Teoria Das Relacoes Internacionais de Waltz

5
A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdob dos autores voltados para a Teoria da Burocracia, que tentaram conci propostas pelaTeoria Clássica e pelaTeoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente e é a sociedade maior,ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações. Daí Waltz começa o capítulo 5 de seu l afirmando que “resultantes político-internacionais não podem ser explicadas de reducionista.”, ou seja, Teoria de Relações Internacionais não devem se ater s questões de nível estatal, e sim a um nível sistêmico, onde as unidades intera formando uma estrutura. O conceito de estrutura é um tanto quanto abstrato, para defini-lo é nec existência de um conjunto de unidades em constante interação. Entreta abstrai das características comportamentais das unidades, para poder entender estrutura do sistema internacional influencia nas ações dos Estados. Para isso, “a estrutura política interna tem de ser examinada de forma a estabelecer a disti entre expectativas sobre o comportamento e suas resultantes nos domínios inter externo.”. Pois assim, tornará mais fácil desenvolver uma teoria sistêmica. A política interna é ordenadahierarquicamente, através de relações de superioridade e subordinação. Esse é o primeiro ponto para se entender o conce estrutura. Para Waltz, “uma estrutura política interna é assim defini acordo com o principio pelo qual é ordenada; segundo pela especificação das fu unidades formalmente diferenciadas; terceiro pela distribuição das capacidades unidades... A definição tripartida de estrutura inclui apenas o que é requerid como as unidades de um sistema são posicionadas ou organizadas.”. Dados os sistemas internos e externos, seus princípios ordenadores basei centralização e na descentralização de poder, como também na hierarquia e na a Internamente existe um governo com autonomia para guiar e criar uma condição d subordinação regendo a política interna de forma hierárquica. Já em âmbito int como há a ausência de um governo centralizador, a política internacional é est por um principio anárquico, onde formalmente todos os Estados são iguai deve comandar ou obedecer. Pelo que foi visto até agora, estrutura define um s ordenado. O conceito de estrutura está atrelado a uma base organizacional, por que foi estudado, o princípio que determina as relações internacionais está na

Transcript of Teoria Das Relacoes Internacionais de Waltz

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da dcada de 50, como um desdobramento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia, que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clssica e pela Teoria das Relaes Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizaes com o seu ambiente externo, que a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizaes, caracterizada pela interdependncia entre as organizaes. Da Waltz comea o captulo 5 de seu livro afirmando que resultantes poltico-internacionais no podem ser explicadas de forma reducionista., ou seja, Teoria de Relaes Internacionais no devem se ater somente s questes de nvel estatal, e sim a um nvel sistmico, onde as unidades interagem entre si formando uma estrutura. O conceito de estrutura um tanto quanto abstrato, para defini-lo necessria a existncia de um conjunto de unidades em constante interao. Entretanto Waltz se abstrai das caractersticas comportamentais das unidades, para poder entender como a estrutura do sistema internacional influencia nas aes dos Estados. Para isso, a estrutura poltica interna tem de ser examinada de forma a estabelecer a distino entre expectativas sobre o comportamento e suas resultantes nos domnios interno e externo.. Pois assim, tornar mais fcil desenvolver uma teoria sistmica. A poltica interna ordenada hierarquicamente, atravs de relaes de superioridade e subordinao. Esse o primeiro ponto para se entender o conceito de estrutura. Para Waltz, uma estrutura poltica interna assim definida, primeiro, de acordo com o principio pelo qual ordenada; segundo pela especificao das funes de unidades formalmente diferenciadas; terceiro pela distribuio das capacidades dessas unidades... A definio tripartida de estrutura inclui apenas o que requerido para mostrar como as unidades de um sistema so posicionadas ou organizadas.. Dados os sistemas internos e externos, seus princpios ordenadores baseiam-se na centralizao e na descentralizao de poder, como tambm na hierarquia e na anarquia. Internamente existe um governo com autonomia para guiar e criar uma condio de subordinao regendo a poltica interna de forma hierrquica. J em mbito internacional, como h a ausncia de um governo centralizador, a poltica internacional estabelecida por um principio anrquico, onde formalmente todos os Estados so iguais e nenhum deve comandar ou obedecer. Pelo que foi visto at agora, estrutura define um sistema ordenado. O conceito de estrutura est atrelado a uma base organizacional, porm, pelo que foi estudado, o princpio que determina as relaes internacionais est na falta de

ordem e de organizao. Se a estrutura um conceito organizacional, os termos estrutura e anarquia parecem estar em contradio. O autor ao se indagar sobre como se imaginar uma ordem sem um ordenador, por analogia teoria microeconmica, descreve como a ordem criada atravs de atos egostas e de unidades individuais que na teoria dado por pessoas e firmas. Dando continuidade a teoria microeconmica, os sistemas poltico-internacionais como os mercados econmicos so formados pela cooperao de unidades egostas. Estes so originariamente individualistas, gerados espontaneamente e involuntrios. Dadas as comparaes entre mercado e sistema poltico-internacional a sua formao tem a mesma diligncia, porm os objetivos tm suas divergncias. No mercado econmico, o principal objetivo de pessoas e firmas a maximizao dos lucros. Mas em um sistema polticointernacional esses objetivos variam da luta pela sobrevivncia ambio de conquistar o mundo. O segundo ponto tratado por Waltz na tentativa de conceituar estrutura poltica, especifica as funes desempenhadas pelos Estados envolvidos no sistema. Os Estados que so as unidades de sistemas poltico-internacionais no so formalmente diferenciados pelas funes que desempenham. A anarquia impe relaes de coordenao entre as unidades de um sistema, e isso implica a sua semelhana. Entretanto como se pode dizer que os Estados so unidades semelhantes, dada a vasta variedade existente? A semelhana est nos problemas enfrentados pelas unidades em relao ao sistema, porm as mesmas tarefas no implicam nas mesmas capacidades de contornarem tais problemas. No terceiro ponto tratado por Waltz, a partir do momento em que h uma nova distribuio da capacidade entre as unidades do sistema, este como um todo tambm se altera. Essas alteraes de estrutura criam novas expectativas sobre o comportamento das unidades e as resultantes produzidas em interaes futuras. As estruturas iro variar de acordo com as diferentes capacidades dos Estados, os sistemas sero transformados se um princpio ordenador substituir o outro. No que diz respeito s ordens anrquicas, o autor percebe que a ameaa de violncia est associada ausncia de governo como tambm sua existncia. Essa afirmao exemplificada com as guerras existentes dentro de um Estado para se estabelecer a ordem, gerando mais mortes do que as guerras entre os Estados. Os governos efetivos tm o monoplio legtimo do uso da fora, ou seja, o Estado se organiza para evitar o uso privado da fora. A diferena entre poltica nacional e

internacional reside no no uso da fora, mas nos diferentes modos de organizao para fazer alguma coisa em relao a esse uso.. As diferenas entre as estruturas nacionais e internacionais refletem-se na forma como as unidades de cada sistema definem seus fins e desenvolvem os meios para alcan-los. A partir da os Estados buscam a interdependncia entre eles, a fim de cooperarem para ganhos mtuos. Porm existe uma diferena entre a interdependncia dentro e entre as naes, assim o autor difere estas por integrao e interdependncia, onde a primeira acontece dentro das unidades e a ltima, entre as unidades. Porm os ganhos mtuos entre as naes geram uma desconfiana, pois os Estados por terem impulsos imperialistas buscam diminuir a sua dependncia em relao a outros Estados e tendem buscar certa autonomia para uma maior autossuficincia. O problema central das estruturas consiste no comportamento racional das unidades, pois dados os constrangimentos estruturais os resultados desejados no so alcanados. Devido s necessidades individuais de cada pas, de tomar conta de si mesmo, ningum pode tomar conta do sistema. Quando se diz respeito s estratgias que devem ser tomadas, as capacidades dos agentes so prioridade. Em funo disso, os grandes Estados so solicitados para fazer o que necessrio para a sobrevivncia do mundo. Tendo em vista que o sistema internacional anrquico, Waltz cita que ... os Estados no podem confiar poderes administrativos a uma agncia central a no ser que esta seja capaz de proteger os seus Estados clientes. Quanto mais poderosos forem os clientes e quanto maior o poder de cada um deles aparecer como ameaa aos outros, maior tende a ser o poder alojado no centro. Quanto maior o poder do centro, mais forte o incentivo para os Estados se envolverem numa luta pelo seu controle. Para o autor, se existe uma teoria eminentemente poltica tendo em vista um sistema anrquico, seria a teoria da balana de poder. Esta um resultado causado pelas aes desordenadas dos Estados que tentam manter a estabilidade do sistema sem destruir a multiplicidade dos elementos que o compe, prevalecendo assim dois pontos importantes. Primeiramente que a ordem seja anrquica e por ltimo que seja povoada por unidades que desejem manter a sua sobrevivncia. Continuando com o pensamento de formao de uma teoria sistmica, Waltz adiciona que a balana de poder se impe sobre as aspiraes de poder das naes, fazendo com que assim estas se restrinjam a si prprias, aceitando o sistema da balana de poder, visto como se fosse um jogo onde as regras deveriam ser cumpridas para que fosse mantida a estabilidade internacional e a independncia nacional.

A parir deste momento Waltz comea a se perguntar se a suposta teoria que ele tenta elaborar neste livro tem alguma validade e ento passa a multiplicar hipteses e variar testes na tentativa de encontrar resultados que comprovem estas teorias. A teoria leva muitas expectativas sobre os comportamentos e resultados, prevendo se os Estados iro envolver-se em comportamentos equilibrados, tendero ao equilbrio do sistema ou se at mesmo no iro aderir teoria da balana de poder. O autor nos captulos 5 e 6 de seu livro, usa de diversas analogias no intuito de desenvolver e embasar seus estudos em fundamentos tericos que possam com o passar dos anos serem debatidos e evoludos. A primeira teoria que foi usada como objeto de comparao para a compreenso de uma possvel teoria de Relaes Internacionais, foi a teoria microeconmica. Esta foi citada em funo da dificuldade do autor em definir como h uma ordem mediante uma estrutura anrquica, e porque descreve como uma ordem espontaneamente formada.. Ao se falar de sistemas internacionais a analogia com a economia continua, entretanto agora, de forma equivocada, pois a estrutura de um mercado definida pelo nmero de firmas em competio. Porm, essa definio no se aplica s relaes internacionais devido sua incapacidade de controlar o ambiente de sua ao, problema esse que as firmas, por exemplo, no possuem. Elas se fundem, compramse umas as outras e so regulamentadas, os Estados no se compram e no possuem uma entidade reguladora de suas aes. Waltz defende o fato de como os economistas definem mercados em termos de firmas, as estruturas poltico-internacionais so definidas por estados. Isso se d porque as capacidades econmicas e as outras capacidades dos Estados no podem ser entendidas de forma separada. Os objetivos econmicos usam meios militares e polticos para serem alcanados, assim como os fins militares e polticos necessitam dos recursos econmicos em suas metas. A comparao de sistema internacional com mercados torna-se interessante e tem seus pontos relevantes. A forma como os Estados interagem so parecidas com as firmas, tendem a ser egostas no intuito de maximizar lucros e garantirem sua sobrevivncia. Entretanto a durabilidade das estruturas completamente diferente. A estrutura do sistema internacional se manter dessa forma como est por muito, ao contrrio da estrutura do mercado, que altamente imprevisvel. A taxa de mortalidade dos Estados notavelmente baixa. Poucos Estados morrem; ao contrrio de muitas firmas. Comparando novamente a estrutura poltico-internacional com a estrutura econmica, percebe-se que h uma dificuldade na cooperao de seus membros. A cooperao entre firmas limitada num mercado oligopolista, assim como a cooperao entre Estados se

limita no ambiente anrquico. A condio de insegurana e de incerteza das aes futuras dos outros no favorece a cooperao. Esse sentimento levou Lnin a acreditar que os pases capitalistas em funo de sua iniciativa imperialista no cooperariam para o enriquecimento mtuo. Ento, durante todo o texto Waltz nos traz a importncia de uma base estruturalista dentro de um Estado e at mesmo de um sistema. Essa estrutura organizacional tem seus pontos positivos, pois facilita na compreenso do sistema internacional como um todo, permite uma maior integrao dos povos aumentando a interdependncia entre as naes, proporciona maiores oportunidades de cooperao entre Estados e permite tambm o avano e o desenvolvimento de novas teorias que consigam explicar de uma melhor forma s Relaes Internacionais.