Aula -Qualidade Na Construção

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1 DISCIPLINA TECNOLOGIA DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS Prof. Msc. Silvio Edmundo Pilz TECNOLOGIA DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS Mestrado em Tecnologia e Gestão da Inovação

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Princípios da qualidade na construção

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DISCIPLINA

TECNOLOGIA DE SISTEMAS

CONSTRUTIVOS

Prof. Msc. Silvio Edmundo Pilz

TECNOLOGIA DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS – Mestrado em Tecnologia e Gestão da Inovação

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SISTEMAS CONSTRUTIVOS

Qualidade na construção

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TECNOLOGIA DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS – Mestrado em Tecnologia e Gestão da Inovação

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Qualidade

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Qualidade

A qualidade de um produto ou serviço pode ser vista em duas

faces: a do produtor e a do cliente.

Do ponto de vista do produtor

a qualidade se associa à concepção e produção de um produto/ou

serviço que vá ao encontro das necessidades do cliente.

Do ponto de vista do cliente

a qualidade está associada ao valor e à utilidade reconhecidas ao

produto, estando em alguns casos ligada ao preço

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Qualidade

Das necessidades e requisitos do cliente à sua satisfação

O QUE COMPETE A NÓS GESTORES DO PROCESSO?

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Histórico da qualidade

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (OSHAS 18001:2007

Sistema de Gestão Ambiental (NBR ISSO 14001:2004

Sistema de Gestão da Qualidade (NBR ISO 9001:2008)

SGI

SGA

SGQ

SGS

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Conceito de qualidade (HISTÓRICO) INSPEÇÃO

Qualidade é um problema

Qualidade é obtida pelo departamento ou setor de inspeção

Qualidade é obtida através de inspeção final

Forte influência do Taylorismo

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Obtenção da qualidade VISÃO ANTIGA

Ênfase na inspeção

Inspeção severa (cara)

Segregação de produtos defeituosos

Alta qualidade = baixa produtividade

Qualidade confunde-se com luxo

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Obtenção da qualidade VISÃO MODERNA

Ênfase na prevenção (controle do processo)

Inspeção (controle do produto) é mantida mas tem caráter de

confirmação

Qualidade engloba qualidade do produto e também qualidade

do processo

Filosofia básica é fazer apenas uma vez e corretamente

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Níveis da qualidade

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Qualidade

Um conceito de qualidade:

Definir o conceito de qualidade como algo exato é

praticamente impossível, há vários autores que expressam

suas ideias sobre o que é qualidade e cada um defende um

ponto de vista

Do ponto de vista de gestão da qualidade, três conceitos

assumem a importância fundamental:

a) Atendimentos aos requisitos

b) Adequação ao uso

c) Satisfação das necessidades do cliente

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10 princípios básicos para qualidade total

1. Total Satisfação dos Clientes

2. Gerência Participativa

3. Desenvolvimento de Recursos Humanos

4. Constância de Propósitos

5. Aperfeiçoamento Contínuo

6. Gerência de processos

7. Delegação

8. Disseminação de Informação

9. Garantia da Qualidade

10. Não Aceitação de Erros

Ver trabalhos de:

Jorge Santos – apostila

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Qualidade na construção civil

Na construção o que se busca, como busca, de que forma???

Padroniz. de procedimentos (ISO) Técnicos

Administrativos

Politica de Recursos Humanos Alfabetização

Condições de trabalho

rotatividade

Qualificação de fornecedores Compra por qualidade

Aperfeiçoamento tecnológico Racionalização

Novas técnicas

Combate ao desperdicio Gerenciamento

Ler trabalhos sobre construção enxuta e lean construction

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Qualidade na construção civil

Este trabalho de Koskela, 1992

foi um marco na introdução de

uma nova filosofia na

construção civil

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Gerenciamento pela qualidade

Sustentada em 03 pilares básicos

Identificar expectativas

Monitorar satisfação

Decisões com base

em dados em vez

de palpites

Reúne habilidade,

conhecimentos, somando

competências

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Qualidade intrínseca de uma edificação

Totalidade dos atributos de uma edificação, as quais fazem com que

esta seja capaz de satisfazer necessidades dos usuários, incluindo a

forma na qual os atributos individuais são relacionados, balanceados

e integrados na totalidade da edificação e seus arredores

(Burt, 1978)

Qualidade

intrínseca de uma

edificação

Atendimento à

requisitos de

desempenho

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Requisitos de desempenho

•Segurança estrutural

•Segurança ao fogo

•Segurança à utilização

•Estanqueidade

•Conforto higro-térmico

•Pureza do ar

•Conforto visual

•Conforto acústico

•Conforto tátil

•Conforto antropo-dinâmico

•Higiene

•Adaptação à utilização

•Durabilidade

•Economia

O tema Desempenho será tratado com mais ênfase posteriormente

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Taylorismo

Surgimento da administração científica (Gilbreth e Taylor)

Partiu da idéia de que a formação profissional informal leva à

deterioração de métodos

Transferência à gerência da concepção do trabalho - pressupõe

a existência de “The one best way”

Fragmentação e especialização

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Fordismo

Divisão exacerbada do trabalho de forma a buscar a eficiência

Forte padronização de produto

Máquina impõe o ritmo da produção

Postos fixos de trabalho

Intensificação da desqualificação

Grandes ganhos de escala

Vídeo1

Vídeo 2

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Escola de relações humanas

Trabalho pode ser uma fonte de satisfação (McGregor)

Nível de satisfação tem grande impacto na eficiência

Coerção tem eficácia limitada e pode ter um custo elevado

Pressão por melhoria das condições de trabalho

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Escola de relações humanas

McGregor Teoria X

Pessoas são preguiçosas e indolentes: trabalham o mínimo possível e

motivam-se apenas por recompensas salariais diretas e imediatas

Pessoas não tem ambições: não gostam de assumir responsabilidades

e preferem ser dirigidas

Pessoas são egocêntricas: seus objetivos individuais geralmente se

opõem ao da organização

Pessoas resistem a mudanças: procuram segurança e não assumem

riscos

Pessoas são incapazes de auto-controle e auto-disciplina: precisam ser

dirigidas e controladas

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Escola de relações humanas

McGregor Teoria Y

Trabalho pode ser uma fonte de satisfação: pessoas são esforçadas e

gostam de ter o que fazer

Pessoas têm potencial de desenvolvimento e motivação individual:

controle externo e ameaça de punição não são os únicos meios de fazê-

las trabalharem

Objetivos individuais nem sempre se opõem aos da empresa

Pessoas gostam de assumir responsabilidades

Pessoas têm imaginação e criatividade

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Lean Production : histórico

Originou-se no Japão nos anos 50, principalmente na indústria

automotiva

Aplicação mais importante: Sistema Toyota de Produção

Basea-se em duas filosofia originais: JIT e TQC

Diferentes nomes: produção enxuta, world class manufacturing,

produção sem perdas, etc.

Impacto do livro “A máquina que mudou o mundo” de J.

Womack

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JIT : Just In Time

Veio em contraposição ao Just In Case

JUST IN CASE

• Dimensionamento de estoques a partir de

previsão de vendas

• Produção em grandes lotes: ganhos de escala

• Estoques tendem a ser altos

• Produção é “empurrada”

• Pouca flexibilidade de saída: previsões tem

pouca variações

JUST IN TIME

• Redução ou eliminação de estoques

• Redução de tamanho dos lotes

• Redução do tempo de ciclo

• Estoques tendem a ser altos

• Produção é “puxada” a partir da

demanda de mercado

• Flexibilidade de saída

ESTOQUES Problemas

• Custo financeiro

• Custo de gerenciamento de estoques

• Necessidade de espaços

• Diminuição da transparência

• Possibilidade de roubo, vandalismo

•Não permite que os problemas venham a tona

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JIT : Just In Time

Como filosofia de produção

Eliminar desperdício

Envolvimento de todos

Aprimoramento contínuo

Como conjunto de técnicas

* Práticas de trabalho * Arranjo físico celular

* Projeto para manufatura * Redução de setup

* Controle do processo * Visibilidade

* Foco na operação * Kanban

* Máquinas simples * Envolvimento pessoas

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JIT : Just In Time Aplicação na Construção Civil

Eliminação de estoque: programação de entrega de materiais

Flexibilidade: projeto

Treinamento e Educação contínua

Produção em pequenos lotes: planejamento da produção

Arranjo físico: estudo de layout de canteiro

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TQC : Total Quality Control (Controle Total da Qualidade)

Filosofia gerencial na qual os esforços dos diferentes grupos da

organização estão engajados no desenvolvimento, manutenção e melhoria

da qualidade, com o intuito de produzir da forma mais econômica, com

uma assistência adequada, permitindo a total satisfação do usuário.

As melhorias são implementadas por etapas

MELHORIAS

INCREMENTAIS

Atingidas por

rotinização e

padronização

MUDANÇA DE

PATAMAR

TECNOLÓGICO

Levam níveis

superiores de

desempenho.

PDCA

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TQC : Total Quality Control

Plan

Do Check

Action

Ciclo PDCA

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TQC : Total Quality Control

Etapas implementação melhorias

P

D C

A

P

D C

A

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Empresas de construção características

Ambiente pouco estável

Poucos níveis hierárquicos

Estrutura informal

Comunicação predominantemente verbal

Centralização das decisões

Gerenciadas pelos donos, em geral de formação técnica

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Empresas de construção BARREIRA

modelo convencional de produção modelo de conversão

Construir uma edificação

Estrutura Alvenaria

Operações:

1) Aplicar argamassa

2) Posicionar bloco

3) Aplicar argamassa entre os blocos

4) ...

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Empresas de construção BARREIRA

modelo convencional de produção modelo de conversão

Processo de conversão é a conversão de um input em output

Processo podem ser divididos em sub-processos (de conversão)

Custo total é a soma dos custos dos sub-processos

Valor do output está associado aos custos (ou valor) dos inputs.

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Empresas de construção BARREIRA

modelo convencional de produção modelo de conversão

CRÍTICA AO MODELO DE CONVERSÃO

Ignora os fluxos físicos entre as conversões

Maior parte dos custos estão nestes fluxos

Foco na melhoria da conversão pode deteriorar eficiência das

atividades de fluxo

Especificações podem ser imperfeitas: pode-se produzir com

grande eficiência produtos inadequados

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Empresas de construção tendências

Necessidade de adaptação a ambientes dinâmicos (exigência

de flexibilidade)

Visão da organização como um conjunto de processos

Maior ênfase no controle horizontal, e redução do controle

vertical

Redução no número de níveis hierárquicos

Terceirização/sub-contratação: inter-dependência entre

organizações

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Lean Construction

Inicialmente havia um paradigma a ser resolvido

ELEVADA

FLEXIBILIDADE

CUSTO

ELEVADO

Paradigma do trade-off Trade-off conflito de escolha

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Lean Construction

Aplicação da lean production à construção

Oportunidade para a consolidação de uma teoria de gestão da

produção na construção

Envolve a adaptação de conceitos e princípios das teorias de

gestão da produção à construção

Em constante desenvolvimento: IGLC = International Group for

Lean Construction

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Empresas de construção NOVO PARADIGMA (Koskella, 1992)

Application of the New Production Philosophy to Construction

Produção como um fluxo

Estoque

Transporte processamento

(conversão) Inspeção

F C F F

Rejeito Retrabalho

Produção é um fluxo de materiais e/ou informações das matérias

primas até o produto final.

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Empresas de construção NOVO PARADIGMA (Koskella, 1992)

Mais de 60% do tempo gasto por trabalhadores em

um canteiro de obras são em atividades que não

agregam valor.

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Empresas de construção Príncipios da Lean Construction

Reduzir a parcela de atividades que não agregam valor

Melhorar eficiência dos processo, eliminando atividades de fluxo,

disponibilizando equipamentos, ferramentas, informações e locais adequados,

visando a redução de movimentos desnecessários

Aumentar o valor do produto através das considerações das

necessidades do cliente

Baseado nas necessidades do cliente interno e externos. Qualidade é gerada

como consequência do atendimentos dos requisitos do cliente.

Reduzir variabilidade

Manter padronização na execução dos seus métodos padronizar processos

e não produtos.

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Empresas de construção Príncipios da Lean Construction

Reduzir o tempo de ciclo

Tempo de ciclo é a soma de todos os tempos (movimento, espera,

processamento e inspeção) na geração do produto filosofia dos just in time.

Minimizar o percurso do material no canteiro sincronização de fluxo de

materiais e mão de obra. Focar em menores lotes de produção facilita a

gestão do processo e melhor identifica os erros.

Simplificar através da redução do número de passos

Quanto mais passos mais atividades que não agregam valores uso de pré-

fabricação, equipes polivalentes, planejamento eficaz.

Aumentar a flexibilidade na execução do produto

Flexibilidade em processo gerador de valor consiste em poder alterar as

características de produtos sem aumentar o seu custo redução no número

de lotes, mão de obra polivalente.

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Empresas de construção Príncipios da Lean Construction

Aumentar a transparência no processo

Aumentar a transparência no canteiro de obras é importante para diminuir a

quantidade de erros nos processos de produção com o aumento do fluxo de

informações. Processo transparente facilita controle e melhorias.

Focar o controle no processo global

Há pelo menos dois pré-requisitos para focar controle no processo;

primeiramente todo o processo deve ser medido; em segundo lugar deve haver

um responsável pelo controle de todo o processo.

Fazer Benchmarking

Conhecido como referenciais de pontas processo de aprendizado a partir de

referências em outras empresas consideradas “líderes>

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Empresas de construção Príncipios da Lean Construction

Manter em equilibrio entre melhoria nos fluxos e nas conversões

Melhores fluxos requerem menores capacidade de conversão e, portanto,

menores investimentos em equipamentos; fluxos mais controlados tornam a

implantação de novas tecnologias de conversão mais fáceis e novas

tecnologias de conversão podem gerar baixa variabilidade, beneficiando os

fluxos.

Introduzir melhoria contínua ao processo

Métodos para institucionalizar a melhoria contínua, como a medição e o

monitoramento das melhorias, o estabelecimento de metas esticadas, a

atribuição de responsabilidade sobre as melhorias a todos os operários, o

desafio constante na busca de melhores caminhos, e a ligação das melhorias

ao controle. PDCA.

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Empresas de construção Príncipios atuais

Todos estes processo de melhoria, garantia da qualidade, etc

Aplicados não somente na obra física, mas num SGI – Sistema de Gestão

Integrada:

Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (OSHAS 18001:2007

Sistema de Gestão Ambiental (NBR ISSO 14001:2004

Sistema de Gestão da Qualidade (NBR ISO 9001:2008)

etc.

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Construção Civil Ciclo produtivo

Para melhor análise estudaremos divisão em 06 partes e sua influência no ciclo produtivo:

Projetos

Materiais

Processos construtivos

Mão de obra

Equipamentos e ferramentas

Pós entrega

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Construção Civil Ciclo produtivo PROJETOS

É a atividade intelectual do ciclo produtivo

Participação ocorre normalmente antes do início das obras, mas há casos em que as

obras são iniciadas sem o projeto executivo e ao longo da sua construção, no campo vão

sendo estabelecidas às diretrizes necessárias PRINCÍPIO DA ENGENHARIA

SIMULTÂNEA.

Concepção em duas etapas

• projeto básico materialização do estudo de massa da obra a ser construída. É

concebido na forma bruta para permitir a orçamentação, os estudos de viabilidade do

empreendimento e a captação de recursos.

• projeto executivo detalhamento do projeto básico em todos os elementos

necessários para caracterizar a obra a ser executada e permitir a sua materialização

na forma final da obra.

Atividade normalmente delegada a terceiros especialidades desenvolvidas por

profissionais diferentes

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Construção Civil Ciclo produtivo PROJETOS

Há muitos intervenientes no processo necessidade de coordenação.

Normalmente inexiste plano de qualidade e de padrões balizamento de necessidades e

soluções que levam a integração especialmente nas interfaces.

Pouca participação do projetistas durante execução tomadas de ações para solucionar

problemas gera atrasos ou inconsistências (reflexo dos dois itens anteriores)

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Construção Civil Ciclo produtivo MATERIAIS

Usualmente materiais brutos na forma natural ou com algum beneficiamento necessidade

haver mais qualidade no processo de produção destes materiais.

A cadeia produtiva não tem uma política de incentivos à melhoria baixo preço do material,

não imposição de necessidade de maior qualidade gera círculo vicioso.

Necessidade de reutilização - resíduos políticas públicas e consciência dos investidores,

para investir neste setor

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Construção Civil Ciclo produtivo PROCESSOS CONSTR.

Na sua essência ainda artesanal, empírico e com ferramentas inadequadas necessidade

de maiores processo de manufatura (paredes prontas, kit-hidráulicos, kit-elétrico, etc). Haver

maior racionalização no processo. Necessidade de maior automação investindo em

equipamento e ferramentas.

Necessidade de maior controle de produtividade equipes heterogêneas, não há

procedimentos padronizados para cada tarefa.

Atividade intelectual com pouca atuação direta na obra é separada e distante do canteiro.

Há uma divisão marcante entre atividades de projeto e de execução. Gera improvisos que

normalmente são inapropriados e de maior custo, além de que muitas vezes com resultados

Controle do processo poucos registros de não conformidade. Necessidade de análises

críticas e de planos de melhoria, que normalmente são pontuais e não incorporadas.

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Construção Civil Ciclo produtivo MÃO DE OBRA

Necessidade de qualificação investimento em treinamento, planos de carreira e

estabilidade

Muita rotatividade políticas públicas para manutenção de empregos. Educação,

profissionalização, incentivos.

Necessidade de uma visão sistêmica é o funcionário é parte de um processo maior

(construção civil). Integrando ao sistema haverá ganho de produtividade e de qualidade nas

obras.

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Construção Civil Ciclo produtivo EQUIPAMENTOS

Na ordem geral equipamentos sofisticados e adequados somente em obras de maior

porte.

Características contribuição ainda pequena no processo, especialmente na qualidade e

produtividade. Maioria das vezes de cunho individual com baixo estado de conservação.

Treinamento além da necessidade de investir em ferramentas e equipamentos modernos

há a necessidade de investir no treinamento para uso.

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Construção Civil Ciclo produtivo PÓS - ENTREGA

Em busca de nova visão pela necessidade da exigência do manual de manutenção

(manual do usuário), as empresas estão com nova visão da situação da obra após a entrega.

Norma de desempenho.

Aquisição de dados e aproximação com o clienet necessidade de avaliações pós-

ocupações mais frequente e constantes até determinada idade das edificações (01 ano, 02

anos, 05 anos, 10 anos)

Equipe de manutenção necessidade de haver equipe própria ou terceirizada para as

manutenções ou ajustes ou consertos leva a identificação mais precisa dos problemas

pós entrega.