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    Introduo Pesquisa Operacional

    Fernando Augusto Silva Marins

    Professor Adjunto do Departamento de Produo - DPD

    Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguet - FEGUniversidade Estadual Paulista - UNESP

    http://www.pdfonline.com/easypdf/?gad=CLjUiqcCEgjbNejkqKEugRjG27j-AyCw_-AP
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    Referncias 97

    Introduo Teoria dos Grafos e Otimizao em Redes

    1. Introduo 99

    2. Conceitos Bsicos 102

    3. Algoritmos 111

    3.1. rvore de Valor Mnimo 111

    3.2. Caminho Mais Curto 112

    3.3. Fluxo Mximo 116

    Referncias 127

    Modelo de Transporte Simples

    1. Histrico e Formulao Matemtica 128

    2. Algoritmo do Stepping Stone Method 1353. Resoluo pelo Mtodo Modificado (Modi) 144

    4. Mtodos para Encontrar uma Soluo Bsica Inicial para o

    Stepping Stone Method

    147

    4.1. Regra do Canto Esquerdo - RCE 147

    4.2. Mtodo do Menor Custo Associado - MMC 148

    5. Ofertas e Demandas Desbalanceadas 151

    6. Degenerescncia 152

    7. Condies Proibidas e Embarque e Recepo 157

    Referncias 159

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    5Apresentao

    A Pesquisa Operacional (PO) uma rea da Engenharia de

    Produo que proporciona aos profissionais, que tm acesso ao seu

    escopo, o acesso a um procedimento organizado e consistente que o

    auxiliar na difcil tarefa de gesto de recursos humanos, materiais e

    financeiros de uma organizao. De fato, a Pesquisa Operacionaloferece um elenco interessante de reas, modelos e algoritmos que

    permitem ao gestor tomar deciso em problemas complexos, onde

    deve ser aplicada a tica cientfica.

    O material deste livro corresponde a um curso semestral

    introdutrio PO, abordando a Programao Linear, algoritmos para

    Modelos em Redes e modelos estocsticos da Teoria de Filas. O

    contedo vem sendo ministrado, h mais de 20 anos, no nvel de

    graduao para os cursos de Engenharia Mecnica e de Engenhariade Produo Mecnica da Faculdade de Engenharia do Campus de

    Guaratinguet (FEG) da UNESP; e desde 2008, em cursos de ps-

    graduao, Lato Sensu e Stricto Sensu tem sido utilizado como

    apoio, principalmente pelos alunos que esto tendo acesso PO pela

    primeira vez.

    Entendendo a dificuldade dos professores em desenvolver o

    material didtico para suas aulas, ser disponibilizada, para os que

    adotarem o livro, uma senha para um stio na Internet onde haver

    os seguintes materiais de apoio:

    a) Conjunto de slides em PowerPoint com o contedo dos

    vrios captulos do livro;

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    6b) Arquivos com exerccios propostos sobre cada captulo do

    livro;

    c) Softwares, com tcnicas de Pesquisa Operacional,

    desenvolvidos por orientados do autor (Simon, Simulex e

    Hungar), endereos na Internet para o downloadde verses

    livres de importantes e teis softwares (LINDO), e, ainda,o endereo para acesso de software livre desenvolvido por

    outra instituio (PROLIN Universidade Federal de

    Viosa). Manuais de usurio do Solver do Excel e do

    LINDO desenvolvidos por professores de outra

    instituio (Universidade Federal de Ouro Preto).

    O autor gostaria de agradecer ao Professor Heleno do

    Nascimento Santos da UFV e aos Professores Alosio de Castro

    Gomes Jnior e Marcone Jamilson Freitas Souza da UFOP,

    respectivamente, pela autorizao do uso do software PROLIN e dos

    manuais do Solver e do LINDO. Agradece, ainda, a aluna Monique

    de Medeiros Takenouchi do curso de Engenharia de Produo

    Mecnica da FEG UNESP pelo trabalho de adequao nos slides

    em PowerPoint, bem como ao mestrando Marco Aurlio Reis dos

    Santos pela reviso final do texto. Finalmente, o autor gostaria de

    agradecer a oportunidade oferecida pela Pr-Reitoria de Graduao

    da UNESP, por meio do Programa de Apoio Produo de MaterialDidtico, ao publicar este livro.

    Guaratinguet, novembo de 2009.

    Fernando Augusto Silva Marins

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    Pesquisa Operacional: origens, definies e reas

    1. A Pesquisa Operacional e o Processo de Tomada de Deciso

    Um profissional que assume uma funo em uma empresa

    logo se depara com situaes onde dever tomar algum tipo de

    deciso. medida que este profissional vai ascendendo na carreira,

    os problemas e as decises vo se tornando mais complexas e de

    maior responsabilidade. De fato, tomar decises uma tarefa bsica

    da gesto, nos seus vrios nveis, estratgico, gerencial (ttico) ou

    operacional, devendo ser entendido que o ato de decidir significa

    fazer uma opo entre alternativas de soluo que sejam viveis de

    serem aplicadas situao.

    Apesar de cada gestor ter o seu prprio procedimento de

    anlise e soluo de problemas, pode-se, em geral, estabelecer

    algumas etapas que, necessariamente, devem ser observadas,

    configurando o que se denomina de papel do decisor:

    (a) Identificar o problema talvez seja a etapa mais difcil, pois,

    diferentemente dos livros, os problemas na prtica no esto,

    inicialmente, claros, definidos e delimitados. Aqui importante

    perceber quais so os demais sistemas que interagem com o sistema

    onde se insere o problema a ser tratado. fundamental se ter uma

    equipe de analistas multidisciplinar para o problema seja visto de

    prismas diferentes e isso seja incorporado na sua soluo;

    (b) Formular objetivo (s) nesta etapa devem ser identificados e

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    8formulados (muitas vezes matematicamente) quais so os objetivos

    que devero ser atingidos quando da soluo do problema. Em

    alguns casos, podem-se ter vrios objetivos que podem ser

    qualitativos (por exemplo, satisfao do cliente), quantitativos

    (custo ou lucros) ou ainda conflitantes;

    (c) Analisar limitaes na seqncia deve-se levantar quais so asrestries que limitaro as solues a serem propostas. Comumente,

    essas limitaes dizem respeito ao atendimento de tempo/prazo,

    oramento, demandas, capacidades (transporte, produo e

    armazenamento), tecnologia (equipamentos e processos),

    inventrios (matria-prima, subconjuntos, work in process e

    produtos acabados), entre outros;

    (d) Avaliar alternativas aqui, o decisor, aps identificar quais so

    suas alternativas de ao, dever utilizando algum procedimentoescolher a melhor soluo que poder ser aplicada. Destaque-se

    que, muitas vezes a soluo tima pode no ter uma relao custo-

    benefcio que permita sua adoo pela empresa, e uma outra soluo

    que atende esses requisitos pode vir a ser a escolhida. Nesse

    processo de avaliao de alternativas, o decisor poder utilizar uma

    abordagem qualitativa ou quantitativa:

    A abordagem qualitativa se aplica em problemas

    simples, corriqueiros, repetitivos, com pouco impacto financeiro ousocial, onde fundamental a experincia do decisor (ou de sua

    equipe de analistas) em situaes anteriores semelhantes. Nestes

    casos, adota-se uma soluo similar quela j utilizada com sucesso

    num problema semelhante;

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    9 J a abordagem quantitativa a recomendada quando

    os problemas so complexos, novos, envolvem grande volume de

    recursos humanos, materiais e financeiros, tm alto impacto no

    ambiente onde se insere (empresa ou sociedade). Aqui, recomenda-

    se o uso dos preceitos da tica cientfica e os mtodos quantitativos

    (algoritmos) disponveis a obteno de uma soluo.

    Neste contexto que a Pesquisa Operacional se insere,

    colaborando na formao de um profissional que dever desenvolver

    um procedimento coerente e consistente de auxlio tomada de

    deciso a ser adotado no decorrer da sua carreira.

    2. O que a Pesquisa Operacional?

    Pode-se considerar que o nome Pesquisa Operacional (PO)

    de origem militar, tendo sido usado pela primeira vez na Gr-

    Bretanha durante a Segunda Guerra Mundial. Em termos cientficos,

    a PO caracterizada por um campo de aplicaes bastante amplo o

    que justifica a existncia de vrias definies, algumas to gerais

    que podem se aplicar a qualquer cincia, e outras to particulares

    que s so vlidas em determinadas reas de aplicao:

    o uso do mtodo cientfico com o objetivo de prover

    departamentos executivos de elementos quantitativos para a tomada

    de decises com relao a operaes sob seu controle";

    Prope uma abordagem cientfica na soluo de

    problemas: observao, formulao do problema, e construo de

    modelo cientfico (matemtico ou de simulao);

    a modelagem e tomada de deciso em sistemas reais,

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    10determinsticos ou probabilsticos, relativos necessidade de

    alocao de recursos escassos.

    A PO uma cincia aplicada que utiliza tcnicas cientficas

    conhecidas (ou as desenvolve quando necessrio), tendo como ponto

    de referncia a aplicao do mtodo cientfico. A PO tem a ver,

    portanto, com a pesquisa cientfica criativa em aspectos

    fundamentais das operaes de uma organizao. Pelo que foi dito

    antes, podem-se resumir os principais aspectos da PO como se

    segue:

    Possui um amplo espectro de utilizao, no

    governo e suas agncias, indstrias e empresas comerciais e de

    servio;

    aplicada a problemas associados conduo

    e a coordenao de operaes ou atividades numa organizao;

    Adota um enfoque sistmico para os

    problemas;

    Busca a soluo tima para o problema;

    Usa uma metodologia de trabalho em equipe

    (engenharia, computao, economia, estatstica, administrao,

    matemtica, cincias comportamentais).

    3. Origens da Pesquisa Operacional

    Como descrito por Lss (1981), desde o sculo III A.C.

    quando Hieron, Imperador da Siracusa, solicitou de Arquimedes a

    idealizao de meios para acabar com o cerco naval dos romanos,

    lideres polticos e militares tm consultado os cientistas para a

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    11soluo de problemas tticos e estratgicos. No sculo XVII,

    Pascal e Fermat, inventores da noo de esperana matemtica, e

    mais recentemente, Taylor, Borel e Erlang modelaram alguns

    problemas e forneceram solues para os respectivos modelos.

    No que diz respeito a aplicaes industriais, as sementes da

    PO foram lanadas h muitas dcadas, nas tentativas de usar o

    mtodo cientifico na gerncia de sistemas e organizaes de grande

    porte, logo em seguida 1a. Revoluo Industrial.

    O incio da PO , no Ocidente, geralmente atribudo s

    iniciativas dos servios militares no incio da Segunda Guerra

    Mundial. Tm-se, por exemplo, estudos relacionados com o

    desenvolvimento e uso do radar, problema de alocao eficiente de

    recursos escassos s vrias operaes militares, problema da dieta e

    outros mais. As equipes de analistas operacionais, como foram

    chamadas naquela poca, comearam a se expandir na Gr-

    Bretanha, no Canad, na Austrlia e nos Estados Unidos.

    O rpido crescimento da PO no ps-guerra deve-se ao

    desenvolvimento de tcnicas especficas, tais como o mtodo

    Simplex para a Programao Linear, e ao grande progresso

    alcanado no desenvolvimento dos computadores eletrnicos. A

    expanso da PO no mundo acadmico se deu inicialmente nos

    departamentos de Engenharia Industrial e de Engenharia de

    Produo, e nas escolas de Administrao das Universidades norte-

    americanas.

    Segundo Lss (1981), o incio da PO no Brasil se deu

    aproximadamente uma dcada aps sua implantao na Gr-

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    12Bretanha e nos Estados Unidos, sendo que as aplicaes

    economia que motivou os trabalhos pioneiros da PO. Em 1957 a

    Escola Politcnica da Universidade de So Paulo (EPUSP) criou o

    primeiro Curso de Engenharia de Produo, em nvel de graduao

    no Brasil nos moldes de cursos de Engenharia Industrial dos Estados

    Unidos. Em 1959 teve incio o Curso de Engenharia de Produo

    (em nvel de graduao) do ITA. Foram criados os cursos de

    Programao Linear, Teoria dos Jogos, Simulao, Teoria das Filas

    e Estatstica, oferecidos aos alunos de Engenharia de Produo da

    USP e do ITA.

    No incio dos anos 60, como vrios professores atuavam

    tambm no setor privado, teve incio uma pequena interao entre a

    Universidade e a Empresa, resultando nas primeiras aplicaes de

    PO a problemas reais. No final dos anos 60 j existia uma tendncia

    de se formarem em algumas empresas grupos dedicados a PO

    voltados soluo de problemas tticos e estratgicos. O primeiro

    grupo formal de PO estabelecido no Brasil em uma empresa foi o da

    Petrobrs, criado em 1965.

    Em 1966 foi realizado no Rio o "Primeiro Seminrio de PO

    no Brasil, promovido pela Petrobrs. Nesta poca foi fundada a

    SOBRAPO - Sociedade Brasileira de Pesquisa Operacional, que

    congrega interessados no desenvolvimento e uso de tcnicas de PO.

    H vrias sociedades profissionais no mundo ligadas PO, bem

    como so publicados muitos peridicos, onde se publicam os

    trabalhos associados PO. Para conhecimento e referncias, citam-

    se a seguir algumas sociedades e peridicos mais relevantes:

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    13 INFORMS The Institute for Operations Research

    and the Management Sciences (www.informs.org)

    EURO - European Operational Research Society

    (www.euro-online.org)

    IFORS The International Federation of Operational

    Research Societies (www.ifors.org ) SOBRAPO - Sociedade Brasileira de Pesquisa

    Operacional (www.sobrapo.org.br)

    ABEPRO Associao Brasileira de Engenharia de

    Produo (www.abepro.org.br)

    Operations Research (or.pubs.informs.org)

    European Journal of Operational Research

    (www.elsevier.com/locate/ejor)

    Interfaces (interfaces.journal.informs.org) Management Sciences (mansci.pubs.informs.org)

    Revista da SOBRAPO (www.sobrapo.org.br)

    Gesto & Produo (www.scielo.br/gp)

    Produo (www.abepro.org.br)

    Brazilian Journal of Operations and Production

    Management (www.abepro.org.br)

    4. Fases da resoluo de um problema pela PesquisaOperacional

    Pode-se, de uma forma simplificada, subdividir a resoluo

    de um problema pela PO em cinco etapas:

    (a) Formulao do Problema (Identificao do Sistema)

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    14(b) Construo do Modelo Matemtico

    (c) Obteno da Soluo

    (d) Teste do Modelo e da Soluo Obtida

    (e) Implementao

    Estas etapas podem ser visualizadas na Figura 1.

    Figura 1: Esquematizao das Fases de um Estudo aplicando a PO

    (a) Formulao do Problema (Identificao do Sistema)

    Diferentemente dos exemplos dos livros, os problemas reais

    surgem de uma forma bastante vaga e imprecisa. Este fato exige doanalista de PO uma grande capacidade de assimilar e sistematizar as

    situaes reais. Para se formular corretamente um problema

    necessrio que o mesmo seja bem identificado. Portanto, as

    seguintes informaes bsicas se tornam necessrias:

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    15 (a) Quem tomar as decises?

    (b) Quais so os seus objetivos?

    (c) Que aspectos esto sujeitos ao controle de quem

    decide (variveis de deciso) e quais as limitaes a

    que esto sujeitas essas variveis (restries)?

    (d) Quais os aspectos que esto envolvidos no processo

    e que fogem ao controle de quem decide?

    Uma vez formulado o problema, a etapa seguinte a

    construo do modelo.

    (b) Construo do Modelo Matemtico

    Modelos so representaes simplificadas da realidade. A

    qualidade de um modelo depende muito da imaginao e criao da

    equipe de PO requerendo uma certa dose de abstrao. impossvel

    construir um manual de instrues para a elaborao de modelos. A

    utilizao de modelos possui duas importantes caractersticas:

    (a) Permite a anlise do problema modelado,

    indicando quais so as relaes importantes entre

    as variveis, quais os dados relevantes, e quais so

    as variveis de maior importncia;

    (b) Possibilita a tentativa de vrias alternativas de

    ao sem interromper o funcionamento do sistema

    em estudo.

    Uma classificao possvel para os modelos seria: icnicos

    ou fsicos (por exemplo, maquetes), analgicos (por exemplo,

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    16organograma), e matemticos. Os modelos fsicos assemelham-se

    fisicamente aos sistemas que representam, enquanto os modelos

    abstratos tm apenas uma semelhana lgica com os sistemas

    representados. Os modelos matemticos podem ser de otimizao ou

    de simulao, sendo que este texto se concentrar nos modelos

    matemticos de otimizao.

    Um modelo matemtico de um problema real uma

    representao atravs de expresses matemticas que descrevem a

    essncia do problema. Se existirem ndecises quantificveis, elas

    sero representadas por n variveis de deciso ou de controle. As

    relaes e limitaes a que esto sujeitas as variveis de deciso so

    expressas por meio de equaes e inequaes, denominadas

    restries. O objetivo que se pretende atingir formulado como uma

    funo (ou mais de uma), colocada em termos das variveis de

    deciso, denominada funo objetivo.

    Normalmente na etapa de modelagem leva-se em conta a

    tcnica que poder vir a ser utilizada, uma vez que muitas vezes

    atravs de pequenas adaptaes nesta fase, que no comprometem

    os resultados obtidos, consegue-se uma simplificao na etapa de

    obteno da soluo.

    (c) Obteno da Soluo

    Uma vez construdo o modelo matemtico parte-se para a

    obteno de uma soluo. Diversos so os mtodos matemticos

    utilizados em PO, associados s vrias reas que compe a PO, entre

    estas se pode citar, a Programao Linear, a Programao em Redes,

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    17a Teoria dos Grafos e a Teoria das Filas que sero tratadas neste

    livro.

    Estes mtodos matemticos encontram-se em crescente

    evoluo, alm da descoberta de novas tcnicas. Foram

    desenvolvidos diversos softwares, que disponibilizam alguns

    mtodos importantes da Pesquisa Operacional tornando vivel e

    eficiente a soluo de problemas complexos. Como exemplos tm-

    se o Solver do Excel que atua com planilhas eletrnicas, o

    LINDO Linear Discrete Optimizer (www.lindo.com) e o

    CPLEX (www.ILOG.com), para problemas de Programao

    Linear e No Linear e variaes, para Simulao so muito usados

    o PROMODEL(www.belge.com.br/produtos_promodel.html) e o

    ARENA(www.paragon.com.br/).

    (d) Teste do Modelo e da Soluo Obtida

    Dada a complexidade dos problemas, e a dificuldade de

    comunicao e compreenso de todos os aspectos, existe a

    possibilidade que a equipe de analistas obtenha, ou interprete, de

    forma errnea alguns fatos, o que pode acarretar uma distoro

    elaborao do modelo. Essa distoro levar a solues que no se

    ajustaro realidade. Dessa forma, o modelo precisa ser testado. Em

    alguns casos o modelo pode ser testado atravs da reconstruo dopassado (uso de dado histricos), verificando-se a adequao do

    modelo s informaes disponveis.

    Em cada situao especifica pode ser definida uma

    sistemtica para testar o modelo e sua soluo. O importante que

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    18se a soluo for usada repetidamente o modelo deve continuar a

    ser testado. A fase de teste pode indicar deficincias exigindo

    correes do modelo, seja pelo refinamento de algum aspecto, pela

    considerao de algum aspecto omitido ou possveis simplificaes

    do modelo.

    (e) Implementao

    A ltima fase de um estudo de PO implementar a soluo

    final, uma vez aprovada por quem decide. Esta uma fase crtica,

    pois somente nesta fase que os resultados do estudo sero obtidos.

    Por este motivo, muito importante a participao da equipe que

    trabalhou com o modelo de forma a garantir a sua correta

    implementao. Este contato estreito garantir tambm uma

    interveno no caso de ocorrer qualquer tipo de falha no prevista.

    A fase de implementao envolve um aspecto

    essencialmente tcnico e um aspecto pessoal. Como normalmente

    utilizado o computador para obteno dos resultados, toda

    documentao necessria deve ser muito bem organizada e

    detalhada, de forma a no suscitar dvidas quando de sua utilizao.

    Por outro lado, deve-se preparar a equipe que ir utilizar os

    resultados, procurando-se o entrosamento com a equipe de operao,

    bem antes da fase de implementao. A participao mais efetiva de

    quem ir utilizar os resultados, nas etapas de formulao e

    modelagem certamente contribuir para o sucesso da implementao

    dos resultados obtidos.

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    195. Consideraes Importantes

    O estudo da PO, tendo em vista a sua sistemtica, leva o

    tcnico a adquirir um raciocnio organizado. Essa formalizao do

    raciocnio facilita a anlise e interpretao dos problemas reais,

    levando a um exame detalhado dos aspectos envolvidos.

    No entanto, como o tcnico de PO na maioria das vezes no

    um profundo conhecedor da rea em que ser aplicado o modelo,

    fundamental um relacionamento constante com o usurio,

    principalmente nas etapas iniciais de formulao e modelagem. Esse

    relacionamento se torna ainda mais importante medida que o

    usurio precisa estar convencido da validade, e das vantagens, que

    essas tcnicas propiciam, para que esteja garantida a viabilidade de

    sua utilizao.

    Com relao aos dados utilizados nos modelos, muito

    importante que seja conhecida a sua qualidade, pois, s vezes,

    procura-se refinar um modelo sem levar em conta que a qualidade

    das informaes necessrias a esse refinamento no o justificam.

    Um estudo utilizando a anlise de sensibilidade, em muitos casos,

    permite verificar a influncia de determinado dado (parmetro), o

    que poderia no justificar um maior detalhamento do modelo.

    O porte do modelo deve ser adequado as suas finalidades.

    Em muitos casos so utilizados modelos extremamente complexos,

    o que possvel com o grande desenvolvimento dos computadores,

    que no justificam a sua adoo. O custo da implementao e

    operao de alguns modelos pode superar os benefcios

    proporcionados inviabilizando-os. Modelos de grande porte devem

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    20ser utilizados somente quando possam ser justificados atravs de

    uma relao benefcio-custo desejvel.

    Recursos escassos devem ser utilizados racionalmente de

    maneira racional. Por outro lado as exigncias do desenvolvimento

    industrial brasileiro, e a globalizao da economia foram, foram a

    utilizao de ferramentas mais poderosas na soluo de problemas

    especficos ou gerais das empresas.

    Hoje se constata que, embora as tcnicas da PO j estejam

    bastante divulgadas no meio acadmico, nas Empresas ainda h

    vrias restries ao conhecimento e domnio desse ferramental. A

    falta de tradio no uso de tcnicas sofisticadas no mundo

    empresarial brasileiro, aliada a dificuldades de comunicao com as

    universidades, fazem com que o uso da PO por empresas esteja bem

    aqum do que seria desejvel.

    Nas universidades a tendncia uma diversificao muito

    grande de reas de aplicao. H pessoas trabalhando com

    problemas determinsticos, estocsticos e combinatrios; h

    desenvolvimentos importantes relacionados teoria da deciso, a

    mtodos computacionais aplicados Programao Matemtica e a

    outras reas mais contemporneas, como a Logstica e o

    Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain

    Management).

    A esta diversificao se alia um crescente intercmbio da

    universidade com a empresa, na forma de assessoria e participao

    em projetos.

    Pode-se afirmar que a PO tem tido um impacto crescente na

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    21administrao das empresas, tendo aumentado o nmero e a

    variedade de suas aplicaes. A seguir esto relacionadas reas

    tratadas neste texto e exemplos de problemas tpicos:

    Programao Linear - mix de produo, mistura de

    matrias-primas, modelos de equilbrio econmico, carteiras de

    investimentos, roteamento de veculos; jogos entre empresas;

    Modelos em Redes - rotas econmicas de transporte,

    distribuio e transporte de bens, alocao de pessoal,

    monitoramento de projetos;

    Teoria de Filas - congestionamento de trfego,

    operaes de hospitais, dimensionamento de equipes de servio;

    Referncias

    Lawrence, J. A.; Pasternack, B. A. Applied Management Science:

    Modeling, Spreadsheet Analysis, and Communication for Decision

    Making, 2ndEdition. New York: John Wiley & Sons, 2002.

    Lss, Z. E. O Desenvolvimento da Pesquisa Operacional no Brasil.

    Tese de Mestrado, COPPE/UFRJ, 1981.

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    23Programao Linear

    1. Introduo

    Um aspecto importante de problemas envolvendo decises

    o de otimizao; quando se procura estabelecer quais as maneiras

    mais eficientes de utilizar os recursos disponveis para atingir certos

    objetivos. Em geral trata-se de recursos limitados e a sua utilizao

    criteriosa possibilita melhorar o rendimento ou produtividade do

    processo em estudo.

    A prpria continuidade do processo pode mesmo depender

    de tal utilizao criteriosa. Na prtica tais recursos so usualmente

    de natureza econmica, tais como capital, matria-prima, mo-de-

    obra, equipamentos, tempo e outros, mas em geral podem tomar os

    aspectos mais variados.

    A Programao Linear (PL) visa fundamentalmente

    encontrar a melhor soluo para problemas que tenham seus

    modelos representados por expresses lineares. A sua grande

    aplicabilidade e simplicidade devem-se a linearidade do modelo. A

    tarefa da PL consiste na maximizao ou minimizao de uma

    funo linear, denominada Funo objetivo, respeitando-se um

    sistema linear de igualdades ou desigualdades, que recebem o nome

    de Restries do Modelo.

    As restries determinam uma regio a qual se d o nome de

    Conjunto Vivel, a melhor das solues viveis (solues que

    pertencem ao Conjunto Vivel), ou seja, aquela que maximiza ou

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    24minimiza a funo objetivo, denomina-se Soluo tima. O

    objetivo da Programao Linear determinar a soluo tima.

    Para a resoluo de um Problema de Programao Linear

    (PPL) dois passos so necessrios. O primeiro a Modelagem do

    problema, seguindo-se o mtodo de soluo do modelo. No caso de

    um PPL o mtodo mais utilizado o Mtodo Simplex, que ser

    examinado adiante. No existem tcnicas precisas capazes de

    permitir o estabelecimento do modelo de um problema, pois a

    modelagem envolve aspectos de arte, ou seja, pode ser melhorada

    com a prtica e observao. Para modelar uma situao geral

    importante se ter experincia e capacidade de anlise e sntese.

    2. Modelagem

    Para identificar as variveis de deciso, recomenda-se as

    seguintes regras:

    a) Pergunte O decisor tem autoridade para escolher o

    valor numrico (quantidade) do item? Se a resposta for sim esta

    uma varivel de deciso;

    b) Seja bem preciso com respeito s unidades (moeda e

    quantidade, por exemplo) de cada varivel de deciso (incluindo o

    fator tempo, como horrio, dirio, semanal, mensal);

    c) Cuidado para no confundir as variveis de deciso

    com os parmetros do problema, como nmero de mquinas na

    fbrica, quantidade de cada recurso usado na fabricao de um

    produto, capacidade de produo da fbrica, custos de produo,

    custos de transporte, demandas pelos produtos e assim por diante.

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    25Com respeito funo objetivo, a PO busca encontrar o

    melhor que pode ser feito com o que se tem, isto , procura

    maximizar algo (como lucro ou eficincia) ou minimizar alguma

    coisa (como custo ou tempo). Talvez a busca pelo mximo valor do

    lucro total (= retornos custos) seja a funo objetivo mais comum

    nos modelos matemticos. Na PL, os modelos tm apenas um

    objetivo, mas possvel, em outras reas da PO, tratar modelos com

    mltiplos objetivos.

    Exemplos de restries tpicas incluem a existncia de

    limites sobre as quantidades de recursos disponveis (colaboradores,

    mquinas, oramento, matrias-primas, por exemplo) e requisitos

    contratuais para a produo e atendimento de demandas. As

    restries tambm podem ser de carter natural, como ocorre nos

    casos de estoques, onde razovel considerar que o estoque ao final

    de um ms igual ao estoque no incio daquele ms mais o que foi

    produzido e menos o que foi vendido no mesmo ms, desde que o

    produto no se deteriore ou se perca no perodo.

    Outro exemplo se refere ao fato de determinadas variveis

    de deciso (por exemplo, quantidades produzidas) no poderem ter

    valores negativos, ou ainda s poderem assumir valores inteiros

    nulos ou positivos. Essas ltimas restries so conhecidas como

    restries de no negatividade e restries de integridade,

    respectivamente.

    possvel se ter alguma varivel de deciso que possa

    assumir qualquer valor, positivo, nulo ou negativo, como, por

    exemplo, a taxa de inflao num modelo de planejamento

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    26econmico, nesse caso a varivel de deciso denominada livre

    ou irrestrita em sinal.

    Um procedimento que ajuda na elaborao de restries o

    seguinte:

    a) Crie uma restrio com palavras inicialmente, da

    seguinte forma,

    (A quantidade requerida de um recurso)

    (A disponibilidade do recurso),

    sendo que essas relaes podem ser expressas por meio de

    igualdades (=) ou desigualdades (ou );

    b) Assegure-se que a unidade do termo do lado

    esquerdo (Left Hand Side LHS) da restrio a mesma unidade do

    termo do lado direito (Right Hand Side RHS);

    c) Traduza a restrio em palavras para a notao

    matemtica utilizando valores conhecidos ou estimados para os

    parmetros e os smbolos matemticos adotados para as variveis de

    deciso;

    d) Reescreva a restrio, se necessrio, de modo que os

    termos envolvendo as variveis de deciso fiquem no lado esquerdo

    (LHS) da expresso matemtica, enquanto s o valor associado a

    uma constante fique no lado direito (RHS).

    Apresentam-se a seguir exemplos de modelagem em

    Programao Linear. Deve-se, inicialmente, definir de forma

    completa e inequvoca quais sero as variveis de deciso (ou de

    controle) do modelo e na seqncia a funo objetivo e as restries.

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    28Restries:

    (limitao de mo-de-obra) 7xa+ 3xb+6xc150

    (limitao de material) 4xa+ 4xb+5xc200

    (no-negatividade) xa0, xb0, xc0.

    Funo objetivo: maximizao do lucro total

    Lucro total = L = 4xa+ 2xb+3xc

    Max L = 4xa+ 2xb+3xc

    Modelo final

    Encontrar nmeros xa, xb, xc tais que: Max L = 4xa, sujeito as

    restries: 7xa+ 3xb+6xc150

    4xa+ 4xb+5xc200

    xa0, xb0, xc0.

    Generalizando, suponha que existem mrecursos usados na produo

    de nprodutos, com os seguintes dados:

    cj: lucro na venda de uma unidade do produto j = 1,2,...,n;

    bi: quantidade disponvel do recurso i = 1,2, ...., m;

    aij: quantidade do recurso i usada para produzir uma unidade do

    produto j.

    xj: quantidade a produzir do produto j (variveis de deciso).

    O modelo geral ter: Funo objetivo - Max

    n

    jjjxcZ

    1

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    29Restries - sujeito a: a11x1+ ...+ a1nxnb1

    a21x1+ ...+a2nxnb2

    ....................................

    am1x1+ ...+ amnxnbm

    xj0, j = 1, 2, n

    Em notao matricial, tem-se:

    Max Z = C' X sujeito a:

    0X

    bAX

    onde: X = (x1 x2 ... xn)

    t o vetor das variveis de deciso; C =

    (c1 c2 ... cn) o vetor de custos; b = (b1 b2 ...bm)

    t o vetor das

    quantidades dos recursos em cada restrio

    A = a11a12 ... a1n

    a21a22 ... a2n

    .......................

    am1am2.... amn

    a matriz dos coeficientestecnolgicos.

    (2) Modelo da Dieta

    O problema consiste em obter uma dieta de mnimo custo

    que satisfaa as necessidades bsicas do indivduo mdio, com

    respeito a Calorias (no mnimo 3,0), Clcio (no mnimo 0,8) e

    Vitamina B12 (no mnimo 2,7). A Tabela 2 relaciona trs

    substncias exigidas pelo organismo, a quantidade existente de cada

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    30uma delas de uma relao de seis alimentos, juntamente com os

    respectivos custos unitrios desses alimentos.

    Tabela 2. Dados para o problema da dieta.

    (1)

    farinha

    de trigo

    (2)

    leite em

    p

    (3)

    queijo

    (4)

    fgado

    (5)

    batata

    (6)

    feijo

    Calorias 44,7 8,4 7,4 2,2 9,6 26,9

    Clcio 2,0 19,1 16,4 0,2 2,7 11,4

    VitaminaB12

    33,3 23,5 10,3 50,8 5,4 24,7

    Custos 10,8 20,5 22,5 21,2 16,1 15

    Modelagem:

    Variveis de deciso - Sejam xj - quantidade do alimento j presente

    na dieta, j = 1,2,3,4,5,6.

    Funo objetivo: Min Z = 10,8x1 + 20,5x2 + 22,5x3 + 21,2x4 +

    16,lx5+ 15,0x6

    Restries

    sujeito a:

    44,7x1+ 8,4x2 + 7,4x3+ 2,2x4+ 9,6x5+ 26,9x6 3,0

    2,0xl+ 19,lx2+ 16,4x3+ 0,2x4+ 2,7x5+ 11,4x6 0,8

    33,3x1+ 23,5x2+ 10,3x3+ 50,8x4+ 5,4x5+ 24,7x6 2,7

    xj > 0 , j = 1,2,3,4,5,6

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    Generalizando, sejam cj - custo do alimento j = 1, 2,..., n;

    bi - quantidade mnima do nutriente i = 1, 2,..., m na dieta;

    aij - quantidade do nutriente i por unidade do alimento j.

    Em notao matricial o modelo ficar sendo:

    Funo-objetivo -Min Z = C'X

    Restries - sujeito a:

    .0X

    bAX

    (3) Modelo de Transporte Simples

    Um dado produto produzido em diferentes fbricas no pas

    com capacidades de produo limitadas e deve ser levado a centros

    de distribuio (depsitos) onde h demandas a serem satisfeitas.

    O custo de transporte de cada fbrica a cada depsito

    proporcional quantidade transportada e devem-se achar estas

    quantidades que minimizem o custo total de transporte (CT) do

    produto em questo. A Tabela 3 fornece os custos unitrios de

    transporte de cada fbrica para cada depsito, bem como as

    demandas em cada um dos depsitos e as produes de cada fbrica.

    Tabela 3. Dados para o problema de transporte.

    DepsitosFbricas

    Florianpolis Rio deJaneiro

    Salvador Manaus Produes

    Curitiba 1 0,8 3 4,5 470

    So Paulo 1,5 0,6 2,5 3 400

    Aracaju 6 5 1,2 2,8 400

    Demanda 350 300 300 120

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    Modelagem:

    Sejam xij quantidade enviada do produto da fbrica i (i = Curitiba, So

    Paulo, Aracaju) ao depsito j (j = Florianpolis, Rio de Janeiro, Salvador,

    Manaus)

    Funo objetivo Min CT = 1x11+ 0,8x12+ 3x13+ 4,5x14+ 1,5x21+0,6x22+ 2,5x23+ 3x24+ 6x31+ 5x32+ 1,2x33+ 2,8x34

    Restries sujeito a

    Curitiba x11+ x12+ x13+ x14 470

    (Restries de produo) So Paulo x21+ x22+ x23+ x24 400

    Aracaju x31+ x32+ x33+ x34 400

    Florianpolis x11+ x21+ x31+ x41 = 470 RJ x12+ x22+ x32+ x42 = 470

    (Restries de demanda) Salvador x13+ x23+ x33+ x43 = 470

    Manaus x14+ x24+ x34+ x44 = 470

    (No negatividade) xij0, i = 1, 3 e j = 1,4.

    Generalizando, supondo um nico produto, n depsitos e m fbricas

    e:

    cij - custos unitrios de transporte da fbrica i ao depsito j;

    bj - demanda no depsito j com j = 1,2, ...,n

    ai - produo da fbrica i com i = 1,2, ...,m;

    O modelo geral ser:

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    33Variveis de deciso - xij - quantidade transportada da fbrica i ao

    depsito j.

    Funo objetivo -

    m

    1i

    n

    1jijijxcZMin

    Restries - sujeito a:

    0

    ,...,2,1,

    ,...,2,1,

    1

    1

    ij

    m

    ijij

    n

    jiij

    x

    njbx

    miax

    (4)Seleo de mdia para propaganda

    Uma companhia de propaganda deseja planejar uma campanha em

    03 diferentes meios: tv, rdio e revistas. Pretende-se alcanar o

    maior nmero de clientes possvel. Um estudo de mercado resultou

    nos dados da Tabela 4, sendo os valores vlidos para cada

    veiculao da propaganda.

    A companhia no quer gastar mais de $ 800.000 e

    adicionalmente deseja:

    a) No mnimo 2 milhes de mulheres sejam atingidas;

    b) Gastar no mximo $ 500.000 com TV;

    c) No mnimo 03 veiculaes ocorram no horrio normal naTV;

    d) No mnimo 02 veiculaes ocorram no horrio nobre na

    TV;

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    34e) Nmero de veiculaes no rdio, e nas revistas, devem

    ficar entre 05 e 10, para cada meio de divulgao.

    Tabela 4. Dados para o problema de seleo de mdia para propaganda.

    TV

    horrio

    TV

    horrio

    Rdio Revistas

    normal nobre

    custo 40.000 75.000 30.000 15.000

    clientes

    atingidos

    400.000 900.000 500.000 200.000

    mulheres

    atingidas

    300.000 400.000 200.000 100.000

    Formular um modelo de PL que trate este problema,

    determinando o nmero de veiculaes a serem feitas em cada meio

    de comunicao, de modo a atingir o mximo possvel de clientes.

    Modelagem:

    Variveis de deciso:

    x1= Nmero de exposies em horrio normal na tv.

    x2= Nmero de exposies em horrio nobre na tv.

    x3= Nmero de exposies feitas utilizando rdio.

    x4= Nmero de exposies feitas utilizando revistas.

    Funo objetivo: maximizar nmero de clientes atingidos

    Max z = 400.000x1+ 900.000x2+ 500.000x3+ 200.000x4

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    35

    Restries: sujeito a

    40.000x1+ 75.000x2+ 30.000 x3+ 15.000x4800.000 (oramento)

    300.000x1+ 400.000x2 + 200.000 x3+ 100.000x42.000.000

    (mulheres atingidas)

    40.000x1+ 75.000x2500.000 (gasto com TV)

    x13, x22, 5 x310, 5 x410 (nmero de veiculaes em

    TV, rdio e revistas)

    x1, x2, x3, x40. (no-negatividade)

    (5) Um problema de treinamento

    Uma empresa de mquinas ferramentas tem um programa

    de treinamento para operadores de mquinas. Alguns operadores j

    treinados podem trabalhar como instrutores neste programa ficando

    responsveis por 10 trainees cada. A empresa pretende aproveitar

    apenas 07 traineesde cada turma de 10.

    Estes operadores treinados tambm so necessrios na linha

    de fabricao, e sabe-se que sero necessrios para os prximos

    meses: 100 operadores em janeiro, 150 em fevereiro, 200 em maro,

    e 250 em abril. Atualmente h 130 operadores treinados disponveis

    na empresa. Os custos associados a cada situao so:

    a) Trainee - $ 400;

    b) Operador treinado trabalhando - $ 700;

    c) Operador treinado ocioso - $ 500. Um acordo firmado com

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    37+ x4+ x6) + 700(100 + 150 + 200) = 4700x1+ 500x2+ 4700x3+

    500x4 + 4700x5+ 500x6+ 315.000.

    Restries: x1, x2, x3, x4, x5, x60 (no-negatividade)

    As demais restries devem representar as equaes de

    balano mensal: operadores treinados no incio do ms = operadoresnas mquinas + instrutores + operadores ociosos.

    Janeiro - 130 = 100 + x1+ x2x1+ x2= 30

    Fevereiro - 130 + 7x1= 150 + x3+ x47x1 - x3 - x4= 20

    Maro - 130 + 7x1+ 7x3= 200 + x5+ x67x1+ 7x3 - x5 - x6= 70

    Abril - 250 = 130 + 7x1+ 7x3+ 7x57x1+ 7x3+ 7x5= 120.

    (6) Problema de dimensionamento de equipes de inspeoUma companhia deseja determinar quantos inspetores alocar

    uma dada tarefa do controle da qualidade. as informaes

    disponveis so:

    H 08 inspetores do nvel 1 que podem checar as peas

    a uma taxa de 25 peas por hora, com uma acuracidade de 98%,

    sendo o custo de cada inspetor deste nvel $4 por hora;

    H 10 inspetores do nvel 2 que podem checar as peas

    a uma taxa de 15 peas por hora, com uma acuracidade de 95%,

    sendo o custo de cada inspetor deste nvel $3 por hora.

    A companhia deseja que no mnimo 1800 peas sejam

    inspecionadas por dia (= 08 horas).

    Sabe-se, ainda, que cada erro cometido por inspetores

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    38no controle da qualidade das peas acarreta um prejuzo

    companhia de $2 por pea mal inspecionada.

    Formular um modelo de PL para possibilitar a designao

    tima do nmero de inspetores de cada nvel de modo a otimizar o

    custo da inspeo diria da companhia.

    Modelagem:Variveis de deciso - xi= nmero de inspetores do nvel i (= 1, 2)

    alocados inspeo.

    Funo objetivo: Minimizar CT = custo total dirio de inspeo

    ([$/dia]), onde Custo Total = custo do salrio dos inspetores + custo

    dos erros

    Min CT = 8.[(4 x1+ 3 x2) + 2.(25.0,02 x1+ 15.0,05 x2)] Min CT

    = 40 x1+ 36 x2

    Restries: Quanto ao nmero de inspetores: x18 (inspetores do

    nvel 1) e x210 (inspetores do nvel 2)

    Quanto ao nmero de peas inspecionadas por dia: 8.(25 x1+ 15 x2)

    1800 5 x1+ 3 x245

    Restries implcitas de no negatividade: x10 e x20.

    (8) Um problema de mistura

    Deseja-se determinar as misturas de quatro derivados do

    petrleo, que sero os constituintes de trs tipos de gasolina (extra,

    super e comum). Na Tabela 5 esto as informaes acerca dos

    custos e disponibilidade dos constituintes.

    Tabela 5. Dados sobre os constituintes.

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    39Constituintes Mximo disponvel Custo

    (barris/dia) Por barril

    1 3.000 3

    2 2.000 6

    3 4.000 4

    4 1.000 5

    Tabela 6. Dados sobre preos e especificaes de gasolinas.

    Tipo de gasolina Especificaes Preo de

    venda

    No mais que 30% de 1

    No mais que 50% de 3

    A

    No menos que 40% de 2

    5,5

    No mais que 50% de 1BNo menos que 10% de 2

    4,5

    C No mais que 70% de 1 3,5

    A fim de manter a qualidade de cada tipo de gasolina,

    preciso manter as porcentagens dos diversos constituintes dentro dos

    limites especificados. Os preos de venda de cada tipo de gasolina

    por barril tambm esto indicados na Tabela 6. O objetivo maximizar o lucro.

    Modelagem

    Variveis de deciso:

    xij= quantidade do constituinte i (1,2, 3, 4) na gasolina j (A, B, C)

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    40

    Variveis auxiliares:

    xA= xiA, xB= xiB, xC= xiC, para i = 1, 2, 3, 4.

    x1= x1j, x2= x2j, x3= x3j, x4= x4j, para j = A, B , C.

    Funo objetivo: Max Lucro = (preo de venda de cada tipo degasolina).(quantidade vendida) (custo de cada

    constituinte).(quantidade comprada)

    Max L = 5,50 xA+ 4,50 xB+ 3,50 xC 3 x1 6 x2 4 x3 5 x4=

    Restries:

    Quantidades mximas de constituintes

    x1j3.000

    x2j2.000x3j4.000

    x1j1.000

    Especificaes das gasolinas

    x1A0,30 xA

    x3A0,50 xA

    x2A0,40 xA

    x1B0,50 xB

    x2B0,10 xB

    x1C0,70 xC.

    No negatividade - xij0, para todo i = 1, 2, 3, 4 e j = A, B, C.

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    41Deve-se, a seguir, substituir as variveis auxiliares pelas

    variveis de deciso e o modelo estar completo.

    Alguns modelos no so originalmente lineares, mas por

    meio de algum artifcio podem ser linearizados. Seguem alguns

    exemplos desses casos.

    (9) Uma indstria qumica

    Dois produtos, a e b, so feitos a partir de duas operaes

    qumicas. Cada unidade do produto arequer 02 horas da operao 1

    e 03 horas da operao 2. Cada unidade do produto b requer 03

    horas da operao 1 e 04 horas da operao 2. o tempo total

    disponvel para a realizao da operao 1 de 16 horas, e o tempo

    total para a operao 2 de 24 horas.

    A produo do produto bresulta, tambm, num subproduto

    c sem custos adicionais. Sabe-se que, parte do produto c pode ser

    vendida com lucro, mas o restante deve ser destrudo. Previses

    mostram que no mximo 05 unidades do produto c sero vendidas, e

    sabe-se que cada unidade do produto bfabricada gera 02 unidades

    do produto c. Alm disso:

    a) Produto agera um lucro de $ 4 por unidade;

    b) Produtobgera um lucro de $ 10 por unidade;

    c) Produto cgera um lucro de $ 3 por unidade se for vendido;

    d) Produto cgera um custo de $ 2 por unidade se for destrudo.

    Determinar um modelo de PL para tratar este problema, e

    encontrar quanto produzir de cada produto, de modo a maximizar o

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    43destruir Produto c).(quantidade destruda do Produto c)

    Max z = 4 x1+ 10 x2+ 3 x3 - 2 x4

    Restries:

    2 x1+ 3 x216 (disponibilidade de tempo para operao 1)

    3 x1+ 4 x224 (disponibilidade de tempo para operao 2)x3+ x4= 2 x2 (produo do produto ca partir do produto b)

    x35 (previso de produto cque pode ser vendido)

    x1, x2, x3, x40 (no-negatividade)

    (10) Oficina mecnica

    Uma oficina mecnica tem uma furadeira vertical e cinco

    fresas que so usadas para a produo de conjuntos formados de

    duas partes. Na Tabela 7 est a produtividade de cada mquina na

    fabricao destas partes do conjunto. O encarregado pela oficina

    deseja manter uma carga balanceada nas mquinas de modo que

    nenhuma delas seja usada mais que 30 minutos por dia que qualquer

    outra, sendo o carregamento de fresamento dividido igualmente

    entre as 05 fresas.

    Tabela 7. Dados para o problema da oficina mecnica.

    Furadeira Fresa

    Parte 1 03 20

    Parte 2 05 15

    Obs: tempos para produzir as partes dados em minutos.

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    44Achar um modelo de PL para dividir o tempo de trabalho

    entre as mquinas de modo a obter o mximo de conjuntos

    completos ao final de um dia, num total de 08 horas de trabalho.

    Modelagem:

    Variveis de deciso:

    x1= nmero de partes 1 produzidas por dia

    x2= nmero de partes 2 produzidas por dia

    Restries:

    3 x1+ 5 x2480 (minutos por dia disponveis para a furadeira)

    (20 x1+ 15 x2)/5 = 4 x1+ 3 x2480 (minutos por dia disponveis

    para cada fresa)

    |(4 x1+ 3 x2) - (3 x1+ 5 x2)| = | x1 -2 x2| 30 (balanceamento de

    carga entre as mquinas)

    Observe-se que esta ltima restrio no linear, mas

    equivalente a duas equaes lineares que podem substitu-la:

    x1 - 2 x230 e - x1+ 2 x230

    x1, x20 (no-negatividade).

    Funo objetivo: maximizao do nmero de conjuntos completos

    por dia

    Max Z = min (x1, x2)

    Observe-se que esta funo no linear, mas pode ser

    linearizada utilizando-se uma varivel auxiliar, da forma: y = min

    (x1, x2), y 0, assim tem-se duas novas restries dadas por y x1e

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    45y x2. A funo objetivo linear fica sendo: Max z = y.

    3. Limitaes

    Em situaes reais os modelos apresentam um nmero

    considervel de variveis e restries que inviabilizam uma

    resoluo manual. Recomenda-se a utilizao de softwares

    especficos para PL.

    A seguir, so feitas consideraes sobre as limitaes da

    Programao Linear. muito importante observar as conseqncias

    da hiptese de linearidade. Intuitivamente, a linearidade implica que

    os produtos de variveis, como x1x

    2, potncias de variveis, como

    x32 , e combinao de variveis, como a

    lx

    l+ a

    2log x

    2, no podem ser

    admitidas.

    Em termos mais gerais, a linearidade pode ser caracterizadapor certas propriedades aditivas e multiplicativas. Exemplificando:

    se so necessrias t1 horas sobre uma mquina A para fazer o

    produto 1 e t2horas para fazer o produto 2, o tempo sobre a maquina

    A destinado aos produtos 1 e 2 t1+ t

    2. Neste caso, a propriedade

    aditiva parece bastante razovel, se o tempo requerido para ajustar a

    mquina para uma operao diferente quando a produo troca de

    um produto para outro desprezvel.

    Contudo, nem todos os processos fsicos se comportamdessa maneira. Ao se misturar vrios lquidos de diferentes

    composies qumicas no verdade, em geral, que o volume total

    da mistura a soma dos volumes dos constituintes individuais.

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    46A propriedade multiplicativa requer que: (1) Se for

    necessrio uma hora de uma determinada mquina para fazer um

    nico item, sero necessrias dez horas para fazer dez itens; isto

    tambm parece bastante razovel; (2) O lucro total da venda de um

    dado nmero de unidades de um produto o lucro unitrio vezes o

    nmero de unidades vendidas; isso nem sempre verdade.

    De fato, em geral, o lucro no diretamente proporcional ao

    nmero de unidades vendidas, mesmo se o preo de venda

    constante (j que os preos tendem a baixar medida que o mercado

    vai se saturando), uma vez que os custos de fabricao por unidade

    podem variar com o nmero de unidades fabricadas (economia de

    escala).

    Assim a linearidade, implcita num PPL, no sempre

    esperada como uma representao absolutamente acurada do mundo

    real. Felizmente, a linearidade muitas vezes uma aproximao

    suficientemente precisa das condies reais, de modo que ela pode

    fornecer resultados bastante proveitosos.

    Nos modelos de PL os coeficientes aij, bi e cj so

    considerados como constantes conhecidas, porm, na realidade,

    esses valores podem variar. Contudo, atravs de tcnicas de Anlise

    de Sensibilidade em PL, possvel conseguir os intervalos desses

    coeficientes para os quais a soluo tima continua a mesma. Essas

    tcnicas sero objeto de outro livro a ser disponibilizado.

    Outra limitao diz respeito divisibilidade das solues.

    Neste texto, as solues timas dos modelos podero apresentar

    valores fracionrios para qualquer de suas variveis. O

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    47arredondamento de valores fracionrios para valores inteiros mais

    prximos pode conduzir a erros grosseiros. Quando as variveis do

    modelo de PL s puderem tomar valores inteiros deve-se impor

    estas condies no prprio modelo. Passa-se ento a trabalhar com

    modelos de Programao Linear Inteira, que no sero tratados aqui,

    mas sero objetos de outro livro a ser disponibilizado.

    Deve-se, no entanto, dizer em defesa da PL que um vasto

    nmero de problemas prticos importantes tem sido

    satisfatoriamente enfocados e resolvidos com tcnicas e modelos

    lineares, e que o nmero e a diversidade de suas aplicaes

    continuam crescendo.

    4. Resoluo Grfica

    Para modelos com apenas duas variveis de deciso

    possvel resolv-los por meio de um procedimento grfico. Essa

    ferramenta, apesar de extremamente limitada, pois os modelos de

    PL normalmente tm muitas varveis e restries, propicia a

    apresentao de conceitos importantes, como Soluo Vivel,

    Regio Vivel, Valor timo da Funo objetivo e Soluo tima do

    modelo, que sero adiante definidos.

    Na seqncia ser mostrado como resolver graficamente um

    modelo de PL com duas variveis de deciso.

    Exemplo 1:

    Uma empresa fabrica dois tipos de brinquedos, B1e B2, que

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    48utilizam dois recursos: plstico (at 1.000 quilos esto

    disponveis) e horas de produo (at 40 horas esto disponveis).

    O Departamento de Marketing colocou algumas restries:

    no fabricar mais de 700 dzias do total de brinquedos (B1e B2), o

    nmero de dzias de B1 fabricadas no deve exceder em 350 o

    nmero de dzias do brinquedo B2.

    A Manufatura passou as seguintes informaes: cada dzia

    do brinquedo B1 usa 2 quilos de plstico e 3 minutos de produo e

    cada dzia do Brinquedo B2usa 1 quilo de plstico e 4 minutos de

    produo. O lucro estimado na venda do B1 $8,00/dzia e para o

    B2 $5,00/dzia.

    A empresa deseja determinar qual a quantidade a ser

    produzida de cada brinquedo de modo a maximizar o lucro total

    semanal.

    Modelagem

    Variveis de deciso: xi quantidade (em dzias) a serem fabricadas

    semanalmente do brinquedo Bi

    Max 8x1+ 5x2 (Lucro semanal)

    Sujeito a

    2 x1+ 1 x21000 (Plstico)

    3 x1+ 4 x22400 (Tempo de Produo - Minutos) x1+ x2 700 (Produo Total)

    x1 - x2 350 (Mix)

    xj0, j = 1,2 (No-negatividade)

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    50

    Figura 5. Restrio de tempo de produo.

    Figura 6. Restrio de produo total.

    Figura 7. Restrio de mix.

    600

    x2

    700

    700

    Restrio de mix: x1 - x2350

    x1

    Restrio produo total (ela redundante):

    x1+ x2 700

    x2

    Restrio de tempo de produo:

    3 x1+ 4 x22400

    x1

    x2

    800

    x1350

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    51

    Figura 8. Regio vivel.

    Na Figura 8 est o resultado das interseces de todas as

    restries, compondo a Regio Vivel do modelo. Podem ser

    identificados trs tipos de solues viveis (ver exemplos na Figura

    8): Pontos Internos Regio Vivel, Pontos na fronteira (nos

    segmentos de reta) e Pontos que so vrtices (interseco dos

    segmentos de reta).

    2a. Etapa Encontrar a soluo tima. Deve-se perceber que

    a funo objetivo, 8x1+ 5x2, para cada um de seus valores possveis

    gera uma famlia de retas paralelas, e o que se est buscando qual

    delas est associado ao maior valor e ainda corta (tangenciando) a

    Regio Vivel da Figura 8.

    O procedimento prtico o seguinte:

    a) Arbitrar um valor qualquer para 8x1 + 5x2, por exemplo,

    2.000 e traar a reta associada, 8x1+ 5x2 = 2.000;

    b) Verificar para qual sentido, em direo regio Vivel,

    deve-se pesquisar, na famlia de retas paralelas reta

    350

    600

    Regio

    Vivel

    Soluo Vivel

    um Vrtice

    Soluo Vivelna Fronteira

    Soluo VivelInterior

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    52arbitrada, h melhoria no valor da funo objetivo. Isso

    pode ser feito comparando-se o valor arbitrado, 2.000, com

    o valor da funo objetivo obtido quando (x1= 0, x2= 0), ou

    seja, comparar com uma reta paralela que passa pela origem

    do sistema de coordenadas. Neste caso tem-se que o valor

    zero, ou seja, menor que 2.000 (ver Figura 9);

    Figura 9. Obteno da soluo tima.

    c) Como se pretende achar o mximo valor para a funo

    objetivo, deve-se procurar por uma reta paralela reta 8x1+ 5x2 =

    2.000 que esteja mais afastada da origem (ver na Figura 9 a seta a

    partir da reta 8x1+5x2=2.000, indicando para qual lado deve-se

    procurar a reta paralela de modo que haja melhoria do valor da

    funo objetivo) e ainda corte (tangencie) a Regio Vivel.

    O ponto da Regio Vivel (x*1, x*2), tangenciado por essareta ser a soluo tima, com x*i sendo a quantidade tima (em

    dzias) a ser fabricada semanalmente do brinquedo B i, e o valor da

    funo objetivo ser o lucro total semanal timo. Uma ilustrao

    desse procedimento est na Figura 9, obtendo-se: $4.360 lucro

    x1

    8x1+5x2=2.000

    x2

    400

    250

    8x1+5x2=4.360 lucro timo

    x*1= 320

    x*2= 360Melhoria doobjetivo

    8x1+5x2=0

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    55

    njx

    mibbxaasxcZMin

    j

    n

    jiijij

    n

    jjj

    ,...,2,1,0

    ,...,2,10,:.. 1

    1

    ou ainda, na forma matricial:

    .0

    0,:..

    X

    bbAXasXCZMin

    onde, 111 ,,, mxnxmxnnx bCAX .

    Um modelo de minimizao de PL est na forma-padro

    quando tiver a seguinte formulao:

    njx

    mibbxaasxcZMin

    j

    n

    jiijij

    n

    jjj

    ,...,2,1,0

    ,...,2,10,:.. 1

    1

    ou ainda, na forma matricial:

    .0

    0,:..

    X

    bbAXasXCZMin

    onde, 111 ,,, mxnxmxnnx bCAX

    Quando o modelo for de maximizao, as restries tambm

    devem ser na forma de igualdades, bem como as constantes e

    variveis devem ser no negativas tambm.

    Artifcios para reduo de um modelo qualquer Forma-Padro:

    (a) Ocorrncia de desigualdades nas restries: qualquerdesigualdade pode ser transformada numa igualdade equivalente,

    bastando adicionar ou subtrair novas variveis no negativas,

    denominadas Variveis de Folga.

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    56

    Exemplo 2: Sejam as restries:

    523

    42

    21

    21

    xx

    xx

    estas restries so equivalentes a

    .0,523

    ,042

    4421

    3321

    xxxx

    xcomxxx

    (b) Na ocorrncia de bi < 0 : basta multiplicar por (-l) a

    restrio i, pois os coeficientes aijpodem assumir qualquer sinal na

    forma padro.

    (c) Ocorrncia de variveis livres, isto , variveis que podem

    ser positivas, nulas ou negativas: Seja xkuma varivel livre, h dois

    tipos de operaes para elimin-la,

    (cl) substituir em todas as equaes do modelo xk por

    ,xxx ,,k,kk onde 0xe0x

    ,,k

    ,k .

    (c2) expressar xk, a partir de uma restrio j na forma de igualdade,

    como funo das demais variveis no-negativas e substituir xknas

    outras equaes por esta expresso. Aps a resoluo do novo

    modelo, sem xk e a equao de recorrncia utilizada, calcula-se o

    valor de xkatravs da equao de recorrncia.

    (d) Ocorrncia de varivel no positiva: se existe xk

    < 0, basta

    substitu-la pela sua simtrica 0, kk xx nas equaes do modelo.

    Exemplo 3. Colocar na forma-padro o modelo abaixo,Max 2x1 x2+ x3 s. a :

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    57

    .,0,0

    8

    72

    04

    52

    321

    21

    31

    31

    321

    livrexxx

    xx

    xx

    xx

    xxx

    Numa primeira etapa, sero tratadas as desigualdades e as

    constantes das restries, que devem ser respectivamente, em forma

    de igualdades e no negativas. Assim, obtm-se um novo modelo

    equivalente ao original dado por:

    Max Z = 2x1 x2+ x3 s. a:

    0,0,0,,0,0

    )4(8

    )3(72 )2(04

    )1(52

    654321

    21

    631

    531

    4321

    xxxlivrexxx

    xx

    xxx xxx

    xxxx

    onde x4, x5, x6 so variveis de folga.

    Agora, adotando o procedimento (c2), visto anteriormente,

    pode-se eliminar a varivel x3, utilizando-se, por exemplo, a

    equao (2): 513 4 xxx . Substituindo em (1), (3), (4) e nafuno objetivo, tem-se:

    Max -2x1 - x2 - x5 s. a:

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    58

    0,,,,0

    8

    727

    525

    65412

    21

    651

    5421

    xxxxx

    xx

    xxx

    xxxx

    Resta agora fazer'

    2x =-x2 em todas as equaes do modelo,resultando, finalmente, na forma padro procurada:

    Max -2x1 - x2 - x5 s. a:

    0,,,,

    8

    727

    525

    654'21

    '21

    651

    54'21

    xxxxx

    xx

    xxx

    xxxx

    6. Definies e Teoremas

    Aqui sero apresentados alguns conceitos, e resultados

    importantes com respeito soluo de um Modelo de PL na forma

    padro.

    Definio 1: Soluo Vivel

    O vetor X

    0

    soluo vivel

    00

    0

    X

    bAX

    , isto , X

    0

    satisfaz as

    restries.

    Exemplo 4: Seja o Modelo

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    59

    3,2,1,0

    732

    2

    :..2 321

    321

    321

    ix

    xxx

    xxx

    asxxxZMin

    i

    Os vetores

    1

    0

    3

    0

    1

    102

    01 XeX so solues viveis.

    Definio 2 : Soluo tima

    O vetor *X soluo tima *X soluo vivel e

    X'X' * CZMinC

    No exemplo 4, como poder ser verificado, posteriormente,

    pelo uso do Mtodo Simplex, a soluo tima :

    01

    1

    *

    0

    1XX e

    3* Z o valor timo da funo objetivo.

    Definio 3 : Conjunto das Solues Viveis

    Os vetores Xo tais que 0000 XebAXX formam o

    conjunto vivel do modelo na forma padro.

    Observaes:

    (a) Se o conjunto vivel vazio o modelo invivel.

    (b) Se existir uma seqncia de solues viveis ,..., 0201 XX

    de modo que C' 0iX -quando i ento o modelo tem

    soluo ilimitada.

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    60Lema 1:O conjunto das solues viveis convexo e fechado.

    A demonstrao desse Lema foge do escopo deste livro e os

    interessados podero consultar as referncias ao final deste captulo

    para obterem maiores detalhes.

    Definio 4: Soluo Bsica

    Seja o sistema de equaes nm bAX , com

    nijmxn aaaaA ...21 onde

    mi

    i

    i

    a

    a

    a 1

    .

    Assim: AX = b x1al+ ... xmam+ ... + xnan= b (1)

    Este sistema (1) apresenta soluo indeterminada, pois h

    mais variveis do que equaes. Selecione na matriz A, m colunas

    linearmente independentes - LI, al, a2, ..., am.Fazendo iguais a zero as variveis no associadas a estas

    colunas LI escolhidas, isto , fazendo-se xm+l = xm+2 =...xn= 0,

    obtm-se um sistema de equaes que possvel e determinado,

    dado por:

    x1a1+ x2a2+ ... + xmam= b (2)

    A soluo deste sistema (2) chamada de uma soluo

    bsica do sistema original (1), as colunas a1, ..., am so chamadas

    colunas bsicas e x1, x2, ... xm so as variveis bsicas. As demaisvariveis e colunas so denominadas no-bsicas.

    Exemplo 5: Achar as solues bsicas do sistema de equaes

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    61

    622

    12

    321

    321

    xxx

    xxx

    Inicialmente, podem ser identificados:

    A = 1 1 -1 , X = x1 , b = 12 , a1= 1 , a2= 1 , a3= -1

    -1 2 2 x2 6 -1 2 2

    x3Deve-se selecionar de A duas colunas que sejam LI, dentre

    os possveis conjuntos de colunas {al, a2}, {al, a3} e {a2, a3}. Como

    estes conjuntos definem submatrizes de A, basta verificar se os

    determinantes destas submatrizes so nulos ou no, para saber se os

    conjuntos associados so ou no LI. Se algum determinante se

    anular indica que o conjunto associado Linearmente Dependente -

    LD, caso contrrio, o conjunto LI.

    Verificando isto, tem-se no exemplo 5:

    32

    31

    21

    ,

    ,

    ,

    aa

    aa

    aa LI pois

    LI pois

    LI pois22

    11

    21

    11

    21

    11

    = 3

    = 1

    = 4

    Portanto tm-se trs solues bsicas para o sistema em

    estudo:

    lasoluo bsicafazer x3= 0 (varivel no-bsica) o que resulta

    em:

    62

    12

    21

    21

    xx

    xx, cuja soluo 66 21 xex (variveis

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    62bsicas)

    2asoluo bsicafazer x2= 0 (varivel no-bsica) o que resulta

    em:

    62

    12

    31

    31

    xx

    xx ,cuja soluo 1830 31 xex (variveis

    bsicas)

    3asoluo bsicafazer x1= 0 (varivel no-bsica) o que resulta

    em: x2 - x3 = 12

    2x2+ 2x3= 6 , cuja soluo 5,45,7 32 xex (variveis

    bsicas)

    Definio 5 : Soluo Bsica Vivel (S.B.V.)

    O vetor XB soluo bsica vivel X

    B0 e A

    BX

    B= b ,

    onde AB a submatriz de A formada pelas colunas bsicas

    associadas s variveis que compem XB.

    Exemplo 6: No exemplo 5 as solues bsicas viveis so:

    21

    11

    6

    6 11BB AcomX e as variveis bsicas so x1e x2;

    2111

    1830 22

    BB AcomX e as variveis bsicas so x1e x3.

    A seguir esto dois importantes resultados da PL, cujas

    demonstraes fogem do escopo deste livro e no sero, portanto

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    64A impraticabilidade de tal tcnica em problemas reais

    evidenciada pela observao de que, mesmo para um modesto

    sistema com 7 variveis e 4 equaes, tem-se que resolver

    4

    7= 35

    sistemas lineares de ordem 4x4!

    Apresenta-se, neste texto, o Mtodo Simplex, desenvolvidoem 1947 por George Dantzig, que supera estas dificuldades

    mediante o artifcio de ao invs de se testar todos os vrtices (s.b.v),

    iniciar com um vrtice qualquer, e passar, via modificaes simples

    e de fcil controle, a outros vrtices mais eficientes do ponto de

    vista da otimizao (Max ou Min) desejada. Deste modo, garante-se

    uma melhoria passo a passo dos valores da funo objetivo na

    direo do timo Z*.

    7. Forma Cannica de um Sistema de Equaes Lineares

    Uma maneira prtica de se obter solues bsicas de um

    sistema de equaes lineares (S), dado por AX = b, colocar este

    sistema numa forma conveniente denominada Forma Cannica. Isto

    pode ser feito usando o Mtodo de Eliminao de Gauss-Jordan

    (MEGJ), que nos leva a seguinte equivalncia entre os sistemas (S) e

    (S):

    (S) :

    mnmnmmmm

    nnmm

    nnmm

    bxaxax

    bxaxax

    bxaxax

    11

    221122

    111111

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    65O sistema (S') denominado uma forma cannica de (S).

    Deve-se notar que, em (S'), fica evidente a seguinte soluo bsica:

    variveis bsicas: mm bxbxbx ,,, 2211

    variveis no-bsicas: 0xxx n2m1m

    Naturalmente poderiam ter sido escolhidas outras variveis

    para serem as bsicas, optou-se pelas m primeiras variveis, x1, x2,

    ..., xm, apenas por facilidade de apresentao no texto.

    O MEGJ pode ser aplicado como segue. Observe-se que h

    uma varivel bsica diferente em cada equao de (S'). Isso obtido

    aps se escolher uma varivel xi de (S) para ser a varivel bsica

    associada a equao j de (S') e efetuar-se uma operao denominada

    Pivoteamentoa partir do coeficiente aijem (S), que recebe o nome

    de Piv.O pivoteamento corresponde a se utilizar em (S) operaes

    entre linhas tais como: troca de equaes, diviso (ou multiplicao)

    de uma equao por uma constante, ou ainda, adicionar a uma

    equao uma combinao linear das demais. Estas operaes no

    alteram a essncia do sistema (S), levando a um sistema equivalente

    (S). Esquematicamente, o pivoteamento est explicado na Figura

    11.

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    67

    )2(24

    )1(23

    321

    321

    xxx

    xxx

    Substituindo a equao (2) por (2)=(2) + (1'):

    )'2(423

    )1(23

    32

    321

    xx

    xxx(ver 2oQuadro da Figura 12)

    Dividindo a equao (2') por 2:

    )2(22

    3

    )1(23

    32

    321

    xx

    xxx

    Substituindo a equao (1') por (1) = (1') - 3.(2"):

    (S'):

    )2(22

    3

    )1(4211

    32

    21

    xx

    xx(ver 3oQuadro da Figura 12)

    Tem-se, assim, a Soluo Bsica associada com (S), com as

    variveis bsicas sendo x1= -4, x

    3= 2; e varivel no-bsica x

    2= 0.

    Pode-se utilizar um procedimento prtico para obter uma

    forma cannica de um sistema linear. Este mtodo aplicado ao

    Exemplo 7 e ilustrado na Figura 12. Os elementos escolhidos comopivs em cada iterao esto destacados com um crculo.

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    68

    Figura 12. Etapas do pivoteamento do Exemplo 7.

    No 3oQuadro esto as variveis bsicas x1= -4, x3= 2; a

    varivel no-bsica x2= 0.

    8. O Mtodo Simplex

    O Mtodo Simplex um procedimento iterativo que fornece

    a soluo de qualquer modelo de PL em um nmero finito de

    iteraes. Indica, tambm, se o modelo tem soluo ilimitada, se no

    tem soluo, ou se possui infinitas solues.

    H duas etapas na aplicao do Mtodo Simplex, aps

    colocar o modelo de PL na forma-padro:

    Etapa (A) - Teste de Otimalidade da soluo ou identificao de

    uma soluo tima;

    Etapa (B) - Melhoria da soluo ou obteno de soluo bsica

    vivel (s.b.v.) melhor que a atual.

    A seguir, esto os detalhes sobre cada uma destas etapas.

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    70O Valor da funo objetivo para esta soluo bsica

    vivel pode ser obtido da equao (m+1) modificada, pois:

    n

    mjjjxcZZ

    10 , e xj 0 , 0...,,1 ZZnmj .

    Pergunta: Pode-se melhorar (diminuir) o valor de Z considerando

    outras s.b.v.?

    Anlise: Se na equao (m+1) no h 0cj ento qualquer

    mudana no valor da varivel no-bsica xj(isto , obter outra s.b.v.

    com xj sendo varivel bsica) aumenta necessariamente Z a

    s.b.v. atual tima e 0* ZZ (no h Etapa (B)).

    Se na equao (m+1) h 0cs a varivel no-bsica xs

    correspondente a este sc , sendo for transformada em varivel bsica(em uma prxima s.b.v.) faz com que Z diminua a s.b.v. atual no

    tima. (H Etapa (B)).

    Visualizao da Etapa (A) do Mtodo Simplex

    Exemplo 8. Seja o modelo de minimizao com a funo objetivo Z

    0x,x,x 3xx3x3

    4x2xx2

    .a.sxxx4Z321

    321

    321

    321

    Acrescentando a f.o. s restries do PPLP, vem:

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    72

    )(5

    11

    5

    135

    2

    5

    45

    9

    5

    3

    1

    21

    31

    IIxZ

    xx

    xx

    Da equao (II): 15

    13

    5

    11xZ , como x1 = 0 ( varivel

    no-bsica)5

    1120 ZZ , que o valor da funo objetivo. para

    a segunda s.b.v., onde 05

    2,

    5

    9123 xexx .

    Anlise: Como 15

    13

    5

    11xZ , se x1 ento Z que no

    interessante, pois deseja-se minimizar a funo objetivo. Logo o

    valor de Z =5

    11no pode ser melhorado.

    Deste modo tem-se:

    Z*=5

    11 (valor timo) e

    5/9

    5/2

    0

    **3

    *2

    *1

    x

    x

    x

    X (soluo

    tima).

    Fase (B) - Melhoria da Soluo.

    Admitindo que j foi realizada a etapa (A) do Mtodo

    Simplex, num modelo de minimizao, e existe cs < 0; deve-se

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    74ser substituda pela varivel no-bsica xs atravs de operaes

    de pivoteamento com ais .

    Visualizao da Fase (B) do Mtodo Simplex

    Exemplo 9. (MACULAN FILHO e PEREIRA, 1980) Seja um

    modelo de minimizao, j com a funo objetivo acrescentada ao

    conjunto das restries:

    )3(454

    )2(622

    )1(532

    43

    432

    431

    xxZ

    xxx

    xxx

    A soluo bsica vivel atual tem as variveis bsicas x 1=

    5, x2= 6, as variveis no-bsicas x3= x4= 0 e Z = 4.

    A partir da Etapa (A) do Mtodo Simplex sabe-se que ocoeficiente 43 c da varivel no-bsica x3, na equao (3),

    indica que a s.b.v. atual no tima, e x3deve ser varivel bsica

    numa prxima s.b.v..

    Assim, o prximo passo determinar at que valor x3pode

    ser aumentado (seu valor atual zero), sem que x1 e x2 se tornem

    negativos.

    Na nova s.b.v. (com x3 como varivel bsica) deve-se

    manter 00 21 xex , e sabe-se tambm que:

    de (1): 0,325 4431 xcomoxxx (permanece varivel no-

    bsica) 31 25 xx

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    76

    Figura 13. Uso de tabelas na resoluo do exemplo 9.

    (2) Problema Inicial Ilimitado.

    Se ao aplicar a Etapa (B), com xs escolhida para se tornar

    varivel bsica, ocorrer que todos os jsa 0 ento nenhuma varivel

    bsica tem seu valor diminudo quando xs aumenta, o que leva a

    concluso que o modelo apresenta soluo ilimitada (Z -).Considere o Exemplo 9 onde, agora, os coeficientes de x

    3

    nas restries (1) e (2) so iguais a (-2), neste caso tem-se:

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    77

    454

    622

    532

    43

    432

    431

    xxZ

    xxx

    xxx (1)

    (2)

    (3)

    Como o coeficiente da varivel no-bsica x3 na equao

    (3) 43 c , significa que deve-se aumentar x3 (seu valor atual

    zero pois varivel no-bsica) para algum valor positivo (o maior

    possvel).

    Como x4 = 0 (permanece como varivel no-bsica) de (1)

    31 25 xx e de (2) 32 26 xx . Notar que tem-se 01x e

    02x quando 3x aumentado, ou seja, nenhuma restrio de no-

    negatividade violada, e pode-se aumentar indefinidamente x3 .

    Como Z quando 3x tem-se que Z (Problema Ilimitado).

    (2) Avaliao da Melhoria no Valor da Funo objetivo.

    Notar que, em cada iterao do Mtodo Simplex, ocorre

    uma melhoria no valor da funo objetivo avaliada por:

    )(00,0 Pivaebcparaca

    bZZ isiss

    is

    iatualnovo

    Para ilustrar isto, considere o Exemplo 9, onde foramobtidas duas s.b.v:

    6,0,2

    5,1,02...

    4,0,6,51...

    24321

    14321

    Zxxxxvbs

    Zxxxxvbs

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    78

    Notar que sis

    i ca

    bZZ 12 com, 2,5,41 isi abZ e 4sc

    645

    242

    Z

    (4) Interpretao Geomtrica do Mtodo Simplex.Em cada iterao o Mtodo Simplex vai de um vrtice

    (s.b.v.) do conjunto vivel para outro vrtice adjacente a ele (outra

    s.b.v.) onde o valor da funo objetivo melhor. Ver ilustrao no

    Exemplo 10.

    Exemplo 10. (MACULAN FILHO e PEREIRA, 1980)

    21 x5x3ZMin s. a.:

    0,

    1823

    64

    21

    21

    2

    1

    xx

    xx

    xx

    Colocando na forma padro, tem-se: 21 x5x3ZMin

    s. a:

    5,1,0

    18236

    4

    521

    42

    31

    ix

    xxxxx

    xx

    i

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    79Aplicando o Simplex tm-se as tabelas da Figura 14.

    VB x1 x2 x3 x4 x5 b

    x3

    x4

    x5

    1

    0

    3

    0

    2

    1

    0

    0

    0

    1

    0

    0

    0

    1

    4

    6

    18

    Quadro 1

    .0,8

    ,6,4

    0

    5

    43

    21

    Zx

    xx

    xx

    s.b.v. 1

    -Z -3 -5 0 0 0 0

    x3

    x2

    x5

    1

    0

    0

    1

    0

    1

    0

    0

    0

    1

    -2

    0

    0

    1

    4

    6

    6

    Quadro 2

    .30,6

    ,6,4

    0

    2

    53

    41

    Zx

    xx

    xx

    s.b.v. 2

    -Z -3 0 0 5 0 30x*3

    x*2

    x*1

    0

    0

    1

    0

    1

    0

    1

    0

    0

    2/3

    1

    -2/3

    -1/3

    0

    1/3

    2

    6

    2

    Quadro 3

    .30,6

    ,6,2

    0

    2

    53

    45

    Zx

    xx

    xx

    s.b.v. 3 - tima

    *Z 0 0 0 3 1 36

    PARAR, pois 0sc

    Figura 14. Resoluo do Exemplo 10.

    Na Figura 15 h seqncia de situaes onde se procura

    mostrar a evoluo do Mtodo Simplex, indo de uma s.b.v. (vrtice)

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    80para outra adjacente no Conjunto Vivel associado ao modelo

    original.

    Figura 15. Evoluo das iteraes do Mtodo Simplex.

    (a) Quadro 1 s.b.v. 1 (b) Quadro 2 s.b.v. 2

    (c) Quadro 3 soluo tima

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    81(5) Ocorrncia de mais de uma soluo tima.

    Quando o modelo tem mais de uma soluo tima, o

    Mtodo Simplex capaz de indicar isto.

    Suponha que j foi encontrada uma s.b.v. tima para o

    modelo, ou seja, correspondentes a essa s.b.v. (1) todos os

    coeficientes de custo relativos so maiores ou iguais a zero ( 0j

    c ),

    com o valor da funo objetivo dado por Z1= Z*.

    Devem-se analisar os coeficientes de custo relativo

    cuidadosamente. Se h algum cs = 0, associado a alguma varivel

    no-bsica xs, ento existe outra s.b.v. (2), onde xs varivel bsica,

    que tambm tima, pois neste caso no h alterao no Z*, quando

    xsse torna varivel bsica.

    Isto pode ser verificado utilizando-se a expresso

    matemtica do comentrio (3) onde:

    *0, 12*12 ZZZccomoca

    bZZ ss

    is

    i .

    Alm disto, como se sabe que o Mtodo Simplex se

    locomove, em cada iterao, para vrtices adjacentes do conjunto

    vivel, como visto no comentrio (4), pode-se concluir que todas as

    combinaes convexas da s.b.v. (1) e s.b.v. (2) sero tambm

    solues timas. Assim 10,)1(* BA XXX , com XA

    sendo a s.b.v. 1 e XB sendo a s.b.v. 2

    Isto pode ser visualizado para um problema de maximizao

    em duas dimenses, como sendo o caso de haver um segmento de

    reta timo para o problema, ver a Figura 16.

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    83

    VB x1 x2 x3 x4 x5 b

    x3 1 0 1 0 0 3

    x4 0 0 1 0 4 Q1

    x5 1 2 0 0 1 9

    -Z -1 -2 0 0 0 0

    x3 1 0 1 0 0 3 Q2

    x2 0 1 0 1 0 4

    x5 0 0 -2 1 1

    -Z -1 0 0 2 0 8

    *3x 0 0 1 -1 2 Q3

    *2x 0 1 0 1 0 4 (

    *1X )

    *1x 1 0 0 -2 1 1

    -Z 0 0 0 0 1 9

    *4x 0 0 1/2 1 -1/2 1

    Q4

    *2x 0 1 -1/2 0 1/2 3 (

    *2X )

    *1x 1 0 1 0 0 3

    -Z 0 0 0 0 1 9Figura 17. Tabelas do Simplex do exemplo 11.

    Todas as Combinaes Convexas de ** BA XeX so solues

    timas, ou seja, 10,1* ** BA XXX , onde:

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    889. Mtodo Simplex com Duas Fases

    Nos problemas estudados at este ponto, aps colocar o PPL

    na forma-padro, imediatamente ficava evidente uma s.b.v. inicial

    necessria para aplicao do Mtodo Simplex.

    Assim, o Mtodo Simplex podia ser inicializado com uma

    s.b.v. onde as variveis bsicas eram as variveis de folga e as

    variveis no-bsicas eram as demais variveis naturais do modelo.

    Freqentemente isto no acontece, e deste modo, o Mtodo Simplex

    no pode ser inicializado imediatamente, necessitando da aplicao

    de uma fase preliminar.

    O que se faz nestas situaes, em que no h uma soluo

    vivel inicial evidente para um dado modelo de PL, que receber o

    nome de Modelo Original, definir convenientemente um PPL

    auxiliar, denominado Modelo Artificial, cuja resoluo fornecer, ou

    uma s.b.v. inicial para esse Modelo Original, ou ento, indicar a

    inexistncia de soluo para esse Modelo Original (ou seja, ele

    invivel).

    Um procedimento que pode ser utilizado nestes casos

    denominado Mtodo das Duas Fases onde:

    Fase 1 Criar o Modelo Artificial a partir das redtries do

    Modelo Original. Resolver pelo Mtodo Simplex o Modelo

    Artificial;

    Fase 2 - Aplicao do Mtodo Simplex ao PPL Original, a

    partir da soluo bsica vivel tima obtida para o PPL Artificial na

    Fase 1.

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    91PPLA.

    Aps eliminar as variveis artificiais do Quadro timo da

    resoluo do PPLA, e substituir a funo objetivo artificial pela

    original, aplica-se o Mtodo Simplex. (Incio da Fase 2

    Fluxograma (1)).

    (b) Quando houver 0j

    y , sendoj

    y varivel bsica da s.b.v.

    tima do PPLA, a s.b.v denominada degenerada, e requer o uso do

    procedimento descrito a seguir.

    No Quadro timo da resoluo do PPLA, para cada varivel

    jy que varivel bsica associada a equao i do conjunto de

    restries, deve-se procurar uma varivel original, kx , com

    coeficiente na equao i sendo 0ika (observe-se que pode

    inclusive ser negativo). Podem ocorrer duas situaes:

    - Se esse coeficiente existir, basta fazer o pivoteamento a partir

    desse ika , substituindo a varivel jy por kx . Aps eliminar as

    variveis artificiais no-bsicas do Quadro timo da resoluo do

    PPLA, por meio desses pivoteamentos, substituir a funo objetivo

    artificial pela original, e aplicar o Mtodo Simplex ao PPLO (Incio

    da Fase 2 Fluxograma (1)).

    - Se na equao i no houver nenhuma varivel original kx , com

    0ika , isto indicar que esta equao i combinao linear dasdemais equaes, podendo, portanto, ser eliminada, bem como a

    varivel bsica artificial correspondente. Aps a eliminao de todas

    as varivei