PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DO usa...

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Priscila Costa Rosa PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM 0 usa DO COMPUTADOR Curitiba 2005

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAPriscila Costa Rosa

PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DOPROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Curitiba2005

Priscila Costa Rosa

PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DOPROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Monografia apresentada 80 curso de P6s-gradua~o em Psicopedagogia da UniversidadeTuiuti do Parana como requisito parcial para aobtenlao do titulo de especialista emPsicopedagogiaOrientadora Maria Letizia Marchese

CURITIBA2005

Priscila Costa Rosa

TERMO DE APROVACAo

PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DEENSINO APRENDIZAGEM COM 0 USC DO COMPUTADOR

Esta Monografia loi julgada e aprovada para a obten980 do titulo de Especialista noPrograma de Psicopedagogia da Universidade Tuiuti do Parana

Curitiba 03 de novembro de 2005

Maria Leti ia MarcheseCoordenadora do Curso de Psicopedagogia

Universidade Tuiuti do Parana

AGRADECIMENTOS

Agradego a Deus par existir aos me us familiares principalmente aos meus

pais que sou be ram compreender apoiando e colaborando de forma decisiva

durante todo a desenvolvimento deste trabalho

A professora Maria Letizia minha orientadora de monografia pelo apoio e

dedica80 na definiOiio do trabalho

Aos demais professores do cursa de Psicopedagogia que colaboraram

diretamente para minha formacao

0 papel do computadorno ensino naoapenas pode ser 0 mais variado mastambem pade adaptar-se a qualquermetoda au perspectiva pedag6gicaSANCHO

SUMARIO

RESUMO 5

1INTRODUGAO bull 6

2 REVISAO DE LlTERATURA 9

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS 22 CLASSIFICAiAO DOS JOGOS 221 Jogos de exercicio sensoria-motor 222 Jogos simb6Iicos 223 Jogos de Regras 224 0 jogo como recurso pedag6gico 225 Jogos Educativos Computadorizados 23 FORMULARIO PARA ANALISE DEPROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

9 15

15 16

17 17

18SOFTWARE EDUCATIVO PARA

203 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA bull 25

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM bullbullbullbull 2833 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR bull 30

4 A PSICOPEDAGOGIA bull 35

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 USO DO COMPUTADOR 40

51 APR END EN DO COM PROJETOS 4052 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 USO DOCOMPUTADOR 4253 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICOPSICOPEDAGOGICO 476 RELATO DO CASO CLiNICO bullbullbull 51

61 CASO 1 51

611Avalia~ao Psicopedag6gica bull 52

612 Proposta de Interven~ao 56

62 CASO 2 58

622 Avalia~ao Psicopedag6gica 60622 Proposta de Interven~ao 64

CONCLUSAO 68

REFERENCIAS 71

RESUMO

Este trabalho e resultado de estudos realizados com referencias bibliograficas eWebgraficas e urn estudo de case de duas crianyas sendo um menino e umamenina de uma escata publica de GuaratubaParana estas criany8s nao estaoalfabetizadas e cursam pel a 2a vez a 1a serie do Ensino Fundamental Este trabalhotern 0 objetivD de verificar 0 papel da informatica no processo de ensinaaprendizagem mostrando a importancia de urn trabalho clinico Psicopedag6gicocom 0 auxilio do computador no processo de intervenyao A metodologi8 destetrabalho constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativaPrivilegiando 0 estudo de casa como abordagem qualitativa de pesquisa para acoleta de dad as sera a utilizados os procedimentos de analise documentalentrevistas questionarios testes Psicopedag6gicos anamnese e outros recursosnecessarios para 0 atendimento da crianca com dificuldade eita tambem algunsprojetos com 0 uso do computador em algumas escolas no Brasil e par tim a relatado caso clinico onde mostra-se que tanto 0 professor como a Psicopedagogospode trabalhar com a computador no processo de intervencao sem ter urn programaespecifico para se obter resultados E importante que 0 Psicopedagogo conhea osrecursos utilizados bern como a material adequado para suas sess6es de acardocom a necessidade de cada individuo ter muita criatividade pais ate mesma comWord pode ser trabalhado a construcao da escrita a paint desenho desenvolvendoa coordenacao motora mesma urn simples jog a de carta pac1encia pode-s8trabalhar a criatividade concentracao 8 a matematica

Palavras-Chave criancas computador processo de ensino aprendizagemprofessores Psi coped agog os

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

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72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

Priscila Costa Rosa

PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DOPROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Monografia apresentada 80 curso de P6s-gradua~o em Psicopedagogia da UniversidadeTuiuti do Parana como requisito parcial para aobtenlao do titulo de especialista emPsicopedagogiaOrientadora Maria Letizia Marchese

CURITIBA2005

Priscila Costa Rosa

TERMO DE APROVACAo

PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DEENSINO APRENDIZAGEM COM 0 USC DO COMPUTADOR

Esta Monografia loi julgada e aprovada para a obten980 do titulo de Especialista noPrograma de Psicopedagogia da Universidade Tuiuti do Parana

Curitiba 03 de novembro de 2005

Maria Leti ia MarcheseCoordenadora do Curso de Psicopedagogia

Universidade Tuiuti do Parana

AGRADECIMENTOS

Agradego a Deus par existir aos me us familiares principalmente aos meus

pais que sou be ram compreender apoiando e colaborando de forma decisiva

durante todo a desenvolvimento deste trabalho

A professora Maria Letizia minha orientadora de monografia pelo apoio e

dedica80 na definiOiio do trabalho

Aos demais professores do cursa de Psicopedagogia que colaboraram

diretamente para minha formacao

0 papel do computadorno ensino naoapenas pode ser 0 mais variado mastambem pade adaptar-se a qualquermetoda au perspectiva pedag6gicaSANCHO

SUMARIO

RESUMO 5

1INTRODUGAO bull 6

2 REVISAO DE LlTERATURA 9

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS 22 CLASSIFICAiAO DOS JOGOS 221 Jogos de exercicio sensoria-motor 222 Jogos simb6Iicos 223 Jogos de Regras 224 0 jogo como recurso pedag6gico 225 Jogos Educativos Computadorizados 23 FORMULARIO PARA ANALISE DEPROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

9 15

15 16

17 17

18SOFTWARE EDUCATIVO PARA

203 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA bull 25

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM bullbullbullbull 2833 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR bull 30

4 A PSICOPEDAGOGIA bull 35

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 USO DO COMPUTADOR 40

51 APR END EN DO COM PROJETOS 4052 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 USO DOCOMPUTADOR 4253 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICOPSICOPEDAGOGICO 476 RELATO DO CASO CLiNICO bullbullbull 51

61 CASO 1 51

611Avalia~ao Psicopedag6gica bull 52

612 Proposta de Interven~ao 56

62 CASO 2 58

622 Avalia~ao Psicopedag6gica 60622 Proposta de Interven~ao 64

CONCLUSAO 68

REFERENCIAS 71

RESUMO

Este trabalho e resultado de estudos realizados com referencias bibliograficas eWebgraficas e urn estudo de case de duas crianyas sendo um menino e umamenina de uma escata publica de GuaratubaParana estas criany8s nao estaoalfabetizadas e cursam pel a 2a vez a 1a serie do Ensino Fundamental Este trabalhotern 0 objetivD de verificar 0 papel da informatica no processo de ensinaaprendizagem mostrando a importancia de urn trabalho clinico Psicopedag6gicocom 0 auxilio do computador no processo de intervenyao A metodologi8 destetrabalho constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativaPrivilegiando 0 estudo de casa como abordagem qualitativa de pesquisa para acoleta de dad as sera a utilizados os procedimentos de analise documentalentrevistas questionarios testes Psicopedag6gicos anamnese e outros recursosnecessarios para 0 atendimento da crianca com dificuldade eita tambem algunsprojetos com 0 uso do computador em algumas escolas no Brasil e par tim a relatado caso clinico onde mostra-se que tanto 0 professor como a Psicopedagogospode trabalhar com a computador no processo de intervencao sem ter urn programaespecifico para se obter resultados E importante que 0 Psicopedagogo conhea osrecursos utilizados bern como a material adequado para suas sess6es de acardocom a necessidade de cada individuo ter muita criatividade pais ate mesma comWord pode ser trabalhado a construcao da escrita a paint desenho desenvolvendoa coordenacao motora mesma urn simples jog a de carta pac1encia pode-s8trabalhar a criatividade concentracao 8 a matematica

Palavras-Chave criancas computador processo de ensino aprendizagemprofessores Psi coped agog os

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

Priscila Costa Rosa

TERMO DE APROVACAo

PSICOPEDAGOGIA CLiNICA NO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DEENSINO APRENDIZAGEM COM 0 USC DO COMPUTADOR

Esta Monografia loi julgada e aprovada para a obten980 do titulo de Especialista noPrograma de Psicopedagogia da Universidade Tuiuti do Parana

Curitiba 03 de novembro de 2005

Maria Leti ia MarcheseCoordenadora do Curso de Psicopedagogia

Universidade Tuiuti do Parana

AGRADECIMENTOS

Agradego a Deus par existir aos me us familiares principalmente aos meus

pais que sou be ram compreender apoiando e colaborando de forma decisiva

durante todo a desenvolvimento deste trabalho

A professora Maria Letizia minha orientadora de monografia pelo apoio e

dedica80 na definiOiio do trabalho

Aos demais professores do cursa de Psicopedagogia que colaboraram

diretamente para minha formacao

0 papel do computadorno ensino naoapenas pode ser 0 mais variado mastambem pade adaptar-se a qualquermetoda au perspectiva pedag6gicaSANCHO

SUMARIO

RESUMO 5

1INTRODUGAO bull 6

2 REVISAO DE LlTERATURA 9

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS 22 CLASSIFICAiAO DOS JOGOS 221 Jogos de exercicio sensoria-motor 222 Jogos simb6Iicos 223 Jogos de Regras 224 0 jogo como recurso pedag6gico 225 Jogos Educativos Computadorizados 23 FORMULARIO PARA ANALISE DEPROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

9 15

15 16

17 17

18SOFTWARE EDUCATIVO PARA

203 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA bull 25

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM bullbullbullbull 2833 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR bull 30

4 A PSICOPEDAGOGIA bull 35

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 USO DO COMPUTADOR 40

51 APR END EN DO COM PROJETOS 4052 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 USO DOCOMPUTADOR 4253 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICOPSICOPEDAGOGICO 476 RELATO DO CASO CLiNICO bullbullbull 51

61 CASO 1 51

611Avalia~ao Psicopedag6gica bull 52

612 Proposta de Interven~ao 56

62 CASO 2 58

622 Avalia~ao Psicopedag6gica 60622 Proposta de Interven~ao 64

CONCLUSAO 68

REFERENCIAS 71

RESUMO

Este trabalho e resultado de estudos realizados com referencias bibliograficas eWebgraficas e urn estudo de case de duas crianyas sendo um menino e umamenina de uma escata publica de GuaratubaParana estas criany8s nao estaoalfabetizadas e cursam pel a 2a vez a 1a serie do Ensino Fundamental Este trabalhotern 0 objetivD de verificar 0 papel da informatica no processo de ensinaaprendizagem mostrando a importancia de urn trabalho clinico Psicopedag6gicocom 0 auxilio do computador no processo de intervenyao A metodologi8 destetrabalho constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativaPrivilegiando 0 estudo de casa como abordagem qualitativa de pesquisa para acoleta de dad as sera a utilizados os procedimentos de analise documentalentrevistas questionarios testes Psicopedag6gicos anamnese e outros recursosnecessarios para 0 atendimento da crianca com dificuldade eita tambem algunsprojetos com 0 uso do computador em algumas escolas no Brasil e par tim a relatado caso clinico onde mostra-se que tanto 0 professor como a Psicopedagogospode trabalhar com a computador no processo de intervencao sem ter urn programaespecifico para se obter resultados E importante que 0 Psicopedagogo conhea osrecursos utilizados bern como a material adequado para suas sess6es de acardocom a necessidade de cada individuo ter muita criatividade pais ate mesma comWord pode ser trabalhado a construcao da escrita a paint desenho desenvolvendoa coordenacao motora mesma urn simples jog a de carta pac1encia pode-s8trabalhar a criatividade concentracao 8 a matematica

Palavras-Chave criancas computador processo de ensino aprendizagemprofessores Psi coped agog os

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

AGRADECIMENTOS

Agradego a Deus par existir aos me us familiares principalmente aos meus

pais que sou be ram compreender apoiando e colaborando de forma decisiva

durante todo a desenvolvimento deste trabalho

A professora Maria Letizia minha orientadora de monografia pelo apoio e

dedica80 na definiOiio do trabalho

Aos demais professores do cursa de Psicopedagogia que colaboraram

diretamente para minha formacao

0 papel do computadorno ensino naoapenas pode ser 0 mais variado mastambem pade adaptar-se a qualquermetoda au perspectiva pedag6gicaSANCHO

SUMARIO

RESUMO 5

1INTRODUGAO bull 6

2 REVISAO DE LlTERATURA 9

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS 22 CLASSIFICAiAO DOS JOGOS 221 Jogos de exercicio sensoria-motor 222 Jogos simb6Iicos 223 Jogos de Regras 224 0 jogo como recurso pedag6gico 225 Jogos Educativos Computadorizados 23 FORMULARIO PARA ANALISE DEPROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

9 15

15 16

17 17

18SOFTWARE EDUCATIVO PARA

203 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA bull 25

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM bullbullbullbull 2833 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR bull 30

4 A PSICOPEDAGOGIA bull 35

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 USO DO COMPUTADOR 40

51 APR END EN DO COM PROJETOS 4052 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 USO DOCOMPUTADOR 4253 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICOPSICOPEDAGOGICO 476 RELATO DO CASO CLiNICO bullbullbull 51

61 CASO 1 51

611Avalia~ao Psicopedag6gica bull 52

612 Proposta de Interven~ao 56

62 CASO 2 58

622 Avalia~ao Psicopedag6gica 60622 Proposta de Interven~ao 64

CONCLUSAO 68

REFERENCIAS 71

RESUMO

Este trabalho e resultado de estudos realizados com referencias bibliograficas eWebgraficas e urn estudo de case de duas crianyas sendo um menino e umamenina de uma escata publica de GuaratubaParana estas criany8s nao estaoalfabetizadas e cursam pel a 2a vez a 1a serie do Ensino Fundamental Este trabalhotern 0 objetivD de verificar 0 papel da informatica no processo de ensinaaprendizagem mostrando a importancia de urn trabalho clinico Psicopedag6gicocom 0 auxilio do computador no processo de intervenyao A metodologi8 destetrabalho constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativaPrivilegiando 0 estudo de casa como abordagem qualitativa de pesquisa para acoleta de dad as sera a utilizados os procedimentos de analise documentalentrevistas questionarios testes Psicopedag6gicos anamnese e outros recursosnecessarios para 0 atendimento da crianca com dificuldade eita tambem algunsprojetos com 0 uso do computador em algumas escolas no Brasil e par tim a relatado caso clinico onde mostra-se que tanto 0 professor como a Psicopedagogospode trabalhar com a computador no processo de intervencao sem ter urn programaespecifico para se obter resultados E importante que 0 Psicopedagogo conhea osrecursos utilizados bern como a material adequado para suas sess6es de acardocom a necessidade de cada individuo ter muita criatividade pais ate mesma comWord pode ser trabalhado a construcao da escrita a paint desenho desenvolvendoa coordenacao motora mesma urn simples jog a de carta pac1encia pode-s8trabalhar a criatividade concentracao 8 a matematica

Palavras-Chave criancas computador processo de ensino aprendizagemprofessores Psi coped agog os

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

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72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

0 papel do computadorno ensino naoapenas pode ser 0 mais variado mastambem pade adaptar-se a qualquermetoda au perspectiva pedag6gicaSANCHO

SUMARIO

RESUMO 5

1INTRODUGAO bull 6

2 REVISAO DE LlTERATURA 9

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS 22 CLASSIFICAiAO DOS JOGOS 221 Jogos de exercicio sensoria-motor 222 Jogos simb6Iicos 223 Jogos de Regras 224 0 jogo como recurso pedag6gico 225 Jogos Educativos Computadorizados 23 FORMULARIO PARA ANALISE DEPROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

9 15

15 16

17 17

18SOFTWARE EDUCATIVO PARA

203 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA bull 25

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM bullbullbullbull 2833 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR bull 30

4 A PSICOPEDAGOGIA bull 35

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 USO DO COMPUTADOR 40

51 APR END EN DO COM PROJETOS 4052 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 USO DOCOMPUTADOR 4253 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICOPSICOPEDAGOGICO 476 RELATO DO CASO CLiNICO bullbullbull 51

61 CASO 1 51

611Avalia~ao Psicopedag6gica bull 52

612 Proposta de Interven~ao 56

62 CASO 2 58

622 Avalia~ao Psicopedag6gica 60622 Proposta de Interven~ao 64

CONCLUSAO 68

REFERENCIAS 71

RESUMO

Este trabalho e resultado de estudos realizados com referencias bibliograficas eWebgraficas e urn estudo de case de duas crianyas sendo um menino e umamenina de uma escata publica de GuaratubaParana estas criany8s nao estaoalfabetizadas e cursam pel a 2a vez a 1a serie do Ensino Fundamental Este trabalhotern 0 objetivD de verificar 0 papel da informatica no processo de ensinaaprendizagem mostrando a importancia de urn trabalho clinico Psicopedag6gicocom 0 auxilio do computador no processo de intervenyao A metodologi8 destetrabalho constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativaPrivilegiando 0 estudo de casa como abordagem qualitativa de pesquisa para acoleta de dad as sera a utilizados os procedimentos de analise documentalentrevistas questionarios testes Psicopedag6gicos anamnese e outros recursosnecessarios para 0 atendimento da crianca com dificuldade eita tambem algunsprojetos com 0 uso do computador em algumas escolas no Brasil e par tim a relatado caso clinico onde mostra-se que tanto 0 professor como a Psicopedagogospode trabalhar com a computador no processo de intervencao sem ter urn programaespecifico para se obter resultados E importante que 0 Psicopedagogo conhea osrecursos utilizados bern como a material adequado para suas sess6es de acardocom a necessidade de cada individuo ter muita criatividade pais ate mesma comWord pode ser trabalhado a construcao da escrita a paint desenho desenvolvendoa coordenacao motora mesma urn simples jog a de carta pac1encia pode-s8trabalhar a criatividade concentracao 8 a matematica

Palavras-Chave criancas computador processo de ensino aprendizagemprofessores Psi coped agog os

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

SUMARIO

RESUMO 5

1INTRODUGAO bull 6

2 REVISAO DE LlTERATURA 9

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS 22 CLASSIFICAiAO DOS JOGOS 221 Jogos de exercicio sensoria-motor 222 Jogos simb6Iicos 223 Jogos de Regras 224 0 jogo como recurso pedag6gico 225 Jogos Educativos Computadorizados 23 FORMULARIO PARA ANALISE DEPROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

9 15

15 16

17 17

18SOFTWARE EDUCATIVO PARA

203 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA bull 25

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM bullbullbullbull 2833 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR bull 30

4 A PSICOPEDAGOGIA bull 35

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 USO DO COMPUTADOR 40

51 APR END EN DO COM PROJETOS 4052 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 USO DOCOMPUTADOR 4253 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICOPSICOPEDAGOGICO 476 RELATO DO CASO CLiNICO bullbullbull 51

61 CASO 1 51

611Avalia~ao Psicopedag6gica bull 52

612 Proposta de Interven~ao 56

62 CASO 2 58

622 Avalia~ao Psicopedag6gica 60622 Proposta de Interven~ao 64

CONCLUSAO 68

REFERENCIAS 71

RESUMO

Este trabalho e resultado de estudos realizados com referencias bibliograficas eWebgraficas e urn estudo de case de duas crianyas sendo um menino e umamenina de uma escata publica de GuaratubaParana estas criany8s nao estaoalfabetizadas e cursam pel a 2a vez a 1a serie do Ensino Fundamental Este trabalhotern 0 objetivD de verificar 0 papel da informatica no processo de ensinaaprendizagem mostrando a importancia de urn trabalho clinico Psicopedag6gicocom 0 auxilio do computador no processo de intervenyao A metodologi8 destetrabalho constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativaPrivilegiando 0 estudo de casa como abordagem qualitativa de pesquisa para acoleta de dad as sera a utilizados os procedimentos de analise documentalentrevistas questionarios testes Psicopedag6gicos anamnese e outros recursosnecessarios para 0 atendimento da crianca com dificuldade eita tambem algunsprojetos com 0 uso do computador em algumas escolas no Brasil e par tim a relatado caso clinico onde mostra-se que tanto 0 professor como a Psicopedagogospode trabalhar com a computador no processo de intervencao sem ter urn programaespecifico para se obter resultados E importante que 0 Psicopedagogo conhea osrecursos utilizados bern como a material adequado para suas sess6es de acardocom a necessidade de cada individuo ter muita criatividade pais ate mesma comWord pode ser trabalhado a construcao da escrita a paint desenho desenvolvendoa coordenacao motora mesma urn simples jog a de carta pac1encia pode-s8trabalhar a criatividade concentracao 8 a matematica

Palavras-Chave criancas computador processo de ensino aprendizagemprofessores Psi coped agog os

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

RESUMO

Este trabalho e resultado de estudos realizados com referencias bibliograficas eWebgraficas e urn estudo de case de duas crianyas sendo um menino e umamenina de uma escata publica de GuaratubaParana estas criany8s nao estaoalfabetizadas e cursam pel a 2a vez a 1a serie do Ensino Fundamental Este trabalhotern 0 objetivD de verificar 0 papel da informatica no processo de ensinaaprendizagem mostrando a importancia de urn trabalho clinico Psicopedag6gicocom 0 auxilio do computador no processo de intervenyao A metodologi8 destetrabalho constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem qualitativaPrivilegiando 0 estudo de casa como abordagem qualitativa de pesquisa para acoleta de dad as sera a utilizados os procedimentos de analise documentalentrevistas questionarios testes Psicopedag6gicos anamnese e outros recursosnecessarios para 0 atendimento da crianca com dificuldade eita tambem algunsprojetos com 0 uso do computador em algumas escolas no Brasil e par tim a relatado caso clinico onde mostra-se que tanto 0 professor como a Psicopedagogospode trabalhar com a computador no processo de intervencao sem ter urn programaespecifico para se obter resultados E importante que 0 Psicopedagogo conhea osrecursos utilizados bern como a material adequado para suas sess6es de acardocom a necessidade de cada individuo ter muita criatividade pais ate mesma comWord pode ser trabalhado a construcao da escrita a paint desenho desenvolvendoa coordenacao motora mesma urn simples jog a de carta pac1encia pode-s8trabalhar a criatividade concentracao 8 a matematica

Palavras-Chave criancas computador processo de ensino aprendizagemprofessores Psi coped agog os

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

1 INTRODU9AO

o tema deste trabalho e a psicopedagogia clinica no desenvolvimento do

processo de ensina aprendizagem com 0 uso do computador

A Aplicaao do trabalho sera realizada na Escola Estadual Heinz Wittiz em

Guaratuba (PR) envolvera duas crians da 1 serie do ensino fundamental que

naD estaa alfabetizadas e repetentes A proposta de interven~aosera feita com

auxilio do computador

Os objetivos nesta pesquisa constituem-se em mostrar a possibilidade do usa

do computador no tratamento Psicopedagogico de 2 crian9as repetentes que nao

estao alfabetizadas na 13 serie do ensina fundamental

A questao central deste trabalho e verificar como 0 psicopedagogo pode

trabalhar com a informatica educativa no tratamento ou diagn6stico de uma crianca

com dificuldade de aprendizagem

Par ser professora de informatica este trabalho surgiu da necessidade

de mostrar para professores Psicopedagogos e profissionais que trabalham com a

educaao a importancia de um trabalho Psicopedagogico clinico com 0 uso do

computador no auxilio do tratamento educacional

A metodologia constitui-se de uma pesquisa de campo com abordagem

qualitativa Privilegiando 0 estudo de caso como abordagem qualitativa de pesquisa

para a coleta de dad os serao utilizados os procedimentos de analise documental

entrevistas questionarios testes Psicopedagogicos anamnese e outros recursos

necessarios para deg atendimento da crianya com dificuldade

Realizar-se-a consulta bibliografica utilizando revistas livros dicionario jorna)

e webgraficas internet site e Qutros recursos necessarios

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

Sera utilizada a abordagem hipotetica dedutiva atraves de analise clinica em

Psicopedagogia

Os procedimentos serao da seguinte forma

1deg Entrevista com os pais da crianca para realizaCao de anamnese

2deg Verifica~ao das dificuldades das crian~as

3deg Analise da crianya junto a equipe pedag6gica da escola

4 deg Conforme analise dos resultados obtidos nos t6picos de 1a 3 serao

aplicados testes Psicopedag6gicos para verificar 0 diagn6stico da crianca

5deg Sera feito urn tratamento Psicopedag6gico com 0 auxilio do computador

Hoje em dia imaginar a tecnologia envolvida com 0 processo de

aprendizagem nao significa uma impossibilidade mas infelizmente muitos ainda nao

compreenderam como ela pode funcionar de uma forma a trazer qualidade ao

processo de aprendizagem Ainda preocupam-se em responder a urn apelo da

sociedade e nao as necessidades reais do aprender

Varios recursos tecnol6gicos sao utilizados e aceitos mas quando se fala de

computador parece que muitos trememn e nao conseguem enxergar 0 que ele pode

trazer de beneficios para a aprendizagem Este recurso 0 computador com seus

softwares educacionais podem nao s6 auxiliar como minimizar os possiveis

problemas que possam surgir isto a prevenir

o computador e mais um recurso que assim como os outros nao deve ser

desgastado Nem tudo precisa ser trabalhado no computador 0 uso excessive faz

com que sua pratica nao seja muitas veZ8S adequada As vezes e preferivel utiiizar

outro recurso que va atender muito mais aquele objetivo que quer se desenvolver no

momento do que usa-lo Por lidar com uma realidade virtual 0 computador nao

)~~ r

fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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fortalec9-la Este nao substitui por exemplo a manipulalt8o do concreto

indispensavel ao processo

2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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2 REVISAO DE LlTERATURA

21 SOFTWARES E SUAS PROPOSTAS EDUCACIONAIS

Segundo Vygotsky (2005) a atividade criadora e uma manifestaao exclusiva

do ser humano pais 56 este tern a capacidade de criar algo novo a partir do que jEt

existeo ser humano e capaz de partindo de uma situacao real de criar novas

Logo a arao criadora vai surgir do fato dele nao estar acomodadosituac6esfuturas y

na situacaopresente e buscar equilibria na construC80de algo novo

E importante que exista a oportunidade de desenvolver esta aao criadora 0

papel do computador e justamente ser auxiliador no desenvolvimento de atividades

que ajudam na ordenacao e coordenacao de suas ideias e manifestac6es

intelectuais

Os softwares sao programas desenvolvidos para 0 computador com 0

objetivo de auxiliar 0 trabalho do profissional em varias areas do conhecimento

Os softwares educacionais apresentam diversas oportunidades de trabalho

com criancas de varias faixas etarias

A primeira tarefa do psicopedagogo que se propoe a analisar um software

educativ~ e identificar a concepC8ote6rica de aprendizagem que 0 orienta pais urn

software para ser educativo deve ser pensado segundo uma teoria sobre como 0

sujeito aprende como ele se apropria e constr6i seu conhecimento

Numa perspectiva construtivista a aprendizagem ocorre quando a informa9ao

e processada pel as esquemas mentais e agregadas a esses esquemas Assim 0

conhecimento construfdo va sendo incorporado aos esquemas mentais que 9(

colocados para funcionar diante de situaoes desafiadoras e problematizadoras

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

10

Piaget (1974 p 84) aborda a inteligfmcia como algo dinamico decorrente da

construg8o de estruturas de conhecimento que a medida que VaG sendo

construidas vao se alojando no cerebro A inteligemcia portanto nao aumenta par

acrescimo e sim por reorganizacao

Essa construcao tern a base biol6gica mas vai se dando a medida em que

ocorre a interacao troca reciprocas de a~o com 0 objeto do conhecimento ande a

89ao intelectual sobre esse objeto refere-s8 a retirar dele qualidades que a 89aO e a

coordenacao das 8coes do sujeito colocaram neles 0 conhecimento 16gico-

matematico provem da abstraao sobre a propria ayao

Os fatores de desenvolvimento segundo Piaget (1974 p 84) sao a

maturayao biol6gica a experiencia fisica com objetos a transmissao social

(informaao que 0 adulto passa a criana) e a equilibraao

Para Piaget (1974 p85)a equilibraao contrabalana os tres primeiros

fatores au seja equilibra uma nova descoberta com todo 0 conhecimento ate en tao

construido pelo sujeito Os mecanismos de equilibrio sao a ASSIMILACAO e a

ACOMODACAO

Todas as ideias tendem a ser assimiladas as possibilidades de entendimento

ate entao construidas pelo sujeito Se ele ja possui as estruturas necessarias a

aprendizagem tern 0 significado real a que se propos Se ao contriuio ele nao

possui essas estruturas a assimilayao resulta no ERRO CONSTRUTIVO Diante

disso havendo 0 desafio 0 sujeito faz urn esfor~ocontrario ao da assimila9ao Ele

modifica suas hip6teses e concep90es anteriores ajustando-as as experiElncias

impostas pela novidade que nao foi passive I de assimilaao E 0 que Piaget chama

de ACOMODACAO 0 sujeito age no sentido de transformar-se em funyao das

resistimcias impostas peo objeto

1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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1

o desequilibrio portanto e fundamental para que haja a falha a tim de que 0

sujeito sinta a necessidade de buscar 0 reequiHbro 0 que S8 dara a partir da 8980

intelectual desencadeada diante do obstaculo A ABSTRAltAO REFLEXIVA E na

abstracao reflexiva que S8 da a construcao do conhecimento 16gieD - matematico

(inteligencia) resultando nurn equilibria superior e na consequente satisfacao da

necessidade

Conforme Piaget (1974 p90) middotpara aprender significativamente os individuos

tern que trabalhar com problemas realistas em contextDs realistas Devern ser

explorados problemas que apresentem multi pios pontcs de vistas para que 0

aprendiz construa cadeias de ideias relacionadas Oessa forma 0 aprendiz deve

engajar-se na construcao de urn produto significativD relacionado com sua realidade

E 0 que Valente denomina de construcionismo contextualizado

A n09ao de erro e relativizada na teoria construtivista Nela a erro e urna

importante fonte de aprendizagern a aprendiz deve sempre questionar-se sobre as

consequEmcias de suas atitudes e a partir de seus erras ou acertos ir construindo

seus conceitos ao inves de servir apenas para verificar 0 quanta do que foi

repassado para 0 aluno foi realmente assimilado como e comum nas praticas

empiristas Portanto urn software educativo que se propoe a ser construtivista deve

propiciar a crianya a chance de aprender com seus proprios erros

o simples fato de urn software possuir sons e animayoes nao sao indicativos

para que 0 mesmo seja classificado como construtivista

Do ponto de vista do Behaviorism01 (comportamentalismo) aprender significa

exibir comportamento apropriado 0 objetivo da educayao nessa perspectiva e treinar

BEI-IAVIORISMO c wna palavra de origem inglcsa que sc rcR~rc lt10csludo do comrortamclllolldlavior~em illges_0 IJdviorismo surgiu no cOIllClodCSlcStulo como LUnaproposta para a Psicologia para lamarcomo scu objclO de cstudo 0 cornportamCJlIO eJe pr6prio C nilo como indicador de algwna outra caiSltLcomoindicio d1 cxislcncia de algwml outra coisa qllc sc cxpressassc pco OIlillraves do comportmncllIo

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

12

os educando a exibirem urn determinado comportamento par issa usam 0 refOfCO

positivo para 0 comportamento desejado e 0 negativo para 0 indesejado A

instrucao programada e uma ferramenta de trabalho nessa linha de agao apresenta

a informacao em sec5es breves testa 0 estudante ap6s cad a 58980 apresenta

feedback imediato para as respostas dos estudantes

as principias do Behaviorismo baseiam-se em Condicionadores Operantes

que tem a finalidade de refor9ar 0 comportamento e controla-Io externamente Nessa

concepC8o a aprendizagem ocorre quando a informag8o e memorizada Como a

informa9ao nao foi processada ela s6 pode ser repetida indicando a fidelidade da

retenC80 nao pedendo ser usada para resolver situacoes problematizadoras

Outre ponto a ser considerado na avaliacao de urn software para usa

educacional esta no fato de verificar S8 ele busca ser autonomo descartando

desconsiderando a figura do professor como agente de aprendizagem au se ele

permite a interacao do aluna com esse agente com outro aluno au mesmo com urn

grupo de alunos

Se a software tern a pretensao de ser aut6nomo tern como fundamento a

ensino programatico onde as informac6es padronizadas e pasteurizadas par si

56 promovem a ensina de qualquer conteudo independente das condic6es

especificas da realidade educacional de uma escola Alem do mais qualquer

software que se propoe a ser educativo tern que permitir a intervencao do professor

como agente de aprendizagem como desencadeador e construtor de uma priJtica

especifica e qualificada que objetiva a promocao do aprendiz

o feedback dado ao erro do aluno e um ponto fundamental na analise do

software educativo Se 0 mesmo nao da um feedback imediato e subjetivo pode-se

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

13

classifica-Io como comportamentalista cnde 56 ha estimul0 e resposta e asta

res posta naD permite a continuidade do processo

Estes softwares criam urn ambiente de aprendizagem em que 0 ludico a

solutfao de problemas a atividade reflexiva e a capacidade de decisao sao

privilegiados Desenvolvem a aprendizagem ativa controlada pal a propria crianr8 ja

que permitem representar ideias comparar resultados refletir sobre sua a((ao e

tamar decis6es depurando 0 processo de aprendizagem

Seymour Papert disci pula de Piaget entusiasmado com 0 construcionismo

deste passDu a aprofundar sua pesquisa das estruturas intelectuais Para 81e os

individuos S8 rnotivam a aprender 0 novo quando esta tern alguma li989aO com um

conhecimento previo ou significativo Acreditou que com a informatica poderia

desenvolver mudancas significativas na area educacional Para isto desenvolveu a

linguagem de programa9ao Logo

Com a linguagem Logo se consegue dar os comandos e perceber suas

ordens sendo obedecidas au nao Nao send a aquele 0 seu objetivo inicial pode-se

voltar e remanejar seus cornandos E urn processo de vai-e-vem constante das

ideias Isto traz resultados nao s6 no lado cognitivo como tambem no afetivo

trabalhando inclusive sua auto-estima A capacidade de fazer suposicoes intuitivas e

analises 16gicas destas intuicoes demonstra alguns dos est8gios e mecanismos

usados pelo cerebro durante a utilizacao de algum programa Este software e aberto

considerado de autoria

2 Na Icrminologia compul3cional 0 Logo chama-sc programuao ao procesS) rclativo il comunita10 comcomputadorcs que pfc)(livcm lim comportamento particular pam indicar-lhe que deve (hzcr 0 compullllordLVcl11a- dar illll conjUTlIOde ordens respdlando delCfminada sintaxc

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

14

Segundo Valente (2005) diante de uma situaao problema 0 aprendiz tem

que utilizar toda sua estrutura cognitiva descrevendo para 0 computador as passos

para a resoluC80 do problema utilizando urna linguagem de programacao A

descriC8o da resoluC80 do problema vai ser executada pelo computador Essa

execucao fornece um feedback somente daquilo que foi solicitado a maquina 0

aprendiz devera refietir sobre 0 que foi produzido pelo computador S8 os resultados

nao corresponderem ao desejado 0 aprendiz tern que buscar novas informa90es

para incorpora-Ias ao programa e repetir a operacao

Os softwares fechados sao aqueles em que naD ha intelVencao da criany8

apenas participacao nas acroes ja previamente estabelecidas Neles encontra-se

jogo e desafio

o jogo por exemplo gera prazer e interesse ao mesmo tempo auxilia na

aquisicyao do auto conhecimento ensina a lidar com simbolos e a pensar por

analogia A criancya passa a entender regras e lidar com elas Ele trabalha a

formacyao de conceitos e de desenvolvimento de habilidades para a construcyao de

3significados estimulando a curiosidade e a investigacao por meio de diferentes

mod os de representacyao

o jogo e urn importante instrumento didatico que pode e deve ser utilizado na

educacyao institucional

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

15

22 CLASSIFICA~AO DOS JOGOS

as j0905 podem ser dassificados de diferentes formas de acordo com 0

criteria adotado Varios autores S8 dedicaram aD estudo do j090 entretanto Piaget

elaborou urna classific8cao genetica baseada na evoluC030 das estruturas (Piaget

1974p92) Piaget classificou os jogos em tres grandes categorias que

correspondem as tres fases do desenvolvimento infanti

bull Fase sensorio-motora (do nascimento ate as 2 anos aproximadamente) a

crianca brinea sQzinha sem utiliz8cao da nOyaO de regras

bull Fase pre-operatoria (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) As

criancas adquirem a noltao da existencia de regras e comecam a jogar com

Qutras crianC8s j0905 de faz-de-conta

bull Fase das operac6es concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente) as

erian9as aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos Esta e a fase dos

jogos de regras comofutebol damas etc

Assim Piaget classificou os jogos correspondendo a urn tipo de estrutura

mental

bull Jogo de exercicio sensorio-motor

bull Jogo simbolieo

bull Jogo de regras

221 Jogos de exercicio sensorio-motor

o alo de jogar e uma atividade natural no ser humano Inicialmente a

atividade ludica surge como uma serie de exercicios motores simples Sua finalidade

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

16

e 0 proprio prazer do funcionamento Estes exercicios consistem em repeticao de

ge5t05 e movimentos simples como agitar as bra~os sacudir objetos emitir sons

caminhar pular correr etc Embora estes jogos comecem na fase maternal e durem

predominantemente ate as 2 anos eles S8 mantem durante toda a infancia e ate na

fase adutta Par exemplo andar de bicicleta moto au carro

222 Jogos simb61icos

o ogo simb61ieD aparece predominantemente entre as 2 e 6 anos A funcao

desse tipo de atividade Judica de acordo com Piaget consiste em satisfazer 0 eu

par meio de uma transformacao do real em funcao dos desejos au seja tern como

funCao assimilar a realidade (PIAGET 1974 p106)

A criany8 tende a reproduzir nesses jOg05 as relacoes predominantes no seu

meio ambiente e assimilar dessa maneira a realidade e uma maneira de se auto-

expressar Esses jog os de faz-de-conta possibilita a crianca a realizacao de sonhos

e fantasias revela conflitos medos e angustias aliviando tensoes e frustracoes

Entre os 7 e 11-12 anos 0 simbolismo decai e comecam a aparecer com mais

freqOeuromcia desenhos trabalhos manuais construcoes com materiais didaticos

representacoes teatrais etc Nesse campo 0 computador pode se tomar uma

ferramenta muito util quando bern utilizada Piaget nao considera este tipo de jogo

como sendo urn segundo 8stagio e sim como estando entre os jogos simb61icos e de

regras

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

17

223 Jogos de Regras

o jogo de regras entretanto cameg8 a S8 manifestar par volta dos cinco

anos desenvolve-se principalmente na fase dos 7 aos 12 anos Este tipo de jog a

continua durante toda a vida do individuo (esportes trabalho jogos de xadrez

baralho RPG etc)

Os jogos de regras sao classificados em jogos sensoria-motor (exemplo

futebol) e intelectuais (exemplo xadrez)

o que caracteriza 0 jogo de regras e a existEmcia de urn conjunto de leis

impasto pelo grupo sendo que seu descumprimento e normalmente penalizado e

urna forte competigao entre as individuos 0 jogo de regra pressup6e a existencia de

parceiros e urn conjunto de obrigacoes (as regras) 0 que Ihe confers urn carater

eminentemente social

Este jogo aparece quando a crian9a abandon a a fase egocentrica

possibilitando desenvolver os relacionamentos afetivo-sociais

224 0 jogo como recurso pedag6gico

o jogo e uma atividade que tem valor educacional intrinseco Leif (1978 p

32) diz que jogar educa assim como viver educa sempre sobra alguma coisa

A utiliza980 de jog os educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens

para 0 processo de ensino e aprendizagem entre elas

bull0 jogo e um impulso natural da crian9a funcionando assim como um grande

motivador

bull A crian9a atraves do jogo obtem prazer e realiza um esfor90 espontaneo e

voluntrio para atingir a objetivo do jogo

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

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72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

18

bull 0 jogo mobiliza esquemas mentais estimula 0 pensamento a ordenacc3o de

tempo e espa~o

bull 0 jog a integra varias dimensoes da personalidade afetiva social motora e

cognitiva

bull 0 jogo favorece a aquisir8o de condutas cognitivas e desenvolvimento de

habilidades como coordenacao destreza rapidez forg8 concentracao etc

a usa da informatica na educacc3o atraves de softwares educativos e uma das

areas da informatica na educacao que ganhou mais terreno ultimamente Ista deve-

S8 principalmente a que e passiveI a criacao de ambientes de ensina e

aprendizagem individualizados (au seja adaptado as caracteristicas de cada aluno)

somado as vantagens que os jog os trazem consigo entusiasmo concentracao

motivacao entre outros Os jog os mantem uma relacao estreita com construcao do

conhecimento e possui influencia como elemento motivador no processo de ensino e

aprendizagem

A participacao em jogos contribui para a formacao de atitudes sociais

respeito mutuo cooperacao obediencia as regras sensa de responsabilidade

sensa de justilta iniciativa pessoal e grupaL

o jogo e 0 vinculo que une a vontade e a prazer durante a realizaltao de uma

atividade 0 ensina utilizando meias ludicos cria ambiente gratificante e atraente

servindo como estimulo para a desenvolvimento integral da crianca

225 Jogos Educativos Computadorizados

Os Jagas educativas computadorizados sao criados com a finalidade dupla de

entreter e possibilitar a aquisiltao de conhecimento

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

19

Nesse contexto as jogos de computador educativos au simplesmente jog as

educativDs devem tentar explorar a processo completo de ensino-aprendizagem E

eles sao 6timas ferramentas de apoio ao professor na sua tare fa Basicamente bons

jog as educativos apresentam algumas das seguintes caracteristicas

bull Trabalham com representac5es VirtU8is de rnaneira coerente

bull Disp6em de grandes quantidades de informacoes que podem ser

apresentadas de maneiras diversas (imagens texto sons filmes etc) numa

forma clara objetiva e 169icB

bull Exigem concentraC8o e uma certa coordenagao e organizay8o par parte

do usuario

bull Permite que a usuiuio veja a resultado de sua 89130 de maneira imediata

facilitando a auto-corregao (afirma a autoestima da crianca) trabalham com a

disposiCao espacial das informac5es que em alguns casos pode ser

controlada pelo usuario

bull Permitem urn envolvimento homem-maquina gratificante

bull Tern uma paciencia infinita na repetiCao de exercicios

bull Estimulam a criatividade do usuario incentivando-o a crescer tentar sem

se preocupar com os erros

Quando estuda-se a possibilidade da utilizaao de um jogo computadorizado

dentro de um processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados nao

apenas 0 seu cont8udo senao tambem a maneira como 0 jogo 0 apresenta

relacionada e claro a faixa etaria que constituira 0 publico alva Tambem eimportante considerar os abjetivos indiretos que 0 joga pade propiciar como

memoria (visual auditiva cinestesica) orientaao temporal e espacial (em duas e

tres dimens6es) coordenaao motora visomanual (ampla e final percepao auditiva

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

20

percepao visual (tamanho cor detalhes forma posiao lateralidade

complementaltao) raciocinio 16gico-matematico expresseo lingGistica (oral e

escrita) planejamentoe organizaao

Apesar de parecer que alguns destes t6picos sao exclusivamente de pre-

escola e portanto nao precisariam ser trabalhados em estagios superiores e

impressionante ver quantos alunos de 8deg serie carecem de uma boa coordenaClt3o

matara

Para uma utiliz8lt80 eficiente e completa de urn jog a educativo e necessaria

realizar previamente uma avaliaCElo consciente do mesma analisando tanto

aspectos de qualidade de software como aspectos pedagogicos e

fundamentalmentea situaao pre-jogoe pos-jogoque se deseja atingir

Tentando resumir quais seriam as principios para analise de urn jogo foi

criado urn formulario que contem informayoes sabre a jogo auxiliando dessa

maneira 0 coordenador de informatica na sua fase de avaliaCao e permitindo que 0

professor tire 0 maximo de proveito dos recursos disponiveis

23 FORMULARIO PARA ANALISE DE SOFTWARE EDUCATIVO

PARA PROFESSORES E PSICOPEDAGOGOS

Conforme Rocha (1991 p35) os dados para uma avaliaao de software

educacional sao

Nome do Produto

Requisitos descrevem-se os requisitos minimos de software (sistema

operacional e tipo de processamentomono ou multiusuario) e de hardware

(memoria disco drivers etc)

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

21

Instalacao deSCreV8-Se 0 processo de instalacao (especialmente quando

programas rod am em rades podem requer alguma configuracao especial)

Faixa eta ria recomendada pelo fabricante

Faixa etilria adequada ap6s a avaliaC13o preencher este campo com a idade

ou serie em que deve ser utilizado e S8 passive I 0 bimestre tambern

Objetivo Gerl descrever 0 objetivo principal do jogo

Objetivos Particulares descrever Qutros objetivos ah~m do principal que 0

jogo possa atingir

Oescricao do Produto descrever brevemente 0 que 0 jog a faz Pode utilizar

a descricao do fabricante S8 desejar E uma especie de resumo para que 0 professor

possa saber 0 que esperar do jogo

Pre-jogo trata-s8 das atividades que devem ser executadas antes do jogo a

fim de permitir urn aproveitamento melhor do mesmo Essas atividades pre-jogos

podem consistir de uma serie de trabalhos (manuais musicais etc) e nao

necessariamente ligados as instrugoes do jog a em si Essas atividades estao mais

relacionadas com a motivag80 do grupo e as expectativas do mesmo com relagao ao

jogo

P6s-jogo trata-se das atividades que podem serem realizadas ap6s 0 jogo

com a finalidade de dar continuidade ao conteudo desenvolvido pelo jogo trabalhar

o mesmo conteudo com diferentes recursos au integrar conteudas nurn sentido

interdisciplinar

Fungoes Psiconeurol6gicas e Operagoes mentais envolvidas descreve-

se aqui as funcoes psiconeurol6gicas trabalhadas como coordenag8o visual

auditiva etc e operacoes mentais como analise sintese compreensao

interpreta~ao etc

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

22

Descrie3o do Software nesse ponto analisa-se a qualidade do jogo como

software e nao do ponto de vista pedagogico

Fases determinar quantidade de fases que 0 jogo possui Tambem pode ser

descritas aqui opcoes do menu Note que para cad a fase ou Opg80 deve se tambsm

analisar 0 item anterior (fungoes psiconeurologicas )

Portabilidade tern a ver com a possibilidade de rodar esse produto em mais

de uma plataforma (por exemplo windows etc)

Flexibilidade est relacionado com a possibilidade de mudar a situagao

problema nivel do jogo inserir outros recursos etc

Conteudo Corregao e a precisao dos dados e respostas fornecidas pelo

software

Completeza esta relacionada com a quantidade de informagao relacionada

ao assunto do jogo

Coerencia tern a ver com 0 comportamento do programa para iguais dados

de entrada igual saida Nao apresentar respostas diferentes para as mesmas

perguntas

Satisfacao esta relacionado com a conteudo estar de acordo com os

objetivos do jogo

Robustez esta relacionado com a tolerancia a falhas apresentada pelo jogo

o jogo deve ser capaz de ridar com situagoes passive is limites e impossiveis

Estabilidade esta relacionado com a capacidade do programa de se manter

estavel independente do tempo que esta em execucao e das operac6es ilegais do

usuario Este conceito esta intima mente relacionado com 0 anterior

Interatividade esta relacionado com a capacidade do jogo S8 adequar ao

usuario permitindo que este itere de uma maneira dinamica

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

23

Operacionalidade Tempo de Resposta

Mensagens para 0 usuario

de acertos

de erms

de ajuda

Interface homemmaquina tern a ver com 0 tipo de interface grafica au nao

Analisar a interface auditiva e visual Cores sons utilizados possibilidade de adapta-

los

Opera~ao (comandos) esta relacionado com a facilidade de operagiio

Rentabilidade esta relacionado com a rela9c3o custo-beneficia

Obs Nos itens relacionados com qualidade do software a qualificaC8o deve

ser numerica de 1 a 5 seguindo 0 seguinte esquema

1-ruim

2- regular

3- born

4-muito born

5-excelente

Porem deve-s8 analisar de forma criteriosa as softwares lancados como

programas pedag6gicos no mercado da informatica antes de aplic8-los como urn

instrumento didatico que nos ajuda atingir as objetivos educacionais de maneira

mais ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor produza e apresente sua

produyao utilizando-se de todos os recursos multi midi as atuais Assim 0 professor e

o Psicopedagogo com 0 auxilio do cornputador passa a ser urn facilitador urn

colaborador ativo com pensamento critico e com acesso ao conhecimento sem

limites

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

24

Na realidade 0 computador como equipamento e atualizado velozmente

sempre ha inov890es No entanto os professores Psi coped agog os e usuarios S8

adaptam as mudanyas para novas hardwares mas relutam para S8 adaptarem a

novas softwares ou seja exigem uma reaprendizagem para 0 usa dos programas

Porem os profissionais da educ8y80 devem ousar ir alem aprender fazendo e ter

sempre curiosidade Enfim devem aprender a nao temer a maquina a nao aehar

que elas podem sUbstitui-los em suas 895e5

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

25

3 0 IMPACTO DA INFORMATICA NA ESCOLA

Segundo informaltaoda Secretaria Municipal do Rio de Janeiro (2005) a

insenaa da informatica educativa nos diferentes contextos escolares da Rede

Municipal dadas as suas dimens6es e condig6es especificas sera um processo

necessariamente lento e que ira provocar mudangas nas rotinas escalares na

disciplina de usa de equipamenta e espagas nas relag6es entre professores e

alunos A solugao educacional especifica apoiada no uso do computador sera bem

sucedida na medida em que forem feitas pesquisas de educadores que

problematizem suas situag6es de ensino evitando assim a assimilagao pura e

simples de pacotes prontos desenvalvidos par especialistas descontextualizados

Neste sentido e importante que se promovam experieuromcias-pilotos modulados que

permitam a sistematizagao gradual

E importante deixar claro que a presenga do computador em escolas

auxiliando alguns processas educacionais nao torna a informatica necessariamente

educativa Algumas ag6es visam disponibilizar computadores e sistemas para 0

auxilio ao processamento de notas ao preparo das aulas ou a consultas sobre uma

determinada materia outras ag6es diferentemente visam auxiliar processos

pedag6gicos com metodologias que utilizam ambientes informatizados A informatica

torna-se assim um meio educativo atraves do qual se alia 0 acesso facilitado as

informag6es relativas a urn determinado conteudo curricular com metodologias e

linguagens especificas para a construgao articulag80 e processamento dessas

inforrnag6es de modo que todos esses aspectos integrern a estrategicas

pedagogicas

26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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26

Conforme Mercado (2002 p145) a aprendizagem adquirida nas escolas

representa uma parcela minima que S8 adquire no dia-a-dia ja nao satisfazendo as

exigeuromcias dos alunos que enfrentam urn universo de canais de aprendizagem fora

do muro das escolas que estaa mal equipados para enfrentar as desafios da

globaliz8C80 que exige maior atividade e versatilidade

Sabe-s8 que e imprescindivel e urgente mudanca no sistema educacional

Entretanto naD S8 pode criar talsas ilus6es em torna do usc do computador na

escota esperando que tenha definitivamente resultados precisos visiveis e

imediatos Nao sera 0 computadof sozinho que resolvera todos os problemas

antigos e complexos que norteiam 0 processo educacional 0 computador pode sar

urn elemento importante na reestruturacao da educacao escolar para a qual e

oportuno os resultados das pesquisas didaticas e as experiencias de professores

com 0 computador

Na busca de tornar a escola mais atual adaptando-a ao momento presente

exige-se uma refiexio de como esta poden] lidar com 0 conhecimento no momento

que passou-se a viver de grande circulacao de informac6es cujo volume de

producao destas pela humanidade e cad a vez mais acelerado

Mercado (2002 p145) nos coloca tambem que mesmo dispondo de uma

gama imensa de possibilidades oferecidas pelos novos recursos da informatica

deparamos com usos banais dessa tecnologia indicando uma falta de articulacao

entre 0 pedag6gico e a tecnico Isso significa que sem 0 conhecimento tecnico sera

impossivel implantar soluc6es pedag6gicas inovadoras e vice-versa Sem 0

pedag6gico as recursos tecnicos disponiveis tend em a ser sub-utilizados 0 trabalho

com a informatica na educacao requer urn bom conhecimento da parte tecnica e da

parte pedag6gica um demandando novas ideias do outro

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

27

Neste sentido pode-s8 dizer que a escola naD deve continuar ensinando fatos

e cobrando sua memoriz8C8o como sempre vern fazendo dave direcionar 0 seu

fazer pedag6gico para atingir cad a vez rna is a busca da construC80 do

conhecimento procurando atraves da interdisciplinaridade em seus conteudos

levar os alunos a uma formacao mais completa que 0 leva a interagir com as

informac6es esparsas e construir seu proprio conhecimento adquirindo assirn uma

vi sao mais profunda dos assuntos especificos de cada disciplina

Segundo os Parametres Curriculares Nadonal (1999 p112)

o objetivo da inclusao da infonnatica como componente da area dalinguagem c6digos e tecnologias e permitir a todos as que desejam toma-la urn elemento de sua cultura assim como aqueles para quais aabordagem puramente tecnica parece insuficiente para 0 entendimento deseus mecanismos profundos

o professor precisa ter cuidado para que 0 produto que esta sendo utilizado

esteja sendo efetivo na construv8o de novos conhecimentos Nesse aspecto a

experiEmcia pedag6gica do professor e fundamental precisa conhecer as diferentes

modalidades de uso da informatica na educacao programaC8o elabora98o de

multimidias ou uso da Internet e entender os recursos que ela oferece para a

construvao do conhecimento

A principal mudanva que se fara necessaria a escola para 0 usa do

computador na educavao e no curriculo escolar 0 qual devera ser construido de

forma multidisciplinar facilitando a interdisciplinaridade entre os diversos

conhecimentos e quebrando cada vez mais as barreiras impostas pel a seriacao e

pel a divisao do conhecimento em conteudos separados pelas barreiras das diversas

disciplinas

Conforme cita Mercado (2002 p146) geralmente a implanta~ao da

informatica nas escolas comeva pel a instalacao de uma sala para com FtaFOSt ~~ bullbullbullbull

computadores que possa ser dominada de laborat6rio d~lnformatica ~ ~gt~)~ ~ ~~ ~

qlA 1M (

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

28

A grande malaria dos laboratorios tern ficado oeiosa urn lado pelo fata de

dos professores naD S8 encontrarem capacitados para utiliz89ao do novo recurso e

par Dutro porque a direcao naD permite 0 acesso mesmo daqueles que dominam

essa ferramenta com receia de danificar urn equipamento tao caro

Em algumas escolas a coordenacao do Laborat6rio de Informatica e entregue

a urn especialista da area Esse especialista e encarregado de ministrar cursos de

computacao basica desenvolver atividades com software educacionais e aplicativos

como editor de texto planilha eletronica editor grafico e assim par diante

Mercado (2002 p150) diz que

Essa iniciativa nao resolve 0 grande problema que se encontra centrado nanecessidade de se habiJitar 0 professor para promover a transformarraodesse novo recurso de informayao eou formarrao em uma eficienteestrategia de ensino - aprendizagem a Laborat6rio de Informatica namaloria das vezes num apendice da escola quando deveria permear asatividades desenvolvidas par todos as conteudos

o uso do computadar no processo pedag6gico exigira portanta do educador

uma reflex80 critica sobre 0 valor pedag6gico e sobre as transforma~5es

necessarias a escola especial mente no que se retere ao uso dessas tecnologias na

aprendizagem

31 0 COMPUTADOR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO DE

ENSINO APRENDIZAGEM

Ha programas de mais tacil utiliza~ao direcionados para quest5es

pedagogicas que podem ser utilizados par crian~as pequenas ah~m disso ha

tambem a linguagem LOGO elaborada por Papert ap6s estudos conjuntos com

Jean Piaget

A linguagem Logo e um exemplo de um ambiente rico nao s6 atraves da

media9ao do adulto mas tambem da coopera9ao esponlanea entre os alunos E

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

29

uma linguagem de programacao desenvolvida especial mente para ser usada no

ambiente educacional cujo desenvolvimento pedagogico esta sustentado no

construtivismo

Essa linguagem foi criada com 0 objetivo de desenvolver 0 raciocinio logieD

do aluno uma vez que esse passa atraves de comandos simples de programar 0

computador a atuno percebe 0 resultado obtido do programa ao visualizar como

uma tartaruga reagiu as suas ordens De forma visual e clara ele mesma percebe

ande sle atingiu seu objetivo tracado inicialmente e ande ele falhou

A linguagem Logo e partanto uma situa~aa de aprendizagem privilegiada aa

permitir 0 educando estruturar a situaC8o em que sua propria aprendizagem acorre

explorar e modernizar fen6menos basicos de ciencias desenvolver estrategias de

solugao de problemas e principalmente apropriar-se do conhecimento de forma

significativa

A motivagao tambam pode estar associ ada a forma de raciocinio provocada

pelo computador a crianga aprende a raciocinar de forma linear sequencial passo a

passo Ja com 0 computador ela utiliza-se de raciocinio multidimensional pois ao

mesmo tempo pode receber varias informagoes abrindo jane Ias e navegando para

pontos pelos quais esteja mais curiosa Portanto a afirmagao de Franco (1997 p

53) vem confirmar 0 interesse dos alunos 0 maior desafio da crianga e 0 que mais

a deslumbra e justamente a necessidade de resolver varias coisas ao mesmo

tempo~

o computador quando bern utilizado e um ferramenta didatica incrivel que

assim como ja fizeram 0 quadro~negro e os livros em sua epoca de surgimento

tarna-5e algo lantastica par acelera~a do processa educacionai

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

30

33 A INFORMATICA E 0 PAPEL DO PROFESSOR

Segundo informac6es da Secretaria Municipal de Educay8o do Rio de

Janeiro (2005) eoloea que nao se deve esperar que apenas a instalaao de

equipamentos e 0 desenvolvimento de software deem conta das mudanltas

necessarias aDs processos educacionais Essas maquinas e sistemas serao

necessariamente operados e mantidos por pessoas a servico de pessoas A

capacitaltao e formaltao desses profissionais precisam ter total prioridade casa S8

deseje 0 sucesso de projetos de informatizacao seja da escola au dos professores

de ensine Alem disso as professores sao pessoas cuja propria natureza de seu

ofielc exige que estejam em constanta atualizacao acompanhando a dinamica de

transformac80dos conhecimentos nas areas disciplinares a que S8 dedicam

Neste sentido a informatica tern um papel essencial a desempenhar naD

apenas como ferramenta de trabalho dentro e fora de sala de aula mas no processo

de formacaocontinuada a que devem ter acesso os professores

Numa escola 0 computador deve ser introduzido de maneira lenta e gradual

pois assim ele quebrara a relacao tradicional entre aluno e 0 professor Primeiro

porque 0 professor ao colocar 0 aluno para trabalhar e obrigado a nao se somente

expositivo mesmo porque algumas aulas numa dinamica diferente irao enriquecer

a relacao bern como a seu desenvolvimento segundo porque apos tanto tempo

sendo professor ele volta a ser aluno quando comeca a aprender a usar 0

computador Isto causa muitas reflex6es e so convivendo com 0 aluno e que se

consegue terceiro alguns alunos sabem mais do que as professores sobre a propria

ferramenta em questao e isto forca 0 professor a ter uma certa postura diante de

seus alunos 0 professor deve sSfAlumilde para reconheeer publieamente que nao

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

31

sa be todas as respostas al8m de mostrar aDs alunos que sempre S8 deve estar

pronto para aprender

o professor precisa mais do que nunca saber inovar e conquistar a atenry80

de seus alunos isto porque a tecnologia e a informatica trazem consigo uma gama

de informact6es que nac sao mais as mesmas 0 boca a boca hoje passa par uma

via informatizada que envolve todo 0 planeta e conecta 0$ homens atraves de

poderosos chips mas a informatica e as comunic890es sao ferramentas poderosas

que juntas permitem fazer com que as pessoas S8 comuniquem sem qualquer

barreira Urn exemplo dista e a Internet que constitui-se em urn grande manancial

de informaryoes que devem ser exploradas como fonte informaryoes no apoio ao

processo de ensino-aprendizagem

A utilizaC8o de computadores como instrumento auxiliar no processo de

ensino aprendizagem cria a necessidade dos professores possuirem um

discernimento claro do uso do computador na escola Esse discernimenta esta

relacianado com as tecnicas de desenvolvimento dos programas educacionais ou

seja programas que atendam as tecnicas de resoluClt3ode problemas ou que tratem

das simulacoes estaticas ou dinamicas

Compete aos professores a funcao de orientar seus alunos na busca de

infarmacoes pais se tal nao acontecer apenas estarao navegando por ela E claro

que a simples ato de navegar par redes de informacoes nao fara com que os

propositos educacionais nao seriam atingidos se somente isso fosse feito Entra

entao a figura do professor a qual utilizando-se da rede conduz os alunos a busca

das informacoes a construir seu conhecimento a seu universo respeitando suas

individualidades e quando se caloca a Internet na sala de aula voce esta

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

32

oferecendo uma biblioteca enorme a disposi980 dos alunos (Gazeta do Povo 1997

pA)

E urgente que os professores aceitem 0 desafio de dominar a linguagem

computacional e subordinar 0 uso dos programas de computacao aos objetivos

especificos de sua area de conhecimento e a seu projeto de educaC8o e sociedade

Os objetivos serao estabelecidos per quem educa e nao pelo computador oesta

forma ocorrera uma verdadeira mudanca de paradigma do professor em relaC80 a

utilizacao do computador Vencida a resistencia inicial com 0 recurso a sua

disposiC80 e respaldo tecnico 0 professor se sentini seguro para desenvolver suas

atividades

Sabe-se que a introducao da informatica na educaCao esta associ ada nao

apenas a mudancas tecnologicas mas tarnbem as mudancas sociais No entanto a

informatica na educaCao esta associada a mudanca de como se aprende e a

inovacao entre quem aprende e quem ensina da mesma forma do modo como se

reflete 0 conhecimento Portanto a educaCao precisa ser repensada e preciso

buscar formas alternativas para aumentar 0 entusiasmo do professor 0 interesse do

aluno e consequentemente 0 nivel de aprendizagem Convem no entanto estarmos

conscientes de que nao e sornente a introducao dos computadores que trara

mudancas na aprendizagem dos alunos

oesta forma 0 psicopedagogo que ira trabalhar com a informatica no

tratamento psicopedag6gico clinico devera analisar de forma criteriosa os

softwares lancados como programas pedagogicos no mercado da informatica antes

de aplica-Ios como urn instrumento didatico que ajudara atingir a objetivos

educacionais de maneira rna is ampla possibilitando que 0 aluno torna-se autor

produza e apresente sua produ980 utilizando-se de todos os recurSDS multimidias

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

33

atuais Assim 0 psicopedagogo com 0 auxilio do computador passa a ser um

facilitador um colaborador ativo com pensamento critieD e com aceSSD aD

conhecimento sem limites

Separar 0 aluno com suas dificuldades ou simplesmente rotula-Io euroI facil 0

dificil euroI ter a percep~aonecessaria no momento para auxilia-Io a ultrapassar esta

fase

o computador pade auxiliar 0 processo da descoberta de aprender a

aprender cnde existe 0 respeito aD tempo individual do sujeito e a percepC8o de

suas dificuldades Isto permite que 0 aluno consiga supera-Ias atraves de sua

propria analise sem necessaria mente depender do Dutro para isla

Alem disso 0 computador desperta um grande interesse em criang8s e

jovens Existe uma grande atracao pela tecnologia De frente ao computador a

crian9a relaxa e esquece que aquele tambem e um processo de ensinagem

o computador nao pode deixar de estar inserido num contexto desafiador

pois senao nao promovera mudan=as nem crescimento 0 aluno adquirira uma

compreensiio do significado e da utilidade daquilo que faz pois ele e 0 agente

criador e transformador do seu conhecimento

o computador deve ser vista como instrumento de aprendizagem Ele e a

mediador entre 0 nasso pensamento e as a90es Transforma a raciocinia em caisas

manipulaveis Nao desaparece com a pensamenta humano mas reorganiza-o

Vale ressaltar que com 0 computador a interdisciplinaridade tao valorizada

pade ser desenvolvida e trabalhada tanto nos projetas de cria98o quanta nos

saftwares fechados As informa90es pod em ser relacionadas como na vida real

sem haver etapas estanques de uma forma ludica As propostas nao sao

compartimentalizadas

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

34

0 desejar e a terrena ande se nutre a aprendizagem (Fernandez 2005)

o vinculo e algo extrema mente importante no processo de aprendizagem

Com este ponto entaD 0 computador tornamiddotse facilitador pois de maneira geral

atrai as atent6es das crianC8s fazendo com que fiquem voltadas a ele e

interessadas no seu trabalho A majaria 90sta de estar diante de uma maquina islo

aeaba sendo urn ponto positiv~ para 0 recurso que aeaba atraindo a atenCE1odas

crianC8s que nem percebem estar no processo de aprendizagem

Assim e passivel perceber que para que uma instituicao introduza a

informatica no ensina e preciso ter em primeiro lugar urn plano pedagogico ande

serao discutidos as objetivos de sua utiliz8C80 como ferramenta educativa e a

escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a atingir mais facil e

eficienternente as objetivos educacionais nao deixando portanto que 0 computador

se tome urn brinquedo

A escola precisa de professores capacitados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica educativa pois nao faz sentido de que algum dia 0

professor seja substituido por computadores E necessario entao que haja uma

inte9ra9ao entre 0 ambiente escolar e 0 corpo docente desenvolvendo assim a

sociabilidade dos alunos e que as professores se estejam familiarizados com essa

tecnologia

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

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72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

35

4 A PSICOPEDAGOGIA

Conforme Sampaio (2005) a Psicopedagogia estuda 0 processo de

aprendizagem e suas dificuldades tendo portanto urn can3ter preventivD e

terapeutico e estar relacionado com equipes ligadas aos campos da educaao e

sauds Evolui a partir de uma demand a da sociedade que S8 passou a valorizar a

aprendizagem a partir de paradigmas integrados e gerados de sinteses e tem

respondido a ala como uma praxis que busea compreender as necessidades do ser

humane em toda sua complexidade com ampla aceitaltao nos mais diversos

seguimentos da comunidad8 Terapeuticamente a Psicopedagogia deve identifiear

analisar planejar intervir atraves das etapas de diagnostico e tratamento

Os Psi coped agog as preparados para atender criang8s ou adolescentes com

problemas de aprendizagem atuando na sua preveng8o diagnostico e tratamento

cHnico au institucional poderao atuar em escolas instituit5es e empresas

(Psicopedagogia institucional) e na clinica (Psicopedagogia clinica)

Para Visca (1987 p 32)

Historicamente a Psicopedagogia nasceu para atender a uma a9130preventiva a Patologia da aprendizagem mas ela tem se voltado cada vezmais para uma ayao preventiva acreditando que muitas dificuldades deaprendizagem se deve a inadequa9ao pedagogia institucional e familiar

A proposta da Psicopedagogia numa a9ao preventiva e adotar uma postura

critica frente ao fracasso escolar numa concepcao mais totalizante visando prop~r

novas alternativas de acao voltadas para melhoria da pratica pedag6gica nas

escolas

Segundo Macedo (1987 p 24) 0 Psicopedagogo no Brasil ocupa-se das

seguintes atividades

36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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36

1 Orientagao de estudos - Consiste em organizar a vida escolar da crian~quando esta nao sabe faze-Io espontaneamente Procura-se promover 0melhor uso do tempo a elaboragao de urna agenda e tudo aquila que enecessaria ao como estudar2 Apropriacao dos conteudo escalares - 0 psicopedagogo visa propiciar 0dominic de disciplines escalares em que a crian~ nao vern tendo urn bornaproveitamento Ere se diferencia do professor particular pols 0 centeCideescolar e usado apenas como urna estrategia para ajudar e fornecer ao alunoo dominic de SI proprio e as condiy6es necessarias ao desenvolvimentocognitiv~3 Desenvolvimento do raciocinio - Trabalho feito com as processo depensamenta necessaria ao ato de aprender Os jogos sao muito utilizadospois sao ferteis no sentido de criarem urn contexto de observa1ao e dialogosobre processo de pensar e de construir 0 conhecimento Este procedimentopode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele Que asescolas costumam conseguir4 Atendimento de criangas A psicopedagogia se presta a atender deficientesmentais autistas au comprometimentos organicos mais graves podendo atesubstituir a trabalho da escola

Para Macedo (1987 p 32) estas quatros atividades nao sao excludentes

entre si e nem em rela980 as outras 0 atendimento psicopedag6gico podera em

determinados casos recorrer a propostas corporais artisticas etc de qualquer

forma esta sempre relacionado com 0 trabalho escolar ainda que com ele nao

esteja diretamente comprometido

o trabalho do psicopedagogo de acordo com Mery ( 1985 p30) possui as

especificidades

bull 0 disturbio de aprendizagem e encarado como uma manifestayao de umaperturba~o que envolve a totalidade da personalidadebull0 desenvotvimento infantil e considerado a partir de uma perspectivadinamica e e dentro dessa evoJuoao dinilmica que 0 sintoma P disturbio deaprendizagem e estudado Assim se for oferecida uma forma de rela9aomelhor e diferenle a crianca ela devera retomar a seu a evorwtao normalbull A neutralidade do papeJ de pSicopedagogia e negada e este conhece aimportancia da reJaoao transferencial entre a profissional e 0 sujeito daaprendizagembull Objetivo do Psicopeclagogo e levar 0 sujeito a reintegrar-se a vida escoJarnormal respeitando as suas possibilidades e interesses

o psicopedagogo ainda segundo Mery (1985 p35) respeita a escola tal

como e apesar de suas imperfei90es porque e atraves da escola que 0 aluno se

situan3 em rela9ao aos seus semelhantes optara par uma profissao participara da

constru9ao coletiva da sociedade a qual pertence Este fato nao impedira que 0

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

37

psieopedagogo eolabore para melhoria das eondi90es de trabalho numa

determinada escola au na conquista de seus objetivos Mas e seu trabalho ele

devera fazer com que a crianC8 entrente a eseela de hoje e nao a de amanha Esse

enfretamento no entanto nao significaria impor a crian98 normas arbitrarias au

sufoear-Ihe a individualidade Busea sempre desenvolver e expandir a personalidade

do individua favorecendo as suas iniciativas pessaais suscitando as seus

interesses respeitando os seus 905t05 propondo e nao impondo atividades

procurando sugerir pelo menDS duas vias para a escolha do rumo a ser tornado

permitindo a 0pC80 Assim tanto no seu exercicio na area educativa como na da

sauds pode-s8 considerar que 0 psicopedagogo tern urna atitude clinica frente ao

seu objeto de estudo Isto naD impliea que 0 lugar de trabalho seja a clinica mas

refere as atitudes do profissional ao longo da sua atuagao

Para Bossa (1999 p72)

Entende-se como atendimento psicopedagogico clinico e a investiga~o e ainterven980 para que se compreenda 0 significado a causa e a modalidadede aprendizagem do sujeito com intuito de sanar as dificuldades A marcadiferencial entre 0 Psicopedagogo e outros profissionais que e seu foco e 0vetor da aprendizagem assim como 0 neurologista prioriza 0 aspectoorganico 0 psic6logo a psique 0 pedagogo 0 conteudo escolar

A Psicopedagogia clinica procura compreender de forma global e integrada

aos processos cognitivos emocionais socia is culturais organicos e pedag6gicos

que interferem na aprendizagem a tim de possibilitar situagoes que resgatem 0

prazer de aprender em sua totalidade incluido a socializagao entre pais

professores orientadores educacionais e demais especialistas que fazem parte da

vida do aluno

Na relagao com 0 aluno 0 Psicopedagogo estabelece uma investigacao

cuidadosa que permite levantar uma serie de hip6teses indicadoras das estrategias

capazes de criar situag80 terapeutica que facilite uma vinculacao satisfat6ria rnais

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

38

adequada para aprendizagem Ao lado desse aspecto mais tecnico 0

Psicopedagogo tambem trabalha a postura a disponibilidade e a relacao com

aprendizagem a tim de que 0 aluno torne-S8 agente de seu processo aproprie-se

do seu saber alcanyando a autonomia e independencia para construir seu

conhecimento e exercitar-se na tarefa de uma correta autovalorizacao

Para Sampaio (2005) atraves do diagnostico eUnica ira identificar as causas

dos problemas de aprendizagem Para islo ele usara instrumentos tais como

provas operatorias (Piaget) provas projetivas (desenhos) historias material

pedag6gico etc

Fara uma entrevista inicial com os pais au responsaveis para conversar sabre

horarios quantidades de sessoes honorarias a importancia da freqOencia e da

presenlta e a que ocorrer Neste momento nao e recomendavel falar sobre 0

hist6rico do sujeito ja que isto podera atrapalhar a investigaltao 0 hist6rico do

sujeito desde seu nascimento sera relatado ao final das sess6es numa entrevista

chamada anamnese com as pais ou responsaveis

o diagnostico deve ser composto entre 8 a 10 sess6es Ap6s concluido a

diagnostico sera realizado a tratamento

Durante 0 tratamento sao realizadas diversas atividades com 0 objetivo de

identificar a melhor forma de se aprender e a que podera estar causando este

bloqueio Para islo 0 psicopedagogo utilizara recursos como jogos desenhos

brinquedos brincadeiras canto de hist6rias computador e outras coisas que forem

oportunas A crianlta muitas vezes nao consegue talar sabre seus problemas e e

atraves de desenhos jogos brinquedos que ela pod era revelar a causa de sua

dificuldade

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

39

o profissional solicitara algumas vezes as tarefas escolares observando

cadernos olhando a organiZ8yaO e as possiveis erros ajudando-o a compreender

estes erros

Ira ajudar a crian98 au adolescente a encontrar a met her forma de estudar

para que ocarra a aprendizagem

Poden ir ata a escola para conversar com 0 (a) professor (a) afinal a ele (a)

que tern urn cantato diario com 0 aluno e pode dar muitas informa96es que possam

ajudar no tratamento

o Psicopedagogo precisa estuctar muito E muitas vezes sera necessaria

recorrer a outro profissional para conversar trocar ideias pedir opinioes

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

40

5 A IMPORTANCIA DOS PROJETOS COM 0 usa DO

COMPUTADOR

51 APRENDENDO COM PROJETOS

Nas escolas S8 depara na malaria das vezes com atividades que exigem

muita criatividade e para isso e preciso ter coragem de enfrentar novos desafios e

principalmente nao ter medo de errar Ser criativo depende antes de tudo de

autoconfianta e confiancano outro 1550 tern side feito par meio de projetos

Tal como Fagundes (1997 p20) nos aponta aprender por projetos e uma

forma inovadora de romper com as tradic6es educacionais dando urn formata mais

gil e participativo ao trabalho de professores e educadores Trata-se mais do que

uma estrategia fundamental de aprendizagem sendo urn modo de ver 0 ser humano

construir aprendendo pela experimentacaoativa do mundo

Ao elaborar seus projetos 0 professor conduzira seus alunos a urn conjunto

de interrogac6esquer sobre si mesmos quer sobre 0 mundo a sua volta levando 0

aluno a interagir com 0 desconhecido ou com novas situacoesbuscando soluc6es

para os problemas

Nao podemos confundir aprender por projetos com ensino par projetos

Fagundes (1999 p34) Aprender por projetos e levar 0 aluno a construir seus

conhecimentos despertar sua curiosidade seu desejo sua vontade de cada vez

mais aprender 0 ensino por projetos e apenas transmitir conhecimento ao aluno e

este nao tern a chance de questionar de formular problemas se tornando urn

depositario de informaltoes

o aluno s6 aprende por projetos tornando-se um grande pesquisador

quando indaga investiga e levanta hip6teses para solu~ao de seus problemas

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

41

Segundo Almeida (1987 p16) 0 uso do computador mesmo as tarelas mais

simples como desenhar na tela escrever urn texto sao 5uficienternente ricas e

complexas permitindo 0 desenvolvimento de uma serie de habilidades que ajudam

na soluyao de problemas levando a aluno a aprender atraves de seus erros

Isto contribuira para 0 desenvolvimento de sua autoconfianca ou seja dar a

capacidade da crianca vivef em uma sDciedade cad a vez mais permeada pel a

tecnologia crescendo com 0 sentido de que sao elas que devem cantrolar as

maquinas e nao 0 inverso

Conlorme Barbosa (1998 p 28)

o projeto de trabalho Psicapegag6gicoem sua aplicacao Psicopedag6gicapode atuar como urn instrumento que possibilita a intemaliza~o de urnareguramentayao extema originando a auto regulayao necessaria para aavalia~o dos procedimentosutilizados durante a sua execu~o e suaspossiveis modificacoes considerando os aspectos do objeto a serapreendidosua inseriaono ambienteenos esparosinternos do aprendizenvolvidosnasituayao

Os projetas daa a possibilidade de ruptura par se colocarem como espaco

corajoso onde e passive relacionar uma materia com a outra facilitando a

atividade a acao a participaCao do aluno no seu processo de produzir fatos sociais

de trocar informac6es enfim de construcao de conhecimento

o proposito de se trabalhar com projetos e romper com as limilac6es muitas

delas auto-impostas do cotidiano convidando os aunos a reflexao sabre quest6es

importantes da vida rea da sociedade em que vivem propiciando a eles a

solidariedade criacao e cooperacao denlro e fora da sala de aula

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

42

52 PROJETOS DE ALGUMAS ESCOLAS NO BRASIL COM 0 usa DO

COMPUTADOR

Num trabalho realizado com criantas do ensina fundamental de uma escola

publica de Sao Paulo cada turma desenvolve 0 seu projeto buscando

conhecimentos descobrindo novas formas de transmiti-Ios e preparando 0 exercicio

da cidadania

Urn dos projetos realizados com a 4a serie do ensina fundamental que tinha

como tema A Maquina do Tempo no qual as crianC8s fazem uma viagem pelo

tempo desde 0 passado ate 0 futuro Neste projeto a constru9ao de imagens e

conhecimentos par parte do aluno

Em primeiro lugar em sala de aula cada crianca construiu urn esboco da

maquina do tempo no Paint relatando em seguida no Word a sua utiliza9ao

Em segundo lugar utilizando sucatas construiu-se em grupo a maquina do

tempo no qual fariam suas viagens pelo tempo atraves da imaginacc30

Construida a maquina as alunos partiram para a sua primeira viagem que foi

para a mundo dos dinossauros As criantas contribuiram com pesquisas e rnateriais

para construtao da rnaquete Primeiramente foi feito urn dialogo com as alunos para

verificar suas hip6teses sobre como seria 0 mundo dos dinossauros desenvolvendo

assim a sua imaginatao Em seguida os alunos desenharam no Paint 0 que haviam

imaginado

Finalizando a trabalho os alunos construiram uma maquete para me thor

representar os dinossauros

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

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SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

43

Em uma outra institui9ao Segundo informa90es de Flavia Peres (2003) a

creche escola Casa da Tia Lea situada em Sao Paulo trabalha sob a luz da

Pedagogia par Projetos Gnde

o aluno e 0 sujeito da propria aprendizagem naa sendo urn mera executor

de atividades mas muito mais co-participante

A busca de informacao pelos alunos e apenas orientada pelo professor que

nao apresenta respostas prontas

As praticas de sala de aula superam uma visao estatica e descontextualizada

apoiando-se na real bagagem de conhecimento que os alunos ja trazem e no que

de fato querem reconhecer nao dependendo 56 da escolha do adulto

A escola esta aberta a muitas relacoes com 0 exterior nao limitando 0 saber a

urn numero estatistico fixe e pre-8stabelecido de conteudos

Esta escola recebe crian9as a partir dos 6 meses (ber9ario) prolongando-se

ate a alfabetiza980 0 desenvolvimento da informatica Educativa ja vem acontecendo

ha 4 anos com a informatica aparecendo como aula extra aDs alunos desde 0

Jardim I

Como a escola trabalha com a Pedagogia por Projetos os projetos

pedagogicos sao desenvolvidos no INFOLAB (Laboratorio de Informatica) sao as

projetos de sala de aula

Esse e mesmo um dos objetivos da informatica na escola fazer uma ponte

com 0 trabalho de sala de aula aprofundando e enriquecendo projetos que la estao

sendo desenvolvidos

Conforme 0 diagrama da figura (1)

I SALA DE AULA IINFOLABH SALA DE AULAI

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

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Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

44

A escola oferece aos alunos urn Laborat6rio de informatica destin ado a

Informatica Educativa na escola (INFOLAB) onde as crian9as tem reais

oportunidades de aprender atraves de recursos como multimidia software educativD

enciclopedias em CD-ROM Desenvolvendo assim tanto conteudos de sala de aula

como raciocinio logieD matematico necessaria a construcao do conhecimento Alern

disso entram em cantata com a informatica de uma forma hJdica e prazerosa ende

a apreensao dos conhecimentos relativQs a esse saber como a denominac8o das

partes que comp6em 0 computador sua 169ica de funcionamento linguagem e

terminologia (controle de perifericos como a mouse teclacto e Qutros) as cuidados

que S8 deve ter com a maquina e todo urn primeiro reconhecimento desse

instrumento cada vez mais presente em sua vida esta se dando natural mente pelo

usa freqUente desmistificado e ligado a sua pratiea escolar

No Jardim I (4 anos) as alunos tem inicio das atividades extras de

informatica Essas aulas continuam no Jardim II e vao ate a alfabetiza9aO as alunos

tern 60 minutos de aula de informatica par semana (1hora) com no maximo dais

alunos par micro

lnicialmente ha uma dinamica com as alunos sem 0 uso do computador e urn

momenta onde a aula e introduzida a tema e discutido e planejado conjuntamente

defrnindo a que sera desenvolvido no computador um desenho urn texto urn jogo

Essa dinamica varia bastante podendo se valer de material concreto bloeos logicos

abaco livros de historia

Apos e5sa dinamica os alunos vao ao computador desenvolver deg que fOI

planejado urn desenho urn texto escrita de mensagem para a internet (mail) uma

produ9ao no LOGO uma montagem no programa de CUBOS dentre outros

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

45

Alguns exemplos de como na pratica essas aulas acontecem citando alguns

projetos ja trabalhados na escola

Projeto Higiene

Turma Jardim II

Duragao 4 Aulas

Neste projeto as crianas usaram 0 software A CASA DA FAMiLIA URSO

que desenvolve atividades de vida diaria e habitos de higiene diaria a partir da

discussaa e usa do programa par duas aulas as alunos fizeram desenhos de

materia is de limpeza eSCDva de dente pasta toalha sa bonete no programa PAINT

para ilustrar as armiuios de sua sala Montaram urn mini-banheiro no programa

PEQUENO CONSTRUTOR da LPH - Tecnologias Educacionais com divis6rias e

sugest6es curiosas para tarnar os momentos de higiene como banho e limpeza

bucal mais agradavel

Projeto Poesias

Turma Jardim II

Duraao 5 Aulas

Nesse Projeto tambem num programa da LPH -Tecnologias Educacionais

acessaram 0 QUARTO DA POESIA onde loram descobrindo as possibilidades do

mesma caracteristicas da fase romantica da Poesia e urn espaco cnde podiam

escrever seus proprios poemas nesse espalto ap6s trazerem as discussoes sabre

rimas da sal a de aula exercitaram a escrita espontanea digitando algum versinho de

autoria propria Fizeram desenho no Paint para ilustrar as poesias estudadas em

sala de aula como as da ARCA DE NOE Dando sequencia ao tema Vinicius de

Moraes acessaram 0 site oficial do poeta avaliaram 0 mesmo descobriram dad as e

viram fotos alem disso mandaram urn urecadinho aos produtores do site

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

46

reclamando a nao existencia de urn espalto infantH nem mesma das poesias

escritas para esse publico

Projeto Revista EmQuadrinho

Turma Alfabetiza~ao

Dura~ao 4 Aulas

Fa uma aspecie de oficina sabre revistas em quadrinhos anda ao final

produziram uma pequena historia no programa QUADRINHOS DA TURMA DA

MONICA Procedendo a essa produ~ao final estudaram as fun~6es dos bal6es no

LPH-HISTORIA EM QUADRINHOS criaram um personagem no Paint com 0 nome e

caracteristica e visitaram 0 site do Mauricio de Souza (site de historia em

quadrinhos)

Em Qutros projetos acontecidos durante 0 anD houve a produC80 de adesivos

palas proprias criancas com desenhos de sua auto ria montagem de objetos

usando CUBOS E BARRAS escritas de nome para organiza~ao dos projetos

Segundo informa~6es retiradas do site Colegio Sao Jose (Sao Paulo) 0

trabalho com a informatica naD S8 refere a aulas puramente macantes de utiliz8lt80

de software comerciais ou educacionais mas uma exploraCElo de sua capacitacao

integrada a educ8C80 em funC8o dela anda professores e alunos podem utilizar 0

computador como meio interdisciplinar introduzindo reeursos que desestabilizem as

praticas convencionais de educa9c3o A informatica edueativa vern aeompanhada de

uma nova dinamica em parceria com a Integrayao Curricular pois caracteriza-se

pelo acesso e troca do pensamento eientifieo desenvolvimento da autonomia e

senso critieo

As atividades baseadas em informatica educacional representam mais do que

a passagem do quadro-negro para 0 computador pois constituem um poderoso

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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72

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Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

47

instrumento de renOV81Y80 educacional que permite a afirmacao dos valores

essenciais do processo pedagogico em sintonia com as perspectivas deste milenio

(I) Jardim II a 2a Serle Familiarizar a crianca de forma natural com 0

computadof de modo que ela possa incorpora-Io ao seu ambiente de aprendizagem

e aprender com ou atraves dele

(II) 3a a 48 Serie Promover a integracao entre as disciplinas e a dominic do

computador atraves da programacao

(III) 5 a 8 Serie Proporcionar um aprendizado dos principais aplicativos

existentes no mercado de uma forma pratica e contextualizada formando individuos

capazes de utilizar da melhor forma passivel a informatica no seu dia-a-dia

Esses objetivQs sao alcancados atraves de projetos pedag6gicos

especialmente elaborados para cad a curso

53 0 COMPUTADOR COMO INSTRUMENTO PARA DIAGNOSTICO

PSICOPEDAGOGICO

A Psicopedagogia utiliza-se de diversos recursos para a realizagao do

diagn6stico em cad a uma de suas etapas Recentemente a computador comegou a

fazer parte deste conjunto de recursos utilizados Atraves de relatos apresentados

em congressos e encontros de Psicopedagogia pode-se constatar que 0

computador e aplicado nas mesmas eta pas par diferentes profissionais Oentre as

quais as preferidas sao as que se assemelham as sess5es ludicas centradas na

aprendizagem (para crian~as) e as que seriam dedicadas a complementa~ao com

provas e testes

Autores como Weiss (1997 p 30) e Oliveira (1996 p34) tam sido referancia

no uso do computador no diagnostico e ja apresentam algumas conclus5es

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

48

Criangas e adolescentes realmente mergulhavam par assim dizer no que estavam

fazendo mantendo urn nivel de ateng8o mais intense e prolongado desvencilhando-

S8 progressivamente

Camsgo a ve-Io como urn grande e inseparavel instrumento de pesquisa e

terapia junto a crian9as e adolescentes (Oliveira op cit p 149)

Nesta diregao torna-S8 fundamental a compreensao da informatica no

desenvolvimento e enriquecimento do pensamento de criang8s e adolescentes

assim como a entendimento do funcionamento afetivo que esta articulado neste

processo Assim estamos preconizando 0 usa mais amplo do computador e nao 0

restrito apenas como simples pagina de livre didatico au mesma caneta

eletr6nica

Torna-s8 fundamental que a terapeuta possa usar com seguranlta e

deficiemcia as novas instrumentos oferecidos pelo progresso constante da

tecnologia da informa9ao (Weiss opcit p127)

o computador ainda e um recurso muito pouco aplicado na clinica

Psicopedag6gica Tambem sao poucas as pesquisas acerca de sua aplicaltao neste

campo Par isso torna-se fundamental 0 estudo mais aprofundado desta materia e 0

desenvolvimento de material adequado e especifico

Analisar 0 sujeito e os fatores que fazem 0 aprendiz nao assimilar conceitos

representa investigar sua trajet6ria de vida os estimulos que a condicionam na

aprendizagem as potencialidades e habilidades desenvotvidas e a sua maneira de

lidar com a mundo

Necessita-se buscar instrumentos au recursos que nos permitam levantar

hip6teses em relalt80 a aprendizagem do sujeito e ajude a representar a sua

maneira de atuar frente as dificuldades

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

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de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

49

Vive-se num mundo globalizado em que a tecnologia avanca em nossa vida

de maneira gradativa e naD S8 buscar atualizavao em relaC8o as novas tecnologias

perderemos naD 56 a credibilidade mas tambem a interaC80 com as alunos e com 0

mundo pois a realidade deles faz parte deste cenario cheia de inov8coes e

moderniz8coes tecnol6gicas

A Psicopedagogia e a Informatica sao areas distintas porem S8 trabalhadas

juntas pod em trazer resultados incriveis 0 fator que as une e a intencionalidade na

aquisicao de novos conhecimentos Oesta forma a Informatica estara naD 56

atuando sabre a conhecimento mas possibilitando urna nova ferramenta que auxilie

na aprendizagem estimule 0 conhecimento e a criatividade e ainda possibilite

sempre uma soluyao possive 1550 mantem a crian~a entusiasmada e concentrada

por mais tempo

Esta uconcentra~ao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crian=a frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psicopedagogo conhe~a os

recursos utilizados bem como 0 material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas a

pSicomotricidade tais como percepcao lateralidade memoria coordenacc3o e ainda

a leitura e escrita e 0 raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

destes recursos cam urn simples PaintBrush pode-se trabalhar a coordenacao

motora e a organizacao espacial Ja com urn jaga de cartas trabatharn-se a

criatividade a cancentracao e a rnatematica ou seja nao ha necessidade de se ter

um arsenal de prod utes educatives 0 Werd tambem pede-ser trabalhade cem

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

50

criancas com dificuldades na escrita e outros programas de usa comum nos

computadores

o importante e estimular a imaginacao e colocar a criatividade em pratica

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

51

6 RELATa DO CAS a CLiNICO

Serao apresentados dais casas de crianlt8s sendo urn meninoABe uma

menina B S que naD estao alfabetizadas e cursarn a 1a serie do ensina fundamental

pela 2deg vez Onde a proposta de intervenlt8o sera feita com 0 auxilio do computador

61 CASO 1

as dados da historia de A B do seXQ masculino com 7 anos e 9 meses foram

concedidos pela mae

A B nao foi planejado mas quando a mae soube ficou feliz

A B nasceu de parto normal a mae fez acompanhamento pre-natal foi

arnamentado ate as 6 meses apos passou a ingerir alimentos s61idos

Com urn ano e meio teve pneumonia aos dais anos catapora com seis anos

teve apendicite no qual foi operado e ficou oito dias no hospital e dais meses sem if

a escola

Com relaltao ao desenvolvimento psicomotof andou com nove meses com

aproximadamente urn ano comeyou a falar papai e mamae Controle dos estincteres

aconteceu por volta dos dois anos

A B apresenta sono normal tala durante 0 mesmo e dorme com 0 irmao e a

irma na mesma cama

A B nao possui muitos amigos Este ficou muito triste e chateado quando

sou be que estava na primeira serie nova mente e seus colegas de classe estavam na

segunda serie

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

52

Segundo a mae ele nao brinca com nada destrei todos os brinquedos A

(mica coisa que ele gosta de brincar e imitar 0 pastor da igreja a qual frequenta e

catar 0 hino da igreja

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo mas na escola ecalmo segundo a mae de A B

Com rela((30 ao histerico escolar

Sempre estudou em escota publica par ter condiyao financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimUado os

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

As areas que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

e matematica As tarefas de casa sao auxiliadas pala mae a maioria das vezes

A B possui 2 irma e urn irmao na qual as duas irmas ja reprovaram Uma

reprovou a 2a serie do ensino fundamental e a outra a 3a serie do ensino

fundamental

Baseado nos dad os e caletas da entrevista A B foi submetida a uma avaliayao

Psicopedagogica

Segue abaixo uma sintes8 da avaliayaa de A B realizada por uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisaa da orientadora de 8stagio e por

uma psicologa

611 Avalialtao Psicopedagogica

Periodo de Avaliaao abril a junho de 2005

QUEIXA

Dificuldade na leitura e escrita e em matematica

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

53

A 8 apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restriC80 e timidez em determinado momento apresentou condutas

evitativas nas atividades que exigissem muito empenho ah~mde deixar de realizar

algumas atividades Prefere atividades hjdicas Percebeu-se comportamento de

OpOSiC80 Desafia 0 examinador em determinados momentos Apresenta dificuldade

de concentraC80 e compreensao das ordens do examinador

A B foi submetido a uma avalia9aO psicopedag6gica on de foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academicas Forma utilizados testes

forma is informais e observac6es e as resultados encontrados estao abaixo

elencados

A) AREA DA lINGUAGEM ORAl

Expressa-se algumas vezes de maneira naD muito clara Apresenta

pensamento incoerente algumas vezes Sa be transmitir recados breves

B ) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen AB nao apresentou altera90es

mas apresenta postura inadequada na leitura aproximando-se mUlto do texto ou

livre

No teste de Audibiliza9ao A B teve resultado abaixo do esperado para sua

idade enquadrando-se no Grupo Inferior Apresentou dificuldade na discriminaCao

fonematica memoria de dfgitos e relatos Nao possui organizaCao sintatica-

semantica Porem identifica adequadamente objetos e situacoes

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

54

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor A B demonstra executar rnovimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo NaG saba reproduzir

estruturas ritmicas Nao identifiea lateralidade em si e no Qutro Apresenta

predominancia lateral destra para maDS e pes e sinistra para olho

A avaliaC8o do desenvolvimento visomotor revel a que AS encontra-se abaixo

do esperado para a sua idade cronol6gica Denota dificuldade de atencao e rna

coordenacao tina Apresentou como indicadores emocionais a falta de interesse a

impulsividade e a falta de concentraltao indicativos relevantes de baixo rendimento

escolar

0) AREA COGNITIVA

Nas provas do Diagn6stico Operat6rio A B fo avaliado nas estruturas de

conservaC8o classificacao quantificacao e seriacao Foi percebido que A B

encontra-se no periodo pre-operat6rio mostrando-se imaturo cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACAOEMICA

AB esta em processo de alfabetizacao Discrimina cores tamanhos e

posicoes Nao discrimina formas nao domina conceitos basicos de tempo e espaco

Reconhece numeros de 0 a 10 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver operacoes fundamentais e na interpretacao de problemas

Identifica as vogais e consoantes e realiza leitura de silabas

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

55

A produ9ao da escrita apresenta uma letra legivel com grande dificuldade na

grafia nao realiza a construyaO da escrita ate 0 momento Consegue interpretar

figuras

Na linguagem escrita e leltura A B tem um desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemciaApresenta defasagem de conteudos

F)AREA INTELECTUALA avalia9ao do potencial de aprendizagem revela que A B encontra-se dentro

da media esperada para sua faixa etaria e nivel de experiencia

Obteve exito em situa90es problemas que avaliam gestalt (percep98o do

tOdo) inseryaOem serle e numa serie em duas direc5es

Opera de forma desordenada e impulsivamente nao analisa e nem justifica

suas respostas Apresentou tendencia a cometer erros grosseiros devido

principalmente pela falta de aten9ao e desinteresse pela atividade onde observou-

se que suas respostas eram dadas de forma aleatoria sem nenhum criterio de

analise

G) AREA EMOCIONALA avaliaCao do desenvolvimento emocional evidenciou que A B vern

apresentando evolucaoemocional normal no seu processo de identidade

Percebe a figura materna como companheira e aquela pessoa que estabelece

limites porem denota muita dependencia a esta nao tendo conseguido adqulrir a sua

autonomia Utiliza estrategias emocionais para manipular 0 meio em que vive

recebendo muito mais do que doando-s8 a este ambiente revelando a sua total

dependemciaas pessoas que estao ao seu lado

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

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PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

56

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que A B apresenta uma imaturidade

cognitiva e consequentemente defasagem de contelidos academicos Percebeu-se a

falta de estimula980 ambiental

E importante salientar que A B apresenta potencial para se desenvolver

porem isto Qcorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulaC8o for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull OrientaC80 familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade ao acompanhamento Psicopedagogico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recursos para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivos e academicos

612 Proposta de Intervenltao

Antes de realizar a intervenC8o com a computador fo trabalhado com A B

durante 20 dias com orienta~flode direita e esquerda com bloeas 16gicas as

momentos do dia com domino e com as vagais e a abecedario

Pelo relato da professora AB apresentou pouca mudan9a no quadro geral

de aprendizagem

Foi realizada a proposta de interven9f10 com a computador durante duas

semanas todos as dias durante uma hora

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

57

A escola na qual foi realizado 0 estagio tinha dois computadores no

laboratorio de informatica mas naD funcionavam fai necessaria levar todos os dias 0

computador pessoal ate a escola Nao foi passive I usar as programas planejados

Foi trabalhado comWord e paint

1degdia

AB nunca tinha vista urn computador de perto antes 56 ouviu falar Houve a

necessidade de ensina-Ie pegar no mouse e no teclade A principia batia tanto no

mouse que toi melhor trabalhar com 0 computador desligado Assim foi com 0

mouse e teclado durante uma hara

2degdia

Fai tentado trabalhar com 0 computador ligado mas AS ainda naD

conseguiu responder de acordo com 0 esperado assim mais uma vez fol trabalhado

com 0 mouse e teclade

3deg dia

o eomputador foi ligado e A B trabalhou um poueo no programa do Paint no

qual fez alguns rabiscos com muita dificuldade

4degdia

Foi trabalhado com as vogais no Word e 0 abecedario Mesmo com muita

dificuldade AS conseguiu digitar todas as vogais e 0 abecedario ate 0 J

SOdia

Foi trabalhado no Word AB eonseguiu digitar todo 0 abeeedario mesmo com

muita difieuldade no teelado

6degdia

Come=ou a digitar mais devagar e melhorou um pouco a coordena9ao com 0

mouse e teelado utilizou 0 Paint e 0 Word Comegou a digitar algumas silabas

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

58

como wban be bi bo bu e palavras simples como bola bala e tambem

rabiscos no paint

7deg dia

Foi trabalhado no paint no qual AS fez alguns desenhos e no Word no qual

digitou as consoante c - ca ce ci co cu e algumas palavras simples como

beea boca e Qutras

BOdia

Foi trabalhado com a consoante d e alguns palavras com d dado dedo

e Qutras

gO dia

A B esta interagindo melhor com 0 teclado e mouse digitou no Word a

consoante f fa fe fi fa fu e algumas palavras que comecam com f faca

foca e outras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com AB a consoante g ga gegi go gu e algumas

palavras que comecam com a letra g

62 CAS a 2

as dados da historia de B S do sexo feminino de 8 anos e 5 meses fcram

concedidos pel a mae

SS nao foi planejada a mae realizou varias tentativas de aborto

BS A mae fez acompanhamento pre-natal s6 nos ultimos meses A gravidez

foi mUlto eonturbada segundo a mae BS naseeu de parto normal a erianlta naseeu

eian6tiea fieou internada 6 dias na ineubadora e foi para easa Depois de tres dias

voltou ao hospital fieou rna is ou menos duas semanas internada pois nao conseguia

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

59

f1ear acordada devido aas remedios que a mae tomou na gravidez a mae safria dos

nervos e tomava diasepan durante a ge5ta980 BS 56 tomou mamadeira pais

crian98 nao podia mamar nos seios devido aos remedios que a mae tomaV8

A mae nao se lembra das doenas infantis que BS tinha pois esta passou

maior tempo internada e nao ficou muito com BS S6 lembra que BS quando estava

na creche ficou afastada par urn mes com suspeita de meningite

Com relagao ao desenvolvimento pSicomotor andou com 9 meses 0 resto ela

naD S8 lembra naD sou be responder 0 controle dos esfincteres aconteceu na

creche Mae naD soube responder com que idade

B S apresenta sono normal fala durante a mesmo e dorme com a irma na

mesma cama

8S nao passui muitos amigos 56 as amiguinhos da eseela Ela brinea

sozinha 0 tempo todo nao tern paciencia para fiear parada brincando com uma coisa

so sempre esta mudando de brincadeira BS e muito caprichosa com suas coisas

adora cuidar da casa e limpar

Seu comportamento em casa e muitas vezes agressivo Ja na escola mae

nao sabe

Com relag80 ao historico escolar sempre estudou em escola publica por ter

condig80 financeira precaria

Atualmente cursa a 1a serie pela segunda vez por nao ter assimilado as

conteudos necessarios para a passagem para a serie seguinte

A area que apresenta maior dificuldade na aprendizagem lingua portuguesa

As tarefas de casa sao auxiliadas pelo pai a maioria das vezes porque a mae nao

tem paciemcia

60

BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

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BS Passui 1 irmao e uma irma na qual a irma ja reprovou 3 vezes a 3a serie

do ensine fundamental

Baseado nos dados e caletas da entrevista 8S fo submetida a uma avaJiaC8o

psicopedag6gica

Segue abaixo uma sintese da avaIi8Cc3o de 8S realizada par uma pedagog a

e estagiaria de Psicopedagogia com supervisao da orientadora de estagio e par

uma psicologa

621 Avalia9ao Psicopedag6gica

Periodo de Avalia9ao Abril a maio de 2005

QUEIXA

Oificuldade na Isitura e escrita

8S apresentou-se saudavel e com vestimentas e higiene adequadas

Interagiu com restrig80 e timidez e em determinados momentos apresentou conduta

evitativa nas atividades que exigissem muito empenho mas naD deixou de realizar

prefere as atividades ludicas Percebeu-se postura de oposilt2Io Mostrou-se

ansiosa

BS foi submetida a uma avaliayao psicopedag6gica onde foram analisadas

as areas sensoriais motoras cognitivas e academcas Foram utilizados testes

formais informais e observalt6es e os resultados encontrados estao abaixo

elencados

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

61

A) AREA DA LlNGUAGEM ORAL

Expressa-se oralmente de maneira clara Apresenta pensamento coerente e

sabe transmitir recades curtos

B) AREA SENSORIAL

Na Escala de Acuidade Visual de Snellen BS nao apresenta altera~5es

Em relayao a discriminayao auditiva as resultados do Teste de Audibiliz8yao

demonstram que a educanda insere-se no Grupo Media Inferior apresenta

linguagem adequada para idade realiza discriminay80 fonematica pOfem apresenta

dificuldade de mem6ria em atividades que envolvem frases digitos e relatos

Identifica objetos e situa~5es

C) AREA MOTORA

Atraves do Exame Motor BS demonstra executar movimentos globais

dinamicos Reconhecem as principais partes do corpo Nao sabe reproduzir

estruturas ritmicas e tern dificuldade na manuteny80 no equilibrio Nao ldentifica

lateralidade em si e no outro Apresenta predominancia lateral destra para maos

olhos e pes

A avaliacao do desenvolvimento visomotor revela que BS encontra-se

discretamente abaixo do esperado para sua idade cronologica Denota dificuldades

na percepcaovisual e na perceplt8ode detalhes 0 que acarreta deficit na integraC8o

perceptiva

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

62

D) AREA COGNITIVA

Nas provas do diagnostico operatorio 8S foi avaliada nas estruturas de

conservagao classificagao quantificagao e seriagao Foi percebido que BS

encontra-se no periodo pre-operatorio mostrando-se imatura cognitivamente para

sua idade

E) AREA ACADEMICA

88 esta em processo de alfabetizac8o Discrimina cores tamanhos e

posic6es Nao discrimina formas Nao domina conceitos basi GaS de tempo e esp8Yo

Reconhece numeras de 0 a 99 e os associa a quantidade Tern dificuldade em

resolver as operac6es fundamentais 56 sabe resolver contas de aditrao e subtracao

simples Apresenta dificuldade na interpretagao de problemas Consegue ler

algumas silabas das palavras

Produgao escrita apresenta uma letra leglvel com grande dificuldade na

gratia naD realiza a construcao da escrita ate 0 presente momento Reconhece a

alfabeto e algumas silabas simples Con segue interpretar figuras e textos lidos pel a

examinadora

Na linguagem escrita e leitura BS tern urn desempenho abaixo do esperado

para a serie em vigemcia Apresenta defasagem de conteudos

F) AREA INTELECTUAL

A avalia980 do potencial de aprendizagem revela que BS encontra-se acima

da media esperada para sua faixa eta ria e nivel de experiencia

Obteve exito em situagoes problemas que avaliam gestalt (percepgao do

todo) integragao em duas diregoes progressao de figuras insergao em serie e em

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

63

duas direc6es rotaryao inte9ra980 gestaltica e simetria Sua maior dificuldade esta

na abstracao real

Opera de forma ordenada e sistematica e tranquila justifica suas respostas

com coeremcia Trabalha de modo dedutivD examinando e indo de encontro a

solucao Raciocina e trabalha com itens 16gicos fazendo juizo sabre as mesmos

G) AREA EMOCIONAL

Durante todo 0 processo de avaliacao evidenciou-se que BS apresenta

evolucao normal em seu processo de identidade condizente com as experiencias

socia is e emocionais vivenciadas

No que S8 refere a relacionamentos constatou-se aspectos de autodefesa

como timidez e retraimento no relacionamento interpessoal levando-a ao isolamento

emocional e afastamento destes contatos Evidenciou tambem a necessidade de

afeto e aprovacao de outras pessoas e tambem de criancas no ambito social e de

lazer

Demonstrou comportamentos de passividade com atitudes de expectativa

diante da vida com tendencia a esperar as coisas acontecerem sem 0 seu

envolvimento proprio

PARECER DIAGNOSTICO

Atraves dos resultados obtidos conclui-se que a 6S apresenta imaturidade

cognitiva e conseqGentemente defasagem dos conteudos academicos Percebeu-se

falta de estimulaBo ambiental

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

64

E importante salientar que BS apresenta potencial para desenvolver-se

porem ista ocorrera de maneira natural e saudavel S8 a estimulatao for adequada e

constante

ENCAMINHAMENTOS

Sugere-se

bull Orientacao familiar para adequaC8o dos papeis e desenvolvimento no

aspecto emocional

bull Continuidade aD acompanhamento Psicopedag6gico para estabelecer urn

ritmo de aprendizagem que possa faze-Io amadurecer

bull Frequencia na sala de recurses para ser estimulado e poder desenvolver-se

nos aspectos cognitivQs e academicos

622 Proposta de Intervencao

Foi trabalhado com BS durante 20 dias com orienla98o de direita e esquerda

com bloeDs logicos as momentos do dia e com domino e vogais e 0 Abecedario

De acordo como relato da professora regente

Foi realizada urna proposta de intervengao com 0 auxilio do computador

durante duas semanas todos os dias durante uma hora

1degdia

BS nao conhecia urn computador nao sabia pegar nem no mouse e no

teclado Par isso foi necessaria trabalhar com a computador desligado

2degdia

Foi trabalhado com 0 mouse e 0 leclado com 0 computador desligado

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

65

3degdia

o computador loi ligado onde BS trabalhou no programa do Paint que e um

programa de desenho no qual realizou apenas rabiscos

4degdia

Foi trabalhado no Word as vogais Ela digitou as vogais maiusculas e

minusculas ja apresentando uma boa interaC80 com 0 mouseTambem digitou 0

abecedario ate 0 M

SOdia

Foi trabalhado no Word 0 abecedario todo e algumas silabas simples com

ba be bi bo bu

6degdia

No Word BS digitou algumas palavras que come~a com a letra c Cabo

cama e outras E tambem utilizou 0 programa paint no qual lez alguns desenhos

7degdia

Foi trabalhado no Word os numeros de 0 a 99

SOdia

Foi trabalhado noWord a consoante d - da de di do du e algumas

palavras que comecam com d como dado dia e Qutras

gOdia

Foi trabalhado no Word a consoante of - Ia Ie Ii 10 Iu e algumas

palavras que comecasse com f como faca toea e Qutras

10deg dia e ultimo

Foi trabalhado com a consoante g- ga ge gi go gu

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

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PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

66

Pode-S8 perceber que a computador ajuda a criantya com dificuldade de

aprendizagem mesma naD trabalhando com software educativQ adequado ate

mesma urn simples programa com Word e Paint

Tudo esta condicionado a criatividade do professor e do Psicopedagogo 0

importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade e em pratica salientar

que esses programas sejam interativos e que promovam uma estimula9Bo cognitiva

AS e BS nao S8 interessavam muito nas atividades simples propostas ja

quando comectaram a trabalhar com 0 computador via-s8 neles urn grande interesse

e pareciam muito motivados no que estavam fazendo

Conclui-se que uma atividade no computador ajuda muito a crianta com

dificuldade de aprendizagem como toda tecnologia a introdulao dos computadores

na educa~ao apresenta aspectos positiv~s e negativos Para que uma institui~ao

introduza a informatica no ensino e preciso ter em primeiro lugar um plano

pedagogico onde serao discutidos os objetivos de sua utilizayao como ferramenta

educativa e a escolha do software educativo que possa ser usado para ajudar a

atingir mais facil e eficientemente os objetivos educacionais nao deixando portanto

que 0 computador se tome um brinquedo

A escela precisa de profissionais capadtados dispostos a encarar esse novo

para metro que e a informatica no tratamento da dificuldade de aprendizagern pais

nao faz senlido de que algum dia 0 professor seja substituido por computadores E

necessaria entao que haja uma integrayaa entre 0 ambiente escolar e 0 corpo

docente e profissionais atins desenvolvendo assim a sociabilidade dos alunos e

que os profissionais estejam familiarizados com a tecnolagia

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

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computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

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destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

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REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

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PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

67

Porem sem as restantes elementos que constituem 0 circulo escolar -

professores Psi coped agog as equipamentos novas atitudes de ensina - nao valera6

de nada esses programas

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

68

CONCLUSAO

Vive-S9 num mundo globalizado em que a tecnologia avanca de maneira

gradativa 0 fata de naD S8 busear atualiz8lt80 em relaC8o as novas tecnologias

leva a perda da credibilidade mas tambem a interacao com as alunos e com 0

mundo pais a realidade deles faz parte deste cenario cheio de inovac6es e

moderniz890es tecnol6gicas

Por isso no papel de Pedagoga e futura Psicopedagoga foram realizados

dois estudos de casas em uma escola publica de Guaratuba Parana com duas

crianC8S sendo um menino ABe uma menina BS que estao na 1a serie do ensina

fundamental e sao repetentes que ainda nao estao alfabetizados

A partir da avaliacao Psicopedagogica foi utilizado 0 computador como

instrumento de intervencao no processo de ensina aprendizagem

Infelizmente par poueos reeursos fisieos e finaneeiros a eseoa em questao

tern urn laborat6rio de informatica precario com dois eomputadores que nao

funeionam

o computador pessoal foi transportado ate a eseola com 0 intuito de realizar

o processo eorretor Este foi urn dos fatos que contribuirarn para que a intervenltao

nao fosse realizada a contento foi desenvolvida pareialmente nao chegando ao

resultado esperado 0 Transporte tornou-se dificil no decorrer do processo e nao

havia na eseola local adequado para 0 armazenarnento do aparelho Foi possive

perceber tambem grande pressao por parte da dire9ao da docente e das maes das

erianltas envolvidas na busca de urn resutado rapido e faci E necessario

esclarecer que 0 cornputador e urn instrurnento que viabiliza 0 pensarnento de outra

forma a que as canteudas sao trabalhados em sala Ele favorece mais estimula98a

se associado a urna metodologia adequada em sala porern acreditar que 0

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

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REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

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PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

69

computador ira dispensar 0 trabalho e envolvimento das pessoas e uma mentiraAte

cnde foi passivel reahzar a intervenyao e concluir que tanto ABe 8S tiveram urn

grande desenvolvimento notando-s8 urn grande interesse e motivayao quando S8

fala em computador

Conforme 0 relato dos pais da professora da sala e da escola conclui-se

que ABe 8S tiveram urn grande interesse e motivayao em casa pel a tarefa e na

sala de aula pel a atividades proposta pela professora

Porem sem os elementos que constituem 0 currIcula escolar como

professores profissionais da area da educayao equipamento novas atitudes de

ensina naD valerao nada qualquer programa utilizado

Atraves desse estudo pode S8 concluir que a Psicopedagogia e a Informatica

sao areas distintas param se trabalhadas juntas podem trazer resultados incriveis

o fator que as une e a intencionalidade na aquisitao de novos conhecimentos

oesta forma a Informatica estara nao so atuando sobre 0 conhecimento mas

possibilitando uma nova ferramenta que auxilie na aprendizagem estimule 0

conhecimento e a criatividade e ainda possibilite sempre uma sOlutao possive Isso

mantem a crianta entusiasmada e concentrada por mais tempo

Esta concentratao ou as atitudes e as habilidades apresentadas pela

crianta frente a maquina sao fatores que facilitam 0 Psicopedagogo a chegar em

um diagnostico

Para se obterem resultados e importante que 0 Psi coped agog 0 conheta os

recursos utilizados bem como a material adequado para suas sess6es

Atraves de softwares educativos e possivel trabalhar quest6es relacionadas apsicomotricidade tais como perceptao lateralidade mem6ria coordenatao e ainda

a leitura e escrita e a raciocinio logico-matematico Mas se nao for passivel usufruir

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

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REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

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PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

70

destes recursos com um simples PaintBrush pade-s8 trabalhar a coordena980

motora e a organizag8o espacial Ja com urn jog a de cartas trabalham-se a

criatividade a concentra980 e a matematica au seja naD ha necessidade de S8 tsr

urn arsenal de produtos educatives 0 Werd tambem pode-ser trabalhado com

crian98s com dificuldades na escrita e outros programas de uso comum nos

computadores

o importante e estimular a imagina980 e colocar a criatividade em pratic8

71

REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

72

PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

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REFERENCIAS

ALMEIDA Fernando J JUNIOR Fernando M F Aprendendo com projetosCole9ao Informatica para a Mudan9a na Educa9ao Ministerio da Educa9aoSecreta ria de Educa9ao a Distancia Programa Nacional de Informatica naEduca9ao1999ALMEIDA Fernando J Educaao e informatica os computadores na escola SaoPaulo Cortez Autores Associados 1987 (cole9ao polemicas do nosso tempo 19)BARBOSA L M S 0 projeto de trobalho uma forma de atuaao psicopedag6gicaCuritiba Mont 1998BOSSA N A OLIVEIRA VB ( orgs) Avaliaao Psicopedagogica da criana de 0 a6 anos 8 ed Petr6polis Rio de Janeiro vozes 1999COLEGIO sAo JOSE Curso de Informatica Disponivel em httpWINWcsjorgbrapoioasp Acessa em 24 maio 2003FAGUNDES Lea C et al Aprendizes do Futuro as inova90es come9aram ColeqaoInformatica para a Mudanca na Educacao Ministerio da Educacao Secretaria daEducaqao a Distancia Programa Nacional de Informatica na Educa9ao 1999---- A inteligencia Coletiva - a inteligencia distribuida Patio Revistapedagogica lnteligencia dimensoes e perspectivas v1 n 1 P 14-17 maiojunho1997FLAVIA Peres Pedagogia par projetos In Creche escola Casa Tia Lea 2003Disponivel emhttpwww2insoftsoftexbr-scie1999IinformaticaensinofundamentalAcesso em 15 junho 2003FERNANDEZ Alicia A Inteligencia Aprisionada Abordagem Psicopedag6gicaClinica da Crian9a e Sua Familia Porto Alegre Artmed Editora 1991 InformaticaEducativaDisponivel em httpwwwpedagobrasilcombr Acesso em 12 de marqode 2005FRANCO Rosane C M B Ensaio sobre as tecnoogias digitais da inteligenciaCampinas Papirus 1997LEIF J e BRUNELLE L 0 jogo pelo jogo Rio de Janeiro Zahar 1978MACEDO L a Interdisciplina na psicopedagogia in Scoz e alii PSicopedagogia - 0carater interdisciplinar na formaqao e atuaao do profissional Porto Alegre ArtesMedicas 1987MERCADO LUIS P - Novas tecnologias na educaqao Refiexi5essobre a prfltica -Macei6 EDUFAL 2002MERY J Pedagogia Curativa Escolar e psicamllise Porto Alegre artes medicas1985OLIVEIRA Vera S B Informatica em Psicopedagogia Sao Paulo SENAC 1996

de Informatica em Psicopedagogia 2 ediao Sao PauloEditoraSENAC1999Piaget Disponivel em wwwpsicopedagogiahpgigcombrpiagethtm Acesso em29 de mar90 de 2005OLIVEIRA Vera Barros de amp FISCHER M Clara A microinformatica comoinstrumento da construao simMlica Informatica em Psicopedagogia Ed SENAC-Sao Paulo 1996 p148 - 164PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 5a a8a series 1999

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PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

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WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997

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PAPERT Seymour A maquina das crianqas Repensando a escola na era dainformatica Porto Alegre Artes Medicas 1994PIAGET J ampInhelder B - Da 16gicada crianqa a 16gica do adolescente Rio deJaneiro ZAHAR 1974==-__ A representaqao do mundo na crianqa Porto Alegre Artes Medicas1993PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal deEducaao (2003) Computadores nas Escolas Publicas Disponivel emhttpwwwmultiriorjgovbrcimece04ce44022html Acesso em 14 de maro2005RIZZI Leonor e HAYDT Regina Celia Atividades ludicas na educaao da crianaEd Atica 6 ediao Serie Educaao 1997ROCHA Ana Regina Cavalcanti de et alii Avaliaqao da Qualidade do SoftwareOficinas de Informatica na Educaqilo COPPE - UFRJ 1991SAMPAIO S Psicopedagogia Disponivel emhttpwwwgeocitiesyahoocombr Psicopedagogia Acessado em 2 de abril de 2005VALENTE JOSE Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 16 de marIo de 2005------ A Visao analitica da informatica na educ8980 no Brasil A questaoda formaao do professor Revista Brasileira de Informatica na EducaaoFlorianopolis SSC 1998 p 15-16

Criatividade e tecnologia invadem a sala de aula Disponivel emhttpwwunccdr-rct-scbr-bmarapag4htm Acesso em 12 de janeiro de 2005VYGOTSQY L - Uma proposta histerica cultural da educaqao Petropolis Vozes1995VygotskyanahttpwwwpedagogiabrasilcombrlpedagogiaotrabalhopsicopedagogicohtmAcesso13 margo de 2005VICENZO Jose P Parana e 0 pioneiro na utilizaqao de projetos educativo Gazetado povo Curitiba 9 de outubro de 1997VISCA Jorge Clinica Psicopedagogica - epistemologia convergente Porto AlegreArtes Medicas 1987

Psicopedagogia novas contribuiqaes Rio de Janeiro Novafronteira 1991

SANCHO Juana M Para uma tecnologia educacional Porto Alegre ARTMED1998

WEISS M L L A PSicopedagogia clinica uma visao diagnestica dos problemas deaprendlZagem escolar Rio de Janeiro DPampA 1997