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A revista.

edição # 06setembro de 2014

nesta edição ...SOCIALISMO X COMUNISMO, VOCÊ SABE A DIFERENÇA?: A DESTRUIÇÃO DE MITOS EM UMA PÁGINA

A estratégia da terra desolada: quem sai vencedor?

f.lux: software livre para melhorar sua vida desde já

SEÇÃO CARTAS &MEMÓRIAS

e mais...EXCLUSIVOe mais...EXCLUSIVO

p. 9p. 9Editoria: Antoine Youssef Kamel(Para entrar com processo contra a revista o responsável é outro)

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Antoine Youssef KamelEditor e autor dos artigos não assinados

É um prazer revê-lo nesta sexta edição da Revista Linux vs Windows! Como pode ver, ela goza de mais conteúdo do que a edição anterior, mas mantém a tradição do ineditismo e do prazer da leitura. Conta, ainda, com um design melhorado, que deixou menos espaço para o editorial. Tchau, boa leitura!

SOCIALISMO X COMUNISMO, VOCÊ SABE A DIFERENÇA?: A DESTRUIÇÃO DE MITOS EM UMA PÁGINA

O trabalhador só trabalha com uma arma apontada para sua cabeça: Freud explica

Agradecimento: A Everton Melo, revisor da revista Espírito Livre, pelas observações sobre a edição anterior.

Pausa para descanso e reflexão

SEÇÃO DECARTAS & MEMÓRIASp. 3p. 3

p. 4p. 4

p. 3p. 3

p. 8p. 8

p. 3p. 3

p. 7p. 7

p. 9p. 9

p. 13p. 13

f.lux, um software para tornar sua vida melhor: ajusta a tela do seu computador para um sono melhor e um cérebro mais poderoso

A estratégia da terra desolada, um crime contra si mesmo: quem sai vencedor?

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f.lux™:f.lux™: software livre pela sua saúde software livre pela sua saúde

Você já notou como as pessoas digitando à noite têm aquele brilho azul estranho na cara? E quando você acorda pronto para escrever sua próxima Grande Ideia, e fica cego com o brilho do seu computador?

Durante o dia, a tela do computador é agradável, porque parece o Sol. No entanto, às 9 da noite ou às 3 da manhã, você não deveria estar olhando para o sol.

(Fonte: Tradução livre do site oficial: https://justgetflux.com/.)

VEREDITO DO EDITORUso ininterruptamente há meses. Recomendo.

O f.lux corrige essa falha ao tornar a frequência de cor da sua tela compatível com a hora do dia: “morna” à noite e como o Sol durante o dia.

É possível que seu sono esteja ruim por causa do seu computador. Você pode usar o f.lux para dormir melhor, ou apenas para tornar mais agradável o uso do seu computador a qualquer hora do dia ou da noite.

O site apresenta dezenas de estudos científicos que comprovam a eficácia do uso da luz correta no eficácia no ritmo circadiano, principalmente no sono e no bom desempenho do cérebro.

Entre no site pelo link ao lado e baixe, o f.lux é software livre e gratuito. [lvw]

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DESASTRE. DESASTRE. DevastaçãoDevastação..

“Você não iria querer ser um deles.”

A estratégia da terra devastada, ou da terra desolada.

Trata-se de uma cruel estratégia de guerra: destruir os campos pelos quais se passa, acabando com as plantas, os cavalos, as casas e o gado.

Ela serve para que o inimigo que ali pisar não sobreviva, ou para que os bens que eram procurados, como o petróleo, não existam mais no momento do saque adversário. (E não falamos de vôlei.)

Poços de petróleo queimados pelos iraquianos em Kwait durante a Guerra do Golfo. Março de 1991. (Wikipédia Francesa)

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Em francês, a estratégia parece o nome de algum prato bem elaborado: Politique de la terre brûlée (brûlée significa “queimado”, assim chamada em francês porque normalmente é pelo fogo que se destróem as terras).

Napoleão foi quase derrotado por uma terra devastada. Ao tentar conquistar a Rússia, passou frio a caminho de Moscou e, chegando lá, encontrou a terra devastada, sem roupas para saquear e matar o frio, sem casas nas quais se abrigar. Oficialmente, a França venceu a batalha contra os moscovitas, mas um terço das sua tropa de 250 mil homens foi morta ou ferida.

Em 1812, Napoleão, espantado ao ver Moscou em chamas, teria dito:

"Isso excede tudo: esta é uma guerra de extermínio, é uma tática horrível, sem precedentes na história da civilização. Queimar suas próprias cidades! O diabo inspira essas pessoas. Bárbaros. Que decisão feroz, que audácia."

(Wikipédia Francesa)

p. 2

Nenhum dos lados ganha. O destruidor se arrisca ao lidar com fogo ou bombas e, de todo modo, perde a própria terra.

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p. 3

“Um ato de resistência desesperada”, disse o New York Times. Um fato dos nossos dias.

<< Ucrânia. Revolucionários põem fogo nas próprias barricadas, entre madeira, pneus “e tudo que se pode queimar”, para resistir às investidas da polícia. [lvw]

(Fonte da imagem e informações: LeMonde.fr, 19 de fevereiro de 2014. Crédit : AFP PHOTO/SERGEI SUPINSKY.)

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SOCIALISMO x COMUNISMOVOCÊ SABE A DIFERENÇA?

Comunismo e socialismo. Pode parecer igual. Mas não é.

No socialismo, pretende-se que a produção seja igualmente distribuída entre as pessoas na medida de sua necessidade.

Os melhores trabalham mais e os mais necessitados recebem mais. O fato de o melhor trabalhar mais não significa que ele receberá de acordo com sua produção, apenas significa que os que trabalham menos passarão a trabalhar ainda mais, porque há um que trabalha por eles, e de todo modo receberão de acordo com sua necessidade.

No comunismo, inexiste o direito de propriedade, não há circulação de riquezas, sequer há dinheiro, e o Estado existe somente para reafirmar como poder de polícia e representação internacional. Ao contrário do socialismo, não se quer distribuição justa, pois tudo já pertence a todos Esse sistema foi teorizado por Marx.

“E que sistema foi implantado na Rússia?”O sistema implantado na velha União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi o socialismo. Havia inclusive os privilegiados, que tinham os melhores sapatos, moravam nas melhores casas e tinham maior acesso a alimentos e bebidas. O socialismo é uma forma de capitalismo na qual quem tem mais são não os detentores dos meios de produção, mas os amigos do governo, aos quais é permitido importar e ter seus luxos. O comunismo, estritamente falando, não admite a propriedade.“Quer dizer que há exploração no socialismo?”Sim, a exploração dos trabalhadores pelos preguiçosos é legitimada pelo sistema.“Quer dizer que há exploração no comunismo?”O comunismo tem várias vertentes teóricas e muitas outras na prática. A maioria mistura traços totalitários do socialismo, colocando poder na mão do Estado para sanar falhas da liberdade humana, e todas compartilham da falsa crença fundamental de que todo ser humano é bom e não tentará subverter a propriedade comum em seu favor pelo uso excessivo da força. [lvw]

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Pausa para descanso e reflexão...Pausa para descanso e reflexão...Pausa para descanso e reflexão...Pausa para descanso e reflexão...

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A revista LvW tem uma longa história. Começou como movimento de uma comunidade do orkut chamada Linux vs Windows, em que se falava muito sobre tudo, em conversas inteligentes, mas informais.

Fomos bem aceitos em muitos lugares deste mundo virtual, tivemos review positivo em sites de Linux, e os membros da comunidade participavam bastante com artigos e sugestões.

A revista havia parado na quarta edição muitos anos atrás (junho de 2007), e voltou a circular com a edição número 5, neste mês de agosto, com pretensão de ser mensal.

Com o retorno na edição passada, logo vieram comentários de membros da antiga comunidade do orkut, pessoas pedindo por e-mail para receber as novas edições em primeira mão e sugestões aos montes, principalmente no sentido de eu estudar desenho e diagramação.

Nas próximas páginas, deixo algumas imagens do que significa a revista LvW até o momento na boca do povo, que é a voz de Deus.

Um abraço, e até o próximo artigo, algumas páginas adiante!

SEÇÃO CARTAS & MEMÓRIAS p. 1

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SEÇÃO CARTAS & MEMÓRIAS

Reprodução da última página da primeira edição da revista, início de 2007.

O editor continua bonitão.

p. 2

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SEÇÃO CARTAS &MEMÓRIAS

Repercussão da Revista no portal BR-Linux.org (8 de fevereiro de 2007)

p. 3

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SEÇÃO CARTAS & MEMÓRIAS

Mais recentes (edição passada)

“Caraca, você reviveu a revista! Vi no BR-Linux.

Quando que tinhamos aquela comunidade no Orkut? 6 anos atrás? :P

Espero que você se lembre de mim, senão acho que vai ser estranho ler essa mensagem.

Infelizmente não tenho as edições antigas.

Abraço!”(Leonardo Schäffer)

“Olá gostaria de receber mais exemplares de sua revista.Grato

Att,

Luiz Junior”

Repercussão da Revista no site Explorando (8 de junho de 2007)Repercussão da Revista no site Explorando (8 de junho de 2007)

p. 4

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O TRABALHADOR SÓ TRABALHA

COM UMA ARMA APONTADA

PARA A PRÓPRIA CABEÇA

FREUD EXPLICA

Sigmund Freud (1856–1939), austríaco que fundou a psicanálise.

Freud disse que o homem é preguiçoso por natureza. Ele não é nenhum gênio por ter dito isso, mas teve pelo menos duas coisas: poder de síntese e muita coragem.

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O homem guarda apenas no pensamento os impulsos do incesto, do canibalismo e do prazer de matar, e só não o faz porque há proibições. Entre os atos maus, apenas o canibalismo parece ser malvisto por todos e inteiramente superado do ponto de vista não analítico; ainda conseguimos perceber a força dos desejos incestuosos atrás da proibição, e o assassinato, em determinadas condições, ainda é praticado, até mesmo ordenado socialmente, por meio da nossa cultura.

Não lançamos mão dos nossos desejos primitivos porque com essa renúncia, em retorno, nos é prometido o bem-estar, a promessa de que também os outros se refrearão e não lançarão seus impulsos contra nós e os nossos.Aguardam-nos, possivelmente, evoluções culturais nas quais outras satisfações de desejo, hoje de todo possíveis, parecerão tão inaceitáveis quanto agora as do canibalismo.

O TRABALHADOR SÓ TRABALHA COM UMA ARMA APONTADA PARA A PRÓPRIA CABEÇA

FREUD EXPLICA

“Ao reconhecermos que toda cultura repousa sobre a coerção ao trabalho e a renúncia aos impulsos, e que por isso produz inevitavelmente uma oposição daqueles que são afetados por elas, tornou-se claro que os próprios bens, os meios para a sua obtenção e as disposições para a sua divisão não podem ser o essencial ou o único elemento da cultura. Pois eles são ameaçados pela rebelião e pela tendência destrutiva dos membros dessa cultura.”

Ao lado dos bens, temos agora os meios que podem servir para proteger a cultura, os meios de coerção e outros que devem ser capazes de reconciliar os homens com ela e recompensá-los pelos seus sacrifícios.

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O TRABALHADOR SÓ TRABALHA COM UMA ARMA APONTADA PARA A PRÓPRIA CABEÇA

FREUD EXPLICA

Toda cultura precisa ser construída sobre a coerção e a renúncia aos impulsos. A maioria dos indivíduos não trabalharia caso cessasse a coerção. Preferiria roubar, gastando se tanto um dia por semana, e teria mais para Mas existe a vigilância social, a pressão da família e dos vizinhos, a polícia, o governo averiguará de onde provém suas riquezas se você não é registrado na carteira de trabalho nem possui qualquer empresa.

Temos de contar que o homem tem tendências destrutivas, antissociais e anticulturais, e essas tendências podem determinar o comportamento de muitas pessoas se a liberdade fosse absoluta.

“[…] Percebe-se então, com surpresa e receio, que a maioria dos homens obedece às respectivas proibições culturais apenas quando pressionada pela coerção externa, ou seja, apenas ali onde esta pode se fazer valer e enquanto pode ser temida. Isso também é verdadeiro para as chamadas exigências morais da cultura que se dirigem a todos de igual maneira. A maior parte daquilo que se experimenta em relação à falta de seriedade moral das pessoas entra aqui. Um número imenso de homens aculturados, que recuaria horrorizado diante do assassinato e do incesto, não se priva de satisfazer sua cobiça, seu gosto de agredir e seus apetites sexuais; não deixa de prejudicar os outros por meio da mentira, da fraude e da calúnia caso possa permanecer impune ao fazê-lo; e é possível que tenha sido sempre assim há muitas eras da cultura.”

Palavras de Freud.

Amém. [lvw]

Fonte: Freud, Sigmund. O futuro de uma ilusão. tradução de Renato Zwick; revisão técnica e prefácio de Renata Udler Cromberg; ensaio biobibliográfico de Paulo Endo e Edson Sousa. Porto Alegre: L&PM, 2011.

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Quer ver seu pensamento publicado na Revista LvW?

Envie seu material para o editor: antoine12@gmail.com

Você receberá rapidamente uma resposta sobre aceitação ou não do artigo.

Tem de ser inédito!

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por Antoine Youssef Kamel e grandes colaboradores – 2014 Obrigado pela sua leitura!

Fim.