ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N....

4
40. 8 ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N. 4 13:230 *u PAULO OSORIO Redactor principal PropriaJade da Empresa Editora cieaade anoiíjma de zespoDsabilidade limitada JV.° AVULSO 10 BEIS PEDRO CORREIA DA SILVA Fundador Diário Illustrado DIRECTOR MALHEIROrREYMÀO LUIZ TRIGUEIROS Secrelario da redacção Redacção, adniicisiraçáo.f lypogr^phia ô impressão Rua da Barroca. 130 e T. da Queimada, 37 TELEPHONE 111 HENRIQUE BARRUNCHO Administrador EXPEDIENTE Prevcnlmof» nonoi eu- «imavcis assi^iiances da pro- vi xicfla de que mandamos pa- ra cobrança* ás dilTerenles estações poslaes, os recibos das suas ansignatura* em debilo.onde as poderão man- dar satisfazer* para não te- rem interrupção na remes- sa do jornal. Lembramos que a demora ao pagameuto causa-nos gravçs transtornos e obriga a devolução dos recltbos* o que vem augmcnlar a des- peza das estampilhas. Questão de nome Desde a primeira hora em que se cons- lituiu esse bloco—que o Corieio da Noi- te chama eleitoral, que o Correio da Ma- nhã diz que terminará no proprio dia das eleições, quando na urna cahir a ultima lista, que A Liberdade quereria fadado para mais altos destinos, sob a egide do Summo Pontífice (consoante a doutrina do seu grupo politico), e que os correligionários do Algarve acredi- tam em vésperas de constituir governo, combinando e lirmando para a hypo- these prevista as suas disposições—des- de essa hora, dizíamos, que tal socie- dade politica nos pareceu extraoha- mente hybrida. Logo o dissemos, in- numera8 vezes o temos repetido, e não é por isso sem espanto que agora vemos o Correio da Noite discordar, com graphico espanto, da denominação. «A' coltigação monarchica—diz o or- gão progressista—exclusivamente com- posta de monarcbicos, chamam elles uma coltigação hybridal» E chamamos muito bem 0 facto de todos os que a compõem serem monar- cbicos não destroe a diversidade de princípios que as diversas facções con- tratantes de semelhante conluio repre- sentam. Nem por serem monarcbicos, os progressistas deixam de ter a respon- sabilidade que lhes impõem as tradições liberaes d'esse partido, tradições de que aliás elles proprios, com o rotulo de filhos de Passos, se vangloriavam quando, de braço dado com os republi- canos e n'uma cummunidade enterne- cedora de intuitos e gravatas, iizeram, em 95, a pittoresca propaganda da col- ligação liberal. Nem por serem monar- cbicos, pelo menos no actual momento histórico (porque, em geral, conforme elles proprios official mente declararam, lhes é indifferente a fórma do governo) os nacionalistas deixam de representar na politica portugueza aquelles princí- pios de ferrenho reaccionarismo contra os quaes, ostensivamente, o partido de Anselmo Braamcamp sempre comba- teu. Nem por serem monarchicos, os re- generadores-lib:raes deixam de ser 03 directos representantes d'esse partido que, bem recentemente, no período agi- tado da dicladura, scflreu os mais vio- lentos ataques, as mais duras invecti- vas, a campanha mais implacável, mais facciosa, mais anti-patriótica e injusta, d'esse mesmo progressismo que ao cami- nho da dictadura o arrastou. Nem por ser monarebico, o sr. Vilhena deixa de ser o confesso e intimo alliado d'bon tem d'esses mesmos dissidentes que, se- gundo a opinião coliecliva do bloco, con- taminam de suspeita o leálismo de quan- tos, politicamente, ao de leve sequer, se lhes aproximam. N'essas condições a denominação de hybrida é perfeitamente cabida a es9a sociedade do odio, combinada em torno da poltrona d'onde pretende diepôrd'es- te paiz o mesmo homem publico que, em muitos annos de bambochata e de balbúrdia, dispo* da Companhia do Credito Predial, e de que elle pre- tende aproveitar-se para a rehabilitação politica que é lodo o seu intuito, esta- cando o seu combalido prestigio com o d'aquelles de quem procura rodear-se e que amanhã escorraçará sem nem gntidão. O que poróm lhe não podemos cha- mar é colligacCio monarchica, desde que a tal rotulo se queira atlribuir a signifi- cação de que todos os monarchicos por- tuguezes se acocoram deante do sr. José Luciano, para que elle os maneje como instrumento da sua vaidade ferida e dos seus rancores insaciados. Isso não! O partido que hoje occupa, por direito de conquista, as cadeiras do poder é um partido monarchlco, lealmente monar- ebico, que jámais, quer do presente quer no passado do seu chefe, faltou deante da Coróa áquella consideração que a todos cs monarcbicos sinceros e em todas as contingências Ella deve merecer. Foi contra esse partido que os progressistas se aliiaram aos inimigos das instituições, em 95. E, quando, no período agudo da dictadura franquista^ 08 marechaes monarcbicos despeitados procuravam aitingir a Coróa nas suas ostensivas manifestações de desagrado, quando alguns d'aquelles que hoje ar- dem em fervoroso lealismo recusavam to Chefe de Estado as mais simples de- monstrações de cortezia que, de resto, a propria situação pesacal devia impor- Ihes, o actual presidente do conselho, vulto graduado d'um partido de oppo- sição, não esqueceu nunca o que devia áquelles princípios monarchicos que as discórdias de partido em nenhum caso devem destruir. Tornar suspeito o lealismo d'esse partido, que a Coróa aliás honra com a sua confiança, accusando o para isso, sem uma prova, de alliaoças com os adversários das instituições (absurda by- pothese que jámais alguém poderá crer de boa fé) é pôr em jogo uma mesqui aha manobra eleitoral tão descabella- da e tão frágil que nem sequer chega a honrar a habilidade dos que d'ella quiz^ram lançar mão. Chame-se, pois, ao mesclado grémio coltigação hybrida porque o é de facto; coltigação eleitoral, se prevalecer a opi nião dos.dois Correios; colligaçãode gover- no se tiverem razão os homens do Al- garve. Chamem lhe até, se quizerem ser sinceros, coltigação dos Navegantes, em homenagem ao seu patrono, ou colliga ção predial, como allusão á sua origem directa e aos seus claros fins. Mas colli gação monarchica, com suas correlati- vas pretenções de monopolio,—isso não! A eleição de Lisboa Ko Centro Regenerador* que. eoiuo UImmóiuo*. ealú agora instullaiio na rua An- tonio Maria Cardozo* £0* en- coatrnua-ne todos os diaa* da 1 ha 3 horn da tarde e dam O ua 11 da nolle, membro* da commlan&o eleitoral* que preatnrão ao* aeua correi! gtonartoa oa eaelureciuien toa que ellea deaejem* rece- bendo egualmente iodam aa tnformaçõea que intereaaem ao acto eleitoral. Echos A «greve» do norte Reproduzimos, em seguida, na inte- gra, a portaria a que honlem íizémos referencia e que vem publicada no Diá- rio do Governo de hoje, louvando os go- vernadores civis dos district08 do Porto e de Braga e os outros funccionarios que interviéram na malunenção da or- dem publica por occasião das recentes gréves do norte: Sua Magestade El-Rei, a quem fôram presentes as informações officiaes acer- ca dos muito valiosos serviços presta- dos pelos governadores civis do distri- cto do Porto, conselheiro José Diogo Ar- rovo, e de Braga, bacharel Francisco Bo'teiho de Carvalho e Oliveira Leite, pelos administradores dos concelhos de Santo Thirso, Antonio Augusto de An- drade da Fonseca e Castro, de Villa No- va de Famalicão, bacharel João Macha- do da Silva, e de Guimarães, bacharel Pedro Pereira da Silva Guimarães Ju- nior, e pelos officiaes do exercito, o ca- pitão Alberto Salgado, inspector do cor- po de policia do Porto, e o capitão de infantaria n.- 29, João Maria Pereira do Paço, peio tenente de infaoteria n.- 8. Francisco Feio Valle, e pelo alferes dt cavallaria o.* 9, Antonio de Freitas Tor res, e dos regimentos de infaoteria n.- 6. João Coelho Teixeira, n.- 8, Mario AntoDio Ferreira, e n.- 20, José Vieira de Faria, os quaes, para a manutenção da ordem publica por occasião das gré- ves de muito avultado numero de ope- rários das fabricas de fiação e tecelã gem de Vizella e de Riba de Ave, com a maior intelligence, zelo e cordura to- maram e tornaram effectivas, acertadas e efficazes providencias para segurança das pessoas e propriedades, respeito das leis e auctoridades publicas: ha por bem determinar que, em seu real nome, se- jam conferidos aos ditos magistrados e officiaes os merecidos louvores por es- tes ponderosos motivos e especialmente por tôrem procedido de maneira que obtiveram aquelle importante resultado sem que da sua parle houvesse qual- quer intempestivo rigor ou violência. Paço, em 3 de agosto de 1910.— Anto- nio Teixeira de Sousa. As Novidades transcrevendo essa jus- tíssima portaria consagram-ihe um arti- go que termina por estas palavras: «Assim deve proceder-se, sempre, com a prudência, que não exclue a energia, antes a valorisa, e com a bon- dade, que não exclue a firmeza, antes lhe realce maior. O procedimento de todos os funccionarios civis e militares que iuterviéram na gréve do norte foi admirável exemplo e uma lição admi- rável, exemplo e lição que devem fructificar para, de algum modo, resga- tarmos a vergonha da nossa legislação operaria em matéria de gréves e de coalieões. E ao louvor official com que a portaria de hoje, acima transcripta, distingue esse procedimento, associar- se-ha, por certo, todo o paiz, em cuja alma reside um sentimento innato de justiça.* A8signatura regia Partiu hontem á noite para o Bussa- co um correio do ministério do reino levando decretos de todas as pastas para assigoatura regia. Partido regenerador Filiou-8e no partido regenerador o sr. dr. Antonio Olympio Cajigal, que diri- gia em Bragança o partiao progressista, de cuja marcha discordou. Trigo nacional Pela pasta das Obras Publicas acaba de Ber promulgado um importante de- creto, admitlindo a concessão de war- rants sobre os trigos que forem depo- sitados no armazém Gera! Agrícola, estabelecido no Beato. A abundante co- lheita de trigo Eacion.l e a affiuencia de lavradores que teem concorrido ao manifesto no mercado central começa- vam a inquietar os lavradores, pois sen- do distribuídos á moagem apenas 16 000:000 de kilos mensaes, estão preenchidos os manifestos de agosto e setembro, e vae em meio o manifesto de outubro. O período crítico do pagamento de rendas e liquidação de outros encargos obriga, porém, muitas vezes o lavrador a realísar a v^nda das suas colheitas antes do fim do anno, não podendo es- perar a liquidação dos manifestos. N'estas condições a providencia de- cretada pelo sr. ministro das Obras Pu blicas, permiUiado um fácil e rápido descouto sobre os trigos no armazém geral, representa um valioso serviço prestado á lavoura dos cereaes. E' sem duvida que este decreto re- presenta um oplimo serviço prestado ao Credito Agrícola, cedendo desde á agricultura algumas centenas de contos de réis, que pela legislação dos cereaes pouco a pouco poderia haver o va lor da a suas colheitas. Esta medida tem sido apreciada com enthusiasmo pela lavoura que n'ella mais uma prova do desvellado interesse que os problemas agrícolas estão mere- cendo ao sr. conselheiro Pereira doa Santos. Incompetentes?! Aos nossos presados collegas Novida- des e Diário Popular agradecemos as pe- uliorautes referencias que lhes mereceu o artigo publicado com a epigraphe d'esie echo. Ainda a proposito do que n'esse arti- go dissemos o Noticias de Lisboa saiu- se hontem com esta: «A afflrmação que o Correio da Noite ftz, de que os actuaes ministros não eram ca- pazes para o parlamento, poz em ponto de rebuçado os collegas ministeriaes. As Novidades protestaram vehemente- mente; mas. ao exaltarem o valor dos mi- nistros. rodeiaram a questão melindrosa das preferencias citando os pela ordem das pastas. Isto deu no goto ao Correio da Manhã. Mas o Diário Jlluslrado. mais á vontade que as Novidades, nâo quiz saber da ordem das pastas e pôz resolutamente o dedo na ferida: «Chamar incompetente a um ministério de que fazem parte políticos da enverga- dura do seu chefe, parlamentares do qui- late dos srs. ministros dos estranjeiros, da justiça e das obras publicas, homeus do mérito excepcional, notabilissimo, do eminente economista e grande escriptor que é o sr. Anselmo de Andrade, profes- sores distinctissimos como os srs. minis- tros da guerra e da marinha—6 definir, involuntária mas evidentemente, a sem-razào de uma causa e a inanidade dos argumentos dos que procuram defen- déf-a.» 0 sr. Fratel desce para segundo logar e o sr. José de Azevedo sóbe para primei- ro. O sr Pereira dos Sautos fica onde es- tava; melhor para elle, que não gasta com a mudança. isto quanto a dotes oratorios. Os menos dotados, Anselmo Andrade Raposo Botelho. Marnoco e Sousa, man- teem as posições, menos o segundo, que o Diário Illustrado põe fóra do ministério. falta ver o sr. Mello e Sousa, minis- tro da guerra, e então o Correio da Noile que diga se o ministério ainda lhe pare- ce somenos.» Ao Noticias de Lisboa esperamos de- ver a fineza de nos explicar uma coisa que verdadeiramente nos intriga. Como é que, das palavras que transcreveu do nosso artigo, o collega pôde concluir que nós pomos fora do ministério o sr. ministro da guerra? Francamente lhe confessamos que não conseguimos comprehender Conselho de disciplina Consta que o conselho superior de disciplina militar reconheceu não ha- ver fundamento para procedimento le- gal contra o tenente Solano de Almei- da. - Sendo assim, é bem differente a reso- lução do conselho da que se suppunba elle tivesse tomado, qual era reconhe- cer-se incompetente para ajuizar do caso. O sr. ministro da guerra tinha man- dado convocar o conselho antes do duel- lo, para tomar conhecimento do facto que depois motivou esse duoiio. Os deputados do «bloco» Do Imparcial: «Andando para ahi todo o rrundo a perguntar e a inquirir quantos depu- tados levará o «bloco» ás camaras, e sendo as opiniões as mais apaixonadas e diversas, resolvemos hoje recorrer a fonle certa, e por isso balemos ao ferro- lho de madame Brouillaru. A celebre adivinha recolheu-se por alguns momentos, e n'um papel traçou febrilmente a seguinte resposta, que of- ferecemos á curiosidade dos nossos lei- tores: Julio de Vilhena José Luc ano Jacintho Candido Vasconcellos Por-Ho Campos Hmnrique8 Deve estar certo: valente bruxa.» Das Novidades: «Segue a bicha. Constou ao Correio da Manhã que o governo, perante a reconhecida impossi- bilidade de trazer á camara uma maio- ria qualquer— lóma 1 pretende elevar, ditatorialmente, a 22 o numero de de- putados pelas colonias, torcendo, para isso, a interpretação do artigo 118 ° do decreto de 30 de setembro de 1852. O nosso illustre collega registra esse boa- to extravagante na sua primeira Dota politica de hoje, sob o titulo sensacional de Golpe d'Estado ? gastando quasi uma columna de prosa excellente a com- mental-o. E termina assim: «Pela insistência com qu* o boato tem vogado, esperamos ver heje terminante- mente desmentido nas Novidades esta ori- ginalíssima blague dos deputados de galão prelo.» Esperou o Correio da Manhã muitíssi- ma bem. O desmentido, aqui lb'o forne- cemos, o m&is catbegorica e terminan- temente possível. E' falso, falsissimo, que o governo lenha pensado em aug- mentar, de qualquer modo, o numero de deputados pelas colonias. Esses de- putados são sete, e sete continuarão a ser. Decididamente a phanlasia dos nossos illuslres collegas é inexgotavel!» «Noticias de Lisboa» Deixou hontem de exercer a direcção politica d'este nosso illustre collega o sr. conselheiro Christovam Ayres, por ter regressado a Lisboa e reassumido o seu logar o sr. dr. Alberto Navarro. Versos do povo Estou rouca do meu peito, Não é por comer azedo; E' por falar ao amor Pela manhã muito cedo. DE BRUXELLAS A cidade Partimos de Paris, ás oito e dez da manhã, com um ceu azul e um hello sol que fazia brilhar as folhas verdes das arvores; passámos em Saint-Quentin (onde se afimira a magnifica caiuedral, datada do século XIV), e ás onze e un« quarto estávamos em Oaevy, fronteira belga. Atravessando os campos france zes, ia desapparecendo o sol; e na fron leira mal fazia brilhar as foihas verdes das arvores... Mas o espectuculo rnudá ra, desde os aguerridos uniformes bel gas até ao puro llamengo, misturado com um francez que pronunciam muito mais pausadamente. Aló Bruxellas não ha accidente que proccupe a nossa al tenção, e entrámos na «gare du Midi* Realmente a impressão é fraca; mas, de pois da sabida, se muda de scenario. uma atmosphera mais limpa do que a de Paris, uns sorrisos mais pronuncia dos e um amor pela sua Bruxellas, de monstrado a cada canto O belga ama a sua patria, mas e é delicado para com os estrangeiros. Não se encontrará aqui. é certo, a «coquetterie» de Paris. Ila egualmente «As entravées», os chapéus da moda, mas tudo mais simples... Os rostos são frescos, vivos, cheios de vida, de felicidade... Este «Paris pequeno», é afinal nm «grande Paris». Entrámos no Boulevard Ainpach. Por- que Bruxellas também possue «les grands boulevards», la Rue de la Ma- deleine», «la Bourse», «le Scala», etc. Passámos pelo Jardim Botânico, de- pois fomos ao Palacio da Justiça, uma das primeiras obras monumentaes do mundo inteiro, ao soberbo Bureau Cen- tral des Postes, ao Hospital São João, ao Palacio do Rei e vimos na Grand Place as tres celebres casas: «Ilôtel de Ville», «Maison du Roi» e «Musée Commu- nal». Por toda a parte, a mesma ordem, uma tranquilidade encantadora; tudo se faz sem precipitações, sem pragas; mas com gestos serenos, palavras amaveis. Hoje, domingo, áa 8 horas da manhã, principiou a animação: excursões ao campo, visita â Exposição, aos museus, passeios aos «boulevards...» E é assim que ouço agora, no «boulevard du Nord», uma magnifica e cadenciosa canção fla- menga: mais de cincoenta pessoas, «bras dessus bras dessous», que n'uma união amiga se vão divertir serena mente. E passam, tranquilos, feliz por entre as aclamações do povo, olha dos amigavelmente pelos «sergents de ville», d'uma delicadeza extrema, que se pôde egualar... á dos emprega- dos dos carros eléctricos... mas bel- gas. Que grande e sympathico povo! Bruxellas, julho, 31. Carlo* Cilia. Presidente da Argentina BOULOGNE-SUR-MER, 4, t. Embarcou para o Rio da Prata o presi- dente Saenz Pefia. Serviço militar obrigatório MADRID, 4, t. 0 conselho de ministros approvou as grandes linhas do projecto de lei que es- tabelece o serviço, militar obrigatório pa- ra todos os hespanhoes. A quentão religiosa MADRID, 4. 0 g. verno oppôr se-ha ao transporte dos manifestanies para San Sebastian e deu instrucções n'este sentido ao gover- nador civil e ao capitão-general da re- gião. Em presença das affírmações dos catholicos de que a manifestação se ha de realizar, o governo enviará tropas para vários pontos onde forem necessárias pa- ra impedir que ella seja levada a e(feito. 0 sr. Canalejas, depois de dar estas infor- mações, exclamou: —Veremos se a manifestação se rea- lisa! 0 governo apprehendeu varias armas que, ao que parece, foram distribuídas aos habitantes d'uma aldeia do norte. Foi aberto inquérito para serem tomadas as necessárias providencias. SAN SEBASTIAN, 4. As delegações caibolicas de Navarra, Alava, Biscaia e Guipuzcoa organisa- ram uma grande manilestação para do- mingo proximo. Decidiram protestar mais energica- mente ainda contra a arbitrariedade do governo e a pressão que esie exerceu sobre as companhias de caminhos de ferro, que. recusam pôr comboios espe- ciaes á disposição dos manifestantes pa- ra ir a San Sebastian. Decidiram mais fazer a manifestação dos catholicos das quatro províncias supramencionadas, reunindo-se para este effeito domingo ao meio dia por todos os meios de que dispozerem, mes- mo fazendo a caminhada a pé. Decidiram, emflm, dirigir ao Papa um telegramma de intensa adbeeão, e outro ao rei Alfonso, protestando contra a altitude do governo. Este ultimo telegramma será enviado de Bayonne, com receio de que seja sustado sendo enviado de Hespanha. Os orgaDisadores da manifestação ac- clararam ao governador que respondem pela ordem no decurso da manilestação se não houver nenhuma provocação da parte dos radicaes. MADRID, 4. O governo reiterou a sua recusa de auctorisar a manifestação dos catholicos no domingo em San Sebastian, e deci diu prevenir por todos os meios, e, se tanto fôr necessário, reprimir energica- mente toda e qualquer perturbação da tranquillidade publica.- (II) MANUEL EAMAL1Í0 * £ Acabamos de receber o seguinte te- legramma, expedido de Condeixa ás 5 horas e meia da tarde d'honlem: «Diário Illustrado—Lisboa. Falleceu Manuel Pereira Ramos Santiago Azevedo Coutinho Ramalho, o vulto mais eminente, o politico de maior destaque, o cidadão mais prestimoso que teve a villa de Condeixa. Dôr profunda e magua intensíssima envolvem de crepes esta villa. (Correspondente), Esse telegramma é eloquente. Traduz bem o vivo pezar com que os seus con- terrâneos vêem morrer ura homem de grande mérito e de grande coração, que foi o seu mais dedicado protector e o seu melhor amigo. Manuel Bamalno morreu no seu ma- gnifico palacio de Condeixa, uma das mais vastas e grandiosas casas solaren- gas da província, e d'elle se pôde dizer, d'elle podem dizer os seus conterrâneos e podemos dizer nós, os seus amigos, que é d'aquelies que fazem falta. Deu á politica, lealmente, o melhor do seu es- forço, da sua intelligencia e da sua actividade, serviu-a com a formidável força do seu prestigio e. no desempe- nho dos seus cargos pu olicos de con- fiança dos governos, houve-se com o melhor tacto e a mais diligente e im- peccavel correccão. Foi um politico sincero e probo, um coração magnânimo, um correligionário dedicado, um amigo leal e certo. Re- cordamo-lo como ura dever de gratidão e de justiça na hora pungente em que o seu corpo inanimado vae descer á eterna paz do tumulo. A' família do illustre extincto endere- çamos a mais viva expressão do nosso pezar. HIGH-LIFE Corte 0 Principe Real Senhor D. Aflcnso as- sistiu ao espectáculo de hontem no Coly- seu dos Recreios. —Sua Alteza o Príncipe Real passeou hontem de tarde, de automóvel, pela ci- dade. DiDlomatas Parte hoje ptra Cascaes o sr. Marquez de Villalobar, illustre ministro de Hespa- nha na nossa corte. —0 illustre ministro da Argentina sr dr. Garcia Sagastume, oITereceu hontem em Cascaes, onde está veraneando, um jantar ao illustre escriptor hespanhol Blasco Ibanez, que aqui está de passagem para Buenos Ayres. —Tem estado retido em casa, encom- modado de saúde, o sr. dr. José Gonçal- ves Teixeira, ministro plenipotenciário, cnefe da Repartição do Expediente do Mi- nistério dos Estranjeiros —Partiu hontem á noite para a sua ca- sa de Vizeu. em gozo de licença o sr. dr. Vasco Francisco Caetano de Quevedo, chancellor consular em serviço no gabi- nete particular do sr. ministro dos Negó- cios Estrangeiros. Annitersarios Fazem amanhã annos as sr.": . Condessa d'Azevedo, Viscondessa de Fa- ria, Viscondessa de Oiivã. D. Thercza Ma- nuel de Vilhena e Saldanha (Alpedrinha). D. Maria do Carmo Alves de Carvalho. D. Maria da Luz Godair de Lacerda da <Go»ta Pinto, D. Julia Piuto Barruocho e Vascon- cellos, D. Joanna da Silveira Viegas, I) Laura Ernestina da Fonseca Lemos, L). Elisa Palmira dos Prazeres e Silva, D Leonor Laura Dalhunty, D. Julia Emilia ia PKPi! Pi w PPIPHP Guilhermina Rosa Corsino Bentes, D. Zul Feio Folque, D. Maria Augusta Ribeiro Milne, D. Maria Augusta Peei da Costa. D. mira de Jesus Fernandes Prata, D. Amelia Matheus dos Santos, D. Eduarda Homem de Vasconcellos de Almeida Serra, D. Eli- sa Schiappa Pietra de Faria Machado Ro- by. E os srs.: D. Francisco Paulo Macedô de Portugal e Castro, Conde de Cascaes. Conde de Mesquita, Conde de Castello Mendo, Cesa rio Augusto Tinto, Antonio de Faria Gou veia Zagallo, Arthur Urbano de Castro, João Maria Manzoni, Jorge Xavier Rodii- Eues, José Candido da Costa Reis, Alfredo ayres da Silva Braga, Fernando Carlos Moraes de Almeida, Henrique Gabriel da Silva. Partidas e chegadas Partiram qara Espinho com seus filhos, os srs. Viscondes de Almeida e das Can- cellas. —Está em Lisboa o sr. dr. Vaz Pereira, illustre governador civil de Vianna co Castello. —Partiu para o estrangeiro a sr.» Vis- condessa de Sarmento. —Partiu para as Caldas da Rainha o sr. dr. Joaquim Teixeirs de Sampaio. —Partiu para Cascaes o sr. Luiz de Me- deiros. —Regressou de Liverpool o sr Pedro Pinto Basto. —Já está em Cintra com sua esposa, o sr. Fernando Eduardo dc Serpa Pimentel —Para o Vimieiro parte amanhã a sr.* D. Luiza Desiandes Blanc. —Partiram para as Pedras Salgadas, o illustre escriptor sr. dr. > ugusto de Cas- tro e sua esposa a sr.» D. Maria Emilia Bourbon de Sotto Mayor e Castro. —Partem brevemente para a quinta dos srs. Viscondes de Pernes, em Cofiares, onde vão estar algum tempo, o sr. Pedro Lobo d'Almeida de Mello e Castro (Gal- veias) e sua esposa a sr.* D. Maria Ame- lia Martens Ferrão de Mello e Castro. —Acha-se na sua casa da Guarda a sr.» D. Josepba da Cunha Pignaielly Telles de Vasconcellos, mãe do sr. Joaquim Telles de Vasconcellos, digno par do Reino. —Regressaram á Guarda a mãe e irmã do sr. dr. Amândio Paul. —Regressou do Gerez á Guarda o sr. dr. Leandro Homem d'Almeida, illustre advo- gado n'aquella cidade. —Regressaram á Guarda o sr. Ruy de Orey e sua esposa. Acompanhou s. ex.»-, sua irmã e cunha da a sr D. Maria José Calvet de Maga- lhães Cardoso. —Acha-se em Espinho com sua esposa e filhos o dr. Antonio Corsiro Caldeira. —Chegou a Lisboa o sr. Conde de Pa- çô Vieira. —Por noticias recebidas do Rio de Ja- neiro, somos informados de ter alii che- gado o sr. conego Senna Freitas. —Está em Lisboa o sr. Visconde de Vil- larinho de S. Romão. Regressou da Chamusca o illustre ministro da Fazenda, sr. Conselheiro An- selmo de Andrade. —Partiu para Londres com sua família o sr. dr. Domingos Pinto Coelho. —Estão em Lisboa a sr.» Viscondessa de Thayde, sua mãe a sr.» D. Augusta Salema Garção de Araujo e sua irmã in.elle Lúcia de Araujo. —Parte boje para a sua casa no Campo Grande, acompanhado de suas gentilissi- mas irmãs, o sr. Fernando Luiz Bom dc Sousa Roxo (Pernes). —A distincta escriptora sr.» D. Olga Mo- raes Sarmento da Silveira, parte no dia 10 d'este mez a bordo do «Astúrias», para Cherbourg, d'onde se dirige depois a Pa- ris. —Regressam hoje do Seixal a cr.» D. Assumpção Perestrello e filha. —Regressou a Cuba o uosso amigo e il- lustre collega do «Jornal do Commcrcio» o sr. Francisco Bandeira. —Regressou de Liverpool o ar. D. Do- mingos de Sousá e Holstein (Fayal), filho mais novo dos nobres marquezes de Fayal. —Acompanhada de seu marido e de seu filho Vasco, parte no dia 20 d'este mex para uma longa digressão pela Italia e França a sr.» D. Elvira Jara d Orey. —Acompanhada de suas filhas e ilibo Rodrigo, parte no dia 10 para a Figueira da Foz a sr.» D. Elisa Georgina da Silvei- ra e Oliveira. —Parte brevememle para aquella praia a sr.» D. Carlota Soma Castro Barradas. —Com sua gentilissima filha D. Beatriz parte no proximo dia 10, a bordo do «Astúrias», para Cherburgo, d'onde setrue para Paris e Vichy, o sr. general Conde de Sousa e Faro. Parte boje para Paris o sr. Visconde de Acarez. —Partiu para Cintra, acompanhado de sua esposa a sr.» D Margarida Chaves dos Santos e Silva, o sr. Américo dos Santos e Silva. —Partiu para o Bussaco, d'onde segue, uo fim do mez, para uma digressão pelo norte do paiz, a sr.» D. Esther Abecassis Seruva e suas gentis (ilhas D. Lyce e D. Julia. —Partem, no fim do mez, das Caldas da Rainha para a Foz do Arelho, o sr. Ale- xandre de Castilho, sua esposa e interes- santes filhas D. Maria das Dores e D. Ma- rian na. —Partem no sabbado das Pedras Salga- das para o Porto, d'onde se dirigem á Figueira da Foz. regressando d'ahi oara a sua casa em S. João do Estoril, onde pas- sam a época balnear, o sr. José Silvério Ribeiro da Costa, sua esposa a sr.» D. Amelia Ribeiro da Costa e gentíllssimas filhas D. Maria Luiza e D. Isabel (daria. —Parte na próxima segunda-feira para a sua linda vivenda em Cascaes. acompa- nhado de sua esposa a sr.» D. Thereza Lobo d'Almeida de Mello e Castro (Gal- véas) e suas gentilissimas filhas, o sr. dr. Filippe de Vilhena. —Parte hoje para os Açores, a bordo do vapor «Funchal», o nosso amigo e col- lega das «Novidades», o sr. Jayme de Sousa. —Encontra se nas Pedras Salgadas, acompanhada de sua neta a sr.» D. Maria Helena de Vasconcellos e Sou3a da Sil- veira (Cabello Melhor), interessante filha dos nobres Marquezes de CasteUo Melhor, o sr. Bernardo da Silveira. —Partiram hontem de manhã no «sud- express» para o norte as sr.»» Condessas da Ribeira. —Também no mesmo comboio partiu 6ara o estrangeiro o sr. Castanheira de oura. —Partiu para S. Martinho do Porto, onde vae passar uns dias em companhia de sua mãe, que ali se acha veraneando, a sr.» D. Ernestina Pimentel, esposa do sr. dr. Carlos Pimentel. —Parte brevemente para o Luzo com sua filha o sr. dr. Barral Filippe. —Vae brevemente paraCarcavellos, onde Íassa a estação calmosa, o sr. dr Castro oraes, illustre medico da armada, «ua esposa e filhos. —Está em Lisboa o distincto académico da Universidade, sr. D. Raul da Camara Leme, partindo brevemente para Cas- caes. —Parte brevemente para a Ericeira, com sua esposa e filhinha, d'onde seguirá logo para o seu tratamento de aguas, nas Pe- dras Salgadas, o sr. Frederico Cortez de Menezes. Um jantar de despedida Informa o «Imparcial» que uo dia 2 de

Transcript of ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N....

Page 1: ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N. 13:230purl.pt/14328/1/j-1244-g_1910-08-05/j-1244-g_1910-08-05_item2/j... · generadores-lib:raes deixam de ser 03 directos representantes

40.8 ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N.4 13:230

*u

PAULO OSORIO

Redactor principal

PropriaJade da Empresa Editora

cieaade anoiíjma de zespoDsabilidade limitada

JV.° AVULSO 10 BEIS

PEDRO CORREIA DA SILVA

Fundador

Diário Illustrado

DIRECTOR — MALHEIROrREYMÀO

LUIZ TRIGUEIROS

Secrelario da redacção

Redacção, adniicisiraçáo.f lypogr^phia ô impressão

Rua da Barroca. 130 e T. da Queimada, 37

TELEPHONE N° 111

HENRIQUE BARRUNCHO

Administrador

EXPEDIENTE

Prevcnlmof» o» nonoi eu-

«imavcis assi^iiances da pro-

vi xicfla de que mandamos pa-

ra cobrança* ás dilTerenles

estações poslaes, os recibos

das suas ansignatura* em

debilo.onde as poderão man-

dar satisfazer* para não te-

rem interrupção na remes-

sa do jornal.

Lembramos que a demora

ao pagameuto causa-nos

gravçs transtornos e obriga

a devolução dos recltbos* o

que vem augmcnlar a des-

peza das estampilhas.

Questão

de nome

Desde a primeira hora em que se cons-

lituiu esse bloco—que o Corieio da Noi-

te chama eleitoral, que o Correio da Ma-

nhã diz que terminará no proprio dia

das eleições, quando na urna cahir a

ultima lista, que A Liberdade quereria

fadado para mais altos destinos, sob a

egide do Summo Pontífice (consoante a

doutrina do seu grupo politico), e que

os correligionários do Algarve acredi-

tam em vésperas de constituir governo,

combinando e lirmando para a hypo-

these prevista as suas disposições—des-

de essa hora, dizíamos, que tal socie-

dade politica nos pareceu extraoha-

mente hybrida. Logo o dissemos, in-

numera8 vezes o temos repetido, e não

é por isso sem espanto que só agora

vemos o Correio da Noite discordar, com

graphico espanto, da denominação.

«A' coltigação monarchica—diz o or-

gão progressista—exclusivamente com-

posta de monarcbicos, chamam elles

uma coltigação hybridal»

E chamamos muito bem 0 facto de

todos os que a compõem serem monar-

cbicos não destroe a diversidade de

princípios que as diversas facções con-

tratantes de semelhante conluio repre-

sentam. Nem por serem monarcbicos, os

progressistas deixam de ter a respon-

sabilidade que lhes impõem as tradições

liberaes d'esse partido, tradições de

que aliás elles proprios, com o rotulo

de filhos de Passos, se vangloriavam

quando, de braço dado com os republi-

canos e n'uma cummunidade enterne-

cedora de intuitos e gravatas, iizeram,

em 95, a pittoresca propaganda da col-

ligação liberal. Nem por serem monar-

cbicos, pelo menos no actual momento

histórico (porque, em geral, conforme

elles proprios official mente declararam,

lhes é indifferente a fórma do governo)

os nacionalistas deixam de representar

na politica portugueza aquelles princí-

pios de ferrenho reaccionarismo contra

os quaes, ostensivamente, o partido de

Anselmo Braamcamp sempre comba-

teu. Nem por serem monarchicos, os re-

generadores-lib:raes deixam de ser 03

directos representantes d'esse partido

que, bem recentemente, no período agi-

tado da dicladura, scflreu os mais vio-

lentos ataques, as mais duras invecti-

vas, a campanha mais implacável, mais

facciosa, mais anti-patriótica e injusta,

d'esse mesmo progressismo que ao cami-

nho da dictadura o arrastou. Nem por

ser monarebico, o sr. Vilhena deixa de

ser o confesso e intimo alliado d'bon

tem d'esses mesmos dissidentes que, se-

gundo a opinião coliecliva do bloco, con-

taminam de suspeita o leálismo de quan-

tos, politicamente, ao de leve sequer, se

lhes aproximam.

N'essas condições a denominação de

hybrida é perfeitamente cabida a es9a

sociedade do odio, combinada em torno

da poltrona d'onde pretende diepôrd'es-

te paiz o mesmo homem publico que,

em muitos annos de bambochata e de

balbúrdia, dispo* da Companhia do

Credito Predial, e de que elle pre-

tende aproveitar-se para a rehabilitação

politica que é lodo o seu intuito, esta-

cando o seu combalido prestigio com o

d'aquelles de quem procura rodear-se e

que amanhã escorraçará sem dó nem

gntidão.

O que poróm lhe não podemos cha-

mar é colligacCio monarchica, desde que

a tal rotulo se queira atlribuir a signifi-

cação de que todos os monarchicos por-

tuguezes se acocoram deante do sr. José

Luciano, para que elle os maneje como

instrumento da sua vaidade ferida e dos

seus rancores insaciados. Isso não! O

partido que hoje occupa, por direito de

conquista, as cadeiras do poder é um

partido monarchlco, lealmente monar-

ebico, que jámais, quer do presente

quer no passado do seu chefe, faltou

deante da Coróa áquella consideração

que a todos cs monarcbicos sinceros e

em todas as contingências Ella deve

merecer. Foi contra esse partido que os

progressistas se aliiaram aos inimigos

das instituições, em 95. E, quando, no

período agudo da dictadura franquista^

08 marechaes monarcbicos despeitados

procuravam aitingir a Coróa nas suas

ostensivas manifestações de desagrado,

quando alguns d'aquelles que hoje ar-

dem em fervoroso lealismo recusavam

to Chefe de Estado as mais simples de-

monstrações de cortezia que, de resto, a

propria situação pesacal devia impor-

Ihes, o actual presidente do conselho,

vulto graduado d'um partido de oppo-

sição, não esqueceu nunca o que devia

áquelles princípios monarchicos que as

discórdias de partido em nenhum caso

devem destruir.

Tornar suspeito o lealismo d'esse

partido, que a Coróa aliás honra com a

sua confiança, accusando o para isso, sem

uma só prova, de alliaoças com os

adversários das instituições (absurda by-

pothese que jámais alguém poderá crer

de boa fé) é pôr em jogo uma mesqui

aha manobra eleitoral tão descabella-

da e tão frágil que nem sequer chega

a honrar a habilidade dos que d'ella

quiz^ram lançar mão.

Chame-se, pois, ao mesclado grémio

coltigação hybrida porque o é de facto;

coltigação eleitoral, se prevalecer a opi

nião dos.dois Correios; colligaçãode gover-

no se tiverem razão os homens do Al-

garve. Chamem lhe até, se quizerem ser

sinceros, coltigação dos Navegantes, em

homenagem ao seu patrono, ou colliga

ção predial, como allusão á sua origem

directa e aos seus claros fins. Mas colli

gação monarchica, com suas correlati-

vas pretenções de monopolio,—isso não!

A eleição de Lisboa

Ko Centro Regenerador*

que. eoiuo já UImmóiuo*. ealú

agora instullaiio na rua An-

tonio Maria Cardozo* £0* en-

coatrnua-ne todos os diaa* da

1 ha 3 horn da tarde e dam O

ua 11 da nolle, membro* da

commlan&o eleitoral* que

preatnrão ao* aeua correi!

gtonartoa oa eaelureciuien

toa que ellea deaejem* rece-

bendo egualmente iodam aa

tnformaçõea que intereaaem

ao acto eleitoral.

Echos

A «greve» do norte

Reproduzimos, em seguida, na inte-

gra, a portaria a que honlem íizémos

referencia e que vem publicada no Diá-

rio do Governo de hoje, louvando os go-

vernadores civis dos district08 do Porto

e de Braga e os outros funccionarios

que interviéram na malunenção da or-

dem publica por occasião das recentes

gréves do norte:

Sua Magestade El-Rei, a quem fôram

presentes as informações officiaes acer-

ca dos muito valiosos serviços presta-

dos pelos governadores civis do distri-

cto do Porto, conselheiro José Diogo Ar-

rovo, e de Braga, bacharel Francisco

Bo'teiho de Carvalho e Oliveira Leite,

pelos administradores dos concelhos de

Santo Thirso, Antonio Augusto de An-

drade da Fonseca e Castro, de Villa No-

va de Famalicão, bacharel João Macha-

do da Silva, e de Guimarães, bacharel

Pedro Pereira da Silva Guimarães Ju-

nior, e pelos officiaes do exercito, o ca-

pitão Alberto Salgado, inspector do cor-

po de policia do Porto, e o capitão de

infantaria n.- 29, João Maria Pereira do

Paço, peio tenente de infaoteria n.- 8.

Francisco Feio Valle, e pelo alferes dt

cavallaria o.* 9, Antonio de Freitas Tor

res, e dos regimentos de infaoteria n.-

6. João Coelho Teixeira, n.- 8, Mario

AntoDio Ferreira, e n.- 20, José Vieira

de Faria, os quaes, para a manutenção

da ordem publica por occasião das gré-

ves de muito avultado numero de ope-

rários das fabricas de fiação e tecelã

gem de Vizella e de Riba de Ave, com

a maior intelligence, zelo e cordura to-

maram e tornaram effectivas, acertadas

e efficazes providencias para segurança

das pessoas e propriedades, respeito das

leis e auctoridades publicas: ha por bem

determinar que, em seu real nome, se-

jam conferidos aos ditos magistrados e

officiaes os merecidos louvores por es-

tes ponderosos motivos e especialmente

por tôrem procedido de maneira que

obtiveram aquelle importante resultado

sem que da sua parle houvesse qual-

quer intempestivo rigor ou violência.

Paço, em 3 de agosto de 1910.— Anto-

nio Teixeira de Sousa.

As Novidades transcrevendo essa jus-

tíssima portaria consagram-ihe um arti-

go que termina por estas palavras:

«Assim deve proceder-se, sempre,

com a prudência, que não exclue a

energia, antes a valorisa, e com a bon-

dade, que não exclue a firmeza, antes

lhe dá realce maior. O procedimento de

todos os funccionarios civis e militares

que iuterviéram na gréve do norte foi

admirável exemplo e uma lição admi-

rável, — exemplo e lição que devem

fructificar para, de algum modo, resga-

tarmos a vergonha da nossa legislação

operaria em matéria de gréves e de

coalieões. E ao louvor official com que

a portaria de hoje, acima transcripta,

distingue esse procedimento, associar-

se-ha, por certo, todo o paiz, em cuja

alma reside um sentimento innato de

justiça.*

A8signatura regia

Partiu hontem á noite para o Bussa-

co um correio do ministério do reino

levando decretos de todas as pastas para

assigoatura regia.

Partido regenerador

Filiou-8e no partido regenerador o sr.

dr. Antonio Olympio Cajigal, que diri-

gia em Bragança o partiao progressista,

de cuja marcha discordou.

Trigo nacional

Pela pasta das Obras Publicas acaba

de Ber promulgado um importante de-

creto, admitlindo a concessão de war-

rants sobre os trigos que forem depo-

sitados no armazém Gera! Agrícola,

estabelecido no Beato. A abundante co-

lheita de trigo Eacion.l e a affiuencia

de lavradores que teem concorrido ao

manifesto no mercado central começa-

vam a inquietar os lavradores, pois sen-

do distribuídos á moagem apenas

16 000:000 de kilos mensaes, já estão

preenchidos os manifestos de agosto e

setembro, e vae em meio o manifesto

de outubro.

O período crítico do pagamento de

rendas e liquidação de outros encargos

obriga, porém, muitas vezes o lavrador

a realísar a v^nda das suas colheitas

antes do fim do anno, não podendo es-

perar a liquidação dos manifestos.

N'estas condições a providencia de-

cretada pelo sr. ministro das Obras Pu

blicas, permiUiado um fácil e rápido

descouto sobre os trigos no armazém

geral, representa um valioso serviço

prestado á lavoura dos cereaes.

E' sem duvida que este decreto re-

presenta um oplimo serviço prestado ao

Credito Agrícola, cedendo desde já á

agricultura algumas centenas de contos

de réis, que pela legislação dos cereaes

só pouco a pouco poderia haver o va

lor da a suas colheitas.

Esta medida tem sido apreciada com

enthusiasmo pela lavoura que vé n'ella

mais uma prova do desvellado interesse

que os problemas agrícolas estão mere-

cendo ao sr. conselheiro Pereira doa

Santos.

Incompetentes?!

Aos nossos presados collegas Novida-

des e Diário Popular agradecemos as pe-

uliorautes referencias que lhes mereceu

o artigo publicado com a epigraphe

d'esie echo.

Ainda a proposito do que n'esse arti-

go dissemos o Noticias de Lisboa saiu-

se hontem com esta:

«A afflrmação que o Correio da Noite ftz,

de que os actuaes ministros não eram ca-

pazes para o parlamento, poz em ponto

de rebuçado os collegas ministeriaes.

As Novidades protestaram vehemente-

mente; mas. ao exaltarem o valor dos mi-

nistros. rodeiaram a questão melindrosa

das preferencias citando os pela ordem

das pastas. Isto deu no goto ao Correio da

Manhã. Mas o Diário Jlluslrado. mais á

vontade que as Novidades, nâo quiz saber

da ordem das pastas e pôz resolutamente

o dedo na ferida:

«Chamar incompetente a um ministério

de que fazem parte políticos da enverga-

dura do seu chefe, parlamentares do qui-

late dos srs. ministros dos estranjeiros,

da justiça e das obras publicas, homeus

do mérito excepcional, notabilissimo, do

eminente economista e grande escriptor

que é o sr. Anselmo de Andrade, profes-

sores distinctissimos como os srs. minis-

tros da guerra e da marinha—6 definir,

involuntária mas evidentemente, a

sem-razào de uma causa e a inanidade

dos argumentos dos que procuram defen-

déf-a.»

0 sr. Fratel desce para segundo logar e

o sr. José de Azevedo sóbe para primei-

ro. O sr Pereira dos Sautos fica onde es-

tava; melhor para elle, que não gasta com

a mudança.

isto quanto a dotes oratorios.

Os menos dotados, Anselmo Andrade

Raposo Botelho. Marnoco e Sousa, man-

teem as posições, menos o segundo, que

o Diário Illustrado põe fóra do ministério.

Só falta ver o sr. Mello e Sousa, minis-

tro da guerra, e então o Correio da Noile

que diga se o ministério ainda lhe pare-

ce somenos.»

Ao Noticias de Lisboa esperamos de-

ver a fineza de nos explicar uma coisa

que verdadeiramente nos intriga. Como

é que, das palavras que transcreveu do

nosso artigo, o collega pôde concluir

que nós pomos fora do ministério o sr.

ministro da guerra?

Francamente lhe confessamos que

não conseguimos comprehender • •

Conselho de disciplina

Consta que o conselho superior de

disciplina militar reconheceu não ha-

ver fundamento para procedimento le-

gal contra o tenente Solano de Almei-

da. • -

Sendo assim, é bem differente a reso-

lução do conselho da que se suppunba

elle tivesse tomado, qual era reconhe-

cer-se incompetente para ajuizar do

caso.

O sr. ministro da guerra tinha man-

dado convocar o conselho antes do duel-

lo, para tomar conhecimento do facto

que depois motivou esse duoiio.

Os deputados do «bloco»

Do Imparcial:

«Andando para ahi todo o rrundo a

perguntar e a inquirir quantos depu-

tados levará o «bloco» ás camaras, e

sendo as opiniões as mais apaixonadas

e diversas, resolvemos hoje recorrer a

fonle certa, e por isso balemos ao ferro-

lho de madame Brouillaru.

A celebre adivinha recolheu-se por

alguns momentos, e n'um papel traçou

febrilmente a seguinte resposta, que of-

ferecemos á curiosidade dos nossos lei-

tores:

Julio de Vilhena

José Luc — ano

Jacintho Candido

Vasconcellos Por-Ho

Campos Hmnrique8

Deve estar certo: valente bruxa.»

Das Novidades:

«Segue a bicha.

Constou ao Correio da Manhã que o

governo, perante a reconhecida impossi-

bilidade de trazer á camara uma maio-

ria qualquer— lóma 1 — pretende elevar,

ditatorialmente, a 22 o numero de de-

putados pelas colonias, torcendo, para

isso, a interpretação do artigo 118 ° do

decreto de 30 de setembro de 1852. O

nosso illustre collega registra esse boa-

to extravagante na sua primeira Dota

politica de hoje, sob o titulo sensacional

de Golpe d'Estado ? gastando quasi uma

columna de prosa excellente a com-

mental-o. E termina assim:

«Pela insistência com qu* o boato tem

vogado, esperamos ver heje terminante-

mente desmentido nas Novidades esta ori-

ginalíssima blague dos deputados de galão

prelo.»

Esperou o Correio da Manhã muitíssi-

ma bem. O desmentido, aqui lb'o forne-

cemos, o m&is catbegorica e terminan-

temente possível. E' falso, falsissimo,

que o governo lenha pensado em aug-

mentar, de qualquer modo, o numero

de deputados pelas colonias. Esses de-

putados são sete, e sete continuarão a

ser.

Decididamente a phanlasia dos nossos

illuslres collegas é inexgotavel!»

«Noticias de Lisboa»

Deixou hontem de exercer a direcção

politica d'este nosso illustre collega o

sr. conselheiro Christovam Ayres, por

ter regressado a Lisboa e reassumido o

seu logar o sr. dr. Alberto Navarro.

Versos do povo

Estou rouca do meu peito,

Não é por comer azedo;

E' por falar ao amor

Pela manhã muito cedo.

DE BRUXELLAS

A cidade

Partimos de Paris, ás oito e dez da

manhã, com um ceu azul e um hello

sol que fazia brilhar as folhas verdes das

arvores; passámos em Saint-Quentin

(onde se afimira a magnifica caiuedral,

datada do século XIV), e ás onze e un«

quarto estávamos em Oaevy, fronteira

belga. Atravessando os campos france

zes, ia desapparecendo o sol; e na fron

leira mal fazia brilhar as foihas verdes

das arvores... Mas o espectuculo rnudá

ra, desde os aguerridos uniformes bel

gas até ao puro llamengo, misturado

com um francez que pronunciam muito

mais pausadamente. Aló Bruxellas não

ha accidente que proccupe a nossa al

tenção, e entrámos na «gare du Midi*

Realmente a impressão é fraca; mas, de

pois da sabida, se muda de scenario.

uma atmosphera mais limpa do que a

de Paris, uns sorrisos mais pronuncia

dos e um amor pela sua Bruxellas, de

monstrado a cada canto O belga ama a

sua patria, mas e é delicado para com

os estrangeiros. Não se encontrará aqui.

é certo, a «coquetterie» de Paris. Ila

egualmente «As entravées», os chapéus

da moda, mas tudo mais simples... Os

rostos são frescos, vivos, cheios de vida,

de felicidade... Este «Paris pequeno»,

é afinal nm «grande Paris».

Entrámos no Boulevard Ainpach. Por-

que Bruxellas também possue «les

grands boulevards», la Rue de la Ma-

deleine», «la Bourse», «le Scala», etc.

Passámos pelo Jardim Botânico, de-

pois fomos ao Palacio da Justiça, uma

das primeiras obras monumentaes do

mundo inteiro, ao soberbo Bureau Cen-

tral des Postes, ao Hospital São João, ao

Palacio do Rei e vimos na Grand Place

as tres celebres casas: «Ilôtel de Ville»,

«Maison du Roi» e «Musée Commu-

nal».

Por toda a parte, a mesma ordem,

uma tranquilidade encantadora; tudo se

faz sem precipitações, sem pragas; mas

com gestos serenos, palavras amaveis.

Hoje, domingo, áa 8 horas da manhã,

principiou a animação: excursões ao

campo, visita â Exposição, aos museus,

passeios aos «boulevards...» E é assim

que ouço agora, no «boulevard du Nord»,

uma magnifica e cadenciosa canção fla-

menga: mais de cincoenta pessoas,

«bras dessus bras dessous», que n'uma

união amiga se vão divertir serena

mente. E lá passam, tranquilos, feliz

por entre as aclamações do povo, olha

dos amigavelmente pelos «sergents de

ville», d'uma delicadeza extrema, que

só se pôde egualar... á dos emprega-

dos dos carros eléctricos... mas bel-

gas.

Que grande e sympathico povo!

Bruxellas, julho, 31.

Carlo* Cilia.

Presidente da Argentina

BOULOGNE-SUR-MER, 4, t.

Embarcou para o Rio da Prata o presi-

dente Saenz Pefia.

Serviço militar obrigatório

MADRID, 4, t.

0 conselho de ministros approvou as

grandes linhas do projecto de lei que es-

tabelece o serviço, militar obrigatório pa-

ra todos os hespanhoes.

A quentão religiosa

MADRID, 4.

0 g. verno oppôr se-ha ao transporte

dos manifestanies para San Sebastian e

deu instrucções n'este sentido ao gover-

nador civil e ao capitão-general da re-

gião. Em presença das affírmações dos

catholicos de que a manifestação se ha de

realizar, o governo enviará tropas para

vários pontos onde forem necessárias pa-

ra impedir que ella seja levada a e(feito.

0 sr. Canalejas, depois de dar estas infor-

mações, exclamou:

—Veremos se a manifestação se rea-

lisa!

0 governo apprehendeu varias armas

que, ao que parece, foram distribuídas

aos habitantes d'uma aldeia do norte. Foi

aberto inquérito para serem tomadas as

necessárias providencias.

SAN SEBASTIAN, 4.

As delegações caibolicas de Navarra,

Alava, Biscaia e Guipuzcoa organisa-

ram uma grande manilestação para do-

mingo proximo.

Decidiram protestar mais energica-

mente ainda contra a arbitrariedade do

governo e a pressão que esie exerceu

sobre as companhias de caminhos de

ferro, que. recusam pôr comboios espe-

ciaes á disposição dos manifestantes pa-

ra ir a San Sebastian.

Decidiram mais fazer a manifestação

dos catholicos das quatro províncias

supramencionadas, reunindo-se para

este effeito domingo ao meio dia por

todos os meios de que dispozerem, mes-

mo fazendo a caminhada a pé.

Decidiram, emflm, dirigir ao Papa

um telegramma de intensa adbeeão, e

outro ao rei Alfonso, protestando contra

a altitude do governo.

Este ultimo telegramma será enviado

de Bayonne, com receio de que seja

sustado sendo enviado de Hespanha.

Os orgaDisadores da manifestação ac-

clararam ao governador que respondem

pela ordem no decurso da manilestação

se não houver nenhuma provocação da

parte dos radicaes.

MADRID, 4.

O governo reiterou a sua recusa de

auctorisar a manifestação dos catholicos

no domingo em San Sebastian, e deci

diu prevenir por todos os meios, e, se

tanto fôr necessário, reprimir energica-

mente toda e qualquer perturbação da

tranquillidade publica.- (II)

MANUEL EAMAL1Í0

• *

£

Acabamos de receber o seguinte te-

legramma, expedido de Condeixa ás 5

horas e meia da tarde d'honlem:

«Diário Illustrado—Lisboa.

Falleceu Manuel Pereira Ramos Santiago

Azevedo Coutinho Ramalho, o vulto mais

eminente, o politico de maior destaque,

o cidadão mais prestimoso que teve a

villa de Condeixa. Dôr profunda e magua

intensíssima envolvem de crepes esta

villa.

(Correspondente),

Esse telegramma é eloquente. Traduz

bem o vivo pezar com que os seus con-

terrâneos vêem morrer ura homem de

grande mérito e de grande coração, que

foi o seu mais dedicado protector e o

seu melhor amigo.

Manuel Bamalno morreu no seu ma-

gnifico palacio de Condeixa, uma das

mais vastas e grandiosas casas solaren-

gas da província, e d'elle se pôde dizer,

d'elle podem dizer os seus conterrâneos

e podemos dizer nós, os seus amigos,

que é d'aquelies que fazem falta. Deu á

politica, lealmente, o melhor do seu es-

forço, da sua intelligencia e da sua

actividade, serviu-a com a formidável

força do seu prestigio e. no desempe-

nho dos seus cargos pu olicos de con-

fiança dos governos, houve-se com o

melhor tacto e a mais diligente e im-

peccavel correccão.

Foi um politico sincero e probo, um

coração magnânimo, um correligionário

dedicado, um amigo leal e certo. Re-

cordamo-lo como ura dever de gratidão

e de justiça na hora pungente em que

o seu corpo inanimado vae descer á

eterna paz do tumulo.

A' família do illustre extincto endere-

çamos a mais viva expressão do nosso

pezar.

HIGH-LIFE

Corte

0 Principe Real Senhor D. Aflcnso as-

sistiu ao espectáculo de hontem no Coly-

seu dos Recreios.

—Sua Alteza o Príncipe Real passeou

hontem de tarde, de automóvel, pela ci-

dade.

DiDlomatas

Parte hoje ptra Cascaes o sr. Marquez

de Villalobar, illustre ministro de Hespa-

nha na nossa corte.

—0 illustre ministro da Argentina sr

dr. Garcia Sagastume, oITereceu hontem

em Cascaes, onde está veraneando, um

jantar ao illustre escriptor hespanhol

Blasco Ibanez, que aqui está de passagem

para Buenos Ayres.

—Tem estado retido em casa, encom-

modado de saúde, o sr. dr. José Gonçal-

ves Teixeira, ministro plenipotenciário,

cnefe da Repartição do Expediente do Mi-

nistério dos Estranjeiros

—Partiu hontem á noite para a sua ca-

sa de Vizeu. em gozo de licença o sr. dr.

Vasco Francisco Caetano de Quevedo,

chancellor consular em serviço no gabi-

nete particular do sr. ministro dos Negó-

cios Estrangeiros.

Annitersarios

Fazem amanhã annos as sr.": .

Condessa d'Azevedo, Viscondessa de Fa-

ria, Viscondessa de Oiivã. D. Thercza Ma-

nuel de Vilhena e Saldanha (Alpedrinha).

D. Maria do Carmo Alves de Carvalho. D.

Maria da Luz Godair de Lacerda da <Go»ta

Pinto, D. Julia Piuto Barruocho e Vascon-

cellos, D. Joanna da Silveira Viegas, I)

Laura Ernestina da Fonseca Lemos, L).

Elisa Palmira dos Prazeres e Silva, D

Leonor Laura Dalhunty, D. Julia Emilia

ia

PKPi! Pi w PPIPHP Guilhermina Rosa Corsino Bentes, D. Zul

Feio Folque, D. Maria Augusta Ribeiro

Milne, D. Maria Augusta Peei da Costa. D.

mira de Jesus Fernandes Prata, D. Amelia

Matheus dos Santos, D. Eduarda Homem

de Vasconcellos de Almeida Serra, D. Eli-

sa Schiappa Pietra de Faria Machado Ro-

by.

E os srs.:

D. Francisco Paulo Macedô de Portugal

e Castro, Conde de Cascaes. Conde de

Mesquita, Conde de Castello Mendo, Cesa

rio Augusto Tinto, Antonio de Faria Gou

veia Zagallo, Arthur Urbano de Castro,

João Maria Manzoni, Jorge Xavier Rodii-

Eues, José Candido da Costa Reis, Alfredo

ayres da Silva Braga, Fernando Carlos

Moraes de Almeida, Henrique Gabriel da

Silva.

Partidas e chegadas

Partiram qara Espinho com seus filhos,

os srs. Viscondes de Almeida e das Can-

cellas.

—Está em Lisboa o sr. dr. Vaz Pereira,

illustre governador civil de Vianna co

Castello.

—Partiu para o estrangeiro a sr.» Vis-

condessa de Sarmento.

—Partiu para as Caldas da Rainha o sr.

dr. Joaquim Teixeirs de Sampaio.

—Partiu para Cascaes o sr. Luiz de Me-

deiros.

—Regressou de Liverpool o sr Pedro

Pinto Basto.

—Já está em Cintra com sua esposa, o

sr. Fernando Eduardo dc Serpa Pimentel

—Para o Vimieiro parte amanhã a sr.*

D. Luiza Desiandes Blanc.

—Partiram para as Pedras Salgadas, o

illustre escriptor sr. dr. > ugusto de Cas-

tro e sua esposa a sr.» D. Maria Emilia Bourbon de Sotto Mayor e Castro.

—Partem brevemente para a quinta dos

srs. Viscondes de Pernes, em Cofiares,

onde vão estar algum tempo, o sr. Pedro

Lobo d'Almeida de Mello e Castro (Gal-

veias) e sua esposa a sr.* D. Maria Ame-

lia Martens Ferrão de Mello e Castro.

—Acha-se na sua casa da Guarda a sr.»

D. Josepba da Cunha Pignaielly Telles de

Vasconcellos, mãe do sr. Joaquim Telles

de Vasconcellos, digno par do Reino.

—Regressaram á Guarda a mãe e irmã

do sr. dr. Amândio Paul.

—Regressou do Gerez á Guarda o sr. dr.

Leandro Homem d'Almeida, illustre advo-

gado n'aquella cidade.

—Regressaram á Guarda o sr. Ruy de

Orey e sua esposa.

Acompanhou s. ex.»-, sua irmã e cunha

da a sr • D. Maria José Calvet de Maga-

lhães Cardoso.

—Acha-se em Espinho com sua esposa

e filhos o dr. Antonio Corsiro Caldeira.

—Chegou a Lisboa o sr. Conde de Pa-

çô Vieira.

—Por noticias recebidas do Rio de Ja-

neiro, somos informados de ter alii che-

gado o sr. conego Senna Freitas.

—Está em Lisboa o sr. Visconde de Vil-

larinho de S. Romão.

— Regressou da Chamusca o illustre

ministro da Fazenda, sr. Conselheiro An-

selmo de Andrade.

—Partiu para Londres com sua família

o sr. dr. Domingos Pinto Coelho.

—Estão em Lisboa a sr.» Viscondessa de

Thayde, sua mãe a sr.» D. Augusta Salema

Garção de Araujo e sua irmã in.elle Lúcia

de Araujo.

—Parte boje para a sua casa no Campo

Grande, acompanhado de suas gentilissi-

mas irmãs, o sr. Fernando Luiz Bom dc

Sousa Roxo (Pernes).

—A distincta escriptora sr.» D. Olga Mo-

raes Sarmento da Silveira, parte no dia

10 d'este mez a bordo do «Astúrias», para

Cherbourg, d'onde se dirige depois a Pa- ris.

—Regressam hoje do Seixal a cr.» D.

Assumpção Perestrello e filha.

—Regressou a Cuba o uosso amigo e il-

lustre collega do «Jornal do Commcrcio»

o sr. Francisco Bandeira.

—Regressou de Liverpool o ar. D. Do-

mingos de Sousá e Holstein (Fayal), filho

mais novo dos nobres marquezes de

Fayal.

—Acompanhada de seu marido e de seu

filho Vasco, parte no dia 20 d'este mex

para uma longa digressão pela Italia e

França a sr.» D. Elvira Jara d Orey.

—Acompanhada de suas filhas e ilibo

Rodrigo, parte no dia 10 para a Figueira

da Foz a sr.» D. Elisa Georgina da Silvei-

ra e Oliveira.

—Parte brevememle para aquella praia

a sr.» D. Carlota Soma Castro Barradas. —Com sua gentilissima filha D. Beatriz

parte no proximo dia 10, a bordo do

«Astúrias», para Cherburgo, d'onde setrue

para Paris e Vichy, o sr. general Conde

de Sousa e Faro.

— Parte boje para Paris o sr. Visconde

de Acarez.

—Partiu para Cintra, acompanhado de

sua esposa a sr.» D Margarida Chaves dos

Santos e Silva, o sr. Américo dos Santos

e Silva.

—Partiu para o Bussaco, d'onde segue,

uo fim do mez, para uma digressão pelo

norte do paiz, a sr.» D. Esther Abecassis

Seruva e suas gentis (ilhas D. Lyce e D.

Julia.

—Partem, no fim do mez, das Caldas da

Rainha para a Foz do Arelho, o sr. Ale-

xandre de Castilho, sua esposa e interes-

santes filhas D. Maria das Dores e D. Ma-

rian na.

—Partem no sabbado das Pedras Salga-

das para o Porto, d'onde se dirigem á

Figueira da Foz. regressando d'ahi oara a

sua casa em S. João do Estoril, onde pas-

sam a época balnear, o sr. José Silvério

Ribeiro da Costa, sua esposa a sr.» D.

Amelia Ribeiro da Costa e gentíllssimas

filhas D. Maria Luiza e D. Isabel (daria.

—Parte na próxima segunda-feira para

a sua linda vivenda em Cascaes. acompa-

nhado de sua esposa a sr.» D. Thereza

Lobo d'Almeida de Mello e Castro (Gal-

véas) e suas gentilissimas filhas, o sr. dr.

Filippe de Vilhena.

—Parte hoje para os Açores, a bordo do

vapor «Funchal», o nosso amigo e col-

lega das «Novidades», o sr. Jayme de

Sousa.

—Encontra se nas Pedras Salgadas,

acompanhada de sua neta a sr.» D. Maria

Helena de Vasconcellos e Sou3a da Sil-

veira (Cabello Melhor), interessante filha

dos nobres Marquezes de CasteUo Melhor,

o sr. Bernardo da Silveira.

—Partiram hontem de manhã no «sud-

express» para o norte as sr.»» Condessas

da Ribeira.

—Também no mesmo comboio partiu

6ara o estrangeiro o sr. Castanheira de

oura.

—Partiu para S. Martinho do Porto, onde

vae passar uns dias em companhia de

sua mãe, que ali se acha veraneando, a

sr.» D. Ernestina Pimentel, esposa do sr.

dr. Carlos Pimentel.

—Parte brevemente para o Luzo com

sua filha o sr. dr. Barral Filippe.

—Vae brevemente paraCarcavellos, onde

Íassa a estação calmosa, o sr. dr Castro

oraes, illustre medico da armada, «ua

esposa e filhos.

—Está em Lisboa o distincto académico

da Universidade, sr. D. Raul da Camara

Leme, partindo brevemente para Cas-

caes.

—Parte brevemente para a Ericeira, com

sua esposa e filhinha, d'onde seguirá logo

para o seu tratamento de aguas, nas Pe-

dras Salgadas, o sr. Frederico Cortez de

Menezes.

Um jantar de despedida

Informa o «Imparcial» que uo dia 2 de

Page 2: ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N. 13:230purl.pt/14328/1/j-1244-g_1910-08-05/j-1244-g_1910-08-05_item2/j... · generadores-lib:raes deixam de ser 03 directos representantes

RMQIO ILLt'STRADO

corrente, os srs. drs. Ignacio Ferreira rou-se «ofíicialmente» a época balnear,

Marques, Ricardo Jorge (filho), Rodrigo de que de facto estava já ha bastante tempo

Azevedo Ayres de Magalhães, Rodrigo principiada.

Franco AÍTonso e Ruhen da Silva Leitão,

ultimamente formados, oIT.rcceram em

Coimbra, na Qiynta do Penedo dos Ven-

tos, um jantar de despedida aos seus

amigos.

Foram convidados os srs.:

Professores José Sobral Cid e Lobo

d'Avila Lima, drs. Manuel da Silva Gayo

e Guilhermino de Barros, Eduardo Santos

Moreira, Christovam Ayres (filho), Oscar

Salgado Zenha. Augusto Gonçalves e Sil-

va, dr. Domingos Fesás Vital, José de Me-

nezes Pitta e Castro, Eduardo Burnav, Al-

varo dos Reis Torgal, Pedro Joyce e Au-

gusto da Cunha Lamas.

Não assistiram por motivos de força

maior, os srs.:

Conde de Castro, professor Caeiro da

Matta. Manuel Gustavo Bordallo Pinheiro,

drs. Camillo Castello Branco, Manuel Car-

doso, Arthur Ricardo Jorge, Octávio da

Silva Leitão e Carlos Santos.

Real Associação Naval

Conforme a referencia da nossa secção

•Sports® damos hoje o nome de algumas

das embarcações e dos seus respectivos

proprietários que já se inscreveram para

o passeio de 16.

Ariel—Charles Bleck.

Hebe—DomiDgos Gomes.

Esvailarle — Luiz Borges Bandeira de

Mello.

FcUinilza—Hans Wimmer.

Maria Luiza— José Libanio Ribeiro da

Silva.

Toneca—Major João de Menezes.

Venus—^Gustav > Cabral.

Ilda—José Faria.

Mimi—Alvaro Gaya.

Vega— Capitão Fernando de Magalhães.

(Jueenie—José Leal Wintermantel.

Diário do Governo... mundano

Completamos as nossas informações so-

bre a moda feminina na preoente estação

estival, apresentando ás nossas gentis lei-

toras uma brevíssima resenha da ultima

ordenação decretada sobre a elegância e

distineção com que hão do calçar os seus

mimosos pésinhos, que por certo os re-

presentantes do sexo barbudo prefeririam

ver, ou antes «sentir,® revestidos de co-

bertura mais etherea e menos material

que as reluzentes pelles fluas que discre-

tamente os envolvem...

Declara a soberana Moda: os sapatos

claros parecem estar um pouco abando-

nados este erão; usa se muito o sapato

de polimento con- a pala em gamo cin-

zento ou o pequenino sapato americano de

verniz, bastante decotado e tendo apenas

uma fivela de madrepérola; é muito ele-

gante e distincto.

Com os vestidos leves, de «lingerie,®

vé-se muito o sapato preto de pellica ma-

te ou de polimento, e até se tem visto o

alegre contraste de vestidos muito ligei-

ros com o sapatinho de velludo, que pa-

rece querer voltar á moda. Algumas ele-

gantes usam o mesmo em passeio, com

saltos de côr, bronzeados ou vermelhos.

De resto, a moda do velludo pieto não

parece querer restringir-se este verão;

entra quasi na metade da confeccão dos

vestidos de «lingerie® e os chapéos tam-

bém o empregam em larga e.*cala. Vimos

n'este genero um cbapéo delicioso, cuja

copa era inteiramente de velludo preto,

com abas muito grandes, de renda bran-

ca, sem enfeite algum: era uma nota iné-

dita e encantadora. Mas em contraste com

alguns lindos modelos, quantos outros de

desproporcionada ousadia!

Uma mulher pôde ser elegante sem ser

exaggirada, e o estio não é, por certo, a

estaçao mais propria dos veiludos. Usem

os vestidos cuja brancura e leveza lhes

deem a sensação de frescura e guardem

para o inverno o quente conforto dos ro-

çagantes veiludos e dos damascos luxuo-

sos...

No «Mondego,® o mais antigo casino do

Bairro Novo, grande, e selecta concorrên-

cia assistiu no sabbado á noite ao concer-

to rea'isado pelo bello sextetto que alli

sc faz ouvir, dirigido peio distincto solis- ta D. Pedro Blanch, artLta já bem conhe-

cido e apreciado pelo nosso publico, ap-

plaudindo calorosamente as peças execu-

tadas, e acolhendo liiongeiramente a es-

treia dos pequenos e engraçados artistas

Mavy-Luis Amanhã devo alli estreiar se a

coupletista-transformista «La Rjgoiina »

O sumptuoso e vasto Casino Peninsula',

ab*iu homem as suas portas, havendo os

costumados concertos por um distincto

sextetto, de que fazem parte excellentcS

artistas, dirigidos pelo nosso compatrio

ta Ivo da Cunha e Silva, violinista de lar -

go futuro e que está fazendo brilhante-

mente em Paris o seu curso musical.

No Oceano exibe-se também um bom

sextetto composto d'artistas hespanhoes.

Funccionam também dois animatogra-

phos, o «Parque-Cinema» e o «Fallante « e

no salão High-Life exibe-se lambem uma

pequena companhia de operetta popular,

que alli representou com grado a peça

«Rosas de Nossa Senhora,® subindo hoje

á scena a revista «Scenas .la rua.»

Por esta simples ementa pôde avaliar-

se a animação do Bairro Novo, onde to-

das as noites se acotovela enorme multi-

dão, enchendo os estabelecimentos com-

merciaes, abancando nos cafés, frequen-

tando os casinos...

Ha muito por onde escolher este anno,

e não é á miugua de divertimentos que

os nossos hospedes se aborrecerão...»

Em breve começaremos a dar noticia

das diversões em projecto na liuda e mo-

vimentada praia.

Em Mondariz

Chegaram recentemente a Mondariz os

seguintes p0rtugue2.es, que alli estão em

tratamento, srs.:

Caetano Ferreira de Oliveira e esposa,

Constantino Tavares do Pinho, Antonio Gar-

rido e família, Nestor Sampaio e família,

José Mendonça de Freitas e familía, D.

Maria Catharina Pereira Correia, D. Hele-

na da Silva Salgado.

na do Oliveira Marques, no caminho do

Baixo da Penha, 24, 1.°, furtando-lhe

de dentro de duas inalas objectos de ou-

ro no valor de 47£700 réis. O «José das

gravatas® é casado com a Miqueliua,

com quem não vive ha tempos.

Dma hTsíorla If aniores

na Córsega

casar com o seu namorado: a Phiiome-

na é que está de peor partido, porque

tem de correr uma acção de divorcio.

Com respeito ao filho do implacável tio,

ignora se onde foi malhar com os os-

sos... Provavelmente está também a

gosar em casa da sua namorada, se é

que a tiniu.

No Rocio Palace

A empresa organisou para a sessão de

hontem um bello pregramma que foi mui-

to apreciado A concorrência era nume-

rosa, notando se bastantes senhoras da

sociedade elegante.

Vimos alli as sr.M:

D. Maria Leonor de Vasconcellos Guedes (Riba Tamega) e filhas, D. Maria Helena e

D. Maria da Conceição, melles Ramos Mon-

tero e Lascono, D. Maria Carolina Hearn

da Cunha e Meneze*. D. Luthegarda de

Caíres, D. Aurôra Eça Leal e filha D. Con- ceição, D. Suzanna Horta e Costa, mad.

Garção do Araujo e filha. D. Beatriz e D

Alice Lobo de Miranda Trigueiros, melie

Candida Cruz, melle Cunha Ramalho, etc.

E os srs:

D. Dionísio Ramos Montero e filho, D

Pablo Lascano, D. Luiz da Cunha e Mene-

zes (lumiares), dr. Caíres, dr. Alfredo

Martins. João Mendes de Vasconcellos

Guimarães (Riba Tamega), Alberto Batalha

Reis, Carlos Hearn, Francisco Mendes de

Vasconcellos Guimarães (Riba Tame"-1

Casimiro Ramalho, Luiz Trigueiros,

los da Motta Marques, etc.

Na feira de Agosto

Hontem, dia escolhido pela sociedade

elegante, que ainda se conserva em Lis

boa, para visita semanal áquelle recinto,

n'elle vimos, entre outras, as sr.**:

D. Maria da Conceição de Moraes Sar-

mento Cohen, D. Carolina Alves de Carva-

lho Pereira de Mello, D. Carlota Alves de

Carvalho, D. Francisca de Noronha (Para-

ty), D. Maria da Luz de Chatillon. D. Maria

Thereza Correia de Almeida (S. Januário),

mad. Sarti e filha D. Elisa, D. Palmyra

Cau da Costa Santa Rita e filhas D Amelia

e D. Guilhermina, D. Emiiia Veiga Ferrei-

ra, D. Maria Marques Ferreira, mad. Xa-

vier de Brito e filhas, m.elles Bon de

Sousa Roxo e Leite, etc.

ffi:

No Martinho

Em villegiatura

Nas Pedras Salgadas

Passou hontem o anniversario natalício

da sr.* D. Maria Felismina Franco, genti- lissima fi.ha mais nova dos srs. condes

de Restello. O dia de hontem foi de festa nas Pedras

Salgadas, onde os illustre titulares e suas

filhas se encontram, sendo oíTerecido á

sr.* D.. Maria Felismina Franco um ele-

gante almoço, aum dos pontos mais pit-

torescos do parque.

A mesa achava-se lindamente enfeitada

com lindas flores em cryst&es, pelas sr." condessa de Vinho e Almedina. D. Leonar-

ds Guedes da Costa e D. Assumpção Pes-

soa de Amorim.

O almoço começou ao meio-dia, prolon-

gando-se até depois da uma hora, reinan-

do sempre a mais franca alegria.

O logar de honra era occupado por D. Maria FePsmina Franco (Restello), sentan-

do se á sua direita o sr. Eduardo Valdez

Pinto da Cuaha, & sr.* D. Helena Rebollo

Valente e os srs. D Carlos de Sousa e Fa-

ro, Antonio Costa Gouveia o Cunha e Fer- nando de Brito (Ermida); e á esquerda o

sr. Ayres Valdez Pinto da Cunha. D. Maria

Leonor Franco Restello) e Marianno Car-

valho da Costa.

£m fr nte da sr • D.Maria Felismina (Res-

tello) sentòu se o sr almirante João Botto

qne dava a direita á sr.* condessa de Vi-

nhó e Almedina, o sr conde de Restello,

D. Elisa R bello Valente, D. Maria Thereza

Valdez Pinto da Cunha e o sr. José Maria

da Silveira Estrella; e a esquerda a sr.*

I). Leonards Guedes da Costa Gouveia e

Cunha, sr.* condessa de Restello, sr. José

Eduardo Pinto da Cunha, conde de Vinhó

e Almedina, D. Assumpção Pessoa de Amorim e o sr. Frederico Pinheiro Cha-

gas.

Ao toast levantou o primeiro brinde o

sr. almirante João Bj«to aos srs. condes de Restello e suas filhas, seguindo se um

outro em inglez do sr. José Estrella a D.

Maria Felismina (Restello) e outro a todas

as pessoas presentes e suas famílias; ter-

8SSS8. VSStífiSWWSt! fcgjj. iw «M*». n> * Cunha a Sua Majestade El-Hei. | 128£000 réis, pelo seu silencio com res

Findo o almoço os convivas foram pas- peito a uma certa questão.

O dia de hontem n'este majestoso Café

foi por assim dizer um verdadeiro «ren-

dezvous® das principaes famílias da

nossa primeira sociedade elegaute. No

jantar concerto vimos, entre outras, a?

seguintes pessoas:

D. Juan Remus e família, Pedro de Sá

Lima, Carlos Branco, Joáo Vieira da Sil-

va, dr. AfTonso Costa, conselheiro Petra

Vianna, AÍTonso Soares de Moura Quin-

lella, Fernando Dias Ferreira, Joaquim

Dias Ferreira, dr. Altmann, mr. llolde.

Manuel dos Santos, Joaquim Lima, At>i

lio Lima, dr. Frederico Cortez, S imuil

A. Ezagury. Oscár Xavier Alhadas

Eduardo de Castro, Manuel Pereira Re

go e esposa, Antonio Pereira U go, Pe

dro Lavado Barata e esposa, Anlonio

Pereira Rego Junior, esposa e lilhas, D.

Rachel Pereira Rego e filho, D. Guiltier

m:oa Sabrosa, etc.

Por cainA cTunia herança-

I in fio nmhtcioNO c calor-

rn-Umai Nobrlnha* ouao-

ro*a* e expedita» —I'm fllllio

."que e*l& por tudo—A in-

tervenção judicial que põe

fim ao romance — .xpotbco-

Pie: o amor trlumplin.

Na communa de Zonza falieceu ha

tempos, um individuo, viuvo, deixando

duas filha?, Rosa e Philomena, entre-

gues aos cuidados d'um tio, casado, e

com Hlhos. Esse tio, Julio Muzzi, lutor e

administrador dos bens das sobrinhas,

entendeu que era melhor deixar a he-

rança indivisa e, no propositi) de con-

servar a fortuoa na família, projectou

casar o filho com a Rosa. A priminha,

porém, tinha uma affeição. Mas o tio

tanto fez, tanto enredou, tramou e em-

brulhou, que o casamento ajustou-se, ar-

ranjou se a dispensa de parentesco, e

preparou-se o uinho para os noivos...

que nunca haviam de o ser.

No dia aprazado para o casamento, o

tio, o filho e os parentes convidados

para a cerimonia, eucaminharam-se pa-

ra a respectiva repartição do registo ci-

vil, onde primeiramente devia celebrar-

se o casamento. Lá estava o respectivo

funccionario com o Codigo, para a as-

signatura do competente regbto. Falta-

va, porém, a priminha. Corno elia se

demorasse um dos parentes foi a casa

dizer-lbe que se aviasse, que estavam á

espera. Mjs a encantadora Rosa... on-

de é que ella eslaria a essas horas! A

priminha linha fugido, com o outro, o

meço pallido que ella amava e ao qual

havia jurado pertencer!

Não se desconcertou o tio, que res-

pondeu com uma fleugma que a lodos

surpreheodeu: 1

—Não tem duvida... A Rosa fugiu,

mas ficou a PhilomeDa. Rapaz, varno-

nos embora. Has de casar com a ou-

tra • • •

Mas a Philoraenasinha não esteve pe-

les aulos. Chorou, allegou que não ama-

va o primo, que não queria casar com

elle, que gostava d'outro, que preferia

tudo menos contrahir matrimonio com

um rapaz que lhe era absolutamente in

differente.

O tio, porém, recalcitrou e respondeu

com a sua habitual fleugma.

—Has-de casar, e tenho dito.

Então a pequena, para se ver livre

do tio feroz que queria sacriíical-a, in-

ventou uma historia d'amores. Não po-

dia casar com o primo—porque, o'ura

momento de hallucinação, cahira nos

braços do seu namorado. Occultara sem-

pre a sua fraqueza, mas agora entendia

que devia revelar tudo- - -

O tio ouviu, deixou a sobrinha cho-

rar á vontade e, quando a viu mais se-

rena, acariciou-a, fez-lhe festas e, sem-

pre na sua irritante fleugma, respon-

deu:-

—Não tem duvida, não te afllijas...

Uma falta quem quer a tem -. - Casarás

com teu primo! '•

O rapaz, completamente dominado

pelo pae, disse que sim, que casaria,

que, ap »sar de tudo, receberia a prima

por sua legitima mulher, perante o seu

parocho. Arranjada a papelada, effe-

cluou-se o casamento.

Mas... na noite de núpcias, o noivo

deixou a esposa no seu quarto e foi dor

mir n'outro. Alta madrugada, abrindo

surrateiramente uma janella, safou-se ã

franceza. Pouco depois (ou pouco antes)

a noiva, que magicara o mesmo piaao,

abriu também da mansinho uma janel-

la, deixou se escorregar alé ao jardim,

e, galgando um pequeno muro, correu

a refugiar-se em caea do seu antigo na-

roôrado. um tal Jacques Guidicelli que

a esperava, tremulo d'amor.

mmm

CALENDÁRIO SE AGOSTO

Domingo.

Segunda.

Terça ...

Quarta ..

Quinta ..

Sexta ...

Sabbaúo-

o

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

16

17

18

19

•20

* i

22

23

24

25

2G

27

ts

29

30

31

Lua no- 9£GOO.

Companhia do Gaz, coup., G2£500 réis.

Companhia dos Tabacos, coup., 70£.VK).

Empresa Agrieola do Principe. 3£700.

Obrigações:

Compa- l.ia das Aguas de Lisboa, assent.,

ou port., bl£000

Companhia das Aguas de Lisb. coup.,

82 £300

Prediaes G 0(0, 74£000.

Prediaes 5 OjO, 69£000

Banco Ultramarino, assent, 71 £0 0.

Banco Ultramarino hypoth, 6 0|0, 89£300

Companhia dos Caminhos de Ferro Atra-

vez d'Africa. 8G£60G.

Companhia Nacional dos Caminhos de

Ferro, 2 * serie, 65£l00.

Companhia do Norte e Loste, 2.° grau,

52£700.

Companhia da Beira Alta, 20 grau,

17£100.

Companhia Carris de Ferro de Lisboa,

va em 4;

Q. cres

cente

12; Lua

cheia a

•20;

Q. min-

guante a

0 DIA RELIGIOSO

5 Sexta. Nossa Senhora das Neves. S.

Q&w&loo, Rei de Inglaterra. S. Emygdio,

Bispo. Martyr.

—Sé, ás 11, festa á Senhora do Soccor-

ro, por mutica: ás 12.30, vesperas. —Recolhimento de Lazsro Leitão, ás 11,

missa da reposição do Lauspercnne, por

musica.

—Socccorro, ás 12, festa á Senhora do

Soccorro. seu orago por instrumental,

orando o rev. Carlos Fragoso; ás 6,30,

sermão pelo rcv. José Pedro Soares, la-

dainha e «Te Deum», Lausnerenne.

—Caetanos, ás 7, terço, ladainha e ben-

ção do Santíssimo.

—Exposição de Passos nas egr'jas do

costume.

—Nossa Senhora do Monte do Carmo, ás

9, missa rezada e em seguida Exposição

do Santíssimo Sacramento; ás G, terço,

ladainha ° Benção.

—A' S. Louis des Français, à 8 h., Union

de Prières. Mess3 avec Instruction, Com-

munion générale. Ind. plén , et Exposi-

tion. A' 5 h. 112 du soir, Sermon en por-

tugais et Reposition.

o DIA MEIEREOLOGICO

i- o (Temperatura max... 21.5 Lisboa: 3 { ^ 16>5 min.

Tempo provável em Lisboa no dia 5:

Vento moderado ou fraco d'entre N\V.

e SW.

Ceu de algumas nuvens ou nublado.

Estado gerando tempo

Pequenas alterações barometricas rios

postos do reino, com accrescimo de tem-

peratnra e vento geralmente fraco do qua-

drante N\V

Registaram-se chuvas em alguns postos

do reino.

As pressões mais altas acham se indica-

das sobre os Açores e as mais baixas so-

bre a Irlanda. Faltam boletins de Angra,

Ponta Delgada e Funchal.

. 3,2 m. m. Dia 3

Evaporação

Ozor.e.. • • • • 6,5 gr.

CiYWVFAIVA

BO BEVOBTEB

Reuaiu hontem em sessão semanal a

Camara Municipal de Lisboa.

—Foi presente uma queixa no juizo

de instrucção criminal pelo director da

Escola do Exercito, cm consequência

de alli ter ha dias desapparecido uma

capsula de platina no valor de 60£000

réis, ignorando se quem a tivesse rou

bado

—O sr. Luiz Filipp* da Silva, resi

dente na rua Formosa, 67, queixou se á

policia de que uns i .dividuos desce-

aetr pelo formoso parque.—(C.).

Na Figueira da Foz

Dizem da Figueira:

«Com a abertura dos casinos inaugu

23—Folhetim do Diário lllnstrado

HISTORIA

DE

>OOOOOOOO<XXX><XX>O<xk><>OO<><>c<>O<

PARTE PRIMEIRA

—Pelo que respeita á sua soltura,

continuou Lescaut, uão é coisa táo fá-

cil como julga. Passámos hontem a

noite, eu e dois amigos meus, a obser-

var o exterior do edifício e julgámos

que, dando as suas jauellas para um

pateo circundado de habitações, como

bem deve ter visto, deve haver grande

difficutdade em o tirar d aqui. Demais

a mais está no terceiro andar e nào po-

demos introduzir cá deutro nem cor-

das nem escadas.

Portanto nào vejo o mais pequeno

recurso, da parte de fora; é, a meu

vêr, dentro de S. Lazaro que esta cha-

ve que o ha-de pôr ao ar livre.

-—Nào; repliquei-lhe, eu, tenho exa-

minado tudo c muito mais depois que

estou menos rigorosamente guardado,

—Foi hontem enviado a juízo José de

Oliveira da Silva Junior, o «José das

gravatas» e Raul da Molla, ambos resi-

dentes na calçada da Picbeleira. por te-

rem entrado na residência de Miqucli-

em virtude da indulgenc ado superior.

A porta do meu quarto não se fecha

á chave e tenho a liberdade de pas-

sear no claustro dos religiosos, mas

todas as escadas estào vedadas, por

expessas e fortes p rtas, que cuidado

sãmente se conservam fechadas tanto

de dia con.o de noite, de sorte que é

impossível executar o mais leve proje-

cto tendente a escapar-me.

EspiTe-continuei eu no emtanto, ten

do reflexionado alguma coisa: poderia

o senhor trazer-me uma pistola:

—Com toda a facilidade respondeu-

me Lescaut; mas quer matar alguém?

Assegurei lhe que tinha tanto essa

idéa, que não era necessário que a

pistola estiveste carregada.

Então traga-m'a amanhã e não se

esqueça achar-se defronte da porta

principal do edifício, com dois ou tres

dos nossos amigos ás onze horas da

noite.

Lescaut, promettendo-me lá estar,

instou commigo para que lhe dissesse

quaj era o meu desígnio; mas nào obte-

ve de mim outra resposta mais do que

-uma empresa tal qual cu a meditava

só poderia parecer rasoavel, tendo sor-

tido bom resultado. Pedi-lhe que abre-

viasse a sua visi.la, afim de que no dia

seguinte achasse facilidade em me tor-

nar a vèr. : - lj

No dia immediato, foi do mesmo mo-

Feito isto, tratou-se d'outro importan-

te assumpto: a questão da herança. Or;

ganison-se então uma verdadeira expe-

dição para obrigar o tio a entregará

.sobrinha a parte que lhe pertencia da

heraoça de seus piès. Um irmão de

Jacques, seu tio Caniom e outros mais,

araiadc s até aos dentes, foram ás pro-

priedades de Julio Muzzi e apoderaram-

se de metade das cabeças de gado que

lá pastavam.

Era uma divisáo violenta, mas violen-

to fô:a também o procedimento do tio

que, na sua cubiça, nào hesilou em fa-

zer a infelicidade das sobrinhas.

Ioterveiu então a Lei. Muzzi. quando

sòube o qua havia succedído, perdeu a

sua habitua! serenidade e jurou vingar-

*e. Para esse eíTeito escolheu o proces-

so mais simples: — queixou-se aos iri-

b-jnaes. Recebida a queixa e instaura-

do o competente processo, os réus com-

pareceram ha dias perante o respectivo

juiz, sendo todos condemnados: Jacques

Guidicelli, a 8 mezes de prisão; seu ir-

mão Antonio, o tio Gacioni e Philomena

a 3 mezes de prisão correccional, com

suspensão da pena. Os restantes que

compunham o bando foram egualmente

coQiíemnados a um e dois mezes de

prisão.

E aqui fica a historia: Agora, vão as

sobrinhas requerer que lhes sejam en-

tregues os sous bens, visto serem maio-

res e írecisarem de dinheiro para go-

vernar a vida.

A Rosa, que foi mais esperta, van

0 DIA FINANCEIRO

Câmbios

Londres cbeq. 49 5j8, 491(2; 90 div. 49

7i8; Paris Cheque, 576. 578; Italia 572,577; Allemanba, cheq., 236 1(2,237 1(2; Hollan-

ds. 401, 403; Madrid, 890, 800; New-York. 995. i0O5j Cambio Rio sjLon-

dres, 16 25(32; Londres sjPortugal, 49 3|1G,

49 1|!6; Madrid siParis, 790; Madrid s|

Londres, 2719; Paris á(Londres, 2520 1(2;

Berlim si Londres, 2045; Paris s(Berlini

123,25.

Desconto do Banco de Inglaterra, 3

0|0.

Desconto mercado livre, 2 1|4.

Desconto do Banco de Portugal, 6 0(0.

Libras, 4£850, 4J90O; Agio do ouro, 7

0(0, 9 0,0.

Isa de Londres

2 1(2 Gonsol. Inglez, 81.62; 3 0|0 Por- tuguez. 66,87; 4 OjO Ext. llespanhol. 92,

62; 5 0(0 Brazil 1907, 100; Rio Tinto, 65 3(4

Bolsa de Paris

3 0(0 Renda Franceza. 97,15; Portuguez.

00,00; 4 0|0 Ext. Hfspanhol, 94,25; Moçam-

bique, 28; Zambezia, 21.

Bolsa de Lisboa

Divida int. 3 0|0, assent, de' 1:000£000.

39 80.

Idem idem, coup., de 1:000£000. 39 45

Idem, idem, idom de 100£000, 39 90.

Obrigações: <

3 0|0, 1905 9£150.

4 0(0, 1888, 21 £700.

4 0|0 1890. assent. 51 £500.

4 0(0. 1890, Côup 51 £500.

4 OiO. 1888 89, assent . 59£50O.

4 0,0. 1888(89. coup., 59£0A>.

4 1(2, 1905. Gar., Caminhos de Ferro do

Estado. 81*50J.

5 GiO, 1909, Gar.. Caminhos de Ferro do

Estado, 82£C00, .<2£000.

3 0|0, externas, !.* sorie. réis G5£300.

Idem, idem. 2.* série 65£000.

Idem, idem, 3.* serie 69£200.

Acções:

Banco de Portugal, 178£500.

Banco Commercial de Lisboa. 140£000.

Banco Lisboa & Açores. 109£000 réis.

Banco Ultramarino, 95£500, 95£500.

Banco Economia Portugu za 17 / 500,

Companhia das Aguas, 95£500 90£500

Companhia do Assucar de Moçambique,

27£500.

Companhia do Cazengo, 1£G00, i£7C0.

Companhia do Luabo, 450, 500.

Companhia Nacional dos Caminhos de

Ferro, 5£ >50

Compauhia Nacional de Moagem, 84£000.

Companhia de Panificação, réis 19£O0O.

Companhia dos Phosphoros assent.

CG£C00.

Companhia dos Phosphoros, coup., réis

GG£5l0.

Compan. Norte e Leste, 70£000.

Companhia do Gaz. asst., réis 61 £000.

Companhia Nacional de Moagem réh

94£000.

Companhia de Panificação, 46/500.

47 £000.

Classes Inactivas, 92£500.

Companhia de Lanifícios de Arrentdla,

60£0G0.

Companhia União Vinicultorcs Portugue-

zes, 4£500.

Praso, fim de agosto:

Acções:

Companhia da Zambezia. 4£100.

Companhia Norte e Leste, 2.® grau. réis

53£0O0, 53£100.

Beira Alia, 2.® grau, 17£50O, 17£4Q0.

Praso, fim de setembro:

Acções:

Companhia do Assucar de Moçambique,

27*500.

Compan. de Moçambique. 5£35).

Companhia de Pauificação, réis 19£200,

19£150.

Companhia do Gaz, coup.. 62£5CO.

Beira Alta, 2.® grau, 17£G00, J17£550,

|7£500.

NECROLOGIA

Kusearte de Mendonca •

O nos<o querido amigo e estimável!

collega Zuzarte de Mendonça acaba de |

soffrer um dolorosíssimo golpe.

Sua extremosa esposa, um modelo de ]

virtude, d'abnegayão e de carinho, fal-

ieceu hontem, confoitida com os sacra-

mentos da egreja, apó3 uma tão longa

quanto dolorosa doença, como se se

quizesse pôr á prova aquella alma de

eleição.

Ainda ha dias, amigos dedicados de

Zuzarte de Mendonça, que os tem devi-

do ás suas altas e nobilíssimas qualida-

des, mandaram celebrar uma missa pe-

las melhoras da infeliz senhora.

Mas todos os recursos eram inúteis •

porque o mal, infelizmente, era d'aquel-1

les que não perdoam.

O funeral da desditosa realisa se hoje,

pelas 4 da tarde, sahindo o préstito do

largo do Espirito Santo, 21, em Bemtica,

para o Alto de S. João.

Ao nosso presado collega, em quem

sempre encontrámos uma extrema leal-

dade constiluindo um caracter no meio

jornalístico, abraçamo-lo na sua enorme

dôr e com um carinho todo fraterna!.

!>• Maria tias Dorcw Teixeira

da Gama Lobo da Coala

4*iodol|>liiiu.

Foi muito concorrido o funeral da sr.»

D. Maria das Dores Teixeira da Gama

Lobo Costa Godolphim, estremecida e

saudosa esposa do sr. José Cypriano da

Costa Godolphim, distincto publicista

Ao desolado viuvo bem como a toda a

família enlutada enviamos os nossos

sentidos pesemes.

—COVILHÃ, 4, t.

Fallecf u hoje o sr. José Claudino Gui-

marães, socio da firma Guimarães A Fi-

lho, industrial muito conhecido. Era ir-

mão do sr. Francisco Guimarães, do

Porto, e cunhado do sr. dr. João Neves,

presidente da Camara—(C)

Grande Casino

Lusitano

(Palacio Castello Melhor)

DAFUNDO

To «Ion on <llaa tia* 3 horas

tin (arde á mela nolle

Concerto pelo sextetto

CompoMlo por diminctON pro-

feiíorès

ã'n quinta*, domingo* e

tfiON NAntlflcadON bailCN* 6» O

lioraN da nolle*

MagniOco buflete

Aniinatographo

Uma obra de cai idade

Só recommendamos á benevolência

dos nossos leitores pessoas que verda-

deiramente necessitara do seu auxilio;

o'este caso está um antigo professor que

lucta hoje com a miséria, tendo a ag-

gravar a sua situação «que é dolorosís-

sima», o estado melindroso da saúde de

sua mulher. Ao coração doa que se

comprazem em enxugar lagrimas de

angustia entregamos a protecção d estes

desvalidos da fortuna, podendo affirmar

que é horrível o seu [sofTrimento. N'esta

redacção se recebe qualquer donativo

para este infeliz, que para maior des-

ventura não encontra eollocação, apesar

de sobejamente habilitado.

Perfumaria Rosa d-Ouro

R do Ouro, 281 Lisboa Telephone 2638

I hirtei: »/•:: eo V.i: Iki. criiti '

Sempre as ultimas novidades .

Professora

Inscripta no Conservatório, e diploma

d», leccioua musica, piano e bordados

Avenida D. Amelia. 39. rjc.

Ospcllos do rosto

E os que nascem nos ouvidos, desappa-

recem em poucos minutos e as raizes aos

cabellos deixam de existir para sempre

se se usar o Leite Verde. Não deixa o

mais leve vestígio na pelle. K' inoffensivo.

Preço, l£200 réis; pelo correio, 1£250.

Pharmacia Almeida, 134. rua da Magdale-

na, 136. Lisboa, para onde se devem di-

rigir todos os pedidos. Encontra-se á ven-

da no Porto, pharmac/a Moreno, e em

Coimbra, na drogarif Vil laça.

Professora franceza

Teiitlo leccionado nas prln-

clpaee canan de Liuboa, ex-

ce lenle methodo, leni algu-

ma* hora* dlNponiiel*. 12n*

Nina lambem plano e borda-

do*. ttua de N. «lodo da Mai-

la. 115. rez-do>fbâo.

Bordados

Borda ic a branco e a ouro

com a maxima perfeição.

Itua de H. João da Malla.

115. iez-do-rh;io.

do introduzido com tão pouca dillicul-

dade como no antecedente: o seu as-

pecto era grave; nioguem deixaria de

o tomar por um homem de honra e res-

peitável.

.: Àchando-me pois munido do instru-

mento da minha liberdade, não duvi-

dei do bom resultado da idéa que, com

franqueza, era biztrra e atrevida; mas

de que não seria eu câuàfc com a força

que me ímpellia? Tinha observado ha-

via já alguns dias, isto desde que me

era permiltido sahir do meu quarto e

passear nos claustros, que o porteiro

trazia, á noite, as chaves de todas as

portas ao superior e que momentos de-

pois o mais profundo silencio reinava

em todo o edilicio, sigual evidente de

que todos estavam deitados. Ora eu

podia passar sem o menor obstáculo,

do meu quarto para o do superior, por

umat galeria de communicação. A mi-

nha resolução era pois tirar-lhe as cha-

ves, assustando-o com a pistola, sepo-

zesse diíliculdade em m'as entregar e

servir-me il'ellas para me franquear a

sabida para a rua.

Esperei impacientemente as horas.

O porteiro veiu como de costume, á

mesma hora, isto ê alguns minutos de-

pois das nove. Deixei ainda passar

uma, para me assegurar de que todos

religiosos estavam deitad os 106 c os

c rcàdos adormecidos. Bati á porta do

padre mui devagar para o accordar sem

ruido. Ouviu-me á segunda pancada e

julgando que era algum religioso que

se achava mal e tinha lecesridade de

soccorro, levantou-se para me abrir a

porta. No emtanto antes de a abrir te-

ve a precaução de perguntar pelo bu-

raco da fechadura quem era e que lhe

queria. * 1' I*1

Vi me na necessidade de me nomear,

mas aflectei um tom lastimoso; como

para lhe fazer comprehender que não

estava bom.

—Àh sois vós, meu caro filho, ex-

clamou elle, ao abrir-me a porta. O

que o traz aqui tão tarde?

Entrei no quarto e levando o para o

lado opposto á porta, declarei-lhe que

me era impossível ficar por mais tem-

po cm S. Lazaro: que a noite era oc-

casião propicia para sahir sem ser vis-

to e que portanto esperava da suaami-

sade que consentiria cm me abrir as

portas, ou confiar-me as chaves, para

eu mesmo as abrir.

Um tal cumprimento devia sur-

prehendel-o. Ficou por algum tempo

attonito olhando para mim sem me res-

ponder: mas como eu nào tinha um

momento a perder tomei de novo a

palavra dizendo-!he, que estava sum-

mamente penhorado da sua bondade,

mas que sendo a liberdade o mais pre-

cioso Je todos os bens, sobre tudo pa_

TOUROS

rcNla de Manuel do* hfaiito*

Muitos dos amigos mais Íntimos do

bandarilheiro Manuel dos Santos, que

constituem a grande commissáo do

Club Taurino que tem o seu nome, pa-

ra lhe efieretier valiosos brindes no

dia da sua festa, que é no proximo do-

mingo, foram hontem ao Cartaxo assis-

tir ao enjaulamenlo das rezes do sr.

Duarte de Oliveira, destinados ã grande

corrida do domingo.

Os touros poderão sc r vistos por quem

quiz^r, na praça do Campo Pequeno,

áinanhá sabbado, das 4 ás 6 da tarde.

brindes serão expostos em ura es-

tabelecimento da Baixa.

DR. CORRÊA DIAS

Doenças de creaneas-Clinica geral

Consultas ás 4 horas

B. da Emenda (a Praça Luis

de Camõei). lio/l."

TELEPHONE n.° «iO-fl9

Condecorações

Frederico Gaspar da Costa

FABRICANTE

Fornecedor dos Ministério*.

Nocftedade de Cieograp ila,

InNiltuto de Coimbra» Heal

Academia da* Mclenclas»

Lftga Naval, Heal In*tltuto

de LlNboa. Cooperativa 'Af-

iliar. Sociedade Nacional

«le Horticultura. Sociedade

Lideraria Almeida Lar-

rett. etc.

Com ofOcion na rua de

M. «lullão, «IO, a.% onde

(em um eomplcto sorti-

mento no sen genero, e

J»ara onde deve ser dirigi-

la toda a correspondên-

cia. Telephone 1;1B6.

Nuccursal no Corto, R.

das Flores, 2«4 a «o»,

casa de Albino Coutinho.

\ 4 "■ TK" 4% das senhoras consiste em possuírem um rosto xj. infinitamente lindo. E' por isso que até as me-

nos pretenciosas usam o CREME D ARR0Z para conservação da foi-

mosurae do assetinado da pelle. Dá ao rosto hygiéne, frescura1 bs!- leza, mocidade e elegância. Deixa na cutis um perfume delicados

suave e tentador. Destroe os deíTcitos da pelle e tira-lhe as inflama-

ções, as borbulhas, as sardas e o péssimo effeito dos signaes das

bexigas. Compõe com a maxima perfeição a formosura das DAMA» sem deixnr vestígios vrtificiaes e é usado e recommeudado pelo que

ha de mais distincto na sociedade elegaute e até as próprias senho-

ras fraucezas o usam pelos seus finíssimos resultados e como per-

fume incomparável. Deposito geral, perfumaria Almeida, i:«4, rua

da foagdalena 136. Preço 800 réis e 500 réis. Remette pelo correio

por 850 6^0 réis. Ha também CREME D'ARROZ MORANGO, que restitue á pelle uma

côr de rosa finissii.a e natural. CREME MORANGO pelo correio, frasco grande l£O60

réis o frasco pequeno, 760 réis. Estes cremes também se vendem no Porto, Pharma-

cia Mereno em Coimbra, drogaria Villaça, .

ra mim, a quem tão injustamente a que avançavamos e que abria a porta,

roubavam, estava resolvido a procu- repetia-me suspirando:-Ah! meu filho!

£.

IITCIRIM âLtfflpA

n. iíc li»

LISBOA

ral-a esta noite mesmo, fosse qual fos-

se o preço por que a devesse obter; e

receiando que elle tivesse o capri-

cho de gritar para pedir soccorro, mos-

trei-lhe o respeitável motivo que o de-

via convencer de que o silencio era o

melhor.

—Uma pistola! exclamou elle. Pois

uc! meu filho, quereis tirar-mc a vi-

a em signal de reconhecimento pela 3

quem o teria julgado?

—Nada de barulho meu padre, re-

pelia eu, pelo meu lado, a todo o mo-

mento.

Emfim chegámos a uma especie de

barreira que está defronte da rua. Jul-

gava-me já livre e estava por detraz

do superior com a lanterna n'uraa mão

e a pistola na outra.

Emquanto elle iratava de me abrir

consideração em que sempre vos tive? a porta, ura creado que dormia n'um

-Deus me livre de tal, respondi- quarto visinho e a quem talvez o baru-

lhe. Tem meu padre, demasiado bom lho das fechaduras havia despertado,

senso, para me nào forçar a tal extre-

midade: mas quero estar livre e estou

tão resolvido a fical-o hoje, que se o

meu projecto falha por sua culpa, pode

despedir-se do mundo.

—Mas meu caro filho, interrompeq-

me o superior, pallido e assustado, que

vos fiz eu? que razão tendes para me

querer a morte?

— Não, repliquei eu cheio de impa-

ciência, não tenho tenção de o matar e

se quer viver abra-me a porta e sere-

mos os melhores amigos do mundo.

Tendo descoberto as chaves que es-

tavam em cima da mesa, agarrei-as,

pedindo-lhe me seguisse, fazendo o

menor ruido possível.

Que remedio teve elle, senão resolr

ver-se a acompanhar-me. A' medida

levantou-se e veiu passar a cabeça

pela porta do quarto, para vèr o que

era. O bom do padre julgou que este

homem seria capaz de me prender.

Ordenou-lhc assas imprudentemente

que viesse em seu soccorro.

Era um mocetão valente, que se lan-

çou a mim sem hesitar. Nào hesitei um

instante; disparei a pistola; a bala en-

irou-lhe no peito.

—Eis, meu padrp, de que sois cau-

sa, disse eu altivamente ao meu guia.

Mas que isto vos nào impeça de abrir,

ajuntei, impellindo-o para a ultima

porta. Não recusou abril-a.

Continua,

Page 3: ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N. 13:230purl.pt/14328/1/j-1244-g_1910-08-05/j-1244-g_1910-08-05_item2/j... · generadores-lib:raes deixam de ser 03 directos representantes

DIÁRIO ILLVISTRABO 3

M ESTSANfi&IBS

RELÍQUIAS

No mu8:*u da Opéra, de Paris, conser-

vam-se uns curiosíssimos cartazes do sé-

culo XVII. Demonstram que os mal fei-

tos annuncios das emprezas thealraes

não são d'bontem.

«Hoje, 1G de dezembro, se annuncia

um d'elles, o «Feint-Alcibiade», do sr.

Quinau!!. Nada mais accrescentarernos,

visto que conhecem a obra. Sexta feira

Íiroxima, sem nenhuma delonga, a «To

edane», eraquanto se ensaia o «Grand

Cyrus» E' probibida a entrada aos sol-

dados. Como as peças alegres agradam

sempre, parece-uos que se devertirão

proraettendo-lhes para ámanbã. terça-

feira, a interessante comedia «Jodelel

Maistre», do sr. Scarron, com uma dan-

3a que não pôde deixar dl lhes agradar

muito...»

Junto d'esle specimen, n'uma «vitri-

ne#,es!á urna tita multicôr, de 25 centí-

metros de comprido e larga como a pai

ma da mão, que Meyerbeer trazia na

banda do casaco Lé-se por baixo:

«O illustre maestro Meyerbeer, con-

decorado por todas as nações da Europa

e querendo lambem honrar todas, man-

dou fazer em Lyoa esta fita d uma seda

especial, alim "de usar as innumeras

cruzes que Ibe tinham sido conferidas»

Hão-de convir que aquelie que escre-

veu esta3 linhas era um malicioso.

em mm

A CORISTA OLYMP1A

Noticias vindas da Bahia dizem que

falleceu alh esia corista da companhia

Galhardo, considerada como uma das

melhores no seu genero.

Estivera no O. Amelia quando alii se

representou a «Vénus», e possuía ma-

gníficos brilhantes.

Parece que a victimou o «beri-beri»

ou a variola que está grassando n'aquel-

le estado, o que obrigará a companhia

a regressar mais cedo á capital.

EPHEMERIDES

1820— Nasce em Bemiica a grande

actriz Emilia das Neves.

1837=Nascimento, em Alcácer do Sal,

do honrado emprezario do lheatro lyri-

co, Antonio de Campos Valdez.

1855 — Nasce na Madeira o escriptor

theatral Freitas Branco.

1908 — Morre no Bio de Janeiro a ac-

triz Rosa Villiot, que representou na

Trindade em algumas operettas, escrip-

lurada por Sousa Bastos.

TRINDADE

Reabre no dia 12 do corrente eâte

lheatro com a peça «0 conselho de guer-

ra», baseada sobre a questão Dreyfus,

representada pela companhia do actor

Alves da Silva, sendo muito numeroso

o scenario e o guarda-rcupa.

A companhia compõe-se de bons ele-

mentos, entre os quaes se contam as

actrizes Adelina Nobre, Cecilia Neves, o

actor Araujo Pereira e outros.

RUA DOS CONDES

A peça da moda é incontestavelmen-

te a phanta8ia «O diabo que o carre-

gue», porque tem pilhas de graça, con-

servando o publico em permaneute gar-

galhada sem ser preciso usar da piada

com pornographia, podendo por isso «O

Diabo que o carregue» ser visto por

creanças, mu.hires e todas as classes

sociaes. *

ROCIO PALACE

O salão oinematographico do Rocio

Palace, fechou hontem com chave de

ouro as lindíssimas «soirées» da moda

da presente estação. Em attençáo ao

bello programma que constituiu o es-

pectáculo da noite, a nossa «élite» en-

cheu á cunha a elegante sala,

As lilás escolhidas foram de molde a

causa" uma impressão agradabilíssima

em todos os espectadores.

Para hoje o programma 6 variadíssi-

mo e escolhido. Prosegue a lindíssi-

ma exposição do museu ceroplastico que

estará aberto das 8 ás 11 da noite.

MUSC-HALL VV

Hoje temos n'este' hélio lheatro da

Praça dos Restauradores a celebre re-

vista «Ferros Curtos», que agora aug-

mentada com o quadro novo «Em casa

da tia» tem alcansado um êxito extra-

ordinário.

As enchentes no Music Hall repetem-

se todas as noites e hoje por certo o

mesmo acontecerá No sabbado.tem Io

gar uma festa exlraordinaria, dedicada

ao commercio.

«CHANTECLER CHALET»

Agradou immeuso bontem o espectá-

culo que a empreza dedicou á socieda-

de elegante.

Todas as sessõe& provocaram o maior

interesse, quer pela reproducçáo dos

assumptos comicos e dramáticos verda-

deiramente sensacionaes.

CHALET-AVENIDA

Lá temos hoje n'este bello theatro da

Feira de Agosto, inegavelmente o pro-

ferido pelo nosso publico, mais dois

bellos e surprehendentes espectáculos

com a celebre revista «Salada de Alfa-

ce».:

O Chalet-Avenida tem todas as t oites

extraordinárias enchentes.

Hoje por certo o mesmo succederá, o

que nào é para admirar pois que a «Sa-

lada de Alface» é inegavelmente o

«ciou» dos espectáculos da feira.

nas províncias

Recordam-8e os leitores que no Gym-

nasio uma das comedias que maior suc-

cesso obteve foi «Vinte dias á sombra».

E é assim que o «Correio de Moura»,

referindo-se á «tournée» Maria Falcão,

que tão grande successo tem obtido nas

províncias, escreve o seguinte:

«Subiu á scena a engraçadissima co-

media de Hennequim e Veber, traduc-

ção do sr. Portugal da Silva, «Vinte dias

á sombra».

A imprensa de Lisboa fez na epocha

passada a critica da peça, quando da

sua «prem èce» no theatro do sr. Valle.

Toda a geute que lé jornaes recorda o

pleno successo com que a imprensa a

recebeu.

E' uma comedia boa, aqui e em toda

a parle. Sem armar ao escândalo, sem

situações equivocas, muito decentesi-

nha, tem graça, tem alegria, tem espiri-

to. Espirito ! Santo Deus 1 Não sei se

véera bem ? E' Ião dillicil ter espirito

sem matter pornograpbia, que, quando

se apanha a geito uma peça espirituo-

sa, a gente chega a pensar se aquillo é

um phenomeno.

O desempenho não ha duvida que foi

bom. Maria Falcão, sóbria e correcta,

rouito bem; Palco Moniz de uma leveza

e de um detalhe impeccaveis. E' um ac-'

tor. |

Henrique d'Albuqucrque, muito á

vontade, n'um papel que, por diflicil, i

requer estudo e ainda mais: o estofo de

utn artista já muito experimentado. O

moço actor é novo em annos e no lhea-

tro. Mais valor tem o seu trabalho, por-

que representa a persistência d'um es-

forço em que nào ha hesitações nem

mornas tibiezas

Os restantes artistas muito bera, sa-

lientando-se gracilissimamente Adélia

Pereira, que muito nos agradou pela

alegria de que impregnou o ambiente,

pelo subtil relevo que imprimiu ás atti-

tudes e ainda e sobre tudo pela frescura

da voz,uma voz que canla,que chilreia,

que ... que... mais Dada »

obras publicas, uma representação pedin

' geral do Estado seja

3

do que no orçamento 1

incluída a verba necessária, aílm de os

equiparar aos demais seus collegas, que

vencem 15*000 réis mensaes, emquadto

ue elles vencem 10*000 réis, sujeitos a escontos.

O sr. Raul de Mendonça iicou de patro-

cinar o pedido junto do sr. conselheiro

Pereira dos Santos.

iiiNtriicçuo pubiicn-Despachos: Crean-

do escolas masculinas em S. Miguel do

Monte, concelho de Guimarães, e em La-

mas, Feira; e femeninas em Lage, Vianna

do Castello, e em Seixo de Anciães, Car-

razeda de Anciães.

Hoje novo e variado programma.

FR as d'arte, dramaticas, históricas, cómicas, estheticas,

panorâmicas, phaotasticas e a cores.

3 sessões permanentes 3

\'s 8 da noite

0 museu ceraplastico fecha ás 11 horas

0 crime myslerioso

ile Londres

\

FARINHA

LACTEA NESTLE

C? 9 I:bk

.Nulao «la Trindade—Sessões de ani-

matographo das 7 l|2 ás 11 1|2.

A'S 8 1)2—Rua «Iom Conde»

0 diabo que o carregue.

A'S 8 1|2 — CoIlNeo do» Recreio»

Companhia de variedades.

Mimic- all—Das 8 ás 12.

Ferros curtos.

Variedades.

8 1|2—■•araluo «le LI»I»oa

Water-chute, auimatographo, patinagem,

glissagem e tiro ao alvo.

Rocio Palace.

Todas as noites — 3 sessões permanen-

tes.

llMleplianâa Terra»»c— Arco do CegO

em frente dos eléctricos). Estreias quoti-

dianas.A's 8 1|2.

Casinos e animatographos:

Nuiuo Avenida, avenida da Liberdade

AiiluialoKraplio do Rocio. ArCO do Ban

deira. Chia«io-Tcrra»»e, rua Antonio Ma-

ria Cardoso. Malfto IM»niitu«lleo, rua

do Jardim do Regedor. Cirande saldo Foz, calçada da Gloria, halão ideai, rua

do Loreto, 15 e 17.

Feira d'Agoito

Chalet Avenida—A'S 8 1|2 e 10 1|2.

Salada de A face.

Chantecier-Ciiaict — Sessões animato-

graphicas todas as noites.

m f ^ Joaquim de Sousa, idem n'este coucelho, I M-f fy f* ** f\ 'promovido á 3.» c'.asse e collocado em

lOulidLUnS ; Lagôa, ilha de S. Miguel; Francisco d'AI- IIIIUI llluyuuv meida Sousa, iderr. n'este concelho, trans-

, ferido para o de Santa Cruz: Antonio José

■ ■ i • Nunes Sobreiro, idem neste concelho,

flnC míniCTOPine idem para o de Niza; Manuel Dias Leal,

UU 'J 11111 n 5 IGI I U O idem n'este concelho, idem para o das ! Lages do Pico; Luiz Guilherme Soares j

Reino—Foram auctorisadas as seguin-\ largas, nomeando 2 0 aspirante e colloca

tes substituições nos jurys de exames da dona repartição de fazenda -_e boure. 5.â classe do lyceu Camões: do professor I t-neyra—Nao é exacto que se pense em

Vieira Guimarães, pelo profrssor Accacio adnutlir alumnos na Kscola do Exercito,

Guimarães; da 3.» ciasse, do lyceu de Vi- além do numero prcscnpto pela lei. 0

zeu, do professor Francis-o Eduardo Pei- praso para se requerer a admissão termi-

xoto, pelo professor João Couceiro; da na 00 dia .0 do corrente,

mesma classe do lyceu de Draga, do pro- j Marinha—A Junta de Saúde do Ultra-

fessor Mathlas Moura, pelo professor Ve- mar. hontem reunida, arbitrou as seguin-

rissimo Guimarães. j tes licenças:

—0 sr. dr. Cosme do Carmo Cardoso, j 120 dias a Constantino dos Santos e Jo-

chefe de clin ca medica da Escola Medica sé de Moraes Leite; 90 aos presbyteros

do Porto, foi incumbido de, em missão João Bernardino de Sousa e João Maria

gratuita, estudar no estrangeiro as Gonçalves e Mauuel Dias Moreira; 60 ao

doenças de coração e do spparelno res- nr. Domingos de Sousa Ribeiro e Eugénio

piratorio. Jo?é Simões. juMiiru—Despachos: Exoueranio João Ju'gou aptos: Capitão Julio José Lage;

Antonio Cerqueira, de sub delegado do 2.° tenente Augusto dé Almeida Teixeira,

procurador régio de Almada; Francisco Carlos Maximiliano de Oliveira. Julio Gas-

P. nalva Figueiredo Rocha, idem de Ana par e Henrique dos Sautos; e por incapaz

dia; Manuel Mattos da Silveira, de juiz de Antonio Emygdio de Medina,

pai de Calheta, comarca de S. Jorge; no-j obra» publica»—A Associação Com-

meando Rodolpho Arthur Abreu, ajudante mercial de Guimarães convidou o sr. mi

do conservador de Taboa. jnistro das obras publicas a ir inaugurar Fazenda—\ folha cTíicial publica hoje no proximo sabbado a exposição agrícola

um decreto apjirovando a classificação que se realisa n'aquella cidade. 0 sr. cón-

dos concelhos districtaes da Horta, qu* 11 se heiro Pereira dos Santos, nào podendo

cam sendo os seguintes: 1.* ordem. Harta; sahir agora de Lisboa, faz-se representar

3 1 classes. Pico; 4 \ Lages das Flores, pilo sr. Ramiro Larcher Marçal, inspector Magdalena. Santa Cruz e S. Roqu3. | de agricultura.

—Despachos: j —Voltaram hontem a Lisboa os proprie-

Considerando sem efleito a collocação lar os dos vinhos da Figueira da Foz e Al-

uo concelho das Lages do Pico, do escri- j cobaça apprehendidos na região durien-

vâo de fazenda João Pinheiro Mourisca e se, alim de novamente instarem junto do

collocado em Santa Cruz; José Tristão da governo para que o assumpto seja resol-

Cunha, escrivão de faz nda n'este conce- vido com a brevidade que de ha muito

ho, transferido para o de Nordeste; José reclamam, pois se consideram lesados nos

seus legítimos direitos e interesses. A As-

sociação Commercial da Figueira da Foz

vae representar ao goveruo no mesmo

mesmo sentido, e a Cooperativa dos Viti-

cultores do Portugal também se vae diri-

gir outra ves ao governo recommeudando

aquellas reclamações.

—Consta que vae ser incluída no nume-

ro das estradas municipaes de Lisboa a

estrada de ligação da ponte das Lombas,

a Alcochete e ao Samouco.

—I struido Cnm o parecer do conselho

superior de obras publicas foi remettido

ao ministério do reino o processo de ex-

propriação requerida pela Camara Muni-

cipal de Lisboa, para rectilicação e ali-

nhamento da Avenida D. Amelia, respei-

tante ao prédio da rua dos Anjos, 50 e 54.

—Foram maudadas estudar as estradas

de Monsanto para Venda do Grave, distri-

cto de Santarém e de Semide para a esta-

ção do caminho de ferro»de Ceira, passan-

doqior Senhor da Serra, Coimbra.

—A Camara Municipal de Lisboa repre-

sentou ao governo pedindo que lhe se-

jam entregues os monumentos existentes

na cidade, alim de tratar da sua conser-

vação e limpeza.

—Os srs. Luiz Diogo da Silva e Teixeira

da Silva solicitaram hontem do sr. minis-

tro das obras publicas que se mande pro-

ceder á conclusão da construcção da es-

trada de Caneças a Queluz-Beílas.

0 pedido vae ser attendido.

—biversos proprietários da freguezia

dos Cortes, concelho de Leiria, vão repre-

sentar ao governo pedindo que se mande

proceder á construcção de uma serventia

da estrada de Castanheira de Pera pilo

Reguengo a Leiria e á Marinha Grande até

ao Rio Liz.

—Uma commissão de serventes das di-

recções externas do ministério das obras

publicas, nomeados posteriormente a 1901,

entregou hontem ao sr. Raul de Mendon-

ça. chefe do gabinete do sr ministro das

Prisão dos fugitivos

Crippen e Miss Le Neve foram presos

a bordo do «Montrose» pela policia ca-

nadiana, que os tem guardados á vis-

ta.

A sua identidade foi reconhecida sem

difiieuldade pelo inspector Dew.

Assim termina pois, por uma victoria

da policia de Londres, esta derrota

pbantastica de 4:800 kilometros através

do Atlântico.

Não ha iá duvida alguma que o falso

rev. Robinson e «Master» John, embar-

cados no «Montrose» em Anvers, ha

doze dias, são os crimino:os persegui-

dos.

A policia tomou todas as precauções

a lim d'impedir que Crippen lizesae uso

do revolver contra si ou coulra os agen-

tes que o iam prender. Effectuada a pri-

são, os fugitivos foram vigiados por

quatro agentes da policia canadiana e

por tres homens da equipagem do «Mon-

trose», designados pelo capitão Ken-

dall.

O inspector Dew tinha communicado

pelo telegrapho sem lio com ocomman-

dante do navio, para que manobrasse

de certa fórma, ao chegar a Fathes-

Poinl. As ordens do inspector foram ri-

gorosamente cumpridas, facilitando as-

sim a acção da policia.

Gomo fôra promettido a Dew, os cor-

respondentes dos jornaes conservaram-

se escondidos a bordo do rebocador

«Eureka», ao abordar ao «Montrose».

Tinha por fim esta medida não desper-

tar suspeitas nos fugitivos, cuja nervo-

sidade se accentuava ao passo que o

«Montrose» se approximava de Father-

Point.

Crippen fôra informado pelo capitão

Kendall, amigavelmente, n'uma conver-

sa, que viriam a bordo um piloto e al-

guns funccionarios aduaneiros. A' che-

gada do barco, Crippen nào ficaria,

pois, muito surprehendido.

Um intensíssimo nevoeiro envolvia

Father-Point e o golpbo. Pelas 7 horas

da manhã levantou um pouco; no em-

lanlo, ainda era muito denso quando se

apercebeu o «Montrose».

Essa espessa bruma foi uma grande

vantagem para os funccionarios aa po-

licia que tinham uma diflicil missão a

cumprir; assim os fugitivos julgavam-se

mais seguros e encobertos.

Pelas 8 horas ouviu-se a sereia do va-

por que subia o rio, respondendo á

trompa de alarme da Father-Point.

Uma immeu8a multidão, que passára

a noite em claro á espera do navio, agí-

tava-se pelo caes.

O inspector, pouco depois seguia n um

rebocador, acompanhado dos agentes

da policia e dos jornalistas. Vestindo de

piloto o seu aspecto era perfeitamente o

de ura velho lobo do mar. Os agentes

de policia apresentaram se caracterisa-

dos de funccionarios aduaneiros. O ver-

daleiro piloto ia no interior do barco

escondido juolamenlo com os jornalis-

mo Na ponte do rebocador só se viam

o «piloto» Dew e os quatro «emprega-

do* aduaneiros» muito embuçados nos

capotes, por causa do nevoeiro.

Quando o rebocador se approximou

do «Momrose» poude oDservar-se que o

qu j uiais tarde seria reconhecido como

Crippen se afastava dos outros passa-

geiros e passeava de um lado para ou-

tro Parecia muito inquieto. O reboca-

dor virou para encontrar o vapor, mas

Crippen não se juntou 303 outros pas-

sageiros para assistir á chegada a bor-

do; conservando se do outro lado.

£È'am quasi 9 luras quaudo o inspe-

ctor D» w e os agentes da policia subi-

ram a escada exterior do /«Montrose».

Então, D.w. acompanhado de Mac Car-

ty e dos outros agentes canadianos, di-

rigiu se para o lado do navio onde es-

tava Crippen, e aoencontrar-se com elle

face a face, disse-lhe com a maior cal-

ma:

-Desejo falar-lbe um momento, sr.

Crippée.

O assassino ficou terrível mente sur-

Alimento completo

para crianças e pessoas edosas.

prehendído. Conduzido immediatamen-

te ao camarote do capitão do navio, o

criminoso, Dew, voltando-se para o che-

fe da policia canadiana disse-lhe:

—Sr. Mac Carihy, é este o nosso ho-

mem.

O policia canadiano dirigiu se enião

a Crippen:

—O senhor é Hawley Crippen, accu-

sado d'assassinar sua mulher e ter-lhe

mutilado o cadaver. Tenho um manda-

do de prisão contra si.

Crippen foi levado immediatamente

pelos agentes da policia quasi desfalle-

cido aDte a terrível accusação. «Mias»

Le Neve foi egualmente presa, a seguir.

O inspector inglez Dew, telegraphou

logo para Scotland Yard.

Todos os jornalistas seguiram a bordo

do «Montrose» para Quifec, oudese rea-

lisará a scena hnal quando os dois fu-

gitivos comparecerem ante os magistra-

dos d'esta cidade.

Mac Carthy declarou que Crippen lhe

dissera:

— Sinto-me exlnusto. Estes quinze

dias pesaram formidavelmente sobre

mim.

Corria que Crippen fizera algumas

confissões; o inspector, porém, garante

que o preso até agora, se recusou a pres-

tar quaejquer esclarecimentos.

SPORTS

EM PORTUGAL

Fool ball.—Um livro da especia-

lidade.—Damos hoje á publicidade o

prefacio com que Gastoa Raynoud, se-

cretario geral do Racing CJub de França

honrou o livro de J. Mauclion, ha tempo

publicado em França e que brevemente

apparecerã entre nós, traduzido pelo

nosso collega Portugal da Silva e edi-

tado pela casa Guimarães «V C ", da R.

Larga de S. Roque, G8 e 70.

Prefacio

Tem se escripto muito a favor e con-

tra o jogo de «foot-bali». Violento em

si, transmitte enthusiasmos phreneticos

ou odios excessivos. Querem-lhe e amal-

diçoam-o apaixonadamente.

Ha vinte annos que se joga em Fran-

ça- Sob os seus dois similes: «Rugby» ou

Associação, couta milhares d'adeptos

Na escola e no quartel ha exercícios

diários. Desafios internacionaes attrahem

o publico sempre em progressão ascen-

deute. Um final de campeonato altera

um horário de caminhos de lerro. Com-

tudo estamos ainda n'um gráo muito

inferior aos inglezes, que nos batem, é

justo confes8al o, em cada desalio. Será

porque dó3, os francezes, aiuda não sa-

bemos jogar? Ou o jogo necessita ser

defendido contra os adversários d'outr'-

ora, da igaorancia, da imbecilidade, da

fraqueza? Nào ha duvida que precisa

ser explicado, animado, propagado en-

tre a mocidade que facilmente se seduz

pelos divertimentos descansados e as

alegrias passivas.

Este livro foi feito com esse intuito

por um dos promotores da renascença

afhletica era Frarçi. 0 sr. Joseph Man-

chou, jã em 1889, pertencia ao grupo

dos fundadores da Sociedade d'Exerci-

cios Physicos do Lyceu Gondorcet. Ca-

pitão no «Internos» e no «Cosmopoli-

tan» «clubs» que tiveram a eua aura,

em 1900 membro do jury para a secção

dos «<porls» na Exposição Universal, ia

em 1902 ao Collegió da Normandia, que

se estabelecera proximo a Rouen, orga-

oisar um ensino sportivo que recordasse

o de «Rugby» ou d'Harrow. Poucos ho-

mens em França teem um conheci-

mento tão completo, tão vasto, tão pra-

tico dos jogos e «sports» ao ar livre.

Esta obra revela a sua longa experiên-

cia como discípulo e como mestre, e o

sc-u interesse por todos que querem

aprender o que é o «foot-ball» ou se

interessam por elle.

Nào é apenas um manual tecbnico,

onde o joeo dissociação obtém a parte

do leão. E' também uma apologia na-

cional diste «sport» viril e fortilicante;

O auctor pertence ao grupo dos que

pensam que o esforço physico deve ser

para nós um meio, não um Um, e que

os jogos organisaàos são para a moci-

dade sedentária o melhor ensejo a de-

senvolver a sua energia pbysica.

Quem é que n'este terreno não o

acompanhará?

E' crivei que a gente que passa na

sombra (a dos escriptorios, bibliotbecas

e claustros não fazem mais do que um),

deduzirá que o «football» é um jogo de

selvagens; ficamos satisfeitos de os ver

manifestar com tanta ingenuidade a fú-

ria dos violentos.

E' verdade, o «football» é um jogo da

violentos. E é mesmo por isso que tan-

to amor lbe temos. Consideramos um

dever amar os violentos, aquelie rijo

temperamento energico, arrebatado mes-

mo, náo encontram um obstáculo senáo

no interesse dos seus companheiros. A

estes, o «football» ensina a dominar-

se, a experimentar a disciplina da

«équipe», a sacrilicar-se na vantagem

commum. E não queriam que estimás-

semos tanto, que não animássemos esta

manifestação da bella vitalidade juve-

nil como é esse jogo forte e disciplina-

do! Deixemos os queixumes para oa

fracos, as ironias para os desalentados,

os receios aos pusillanimes. E viva o

«football!»

Football, — Liga Portugueza de

Football. — Reúne hoje a assembléa de

delegados da Liga, ás 8,30, no Real Gym-

nasío, para tratarem de assumptos que

se prendem com a nova orientação que

tenciona dar-se â propaganda e desen-

volvimento do football entre nós.

Nautica.—O passeio da Real Asso-

ciação — O bello resultado que o pas-

seio ao Alfeite obteve animou a com-

missão, composta pelos srs. José Duar-

te, Nuno de Vasconcellos e João Lopes

de Figueiredo, a proseguir na organi-

sação de festas idênticas e assim já tra-

balha afanosamente para levar a effeito

um passeio no dia 15 a Paço d'Arcos,

n'u&i vapor do Sul e Sueste, passeio em

que se incorporarão todas as embarca-

ções registadas na Asociaçâo, algumas

das quaes publicamos boje na nossa

secção High life os seus nomes e os dos

respectivos proprietários.

Na bacia de Pnço d'Arcos realizam-se

corridas de natação de 100 e 500 metros

entre socios do club.

A bordo .?pguirá uma banda e servir-

se-ha ura five óclock tea fornecido por

uma das melhores casas de Lisboa, ha-

vendo tenção de organisar um concurso

photograpnico no vapor.

Os bilhetes começarão a ser distribuí-

dos na próxima semana.

Os socios eslão muito animados e é

de crêr que em nada este passeio irá

desmerecer do anteriormente realisado.

Vigilance.

Ian-la.—Resultado de hontem:

Noel venceu Justiniano.

Deriz venceu Laurent.

Hoje luctam:

Laurent coutra Noel.

Derioz contra portuguezes.

PASTA DENUFRICIA^

CELESTE

r0A AOS DEHTES UMA ALVURA DE HZVE

DESINFECTA A BOCCA E DEIXA UM ARÔMfl MUITO ftGPlWíAVEL

PliaTTvico Cyrfno âe 511 vo «R Diorio N0MCI05 115 LlSOOL J

l&siilulo Eleclro-Tlierapeulico

96, mua da Emenda, f.°

Hadame ftelda Potocka. especialista

diplomada no tratamento da peSIe,

cabello e electrolysis

ApplicaçOes eléctricas, banb03 uydrc-electricoa, coi -

rentes d'alta frequência e sinusoidaes, massagem elecír'-

ca. A electricidade, opporlunamente applicada, estimula a

circulação do sangue, restaura a força dos nervos e mús-

culos, restabelecendo o bom estado geral. Indicada no tra-

tamento do rheumatismo, perturbações nervosas, prisão de

ventre, nevralgias, insomnias, etc.

Raios X. banho» de lux geraes e locaes, no tratamento

d'inflammações, sciaticas, lumbago e outras variedades de

rheumatismo, doenças da pelle, gotta, obesidade, diabetes,

doenças dos rins e nervosas, etc.

As dôres intensas que acompanham algumas d'estas

rio \A/1 V UVUIIVVJ «VA» J M ^ a »VWJ MK'VUAAiUy f UV W -at-»

catarrno dos ouvidos, por meio de inhalações e insuflla-

çôes. Inhalada peia bocca ou pelas fossas nasaes, a substan-

cia activa penetra até aos bronchios e pulmões onde, pelo

seu poder antiseptico, destroe os germens productores da

doença.

Applicaçfles de correntes d'alta frequência no trata-

mento aa asterio-esclerose.

Conftultaa medicai di&rl&i

tratamento eipecial da peUe, destruindo pela electri-

cidade e pela luz as nodoas, impingens, sardas e rugas

Pelos mesmos processos se destroem os micróbios da cal-

vície, e outras doenças do cabello, fasendo-o crescer e evi-

tando que caia e embranqueça.

Extracção dos cabelíos do rosto por um processo novr

sem dor.

Oonaulta& todos os dia.»

No

Instituto Electro-Therapeutico

69 — Rna da Emenda — 1.°

"V

Casino

MONT'ESTORIL

Villa de S. José, avenida Sa-

boya, Mont'Esloril

Concerto toda» a» noite» c

iiiatlnée» ao» «lomliigo»,

quinta» e «lia» nautlficn-

«lo» pelo «listinel» Mextctto

MoraeN l*almelro9 «le «|ne

far. parte o laureado tio-

llniain F»r»»inl

Nos lindos terraços do Ca-

sino Bestauranle

A mulher de sociedade ou a artista

completa a sua belleza, idealisando-a,

com o uso do

TCREME SIRENE"

& ifi^o producto de mais confiança, pois'não tendofgordura-

não fáz brotar o cabeis lo. Dã á pelle um sua-

ve encanto tornando

o collo, as espáduas e

os braços d'um en-

cantador tom nacara-

do, como se sob as

carnes oerpassassem

ondas d'electricidade

rfjuvenescedora

Preço 1*300. Correio l£lOO

PVmno Qívmio Cont;a as manchas da pelle e sar- OiLiiiL jgg. gsle deiiCioso prepar. do é

efflcaz no aformosezmento da pelle, fazendo desapparecer

por completo as desagradáveis manchas que impedem o

milho natural duma verdadeira belleza

Preço 1*300. Correio l£«00 r

A r A 6 A . ^ * f * ^» -

fh-pmp Çirpnp 0 "0lhor de-pilatorlo. 0 único re- ^iUIUL. OIILIIL/ conhecido até hoje, cumo decisivo

exterminador dos supérfluos cabellos que desfeiam o r sto

da mulher. Nào irrita, nem queima a pelle, teudo um per-

fume suavíssimo, que o torna um preparado precioso na toi-

lette da mulher elegante

Preço 1 £300—Correio HlOO

Creme Sirene de pepinos perfumados

EXCELLENTE PA HA AMACIAR A PELLE!

Cada blfltuaga 500 r«.—Pelo correio 550 r».

A* venda na Perfumaria Bai*emiio, Rua Retrozei-

ros, 141—Telephone 2777

Deposito geral—Rua dos Retrozeiros 46. 2.° Es q.

PRIVILEGIO H| EXCLUSIVO

PÓ DE QUINA

COM

' / /

CARVÃO E RATARIA

INVENÇÃO E PREPARAÇÃO

DE

FRANCISCO MANUEL PEREIRA D ALMfíIDA

A limpeza, a alvura dos dentes e o Dalit mereceu sempre

a attençao de todas as pessoas, condições ispensaveis para

a conservação de tão precioso orgào.

Este poaeroso pó dentifrico limpa e conserva os dentes sem

lhes alterar o esmalte, é um grande tomeo das gengivas e da-

thes uma côr natural.

Os dentistas admiram-se de extrahirem muitos dentes e no-

tam mais que, guando tiram um, iá estão outros em principio

de arruinação aevido aos pós aciaos, opiatas e aguas uenti-

ricas, etc., qi . os estranjeiros nos mandam.

Os pós acn s branqueam, é verdade, mas também atacam

o esmalte e nediatamente os dentes apparecem arruinados.

As aguas c ntiíricas umas conteem ácidos deteriorantes,

taes como: acido sulfúrico, acido azotico e outros; estes áci-

dos é mui sabido queL lançados sobre qualguer corpo, cor-

rompem o tecido, e nao ha medicamento algum que destrua

os seus effeitos. Outros elixires estão expostos á venda em di-

versas perfumarias, que conteem chloroiormio, que opéra on

mesmos effeitos que os ácidos.

E se quereis conservar uira formosa dentadura de marfim

aconselho-vos o meu pó de quina cora carvão e ratada, bem

como o elixir hygienico da boca, únicos de verdadeira con-

fiança.

Pelo correio, preço de cada caixa 450 rôit

11VI»IENE DA BOCA* connervação dos

dente». ELIXIR Etliereo de Francisco Ma-

nuel Pereira d'Almcftda*

Se alguma cousa se junta ao ornato d'um bello rosto, é,

sem duvida, uma dentadura de marfim; é um encanto inapre-

ciável para o feliz confidente das damas, se elias teem ura

hálito puro.

Todas as pessoas que se descuidam da limpeza da boea

teem o desgosto de perder os dentes em pouco tempo.

Este elixir é anti-scorbutico, tonico e adstringente, precio-

so para todas as affecções da boca, dá ao hálito um cheiro

agradavel, cura as aphtas das çengivas; o emprego diário

d este elixir previne a carie dos aentea, as dôres e incoromo-

dos das gengivas lívidas e purulentas, moles e ensanguenta-

das; fortifica as gengivas dispostas á relaxação e ao escorbuto,

e segura os dentes descarnados; dissipa o mau clieiro da bo-

ca, e impede a accumulação do tartaro, gue é de onde pro-

cede a maior parte das enfermidades dos doentes e das gen-

givas.

Este elixir é muito, conveniente ás pessoas gue fumam por-

que lhes tira todo o mau cheiro da boca produzido pelo uso

confirmado do tabaco.

Preço 400 réis, pelo correio 750 róis

Pedidos á pliarmacia Almeida, 134, rua da Magdalena, 136—

Lisboa. Também se vendem estes artigos no Porto, pliarmacia

do dr Moreno e em Coimbra na drogariaViilaça.

AGL4S ROMANAS

Klvallsani com iodas

Nenhumas as egualam

Vena» Romana», incomparáveis para o estomago,

intestinos, ligados, rins e bexiga, etc.

v.na» Roma»»», insubstituíveis na regularisação

funccional do apparelho digestivo. Agua» Romana», são de todas as mais puras, mine-

ralisadns, gazosas e baratas.

Agua» Romana», possuem as primeiras installações

modelares (exclusivamente mármore e crystal). Agua» Romana», vão directamente à garrafa (isen-

tas em absoluto do contacto do ar.)

Agua» Romana», são bacteriologicamente muito

puras.

Agua» Romana», pedem confronto com todas, em

tudo sào superiores. Agua» Romana», quem as não bebeu não pôde di-

zer quaes são as melhores, quem as bebeu jámaís pôde

esquecer os benefícios recemdos (mesmo em casos ne-

gativos com outras aguas).

Agua» Romana», preferem-se, exigem-se e vendem-

se em toda a parte. Deposito, R. do Rato, 40.

Tk Anglo-Portuguese Telephone

Company Limited

(CONCESSIONARIA DO CIOVERNO) :

Rua da Conceição, 153, I.'

A Companhia faz sciente ao publico que está prompta à estabelecer communicações telephonicas da Rede Publica em

qualquer ponto fóra danovacircumvallação (comprehendendo

Caxias, Paço d'Arcos, Oeiras, Parede, Estoril, Cascaes, etc.)

aos preços da tabella muito reduzidos qtie ultimamente foi

approvada pelo governo, e que são:

Até ■* distancia de um kilometro, 20*000 réis, accrescefl-»

lando-se por cada kilometro a mais a quantia de 5*000 réis.

Além d'este preço de annoidade ha o pagamento de 100

réis por cada conversação de 5 minutos.

A distancia é contada entre a Estação mais próxima e a

residência do subscriptor. A subscripção é annual. Accrcs-

centa-se a taxa de installação de 15*000 réis, que é paga pc<r

uma só vez.

Estações de chamadas

Para o serviço entre urbano a taxa rá:

Por cada cinco (5) minutos, 200 rél®

A Companhia está prompta a estab ecer estações detítrié»

em qualquer localidade, desde que hajam subscriptores suf- ficiente».

As tarifas para resideneias particulares acham-se reduzia

das, para toda a area dentro da nova crrcumvaiíaeãn, a réi-

33*750 até 1:500 metros, contados da estacão central meig pró-

xima com um pequeno augmento por cada 500 metros addi-

ciooaei

Page 4: ANNO LISBOA, SEXTA-FEIHA, 5 DE AGOSTO DE 1910 N. 13:230purl.pt/14328/1/j-1244-g_1910-08-05/j-1244-g_1910-08-05_item2/j... · generadores-lib:raes deixam de ser 03 directos representantes

»I1B(0 IL ti UB T H ADO

Histogeno Llopis

Lnftco medic» men? o aáopiado nos Dispensários anll-lnbercslosos. Sanatórios, lios-

plfae» da Misericórdia de Lisboa» Porto e Clinicas particulares para n cura da

Tuberculose Diabetes

Viaemia Neurasthenia

e doenças «<»nsnn>ptivau cm geral» que. abandonadas no seu principio, dão origem á

d doente sente-se melhor com um frasco e curado tomando seis.

Precaver contra os productos similares que na pratica teem demonstrado se alteram, pro

dii/índo elfeltos contrários e prejudiclaes á saúde.

Peça-se sempre o HISTOGENO LLOPIS! Único inalterável

Para a cura da DIABETES preparamos o Histogeno anti-diabético, formula especial de

resultados seguros na cura dos doentes submettldos a tratamento do Histogeno anti-

diabético.

_ . . _ i Histogeno liquido

Formas do MKTOGENO LLOP S Histogeno granulado IIIO I UULIlU LLUI | Histogeno anti-diabetico

Preço 1» HISTOGENO

FRASCO GRANDE—l.$IOO réis.

FRASCO PEQUENO, offferta GRATIS aos

pobres do Dispensário anti-tuberc.. Eo-

so, Santa Casa da Misericórdia e Hospi-

tal do Rego.

k.

Vende-we em todas as pbarmaclas e drogarias. Iteprenentantes geraes em Portu-

gal: em Lisboa. C. MAIIONY <& AH A Et AL. LIMITADA. Bua d'El-Btcl. *3. Porto:

ANTONIO CEKULKlltA DA MOTTA d C.'. Bua de Mousinho da Silveira. 115.

Homem

Renuperação da Virilidade

WARING &

>

% U

mfm

t * m ■

r

Está scien-

ufleamente

provado

que para

restaurar o vi-

gor dos orgãos

genitaes não ha como

um tratamento local,

suave mas penetran-

to, que sem causar

irritação ou prejuízo

Fornecedores de Sim

GILLOW

B PARIS

gestadc o Rei de Inglaterra

de especie alguma vá tonifi-

car directamente toda a re-

gião enfraquecida. Isto só se

consegue com o uso do sus-

pensório electro-magnetico

«lo celebre ineuico auiericauo

Dr. Scott cuja reputação está

uuiveisalmente conlirmada

Este illustre homem de

sciencia consumiu cerca de

30 annos em aturadas expe-

rieucias, chegando einíim

com a descoberta d'estes pro-

digiosos apparelhos á solução de tão importante pro-

blema.

Us suspensórios electro-magneticos estão per-

mauentemente carregados, não carecem de banhos,

sendo a sua acção por completo inoireusiva e verda-

deiramente útil.

Usam-se como os suspensórios commucs e du-

ram muitos annos- Sempre carregados.

Standard 5500

Preços } Forra extra.. 7 S00

» XXX.. 9 500 '

Para a província e ilhas mais 250 réis; Africa

405 réis. » '

M. L. DE MELLO

L. de N. «lulião. 19. 1."—Lisboa

£

&

Manuel de Lemos Perei-

ra de Lacerda Santia-

go Ramalho

FALLECEU

Francisco de Lemos Ramalho « sua mulher D. Thoma- sia Pacheco de Lemos, D. Maria da Conceição de Lemos Ma-

galhães e seu marido Luiz Cypriano Coelho de Magalhães. D.

Mari* Joanna de Lemos. D. Maria da Piedade de Lemos oe Ma-

cedo Santos e «eu marido João A. de Macedo Santos. D. Maria

do Cardai de Lemos Magalhães de Lima e seu marido Jayme

Magalhães de Lima. D. ftiaria do Carmo de Lemos e seu ma-

rido José de Macedo Sotto Mrior, João de Lemos Pereira lia-

mos e sua mulher D. Aona de Lemos, participam aos seus pa

rentes e pessoas das suas relaçõsn que falleceu em Condeixa,

confortado com os Sacramentos da Egreja, seu pae, sogro, ir-

mão e cunbadj

Clarimundo V. Emilo

Consultório dentário, traba-

lhos de prothese com toda a

perfeição Praça dos Restaura-

dores, 33, 1 0 Consulta todus

os dias.

nnnuncio

Pelo joizo de direito da 2 ■

Vara Cível da Comarca de

Lisboa e cartório do escrivão

Freitas, correm éditos de 30

dias a coutar do ultimo no-

Tiuocio citando a Eduardo

de Carvalho Vieira, maior,

residente em Loanda para na

qualidade de legatário dedu-

zir os seus direitos no inven-

tario de maiores a que se

está procedendo por obito de

Antonio J J?é Cabral Vieira,

em que é inventariante D.

Carlota Arrobas de Carvalho

Vieira.

'Lisboa,To de julho de 1910

Veriliquei

0 Juiz de Direito da 2.» Vara

0/itwa Guimarães

OEscrívão

Luiz Maria de Freitas

Posto medico

DE

Garcia de Moraes

E

Francisco de Campos

Rua de D. Estephcnia 147,149

Bervleo permanenfej

Exames em outubro

Explrator dos 3 primeiros

ânuos do curso g®ral dos Iv-

ceus completa a habilitação

dos estudantes esperados em

qualquer das disciplinas por

methodo fácil e intuitivo, ac-

ceita lições em Lisboa ou pro

ximidittes, tomando a respon

sabilidade do aproveitamento:

preços modicos. Carla a F. de

S * esta redacção.

Chá de Ceylão

Fino chã prelo ou verde

Muilo er malice

kilo 28000 réis

t in bule a quem

comprar iiih Kilo de

e»ie» fino* chã*, que

ofTerece a cana Li-

pion. de Londres,

cultivadora d'e»te

cbá em Ceylão»

i3, <3. Ru & Garrett, U

e 10 —Lisboa

JEBOMHO MVUTIX*

A FILHO

Condecorações

C. Briguei I Sol

m. a ar

Professora

Antiga dis-jipula de Francis-

co Bahia, dá lições de piano,

em casa das discípulas. 6*000

réis mensaes; em sua casa. 4£0C0 réis. Carta á adminis-

tração d'este joruÀl ás lettras

Z. Z. Z.

K ■y ' ; . •' rm

4-t -r í'>V, ,ÇrjMF* • v>. i< J» A ■;V»i ,

l§ÍlfP*

VA m ■■

■m ■ 4

iff

k>

mm

imííé

mm

w Y:

I

rJ \

m

n

*

m

:1 m

fcm. mm ÍX

m

i u m

>

& •t. V

V .-X.

22®

8

i

Konínkiíjke Hollandsche Lio;d

(Mala Real Hollandeza)

Para o Rio de Janeiro, Santos, Montevideu

e Buenos Ayres

A § de agosto

0 paquete "Amstelland,,

Este paquete só recebe carga.

A 15 de sigosto

0 paquete "Hollandia,,

Recebendo passageiros de 1.® classe, intermediaria e classe.

Preço da passagem em 3.» classe para o Brasli, 49/J500 réis.

Para o Rio da Prata, 60J500.

Para Vigo, Boulogne, Paris,

Dover, Londres e Amster-

dam

A IO do agosto

0 paquete "Frisia,,

Recebendo passageiros de todas as ciasses. Ptn £» noooorrono trtfa.Po /«nm MWVVVVUUV UO UU VU U QO ao l

Para carga e passagens trara-se com

da agentes

Praça do Duque da Terceira. I. 1.°. LIMBOA

Telephone 415.

Compaiihias Hamburguezas

Hamburg- Siidamei ikanische | Hamburg-Am* •Uca Linn

Oampísch ifffahrts- Gesellschaft. | Snd-Amenk Wenst

FornecimentoN coniplctOM ilc inotiâllurlo c (o«Ion oh dcntHlw pcrtcnct-N para com hm tlc habitação,

(uru como tup«*l€>M, corlliinN, olrailon, rrlogioN, louroM. ;ldro», etc., por preroH cxlrcuiiauoutc vaiita-

jONOM. 1'UlulOgON. CrOC|lllN O (OtllJM UM III ío r niur «»«•■ a OH

Agente» peruei cm Portugal MATTOS d FEB BEI It A

Bua AiigUNta. ÍOO. 2.°—LI.SHOA

Isaacs' Line

Para Londres

Directo

0 vapor

Dagíin

S&he a 8 de agosto

Para Londres

Directo

O VAPOR

Victoria

Sabe a 15 de agosto.

Para carga trata-se no Caes

do Sodré, o4,1.*

Os agentes,

E. Pinto Basio «5c C'

? Kslabelecimenlo

| thermai

Do» mal» per-

feito» do pais

Excellentos aguas

miuer&es para doen-

ças de pelle, rheuma-

tismo, estomago, gar-

ganta, etc.

Caldas da Felgueira

CANNASDESENHORIM

BEIRA ALTA

O e»tabeleclmen-

to thermal abre a

15 de maio e fe-«

cba em SO de no-

vembro

Abertura do Grande Bo-

tei Club em 25 de maio

Grande hotel club

Com estação de

correio e telegrapho,

medico, pharroacia e

casa de barbear.

. MAGNIFICAS

| ACCOMMODAÇÕES

ã De*de 1ISOO

ú Comprehendendo

V serviço, club, etc.

— ^a8._Be om ca™,nbo de ferro ato á estação de Cannas de Senhorim ™ (Beira Alta), ligada com todas as linhas ferreas hespanholas que en-.

Portugal. Desde 15 de maio até 30 de sotembj-c o «Sud- express» pára em Nei las

Paqneles a sahlr dc Lisboa para:

Madeira, PARA' e MANAUS

Bio Pardo, em 5 d'agosto.

Bio Xegro. em 22 de agosto.

MARANHÃO, Parnahyba, Ceará e Natal

.Santa Barbara, em 8 dc agosto.

Paranaguá, S. Francisco, Rio Grande do Sni,

Pelotas e Porto-Alegre

Manta Calbarina. em 20 de agosto.

tr-m em

H& bilhetes de banhos para estas tliermas. — Para esclarecimentos: Em Lisboa —

Bua do Aiecrim, 125—Rua de S. Julião, 80, 1 ^—Correspondência paraas Caldas da Figueira

do gereníe da Companhia do Grande Hotel. As aguas engarrafadas vendem-se nas pharmacia»

e drogarias e no deposito gorai—Pharmacic Andrada. Rua do Alecrim, 126.

Havre e Hamburgo

Bbaeiia. em 4 de agosto.

Paranagua. em 3 de agosto.

Bio Grande* em 17 de agosto.

Preços de passagens d<> Lisboa a - nv a n n n

Empreza Nacional de Navegação; Koninklijke Hollandsche Lloyd

Carreiras para a Africa Occidental e Oriental (jy|6|a Rea| Hollandeza)

Para o Rio de Janeiro, Santos, Montevideu

e Buenos Ayres

A 8 dc agosto

0 paquete "Amstelland,,

Recebendo carga para todos os portos.

Trata se com os agentes

0 paquete ZAIRE

Sahirá do Caes da Fundição no dia7do corrente, ao meio j

dia, para a Maceira, S. Vicente), S. Thiago, Principe, S. Tho-

mé, Cabinda, Ambriz, oanda, Novo Redondo, Lobito, Ben-

guella, Mossamedes, Bahia dos Tigres e Porto Alexandre.

Para Feinando Pó e vice-versa. recehem-se passageiros

corn trasbordo na ilha do Principe.

Este vapor sae do Caes da Fundição para o largo, no dia 3.

Para carga, passagens e quaesquer esclarecimentos diri-

gir-se aos escriptor.os da empreza,

»• fWAT* tit* LISIVA

Iscnptorio da Impreza

t*«« dê Ki-1* 85

*os agentes srs. li. Burmcs-

ter A C.«, rua do Infaute 0 Henri nu»

Tenerife

e Las Palmas

0 vaprr AVF.T0R0 é espera-

do a 11 de agoato.

Para curga. passageiros e

mais informações, com os

igeii'es

Garland Laidley & C.a

Travessa do Corpo Santo 10,

Espera-se a ^desgosto

Al xandre Fontes

aA Escripta Nacional», 2 a

edição, correcta, 1í5200 réis.

«Vocabulário Onlngraphi-

co», completo, G00 réis.

Deposito:

Livraria Ferreira, Limita-

da, rua do Ouro, 132 a 138—

Lisboa.

Rio de janeiro

e Santos

OIRECTO

0 paquete inglez MILTON,

esperado em 18 do corrente.

Recebe carga.

Os ageutea,

Garland Lnxdley A C ■

v. do Corpo 8anto 10 2/

Para Charente

e Bristol

(tia Porto)

O vapor

SIR WALTER

Espera-se a 4 e sae a 6 do

corrente.

rara carga trata ae no Caes

do Sodré 64, 1.°

Os agentes

R. Pinto Basto A C*

Para Pernambuco

e Cabedallo

3.' CLASS*

Ida

3*000

desde 34,1500

desde 40*500 Lb. J-0—a

!.• CLASSE 'Ida I Ida a volta |

íadeira... Lb. 4—0—0 I

Pará..desde Lb. 20—0—0 I Lb. 35—0—0 |

Manaus desde Lb. 24—0—0 | Lb. 42—0—0 l

Gavre Lb. 5—O-O I \

Paris Lb. 6—O-O | Lb. 10—O— 0 |

Hamburgo... M. 160 | M. 280 | M. 75

Todos os paquetes são iliuxeinados a uz eléctrica, teev»

medicos, creada, creados e cozinheiro pnrtuguez, casas d«

banho, enfermarias, inetui «t« «!■»• m m» refrlfitea. Para earya c naa«ag«f' ar

r.'

BOOTH LINE

©rey, Aotiines & C.

ie «ia

ISiiOA

Praça do Duque «ia T rceira, 4, 1.

USiif

Paquete inglez ORATOK, es-

perado em 14 de agosto.

Recebe carga.

Agentes.

Garland Laidley \ C.a

10. T. do Corpo Santo 2 •

CREOLE LINE

Para NEW-YORK, direclo

o vapor &«>|>erga. em 7 de agosto.

Para carga trata-se com

Henry Burnay A C.'

Rua dos Fanqueiros, 10. «°

COMFAGIMi^

V»-

\

H it

wr Hi***

Patjuetes correios para a

Madeira, Pará e Manaus

ANSEl.M, chega a 7 e sae a 9 de agosto.

RuWlFA E chega a 13 e. sae a 14 de agosto.

LANFRANC, chega a H e sae a 19 de agosto.

IQFITOS (via Pará e Manaus)

NAP0, chega a 14 e sae a 15 de agosto.

LelxOes, Vigo, Liverpool

com bilhetes directos para

Paris, Londres, Wova-lorE,

Boston, etc.

ANTONY (via Cherburgo e Fishguard) sae a 7 de agosto

AMBROSE (via Cherburgo e_Fishguard) sae a 18 de agosto.

Maranhão, Parnahyba

e Ceará

DUHSTAN, chega a 16 e sae a 16 de agosto.

T0S°8 pa(*uetes par* aceitam passageiros para IQCí-

A carga deve Ir para bordo no dia da chegada.

.. °f.T,p.?^8 atr?cam á 10 CAÍS Di ALCANTARA no

o..,0»™ RSK à.rísa.OT sfflRs os srs. passageiros vmdos do BRAZIL e embarcam de tarde o#

gne se destinam ao R0RTÍ DA EDR0PA.

DI8DI LISBOA A N0VA-T0RK EM 10 DIAS nos maiores vracf

res do munao pelo serviço combinado BOOTH CDNARL»

sendo as despezas de hospedagem nos portos intermedin*

nos, dos passageiros de 3.* classe, pagas pela companhia

Os paquetes d esta companhia trazem medico e enfermeira

a bordo e são a oitima palavra em luxo e eommodos para

passageiros de 1.* e 3.* classes. K

Para carga e passageiros com os Agentei

10, Travesssa do Corpo Santo, 2.*

Garland L&lâley d €»*

Tel n * 23 (seccão de carga».

Tel. tl° 2848 (Secção de passageo&k

l

Paquetes francezes

Magellan

Para Dakar, Rio de Janeiro,

Santos,

Montevideo e Buenos-Ayres '

15 de agosto

Preço d» passagem em 3.' classe para o Brasil 45*500 réis. para Montetideo e Roe-

nos-Ayres. 464500 réis.

Cordlllère Para BordeSUX ) IO de agosto

No preço da* pa**ag«iia acba-.e ronaprehendido vinho e

ioda. a* reíelçAca, aerviço medico, criado, poringoeiea. ele.

Para passagens de todas ae classes carga e quaesquer informações trata-se na

agencia da Companhia, rua Aorea. AS.

Os agentes

Sociedade Torlades