Relacoes Interpessoais e Desenvolvimento de Equipe

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  • 1Recife 2010

    Relaes interpessoais e desenvolvimento de equipes

    DICAS SEBRAESalo de beleza

  • Conselho Deliberativo - Sebrae PernambucoBanco do Brasil - BBBanco do Nordeste do Brasil - BNBCaixa Econmica Federal - CEFFederao da Agricultura do Estado de Pernambuco - FaepeFederao das Associaes Comerciais e Empresariais de Pernambuco FacepFederao do Comrcio de Bens, Servios e Turismo do Estado de Pernambuco - FecomrcioFederao das Indstrias do Estado de Pernambuco - FiepeInstituto Euvaldo Lodi - IEL/PEServio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas - SebraeSecretaria de Desenvolvimento Econmico do Estado de Pernambuco - SDEServio Nacional de Aprendizagem Comercial do Estado de Pernambuco - Senac/PEServio Nacional de Aprendizagem Industrial do Estado de Pernambuco - Senai/PEServio Nacional de Aprendizagem Rural do Estado de Pernambuco - Senar/PESociedade Auxiliadora da Agricultura do Estado de PernambucoUniversidade de Pernambuco UPEPresidente do Conselho Deliberativo EstadualRicardo EssingerDiretor-superintendenteNilo SimesDiretora tcnicaRoberta CorreiaDiretor administrativo-financeiroGilson Monteiro

    Unidade Comrcio e ServiosCoordenao tcnica e de contedo | Valdenice Ferreira

    AutoraAdriany Rosa de Matos Carvalho

    Superviso editorialUnidade de Comunicao e Imprensa Sebrae | Janete Lopes (gerente)Comisso de Editorao Sebrae 2010Ana Cludia Diasngela Miki SaitoCarla AlmeidaEduardo MacielJanete LopesJussara LeiteRoberta AmaralRoberta CorreiaSilvana SalomoTereza Nelma Alves

    RevisoBetnia JernimoIlustraesJoana Velozo

    Projeto grfico e diagramaoZ.diZain Comunicao | www.zdizain.com.br

    0800 570 0800De segunda a sexta-feira, das 8h s 20h

    www.pe.sebrae.com.br

  • 3APRESENTAO

    O Sebrae em Pernambuco iniciou em 2010 um projeto voltado para o segmento da Beleza, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos sales da Re-gio Metropolitana do Recife.

    A primeira ao com esse grupo foi a realizao de diagnstico visando conhecer o mercado da beleza e suas principais dificuldades. A partir desse estudo iniciamos as intervenes de melhorias nas empresas acompanhadas pelo projeto e, surgiu, ento, a ideia de elaborar quatro cartilhas tratando dos principais problemas enfrentados pelos empresrios deste segmento.

    As reas gerenciais abordadas nas cartilhas foram divididas da seguinte forma:

    Pessoas - Relaes Interpessoais e Desenvolvimento de Equipes;

    Atendimento - Cliente fiel: O grande segredo dos negcios;

    Qualidade dos servios - Postura profissional e normas tcnicas;

    Finanas - Boas prticas para a gesto financeira.

    Desejamos uma boa leitura desta cartilha e que ela contribua para o seu sucesso empresarial.

    Bom estudo!

  • 4Segundo Rocha (2010), relacionar-se dar e receber ao mesmo tempo, abrir--se para o novo, aceitar e fazer-se acei-to, buscar ser entendido e entender o ou-tro. A aceitao comea pela capacidade

    de escutar o outro, colocar-se no lugar dele e estar preparado para aceitar o

    outro em seu meio.

    A autora acrescenta que uma boa comunicao e a va-

    lorizao do profissional permitem maior intera-

    o e mais cooperati-vismo entre o lder e os demais membros, por meio da troca de experincias e c o n h e c i m e n t o s , possibilitando uma melhor expresso de suas competn-cias e contribuindo

    para desenvolver as atividades da equipe

    de trabalho.

    Assim, um dos fatores que colaboram para a realizao favorvel das relaes interpessoais em sales de beleza e clni-cas de esttica o trabalho em equipe. Neste contexto, Gomes (2010) diz que as relaes interpessoais fortalecem no apenas o desempenho do profissional, mas tambm traz tona boas expecta-tivas para que as equipes atinjam obje-tivos e superem metas que agreguem valor ao negcio, uma vez que o melhor relacionamento no aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e conse-gue perdo pelos prprios defeitos.

    Dos empresrios modernos exige-se no apenas o conhecimento econmico, tcnico e financeiro, mas tambm um comportamento interpessoal e a com-preenso das pessoas com quem se rela-cionam. Para compreender as pessoas, necessrio colocar-se no lugar do outro.

    Portanto, para os segmentos de salo de beleza e clnica de esttica atingirem re-

    1 | AS RELAES INTERPESSOAIS

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  • 6Imagem: guiadacarreira.com.br Imagem: ibret.org

    sultados, tendo os colaboradores como parceiros, necessrio observar os se-guintes aspectos:

    - os colaboradores so diferentes entre si e tm competncias e habilidades que se complementam e so interde-pendentes, o que favorece que sejam atinjidos os objetivos empresariais pre-viamente definidos;

    - os colaboradores so agregadores de valor e introduzem inteligncia, conheci-mento e talento que resultam em cresci-mento prprio e de cada organizao;

    - os colaboradores so parceiros nicos, capazes de levar empresas ao sucesso. Su-cesso significa atingir os objetivos empre-sariais propostos.

    1.1 | CAUSAS DE CONFLITO

    - Preconceito

    - Grosseria

    - Teimosia

    - Sensibilidade exagerada

    - Diferena de percepes

    - Diferena de valores

    - Diferena de interesses

    - Competio

    - Distores na comunicao

    - Luta por status ou poder

    - Vaidade desmedida

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    Lombardi (2010) diz que comunica-o a troca de informaes, ideias e sentimentos; processo que mantm os indivduos em contato permanente, propiciando a interao. Diante disso,

    pode-se afirmar que a comunicao bi-direcional primordial para a qua-

    lidade da relao interpessoal no ambiente de trabalho, caben-

    do aos gestores propiciar as informaes necessrias

    para um melhor resulta-do da equipe e a con-

    cretizao das ativida-des. Neste sentido, o lder precisa atentar para as atitudes do grupo, a fim de dire-cionar sua atuao, visando aos interes-ses interpessoais e da empresa.

    Assim, para a exce-lncia na comuni-

    cao em sales de

    beleza e clnicas de esttica, haver a ne-cessidade de:

    - compreender o comportamento do outro;

    - ser sensvel comunicao no verbal;

    - ver, ouvir e sentir o que est sendo dito;

    - ser autntico, sem magoar o outro;

    - manter debates abertos;

    - elucidar e desenvolver ideias;

    - compartilhar informaes;

    - usar dados reais como base para decises;

    - decidir consensualmente.

    2.1 | BARREIRAS DA COMUNICAO

    So problemas que interferem e dificul-tam a comunicao, chamados tambm de rudos:

    2 | COMUNICAO: O SEGREDO DO SUCESSO

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    - diferenas de percepo (colaborado-res com conhecimentos e experincias distintos costumam perceber a mesma comunicao de forma diferente);

    - diferenas de linguagem (uso de pala-vras que possibilitam diferentes interpre-taes e de termos tcnicos para pessoas leigas em determinados assuntos);

    - reaes emocionais (qualquer tipo de emoo que possa influenciar na manei-ra com que vamos compreender ou pas-sar a mensagem);

    - inconsistncia na comunicao verbal e no-verbal (as mensagens so fortemen-te influenciadas por fatores no verbais como os movimentos do corpo, a postu-ra, os gestos, as expresses faciais, o con-tato fsico etc);

    - desconfiana (a confiana na mensa-gem pode gerar credibilidade para o emissor).

    2.2 | SUPERANDO AS BARREIRAS DA COMUNICAO

    - Superando as diferenas de percep-o: faz-se necessrio observar o pon-to de vista do outro. Compreender a informao diminuir a ambiguidade da mensagem.

    - Superando as diferenas de lingua-gem: termos tcnicos devem ser subs-

    titudos por uma linguagem simples e direta. As dvidas devem ser solucio-nadas a partir da repetio dos princi-pais tpicos da mensagem.

    - Superando as reaes emocionais: mudana no seu prprio comporta-mento e aceitao das reaes emo-cionais como parte do processo de comunicao.

    - Superando a inconsistncia na comu-nicao verbal e no verbal: evite o en-vio de mensagens incorretas.

    - Superando a desconfiana: use sem-pre a honestidade e as boas intenes.

    LEMBRETE

    A excelncia na comunicao empresa-rial propicia:

    - informao e compreenso para que as pessoas possam conduzir suas tarefas;

    - atitudes que promovem motivao, co-operao e satisfao nos cargos.

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    Motivao a fora ou impulso que leva o indivduo a agir de forma especfica. Anteriormente, a motivao no ambien-te de trabalho era compreendida como a busca por dinheiro, recompensas sa-

    lariais e materiais. Atualmente, este pa-norama mudou, pois o pagamento

    (ou recompensa salarial) no o nico fator de satisfao profis-

    sional, uma vez que as pesso-as tambm so motivadas

    por recompensas sociais, simblicas e no mate-

    riais. Assim, a compre-enso da motivao do comportamento exige o conhecimen-to das necessidades humanas. A teoria das relaes hu-manas constatou a existncia de algu-mas necessidades

    essenciais para o ser humano:

    NECESSIDADES FISIOLGICAS

    Relacionam-se com a sobrevivncia e so consideradas vitais para o homem, exigindo uma satisfao peridica. As principais necessidades fisiolgicas so alimentao, sono, atividade fsica, satis-fao sexual, abrigo e proteo contra os elementos da natureza, e segurana fsi-ca contra os perigos.

    NECESSIDADES PSICOLGICAS

    Aprendidas e adquiridas no decorrer da vida, representam um padro mais elevado e complexo de necessidades, uma vez que raramente so plenamente satisfeitas.

    NECESSIDADES DE AUTORREALIZAO

    Produto da educao e da cultura, o im-pulso de trabalhar o seu prprio potencial, de estar em contnuo desenvolvimento.

    O acervo de teorias acerca da motivao humana passou a ser aplicado dentro

    3 | MOTIVAO E DESMONTIVAO NO AMBIENTE DE TRABALHO

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    das empresas, uma vez que todo com-portamento humano leva o indivduo a alguma forma de comportamento, visando satisfao de uma ou mais ne-cessidades. Neste sentido, Bergamini e Coda apud Tauffer e Coltre (2010) apon-tam a motivao como uma energia in-trnseca ligada ao significado e nature-za do trabalho realizado. J a satisfao uma energia extrnseca ligada a aspec-tos como salrios, benefcios, reconhe-cimento, chefia, colegas etc. Estes so indicadores do nvel de satisfao ou insatisfao (intrnsecos e extrnsecos).

    3.1 | FATORES INTRNSECOS (PESSOAIS)

    - Personalidade

    - Aprendizagem

    - Emoes

    - Atitudes

    - Percepo

    - Valores

    3.2 | FATORES EXTRNSECOS (AMBIENTAIS)

    - Equipe

    - Recompensas

    - Confiana

    - Normas

    - Ambiente

    - Processos

    3.3 | CAUSAS DE DESMOTIVAO NO AMBIENTE DE TRABALHO

    - Falta de reconhecimento

    - Falta de respeito profissional e pessoal

    - Falta de treinamento

    - Crticas em excesso

    - Comunicao inadequada

    - Trabalho sob presso excessiva

    - Desorganizao da empresa

    - Falta de produtos

    - Promessas no cumpridas

    - Pouca valorizao pessoal e profissional

    - Remunerao abaixo do mercado

    - Comportamentos empresariais no ti-cos com empregados ou consumidores

    - Ambiente de trabalho no atrativo

    EM SUMA...

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    - Quando o colaborador no sabe o que fazer, COMUNICA.

    - Quando o colaborador no sabe como fazer, TREINA.

    - Quando o colaborador no quer fazer, MOTIVA.

    - Quando o colaborador est energizado e deseja participar, D AUTONOMIA.

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    4 | TICA, MORAL E ATITUDE

    Silvano (2010) diz que a palavra tica vem do grego ethos, tendo seu correlato no latim morale, que significa modo de ser, conduta ou costumes, do ponto de vista do bem e do mal. Etimologicamente, ti-

    ca e moral so palavras sinnimas. Des-te modo, a tica e a moral se formam

    numa mesma realidade.

    O mesmo autor acrescen-ta que tica a forma do

    homem se comportar profissionalmente e em

    sociedade, enquanto a moral diz respeito ao conjunto de nor-mas que regulam esse comporta-mento, adquiridas pela educao, pela tradio e pelo co-tidiano. Neste caso, o moral elevado

    acompanhado de uma atitude de inte-

    resse, identificao,

    fcil aceitao, entusiasmo, colaborao e impulso em relao ao trabalho, ge-ralmente paralela a uma diminuio dos problemas de superviso e disciplina.

    4.1 | TICA PROFISSIONAL

    De acordo com Pissurno (2008), tica pro-fissional o conjunto de normas de con-duta que devero ser postas em prtica no exerccio de qualquer profisso. Refere-se ao reguladora da tica agindo no de-sempenho das profisses. Tambm estu-da e regula o relacionamento do profissio-nal com seus clientes, visando dignidade humana e construo do bem-estar no contexto sociocultural onde exerce sua profisso. Atinge todas as profisses. Quando falamos de tica profissional, es-tamos nos referindo ao carter normativo e at jurdico que regulamenta determi-nadas profisses, a partir de estatutos e cdigos especficos.

    Assim, os bons resultados profissionais e empresariais devem provir de relaes mo-

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  • rais ou ticas com colaboradores, parcei-ros e clientes. Portanto, ter padres ticos pode significar sucesso nos negcios, uma vez que nas relaes de trabalho, hoje, no basta a empresa oferecer bons salrios para ter bons colaboradores. preciso oferecer qualidade de vida e padres ticos.

    Atitudes ticas

    - Cumprir tarefas e promessas feitas.

    - Falar com pessoas (e no delas).

    - Saber ouvir.

    - Admitir erros (no tentar escond-los nem culpar outras pessoas).

    - No espalhar boatos e nem participar de intrigas.

    - No falar negativamente dos concor-rentes.

    - No criticar uma pessoa na frente de outra.

    - Defender os outros contra ataques in-justos.

    - No fazer comentrios depreciativos sobre pessoas ausentes.

    - Assumir sua parte de responsabilida-de pelos erros cometidos por seus cola-boradores ou equipe.

    - Ser autntico (o que voc diz deve corresponder ao que voc pensa).

    - No se apropriar das ideias dos outros, nem aceitar crditos pelas realizaes de terceiros ( preciso basear seu pro-gresso em seu prprio desempenho).

    - Comunicar-se de forma aberta, hones-ta e transparente.

    - Inspirar confiana no ambiente de tra-balho.

    - Cooperar.

    Colhemos as flores das sementes que faze-mos germinar. Semeie, pois, flores do bem, flores da paz, flores do amor (Kira Gona-les).

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    Liderana a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiastica-mente e serem melhores, facilitando a convivncia no ambiente de trabalho e estabelecendo objetivos do bem comum.

    Liderar significa possuir a capacida-de e o discernimento para coman-

    dar pessoas. Vale salientar que os grandes lderes possuem a

    capacidade de construir re-lacionamentos saudveis.

    A liderana um tra-balho contnuo de comunicao e mo-tivao de pessoas - portanto, tambm pode ser aprendido. Inclusive, a experi-ncia demonstra a existncia de lderes informais que de-

    fendem as normas e expectativas do gru-

    po e mantm controle

    5 | LIDERANA

    sobre o comportamento dos colegas.

    5.1 | ESTILOS

    Diz respeito ao comportamento do l-der em relao aos seus subordinados. Refere-se quilo que o lder faz. Neste caso, h trs estilos de liderana:

    - autoritrio

    A nfase centrada no lder, que esta-belece as diretrizes sem qualquer parti-cipao do grupo, determinando provi-dncias e tcnicas para a execuo das tarefas. Consequncias: desmotivao da equipe, clima de desconfiana e baixa qualidade na realizao de tarefas.

    - liberal

    Enfatiza os subordinados. Existe uma grande liberdade para as decises gru-pais ou individuais, com uma participa-o mnima do lder. Consequncias: pouco envolvimento da equipe, com-

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    petio entre os membros, ausncia de responsabilizao por erros, tendncia para jogos de empurra.

    - democrtico

    As diretrizes so debatidas e decididas pelo grupo. O dilogo estimulado pelo lder. O prprio grupo esboa pro-vidncias e tcnicas para a execuo de tarefas. Consequncias: equipe motiva-da, colaboradores autovalorizados, tra-balho em conjunto e com autonomia dos membros, melhores resultados.

    5.2 CARACTERSTICAS ESSENCIAIS PARA O LDER DE SUCESSO

    - Seus colaboradores possuem satisfao e sentem-se realizados em executar as ta-refas solicitadas.

    - Tem seguidores e no subordinados. To-dos cumprem suas determinaes, sem encar-las como ordens.

    - No comanda pelo medo, mas transmi-te segurana e confiana, inspirando le-aldade. confidente e deixa as pessoas vontade para expor seus pontos de vista.

    - Possui senso de justia, no tomando decises injustas. Seus atos so transpa-rentes.

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    6.1 | CONCEITO DE EQUIPE

    Segundo Pissurno (2008), equipe so duas ou mais pessoas trabalhando juntas para alcanar um objetivo. Mas

    no basta que elas tenham o mesmo objetivo. necessrio tambm que

    dependam umas das outras para que o objetivo seja alcanado.

    6.2 | DESENVOLVENDO O TRABALHO EM EQUIPE

    Pesquisas discorrem que o trabalho em equipe tem efeito positivo tanto nos resultados orga-nizacionais, como nos resultados de satisfao dos cola-boradores. Kulisch e Banner (1993) res-

    saltam os benefcios existentes a partir da

    formao das equipes

    6 | DESENVOLVIMENTO DE EQUIPE

    de trabalho: melhoria do envolvimento e do desempenho, senso de responsabi-lidade e comprometimento com a em-presa e os colegas de equipe.

    Pode-se afirmar que o sucesso empresa-rial dos segmentos de salo de beleza e clnica de esttica inclui um processo de seleo minucioso, bem como tomada de deciso descentralizada, valorizao dos colaboradores, treinamento siste-mtico e compartilhamento de informa-es entre funcionrios e gerncia (Des-sler, 2003; Nunes, 2002).

    Sem dvida, so os funcionrios treinados e comprometidos que constituem a chave para a competitividade das empresas. En-tretanto, quanto mais integrada for a equi-pe, mais as pessoas se sentiro vontade para dialogar, dar e receber feedback. Portanto, a integrao influencia positiva-mente no resultado da equipe.

    Assim, para um trabalho em equipe, no basta juntar vrias pessoas num mesmo

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    6.3 | LIDANDO COM OS CONFLITOS

    Conflito vem do latim conflictus, origin-rio do verbo confligo, confligere (choque entre duas coisas, embate de pessoas que lutam entre si). Trata-se de uma si-tuao existente em qualquer empresa, onde o que se ope, coopera, e da luta dos contrrios deriva a mais bela harmo-nia (Herclito, 2010).

    Assim, faz-se necessrio reconhecer que o conflito existe e precisa ser enfrentado. Neg-lo impede o grupo de buscar uma soluo. preciso evitar os deixa disso..., isso no admitido aqui..., esqueam as diferenas e vamos trabalhar..., as pes-soas gastam muito mais energia para es-conder e camuflar o conflito, do que para enfrent-lo e resolv-lo, e ainda correm o risco de v-lo se agravar com o passar do tempo (Pissurno, 2008).

    Diante de um conflito, podem ser obser-vadas as seguintes posturas:

    - competio

    Na competio, satisfazem-se aos pr-prios interesses, sem preocupao com os outros. No h cooperao.

    - evitao

    Fugir da situao a ser resolvida, sem buscar atender nem aos interesses de uma parte, nem de outra, pode provocar

    grupo e deixar os resultados por conta do acaso. De acordo com Marins (2010), algumas regras devem ser observadas para que o trabalho em conjunto torne--se produtivo e contribua para o desen-volvimento da capacidade competitiva da empresa:

    - definir claramente metas e objetivos da equipe (todos os colaboradores necessi-tam saber qual o objetivo do trabalho a ser realizado, para que o esforo seja feito na mesma direo. Clareza na comunicao essencial para se alcanar esse objetivo);

    - estabelecer papis (se os integrantes da equipe no sabem a funo ou o papel a desempenhar, dificilmente podero atin-gir o objetivo comum);

    - aprender a lidar com conflitos (em uma equipe de trabalho, inevitvel que haja choque de opinies, personalidades e estilos. Os desafios so valorizar as dife-renas, maximizar os pontos negativos e tornar os conflitos impulsionadores do crescimento e da produtividade);

    - avaliar e monitorar resultados ( essen-cial que cada integrante saiba do seu desempenho - em que e como pode melhorar. Informaes insuficientes po-dem jogar por gua abaixo o trabalho de qualquer equipe. Preocupar-se com a qualidade do trabalho em equipe uma questo crucial para o sucesso da organi-zao (Marins, 2010).

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    raiva ou frustrao. desejvel, no en-tanto, evitar resolver um conflito quan-do, por exemplo, uma das partes estiver muito alterada.

    - acomodao

    Na acomodao, busca-se o atendimento dos interesses do outro, em detrimento dos prprios.

    - conciliao

    Para conciliar, preciso que os mem-bros da equipe sejam assertivos e co-operativos, na tentativa de satisfazer parte dos interesses de todos os envol-vidos no conflito.

    6.4 | BUSCANDO O CONSENSO

    Considera-se a procura pelo entendi-mento entre os membros da equipe um dos aspectos fundamentais para a excelncia nos servios em sales de beleza e clnicas de esttica, pois o exerccio do dilogo e o estmulo expresso abrem caminho para o res-peito s diferenas pessoais e de pon-tos de vista. Os conflitos passam a ser uma grande oportunidade para prati-car a busca do consenso. Neste senti-do, deve-se evitar decidir por votao, pois o que se busca o esgotamento das questes pelo consenso, sem que uma instncia superior decida pelas pessoas em divergncia (Galper, 2010).

    6.5 | COMPORTAMENTOS NOCIVOS S EQUIPES DE TRABALHO

    - Autoritarismo e abuso de poder

    - Insegurana

    - Antagonismo entre os colaboradores

    - Relutncia dos colaboradores

    - Devaneios e digresses

    - Menosprezo a ideias

    - Constante rejeio das atividades pro-postas

    - Aceitao absoluta de opinies

    - Pressa em finalizar o trabalho/projeto

    - No utilizar metodologia adequada (ferramentas)

    6.6 | DESAFIOS DA EQUIPE DE TRABALHO

    De acordo com Rocha (2003), um grupo no se torna uma equipe naturalmente, por decurso de prazo. preciso muito es-foro e dedicao. Nos sales de beleza e clnicas de esttica, uma equipe consi-derada time quando passa do estgio em que se buscam apenas resultados finan-ceiros, no existindo uma preocupao real com o bem-estar das pessoas, j que

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    numa equipe deve haver sinergia e isso muito mais do que a soma dos esforos individuais.

    Percebe-se que decidir em grupo costu-ma ser mais demorado porque preciso chegar a um ponto em que todos, ou pelo menos a maioria, concordem, diz Luiz Carlos Barchechen, coordenador de RH da Landis+Gyr, nova razo social da Siemens Metering, campe da edio 2002 do Guia Exame das 100 Melhores Empresas para Voc Trabalhar. No entanto, depois que se chega a uma concluso, implementar o que foi decidido mais rpido e fcil do que nos casos em que as decises vm de cima para baixo.

    Elas sabem das coisas: quando o assunto trabalhar em equipe, as formigas do uma aula de time. Elas vivem numa socie-dade organizada e sabem exatamente o que fazer pelo bem comum. Detalhe: no precisam receber ordens para agir. Quan-do esto em ao, a sincronia entre as formigas to perfeita que elas parecem funcionar como clulas do mesmo corpo. So a prova viva de que a unio tem tudo a ver com a fora. Juntas so capazes de fazer o que no dariam conta de realizar se estivessem sozinhas.

    Em salo de beleza e clnica de esttica, trabalhar em equipe pode ser muito sim-ples... Mas, tambm, muito complicado. Depende do ponto de vista e do esforo pessoal de cada um.

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    7 | REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    GALPER, Judy. A escola dinmica do en-sino moderno tem o que contar. Dispo-nvel em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias. Acesso em: 18/ago/2010.

    MARINS, Marcos de Afonso. Como tra-balhar em equipe ou grupo. Disponvel em: http://www.fundacaolamf.org.br. Acesso em: 17/ago/2010.

    PISSURNO, Dayse Layds Rodrigues. De-senvolvimento de equipes: guia do educador / Dayse Layds Rodrigues Pis-surno; atualizao do contedo Lacy de Oliveira Silva. Braslia: SEBRAE, 2008.

    ROCHA, Elizngela Bispo. Relaes in-terpessoais: uma anlise empresarial e social. Disponvel em: http://www.we-bartigos.com/articles/26749/1/relacoes--interpessoais. Acesso em: 16/ago/2010.

    ROCHA, Mrcia. Os desafios do traba-lho em equipe. In Revista Voc S/A, jun 2003, p. 54 a 63. Disponvel em: http://progeal10.blogspot.com. Acesso em: 18/ago/2010.

    SANTOS, Valdeci Montei-ro dos. Aprendendo a trabalhar em equi-

    pe. Desafio 21: Gesto e Competi-tividade, n. 58, Recife, 1999. Dispo-nvel em: http://www.redegestao.com.br/desafio21. Acesso em: 17/ago/2010.

    SILVANO, Thiago Firmino. Moral e tica: dois conceitos de uma mesma realidade. Disponvel em: www.coladaweb.com. Acesso em: 17/ago/2010.

    TAUFFER, Ronaldo; COLLTRE, Sandra Ma-ria. A contribuio dos fatores intrnse-cos e extrnsecos da organizao para o absentesmo nos setores de produ-o de uma indstria. Disponvel em: http://www.abepro.org.br/biblioteca. Acesso em: 17/ago/2010.

  • SEBRAE EM PERNAMBUCO

    SEDERua Tabaiares, 360 Ilha do Retiro - Recife/PE CEP 50750-230Tel: (81) 2101.8400Fax: (81) 2101.8505

    UNIDADE DE NEGCIOS MATA SULRua Vigrio Joo Batista, 154Centro - Cabo de Santo Agostinho/PECEP 54505-470Tel: (81) 3518.2323

    UNIDADE DE NEGCIOS AGRESTE CENTRAL E SETENTRIONALRua Adjair da Silva Cas, 277 Indianpolis - Caruaru/PECEP 55024-740Tel: (81) 2103.8400

    UNIDADE DE NEGCIOS AGRESTE MERIDIONALRua Maurcio de Nassau, 82 Centro - Garanhuns/PE CEP 55293-100Tel/Fax: (87) 3762.1752

    UNIDADE DE NEGCIOS SERTO CENTRAL, MOXOT, PAJE E ITAPARICAPraa Baro do Paje, 929Centro - Serra Talhada/PE CEP 56903-420Tel/Fax: (87) 3831.2496

    UNIDADE DE NEGCIOS SERTO DO ARARIPERua Ver. Jos Santiago Bringel, 70 Centro - Araripina/PE CEP 56280-000Tel: (87) 3873.1708

    UNIDADE DE NEGCIOS SERTO DO SO FRANCISCOAv. 31 de Maro, s/n Centro de Convenes - Petrolina/PE CEP 56300-000Tel: (87) 2101.8900Fax: (87) 2101.8912