Projeto piscicultura

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RONIVON POMAROLI DE LELES SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL SISTEMA DE GESTÂO AMBIENTAL

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JI - PARANA201O

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

RONIVON POMAROLI DE LELES

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOCURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

SISTEMA DE GESTÂO AMBIENTAL

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JI - PARANA2010

SISTEMA DE GESTÂO AMBIENTAL:EM PROL DE UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA!

Trabalho apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de SISTEMA DE GESTÂO AMBIENTAL.

Orientador: Prof.ª Rosimeire Midori Suzuki Rosa Lima

RONIVON POMAROLI DE LELES

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SUMÁRIO

1 RESUMO..................................................................................................... ..04

2 OBJETIVO..................................................................................................... 04

3.INTRODUÇÂO...............................................................................................04

4 SISTEMAS DE CRIAÇÃO .............................................................................05

5 RESÍDUOS PRODUZIDOS...................................................................05 A 07

6 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES..........................................07

7 DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS.....07 E 08

8 MEDIDAS MITIGATÓRIAS ADOTADAS E CONTROLE DE MONITORAMENTO AMBIENTAL DA PISCICULTURA .....................................................................08

9 CONCLUSÃO..................................................................................................08

REFERENCIAS..................................................................................................09

FOTOS................................................................................................................10

TABELA DE IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA PISCICULTURA..12

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1. RESUMO

A demanda de pescado tem aumentado de maneira significativa no decorrer

das décadas em contraposição a uma oferta decrescente da produção pesqueira.

Como resultado, essa abertura do mercado impulsionou a aqüicultura mundial de

modo a atingir percentuais de crescimento notáveis. Em 2005, segundo a FAO, ela

contribuiu com 40% do total de pescado produzido. No Brasil, ainda utilizando os

dados da FAO, a aqüicultura cresceu na década de 90 um percentual de 23,8%

contra 10,2% na aqüicultura mundial, no mesmo período.

Particularmente, em se tratando de peixes redondos, objeto do trabalho que se

segue, a produção brasileira saltou de 35 para 50 mil toneladas entre os anos de

2001 e 2005, participando com 19% do total de espécies cultivadas no país em

2005. Em Rondônia, o crescimento vem acompanhado por políticas públicas

voltadas para esse fim. Com o perfil semi-intensivo de criação característico no

Estado, as empresas de assistência técnica apostam na atividade como forma de

diversificar a produção, principalmente em pequenas e médias propriedades,

trabalhando os aspectos referentes à produtividade/qualidade da produção,

equilíbrio do ecossistema utilizado e segurança alimentar. O grande desafio,

contudo, é a regulamentação da atividade que passa por um trabalho conjunto dos

órgãos de fiscalização, assistência técnica e governo do Estado e Município no

sentido de manter os produtores informados quanto às exigências legais, auxiliando-

os, no que for possível, de acordo com suas competências, na organização da

cadeia produtiva.

2. OBJETIVO

Constatar os danos ambientais causados provocados com atividade piscicultura

e posteriormente fazer o tratamento dos resíduos da empresa rural do Senhor

Silvestre Peroba dos Santos. A propriedade encontra-se a 35 km do perímetro

urbano de Urupá, e 50 km da BR 364 na linha TN 32 Lote 547 Geba 01.

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3. INTRODUCÃO

Os problemas ambientais provenientes da disposição não adequada

do efluente da criação e despesca da piscicultura podem acarretar contaminação

das águas superficiais e subterrâneas, contaminação do solo, danos à flora e fauna.

Sendo assim, o desenvolvimento desta atividade instiga a especulação sobre os

aspectos ambientais inerentes às etapas de produção e, consequentemente, aos

impactos provocados nos ecossistemas naturais. Este trabalho tem como principal

objetivo avaliar as características físicas, químicas e bacteriológicas dos efluentes

contínuos e da despesca na criação de Tambaqui (colossoma macropomum), e

determinar os possíveis impactos do lançamento destes efluentes e formas de

atenuação dos mesmos.

4. SISTEMAS DE CRIAÇÃO

As técnicas de manejo para engorda do tambaqui são relativamente

simples. Sendo o tambaqui uma espécie onívora de rápido desenvolvimento, suas

maiores exigências são o espaçamento adequado e a manutenção da qualidade da

água. Alcança facilmente o peso médio de 2 kg/ciclo de produção. Este ciclo pode

variar de 10 a 12 meses, dependendo do manejo e da biomassa aplicada por m².

Em Rondônia, a prática comprova que a produtividade média é de 500g/m²,

dependendo, claro, dos cuidados com a qualidade da água e aplicação de ração de

qualidade com taxas de arraçoamento compatíveis ao estágio de desenvolvimento.

O manejo dos viveiros não é muito diferente dos viveiros para alevinagem.

Considerando o sistema de criação utilizado (semi-intensivo), na recria e engorda os

fatores físico-químicos devem ser controlados para se manter a qualidade da água

em níveis satisfatórios a fim de se otimizar o uso das unidades de produção.

5. RESÍDUOS RODUZIDOS

Todo o problema causado nas águas usadas em aqüicultura tem relação

com a eutrofização, em níveis excessivos, principalmente no que se referem à

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presença de N e P, o que geralmente só ocorre em sistemas intensivos de

produção, comprometendo a qualidade das águas servidas. Os resíduos produzidos

em águas de uso em aqüicultura estão dissolvidos nela ou encontram-se

sedimentados nos solos dos viveiros. Levando-se em conta esse aspecto podemos

fazer as seguintes considerações (Pádua,Hélcias, 20050):

Sólidos: Todos os materiais presentes na água, com exceção dos gases

dissolvidos, contribuem para a carga de sólidos presentes (corpos d’ água). São

classificados em sedimentáveis, em suspensão, colóides e dissolvidos. Na prática

considera-se como: “os sólidos em suspensão e os sólidos dissolvidos totais”.

* Sólidos em suspensão sedimentáveis e os não sedimentáveis.

Os sólidos sedimentavam são aqueles que se depositam quando se deixa a amostra

da água em repouso por uma hora. Logicamente com os não sedimentáveis, tal fato

não ocorre.

* Sólidos dissolvidos totais: incluem os colóides e os efetivamente dissolvidos. São

as partículas que passam por membrana filtrante com poro igual a 1,2 micra. Sendo

apresentados como:

_ voláteis que se volatilizam na temperatura inferior a 65°C; tanto podem ser os sais

minerais como os sólidos orgânicos.

_ fixos que não se volatilizam a menos de 65°C.

Alta concentração de sólidos dissolvidos totais pode ocasionar alterações de sabor

enquanto alta concentração de sólidos em suspensão significa maior turbidez, baixa

produtividade e menor transparência ou menor capacidade de penetração da luz. A

quantidade de sólidos suspenso voláteis no sistema aquático dá idéia da capacidade

de degradação anaeróbia e do conteúdo orgânico tanto das águas, como dos

sedimentos.

Gasosos: Os gases produzidos em sistemas aquaculturais fazem parte do ciclo do

nitrogênio e enxofre. São eles a amônia (NH³), resultante da degradação da matéria

orgânica e O gás sulfidrico H²S só é formado na ausência de oxigênio, mas pode

acontecer dentro de viveiros de criação intensiva onde a alimentação em excesso

conduz a uma acumulação de detritos orgânico, anoxia severa e prolongada em

sedimentos de fundo. Ele acontece como um subproduto de metabolismo anaeróbio

de enxofre oxidadas como receptores de elétron terminais em fosfarização oxidativa.

Estes gases, como no caso dos sólidos produzidos, são imprescindíveis na

formação da cadeia alimentar, e produtividade final do pescado produzido. A

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ocorrência em níveis elevados é que compromete a qualidade da água dentro do

meio de cultivo bem como dos corpos hídricos que recebem essas águas servidas.

É necessário esclarecer que essas situações (níveis excessivos de nutrientes) são

indesejáveis também para o aqüicultor por comprometer o seu investimento.

6. SISTEMAS DE TRATAMENO DE EFLUENTES.

Pelo exposto anteriormente, sabe-se que não é interessante para o

piscicultor manter a água de suas estruturas de criação “super eutrofizadas” (muito

verde ou transparência abaixo de 30 cm) visto as inúmeras observações da

ocorrência de prejuízos no desenvolvimento morfológico, fisiológico, qualidade da

carne e até morte desses organismos criados. Além disso, a qualidade do efluente

assim gerado “água de lançamento”, com certeza será critica, ocasionando o que se

chama de poluição gerada pela atividade aquícola. Geralmente, em pisciculturas de

regime semi-intensivo de criação (caso deste empreendimento) são de baixo

impacto, não sendo necessário tratamento dos efluentes, mas boas práticas de

manejo e cultivo, garantindo uma boa produtividade sem comprometer a qualidade

das águas lançadas em suas fontes receptoras.

7. DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

O quadro a seguir identifica e classifica os impactos ambientais

considerados mais relevantes, na fase de instalação e operação do

empreendimento. Na elaboração deste quadro levou-se em consideração a

influencia do exercício da atividade nos fatores ambientais de uma forma geral e

especifica à execução da atividade em si.

Para fins de classificação dos impactos levaram-se em consideração suas ações

caracterizando-se, conforme os critérios:

Impacto – Diz ser o aspecto benéfico, prejudicial ou nulo.

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Certeza – Indica a probabilidade da ocorrência do impacto: certo, muito provável e

improvável.

Grau – Intensidade do impacto: maior, médio ou menor.

Duração – Temporária ou permanente.

Tempo – Diz se os efeitos serão sentidos, em curto, médio ou longo prazo.

Magnitude – Extensão de efeitos: alta, média ou baixa.

Importância – Grande média ou pequena.

8. MEDIDAS MITIGATÓRIAS ADOTADAS E CONTROLE DE MONITORAMENTO AMBIENTAL DA PISCICULTURA

Com relação aos possíveis impactos ao meio físico especificamente com

relação à possibilidade de erosão dos taludes, foram plantadas gramíneas no

entorno de todos os taludes dos viveiros.

Quanto à qualidade dos efluentes, será realizado o monitoramento regular

e freqüente dos parâmetros exigidos pela resolução CONAMA Nº 020 de 18 de

Junho de 1986, partindo-se da análise de dois pontos específicos no

empreendimento. Um logo na entrada de água nas estruturas de criação e outro

imediatamente após a saída da água no último viveiro com envio do relatório a este

órgão trimestralmente paralelo a isso, como já referido anteriormente, o uso das

práticas de manejo recomendadas à engorda de peixe será um meio eficiente de se

garantir a qualidade de todo volume de água servido.

9. Conclusão

Podemos concluir que este empreendimento vem desenvolvendo técnicas

para que essa atividade mencionada possa causar o mínimo possível de impactos

ambientais, a partir de gramar os aterros dos viveiros, como utilizar no mínimo 4

produções de pescado sem renovar a água, recuperação das matas ciliares e

também vem realizando tratamentos dos resíduos antes de serem desaguados no

meio ambiente.

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REFERÊNCIAS

Yancey, Dean Romayn; Menezes Jose Roberto Resende de. Manual de Criação de Peixes. Campinas. Instituto Campineiro de Ensino Agrícola 1.983

Proença, Carlos Eduardo Martins de; Bittencurt, Paulo Roberto Leal. Manual de Piscicultura Tropical. Brasília. Ibama, 1.994.

Pádua, Helcias B. Alcalinidade, Condutividade e Salinidade em Sistemas Aquáticos.Artigo.

Secarelli, Paulo Sérgio; Senhorini, Jose Augusto; Volpato, Gilson Luiz. Dicas em piscicultura Perguntas e Respostas. Botucatu. Santana Gráfica Editora. 2.000.

Machado, Paulo Affonso Leme, Direito Ambiental Brasileiro – São Paulo – Malheiros Editores,2000,595 p.

Kubitza, Fernando. Nutrição e Alimentação dos Peixes Cultivados. Jundiaí. 1.999.

SEDAM – Termo de Referencia para Elaboração de P.C.A.s.

Benitez, Ivo, Legislação Ambiental Federal e de Rondônia – Porto Velho – RO, editora Insight Comunicação e marketing, 2002,585 p.

Ono, Eduardo Akifumi; Kubitza, Fernando. Curso de Qualidade de Água na Produção de Peixes. Piracicaba 1997.

Sistema de produção do tambaqui. 2º Edição (Revista, atualizada e ampliada) – Emater – RO – Porto Velho, 2006.

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Fotos:

FONTE: RONIVON POMAROLI

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NA PAGINA SEGUINTE A TABELA DE IMPACTOS CAUSADOS PELA PISCULTURA.

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Componentes Ambientais Impacto Certeza Grau Duração Tempo Magnitude

Importância

Meio Físico - - - - - - -SOLO - - - - - - - Erosão superficial e nas encostas Prejudicial Provável Médio Temporári

oMédio Prazo Media Grande

Perda de nutrientes Nulo - - - - - - Compactação do solo Prejudicial Provável Menor Permanent

eLongo Prazo Baixa Pequena

Alteração da estrutura do solo Prejudicial Provável Menor Permanente

Longo Prazo Baixa Grande

Temperatura do solo Nulo - - - - - -MEIO BIOTICO - - - - - - - Espécie ameaçadas de extinção (migratórias) Nulo - - - - - - Ausência de mata ciliar Prejudicial Certo Grand

eTemporári

aMédio Prazo Alta Grande

RECURSOS HIDRICOS - - - - - - - Aumento do fluxo de água superficial Nulo - - - - - - Aumento de sedimentação nos rios e lagos Prejudicial Provável Médio Temporári

oMédio Prazo Alta Grande

Menor infiltração de água no lençol freático Nulo - - - - - -MEIO SOCIO ECONOMICO - - - - - - -Impacto estimado sobre a oferta de emprego Benéfico Certo Médio Permanent

eCurto Prazo Alto Grande

Impacto estimado na distribuição de renda Benéfico Certo Médio Permanente

Curto Prazo Alto Grande

Impacto estimado sobre a circulação de mercadorias Benéfico Certo Médio Permanente

Curto Prazo Alto Grande

Influencia na economia local/trocas com outras economias

Benéfico Certo Médio Permanente

Curto Prazo Alta Grande

Impacto estimado sobre nível de ruído Nulo - - - - - -