoru

Ishikawa, que primeiro o utilizou. Também é conhecido como diagrama de Espinha

de peixe, em virtude de seu formato.

O foco desta ferramenta é de analisar criteriosamente e expor as relações

de um determinado problema, embora possa ser utilizada individualmente, a

principal qualidade do diagrama de Ishikawa é sua capacidade de focalizar a

discussão em grupo, estimulando a participação de todos e aproveitando ao máximo

o conhecimento de cada pessoa.

Os passos para elaboração deste diagrama iniciam-se:

Identificando e definindo o problema, tomando cuidado para que esteja

claramente entendido por todos os envolvidos;

Identificando os principais grupos de possíveis causas.

Nesta fase, caso os fatores não estejam bem claros para toda a equipe,

recomenda-se utilizar os seguintes grupos, bastante abrangentes: (MO) mão-de-

obra, (MQ) máquina, (MP) matéria-prima, (MA) meio ambiente, (MT) método, (MM)

meio de medição.

Os 6 M’s acima não devem ser fator limitante, pode-se utilizar outros

grupos de possíveis causas, em função da complexidade do processo, como por

exemplo: clima organizacional, gerenciamento de processos, manutenção preventiva

ou corretiva, medições, entre outras.

As etapas para que se possa elaborar um diagrama de causa e efeito,

deve-se seguir os seguintes tópicos:

a) Elabore o diagrama para soluções de problemas descrevendo o

problema definido no lado direito e desenhe uma longa flecha

apontada para ele.

Page 13: Ferramentas Da Qualidade

b) Disponha os grupos identificados conforme a figura abaixo.

c) Realize um Brainstorming, identificando as causas prováveis

relacionadas aos grupos básicos dos 6 M’s.

d) Escolha as causas mais prováveis, através de uma análise criteriosa

do diagrama avaliando as principais causas.

MP – Matéria-Prima

Como são embalados?

Como são armazenados?

Teve mudança no fornecedor?

Quem é o fornecedor?

Page 14: Ferramentas Da Qualidade

MO – Mão de Obra

Todos sabem os resultados que se espera?

Qual a experiência de cada um?

Qual a motivação da equipe?

Estão devidamente treinados?

Estão satisfeitos com os trabalhos?

MT – Método

Procedimentos e instruções claras?

Frequência de inspeção controlada?

Registros bem definidos e corretos?

Todos seguem a documentação corretamente?

MQ – Máquina

O equipamento é adequado?

Alterações recentes foram controladas?

Estão devidamente ajustadas para produzir?

São corretamente operadas?

MA – Meio Ambiente

Temperatura é adequada?

Luminosidade é suficiente?

A umidade está apropriada para a atividade?

MM – Meio de Medição

Os dispositivos de medição são adequados?

Os dispositivos apresentam resultados válidos?

Os dispositivos são utilizados corretamente?

5 FLUXOGRAMA

Page 15: Ferramentas Da Qualidade

O fluxograma é uma representação gráfica das diversas etapas que

constituem um determinado processo, apresentando uma visão generalista das

etapas que devem ser realizadas nas diversas áreas organizacionais.

O fluxograma é aplicado para descrever um processo existente; projetar

um novo processo; ajudar a identificar desvios nos processos; oferecer aos

membros da equipe pontos de referência comuns, padronizando a interpretação do

processo ou projeto; facilitar ou permitir aos funcionários que percebam melhor a

importância de seu papel, evidenciando as relações clientes e fornecedores internos

ou externos e como o seu trabalho influi no resultado final; apresentar todas ou a

maior parte das etapas de um processo ou projeto, incluindo os ciclos causados por

retrabalho e auxiliar no treinamento de novos funcionários.

Para elaborar um fluxograma é necessário primeiramente estabelecer a

simbologia que irá adotar. Os fluxogramas são elaborados com símbolos simples

permitindo uma fácil análise. Existem vários tipos de símbolos que podem ser

adotados na construção dos fluxogramas, para definir avalie a experiência dos

membros da equipe, busque uma linguagem visual para melhor comunicação e

facilidade de construção em função dos recursos disponíveis.

No mercado existem softwares disponíveis para elaboração de

fluxograma, os quais permitem uma fácil elaboração e excelentes apresentações

gráficas. Alguns símbolos comuns para elaboração de fluxograma estão abaixo:

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Abaixo alguns exemplos de fluxograma de áreas corporativas:

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Gestão de Produção Indústria Gráfica:

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Gestão Comercial Indústria Gráfica:

Page 19: Ferramentas Da Qualidade

6 FOLHA DE VERIFICAÇÃO

São formulários elaborados para facilitar o registro e análise de dados

obtidos numa coleta, com a finalidade de obter registro dos itens observados, para

que ações possam ser tomadas.

As folhas de verificação, que também podem ser formulários a serem

preenchidos, devem ser usadas em qualquer processo que necessite coleta de

dados.

Para preparar a folha de verificação, primeiramente deve-se buscar o

objetivo que se espera alcançar, descrever os dados que deseja captar, definir

responsáveis para registrar os dados, formatar em um documento simples e claro o

suficiente, de forma que não gere dúvidas. É importantíssimo validar o formulário

antes de sua aplicação, fazendo uma análise crítica para corrigir, se necessário, o

formulário para que se torne mais específico para um uso adequado.

A folha de verificação para coleta de dados, em uma área produtiva,

poderia ser apresentada da seguinte forma:

Componente: arruela modelo 622-374 Produção: 100.000 un

Área: Acabamento Data fabricação: 25/02/10

Qtde avaliada: 800 peças Aprovação: Líder de área

FALHA DETECTADA TABULAÇÃO DE DADOS QUANTIDADE DE FALHAS

Formato da superfície ///// ///// ///// ///// ///// ///// //// 34

Tamanho do furo ///// ///// ///// // 17

Espessura ///// //// 09

Peso ///// ///// ///// //// 19

Dureza ///// ///// ///// ///// ///// 25

Outros ///// ///// / 11

Total de falhas apontadas 115

No peças defeituosas

///// ///// ///// ///// ///// /////

///// ///// ///// ///// ///// /////

///// ///// ///// ////

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Page 20: Ferramentas Da Qualidade

7 HISTOGRAMA

São apresentados em forma de gráficos de barras, os quais representam

o comportamento de uma coleta de dados, suas principais funções são demonstrar

como está a variação de uma determinada atividade, o comportamento de um

processo produtivo, além de que permite análise de resultados contra padrões de

especificação e auxilia na tomada de decisões gerenciais.

Para elaborar um histograma, primeiramente é necessário que seja

coletado os dados que se deseja analisar, utilizando a folha de verificação.

A seguir foi construído uma folha de verificação para investigar a

distribuição dos diâmetros de eixos de aço produzidos em um processo de

usinagem.

Componente: Eixo cilíndrico Seção: Tornearia

Processo de trabalho: Torneamento Data da produção: 19/10/09

Quantidade produzida: 1.200 peças Inspetor: Augusto H.

Dados (medidas em milímetros) Xmáx. Xmín.

34,0 34,2 34,5 33,6 33,3 35,3 35,7 36,2 34,9 33,6 36,2 33,3

34,3 34,9 36,0 35,6 33,9 33,5 34,8 35,0 35,2 34,1 36,0 33,5

34,6 34,2 33,8 33,4 34,5 33,9 34,1 34,7 34,2 34,7 34,7 33,4

36,8 36,3 35,9 35,4 33,3 33,7 34,7 34,4 34,8 36,4 36,8 33,3

35,9 35,6 35,1 33,2 33,8 34,7 34,5 34,3 33,9 33,5 35,9 33,2

34,5 34,9 36,1 35,6 35,2 33,0 33,4 34,4 34,6 34,4 36,1 33,0

33,3 33,2 34,2 34,3 34,6 33,6 35,8 34,6 34,8 34,0 35,8 33,2

33,1 33,2 33,9 33,7 34,2 34,3 34,9 33,6 33,4 33,1 34,9 33,1

35,0 35,2 35,4 36,0 35,3 33,4 34,1 35,1 34,0 33,8 36,0 33,4

33,3 34,8 34,5 34,3 35,5 35,1 35,4 34,1 33,0 33,7 35,5 33,0

Atenção: Um histograma deve conter no mínimo 30 elementos para

demonstrar de forma mais assertiva o comportamento de uma atividade corporativa.

Page 21: Ferramentas Da Qualidade

Com base no exemplo acima:

a) Identifique o maior e o menor dos valores observados.

O maior valor (Xmáx.) = 36,8 mm;

O menor valor (Xmín.) = 33,0 mm.

b) Calcule a amplitude da amostra do processo ( R ).

R = Xmáx. - Xmín.

R = 36,8 - 33,0

R = 3,8 mm.

c) Defina o número de classes (K).

O número de classes (K) é a quantidade de colunas que o histograma

terá ou poderá assumir.

O número de classes (K) é definido como sendo , onde n é o

número total de elementos da amostragem.

No entanto, na maioria dos casos, poderemos utilizar a tabela abaixo,

que define o número de classes (K) em função do número total de

elementos (n) da amostra.

No de elementos (n) No de classes (K)

30 a 50 5 a 7

51 a 100 6 a 10

101 a 200 7 a 12

mais de 250 10 a 20

d) Calcule o tamanho (amplitude) das classes (h).

O tamanho das classes é calculado seguindo a fórmula abaixo:

onde: R = amplitude da amostra do processo

K = número de classes

Page 22: Ferramentas Da Qualidade

No exemplo:

R = 3,8 mm então: h = h = 0,38mm, adotar h = 0,4mm.

K = 10 (valor obtido na tabela).

Atenção: O tamanho das classes (h) deve ter a mesma precisão dos

dados coletados, ou seja, o mesmo número de casas decimais.

e) Calcule os limites das classes.

Uma das formas de determinar os limites das classes é iniciar pelo

menor valor da amostra (Xmín.) como limite inferior da primeira classe.

A este, soma-se o tamanho da classe (h), de forma que teremos o

limite superior da primeira classe, que também será o limite inferior da

segunda classe.

O limite superior da segunda classe será obtido somando-se ao inferior

o tamanho da classe (h). Este será o limite inferior da terceira classe e

assim sucessivamente, até que tenhamos classes suficientes para

incluir o maior valor (Xmáx.) da amostra.

No exemplo:

1a classe:

Limite inferior = 33,0 mm;

Limite superior = limite inferior + h;

Limite superior = 33,0 + 0,4 => limite superior = 33,4 mm.

2a classe:

Limite inferior = limite superior da 1ª classe (33,4 mm);

Limite superior = limite inferior + h;

Limite superior = 33,4 + 0,4 => limite superior = 33,8 mm.

Page 23: Ferramentas Da Qualidade

f) Construa uma tabela de frequência.

A tabela de frequência mostra os limites de cada classe e o número de

dados (ou frequência) em cada uma delas, isto é, quantos valores

estão dentro de cada classe.

Tabela de frequência

Classes Limites das classes Tabulação Freqüência

01 33,0 33,4 ///// ///// / 11

02 33,4 33,8 ///// ///// /// 13

03 33,8 34,2 ///// ///// ///// 15

04 34,2 34,6 ///// ///// ///// /// 18

05 34,6 35,0 ///// ///// ///// 15

06 35,0 35,4 ///// ///// 10

07 35,4 35,8 ///// /// 08

08 35,8 36,2 ///// / 06

09 36,2 36,6 /// 03

10 36,6 37,0 / 01

Total 100

Simbologia

Intervalo

Fechado Aberto

Intervalo fechado – o valor limite pertence à classe.

Intervalo aberto – o valor limite não pertence à classe.

g) É necessário estabelecer escalas adequadas de valores para os eixos

horizontal e vertical; no eixo horizontal marcam-se os limites das

classes. A partir deles erguem-se as colunas, cujas alturas

correspondem às frequências de cada classe.

Page 24: Ferramentas Da Qualidade

8 GRÁFICO DE PARETO

Forma especial do gráfico de barras verticais, que dispõe os itens

analisados desde o mais frequente, até o menos frequente, estabelece prioridades

na tomada de decisão, a partir de uma abordagem estatística. O gráfico de Pareto é

usado sempre que for preciso ressaltar a importância relativa entre problemas ou

condições, no sentido de escolher ponto de partida para a solução de problemas,

avaliar o progresso de um processo e identificar a causa básica de um problema.

Os passos para estabelecer um diagrama de Pareto, devem ser iniciados

com o objetivo que desejamos analisar a partir de uma série de dados coletados.

Em seguida é necessário estratificar o objeto a ser analisado, utilizando

uma folha de verificação.

Page 25: Ferramentas Da Qualidade

Segue um exemplo:

Componente: Dispositivo CMA Seção: Insp. Qualidade

Processo de trabalho: CQ Data produção: 19/10/09

Quantidade produzida: 1.000 unidades Inspetor: Augusto H.

Tip

o d

e

def

eit

o

Tab

ula

ção

Fre

qu

ênci

a d

o

item

Cla

ssi

fica

ção

% I

nd

ivid

ua

l

% A

cu

mu

lad

a

Alinhamento ///// ///// // 12

Solda ///// ///// ///// ///// / 21

Parafuso

Solto

///// ///// ///// ///// ///// ///

// ///// ///// ///// ///// /////

///// ///// ///

68

Junção ///// ///// ///// 15

Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///

// ///// ///// /

41

Continua

Conclusão

Riscos ///// ///// ///// ///// ///// ///

/

29

Trinca ///// ///// 10

Rebarba ///// / 06

Bolha / 01

Total 202

Com base no exemplo acima, classifique cada item em decrescente e

anote sua posição na coluna classificação da Folha de verificação.

Page 26: Ferramentas Da Qualidade

Componente: Dispositivo CMA Seção: Insp. Qualidade

Processo de trabalho: CQ Data produção: 19/10/09

Quantidade produzida: 1.000 unidade Inspetor: Augusto H.

Tip

o d

e

def

eit

o

Tab

ula

ção

Fre

ênci

a d

o

item

Cla

ssi

fica

ção

% I

nd

ivid

ua

l

% A

cu

mu

lad

a

Alinhamento ///// ///// // 12 6º

Solda ///// ///// ///// ///// / 21 4º

Parafuso

Solto

///// ///// ///// ///// ///// ///// ////

/ ///// ///// ///// ///// ///// ///// //

/

68 1º

Junção ///// ///// ///// 15 5º

Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ////

/ ///// /

41 2º

Riscos ///// ///// ///// ///// ///// //// 29 3º

Trinca ///// ///// 10 7º

Rebarba ///// / 06 8º

Bolha / 01 9º

Total 202 -

a) Calcule a porcentagem individual e anote na coluna % individual da

Folha de verificação. Para calcular esta porcentagem utilize a seguinte

fórmula:

Exemplo:

No item alinhamento temos:

% individual = x 100 = 6%.

Page 27: Ferramentas Da Qualidade

b) Reorganize os dados em ordem decrescente, numa nova Folha de

verificação.

Componente: Dispositivo CMA Seção: Insp. Qualidade

Processo de trabalho: CQ Data produção: 19/10/09

Quantidade produzida: 1.000 unidades Inspetor: Augusto H.

Tip

o d

e

def

eit

o

Tab

ula

ção

Fre

qu

ênci

a d

o

item

Cla

ssi

fica

ção

% I

nd

ivid

ua

l

% A

cu

mu

lad

a

Parafuso

Solto

///// ///// ///// ///// ///// ///// ////

/ ///// ///// ///// ///// ///// ///// //

/

68 1º 34

Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ////

/ ///// /

41 2º 20

Riscos ///// ///// ///// ///// ///// //// 29 3º 14

Solda ///// ///// ///// ///// / 21 4º 10

Junção ///// ///// ///// 15 5º 7

Alinhamento ///// ///// // 12 6º 6

Trinca ///// ///// 10 7º 5

Rebarba ///// / 06 8º 3

Bolha / 01 9º 1

Total 202 - 100%

c) Calcule a porcentagem acumulada e anote na coluna % acumulada da

Folha de verificação.

Para tanto, soma-se à porcentagem individual do item em questão a

porcentagem acumulada até o item imediatamente anterior.

Exemplo:

Componente: Dispositivo CMA Seção: Insp. Qualidade

Processo de trabalho: CQ Data produção: 19/10/09

Page 28: Ferramentas Da Qualidade

Quantidade produzida: 1.000 unidades Inspetor: Augusto H.

Tip

o d

e

def

eit

o

Tab

ula

ção

Fre

qu

ênci

a d

o

item

Cla

ssi

fica

ção

% I

nd

ivid

ua

l

% A

cu

mu

lad

a

Parafuso

Solto

///// ///// ///// ///// ///// ///// ////

/ ///// ///// ///// ///// ///// ///// //

/

68 1º 34 34

Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ////

/ ///// /

41 2º 20 54

Riscos ///// ///// ///// ///// ///// //// 29 3º 14 68

Solda ///// ///// ///// ///// / 21 4º 10 78

Junção ///// ///// ///// 15 5º 7 85

Alinhamento ///// ///// // 12 6º 6 91

Trinca ///// ///// 10 7º 5 96

Rebarba ///// / 06 8º 3 99

Bolha / 01 9º 1 100

Total 202 - 100

d) Construa o gráfico, após determinar as escalas do eixo horizontal e

vertical.

Page 29: Ferramentas Da Qualidade

e) Construa a curva da % acumulada. Ela oferece uma visão mais clara

da relação entre as contribuições individuais de cada um dos fatores.

Page 30: Ferramentas Da Qualidade
Page 31: Ferramentas Da Qualidade

9 5 W 1 H

(What) O que? (Assunto) Que operação é esta?

Qual é o assunto?

(Who) Quem? Quem conduz esta operação?

Qual o departamento responsável?

(Where) Onde? Onde a operação será conduzida?

Em que lugar?

(When ) Quando? Quando esta operação será conduzida?

A que horas? Com que periodicidade?

(Why) Por que? Por que esta operação é necessária?

Ela pode ser omitida?

(How) Como? (Método) Como conduzir esta operação?

De que maneira?

O que ou quanto deverá ser feito?

A resposta a uma dessas perguntas indica a meta a ser alcançada,

mostrando os passos do serviço ou as quantidades que devem ser

feitas.

Quem deverá fazer?

A resposta a essa pergunta permite saber quais as pessoas que devem

participar da execução.

Onde deverá ser feita?

A resposta a essa pergunta leva a escolher o local para fazer a tarefa.

Por local, entende-se: a parte da obra, o setor, o posto de trabalho, a

máquina etc.

Page 32: Ferramentas Da Qualidade

Quando deverá ser feita?

A resposta a essa pergunta estabelece o prazo para a realização. Deve

ser marcada uma data para início e uma para término das partes do

serviço ou das quantidades que devem ser feitas.

Com que esta tarefa deverá ser feita?

A resposta a essa pergunta mostra tudo que vai ser utilizado na

execução: equipamentos, materiais, ferramentas, etc.

Como deverá ser feita?

A resposta a essa pergunta mostra qual a maneira de fazer a tarefa,

isto é, determina o método de trabalho.

Porque deverá ser feita?

A resposta a essa pergunta mostra a razão que deve ser feita uma

determinada tarefa.

Page 33: Ferramentas Da Qualidade

10 PDCA

É uma ferramenta de gestão que aborda de forma organizada a solução

de problemas ou o acompanhamento de um processo, seu foco é orientar de forma

eficiente e eficaz as etapas de preparação e execução de atividades pré-

determinadas, para atingir o sucesso no aprimoramento ou implantação de um

processo.

A sigla P.D.C.A. vem do inglês: P (Plan) - Planejar, D (Do) - Executar; C

(Check) - Checar; A (Act) – Agir.

Planejar: Consiste em estabelecer um plano, que pode ser um

cronograma, um gráfico ou um conjunto de padrões. Esta etapa

subdivide-se em:

Definir metas (o que fazer): A meta deve ser clara, entendida da

mesma forma por todos, algo cuja execução seja possível, algo que

pode ser medido.

Definir método (como fazer): Além do como fazer, é necessário que

se defina: 5W1H

Executar: Executar tarefas exatamente como previstas na fase anterior

(planejamento) e coleta de dados para verificação do processo,

utilizando as folhas de verificação. Nesta etapa é essencial o

treinamento no trabalho decorrente do plano e a coleta de dados

resultantes da execução.

Checar: Comparar dados coletados na fase anterior (execução) com

os resultados obtidos a partir da meta planejada.

Agir: Nesta etapa o responsável pelo processo deve cuidar para que

haja a consolidação dos resultados, se estes estiverem conforme o

planejado; ou propor ações corretivas, se algum problema foi localizado

durante a fase anterior (verificação / controle).

Page 34: Ferramentas Da Qualidade

11 MULTIPLICADOR

É aquele designado como um forte instrumento para o Departamento,

devido ao bom domínio de suas funções, tem bom conhecimento, experiência e

treinamento, para transmitir a outros membros da equipe suas responsabilidades.

EFICIÊNCIA: Relação entre o resultado alcançado e os recursos

usados.

EFICÁCIA: Extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e

os resultados planejados, alcançados.

11.1 AS OITO CARACTERÍSTICAS DE MULTIPLICADORES DE SUCESSO

Relacionamento Interpessoal: Baseado em Respeito e Preocupação:

Os Multiplicadores de Sucesso respeitam seus treinandos. Preocupam-

se, tornam-se empáticos, bondosos e envolvidos. Escutam os

treinandos, e compreendem como eles se sentem. Tem habilidade de

criar relacionamentos de confiança.

Conhecimento Específico: Multiplicadores de Sucesso tem bom

entendimento de suas ferramentas de sistemas operacionais; Normas,

Procedimentos Interno e Manual da Qualidade. Tem habilidade de usar

técnicas apropriadas para alcançar seus objetivos. São eficientes na

linguagem técnica instrumental.

Técnicas de Ensino: O Multiplicador de Sucesso pode explicar as

ideias e conceitos distintamente. São eficientes no uso das Normas

para motivar e instruir e usam exemplos eficientemente. Servem como

modelos na demonstração de técnicas e atributos que os treinandos

devem aprender. Ensinam dentro do contexto.

Prática Efetiva e Feedback: Multiplicadores de Sucesso usam grande

parte de seu tempo de apresentação com a prática das técnicas.

Envolvem os treinandos em atividades onde praticam as técnicas.

Fazem uma demonstração para os treinandos. Observam as práticas

Page 35: Ferramentas Da Qualidade

dos treinandos acompanhando-os individualmente e fazem feedback

para melhorar a capacidade.

Orientação para Resultados: Multiplicadores de Sucesso fazem as

atividades em ordem, de maneira que os treinandos possam buscar

sucesso e realização. Devem focalizar seus resultados não somente

em técnicas ou métodos, devem adquirir controle sobre os treinandos.

Quando necessário podem influenciá-los a mudar seu comportamento.

Ajudam os treinandos a alcançar metas e a serem responsáveis por

seu próprio progresso. Devem ser disciplinados na maneira de

administrar o tempo da apresentação e devem dar ênfase às atividades

de aprendizado.

Dedicação e Entusiasmo: Multiplicadores de Sucesso gostam de

trabalhar com os treinandos e são entusiasmados com o trabalho.

Devem cultivar senso de humor e serem capazes de rir e desfrutar o

tempo com os treinandos.

Atitude Positiva e Autoconfiança: Multiplicadores de Sucesso são

positivos e encorajadores no trabalho com os treinandos. Acreditam

que podem fazer uma diferença e são confiantes na habilidade de

transmitir seus conhecimentos. Falam positivamente das Normas,

Procedimentos e Manual da Qualidade e outras Diretrizes da Empresa.

Procuram ajudar os treinandos a serem confiantes através do elogio

sincero e sendo positivos.

Adaptabilidade e Criatividade: Multiplicadores de Sucesso adaptam

os procedimentos, quando necessário, para ajudar nas necessidades

individuais. São criativos, desenvolvendo novos métodos para ajudar

os treinandos no aprendizado.

11.2 O MODELO DE TREINAMENTO

Page 36: Ferramentas Da Qualidade

PROPÓSITO: Ajudar os Multiplicadores a compreenderem como o

Modelo de Treinamento funciona, e como é utilizado para auxiliar os

treinandos a aprimorarem suas técnicas.

11.2.1 Diretrizes ao Usar o Modelo de Treinamento

Explicar

Providencie explicações:

Simples, relevantes e apropriadas;

Experiências pessoais;

Importância do uso das Normas;

Procurar saber se os treinandos entenderam.

Demonstrar

Focalize-se nas Normas;

Seja bem realista;

Mantenha os treinandos avaliando-se;

Providencie demonstração adicional se necessário.

Praticar

Use 40% do tempo para praticar;

Organize e supervisione os treinandos;

Focalize-se na prática, observando e dando feedback;

Pratique as Normas em variadas situações.

Avaliar

Assegure-se de que todos tenham alcançado um elevado nível de

aprendizado;

Faça uma reprática se necessário, em um item específico.

Aplicar um Feedback

Mantenha um relacionamento de igualdade;

Seja positivo;

Seja específico;

Page 37: Ferramentas Da Qualidade

Descrever e não criticar.

12 MATRIZ DE GUT

GUT significa Gravidade, Urgência e Tendência. São parâmetros tomados

para se estabelecer prioridades na eliminação de problemas, especialmente se

forem vários e relacionados entre si. A técnica de GUT foi desenvolvida com o

objetivo de orientar decisões mais complexas, isto é, decisões que envolvem muitas

questões. A mistura de problemas gera confusão, nesse caso, é preciso separar

cada problema que tenha causa própria.

Depois disso, aí sim, é hora de saber qual a prioridade na solução dos

problemas detectados. Isso se faz com três perguntas:

Primeira pergunta: Qual a gravidade do desvio? Indagação que exige

outras explicações. Que efeitos surgirão a longo prazo, caso o

problema não seja corrigido? Qual o impacto do problema sobre

coisas, pessoas, resultados?

Segunda pergunta: Qual a urgência de se eliminar o problema? A

resposta está relacionada com o tempo disponível para resolvê-lo.

Terceira pergunta: Qual a tendência do desvio e seu potencial de

crescimento? Será que o problema se tornará progressivamente

maior? Será que tenderá a diminuir e desaparecer por si só?

Para criar a matriz de GUT, faça uma avaliação da Gravidade, Urgência e

Tendência de cada um dos problemas, usando a Tabela GUT. Ao terminar a

avaliação de todos os problemas, faça a soma das notas dadas e anote na coluna

Total.

Faça a classificação da prioridade, escrevendo o número 1 na coluna

Priorização, em frente ao problema que obtiver o maior número de pontos e assim,

sucessivamente, até aquele que obtiver o menor número de pontos. Este será

considerado o problema de menor importância.

Observe o exemplo:

Page 38: Ferramentas Da Qualidade

13 O PROGRAMA 8S

13.1 HISTÓRICO

Foi o Centro de Educação para a Qualidade no Japão, com a equipe do

Dr. Kaoru Ishikawa, que criou em 1950 um modelo prático para o combate às

causas de perdas e desperdícios, ao qual deu o nome de “Regras dos 5S”.

O Programa 5S vem sendo usado no Brasil desde 1990 em muitas

empresas, com sucesso, particularmente naquelas com uma boa administração

voltada para os recursos humanos.

13.2 OS TRÊS SENSOS ADICIONAIS

Page 39: Ferramentas Da Qualidade

São essenciais para uma completa metodologia de gestão de recursos

humanos e materiais, baseados totalmente na educação, treinamento, qualificação

profissional e principalmente na capacidade intelectual e criativa do povo brasileiro.

Esta metodologia promove a mudança de comportamento de dirigentes e

funcionários, que passam a formar um grupo unido com visão de sobrevivência e

continuidade dos negócios, principalmente através das sugestões de melhoria dos

funcionários.

13.3 O SIGNIFICADO DE CADA “S”

Shikari Yaro - Determinação e União;

Shido - Treinamento;

Seiri – Utilização;

Seiton – Ordem;

Seiso - Limpeza;

Seiketsu – Padronização;

Shitsuke – Disciplina;

Setsuyaku - Economia e Combate aos Desperdícios.

13.4 DETERMINAÇÃO E UNIÃO (SHIKARI YARO)

O Programa 8S proposto começa por este Senso, pois é preciso que

inicialmente haja a determinação ou conscientização da alta administração da

empresa sobre a importância do Programa e os resultados a serem obtidos. Esta

afirmativa é enfatizada em praticamente toda a literatura sobre qualidade e regra dos

5S.

13.5 CONSCIENTIZAÇÃO DA ALTA ADMINISTRAÇÃO

Page 40: Ferramentas Da Qualidade

É fundamental para a correta implantação do programa, deve vir

inicialmente de uma visão ampla da importância de como o combate aos

desperdícios pode melhorar a produtividade e a rentabilidade, mantendo a empresa

competitiva no mercado.

13.6 REUNIÃO ENTRE DIRIGENTES E GERENTES

Esta reunião é importante, pois se o nível intermediário também não se

conscientizar, surgirão problemas, uma vez que são eles que atuam diretamente

com os funcionários. É necessário discutir os detalhes deste programa e ser

apresentados casos reais de empresas que implantaram o mesmo.

13.7 ESCOLHA DO COORDENADOR DO PROGRAMA

O coordenador é quem difundirá todos os passos do programa e deve ter

autoridade para introduzir mudanças ambientais e comportamentais.

O importante é que seja uma pessoa de fácil relacionamento, dinâmica,

aberta a novas ideias e com fortes traços de liderança.

13.8 COMUNICAÇÃO DA EMPRESA A TODOS OS FUNCIONÁRIOS

Emissão de uma comunicação formal assinada pela Alta Direção, com os

detalhes do programa que deve ser implementado.

13.9 REUNIÃO ENTRE GERENTES, SUPERVISORES E FUNCIONÁRIOS

Deve ser deixado bem claro que os benefícios serão o aumento da

segurança do trabalho, um ambiente mais limpo e organizado, um melhor

Page 41: Ferramentas Da Qualidade

relacionamento interno e a redução drástica de todas as formas de desperdícios, o

que é importante para a empresa e para os funcionários.

13.10 DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA

É importante que no início do programa a empresa lance uma frase ou

“slogan” e um símbolo para marcar o programa. (concurso e premiação são

interessantes).

13.11 PLANO PARA MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

Deve ser dada atenção especial à comunicação, pois serão transmitidas

muitas ordens e instruções a diversas pessoas de setores diferentes, existindo,

portanto, o risco de ocorrem ruídos e mal entendidos que podem prejudicar as

ações.

13.12 AUDITORIA OPERACIONAL DOS RECURSOS HUMANOS

Não existe uma regra ou questionário padrão para o trabalho desta

auditoria, pois cada empresa tem a sua realidade. Alguns indicadores que poderiam

ser verificados, por exemplo, são:

Número total de funcionários e por categoria;

Sexo, idade e tempo de empresa;

Índice de rotatividade da mão-de-obra;

Relacionamento interno;

Observância dos direitos trabalhistas;

Condições de trabalho;

Absenteísmo;

Page 42: Ferramentas Da Qualidade

Grau de comunicação;

Imagem interna e externa da empresa;

Relação chefes/subordinados;

Nestas auditorias, as maiores e fortes insatisfações referem-se às

condições de segurança, higiene e limpeza.

13.13 PLANO DE AÇÕES IMEDIATAS PARA PROBLEMAS CRÍTICOS

Após a auditoria do programa, a análise dos dados coletados dará uma

ideia do grau de satisfação dos funcionários sobre a empresa.

13.14 CONTROLE E AVALIAÇÃO

Processo de garantir que as atividades realizadas se igualem às

atividades planejadas.

13.15 TREINAMENTO (SHIDO)

Nenhuma nação torna-se desenvolvida social, política e economicamente

sem que adote a educação de seu povo como prioridade.

Fotografias com exemplos do 8S em outras empresas têm um grande

valor de treinamento e motivação, especialmente quando se consegue ver o “antes”

e o “depois” deste programa.

13.15.1 Treinamento do Coordenador

Seu treinamento deve começar pela leitura de livros sobre 5S, e deve

consumir o maior número de horas com treinamento, pois é ele o responsável pela

Page 43: Ferramentas Da Qualidade

preparação de todos os funcionários.

13.15.2 Treinamento da Diretoria

Apesar de já estarem conscientes e conhecerem o programa, os diretores

têm que ser mais bem treinados, pois eles também executarão tarefas de Sensos.

13.15.3 Treinamento dos Gerentes e Chefes

O Coordenador deverá treinar os gerentes e chefes, pois eles é que irão

ser os multiplicadores do programa, e todos devem estar conscientes e treinados,

pois serão adquiridos hábitos que se incorporarão às tarefas diárias de forma que

não possam alegar falta de tempo para executá-las.

13.15.4 Seleção e Treinamento dos Facilitadores do Programa

Estes colaboradores complementam a atuação dos gerentes e chefes,

pois irão orientar na prática diária os funcionários, em cada setor, para execução

eficaz dos Sensos.

13.16 MONTAGEM DO ESCRITÓRIO DO PROGRAMA 8S (Foi deslocado - 13.15.2,

OK?) (Ok, esta correto.).

É muito importante a montagem deste escritório, porque nele o

responsável pelo Programa deve trabalhar em dedicação exclusiva, não devendo

ser influenciado com problemas, por exemplo, de produção.

13.17 ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR

Page 44: Ferramentas Da Qualidade

Documento que apresenta todo o planejamento do Programa, definindo a

política e os objetivos com os prazos das diversas etapas. Ele é a espinha dorsal do

programa, portanto deve ser bem elaborado pelo coordenador com auxílio dos

facilitadores, gerentes e chefes.

13.18 TREINAMENTO DE TODOS OS FUNCIONÁRIOS

Todos os Sensos devem ser minuciosamente explicados, de forma clara,

direta e objetiva, o que irá exigir planejamento para que as informações sejam

transmitidas de forma eficaz. O Programa deve ser baseado tanto no Plano Diretor

quanto nos Planos de Execução, nos quais todos devem ter a liberdade para sugerir

modificações, visando melhorias.

13.19 REGISTRO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL

Antes de ir para a prática para efetuar o programa, é necessário e

indispensável que se faça o registro e a análise da situação atual da empresa,

através de fotos, filmes, coletas de dados e consumos de diversas naturezas,

inclusive com a geração de gráficos.

13.20 ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE EXECUÇÃO

Os Planos fornecem orientação para a implementação do Programa e

servem como guias operacionais para os funcionários, e são baseados

principalmente quanto à responsabilidade e prazos.

13.21CONTROLE E AVALIAÇÃO

Page 45: Ferramentas Da Qualidade

Deve-se após a execução dos passos deste Senso, fazer uma avaliação

para detectar pontos ou falhas que devem ser melhorados.

13.22 O OBJETIVO DOS 8 S

Melhorar a ordem e a limpeza, abrangendo a empresa como um todo,

promovendo um ambiente de trabalho mais limpo, produtivo, seguro, de qualidade e

com aumento da produtividade.

13.23 COMO IMPLANTAR OS 5 S

É necessário romper o paradigma de que a metodologia não é eficaz;

Entender que este programa auxilia na motivação, desenvolvimento

humano e técnico, revelando os verdadeiros talentos de cada

colaborador;

Acreditar que você é a parte mais importante dentro da empresa;

Buscar ser uma pessoa entusiasmada, motivada a produzir com

qualidade, reduzindo as perdas, e dessa maneira, manter a

empregabilidade e a excelência da empresa;

Envolvimento da Direção.

13.24 DIFERENÇA ENTRE 5S e 8S

Shikari Yaro – Determinação e União.

De forma sucinta pode-se dizer que, se o Programa 5S é Conhecido

como Housekeeping, ou de arrumação de Ambiente, o Programa 8S deve ficar

conhecido como Behaviour-keeping, ou de mudança de comportamento.

Page 46: Ferramentas Da Qualidade

Para que haja aumento da produtividade com a implementação dos 8S, é

necessário haver além de um investimento com máquinas modernas e métodos de

gestão e produção, um forte empenho em ter pessoas educadas, treinadas e

qualificadas.

A metodologia dos 8S não contempla a demissão de pessoas, pelo

contrário, valoriza os recursos humanos.

O objetivo é: reduzir custos, aumentar o volume de vendas, produzir mais

e contratar mais pessoas para atender à demanda.

13.25 COMO COMEÇAR UM PROGRAMA DE QUALIDADE

Nenhuma empresa deve começar um programa de melhoria sem antes

definir a metodologia de avaliação e controle dos resultados.

1 Avaliar a Situação da Empresa

Nesta fase, é importante fazer um levantamento de como se

encontram todas as dependências da empresa, e destacar as

oportunidades de melhorias;

Fotos poderão contribuir para uma análise e registro histórico.

2 Apresentar Atividades a Serem Realizadas

Esta etapa deverá ocorrer logo após a realização da avaliação da

situação da empresa, deverá ser proposto o trabalho a ser

desenvolvido, ou seja, onde deverá ser empenhado esforços como

foco prioritário.

3 Capacitações/ Treinamento

Page 47: Ferramentas Da Qualidade

Uma vez feito o planejamento do que precisa ser realizado, faz-se

necessário elaborar um cronograma de quando será executado;

Cada equipe deve ter definida a data final para implementação de

suas tarefas;

Cada líder designado deve estar atento às necessidades específicas

de cada membro de sua equipe e prover treinamentos quando

houver necessidade.

4 Formação Metodológica para as Pessoas

Romper preconceitos;

Sua participação, motivação, entusiasmo, são importantes;

Você faz parte de um time que busca sempre vencer;

A equipe deve conhecer os detalhes da metodologia que estará

sendo implementada.

5 Definir Líderes de Cada Etapa e um Coordenador Geral

O líder de cada etapa deverá conhecer bem suas tarefas, para que

possa instruir os demais membros da equipe, de como obter

melhores resultados;

O coordenador geral deverá dar suporte a todos os líderes e

membros das equipes.

6 Formar Equipes para Cada Etapa

No mundo atual, trabalhar em equipe é a única saída de

sobrevivência para a empresa;

Trabalhar em equipe é trabalhar juntos;

“Quase todos os nossos êxitos dependem, em parte, de outras

pessoas”. Luiz Amaral.

7 Desenvolver Ferramentas de Suporte

Page 48: Ferramentas Da Qualidade

Quadro de atividades;

Auditoria interna.

8 Implantar Cada “S” em Fases Distintas

a) SEIRI – Senso de Utilização

Técnica é utilizada para identificar e eliminar objetos e informações

desnecessárias, existentes no local de trabalho;

Seu conceito chave é a utilidade, porém, devemos tomar cuidado

com o que vai ser descartado para não perdermos informações e /

ou documentos importantes.

Vantagens

Conseguir liberação de espaço (físico ou virtual);

Eliminar ferramentas, armários, prateleiras e materiais em

excesso;

Eliminar dados de controle ultrapassados;

Eliminar itens fora de uso e sucata;

Evitar excessos, desperdícios e má utilização;

Reaproveitamento de recursos;

Diminuir risco de acidentes;

Combate à burocracia.

Como Praticar o SEIRI

Page 49: Ferramentas Da Qualidade

b) SEITON – Senso de Ordenação

Arrumação das coisas que sobraram depois do Seiri;

Os materiais devem ser colocados em locais de fácil acesso e de

maneira que seja simples verificar quando estão fora de lugar.

Seu conceito chave é a simplificação.

Vantagens

Rapidez e facilidade para encontrar informações, documentos,

materiais, ferramentas e outros objetos;

Melhoria do fluxo de pessoas e materiais;

Economia de tempo;

Diminuição de cansaço físico;

Diminuição de acidentes.

Page 50: Ferramentas Da Qualidade

Como Praticar o SEITON

Page 51: Ferramentas Da Qualidade

c) SEISO – Senso de Limpeza

Consiste na execução da limpeza e, sobretudo, na conscientização

da importância de não sujar e dos benefícios da máxima limpeza no

ambiente de trabalho e nas relações.

Todos os agentes que agridem o meio ambiente podem ser

englobados como sujeira (iluminação deficiente, mau cheiro,

ruídos, pouca ventilação, poeira etc);

Eliminar todo e qualquer traço de sujeira e agir na causa

fundamental.

Vantagens

Bem-estar pessoal;

Conservação dos equipamentos;

Prevenção de acidentes;

Sentimento de excelência transmitido aos clientes.

Como Praticar o SEISO

Page 52: Ferramentas Da Qualidade

d) SEIKETSU – Saúde e Padronização

Estado atingido com a aplicação contínua dos três sensos anteriores

(utilização, ordenação e limpeza) e preocupação com a saúde física

e mental.

Partir para a padronização e melhoria contínua das atividades;

Essa etapa exige perseverança, pois se não houver mudanças no

comportamento das pessoas e nas rotinas que geram sujeira logo

voltaremos à situação inicial, antes da implantação do 5S.

Criar condições adequadas de iluminação, ventilação e de

segurança;

Evitar a poluição do ar, da água, sonora e visual;

Não reutilizar descartáveis;

Ter produtos de primeiros socorros sempre em condições de uso.

A importância de se fazer um gerenciamento visual, consiste na

aplicação de um sistema de codificação por placas, setas, sinais,

marcos delimitadores e principalmente cores.

Cada vez mais as pessoas que executam trabalho manual, estão

optando por roupas claras, que funcionam como sinalizador de

limpeza.

Vantagens

Equilíbrio físico e mental - corpo e mente sadios;

Melhoria do ambiente de trabalho - limpo e agradável;

Melhoria de áreas comuns (banheiros, refeitórios, etc.);

Melhoria nas condições de segurança;

Ausência de doenças;

Maior disposição das pessoas;

Melhor relacionamento entre as pessoas;

Elevação do moral de todos.

Page 53: Ferramentas Da Qualidade

Como Praticar o SEIKETSU

e) SHITSUKE – Disciplina

O compromisso pessoal com o cumprimento dos padrões éticos,

morais e técnicos, definidos pelo programa 5S;

Quando as pessoas passam a fazer o que tem que ser feito e da

maneira como deve ser feito, mesmo que ninguém veja, significa

que existe disciplina;

Para que esse estágio seja atingido todas as pessoas envolvidas

devem discutir e participar do programa 5S.

Vantagens

Trabalho diário agradável;

Melhoria nas relações humanas;

Valorização do ser humano;

Cumprimento dos procedimentos operacionais e administrativos;

Melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho;

Page 54: Ferramentas Da Qualidade

Previsibilidade de resultados;

Autoinspeção e autocontrole;

Melhoria contínua a nível pessoal e organizacional;

Criação de novos hábitos;

Disciplina para o crescimento;

Preparar o ambiente para a implantação da qualidade total;

Bem-estar do homem;

Melhoria da qualidade de vida;

Incentivo à criatividade.

Como Praticar o SHITSUKE

f) Avaliação das Atividades

Todas as atividades devem ser avaliadas formalmente, pelos líderes

ao coordenador;

É necessário que haja acompanhamento contínuo, capacitação

intermediária, reforço na metodologia;

Devemos alcançar cada etapa, passo a passo, degrau por degrau

Page 55: Ferramentas Da Qualidade

g) Aprendizado da Aplicação

Credibilidade perante uns aos outros na equipe;

Humildade para ouvir;

Facilitar as decisões e implementação de melhorias;

Facilitador do fluxo de informações;

Novos conhecimentos e desenvolvimento de habilidades;

Mudança de atitude, mais positiva;

Parceria em tudo, nos momentos bons ou nos desafiadores;

Acreditar e se comprometer sempre para o melhoramento;

Vivacidade, vibração pelo time, pela equipe.

13.26 EVOLUÇÃO CONTÍNUA DOS “5 S”

Após implementar os “5 S”, é necessário manter a evolução contínua

do trabalho.

É muito comum, as pessoas começarem algo e depois de certo tempo

desistirem de fazer o que deram início.

13.27 COMBATE AOS DESPERDÍCIOS - SETSUYAKU

Este Senso encerra o ciclo do Programa 8S, e só pode ser analisado

após o Programa estar operativo, com as pessoas educadas, treinadas e

conscientes.

Mottainai – Uma palavra japonesa que significa: “Que todas as coisas

boas no mundo são sagradas, são presentes dos deuses aos homens. Assim,

desperdiçar, seja o que for, é uma ofensa grave ao Criador.”

Page 56: Ferramentas Da Qualidade

Aos que não acreditam no Criador, nosso planeta flutua no espaço onde,

exceto radiação, nada (ou quase nada) consegue entrar ou sair. Assim sendo, tudo

que aqui existe tem um limite de uso e o que fazemos é transformar matérias-primas

em bens e serviços. Até para mantermos boas condições de vida, e deixarmos algo

para nossos descendentes, somos obrigados a preservar e combater os

desperdícios; caso contrário nada restará no futuro.

13.28 ORIGEM DOS DESPERDÍCIOS

Praticamente em toda empresa, independente do tamanho ou tipo de

atividade, sempre existem desperdícios.

Exemplos: Desperdícios de água, energia elétrica, combustível, produtos

químicos, embalagens, matérias-primas, peças sobressalentes, ligações telefônicas,

cópias, fax, itens de escritório, etc.

No Brasil temos algumas estatísticas de desperdícios:

Até 25% da energia elétrica gerada;

Até 40% da água tratada;

Cerca de 40% dos alimentos produzidos;

Perdas superiores a 30% na construção civil.

Somos campeões mundiais em acidentes do trabalho e temos altos

índices de morte e ferimentos devido a acidentes automobilísticos, também temos

sérios problemas de verminoses, cáries, diabetes e hipertensão arterial. Tudo isso é

fonte de desperdícios de dinheiro, afetando as empresas e o país como um todo.

13.29 PLANO DE COMBATE AOS DESPERDÍCIOS

A maneira mais eficaz de operacionalizar o Senso de Economia e

Combate aos Desperdícios é através de um plano específico, de forma a organizar

as ações e canalizar as sugestões dos funcionários.

Page 57: Ferramentas Da Qualidade

13.30 AVALIAÇÃO GLOBAL DO PROGRAMA 8S

Determinação e União / Treinamento

A avaliação desses Sensos é recomendável após a implementação do

programa, é adequado que seja feita uma avaliação trimestral.

Utilização / Ordenação / Limpeza / Padronização

Devem ser avaliados no máximo bimestralmente, após implementados.

Disciplina / Combate a Desperdícios

Devem ser cuidadosamente avaliado com uma frequência máxima

entre uma avaliação e outra de 1 mês.

Page 58: Ferramentas Da Qualidade

CONCIDERAÇÕES FINAIS

As ferramentas da qualidade são como as ferramentas em uma caixa de um

mecânico, ou seja, são várias, contudo é necessário avaliar qual entre todas ali

disponível é a mais adequada para determinado tipo de situação, e que deverá ser

utilizada para se obter um determinado resultado esperado onde ela estiver sendo

aplicada.

Em todos os sistema de gestão, seja de qualidade, meio ambiente, saúde e

segurança ocupacional, segurança da informação, responsabilidade social, entre

outros tipos de sistemas gerenciáveis, haverá sempre uma interação entre os

diversos processos existentes, daí nasce a necessidade do uso das diversas

ferramentas da qualidade, para se tomar ações imediatas ou emergenciais, ações

corretivas para sanar as causas de problemas detectados ou ações preventivas para

sanar as causas de eventuais probabilidades da ocorrência de falhas.

Outro fator bastante relevante e significativo para uso das ferramentas, são

para as tomadas de decisões baseadas em fatos, em virtude do aumento do índice

de acertabilidade dos indicadores de eficácia, eficiência e capacidade existentes nos

processos em seus diversos níveis organizacionais, sejam eles processos gerenciais

ou processos produtivos ou processos de suporte.

Page 59: Ferramentas Da Qualidade

REFERÊNCIAS

ABRANTES, J. Program 8S: Da Alta Administração à Linha de Produção: 2001, São

Paulo, Interciência

WERKEMA, M. C. C. As ferramentas da qualidade no gerenciamento de

processos. ANO: 1995 Belo Horizonte Fundação Christiano Ottoni.

JURAN, J. M.; GRYNA, F. M. Controle da Qualidade Handbook. Conceitos,

Políticas e Filosofia da Qualidade ANO: 1991. São Paulo, Makron Books 9 v.

MILET, E. et all, Indicadores de Qualidade e Produtividade para a Área de

Informática: Ed. LTC/MCG, Rio de Janeiro, 1993.

SINK, Scott. Planejamento e medição para a performance: Ed. Qualitymark, Rio

de Janeiro, 1993

FUNDAÇÃO PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE. Critérios de Excelência - o

estado da arte da Gestão da Qualidade Total: Ed. FPNQ, São Paulo, 1993.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001 Sistemas

de Gestão Ambiental: especificações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro:

ABNT, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 19011 Diretrizes

para Auditorias de Sistema de Gestão da Qualidade e/ou Ambiental. Rio de

Janeiro: ABNT, 2002.

DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

ANDRADE, T. C. S. Elaboração de Ferramenta de Avaliação para Auditorias

Ambientais. 2006. Dissertação (Mestrado em Gestão Ambiental).