Qualidade ilumínica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE TECNOLOGIA – CT CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO JAQUELINE ROSTIROLLA ADAMES LAIANY SOUSA MARIANA DALTRO LEITE MEDEIROS PROJETO DE PESQUISA: A ADEQUAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NAS SALAS DE AULA DE ACORDO COM O USO.

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Este trabalho trata do conforto luminoso das salas do CTH 101 e CTJ 101 da Universidade Federal da Paraíba - João Pessoa - PB

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA – CT

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

JAQUELINE ROSTIROLLA ADAMES

LAIANY SOUSA

MARIANA DALTRO LEITE MEDEIROS

PROJETO DE PESQUISA: A ADEQUAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NAS

SALAS DE AULA DE ACORDO COM O USO.

JOÃO PESSOA – PB

2014

JAQUELINE ROSTIROLLA ADAMES

LAIANY FERREIRA DE SOUSA

MARIANA DALTRO LEITE MEDEIROS

PROJETO DE PESQUISA: A ADEQUAÇÃO DA ILUMINAÇÃO NAS

SALAS DE AULA DE ACORDO COM O USO.

Projeto de pesquisa apresentado ao

Prof.Antônio Franscisco, pela disciplina

de Pesquisa Aplicada a Arquitetura e

Urbanismo do Curso de Arquitetura e

Urbanismo da Universidade Federal da

Paraíba.

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JOÃO PESSOA – PB

2014

SUMÁRIO

1. Introdução ................................................................................. 4

1.1 Problema ............................................................................ 4

1.2 Objetivo Geral .................................................................... 4

1.3 Objetivos Específicos ...................................................... 4

2. Justificativa ............................................................................... 5

3. Referencial Teórico ................................................................... 5

4. Objeto de Estudo ...................................................................... 8

5. Metodologia .............................................................................. 9

6. Desenvolvimento ...................................................................... 10

6.1 Pesquisa de campo ......................................................... 10

6.1.1Questionário .................................................................... 10

6.1.2 Estrutura física das salas ................................................ 11

6.1.3 Índice de iluminância das salas CTH 101 e CTJ 101 13

7. Análise ...................................................................................... 14

7.1 Quantitativa ...................................................................... 14

7.2 Qualitativa ........................................................................ 15

8 Considerações finais ................................................................. 16

9 Referências Bibliográficas ........................................................ 17

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1. Introdução

Esse trabalho trás a discussão sobre a adequação e o conforto luminoso

relativo às aulas ministradas nas salas CTH 101 e CTJ 101 da Universidade

Federal da Paraíba (UFPB), a fim de identificar os eventuais problemas que

incentivaram essa pesquisa, bem como a possibilidade de mudança das aulas de

algumas disciplinas para salas mais adequadas, ou ainda, identificar necessidade

de alguma intervenção.

1.1 Problema

As salas utilizadas pelos alunos de arquitetura são adequadas às aulas

realizadas nelas?

1.2 Objetivo geral

Analisar a adequação do conforto luminoso das aulas ministradas em

determinadas salas de aula do curso de arquitetura da UFPB.

1.2 Objetivos Específicos

Analisar os espaços físicos das salas da UFPB, observando o grau de

intensidade e qualidade luminosa.

Analisar a relação entre a luminosidade e o uso dos ambientes de

aprendizagem.

Apontar as melhorias no conforto considerando a incidência lumínica nas

salas estudadas.

Elencar eventuais problemas encontrados e suas possíveis soluções.

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2. Justificativa

A iluminação é uma das condições básicas de conforto não só no processo

do ensino acadêmico, mas em qualquer ambiente de trabalho que se produza algo.

Dessa forma, essa condição deve ser adequada, sem gerar ofuscamentos,

sombras e contrates, de modo a contribuir de forma positiva no desempenho das

atividades desenvolvidas.

SCHMID (2005) ressalta que a visão representa, possivelmente, a mais

importante fonte de contato do ser humano com o ambiente que o rodeia, e a

principal forma de percepção das informações.

Vê-se, dessa maneira, que as condições de conforto de vários ambientes de

trabalho não atendem às necessidades específicas do uso do local, principalmente

no que se refere ao bem-estar do estudante. Tal fato identifica que uma má

iluminação local pode gerar desconfortos físicos e psíquicos, prejudicando assim o

rendimento do aluno, principalmente, quando se refere aos trabalhos práticos tão

precisos que são necessários produzir nas aulas de Arquitetura e Urbanismo.

3. Referencial Teórico

A iluminação é muito importante para o rendimento de um trabalho, estudo

ou qualquer tipo de atividade produtiva. Existem dois tipos de iluminação: a artificial

e a natural - ambas necessitam estar em adequação ao uso do espaço para

obtenção de um bom rendimento. Segundo GRANDJEAN (1998) a iluminação

adequada é refletida na saúde e produtividade das pessoas. Logo, pode-se

observar que é necessário possuir uma boa visibilidade para uma boa produção.

Desse modo, ILDA (2005) ressalta também que o correto planejamento da

iluminação contribui para aumentar a satisfação no trabalho, melhorar a

produtividade e reduzir a fadiga e os acidentes.

Um bom sistema de iluminação deve assegurar níveis de luminosidade que

mantenham o conforto visual garantindo o contraste adequado à tarefa a ser

realizada e o controle dos ofuscamentos. Uma inadequação deste sistema poderá

acarretar em danos a saúde visual (estresse visual) das pessoas no ambiente e

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uma piora para os que apresentam problemas de visão.

Resultados de uma pesquisa dos estudantes de Engenharia de Produção/

UFCG 2012 demonstra que o nível de iluminamento de determinado ambiente

interfere diretamente no mecanismo fisiológico da visão e também na musculatura

que comanda os movimentos dos olhos. Uma iluminação inadequada provoca

brilhos e ofuscamentos e pode levar a uma fadiga visual, provocando desconforto e

tensão. Os sintomas da fadiga visual são: olhos avermelhados e lacrimejando,

aumenta a frequência do piscar, a imagem pode perder a nitidez ou se duplicar e

em grau mais avançado ela provoca dores de cabeça, náuseas, depressão e

irritabilidade emocional.

DUL & WEERDMEESTER (1995), ressalta que a intensidade da luz que

incide sobre a superfície de trabalho deve ser suficiente para garantir uma boa

visibilidade. “A iluminância pode estar diretamente ligada a intensidade da luz, é

medida em lux (lúmens por m²), representa a curva de resposta do olho humano à

radiação solar incidente.” (FIORIN,2006).

Todo ambiente deve contar com a iluminação artificial, além da iluminação

natural. Isto é a condição necessária ao conforto ambiental de qualquer local.

O ambiente tem que ser projetado de forma a ser iluminado totalmente, propiciando

melhores condições de luminosidade em um ambiente mal iluminado de acordo.

Em contrapartida é de suma importância otimizar o uso da iluminação

natural no espaço. Segundo FIORIN(2006) a otimização do consumo de energia é

um dos atuais desafios enfrentados pela sociedade moderna, devido à crescente

escassez dos recursos naturais que, muito provavelmente, trará impactos para as

gerações futuras. O uso da energia pela sociedade moderna responde por uma

série de impactos ambientais. Uma das formas de minimizar o consumo de energia

elétrica e combustíveis é o melhor aproveitamento da iluminância natural. Dessa

maneira, com base em um artigo do Portal da Educação, algumas estratégias para

se conseguir uma boa iluminação natural consistem na análise da localização,

forma e dimensões das aberturas, estudo da geometria e das cores das superfícies

internas, conhecimento de características térmicas e luminosas dos materiais

translúcidos utilizados, entre outros.

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Independentemente do uso da luz natural ou artificial é necessário estar

atento que existe uma condição para o conforto luminoso em um ambiente de

trabalho de acordo com a tabela:

USO DOS LOCAIS DE TRABALHO ILUMINÂNCIA (LUX)

Locais onde não se realizem atividade

de trabalho.100 a 150 lux

Atividades visuais simples, que não

exigem muito esforço.250 a 500 lux

Atividades que exigem observação de

detalhes médios e finos.500 a 1000 lux

Tarefas visuais continuas e precisas. 1000 a 2’00 lux

Trabalho visual muito preciso, exigindo

grandes esforços.Mais de 2000 lux

Tabela 1 – Uso dos locais de trabalho de acordo com a quantidade de lux necessária.

(Fonte: Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem)

Foi constatado em uma pesquisa acadêmica em grupo da Universidade

Federal do Mato Grosso que é necessário um conforto luminoso nos ambientes de

ensino-aprendizagem. Desse modo, o artigo conclui que a maioria dos ambientes

não possui uma luminosidade adequada como é o caso da Escola Estadual João

Brienne de Camargo do Mato Grosso interferindo diretamente no rendimento

escolar dos alunos que se sentiam desconfortáveis diante da falta de um lugar

adequado para execução das tarefas na qual foi estudada.

Para SCHMID (2005) o conforto lumínico pode ser resumido aos ajustes dos

níveis absolutos e relativos de brilho das coisas ao propósito que temos para os

ambientes, onde as fontes de luz servem para iluminarem os objetos e não para

serem vistas. Desse modo, procuramos ver sem ferir os olhos e sem sofrer

estresse, e ver mais daquilo que cada tarefa nos pede e menos daquilo que nos

desvia a atenção da tarefa.

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4. Objeto de Estudo

O objeto de estudo desse projeto de pesquisa serão mais específicos para

os estudantes de arquitetura, os quais utilizam salas tanto do CTH como do CTJ.

Para isso escolhemos as salas 101 do CTH e 101 do CTJ que ficam na

Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

O CTH foi projetado justamente para atender as necessidades de conforto

básico, inclusive otimizar a iluminação natural. Porém, a iluminação natural não é

suficiente para as atividades de desenho, já que é necessária a utilização de toda a

iluminação artificial disponível.

Já o CTJ foi construído recentemente e aparentemente possui melhores

condições de conforto luminoso, porém não há ocorrência de aulas práticas de

desenho nas suas salas.

Tal utilização de salas gera uma contradição na otimização do uso dos espaços

citados.

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Locais onde o projeto de pesquisa será realizado – mapa UFPB editado por Mariana Daltro.

CTJ – 101(arquivo pessoal Jaqueline Adames) CTH – 101(arquivo pessoal Jaqueline adames)

5. Metodologia

Este projeto de pesquisa tem como objetivo avaliar os níveis de iluminação

das salas estudadas. Para isso, a sala 101 do CTH e 101 do CTJ foram escolhidas

como objeto de estudo devido à vivência dos estudantes e constatação da

inadequação do conforto luminoso dessas salas para as disciplinas ministradas.

Esse projeto será dividido em algumas etapas:

a) Pesquisa bibliográfica para desenvolver parâmetros para a pesquisa.

b) Haverá uma pesquisa com os alunos que estudam ou já estudaram nas duas

salas (CTH 101 e CTJ 101) para identificar as dificuldades visuais devido a

iluminação.

c) Serão realizadas medições nas salas utilizando um luximetro (medidor de lux) no

período da manhã e da tarde em condições climáticas diferentes.

d) As salas do CTH e CTJ escolhidas passarão por uma análise física e estrutural

para percebermos o que pode estar influenciando na incidência da luz nas salas.

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e) Os dados obtidos durante a pesquisa serão organizados e analisados.

f) Haverá a formulação e indicação dos resultados.

Assim, poderá ser constatado se realmente as salas são utilizadas de

modo adequado relacionando a atividade com o grau de iluminação.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

SEMANAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Pesquisa bibliográfica

Aplicação de questionário

Medições de iluminância

Análise física e estrutural

Organização e análise dos dados

Formulação dos resultados

6. Desenvolvimento

6.1 Pesquisa de campo

A partir da necessidade de aplicabilidade e coerência da pesquisa, foi

aplicado um questionário a 25 (vinte e cinco) alunos que assistem aula nas duas

salas, a fim de identificar a opinião de cada um sobre a adequação da iluminação

nas salas de aula de acordo com o uso.

6.1.1 Questionário

1) A sala 101 do CTJ é mais confortável luminosamente do que a sala 101 do CTH ou tanto faz?

Respostas: 16 (SIM) = 64%

7 (NÃO) = 28%

2 (TANTO FAZ) = 8%

10

Conforto Luminoso na sala 101 CTJSIMNÃOTALVEZ

2) Você sente cansaço visual nas atividades feitas na sala 101 do CTH?

Respostas: 10 (SIM) = 40%

15 NÃO) = 60%

Cansaço Visual na sala 101 CTHSIMNÃO

3) A qualidade de iluminação na sala do CTH e CTJ interfere no seu rendimento nas atividades que são praticadas?

Respostas: 14 (SIM) = 56%

11 (NÃO) = 44%

Qualidade da iluminação na sala interferindo no rendimento do aluno

INTERFERENÃO INTERFERE

6.1.2 Estrutura física das salas

a) CTH 101

11

- Área: 72 m²

- Pé direito: 2.88 m

- Piso: granilito cinza fosco

- Teto: branco fosco, com a presença de 3 vigas na cor cinza esverdeado

- Paredes: branco fosco, com a presença de 6 pilares na cor cinza

esverdeado

- Porta: em madeira, com bandeira em brises horizontais, 2.14m de altura e

0,89 m de largura.

- Janela: janelão em venezianas de vidro móveis com esquadria de alumínio

e madeira, bandeira em brises horizontais de madeira, 1,35m de altura,

8.80m de largura e 0,75m de peitoril.

- Abertura em brises horizontais de madeira que se estendem pela parede

onde se encontra a porta de entrada, 0.74m de altura, 8.80m largura e

2.14m de peitoril

- Mobiliário: mesas e cadeiras de madeira, brancas.

- Iluminação artificial: 8 lâmpadas do tipo fluorescente com luminária

industrial de sobrepor, com dois tubos

b) CTJ 101

- Área: 72 m²

- Pé direito: 2.52 m

- Piso: granilito cinza fosco

- Teto: branco fosco

- Porta: em madeira, 2.07m de altura e 0.89 m de largura

- Janelas: janelão em venezianas de vidro móveis com esquadria de

alumínio, 1.59m de altura, 6.70m de largura e 0.85m de peitoril.

- Abertura em cobogó marrom na parede onde fica a porta de entrada,

0.49m de altura, 7.8m de largura e 1.97m de peitoril

- Mobiliário: cadeiras em material plástico, azuis.

- Iluminação artificial: 6 lâmpadas do tipo fluorescente com luminária de

sobrepor aletada, com dois tubos.

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6.1.3 Índice de iluminância das salas CTH 101 e CTJ 101

As medições foram realizadas utilizando um luxímetro (Tipo: luxímetro

digital; Modelo: MLM-1011; Marca: Minipa; Patrimônio Nº: 65.010.526) cedido pelo

Laboratório de Conforto (Labcon) da UFPB, no período de 13 a 21 de novembro de

2014, levando em consideração a hora do dia e com a condição climática no

momento da medição. Foi aferida a quantidade lumínica natural somada a máxima

disponibilidade de luz artificial das salas.

Segue tabela com a média aritmética das medições realizadas de

acordo com o horário:

CONDIÇÃO CLIMÁTICA HORA CTH 101 CTJ 101

Ensolarado 07h00 425 lux 1019 lux

Ensolarado 09h00 535 lux 718 lux

Ensolarado 12h00 570 lux 472 lux

Ensolarado 15h00 540 lux 489 lux

Nublado 07h00 304 lux 349 lux

Nublado 09h00* 382 lux 245 lux

Nublado 12h00* 407 lux 161 lux

Nublado 15h00* 386 lux 167 lux

Chuvoso 07h00* 216 lux 231 lux

Chuvoso 09h00* 271 lux 162 lux

Chuvoso 12h00* 289 lux 106 lux

Chuvoso 15h00* 274 lux 110 lux

Tabela de medições lumínicas das salas CTH 101 e CTJ 101

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7. Análise

7.1 Quantitativa

Com base nas medidas dos lux obtidas em cada sala, pode-se identificar

quais os horários em que ocorre a maior e a menor incidência de luz (natural +

artificial) de acordo com a condição climática do dia.

7.1.1 Tabela da incidência de luz em dia ensolarado

SALAS Maior incidência de luz/ lux Menor incidência de luz/ lux

CTH 101 12h00 – 570 lux 7h00 – 425 lux

CTJ 101 7h00 – 1019 lux 12h00 – 472 lux

7.1.2 Tabela da incidência de luz em dia nublado*

SALAS Maior incidência de luz/ lux Menor incidência de luz/ lux

CTH 101 12h00 – 407 lux 7h00 – 304 lux

CTJ 101 7h00 – 349 lux 12h00 – 161 lux

7.1.3 Tabela da incidência de luz em dia chuvoso*

SALAS Maior incidência de luz/ lux Menor incidência de luz/ lux

CTH 101 12h00 – 289 lux 7h00 – 216 lux

CTJ 101 7h00 – 231 lux 12h00 – 106 lux

* Estimativas

De acordo com o horário de aulas disponibilizado pela Coordenação do

Curso de Arquitetura e Urbanismo, é sabido que, nas quartas e sextas-feiras, das

9h00 às 12h00, na sala CTH 101, é ministrada aula de Oficina de desenho I, cujas

atividades necessitam de 500 a 1000 lux (atividades que exigem observação de

detalhes médios e finos), como mostra a Tabela 1(p. 06). Então, pode-se afirmar

que a quantidade de lux disponível na sala CTH 101 para a aula de Oficina de

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desenho I, mesmo que próxima ao limite mínimo no horário de máxima incidência

lumínica está adequada às atividades realizadas.

Sabe-se também que, nas quartas e sextas-feiras, na sala CTH 101, das

13h00 às 15h00, é ministrada aula de Introdução ao Desenho Arquitetônico, cujas

atividades necessitam de 1000 a 2000 lux (tarefas visuais contínuas e precisas),

como mostra a Tabela 1(p. 06). Nesse caso, a quantidade lumínica disponível

torna-se insuficiente para as atividades realizadas.

Na sala CTJ 101, nos horários de maior e menor incidência luminosa,

são ministradas aulas teóricas, as quais necessitam de 250 a 500 lux (atividades

visuais simples, que não exigem muito esforço), como mostra na Tabela 1(p. 06).

Portanto, apresenta quantidade lumínica acima do necessário.

A quantidade de aberturas das salas CTH 101 e CTJ 101 é a mesma,

porém possuem tamanhos diferentes, sendo a janela do CTH 101 1 (um) metro

maior que a do CTJ 101.

Outro fator que influencia na quantidade lumínica artificial é o número de

lâmpadas da sala CTH 101 (8 lâmpadas), o qual é maior que da sala CTJ 101 (6

lâmpadas).

7.2 Qualitativa

As janelas das salas CTH 101 e CTJ 101 estão voltadas para o sudeste,

no entanto, na sala CTH 101 ela está próxima a uma vegetação alta e densa, o que

dificulta a entrada de luz, enquanto que na sala CTJ 101 ela está voltada para um

pátio livre, bem como um edifício revestido com material claro com brilho, o que

favorece a reflexão da luz. Além disso, a esquadria da janela da sala CTH 101 é de

alumínio e madeira escura, mais um elemento escuro para o ambiente, enquanto

que na sala CTJ 101, a esquadria é de alumínio branco, apenas.

As cores das paredes e do teto de ambas as salas são iguais, o piso é

revestido com o mesmo material, ambas as portas são de madeira, no entanto, na

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sala CTH 101, as vigas e pilares são cinza-esverdeados e, por conta disso, passam

a sensação de sala mais escura.

O mobiliário das salas não é o mesmo e não possui a mesma coloração.

No caso da sala CTH 101 as cadeiras são brancas e as pranchetas de desenho

possuem superfícies brancas e pés robustos de madeira escura o que escurece a

porção inferior da sala. Já na sala CTJ 101 as cadeiras azuis e esbeltas não

escurecem o ambiente.

A iluminação artificial das salas é feita por lâmpadas fluorescentes de

sobrepor, cada uma com dois tubos em cada suporte, porém, apenas na sala CTJ

101, o suporte de lâmpadas é aletado, o que contribui para difundir a luz.

8. Considerações finais

A partir da análise dos dados coletados pode-se concluir que, apesar da

quantidade de luz disponível na sala CTH 101 ser adequada para atividades que

exigem observação de detalhes médios e finos, como necessário para as aulas de

Oficina de Desenho 1, a qualidade da iluminação é insatisfatória, já que a luz

difundida na sala não evita contrastes, reflexos e ofuscamentos de maneira

satisfatória. Além disso, a inadequação da quantidade lumínica para a realização

de tarefas visuais contínuas e precisas, necessária para as aulas de Introdução ao

Desenho Arquitetônico, torna imprópria a realização de tais atividades nesse

ambiente.

Cabe ainda citar que, apesar da boa qualidade de iluminação, com luz

difusa que evita reflexos, contrastes e ofuscamentos de maneira satisfatória, a

possibilidade de utilização da sala CTJ 101 para tarefas visuais contínuas e

precisas não é adequada, já que a quantidade lumínica torna-se rapidamente

insuficiente para tais atividades.

Portanto, faz-se necessária a melhoria na qualidade e na quantidade da

iluminação na sala do CTH 101, para que a mesma possa ser utilizada de maneira

eficiente e ergonômica, melhorando o conforto luminoso desse local.

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9. Referências Bibliográficas

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Apresenta informações sobre o conforto luminoso. Disponível em:<

http://www.portaleducacao.com.br/medicina/artigos/52905/o-conforto-luminico > .

Acesso em 19 de julho de 2014.

GRUPO DE PESQUISA UFMT. Pesquisa Acadêmica: Avaliação do conforto

ambiental em salas de aula: Estudo de caso em Cuiabá-MT. Cuiabá, 2008.

Disponível em: <

http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/arquitec/entac/2008/artigos/

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FIORIN, D. V.; PES, M. P.; GUEDES, M.; BERTAGNOLLI, R. F.; GUARNIERI, R.

A.;MARTINS,F. R.; PEREIRA, E. B.; SCHUCH, N. Estudo da iluminância natural

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SCHMID, A.L. A idéia de conforto: reflexões sobre o ambiente construído.

Curitiba: Pacto Ambiental, 2005.

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo : Edgard Blucher, 2005

GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 5.

ed. Porto Alegre: Bookman, 2005

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visual de usuários de um bloco educacional público. Rio Grande do Norte,

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Acesso em 22 de julho de 2014.

DUL & WEERDMEESTER. J.B. Ergonomia Prática. São Paulo:Edgard

Blucher,1995.

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