Segundo Relatorio Eletrotecnica
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
CAMPUS ITABIRA
JOÃO VITOR SOARES RAMOS – 23652 – P2
MARINA DOS SANTOS COIMBRA – 25697 – P2
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – ELETROTÉCNICA GERAL (EEL025)
Circuitos Trifásicos em Y
Itabira2014
1. INTRODUÇÃO
A geração de energia elétrica, e sua distribuição é feita em corrente
alternada. Isso significa que a tensão e a corrente variam ao longo do tempo
seguindo o regime de uma função senoidal com uma determinada frequência. No
Brasil é utilizado a frequência padrão de 60Hz, porém alguns países utilizam 50
Hz.
Existem vários motivos de o porquê da utilização da corrente alternada.
Dois destes motivos estão diretamente ligados, sendo eles a facilidade de
elevação e abaixamento da tensão alternada através da utilização de
transformadores e a vantagem econômica.
Geralmente as usinas são afastadas das cidades, logo a corrente elétrica
precisa percorrer grandes distâncias. Os cabos que conduzem esta corrente
possuem uma certa resistência elétrica, portanto, se uma corrente grande é
transportada, haveria grande perda de energia no caminho em forma de calor.
Assim, durante a transmissão, através dos transformadores a tensão é elevada e a
corrente abaixada, evitando perdas e proporcionando uma transmissão mais
econômica.
Ainda, por razões técnicas e econômicas, a geração de energia é sempre
feita em forma trifásica. Significa que os condutores serão
constituídos de três fios denominados fases, e um fio
denominado neutro. As tensões das fases são de mesma
amplitude, porém estão defasadas 120º uma em relação a
outra.
Para sistemas trifásicos é muito comum realizar a ligação
das cargas em estrela (também denominado Y). É possível ver
esta configuração na figura abaixo.
Figura 1 – Circuito em Y – EstrelaAs tensões e correntes na carga recebem a nomenclatura de
grandezas de fase, já as tensões e correntes entre as fases são
denominadas grandezas de linha. Para essa configuração em
particular, é possível perceber que a corrente de linha é igual a
corrente de fase. Existe ainda uma relação entre a tensão de fase
tensão de linha, onde a tensão de fase multiplicada por√3, dá a
tensão de linha. Todas essas considerações serão posteriormente
abordadas nos resultados do relatório.
2. METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DOS EXPERIMENTOS
Para a realização dos experimentos foram utilizados:
Um varivolt
Dois multímetros (variando entre as funções voltímetro e amperímetro)
Um wattímetro
Fios e conectores
Cargas resistivas e indutivas
Osciloscópio
O circuito montado é representado pela Figura 2.
Figura 2 - Esquema de um circuito trifásico equilibrado em Y
As cargas resistivas e indutivas tem tensão e potência determinadas por 220V e
350W, respectivamente. Foi aplicada uma tensão que corresponde a 50% do varivolt.
Foram medidas as tensões V 1 e V 2, as correntes A1 e A2 e as potências W 1 , W 2 e W 3. A
seguir os resultados obtidos foram discutidos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir do circuito descrito no item anterior, os dados coletados de corrente, tensão e
potência estão descritos na tabela 1 abaixo.
Tabela 1 – Dados Coletados
Tensão de Linha (VL) 131 Vrms
Tensão de Fase (Vφ) 76,4 Vrms
Potencia Ativa Fase R 17,1 W
Potencia Ativa Fase S 17,2 W
Potencia Ativa Fase T 17,1 W
Corrente de Linha (IL) 0,32 Arms
Corrente de Fase (I φ) 0,32 Arms
Fator de Potência Fase R 0,70
Fator de Potência Fase S 0,72
Fator de Potência Fase T 0,71
A partir dos valores de tensão e potência das cargas indutivas e resistivas, foi
encontrado o valor da impedância de cada uma, e a impedância equivalente, dados por:
V=220V
P=350 W
ZR=V ²P
Eq. 1
ZR=(220)²
350=138,286 Ω
ZL=(220) ²
350=138,286∠90 ° Ω
Zeq=138,286∠0 °+138,286∠90 °=195,566∠ 45 ° Ω
Para comprovar os dados medidos, foi utilizado o valor da impedância
equivalente e a tensão de fase (Vφ), comprovando assim via cálculos os outros valores
encontrados.
A corrente de fase do circuito é então dada por:
I φ=V φ
Zeq
Eq. 2
I φ=76,4
195,566∠ 45 °=0,3906∠−45 ° A rms
É possível perceber uma diferença entre a corrente medida (0,32 Arms) e a
calculada (0,39 Arms). Este fato pode ter ocorrido devido a diferença entre as cargas
indutivas e resistivas, pois só foi fornecido os valores de tensão e potência, e não o valor
real das cargas.
Porém é visto que as correntes de linha (IL = 0,32 Arms) e de fase (I φ = 0,32 Arms)
medidas são iguais, comprovando a teoria que em circuitos em Y–Estrela, tanto a
corrente de fase, quanto a de linha, são iguais.
Calculando agora a potência ativa para a fase R, a partir do valores medidos:
P=V φ I φ . fp Eq. 3
PR=76,4 × 0,32× 0,70=17,11W
É possível perceber que o valor calculado é muito próximo do valor medido, e
ainda que a potência ativa de cada fase é praticamente a mesma (PR ≈ PS ≈ PT). Este
resultado é esperado pois o circuito em análise é considerado um circuito equilibrado.
Finalmente, a partir do valor de tensão de fase (Vφ) foi calculado o valor da
tensão de linha (VL) para a fase R, utilizando a expressão:
V L=√3V φ∠θ0+30 ° Eq. 3
V L=√3 . 76,4∠0 °+30 °=132,32∠30° Arms
Este valor encontrado é bem próximo do valor medido (VL=131rms)
comprovando a relação demonstrada pela Equação 3.
Ainda, para verificar defasagem entre a tensão de fase e tensão de linha, utilizou-
se o osciloscópio, registrando as formas de onda demonstradas na Figura 3.
Figura 3 – Formas de Onda no Osciloscópio
Analisando a imagem acima, comprovou-se a relação de defasagem entre as
tensões de fase e de linha, onde a tensão de fase está trinta graus (30º) adiantada em
relação a tensão de fase. É importante ressaltar que as ondas estão invertidas no
osciloscópio.
Os valores apresentados pelo osciloscópio estão maiores em aproximadamente
dois volts, porém, esta diferença é aceitável, devido ao fato que a medição utilizando o
osciloscópio foi a última medição realizada pelo grupo, e durante a transição entre as
medições, o circuito precisava ser desligado, a ao religar o mesmo, ajustar o
potenciômetro do varivolt para exatamente a mesma porcentagem era uma tarefa difícil.
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOYLESTAD, Robert. Introdução a análise de circuitos. 10ª ed. Prentice Hall do Brasil, 2004.
Conceitos Básicos Sobre Sistemas de Energia. Disponível em: <http://www.audiolink.com.br/audiolink/guitaramppage.htm >. Acesso em 09 de abril de 2014.
SPADA, Adriano Luiz. Circuitos Trifásicos. Disponível em: <http://www.faculdadedavilamatilde.com.br/publicacoes/CircuitosTrifasicos.pdf>. Acesso em 09 de abril de 2014.