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www.clubeprodutores.sonae.pt Nº29 • Novembro 2007 neste número Missão frescos Visita aos centros de processamento de carne e peixe Clube entra no mercado dos doces O desafio de satisfazer consumidores cada vez mais exigentes e com diferentes tipos de necessidades obriga-nos a encontrar respostas rápidas e eficientes no complexo mercado dos perecíveis. O nosso objec- tivo é ajustar cada vez mais as nossas propostas aos desejos dos nossos clientes. É neste contexto que surge a ‘Missão Frescos’. Em plena fase de implementação em todas as lojas Modelo Continente do país, este progra- ma segmenta os produtos perecíveis em três patamares – Económico, Qualidade e Frescura e Selecção – de forma a corresponder a todas as exigências do consumidor. A ‘Missão Frescos’ nasceu com esse objectivo e é fruto de um longo trabalho de pesquisa e análise junto dos principais players do mercado. Em primeiro lugar, ouvimos o cliente. Visitámos as lojas. Analisámos o mercado e os con- correntes. Trocámos ideias com os produtores. Invertemos o processo: em vez de esperar que os fornecedores nos apresentam as suas propostas, vamos até eles com os desejos dos nossos clientes para estabelecer parcerias vantajosas para todos. O papel dos fornecedores - sócios do Clube de Produtores - é ajustarem-se a esta visão seg- mentada do mercado de perecíveis, apostando em soluções diferenciadoras para cada seg- mento de Clientes que pemitam também a optimização da estrutura de custos por forma a garantir os melhores preços com a qualidade de sempre. Ficamos todos a ganhar. Um bom Natal e um excelente ano para todos. Mário Pereira Presidente do Clube de Produtores 1

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Visita aos centros de processamento de carne e peixe

Clube entra no mercado dos doces

O desafio de satisfazer consumidores cada vez mais

exigentes e com diferentes tipos de necessidades

obriga-nos a encontrar respostas rápidas e eficientes

no complexo mercado dos perecíveis. O nosso objec-

tivo é ajustar cada vez mais as nossas propostas aos

desejos dos nossos clientes.

É neste contexto que surge a ‘Missão Frescos’.

Em plena fase de implementação em todas as lojas Modelo Continente do país, este progra-

ma segmenta os produtos perecíveis em três patamares – Económico, Qualidade e Frescura e

Selecção – de forma a corresponder a todas as exigências do consumidor. A ‘Missão Frescos’

nasceu com esse objectivo e é fruto de um longo trabalho de pesquisa e análise junto dos

principais players do mercado.

Em primeiro lugar, ouvimos o cliente. Visitámos as lojas. Analisámos o mercado e os con-

correntes. Trocámos ideias com os produtores. Invertemos o processo: em vez de esperar

que os fornecedores nos apresentam as suas propostas, vamos até eles com os desejos dos

nossos clientes para estabelecer parcerias vantajosas para todos.

O papel dos fornecedores - sócios do Clube de Produtores - é ajustarem-se a esta visão seg-

mentada do mercado de perecíveis, apostando em soluções diferenciadoras para cada seg-

mento de Clientes que pemitam também a optimização da estrutura de custos por forma a

garantir os melhores preços com a qualidade de sempre. Ficamos todos a ganhar.

Um bom Natal e um excelente ano para todos.

Mário Pereira

Presidente do Clube de Produtores

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Miguel Freitas

‘A agricultura biológica e a produção integrada têm de passar a ser produtos de consumo usual’

PRODUÇÃO: Perante um quadro de consu-

midores cada vez mais atentos e exigentes,

de que forma deverá posicionar-se o sector

agrícola para responder a estas novas neces-

sidades? Alguns especialistas desta área de-

fendem a segmentação e criação de marcas

em frutas e legumes. Concorda?

MIGUEL FREITAS: A afirmação de marcas nos

produtos frescos, particularmente em frutas e

legumes, não é um processo fácil. Requer pro-

dutos de qualidade diferenciada, massa critica,

organização empresarial e, fundamentalmente,

capacidade de investimento. Não tenho dúvida

de que esse é o caminho. Quem conseguir reunir

estas condições e passar à acção surpreenderá o

mercado.

P: Os produtores e as organizações portu-

guesas estão preparados para esta nova re-

alidade?

MF: Foram feitas muitas melhorias no domínio

da organização empresarial mas creio que, ao

Coordenador e porta-voz da Representação Permanente de Portugal nas pastas

da Agricultura e Pescas junto da União Europeia, Miguel Freitas defende que os

produtores e distribuidores têm de manter uma cooperação mais efectiva para

responder às exigências do mercado moderno. Uma maior diversificação de

produtos seguros e de qualidade, unidades de venda apropriadas, formatos de

embalagem “inteligentes” e preços atractivos são alguns dos caminhos possíveis

para atrair os consumidores.

nível da cooperação horizontal e vertical, ainda

existe muito campo em aberto. As organizações

de produtores têm de perceber que é necessá-

rio criar dimensão e integrar economias de rede

e de gama. Devemos ser capazes de reforçar os

laços de cooperação regional, inter-regional e

internacional, para se poder oferecer uma gama

de produtos em quantidade, com qualidade e a

preços competitivos. E é isso que não vejo. Con-

centraram-se empresas, criaram-se organizações

de produtores, promoveu-se alguma cooperação

regional, particularmente para mercados de ex-

portação, e ponto final! Há ainda muito a fazer.

Devo acrescentar que, no que diz respeito à coo-

peração vertical com a grande distribuição, muito

ainda pode ser feito.

P: Então, como deverá ser consolidada essa

relação entre produção e grande distribui-

ção?

MF: Acredito que esta é uma relação que tenderá

a ser aprofundada por duas vias: pela necessida-

de de redução de custos e pela necessidade de

melhorar a comunicação junto dos consumido-

res. A questão energética está na ordem do dia

e obrigará a privilegiar circuitos de comercializa-

ção curtos e relações de proximidade. Tal facto

facilitará a criação e o desenvolvimento de novas

mensagens aos consumidores, do tipo “produção

amiga do ambiente” e “consumidores amigos da

produção local”. Quem tomar a dianteira ganha-

rá. É evidente que tudo isto deve ser feito sempre

com uma estratégia que tenha em conta o preço

dos produtos. Mas aqui podem afirmar-se marcas

do distribuidor com muito interesse para todas as

partes. Acredito que a marca do distribuidor pode

ter um efeito estruturante junto da produção.

P: Quais são as maiores exigências do consu-

midor moderno? Que factores tem em conta

no momento de adquirir um produto?

MF: Diversificação do cabaz de produtos seguros

e de qualidade, unidades de venda apropriadas,

formatos de embalagem “inteligentes” e preços

atractivos. Eis o que exigem os consumidores.

Além disso, procuram também mensagens que

se coadunem com novos estilos e com novos pa-

drões de qualidade de vida. Nos produtos frescos,

são muito sensíveis à qualidade organoléptica e

nutritiva. Mas também ao preço. Por exemplo,

não se pode pensar em vender um produto de

agricultura biológica ao dobro do preço da agri-

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cultura convencional. Só um grupo muito restrito

de consumidores pode tomar essa opção, nessas

circunstâncias. Mas se os preços forem atractivos

e a mensagem forte, alarga-se o espectro dos

consumidores deste tipo de produtos.

P: E que novas oportunidades de negócio

poderão surgir da aposta nesse segmento

de produtos?

MF: Este é um segmento que tem vindo a crescer

e creio que requer uma atenção muito especial

por parte dos produtores e distribuidores. Acredi-

to que é um domínio onde a cooperação empre-

sarial e as estratégias comerciais têm campo para

maior criatividade. Exactamente porque as mar-

gens podem ser maiores. A agricultura biológica

e a produção integrada têm de ultrapassar uma

certa imagem “marginalista” e passarem a ser

produtos de consumo usual. Deve haver melhoria

no modelo tecnológico, com vista ao aumento da

produtividade, para permitir produtos de qualida-

de a preços razoáveis.

P: Actualmente, o marketing e a comunica-

ção são ferramentas indispensáveis na ges-

tão de qualquer negócio. De que forma po-

derão ser utilizadas no sector dos produtos

agro-alimentares?

MF: Nos produtos agro-alimentares transforma-

dos as estratégias de marketing estão já muito

apuradas. No domínio dos produtos frescos exis-

te possibilidades de novas estratégias. Estratégias

de produtores e de distribuidores. O segredo de

uma boa estratégia é a sua simplicidade. Repa-

rem que a “maçã de Alcobaça” é reconhecível

hoje pelo consumidor pela etiqueta que traz

em cada peça de fruta. Simples e eficaz. Uma

boa estratégia de marketing é também aquela

que é capaz de dar resposta ao produto concre-

to. Lembro-me sempre da campanha da “Baby

Rocha” em Inglaterra num ano em que tivemos

uma produção de baixos calibres de pêra Rocha.

Simples e inteligente. Um exemplo de segmen-

tação muito interessante foi usado para os aba-

cates, disponibilizando no mercado frutos com

vários níveis de maturação e prazos de validade

de consumo, em embalagens de 2 a 6 unidades.

“É fundamental o merchandising com

animação no ponto de venda para dar a conhecer novos produtos e também afirmar novos conceitos e

novas mensagens.”

Simples e fantástico. Poder dizer ao consumidor

“pode comer este abacate daqui a 3 dias”.

P: Significa que há aqui boas oportunida-

des?

MF: É verdade que sim. São precisos estímulos,

muita cooperação, insisto, entre produtores e

distribuidores, e disponibilidade para investir,

o que só é possível melhorando as margens e

o volume de vendas. Com uma boa estratégia

de marketing - é fundamental o merchandising

com animação no ponto de venda para dar a co-

nhecer novos produtos e também afirmar novos

conceitos e novas mensagens.

P: Neste momento, estão em discussão as

reformas das frutas e legumes e do vinho.

Há algumas novidades que possam trazer

incentivos a que os produtores invistam em

estratégias de marketing?

MF: No caso das frutas e legumes, a reforma

aponta no sentido do reforço das organizações

de produtores, particularmente para a sua fusão

e cooperação. Em Portugal, apenas 6% das fru-

tas e legumes chegam ao mercado através de

Organizações de Produtores, enquanto na Bél-

gica, Holanda e Irlanda esse número ultrapassa

os 70%. Por outro lado, haverá um aumento do

apoio às organizações para a promoção, particu-

larmente junto dos jovens. Lembro-me da acção

que promovi junto da produção de citrinos do

Algarve quando estive na Direcção Regional de

Agricultura, ao colocar máquinas de sumo de la-

ranja em todas as escolas do segundo e terceiro

ciclo da região. Foi assinando um acordo com a

Direcção Regional de Educação e todas as Or-

ganizações de Produtores (OP) do Algarve tendo

em vista o fornecimento de laranja a um preço

convencionado. São campanhas de marketing

educativo deste tipo que vão ser estimuladas

pela UE. As campanhas comerciais continuarão a

ser apoiadas ao mesmo nível, através dos planos

operacionais das OP’s. No caso do vinho, a pro-

moção é também essencial e foi um dos princi-

pais temas durante a fase de discussão da comu-

nicação da Comissão Europeia. Esta reforma será

feita durante a nossa presidência e esperamos

convencer a Comissão da necessidade de uma

acção que permita, de forma

pedagógica, promover

o consumo mode-

rado do vinho.

P: E as verbas

do FEADER são

suficientes para

as mudanças que

se impõem nas políticas

agrícolas em Portugal? Estarão os agricul-

tores e produtores preparados para fazer

o melhor aproveitamento possível desses

fundos?

MF: As verbas nunca são demais para o que te-

mos para fazer. Vamos receber 500 milhões de

euros por ano do FEADER para o nosso programa

de Desenvolvimento Rural. É preciso ser selectivo

no que se apoia. Deve-se fazê-lo para melhorar a

organização das fileiras, com objectivos claros e

mensuráveis. E as fileiras das frutas e legumes e

do vinho foram consideradas estratégicas, o que

se irá traduzir em prioridades nos investimentos.

Os agricultores estão certamente prontos para

responder. É essencial dar previsibilidade e esta-

bilidade às políticas e traçar objectivos e critérios

de selecção dos projectos muito claros. E creio

que este novo programa poderá ser mais explíci-

to nesta matéria.

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Controlo total do processamento de carne e peixe é já uma realidade

Centros de Processamento de Carne e de Peixe da Modelo Continente

A ida ao talho da esquina ou à peixaria do mercado municipal serão, muito

em breve, imagens do passado. Nos últimos anos, os padrões de consumo

das sociedades modernas têm vindo a sofrer alterações significativas: os

clientes são hoje mais exigentes, responsáveis e com muito menos tempo

disponível para fazer compras.

Conhecedora das novas necessidades dos consumidores, a Modelo Con-

tinente criou duas unidades especializadas de produção que abastecem

de carne e peixe todas as lojas da sua cadeia de distribuição, assegurando

o controlo total do processo da sua preparação até ao momento em que

chegam às lojas. Os Centros de Processamento de Carne e de Peixe, uni-

dades a funcionar às portas da cidade de Santarém, garantem a qualidade

e a segurança alimentar dos seus produtos, correspondendo de forma efi-

caz às principais preocupações dos clientes.

Inaugurado em 2004, o Centro de Processamento de Carne (CPC) está

situado numa área de 12 000 metros quadrados e abastece 130 lojas da

Modelo Continente com 350 toneladas de carne por semana, sendo que

O Clube de Produtores visitou as duas unidades da Modelo

Continente que garantem a melhor carne e o melhor peixe

aos seus clientes. Localizados em Santarém, os Centros de

Processamento de Carne e de Peixe asseguram o controlo

total do processo de preparação dos produtos até à sua

chegada às lojas.

cerca de 70% tem origem em produtos nacionais, a maior parte dos quais

afectos ao Clube dos Produtores. “A carne que provém do circuito de

distribuição tem várias vantagens”, assegura Pascoal Costa, um dos res-

ponsáveis do CPC. “É certificada, garante a saúde pública, disponibiliza

mais referências e oferece um património de confiança”.

Esta unidade da Modelo Continente assegura a recepção, desmanche, fa-

tiamento e embalamento em atmosfera modificada de carnes de bovino,

suíno, ovino e caprino. Aqui trabalham todos os dias cerca de 400 pessoas,

que se responsabilizam pela produção de 70 mil embalagens diárias com

220 referências. Todo o processo de transformação é garantido por equi-

pamentos de última geração, respeitando as mais exigentes normas de

higiene e segurança para as indústrias agro-alimentares.

O circuito da carne no CPC inicia-se na Zona de Recepção, onde

as peças são pesadas e identificadas consoante o lote, a uni-

dade e o peso, sendo posteriormente levadas para a Câmara

de Conservação, onde são mantidas à temperatura de 0 e

1 grau centígrado. Na Sala de Desmanche, a carne é parti-

da e colocada em paletes mono produto, cuja referência é

introduzida no sistema informático. O rigor absoluto em

matéria de condições higiénico-sanitárias e ambiente de

atmosfera controlada - “duas das nossas maiores preo-

cupações”, conforme adianta Pascoal Duarte – são uma

constante ao longo de todo este processo. Como exem-

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Realizam-se mais de vinte mil análises por ano para garantir a

segurança alimentar.

a nossa oferta de produtos e partir para o embalamento do peixe, por

exemplo”.

Actualmente, o CPP abastece 160 lojas – entre Modelos, Continentes e

Bonjours - da cadeia de distribuição Modelo Continente com mais de 17

mil toneladas anuais de peixe fresco e bacalhau proveniente de território

nacional e internacional. “Em Portugal, abastecemo-nos em lotas de norte

a sul do país. Estamos a desenvolver uma relação mais intensa com os

membros do Clube de Produtores, a quem compramos sobretudo truta

e truta salgada, produtos de altíssima qualidade”, afirma António Torres.

Brasil, Espanha, Mauritânia, Marrocos, Dinamarca, Grécia e Noruega são

os principais fornecedores de peixe fresco, sendo a Islândia e a

Noruega os maiores mercados de bacalhau.

Os 75 trabalhadores desta unidade de processamento

dividem-se pelas áreas do Cais, Controlo de Qualidade,

Produção, Picking e Expedição. Os produtos que che-

gam todos os dias aos seis cais do CPP são submetidos

a um rigoroso controlo de qualidade, através de amos-

tras de 15 a 20 caixas por lote. Rigidez, brilhos dos olhos,

estado da guelra e das vísceras, cheiro, cor e escamas são

alguns dos elementos tidos em conta no momento da avaliação

do peixe fresco e do bacalhau. Se satisfazerem todos os requisitos, o seu

destino é a Zona de Produção, que deverá ser das áreas a sofrer mais alte-

rações nos próximos tempos.

Isto porque o CPP pretende reforçar o sector de embalamento e aumen-

tar a oferta de peixe apresentado em postas e filetes e, posteriormente,

embalado. “A tendência é essa porque as pessoas cada vez têm menos

tempo para esperar que o seu peixe seja arranjado numa fila de super-

mercado. Nos países do norte da Europa, por exemplo, ninguém compra

peixe inteiro. Nós ainda temos essa tradição mas, no futuro, isso irá deixar

de acontecer”, refere António Torres. Actualmente, grande parte do ba-

calhau já sai do CPP embalado e as próximas apostas deverão recair em

peixes como o robalo e a dourada.

Vinte mil análises por ano

para garantir a segurança alimentar

Sendo a qualidade e a segurança alimentar duas das preocupações fun-

damentais da Modelo Continente, estas duas unidades de processamento

– a que se junta a do pão, a funcionar no Porto – são servidas por um

laboratório dotado de equipamento de última geração que garante rapi-

dez, eficiência e precisão de resultados. A funcionar no Centro de Proces-

samento de Carne, esta estrutura é responsável pela realização de análises

microbiológicas de controlo não só da carne, do peixe e do pão como da

higienização dos utensílios e locais de trabalho. Em 2006, efectuaram-se

mais de vinte mil análises neste laboratório equipado de forma a corres-

ponder às apertadas exigências da indústria agro-alimentar.

plos desse cuidado com a higiene, refira-se o facto de cada funcionário do

CPC possuir 11 fardas ou de todas as facas utilizadas no desmanche da

carne serem esterilizadas diariamente.

A Zona de Produção inclui oito linhas de fatiados e duas de picados, onde

a carne é embalada em atmosfera modificada (80% de oxigénio e 20%

de dióxido de carbono) de forma a duplicar a sua durabilidade e preserva-

ção do aspecto original. Na secção dos picados, há máquinas específicas

para confeccionar espetadas, salsichas e almôndegas, produtos cada vez

mais procurados pelos consumidores actuais. “Actualmente, 12% da nos-

sa produção corresponde a carne picada e preparada, segmento que se

encontra em plena expansão. Já estamos a preparar novas solu-

ções para apresentar aos clientes como os rotis, panados e

marinados”, explica Pascoal Costa.

O fim da linha anuncia-se na Zona de Expedição, que

abrange igualmente uma área de recepção de produ-

tos embalados provenientes do exterior. Aqui, a carne é

depositada em paletas - com indicação da loja, número

de artigo, número de covetes por caixa, lote, código de

barras e peso – sendo posteriormente levada por 12 cami-

ões que fazem 60 entregas diárias.

O CPC possui ainda estruturas de apoio ao processamento da carne, sen-

do a produção de covetes uma das mais importantes: a título de exemplo,

esta unidade gasta uma média de 600 mil covetes em cada dez dias de

trabalho. Para fazer face às suas necessidades, o CPC adquiriu bobines e

outros equipamentos topo de gama para produzir estas embalagens, que

já representam 85% das utilizadas nesta unidade.

Produtos embalados são a aposta do

Centro de Processamento de Peixe

A poucos quilómetros do CPC, encontra-se

o Centro de Processamento de Peixe (CPP),

criado em 2000 e adquirido na totalidade

pela Modelo Continente em Outubro de 2006.

Esta unidade está implantada numa área de

2200 metros quadrados e muito

em breve poderá sofrer obras

de alargamento conforme

nos revela António Torres,

responsável pelo CPP:

“existe um projecto de

ampliação que compre-

ende um aumento de

cerca de 500 metros

quadrados de insta-

lações. Isso irá permi-

tir-nos aumentar

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A nova estratégiaassenta em quatro

eixos fundamentais: gama, exposição dos

produtos, procedimentos e acompanhamento

de loja.

“Missão Frescos”: o cliente agradece

ção qualidade/preço. “Depois de ouvir o cliente, cabe-nos

arranjar soluções diferenciadoras e desenvolver parce-

rias com os fornecedores no sentido de olhar para

a cadeia de custos de todo o processo e tentar

optimizá-lo ao máximo”, explica Mário Perei-

ra, Director Comercial de Perecíveis da Modelo

Continente e Presidente do Clube

de Produtores. “O objectivo é des-

contruir a cadeia de forma a

identificar aquilo que mais onera

o produto. Por exemplo, vamos ter

uma linha de embalagens económicas que vai em-

Criada e de-

s e n v o l v i d a

pela Direc-

ção Comercial

de Perecíveis

da Modelo Conti-

nente, a ‘Mis-

são Frescos’

permite ao cliente

adquirir de forma simples

e eficaz os produtos que mais se

ajustam às suas necessidades. Fruta, le-

gumes, pão, peixe, carne e artigos de char-

cutaria e de take-way estão agora disponíveis em todas as

lojas do Grupo, seguindo uma lógica de segmentação e de

afirmação de marca, que possibilita uma identificação

rápida do produto, facilitando o processo de compra. A

nova estratégia da Modelo Continente assenta em quatro

eixos fundamentais: gama, exposição dos produtos, procedi-

mentos e acompanhamento de loja.

Além dos produtos líderes com marca de fabricante, proce-

deu-se à divisão de perecíveis com base em critérios de

selecção, embalamento e rotulagem e segundo a rela-

Agora é mais fácil comprar fruta, legumes, pão, peixe,

carne e artigos de charcutaria e de take-way nas lojas

Modelo Continente. A ‘Missão Frescos’ permite ao

consumidor identificar rapidamente os produtos que

mais lhe interessam ao preço mais adequado.

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baratecer o produto sem que isso implique obviamente que a sua quali-

dade baixe”.

Clube de Produtores integra nova estratégia

Os “frescos” apresentam-se agora seleccionados e identificados através

de rótulos que remetem para as gamas Económico, Qualidade e Frescura

e Selecção Continente (Garantia 200%). Os consumidores que procuram

bons produtos ao mais baixo preço têm na gama Económico a sua melhor

opção, sem que isso signifique perda de qualidade. “A ideia não é ven-

der maçãs farinhentas mas sim maçãs de calibre inferior, um bocadinho

menores mas igualmente boas e a um preço reduzido”, explica Mário

Pereira.

Por seu turno, a gama Qualidade e Frescura apresenta-se como a escolha

acertada para quem pretende um compromisso perfeito entre qualidade

e preço. Os produtos desta categoria ostentam um custo adequado para

um alto padrão de qualidade. Especialmente indicada para os clientes de

maior exigência, a gama selecção Continente (Garantia 200%) oferece

produtos com uma qualidade distinta e bastante superior à média. Estes

‘frescos’ salientam-se pela diferença das suas

características organolépticas – textura,

cor, aroma e paladar – e resultam

de um tipo de produção conce-

bida com base em rigorosos

conhecimentos sobre cada

produto alimentar. Além

disso, os clientes que não se

sintam plenamente satisfeitos

com a compra, recebem o do-

bro da quantia paga pelo produto.

Inseridos na estratégia ‘Missão Frescos’, os produtos do Clube

de Produtores estão agora integrados nos três seg-

mentos da gama em vigor, na continuação de

uma parceria cada vez mais sólida ainda que

com regras diferentes. “Queremos que os nos-

sos produtores se ajustem e desenvolvam a sua

produção numa lógica de segmentação. Para

isso, é essencial que classifiquem e identifiquem

claramente os seus produtos para que o cliente

entenda as diferenças”, afirma Mário Pereira.

Boas práticas em todas as lojas

A ‘Missão Frescos’ estende-se também à exposição e apresentação dos

perecíveis nas lojas Modelo Continente. A disposição dos produtos na

placa de vendas obedece ao planeamento e implementação de plano-

gramas de acordo com critérios previamente definidos. O responsável por

esta área de trabalho – o Director de Espaço da Modelo Continente – gere

o planograma a adoptar em cada loja com base em dados históricos e em

função da estratégia de mercado.

Neste enquadramento, foram definidos e aplicados procedimentos – pos-

teriormente resumidos em manuais - que visam o adequado tratamento

e uso dos produtos de acordo com as regras do mercado a que perten-

cem. As equipas de loja contam igualmente com o apoio de um nova

força de merchandisers, os Gestores de Implementação Comercial (GIC),

que articulam e gerem os planos de enquadramento definidos para cada

espaço comercial. Profissionais especializados nesta área, os GIC assu-

mem-se igualmente como formadores e agentes de “boas práticas” que

contribuem para o sucesso dos “frescos” da Modelo Continente.

Os produtos do Clube de Produtores estão

agora integrados nos três segmentos da gama em vigor, na continuação de uma parceria cada vez

mais sólida.

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A nova equipa de merchandisers da Sonae Dis-

tribuição - Gestores de Implementação Comer-

cial (GICs) - é formada por trinta elementos re-

crutados no interior da empresa que abraçaram

o desafio de facilitar aos consumidores a tarefa

de adquirir os perecíveis mais adequados ao seu

perfil. Formado em Agosto de 2006, este gru-

po já trabalha a bom ritmo para implementar a

‘Missão Frescos’ nas lojas Modelo, Continente

e Bonjour de todo o país, incluindo os arquipé-

lagos da Madeira e Açores. O objectivo deste

projecto é – seguindo uma lógica de segmenta-

ção e de afirmação de marca – disponibilizar aos

clientes os perecíveis seleccionados de acordo

com três gamas: Económica, Qualidade e Fres-

cura e Selecção (Garantia 200%). Para assegurar

a correcta implantação deste processo, os GICs

tiveram um período de formação, momento em

que definiram os procedimentos a adoptar atra-

vés da concepção de seis manuais de operações

direccionados para as áreas do talho, peixaria,

charcutaria, frutas e legumes, take-away e cafe-

taria e padaria. Durante esse período, a direcção

comercial ia validando cada manual. “A Missão

Frescos teve uma fase de implementação assen-

te nas vertentes de comunicação, sinalética e

imagem e estamos em pleno desenvolvimento

dessa estratégia”, afirma Paulo Vidal, Director

de Equipa dos GICs. “Trabalhámos essencial-

mente em projectos-piloto nos Continentes da

Amadora, Centro Comercial Colombo, Matosi-

nhos e São João da Madeira, nos Modelos de

Torres Vedras, Cantanhede e Amarante e no

Bonjour da Foz”.

Gestores de Implementação Comercial

Uma equipa de respeito

Divididos pelas lojas Modelo, Continente

e Bonjour, trinta novos operacionais de

merchandisers têm como missão garantir

que cada cliente tenha acesso aos ‘frescos’

que mais se ajustam às suas necessidades.

Os Gestores de Implementação Comercial

(GICs) formam uma equipa coesa, dinâmica

e motivada na prossecução dos seus

objectivos: levar a ‘Missão Frescos’ a todas as

lojas de norte a sul do país e ilhas

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Gestores de Implementação Comercial

Uma equipa de respeito Meta de 2008 já foi atingida

Na posse de todos os procedimentos para le-

var esta missão a bom termo, os GICs explicam

como se processa o seu trabalho numa nova

loja: “Dois meses antes da abertura, escolhemos

a gama de produtos que vamos expor na loja

de acordo com a sua especificidade. Por exem-

plo, para um espaço em Ponte de Lima temos

em conta os produtos típicos dessa região. Uma

semana antes da abertura, acompanhamos o

responsável da loja e prestamos apoio no que

relaciona com as encomendas, colocação do

equipamento, sinalética, decoração e cartazes

promocionais. Ficamos no local até uns dias

depois da inauguração para garantir a norma-

lização do processo de abertura”, conta Jorge

Raposo, um dos elementos que compõe a equi-

pa dos GICs. A partir daí, passa a haver apoio

permanente de Back Office e ao nível de enqua-

dramento dos produtos tendo sempre em conta

a segmentação dos frescos. Quando se trata de

implementar a “Missão Frescos” em lojas já em

funcionamento, o processo torna-se um pouco

mais complexo. “O período de adaptação varia

porque depende de uma série de factores, entre

os quais o grau de mudança que se pretende”,

afirma Jorge Raposo.

Mais de um ano depois da criação da equipa de

Gestores de Implementação Comercial, o balan-

ço não podia ser mais positivo. “Tudo o que ide-

alizámos está a ser concretizado. Sentimos todos

os dias uma grande receptividade por parte dos

colegas das lojas e dos clientes, que se revelam

muito satisfeitos. Tínhamos planeado obter uma

facturação de 820 milhões de euros na área dos

perecíveis até 2008 e já estamos prestes a atingir

esse valor ainda durante o ano de 2007, o que

nos deixa naturalmente muito felizes”, finaliza

Paulo Vidal.

Os GICs definiram os procedimentos a adoptar através da concepção de seis manuais de operações direccionados para as áreas do talho, peixaria, charcutaria, frutas e legumes, take-away e cafetaria e padaria.

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Um Modelo com cerca de 13 anos deu, no dia 27 de Setembro, lugar a

um novo Continente em S. João da Madeira. Embora as dimensões da

loja não tenham sido alteradas, a remodelação implicou um grande es-

forço no sentido de alterar as gamas e segmentar os produtos perecíveis.

Ao todo, foram investidos 9 milhões de euros para reformular estes 4500

m2 de unidade, que conta com 200 colaboradores fixos, mais 50 sazonais

que já estão a trabalhar no início deste período natalício.

O upgrade dos produtos implicou um grande esforço por parte da gerên-

cia, não só com a alteração da gama de produtos Modelo para a gama

Continente, mas também com a implementação da “Missão Frescos”,

que veio trazer uma maior segmentação dos perecíveis. Vasco Gomes,

director da loja, considera que o processo correu “da melhor maneira”

mas para o sucesso do mesmo foi “crucial a ajuda dos Gestores de Im-

plementação Comercial (GIC), que realizaram um trabalho rigoroso de

levantamento das características da concorrência e oportunidades de de-

senvolvimento da loja.” Após este trabalho inicial, a especialização da loja

foi realizada tendo em conta estes parâmetros, bem como a estratégia

global.

‘Missão Frescos’ em S. João da Madeira e Alverca

Uma nova imagem, um novo conceito

A ‘Missão Frescos’ já é um êxito nos recém-inaugurados

Continente de S. João da Madeira e Modelo de Alverca.

Para os directores das novas lojas, a segmentação dos

perecíveis é, definitivamente, o caminho certo para a

satisfação total dos clientes.

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Uma nova imagem, um novo conceito

Os cerca de 3500 clientes diários que visitam a loja não ficaram alhea-

dos destas remodelações e Vasco Gomes afirma que é possível mesmo

ouvi-los na secção dos perecíveis a comentar positivamente as alterações

nas secções e na apresentação. Uma oferta mais especializada, com uma

maior segmentação e especialização é, segundo este director, “o caminho

a seguir, já que permite através de uma melhor informação direccionar o

cliente para o produto que o deixará mais satisfeito.”

“Área dos perecíveis é a alma da loja”

O novo Modelo de Alverca abriu as suas portas no passado dia 18 de

Outubro, passando a servir as necessidades de pelo menos 130 mil ha-

bitantes da região. Todos os dias, passam em média por esta superfície

comercial, de 1999 m2, cerca de 2500 clientes. A loja veio ainda trazer

novos postos de trabalho, já que emprega à volta de 130 pessoas fixas,

um número que é reforçado com mais 20 colaboradores sazonais em

alturas de pico, como é por exemplo a estação natalícia.

Esta loja já abriu com uma nova sinalética e apresentação dos produtos e

com a implementação da “Missão Frescos”. O processo foi bastante faci-

litado pela presença dos GIC, já que foram eles que, segundo o director

da loja, Luís Martins, “implementaram a mudança, tendo sido fundamen-

tais nesta alteração”.

Relativamente aos resultados finais, o director salienta que “tanto os

clientes como os nossos colaboradores gostam bastante da nova apre-

sentação; acham-na mais acessível e visualmente mais interessante.” Para

este responsável, a área dos perecíveis é a alma da loja, constituindo 40%

do volume total de negócios da loja, “é aquilo que vai atrair mais gente,

pelos preços e frescura dos produtos.” Dentro desta área, aquilo que

realmente atrai mais pessoas na loja de Alverca são as secções de talho

e peixaria.

“Tanto os clientes como os nossos colaboradores

gostam bastante da nova apresentação;

acham-na mais acessível e visualmente mais

interessante.”

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Clube entra no mercado das compotas e doces para barrar

“A nossa experiência diz-nos que a procura

de produtos ligados ao sabor e à tradição tem

aumentado”

na gastronomia de muitos países no mundo, in-

cluindo Portugal. “A nossa experiência diz-nos

que a procura de produtos ligados ao sabor e à

tradição tem aumentado”, afirma Helena Mar-

tins, responsável pela Unidade de Negócio de

Merceria. “É um mercado em franco crescimen-

to. Neste momento, regista uma subida de 6%

em hipers e supers e já tem um valor de merca-

do na ordem dos 25 milhões de euros”. Carlos

Ferreira, da Sabores do Campo, é um exemplo

vivo da crescente apetência dos consumidores

portugueses pelas compotas e doces. A sua em-

presa, que nasceu em finais de 2003, prepara-

se para apresentar resultados muito acima das

suas expectativas. “Em 2007, vamos crescer na

ordem dos 200%”, garante este produtor agrí-

cola da região de Santarém. Membro do Clube

de Produtores desde 1998

No âmbito da sua política de

alargamento a novos sectores da

produção nacional, o Clube de

Produtores anuncia a sua entrada

no mercado das compotas e doces

para barrar. Alargar o número de

associados e garantir o fornecimento

de produtos de alta qualidade com

preços competitivos são os objectivos

da nova unidade de negócio que se

apoia numa produção com

características artesanais

e intimamente ligada

às mais tradicionais

práticas culinárias.

A confecção de compotas e doces remonta à

Idade Média, ainda que não se tratasse de um

hábito enraizado na população pelos preços

exorbitantes do açúcar. Com a época das Desco-

bertas, a cana-de-açúcar passou a ser plantada

no Novo Mundo e o produto final transporta-

do para a Europa em grandes quantidades, já

no século XVI. Calcula-se que, nessa fase, se

tenham multiplicado as receitas caseiras, que

variavam de região para região, conforme a dis-

ponibilidade da matéria-prima. Actualmente, as

compotas e os doces para barrar são referências

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veis em todas lojas Continente e alguns Mode-

los deverão juntar-se, em breve, novos sabores.

“Em função dos resultados, estamos a pensar

alargar a oferta à marmelada e desenvolver uma

gama regional para determinadas lojas”, revela

Helena Martins.

– é um dos principais fornecedores de melancia,

melão e meloa – Carlos Ferreira decidiu investir

nesta área depois de mudar de instalações. “No

novo armazém, fiquei com um espaço livre e co-

mecei a pensar no projecto das compotas, sem

imaginar que seria um negócio que ia ganhar

tamanha proporção”, conta este produtor. Com

o apoio da Escola Agrária de Coimbra, reuniu

uma engenheira técnica e três funcionárias para

dar início à produção de compotas de tomate,

abóbora, pêra, maçã, gila, morango e, mais

tarde, amora. Cerca de 70 mil frascos saíram

da Sabores do Campo em 2004, número que,

no ano a seguir, subiu para 90 mil. Em 2006,

acontece a entrada para o Clube de Produtores

como fornecedor de doces e compotas e as ven-

das crescem para as 130 mil unidades. “Quando

comecei, tinha os vendedores na rua, a vender

porta-a-porta, mas hoje os nossos produtos es-

tão em todo o país, graças ao Clube de Produto-

res”, garante Carlos Ferreira.

Consumidor valoriza sabores

tradicionais

A operar no mercado das compotas e dos doces

há pouco mais de dois anos, a BAMAQ – em-

presa que comercializa os produtos do Museu

do Pão, em Seia – oferece aos consumidores

um leque variado de sabores que inclui tomate,

castanha, morango, cenoura, cereja e abóbora,

este último o mais apreciado. José Carlos Qui-

na, account da BAMAQ, sente no público em

geral uma grande apetência pelos produtos tra-

dicionais e aposta nesta vertente para combater

a concorrência, nomeadamente a espanhola, a

mais “agressiva” de todas. “O consumidor sabe

dar valor aos sabores tradicionais e é por aí que

podemos diferenciar-nos dos concorrentes: pela

aposta na qualidade e na imagem das nossas

tradições”, afirma. A ligação desta empresa ao

Clube de Produtores é ainda recente, data deste

ano, mas as expectativas são altas. “Tem muitas

vantagens como, por exemplo, o prestígio e a

distinção que conferem aos nossos produtos”,

refere Eduardo Luz, Director Comercial. Aos 15

tipos de compotas e doces para barrar disponí-

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Queijo de Azeitão: um sabor único para uma textura especial

Reza a lenda que, no século passado, chegou a Azeitão um pastor das

Beiras que decidiu partilhar com as gentes locais o modo de fazer queijo

tipo “serra”. Reflectindo as condições próprias da abundância das pas-

tagens, do clima da Serra da Arrábida e do cardo utilizado, o Queijo

de Azeitão, como logo ficou baptizado, tornou-se rapidamente um

dos mais apreciados do país. Até hoje.

Natural da Quinta do Anjo – freguesia do concelho de Palme-

la – Vítor Fernandes dedica-se à produção do Queijo de Azeitão

desde há quase duas décadas, sendo um dos mais bem sucedidos

produtores da região. Diariamente, 600 queijos de 250 gramas e

200 de 100 gramas (estes para a restauração) são confeccionados

na sua queijaria pela mão de 10 empregados que obedecem às

mais exigentes regras higiénico-sanitárias. O resultado traduz-se

na venda de queijos para todo o território nacional. “O que faço

Aprendeu com a família e com o ‘Ti Alfredo’ a arte de

produzir o famoso Queijo de Azeitão. Já lá vão quase

duas décadas desde que Vítor Fernandes iniciou o negócio

que hoje lhe permite fabricar diariamente 800 queijos

destinados – com o apoio do Clube dos Produtores – a todo

o território nacional.

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De pasta amanteigada, untuosa e ligeiramente amarelada que deforma

lentamente, o Queijo de Azeitão é obtido do leite cru da ovelha, após a

coagulação por acção de uma infusão de cardo que lhe confere um sabor

peculiar, entre o ácido, o salgado e o picante. Pode apresentar-se com um

peso compreendido entre 100 e 250 gramas e a área geográfica de produ-

ção abrange os concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal. O uso da Deno-

minação de Origem obriga a que o queijo seja produzido de acordo com as

regras estipuladas que inclui as condições de produção de leite, higiene da

ordenha, conservação do leite e fabrico do produto.

Sobre o queijo de Azeitão

O negócio arrancou entre 1989 e 1990 com uma produção diária na ordem das vinte

unidades e um rebanho de 30 ovelhas.

está vendido. Raramente tenho em stock”, afirma

Vítor Fernandes, que está ligado ao sector desde

criança.

Com vários familiares proprietários de rebanhos de

ovelha, este produtor habituou-se, em pequeno, ao

quotidiano da produção de queijos. “Ia vendo os

meus tios a fazerem os queijos, a lavar os cintos

e comecei a interessar-me”, recorda. “Na altura, o

‘Ti’ Alfredo fazia os melhores queijos da região e

aceitou explicar-me todo o processo. Em 1989, eu e

a minha mulher começámos a fazê-los”. O negócio

arrancou entre 1989 e 1990 com uma produção di-

ária na ordem das vinte unidades e um rebanho de

30 ovelhas. “No início, trabalhámos numa casa que

não tinha condições de temperatura para permitir

que os queijos fossem amanteigados. Mais tarde,

mudámos para uma casa em pedra já aqui na serra

com paredes de 80 centímetros e começámos a tra-

zê-los para aqui, onde eram curados”.

Uma parceria de sucesso

Há cerca de um ano, Vítor Fernandes associou-se ao Clube de Produtores

e não podia estar mais satisfeito com esta parceria. “Fizeram-me uma

proposta e achei que era interessante porque representa uma garantia

para mim. Sei que se trata de um cliente

a quem posso vender 15 a 20% da mi-

nha produção. E podemos sempre falar

se os pedidos de queijos aumentarem”.

Para já, Vítor Fernandes limita-se a vender no mercado nacional mas não

põe de parte a possibilidade de exportar a sua produção. “Mas só se per-

ceber que vale a pena”, garante. Quase garantida está o início da comer-

cialização da manteiga de ovelha e do requeijão de Azeitão, ambos

em fase de estudo de selo e de certificação. E lá mais para frente é

bem provável que se concretize um velho sonho seu: “Quero fazer

o queijo velho de Azeitão, curado, que, para mim é o melhor do

mundo”, finaliza.

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Maçãs da Beira Alta brilham no Clube

Produtores de Moimento da Beira apostam na segmentação

Confiança nos produtos, segurança nos

argumentos. É assim que António Tojal

toma a dianteira para apresentar a história

de 14 anos de trabalho recheados de

sucessos, na defesa da produção nacional

de maçãs e no apuramento das suas

qualidades.

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A SOMA – Sociedade Agro-Comercial de Maçã

nasceu em 1993 e, desde essa data, forne-

ce produtos à Sonae, embora alguns dos seus

sócios tenham começado ainda antes a sua re-

lação como empresas familiares. Os nove asso-

ciados da SOMA reúnem cerca de 150 hectares

de pomares em produção mas com renovação

constante de forma a ir de encontro aos gostos

e necessidades do consumidor. A produção mé-

dia anual ronda as 5 mil toneladas de maçã. No

entanto, a SOMA trabalha com outros agriculto-

res da região para além dos seus associados, o

que eleva as suas vendas quase para o dobro, a

rondar as 9 mil toneladas.

A principal variedade de mação produzida é a

Golden Delicious, seguindo-se a Red Delicious,

Jonagored e Bravo de Esmolfe. Em quantidades

mais residuais a Granny Smith, Fuji e já com al-

guma relevância as variedades do grupo das Ga-

las. A totalidade da produção está situada a uma

altitude de 600-700 metros, o que segundo a

SOMA confere ao produto características sui ge-

neris. António Tojal vai mais longe, garantindo

mesmo que “a produção de qualidade da maçã

está sempre associada a zonas de montanha.

As características edafoclimáticas que temos na

nossa zona fazem com que a maçã apresente

uma maior dureza, uma maior visibilidade no

produto que o torna mais atraente com uma cor

mais viva, com mais açúcares e mais aromas. Em

suma, mais sabor”.

Golden de face rosada: um exemplo de

segmentação a seguir

As maçãs de Moimenta da Beira são conheci-

das há muitos anos pela sua qualidade mas só

um punhado de conhecedores conhecia o “se-

gredo” da Golden de face rosada: Uma maçã

diferente das outras, no aspecto e na sua su-

perior qualidade e sabor. “O produto sempre

existiu na região mas não estava segmentado,

aparecia junto com as outras e só o consumidor

esclarecido o procurava e sabia que elas eram

boas”, afirma António Tojal. O Sócio-gerente

da SOMA não deixa de referir o orgulho que os

produtores da região sentem em ter encontrado

na Sonae, a vontade de apostar na segmentação

de um produto de excepcional qualidade. De tal

maneira que vai entrar no mercado com o selo

“produto selecção Continente”.

Com esta segmentação do produto em que

para a mesma variedade se apresentam cinco

referências, António Tojal pensa estar a oferecer

ao consumidor um leque de escolhas “fabulo-

so” para que com facilidade possa identificar,

ao regressar às lojas, o produto que levou e que

lhe agradou. “O produto bem identificado desta

forma tem garantias de qualidade... o consumi-

dor pode estar sempre seguro disso”.

A Golden de face rosada é uma maçã

que foi sendo seleccionado ao lon-

go dos anos e que permite, hoje

em dia, aos produtores de Moi-

menta da Beira saber com rigor

qual é o clone que melhores

características reúne para

levar a que a maçã fique

com o aspecto rosado

que a distingue. Mas o

clone em si não chega,

trata-se de uma asso-

ciação entre planta e

a zona onde é produ-

zida. O sócio-gerente

da SOMA garante que

“são as zonas de altitu-

de com grandes amplitudes térmicas, entre o

dia quente e noites frescas e claras, que levam

a que as maçãs mais expostas do exterior, con-

sigam ter a tonalidade de face rosada, que tem

características intrínsecas de maior quantidade

de açúcar e maior dureza, sendo por isso mais

apelativa”.

Os melhores pomares para o Clube de

Produtores

“Toda a produção dos pomares é de protecção

integrada e, como temos muita produção, diri-

gimos para o Clube de Produtores Sonae os me-

lhores pomares e os melhores lotes de produto”,

acrescenta António Tojal, que afirma o seu orgu-

lho neste Clube de que são fundadores: “O Clu-

be até nos quis presentear com um cartão que

diz sócio no 4. É muito importante esta parceria

que existe entre a produção e comercialização,

para que estejamos todos mais juntos do cliente

que exige a nossa melhor atenção”.

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“O apoio técnico exemplar, a formação dada

aos produtores e os incentivos dados pelo Clube

têm contribuído para o crescimento deste pro-

jecto empresarial”.

António Silvestre Ferreira, produtor de uvas em

Ferreira do Alentejo

Produtores em discurso directo: “O apoio do Clube é de vital importância”Conjugar de forma exemplar a riqueza dos produtos tradicionais portugueses

à energia de uma cadeia que opera junto de milhões de consumidores em todo

o país é o objectivo do Clube de Produtores desde 1998, data da sua criação. Os

associados não têm dúvidas: a união de esforços resultou em pleno e o sucesso

desta parceria resulta em oferecer os consumidores os melhores produtos

nacionais ao melhor preço.

“Para além de todo o apoio técnico que conce-

de aos associados, que é de vital importância, o

Clube permite-nos planear a produção, ou seja,

determinar com segurança o que devemos pro-

duzir e em que quantidades”.

João Paulo Cardoso,

horticultor do Baixo Mondego

“Assim que entrei em contacto com os respon-

sáveis do Clube percebi que eram pessoas que

compreendiam o que implica produzir carne de

qualidade e que estavam dispostos a colaborar

comigo nesse sentido”.

José Carlos Palma, produtor de carne da região

de Mértola“O Clube foi uma importante alavanca de de-

senvolvimento para os seus associados. As suas

explorações começaram a operar como empre-

sas, com entrada regular de receitas devido à

existência de um mercado regular, salvaguar-

dando-se assim de anos maus”.

João Neves, responsável da PAM (empresa de

hortifrutícolas da região de Esposende)

“A parceria com o Clube foi crucial para o nosso

negócio, pois passámos a ter garantias de es-

coamento do nosso produto. É preciso perceber

que os animais não são tijolos, que podem ficar

armazenados à espera de melhores condições

de venda”.

Vítor Frutuoso, produtor de suínos

e bovinos em Ourique

“Como sabemos, o cliente manda no negócio.

Ao utilizarmos a informação que o Clube nos

transmite, conseguimos ir ao encontro dos de-

sejos dos consumidores, o que é naturalmente,

o nosso grande objectivo”.

Francisco Vaz, produtor

de fruticultura da Cova da Beira

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www.clubeprodutores.sonae.pt

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Os objectivos do Clube

Remonta a 1998 a fundação do Clube de Produtores, uma estrutura

de apoio à produção agro-pecuária portuguesa, que nasceu de um

desejo profundo de aproximação do Grupo Sonae, através da Mode-

lo Continente, aos produtores portugueses.

O grande objectivo do Clube de Produtores é

a promoção de produtos nacionais, de acordo

com os mais elevados padrões de qualidade

e segurança em todas as cadeias de retalho

alimentar do Grupo, garantida através de um

apoio consistente e estruturado prestado pelo

Clube a todos os associados.

A parceria entre o Clube e os seus membros

traz inúmeras mais-valias para ambas as par-

tes: os produtores têm uma via assegurada

para o escoamento da sua produção, en-

quanto a Sonae fica com a certeza de estar

a oferecer aos seus clientes, cada vez mais

exigentes e conscientes dos seus direitos,

produtos portugueses de origem e qualidade

comprovadas.

O caminho percorrido pelo Clube de Pro-

dutores desde a sua criação até aos dias de

hoje está marcado por uma grande aposta

na investigação e formação proporcionada

aos seus associados, factor diferenciador da

actividade do Clube. A promoção de acções

de formação que abordam temáticas tão dife-

renciadas como as diversas vertentes da acti-

vidade agro-pecuária, tendências do mercado

e exigências dos consumidores são uma prio-

ridade para o Clube de Produtores, visando

sempre atingir uma competitividade crescente

num contexto de concorrência global.

Graças ao acompanhamento adequado em

todas as fases de produção, ao rigoroso con-

trolo de qualidade e ao empenho colocado

pelos próprios produtores neste projecto, os

produtos comercializados pelo Clube de Produtores são hoje uma

referência no mercado português, registando já a preferência de

muitos consumidores.

Por tudo isto, sete anos decorridos após a sua fundação, o Clube de

Produtores é hoje um caso de sucesso no sector de distribuição em

Portugal, orgulhando-se de ter inaugurado uma nova era na satisfa-

ção de milhões de consumidores portugueses, proporcionando-lhes

o que de melhor se faz no nosso país com qualidade, segurança,

tecnologia, diversidade e sabedoria.

Vantagens para o produtor

• Garantia de escoamento da produção, minimizando os riscos e incertezas inerentes à actividade agro-pecuária;

• Maior eficiência, uma vez que o feedback recebido do mercado permite orientar a produção para a procura;

• Maior representatividade nos contactos com entidades oficiais;

• Apoio e aconselhamento técnico, programação e planeamento da produção;

• Visitas de estudo e formação relacionadas com variadas temáti-cas das diversas etapas da cadeia de abastecimento;

• Reconhecimento de qualidade e credibilidade por parte dos con-sumidores.

Vantagens para o consumidor

• Oferta de produtos com garantia de qualidade, rastreabilidade e origem, assegurada através do acompanhamento de todas as fases de produção, transporte e armazenagem;

• Produtos mais frescos pela diminuição do tempo que decorre en-tre a produção e a distribuição;

• Melhor relação preço/qualidade dos produtos oferecidos;

• Maior e melhor informação sobre os produtos, graças à normali-zação das embalagens e dos dados relativos a cada produto.

CONDIÇÕES DE ADMISSÃO

Todos os produtores e/ou associações de produtores podem tornar-se e manter-se membros do Clube, desde que reúnam as seguintes condições:• Sejam produtores e não intermediários na cadeia de abastecimento;• Tenham estabelecido com a Sonae um Contrato Geral de Fornecimento• Tenham estabelecido com a Sonae um Contrato-Programa ou Contrato de Par-

ceria para o fornecimento de produtos em condições comerciais previamente estabelecidas e num prazo definido;

• Cumpram o caderno de encargos técnicos (definidor das características técni-cas dos produtos e dos processos de produção) estabelecidos pelo Clube.

DIREITOS E DEVERES

Direitos dos associados do Clube de Produtores:• Usufruir dos benefícios atribuídos aos associados, para além dos expressos nos

contratos comerciais e de parceria/programa;• Propor acções passíveis de serem desenvolvidas pela Direcção do Clube.

Deveres dos associados do Clube de Produtores:• Cumprir os contratos assinados com a Sonae;• Manter um bom relacionamento com todas as estruturas que compõem o

universo do Clube de Produtores: Direcção, Associados e Sonae;• Zelar pela boa imagem do Clube de Produtores, não praticando actos que o

prejudiquem ou aos seus associados.

CONTACTOS

CLUBE DE PRODUTORESEstrada da Outurela, 118 - Edifício Imopolis, Bloco D, 2o 2790-114 CarnaxideTel.: 21 472 97 49 Fax.: 21 012 92 75e-mail: [email protected]

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