TIPO DE AVALIAÇÃONº2017 -...

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TIPO DE AVALIAÇÃONº2017 Questão 1 PÓS-VERDADE, HOAX, FAKE NEWS: UMA TENTATIVA DE ANÁLISE PRAGMÁTICA Ainda não há clareza, no âmbito acadêmico, a respeito da maneira correta de diferenciar o que se chama de pós-verdade daquilo que se chama de hoax e daquilo que se chama de fake news. Há, com efeito, algumas impressões a respeito dessas noções e de como elas se estabelecem. O que apresentarei doravante. A noção de pós-verdade é conhecida desde a década de 1990, mas ganhou maior atenção após ser escolhida como a palavra do ano em 2016 pela equipe do Oxford Dictionaries. Como não há muitos estudos a respeito de pós-verdade, tudo que se afirma a respeito de sua definição ou de seu conceito ainda pode mudar, e muito. Apesar disso, é necessário empreender um esforço para tentar compreender a essência desse fenômeno e principalmente entender alguns de seus princípios. A estratégia de relativizar, distorcer, alterar ou reinterpretar os fatos com vistas a defender interesses pessoais é o que se convencionou chamar de pós-verdade, fake news, hoax ou em bom português embuste. Exemplos não faltam para ilustrar esse tipo de manipulação da realidade. Talvez, os mais famosos sejam os relacionados à política: como os dados a respeito do Brexit, as especulações sobre a origem muçulmana de Barack Obama, as distorções a relativas à morte da esposa do ex-presidente Lula. (Pablo Jamilk. Inferências Falseadoras Como Base Para a Pós-Verdade. Disponível em: http://e- revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/18494. Acesso: 22 de janeiro de 2018) Sobre o uso do travessão no texto acima, pode-se afirmar que a) No terceiro período do segundo parágrafo, esse sinal de pontuação poderia ser substituído pelos parênteses, sem nenhuma perda argumentativa. b) No último período do segundo parágrafo, o objetivo é fragilizar a informação destacada, já que o intenção argumentativa principal é explicar “a essência desse fenômeno”. c) No último período do segundo parágrafo, a substituição do travessão pela vírgula provocaria uma incorreção gramatical. d) No primeiro período do terceiro parágrafo, a intenção comunicativa é iniciar um discurso direto. e) No primeiro período do terceiro parágrafo, há um processo de modalização do discurso, enfatizado, posteriormente, pela palavra “embuste”. Gabarito. E. O caráter resumitivo e a escolha lexical contribuem para o aspecto modalizador do discurso. Disciplina: Literatura Série/ano: Folião de Elite Turno: Autor: Caroline Lucena, Marília Costa & Roberto Lota Número de questões: 15 questões + Proposta de Redação Modelo: Enem Data: 22 de fevereiro de 2018

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TIPO DE AVALIAÇÃONº2017

Questão 1 PÓS-VERDADE, HOAX, FAKE NEWS: UMA TENTATIVA DE ANÁLISE PRAGMÁTICA

Ainda não há clareza, no âmbito acadêmico, a respeito da maneira correta de diferenciar o que se chama de pós-verdade daquilo que se chama de hoax e daquilo que se chama de fake news.

Há, com efeito, algumas impressões a respeito dessas noções e de como elas se estabelecem. O que apresentarei doravante. A noção de pós-verdade é conhecida desde a década de 1990, mas ganhou maior atenção após ser escolhida como a palavra do ano – em 2016 – pela equipe do Oxford Dictionaries. Como não há muitos estudos a respeito de pós-verdade, tudo que se afirma a respeito de sua definição ou de seu conceito ainda pode mudar, e muito. Apesar disso, é necessário empreender um esforço para tentar compreender a essência desse fenômeno e – principalmente – entender alguns de seus princípios.

A estratégia de relativizar, distorcer, alterar ou reinterpretar os fatos com vistas a defender interesses pessoais é o que se convencionou chamar de pós-verdade, fake news, hoax ou – em bom português – embuste. Exemplos não faltam para ilustrar esse tipo de manipulação da realidade. Talvez, os mais famosos sejam os relacionados à política: como os dados a respeito do Brexit, as especulações sobre a origem muçulmana de Barack Obama, as distorções a relativas à morte da esposa do ex-presidente Lula.

(Pablo Jamilk. Inferências Falseadoras Como Base Para a Pós-Verdade. Disponível em: http://e-

revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/18494. Acesso: 22 de janeiro de 2018)

Sobre o uso do travessão no texto acima, pode-se afirmar que

a) No terceiro período do segundo parágrafo, esse sinal de pontuação poderia ser substituído pelos parênteses, sem nenhuma perda argumentativa.

b) No último período do segundo parágrafo, o objetivo é fragilizar a informação destacada, já que o intenção argumentativa principal é explicar “a essência desse fenômeno”.

c) No último período do segundo parágrafo, a substituição do travessão pela vírgula provocaria uma incorreção gramatical.

d) No primeiro período do terceiro parágrafo, a intenção comunicativa é iniciar um discurso direto. e) No primeiro período do terceiro parágrafo, há um processo de modalização do discurso, enfatizado,

posteriormente, pela palavra “embuste”.

Gabarito. E. O caráter resumitivo e a escolha lexical contribuem para o aspecto modalizador do discurso.

Disciplina: Literatura Série/ano: Folião de Elite Turno:

Autor: Caroline Lucena, Marília Costa & Roberto Lota

Número de questões: 15 questões + Proposta de Redação

Modelo: Enem Data: 22 de fevereiro de 2018

Questão 2 (ENEM-16)

O hoax, como é chamado qualquer boato ou farsa na internet, pode espalhar vírus entre os seus contatos.

Falsos sorteios de celulares ou frases que Clarice Lispector nunca disse são exemplos de hoax. Trata-se de boatos

recebidos por e-mail ou compartilhados em redes sociais. Em geral, são mensagens dramáticas ou alarmantes que

acompanham imagens chocantes, falam de crianças doentes ou avisam sobre falsos vírus. O objetivo de quem cria

esse tipo de mensagem pode ser apenas se divertir com a brincadeira (de mau gosto), prejudicar a imagem de uma

empresa ou espalhar uma ideologia política.

Se o hoax for do tipo phishing (derivado de fishing, pescaria, em inglês) o problema pode ser mais grave: o usuário que clicar pode ter seus dados pessoais ou bancários roubados por golpistas. Por isso é tão importante ficar atento.

VIMERCATE, N. Disponível em: www.techtudo.com.br. Acesso em: 1 maio 2013 (adaptado).

Ao discorrer sobre os hoaxes, o texto sugere ao leitor, como estratégia para evitar essa ameaça, a) recusar convites de jogos e brincadeiras feitos pela internet. b) analisar a linguagem utilizada nas mensagens recebidas. c) classificar os contatos presentes em suas redes sociais. d) utilizar programas que identifiquem falsos vírus. e) desprezar mensagens que causem comoção.

Gabarito B. O texto faz alusão ao hoax, assinalando que são boatos ou farsas veiculadas pela internet e que

podem ser muito mais que uma brincadeira eletrônica de mau gosto. É essencial que o usuário, para não se

tornar uma vítima, analise as mensagens recebidas por meio de uma cuidadosa verificação da linguagem em

que são vazadas.

Questão 3 Pós-Verdade e Política

Onde não há fatos, nada é verdade – O que Trump tem a ver com Nietzsche, Foucault ou Derrida?

A resposta para o título desse texto é simples e cristalina como água que jorra da fonte: nada, mas nada

mesmo. Mesmo assim ocorre no noticiário político e na internet volta e meia a associação, completamente indevida por sinal, entre as estratégias midiáticas de desinformação de Trump e os esforços de desconstrução das grandes narrativas da verdade pelos filósofos ditos “pós-modernos”.

Por exemplo, a famosa afirmação de Nietzsche, em um fragmento de 1887, de que “não existem fatos, apenas interpretações”, costuma ser escutada na filosofia como um alerta crítico de que a verdade não é única, nem definitiva, nem imutável, mas precisa ser continuamente discutida e tematizada. No contexto político atual a frase está sendo relida, ao contrário, como se fosse a legitimação para os estados de “tanto faz” ou de “liberou geral” reinantes, pois onde não há fatos, nada é verdade.

Um sinal sutil dessa tendência é o uso da palavra “pós-verdade” como se fosse o ponto de interseção entre política e filosofia na contemporaneidade. O termo “pós-verdade” é conhecido pelo menos desde os anos 90, mas se tornou especialmente popular em 2016, tendo sido escolhida a palavra do ano pela equipe do Oxford Dictionaries. (...) (Charles Feitosa. Pós-Verdade e Política. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/pos-verdade-e-politica/. Acesso em 22 de janeiro de 2018) No primeiro parágrafo do fragmento acima, há uma intenção clara de se promover uma explicação sobre o título do texto. Assim, a função da linguagem que está em ação é a

a) Emotiva b) Conativa c) Fática d) Poética e) Metalinguística

Gabarito. E. Quando a intenção é explicar o próprio texto, estamos diante da função metalinguística.

Questão 4 Texto

Pablo Larraín define ‘Neruda’ como ‘falsa biografia’

Dirigida pelo diretor chileno, cinebiografia de poeta estreia nesta quinta

RIO — Antes mesmo de chegar aos 40 anos, completados em agosto passado, Pablo Larraín já era considerado um dos cineastas mais promissores da América Latina. Indicado ao Oscar por “No” (2012) e vencedor do grande prêmio do júri do Festival de Berlim por “O Clube” (2015), o diretor chileno consolida sua posição de prestígio com “Neruda”, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, e “Jackie” (previsto para estrear em março), duas cinebiografias aclamadas em festivais internacionais, indicadas ao Globo de Ouro e promessas para o Oscar de 2017.

Em se tratando do autor de “Tony Manero” (2008), “Post Mortem” (2010) e “No”, trilogia sobre o período da ditadura militar de Pinochet, não se devem esperar cinebiografias tradicionais, fiéis a fatos. Se em “Jackie” Larraín combina imagens de arquivo e imaginação para descrever o estado de espírito da ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy nos dias que se seguiram ao assassinato do marido, papel com o qual Natalie Portman concorre ao Globo de Ouro e pode levar o Oscar de melhor atriz, em “Neruda”, indicado do Chile para concorrer na categoria de filme estrangeiro, o diretor lança mão de um certo grau de fantasia para pintar o retrato do poeta e ex-senador Pablo Neruda (1904-1973).

— Biografia é um gênero muito perigoso. Pode resultar em relatos enfadonhos. Busco uma abordagem com a maior carga de liberdade possível. No caso de “Neruda”, tentamos jogar com instrumentos que o poeta nos ofereceu, construindo circunstâncias em que podemos vê-lo criando sua própria lenda, enquanto escapava da polícia e escrevia o que resultaria em “Canto Geral”, seu livro mais político. Posso dizer que o filme é uma biografia falsa, cheia de arbitrariedades — confessou o diretor no Festival de Cannes, em maio, quando “Neruda” ganhou estreia mundial na Quinzena dos Realizadores.

(Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/filmes/pablo-larrain-define-neruda-como-falsa-biografia-20649573.

Acesso em 22 de janeiro de 2018)

De acordo com o texto acima,

a) as circunstâncias fantasiosas criadas pelo diretor Pablo Larraín não impedem que emerja a essência do biografado.

b) o diretor Pablo Larraín é considerado um dos mais promissores diretores, porque faz biografias falsas no cinema.

c) para que o filme alcance melhor expediente estético, não pode haver falseamentos na história. d) não se devem esperar biografias fidedignas, porque o diretor do filme costumar tratar de figuras públicas. e) toda arbitrariedade é válida, desde que o resultado seja a criação de uma imagem lendária do protagonista

do filme.

Gabarito. A Os fragmentos: “Se em “Jackie” Larraín combina imagens de arquivo e imaginação para

descrever o estado de espírito da ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy nos dias que se seguiram ao

assassinato do marido” e “No caso de ‘Neruda’, tentamos jogar com instrumentos que o poeta nos ofereceu,

construindo circunstâncias em que podemos vê-lo criando sua própria lenda” comprovam a resposta.

Questão 5 Texto

Etimologicamente derivado da palavra italiana pasticcio (massa ou amálgama de elementos compostos),

pastiche era aplicado pejorativamente, no campo da pintura, a quadros forjados com tal perícia imitativa que

procuravam ser confundidos com os originais. Durante a Renascença, devido à crescente procura de obras de arte

em Florença e Roma, muitos pintores medíocres foram levados a imitar quadros de grandes mestres italianos, com

intenções fraudulentas. O conceito viajou para França e pasticcio converteu-se no galicismo pastiche, no século

XVIII. Permitindo nomear uma prática que é bastante anterior à criação do termo (note-se que a imitação dos

clássicos era já recomendada por Quintiliano e por toda a tradição retórica), o pastiche literário, em termos genéricos,

refere-se a obras artísticas criadas pela reunião e colagem de trabalhos pré-existentes. Imitação afetada do estilo de

um ou mais autores, o pastiche, forma claramente derivativa, põe a tônica na manipulação de linguagens,

contrapondo diversos registros e níveis de língua com finalidade paródica ou simplesmente estética e lúdica.

Deliberadamente cultivado por inúmeros autores, o pastiche afirma-se como a escrita “à maneira de”. Faz uso de

processos como a adaptação (modificação de material artístico de gênero para gênero e de uma forma para outra

distinta), a apropriação (o empréstimo deliberado), o bricolage (a criação a partir de fontes e modelos heterogêneos)

e a montagem. Quanto à sua relação com o texto-fonte, o pastiche reveste-se de um caráter ambivalente, ao

aproximar-se da paródia e da sátira, realizando-se num misto de homenagem, sublimando textos antecedentes por

forma a mostrar a força e o prestígio da tradição canônica, e de provocação, subvertendo textos antecessores, uma

forma de desqualificar o sistema e código vigentes.

Após a leitura do texto acima, pode-se afirmar que há um exemplo de pastiche em:

a)

(L.H.O.O.Q. Marcel Duchamp)

b)

(Caravaggio. A ceia de Emaús)

c)

(“Ilusão Infinita. Galeria dos mestres da pintura)

d)

Obra "Enterro de Ornans", de Gustave Courbet )

e)

(Cristo Todo-Poderoso, Mosaioc bizantino do século VI)

Gabarito. A. Duchamp paradia a imagem original de Mona Lisa ao acrescentar-lhe um bigode, ao mesmo

tempo que se vale da mesma técnica de Da Vinci.

Questão 6 Texto - Graciliano Ramos

Falo somente com o que falo: com as mesmas vinte palavras girando ao redor do sol que as limpa do que não é faca: de toda uma crosta viscosa, resto de janta abaianada, que fica na lâmina e cega seu gosto da cicatriz clara. *** Falo somente do que falo: do seco e de suas paisagens, Nordestes, debaixo de um sol ali do mais quente vinagre: que reduz tudo ao espinhaço, cresta o simplesmente folhagem, folha prolixa, folharada, onde possa esconder-se a fraude. *** Falo somente por quem falo: por quem existe nesses climas condicionados pelo sol, pelo gavião e outras rapinas: e onde estão os solos inertes de tantas condições caatinga em que só cabe cultivar o que é sinônimo da míngua. *** Falo somente para quem falo:

quem padece sono de morto e precisa um despertador acre, como o sol sobre o olho: que é quando o sol é estridente, a contrapelo, imperioso, e bate nas pálpebras como se bate numa porta a socos. Publicado no livro Terceira feira (1961). Poema integrante da série Serial.

João Cabral de Melo Neto, neste poema, promove uma criação poética baseada no estilo de construção textual de

outro autor, Graciliano Ramos. A reflexão sobre o processo criativo aponta para uma concepção de atividade poética

que põe em evidência a (o)

a) escrita caudalosa e grandiloquente de Graciliano Ramos que se manifesta no verso:” de toda uma crosta viscosa”.

b) escrita produzida para qualquer um que leia o texto, sem preconceitos quanto ao leitor, como se manifesta em: “Falo somente para quem falo”.

c) escrita árida e seca, que se resguarda somente no essencial, como se verifica em: “com as mesmas vinte palavras/ girando ao redor do sol

d) processo de composição minimalista, que desenvolve sempre um assunto único: o verão; como se observa em: “Nordestes, debaixo de um sol”.

e) distanciamento do eu lírico com o sujeito a quem se dirige o poema, já que não ocorre a empatia, como se vê em: “e bate nas pálpebras como/ se bate numa porta a socos.”

Gabarito. C. A escrita de Graciliano Ramos é árida e concisa, como se observa em na primeira estrofe.

Questão 7 Mentiras

Querem me ensinar, querem me julgar pelo que eu fiz. Querem me julgar, querem me ensinar como se diz Mentiras! Querem me salvar, querem me curar do que eu não sofro. Querem me curar, querem me salvar, mas eu só ouço Mentiras! Eu não posso viver comigo, eu não posso fugir de mim. Eu não quero que gritem comigo, eu não quero que riam de mim. Eu não quero que falem, eu não quero que digam Mentiras! Querem me curar do que eu não sofro, Querem me julgar pelo que eu fiz. Querem me salvar, mas eu só ouço, Querem me ensinar como se faz Mentiras! (Titãs) Analisando o processo de construção poética acima, pode-se afirmar que

a) a repetição estrutural dos versos compromete negativamente no uso da emotividade do texto. b) o verso: “Eu não posso viver comigo, eu não posso fugir de mim” traduz uma hipérbole, já que as ideias são

incompatíveis, semanticamente. c) a palavra “mentiras”, isolada num único verso, tem como intenção explicitar sua importância na temática do

texto. d) o verso: “Querem me curar do que eu não sofro” é um exemplo de uma mentira contada pelo eu lírico.

e) a exclamação têm como objetivo destacar uma informação e, consequentemente, promover a função fática.

Gabarito. C. A palavra “mentiras”, isolada num único verso, tem como intenção explicitar sua importância na

temática do texto.

Questão 8 Texto – Punição lenta é desafio no combate a fake news

No ES, empresário foi indiciado por divulgar notícia falsa, mas, quase 4 anos depois, não há processo

RIO — Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Polícia Federal (PF) aceleram os trabalhos no sentido de criar uma nova legislação e aprimorar as formas de combate e punição a quem produz e distribui notícias falsas na internet, casos passados demonstram o principal desafio na área que se tornou obsessão das autoridades eleitorais no Brasil e em outros países: o descompasso de tempo entre a velocidade com que as fake news se propagam na internet, com efeito imediato que pode influenciar votações, e a lentidão inerente à identificação e penalização dos culpados, agravada pela falta de agilidade da polícia e da Justiça no país. Na quinta-feira, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, disse que a polícia terá ajuda do FBI para se aperfeiçoar nesta área.

Um episódio recente, no Espírito Santo, é tratado pela Polícia Federal como o primeiro caso de indiciamento por fake news, e é exemplar deste desequilíbrio. Corriam as eleições de 2014, e um link falso viralizou no estado. Ele jogava o internauta para uma página que imitava o site da “Gazeta”, principal jornal local, mostrando um falso resultado de pesquisa de intenção de votos, com o então candidato Renato Casagrande (PSB) à frente de Paulo Hartung (PMDB), que liderava as pesquisas e se elegeu governador.

Advogados de Hartung denunciaram o caso, foi aberta uma investigação pela Polícia Federal, mas o inquérito só foi concluído quase três anos depois, em junho de 2017, como mostrou a revista “Veja” na última semana. Pior: quase oito meses depois, o inquérito que pede o indiciamento de um empresário da área de tecnologia em Vila Velha (ES) pelos crimes de divulgação de pesquisa fraudulenta e embaraço ao voto, previstos na Lei Eleitoral, de 1997, nem sequer chegou ao Ministério Público Eleitoral para o oferecimento de denúncia. As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido.

(Miguel Caballero. O Globo. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/punicao-lenta-desafio-no-combate-fake-news-22310951. Acesso em: 22 de janeiro de 2018.) A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que

A) a expressão “enquanto” marca uma ideia de tempo simultâneo. B) O termo “nesta área”, no primeiro parágrafo, refere-se ao Brasil, que tem enfrentado problemas com as “fake

news” C) a expressão: “Um episódio recente,” tem como objetivo enumerar os casos de “fake-news” existentes no

Brasil. D) o termo destacado “que” em “que liderava as pesquisas e se elegeu governador.” cataforicamente se refere a

Paulo Hartung. E) O concetivo “mas” no primeiro período do último parágrafo além de indicar oposição, no contexto, também

indica uma concessão.

Gabarito. A.

Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Polícia Federal (PF) aceleram os trabalhos(...), casos

passados demonstram o principal desafio na área - as ações ocorrem simultaneamente.

Questão 9

Texto – O QUE FAZ VOCE FELIZ? Sentado na frente da televisão, a propaganda do hipermercado me interpela: “O que faz voce feliz?”. Ouc o o

poema de Arnaldo Antunes, declamado em sua voz grave, enquanto acompanho com olhar surpreso o brilho da

felicidade publicitária, invadindo a sala, meu corac ão e minha mente. O desejo de possuir aquela felicidade instala-se e eu sou capaz de responder que tudo aquilo que ali se diz me faz feliz. [...]

E assim que a vida se apresenta no mundo em que as coisas de hoje já se tornaram obsoletas amanhã, assim como a felicidade de ter agora o último modelo de celular, o te nis da hora ou a roupa da moda transforma-se

em insatisfac ão garantida no instante em que ter deixou de ser desejo para se materializar na coisa desejada. [...] E o

círculo vicioso por onde escorre a vida em suaves prestac ões. [...] Somos consumidos pelo consumo e, vez ou outra, lá no fundo, uma voz nos interpela: é isso que me faz feliz? E para isso que vivo?

(Ricardo Fiegenbaum. O que faz voce feliz? Revista Mundo Jovem, ano 47, no 401, out.2009.)

Ricardo Fiegenbaum defende o ponto de vista de que (A) no círculo vicioso em que somos consumidos pelo consumo, uma voz nos diz: é isso que me faz feliz. (B) a propaganda citada no texto está ligada ao ideal de consumo e para isso associa a imagem de ser feliz às coisas simples da vida. (C) o autor defende a ideia de consumir, pois lembra que as coisas mais simples dão valor àvida e trazem felicidade.

(D) o poder de ter o último modelo de celular,de te nis ou roupa da moda transforma-se em satisfac ão, pois o desejo se materializou.

(E) a vida é mais leve quando se compra e paga-se em suaves prestac ões. Gabarito. B. O texto promove uma indução, pois se conclui que as coisas materiais são efêmeras e, por isso, não trazem a felicidade. A felicidade é um sentimento que nasce de coisas menos obsoletas e, por inferência, duradoras e imateriais.

Questão 10

Luís -Fernando Veríssimo. As cobras. O Estado de S. Paulo

Um texto é formado de informações explícitas e implícitas, que podem ser óbvias ou não. Na tira, está

implícito que,

a) os personagens consideram que casamento não traz felicidade.

b) a felicidade está vinculada a não se casar.

c) felicidade e casamento podem estar em conjunto.

d) casamento é uma instituição que pode não estar associada à felicidade.

e) a felicidade só é encontrada na vida de solteiro. Gabarito. D. De acordo com o texto, o casamento pode gerar a felicidade e o ser pode estar feliz,

mas eles não andam juntos. No caso do item D, o casamento é visto como uma instituição que não

traz a felicadade em si, pois encontrar “uma mulher que queira casar” com o Felipe e ser feliz são

duas condições excludentes.

Questão 11 Texto – Velho Tema

Só a leve esperanc a, em toda a vida, Disfarc a a pena de viver, mais nada;

Nem é mais a existe ncia, resumida,

Que uma grande esperanc a malograda.

O eterno sonho da alma desterrada, Sonho que a traz ansiosa e embevecida, E uma hora feliz, sempre adiada E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos, Arvore milagrosa, que sonhamos Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcanc amos Porque está sempre apenas onde a pomos E nunca a pomos onde nós estamos.

(Vicente de Carvalho. Poemas e Canc ões. 5 ed. São Paulo: Monteiro Lobato & C. – Editores, 1923.)

O poema de Vicente de Carvalho apresenta uma voz lírica que indica que a felicidade a) nunca pode ser alcançada em virtude de estar isolada. b) é um milagre que pode ser alcançado. c) está fora de alcance em virtude das próprias expectativas do ser humano. d) é um sonho apenas, ou seja, não existe. e) não existe porque não existe esperança. Gabarito. C. Os versos a seguir comprovam a existência da felicidade e a impossibilidade de encontrá-la:

Existe, sim:mas nós não a alcanc amos/ Porque está sempre apenas onde a pomos /E nunca a pomos onde nós estamos.

Questão 12

À Procura da Felicidade

Chris Gardner (Will Smith) é um pai de família que enfrenta sérios problemas financeiros. Apesar de todas as

tentativas em manter a família unida, Linda (Thandie Newton), sua esposa, decide partir. Chris agora é pai solteiro e

precisa cuidar de Christopher (Jaden Smith), seu filho de apenas 5 anos. Ele tenta usar sua habilidade como

vendedor para conseguir um emprego melhor, que lhe dê um salário mais digno. Chris consegue uma vaga de

estagiário numa importante corretora de ações, mas não recebe salário pelos serviços prestados. Sua esperança é

que, ao fim do programa de estágio, ele seja contratado e assim tenha um futuro promissor na empresa. Porém seus

problemas financeiros não podem esperar que isto aconteça, o que faz com que sejam despejados. Chris e

Christopher passam a dormir em abrigos, estações de trem, banheiros e onde quer que consigam um refúgio à noite,

mantendo a esperança de que dias melhores virão.

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-54098/

O texto, retirado de um site sobre cinema, tem marcas que o configuram como gênero específico, um resumo voltado

para quem procura saber mais a fim de assistir a ele. Isso se confirma

a) no fato de que não se conta o final do filme, apenas uma sinopse curta que seja interessante.

b) pela crítica feita no decorrer da descrição dos personagens.

c) na ausência de detalhes a respeito da relação entre pai e filho.

d) pela ausência de argumentos que embasem a opinião de quem escreveu o texto

e) no uso de verbos no pretérito, o que atesta tipologia expositiva. Gabarito. A. Como o objetivo é despertar o interesse do leitor, conta-se parte do enredo, mas não se lhe dá o desfecho, buscando, assim, açular a curiosidade.

Questão 13

Felicidade é um truque. Um truque da natureza concebido ao longo de milhões de anos com uma só

finalidade: enganar você. A lógica é a seguinte: quando fazemos algo que aumenta nossas chances de

sobreviver ou de procriar, nos sentimos muito bem. Tão bem que vamos querer repetir a experiência muitas

e muitas vezes. E essa nossa perseguição incessante de coisas que nos deixem felizes acaba aumentando as

chances de transmitirmos nossos genes. “As leis que governam a felicidade não foram desenhadas para

nosso bem-estar psicológico, mas para aumentar as chances de sobrevivência dos nossos genes a longo

prazo”, escreveu o escritor e psicólogo americano Robert Wright, num artigo para a revista americana Time.

A busca da felicidade é o combustível que move a humanidade – é ela que nos força a estudar, trabalhar, ter

fé, construir casas, realizar coisas, juntar dinheiro, gastar dinheiro, fazer amigos, brigar, casar, separar, ter

filhos e depois protegê-los. Ela nos convence de que cada uma dessas conquistas é a coisa mais importante

do mundo e nos dá disposição para lutar por elas. Mas tudo isso é ilusão. A cada vitória surge uma nova

necessidade. Felicidade é uma cenoura pendurada numa vara de pescar amarrada no nosso corpo. Às vezes,

com muito esforço, conseguimos dar uma mordidinha. Mas a cenoura continua lá adiante, apetitosa, nos

empurrando para a frente. Felicidade é um truque. (…)

https://super.abril.com.br/cultura/a-busca-da-felicidade/

Quando se produz um texto, oral ou escrito, usam-se diversos recursos para torná-los mais interessantes.

Quando essa produção é feita para seduzir o leitor, mais recursos são utilizados ainda. Quanto ao uso de

recursos no texto acima,

a) a frase inicial do texto é usada, provavelmente, para enganar o leitor a ler o que vem depois.

b) a repetição da palavra “muitas" ajuda a reforçar a ideia de intensidade do 4º.período.

c) em “Mas tudo isso é ilusão”, a ideia que será introduzida a partir desse ponto é inédita no texto.

d) a comparação da felicidade com uma cenoura mostra que é possível ser feliz em certas situações.

e) a enumeração do que seria a felicidade é importante para que se perceba que ela existe. Gabarito. B. A Epizeuxe indica uma intensidade, guardando, inclusive, um aspecto superlativo.

Questão 14

fonte: http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revista-radis/28/cartum/

Senso comum ou conhecimento vulgar é a suposta compreensão do mundo resultante da herança fecunda

baseada nas experiências acumuladas por um grupo social. No texto acima, o senso comum, chamado no

texto de mitos populares,

a) é desfeito por conta de uma tentativa de “cientificizá-los".

b) é retomado de maneira fiel com outras palavras, num processo de paráfrase.

c) passa por uma reconstrução a fim de validar o conteúdo das frases.

d) é negado a fim de corresponder à realidade dos fatos.

e) é confirmado pelas imagens que acompanham as frases. Gabarito. D.

A. Não há tentativa científica, mas sim um método de observação de casos específicos. B. Não há retomada, pois o sentido está sendo negado. C. Não se reconstrói o senso comum, mas sim a informação veiculada por cada imagem. D. Gabarito. E. Não é confirmado, mas negado.

Questão 15

Texto – Felicidade

Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz

Sentirá o ar sem se mexer

Sem desejar como antes sempre quis

Você vai rir, sem perceber

Felicidade é só questão de ser

Quando chover, deixar molhar

Pra receber o sol quando voltar

Lembrará os dias

que você deixou passar sem ver a luz

Se chorar, chorar é vão

porque os dias vão pra nunca mais

Melhor viver, meu bem

Pois há um lugar em que o sol brilha pra você

Chorar, sorrir também e depois dançar

Na chuva quando a chuva vem

Tem vez que as coisas pesam mais

Do que a gente acha que pode aguentar

Nessa hora fique firme

Pois tudo isso logo vai passar

Dançar na chuva quando a chuva vem

Dançar na chuva quando a chuva

Dançar na chuva quando a chuva vem

JENECI, Marcelo. Felicidade. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/marcelo-jeneci/1524699/>. Acesso em: 1º

mar. 2016.

A voz autoral, nesse poema-canção, a) mostra-se decepcionada com as circunstâncias imprevisíveis da vida. b) enxerga a vida como um caminho de aprendizagem para a felicidade. c) reflete sobre as dificuldades do dia a dia que impedem a felicidade verdadeira. d) percebe a felicidade como algo de difícil conquista, razão do sentimento de perda. e) vê a felicidade como algo intrínseco às coisas mais simples da vida.

Gabarito. E. o verso: “Felicidade é só questão de ser”comprova a felicidade como algo que valoriza o

essencial.

Instruções para a redação

O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.

O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

Desrespeitar os direitos humanos;

Tiver até 7 linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;

Fugir do tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;

Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

Textos Motivadores TEXTO I

ONU diz que "notícias falsas" representam uma preocupação global 03/03/2017

Relatores especiais da ONU sobre liberdade de expressão divulgaram hoje (3) uma declaração conjunta afirmando que as "notícias falsas" ("fakenews", em inglês), a desinformação e a propaganda representam uma

preocupação global. Além das Nações Unidas, o comunicado foi assinado também pela Organização dos Estados Americanos (OEA), pela Organização para Cooperação e Segurança na Europa e pela Comissão Africana sobre Direitos Humanos e dos Povos. As informações são da ONU News.

Segundo David Kaye, relator especial da ONU sobre o direito à liberdade de opinião e expressão, as "fakenews" surgiram como um assunto de preocupação global e que os esforços para combatê-las podem levar à censura. Segundo ele, há o risco também da supressão do pensamento crítico e de outras abordagens contrárias à lei de direitos humanos.

A declaração encoraja a promoção da diversidade na mídia e enfatiza o papel das redes sociais, da mídia digital, e também de jornalistas e dos meios de comunicação. O comunicado afirma que as notícias falsas são divulgadas por governos, empresas ou indivíduos e o objetivo é, entre outros, "enganar a população e interferir no direito do público em ter conhecimento do assunto".

Violência Para os especialistas, a desinformação e a propaganda podem destruir reputações e a privacidade e incitar à

violência, discriminação e hostilidade contra certos grupos da sociedade. O comunicado da ONU alerta para a possibilidade de autoridades públicas denegrirem, intimidarem ou ameaçarem os meios de comunicação, incluindo declarações colocando a mídia como sendo "a oposição" ou com falsas acusações de que esteja "mentindo", ou ainda, que tenha uma agenda secreta.

Tudo isso, segundo o documento, aumenta o risco de ameaças e violência contra jornalistas e mina a confiança pública no jornalismo. O comunicado diz ainda que os países têm a obrigação de promover um ambiente para a liberdade de expressão, protegendo e apoiando diversos meios de comunicação.

Os relatores especiais das Nações Unidas sobre liberdade de expressão condenaram as tentativas recentes feitas por alguns governos para suprimir qualquer oposição e controlar a comunicação pública. Entre as medidas adotadas estão a interferência nas operações de meios de comunicação públicos ou privados, incluindo negar credenciamento a jornalistas e encetar perseguições políticas.

O comunicado diz ainda que as ordens de bloqueios de websites na internet determinadas por governos são consideradas medidas extremas. Para os especialistas, elas só podem ser justificadas pela lei e quando forem necessárias para proteger os direitos humanos ou outro interesse público legítimo.

http://m.agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-03/onu-diz-que-noticias-falsas-representam-uma-preocupacao-global

TEXTO II

O desafio das 'fakenews' nas eleições de 2018 19 JAN 2018

Enxurrada de notícias falsas nas redes levam autoridades brasileiras a discutir leis para combater o problema. Especialistas, no entanto, alertam para riscos à liberdade de expressão.O filho do ex-presidente Lula é o dono do frigorifico JBS. A ex-presidente Dilma Rousseff tentou o suicídio ao se ver encurralada pelo impeachment. O delator Alberto Yousseff foi encontrado morto na véspera das eleições de 2014. O juiz Sérgio Moro é filiado ao PSDB. Os tucanos querem acabar com o Bolsa Família.

Essas são algumas notícias falsas, ou fakenews, que poluíram as redes sociais e aplicativos de comunicação como o Whatsapp no Brasil nos últimos anos. Elas muitas vezes partem de sites ou perfis que imitam o estilo jornalístico de alguns veículos da imprensa e têm como alvo personagens reais. Seu objetivo é confundir o público ou aumentar a rejeição a uma ideia ou pessoa - ou, em alguns casos, aumentar a popularidade de alguém.

Como a publicidade incentiva "fakenews"

Na era digital, com uso de robôs ou bots, a disseminação desses boatos ganhou ainda mais velocidade. Em alguns casos, os criadores parecem ter objetivos políticos, mas, em muitos outros, a motivação parece ser o lucro gerado pelo cliques que essas notícias sensacionalistas despertam entre os usuários.

Agora, em um ano de eleições gerais, a influência desse tipo de mentira na internet tem provocado preocupação na Justiça Eleitoral e na Polícia Federal. Não restrito ao Brasil, o fenômeno da disseminação das fakenews nas redes sociais ganhou relevância em pleitos nos EUA e em países da Europa nos últimos dois anos. De acordo com pesquisa da agência We Are Social, 87,7% dos brasileiros são usuários ativos de redes sociais no Brasil e podem ser expostos às notícias falsas.

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/o-desafio-das-fake-news-nas-eleicoes-de-2018,fa5a5460eea5edd7aebcbb8e84274ef1vbp5ghfi.html

(Fragmento) TEXTO III

A Federação Internacional das Associações e Instituições de bibliotecária (IFLA) publicou um diagrama com

dicas para ajudar as pessoas a identificarem notícias falsas. Há algumas instituições como "Aos Fatos" e InternationalFact-Checking Network (IFCN) que se propõem a

checar notícias e julgá-las como falsas ou verdadeiras. A IFCN faz uso de uma rede colaborativa e faz um treinamento de seus colaboradores para que possam validar as histórias. O Facebook se comprometeu a ajudar seus usuários a identificar as notícias falsas,e adicionou em certa de 14 países uma seção com dicas sobre como reconhecer notícias falsas. Os leitores também estão se tornando mais céticos e atentos: uma pesquisa mostrou que mais de 3 em cada 4 leitores de notícias verificaram fatos em uma notícias de independente, enquanto 70% reconsideraram compartilhar uma matéria por receio de que ela pudesse ser uma notícia falsa.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Not%C3%ADcia_falsa

TEXTO IV Brasil é o maior usuário de redes sociais da América Latina

Mais de 260 milhões de pessoas na América Latina, 42% do total da população, irão acessar redes sociais regularmente até o final do ano. De acordo com uma pesquisa da agência eMarketer, 86,5% dos usuários utilizarão smartphones para se conectar às redes.

O Brasil é o país com mais usuários do continente, com um total de 93,2 milhões até o final do ano. No México, são 56 milhões, seguido da Argentina, com 21,7 milhões.

No país da América Central, o número de acesso via telefone celular chega a 89%. Isso porque a grande maioria das operadoras mexicanas oferece pacotes de dados que dão livre acesso ao Facebook e ao Twitter, as duas redes mais usadas no continente.

A primeira é a líder em todos os países. Na Argentina, o percentual de usuários chega a 97% de todos aqueles que usam alguma rede social. No Brasil, são 95%. Até o final do ano, estima-se que 74% de todas as pessoas que usam a internet no país terão uma conta no Facebook.

http://forbes.uol.com.br/fotos/2016/06/brasil-e-o-maior-usuario-de-redes-sociais-da-america-latina/ (Fragmento)

Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o

tema “Os perigos da propagação de fakenews na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.