CADERNO DE RESUMOS · 2013. 11. 12. · Caderno de Resumos Uma revisão sistemática sobre o uso de...

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CADERNO DE RESUMOS Organização: Carlos Alex Sander J. Gulo (UNEMAT)

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  • CADERNO DERESUMOS

    Organização: Carlos Alex Sander J. Gulo (UNEMAT)

  • ISSN: 2179 – 1953

    Copyright © 2013 da Sociedade Brasileira de Computação Todos os direitos reservados

    Capa/Diagramação/Produção Editorial: Carlos Alex Sander Juvêncio Gulo (UNEMAT/Alto Araguaia)Site/Arte Gráfica: Sérgio Santos Silva Filho (UNEMAT/Alto Araguaia)

    EditoresCarlos Alex Sander Juvêncio Gulo, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

    Alex Fernando de Araújo, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP)Gleber Nelson Marques, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

    João Manuel R. S. Tavares, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP)

    RealizaçãoUniversidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT-Alto Araguaia)

    Grupo: Processamento de Imagem, Visão Computacional e Aplicações Interativas – PIXEL

    PromoçãoSociedade Brasileira de Computação – SBC

  • Dados Internacionais de Catalogação na Fonte

    E37 ERI – MT – Escola Regional de Informática. (13.: 2013) Imagem, Processamento e Análise / Carlos Alex Sander Juvêncio

    Gulo, Alex Fernando de Araujo, Gleber Nelson Marques, João Manuel Ribeiro da Silva Tavares, coordenação. -- Alto Araguaia: UNEMAT, 2013.

    Anais da IV Escola Regional de Informática da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) – Regional de Mato Grosso, 2013.

    Evento realizado no período de 04 a 08 de novembro de 2013, no Campus Universitário da UNEMAT de Alto Araguaia.

    ISSN: 2179 – 1953

    1. Escola Regional de Informática. 2. Sociedade Brasileira de Computação. 3. Imagem, Processamento e Análise. I. Título.

    CDU – 004

    Catalogação na fonte: Maurício S. de Oliveira – Bibliotecário CRB/1 1860

  • Comissão OrganizadoraAlex Fernando de Araujo - FEUPAndré Luiz Pilastri – UNEMATCarlos Alex S. J. Gulo – UNEMAT (Coordenador Geral)/RI-SBCCristiano Maciel - UFMT/Secretário Regional MT-SBCFernando Yoiti Obana - UNEMATGleber Nelson Marques - UNEMATMax Robert Marinho - UNEMATSérgio Santos Silva Filho - UNEMATUbirajara Martin Coelho - UNEMAT

    Corpo Discente (UNEMAT)Alexandre dos SantosÁurea Valéria Pereira da SilvaCésar Pereira CarvalhoDaniel Henrique PetrikiczDouglas Rezende AraujoEdineia Guimarães NunesEllen Regina Moraes BispoFellype Retyelly SilvaGisele Fernanda FrancoJúlio César Campos MoraisMaurício Vitor Silva e SouzaMayra Rodrigues de CarvalhoNayara Laise Ribeiro MotaRonilson CanabravaTaiz Meame

    Comitê CientíficoCoordenador: Prof. Dr. Gleber Nelson Marques – UNEMAT/Alto AraguaiaCoordenador: Prof. Dr. João Manuel R. S. Tavares - FEUP (Porto, Portugal)Vice-coordenador: Prof. Me. Alex Fernando de Araújo - FEUP (Porto, Portugal)

    Dr. Gilleanes Thorwald Guedes - UFMT/RondonópolisDr. Mauricio Pereira - Universidade Federal de Mato GrossoDr. Norian Marranghello - UNESP/São José do Rio PretoDr. Raul Wazlawick - UFSCDr. Rogéria Souza - UNESP/São José do Rio PretoDr. Sergio Carvalho - UFGDr. Tiago Borchartt - UFF/Rio de JaneiroMe. André Luiz Pilastri – UNEMAT/Alto AraguaiaMe. Carlos Alex Sander Juvêncio Gulo – UNEMAT/Alto Araguaia

  • Apresentação

    A Escola Regional de Informática – ERI é uma iniciativa da Sociedade Brasileira deComputação(SBC) em todas as regiões do Brasil, visando principalmente disseminartecnologias da informação. As escolas são estruturadas na forma de palestras e minicursos,realizados em uma jornada com duração de quatro a oito horas cada. A SBC, no intuito defacilitar a organização e realização das ERIs em todo o território Nacional, dividiu o país emsub-regiões. Entre elas está a regional Mato Grosso, formada pelas Instituições de EnsinoSuperior (IES) que possuem cursos na área de informática nesse Estado. A ERI-MT 2013 -Escola Regional de Informática da SBC (Regional Mato Grosso) será realizada em AltoAraguaia-MT, no período de 04 a 08/11/2013.

    Nesta edição do evento, o tema proposto foi “Imagem: Processamento e Análise”, com oobjetivo de discutir o desenvolvimento e uso de aplicações que envolvam a representaçãovisual computacionalmente e a demanda por processamento de alto desempenho. Assim, aERI-MT 2013 tem como objetivo integrar as instituições de ensino superior da Regional MatoGrosso, disseminando informações técnico-científicas e debatendo temas relevantes da área deinformática que estejam em evidência no país, e levando em consideração as características doscontextos em que estão inseridas as instituições participantes. Nesse sentido, a ERI-MT servecomo um canal para discussão e apresentação de tecnologias da informação e da comunicação,ao nível do estado da arte, que possam contribuir para a solução de problemas atuais emdomínios diversos.

    Carlos Alex Sander J. Gulo

    Coordenador Geral – IV ERI-MT

  • Caderno de ResumosUma revisão sistemática sobre o uso de ferramentas de realidade aumentada aplicadas ao ensino de químicaAnita Fernandes, UNIVALILeonardo R. P. Rauta, UNIVALI

    8

    Estudo e Aplicação da Técnica de Personas como Método de Avaliação de uma Ferramenta de e-GovPatricia Cristiane de Souza, Universidade Federal de Mato GrossoKaue Sigueak Almeida Arima, Universidade Federal de Mato Grosso

    14

    Planejando o Desenvolvimento da Tecnologia Assistiva Ubi-Converge para Suporte à Educação de Pessoas SurdasSoraia Silva Prietch, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/RondonópolisLucia Filgueiras, USPJuliana Machado Alves Pinto, Universidade Federal de Mato Grosso

    18

    Modo Alternativo para Implementação de Internet no Brasil: Via PLC Power Line CommunicationDiego Vinicius de Lima Rosa, Centro Universitário Cândido Rondon

    21

    Modelagem e Prototipagem de uma Plataforma Web para Tratamento de Dados AmbientaisClaudia Martins, UFMTThiago Meirelles Ventura, Universidade Ferderal de Mato GrossoAriane Noite, Universidade Federal de Mato Grosso

    24

    Abordagens para Criação de serviçs Web SemânticosThiago Pereira da Silva, Universidade Federal do Rio Grande do NorteRuth Karielly Ataides Silva, Universidade Federal de Mato Grosso

    27

    Olho PrecisoLuiz Henrique de Lima Gabriel, UFMTWanderson Silva, UFMT

    30

    Perfil dos profissionais da Educação de Corumbá-MSRaphael Alex Sousa, Universidade Federal de Mato Grosso do SulEdelir Garcia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

    33

    Os Instrumentos de Avaliação da Experiência Emocional e as Pessoas Surdas: Estudo do MSNSoraia Silva Prietch, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/RondonópolisNaiane Alves, Universidade Federal de Mato Grosso - Rondonópolis

    36

    Sistema de Apoio ao Handoff Médico para Centros de Terapia Intensiva Ana Cristina Bicharra Garcia, UFFKaren Figueiredo, Universidade Federal FluminenseJivago Medeiros, Universidade Federal FluminenseJonathan dos Santos Gomes, Centro Universitário La Salle RJ

    39

  • A Lousa Digital: Panorama Teórico-MetodológicoWaine Teixeira Júnior, UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSOMirian Santana Riva, Universidade Federal de Mato Grosso

    42

    Implementação de uma lousa digital de baixo custoLuiz A. G. de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso - CUR

    45

    Demandas da Escola na Sociedade Informacional: Um Modelo de Atribuições para o Licenciado em ComputaçãoGleber Nelson Marques, Universidade do Estado de Mato GrossoJoeber Xavier, Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat

    48

    UApp Uma Fonte de Conteúdo Complementar para Apoio AcadêmicoCristiano Maciel, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMTErik William Chagas Silva, Universidade Federal de Mato GrossoAnderson Martins Silva, Universidade Federal de Mato GrossoEdiney dos Santos Lopes, Universidade Federal de Mato Grosso

    51

    Analise de Desempenho de Serviços de Terminais Remotos Para Utilização em Processamento CentralizadoReginaldo Hugo Szezupior dos Santos, IFMTIbrahin Belarmino, IFMTCarlos Eduardo Kempa, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFMT

    54

    Inclusão Digital de Povos Indígenas: Desafios e PropostasFernando Selleri, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMATElias Januário, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMATEverton Nascimento, Universidade do Estado de Mato GrossoGraziella Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMATCaroline Oliveira, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMATIvanildo Azevedo, Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

    58

    Sistema de Votação BiométricoDaniel San Borges, Centro Universitário Candido Rondon

    61

    Desenvolvimento de uma Aplicação para Realização de Círculos Financeiros em Sistemas de Televisão Digital InterativaRodrigo Candido Borges, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de GoiásArthur Barros, Instituto Federal de GoiasAlisson Alves, Instituto Federal de Goiás

    65

    O Impacto dos Dispositivos Móveis nos Dias AtuaisRonderson Almeida Florentino, UnirondonVanderlei Kennedy Scarabelli, Universidade Candido Rondon

    68

    Sydy - Um Modelo de Software Direcionado à Interatividade em Ambientes EducacionaisCristiano Maciel, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMTDanilo Nogueira, UFMT - Universidade Federal de Mato GrossoAdrian T. Procopiou, Federal University of Mato GrossoAlexandre N. Araújo, Universidade Federal de Mato GrossoAriane Noite, Universidade Federal de Mato Grosso

    71

    Linguagens Tecnológicas a serviço da Educação em escolas de Alto Araguaia-MTRonaldo S. Pereira, UNESPSergio Santos Silva Filho, UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso

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  • Katiucia Vitali Stradiotti, UNEMAT - Universidade do Estado de Mato GrossoEdileusa Gimenes Moralis, UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso

    Proposta de Implementação do software Expresso Livre em Nuvem para o IFMTAlexandre Torrezam, IFMTReginaldo Hugo Szezupior dos Santos, IFMTCatiane Soares Nascimento, IFMTTaisy Maria de Barros Silva, IFMT

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    Avaliação da Utilização do Software CORE como Apoio no Processo Pedagógico em Cursos TecnológicosEd' Wilson Tavares Ferreira, IFMT - Instituto Federal de Mato GrossoFelipe Cesar Costa Alves, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso

    80

    Sistema Colaborativo Aplicado ao Serviço de TaxiAllan Jacques Neves de Oliveira Oliveira, Centro Universitário Cândido Rondon

    83

    Desenvolvimento de um Sistema Gerenciador de Transporte utilizando Python, PyQT e SQLite.Adriel Santos Araújo, Universidade Federal de Mato Grosso

    86

    A Utilização de bens virtuais como ferramenta de marketingJosé Delfino Gomes Sousa, Univercidade Candido Rondon

    89

    Revisão da Literatura sobre Software e Bibliotecas Gratuitas para Quantificação da Ocupação do SoloRoger Resmini, Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT/RondonópolisChrystian Jheimes dos Santos, Universidade Federal de Mato Grosso

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    Barco automatizado utilizando a plataforma ArduinoRogério Güths, UFMSEdson Luiz Zeballos dos Sa Filho, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

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    End Device: Um dispositivo para monitoramento de servidores de DatacentersNobuo Oki, UNESPAlexandre Torrezam, IFMTReginaldo Hugo Szezupior dos Santos, IFMTJozué Vieira Filho, Unesp

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    MinLesh: Ferramenta de Mineração de Dados para Apoiar a Tomada de Decisão no Contexto de Prevenção e Controle de LeishmaniosesRafael Pinto, Universidade Federal de Mato GrossoAlan Fernando Gil Vaz de Mello, Universidade Federal de Mato GrossoLorayne Pinheiro Dornelles, Universidade Federal de Mato Grosso

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    Criação de Checklist específica para duas modalidades de software educacionalToni Amorim de Oliveira, professorAurea Valéria Pereira da Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso-Alto AraguaiaMax Robert Marinho, UNEMAT

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    Comparativo entre Métodos de Detecção de Outliers para Dados AmbientaisClaudia Martins, UFMTThiago Meirelles Ventura, Universidade Federal de Mato GrossoWagner Teixeira, Universidade Federal de Mato Grosso

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  • Robô Arduino com sensor ultrassônicoIgor Moraes Coelho, UFMTRicardo Santana, UFMTFelipe Martins, UFMT

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    Uma revisão sistemática sobre o uso de ferramentas de realidade aumentada aplicadas ao ensino de química

    Leonardo Ronald Perin Rauta, Anita Maria da Rocha Fernandes

    Laboratório de Inteligência Aplicada – Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) São José – SC – Brazil

    {leonardorauta, anita.fernandes}@univali.br

    Abstract. In pharmacology, one of the pillars is the chemistry whose theoretical aspects need to be well integrated with practical work in laboratories due to various concepts are abstract. It is therefore necessary that the teacher make use of resources can reduce this level of abstraction. In this context it has been augmented reality, which is a human-computer interface. This paper aims to present a systematic review on the use of augmented reality in teaching chemistry. From the analysis of documents found was observed that augmented reality has been widely applied in different areas of knowledge and the benefits of this technology in teaching.

    Resumo. Na farmacologia, um dos pilares é a química, cujos aspectos teóricos precisam estar bastante integrados com o trabalho práticos no laboratório, devido a vários conceitos serem abstratos. Por isso, é necessário que o professor faça uso de recursos capazes de reduzir esse nível de abstração. Dentro desse contexto tem-se a realidade aumentada, que consiste em uma interface humano-computador. Este trabalho tem como finalidade apresentar uma revisão sistemática sobre o uso de realidade aumentada no ensino de química. Com a análise dos documentos encontrados foi possível observar que a realidade aumentada vem sendo aplicada largamente em diferentes áreas do conhecimento, além dos benefícios dessa tecnologia no ensino.

    1. Introdução

    Algumas matérias como Química, Física, Matemática, possuem conceitos muito abstratos para muitos alunos. Aulas práticas e/ou demonstrativas para conteúdos de Química, por exemplo, são essenciais na busca da redução do grau de abstração e no desenvolvimento de habilidades tais como, colaboração, coordenação, utilização de instrumentos e equipamentos. Neste contexto, visando auxiliar o processo de ensino, se faz uso das tecnologias computacionais.

    Essas tecnologias computacionais tiveram destaque com o avanço da multimídia e da realidade virtual, pois se tornou possível a integração, em tempo real, de vídeo e ambientes virtuais interativos. Ao mesmo tempo, o aumento da largura de banda das redes de computadores também vem influenciando positivamente na evolução da multimídia, permitindo a transferência de imagens e outros fluxos de informações com eficiência [Kirner; Tori, 2006].

    A evolução do processo de ensino/aprendizagem está diretamente relacionada ao desenvolvimento tecnológico. As gerações atuais de alunos cresceram em um contexto social no qual eles são influenciados pelos meios de comunicação e aparatos

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    tecnológicos. Nesta “nova” sociedade, a imagem tem lugar de destaque e é considerada um elemento básico para o desenvolvimento de novas tecnologias educacionais, a fim de tornar o processo de ensino/aprendizagem mais atraente para o aluno [Ávila; Lemos Neto, 2010].

    Neste sentido, tem-se a Realidade Virtual, que desde a década de 90 vem sendo aplicada na educação em diversas áreas do conhecimento, para facilitar o entendimento de conceitos abstratos passados aos alunos, pois os insere em um mundo totalmente virtual. Nesse mundo virtual é possível o aluno interagir com elementos dificilmente visualizados no mundo real [Forte; Kirner, 2009].

    Na mesma linha da Realidade Virtual, tem-se a Realidade Aumentada, que também pelo mesmo motivo, tem sido utilizada no ensino, principalmente nas áreas de Física, Química e Matemática, pois através de uma “janela” virtual, objetos virtuais são inseridos no mundo real.

    Com isso, a realidade virtual e a realidade aumentada permitem ao usuário retratar e interagir com situações imaginárias, envolvendo e manipulando objetos reais e virtuais, estáticos ou em movimento.

    Nesse contexto, torna-se importante a pesquisa sobre realidade virtual e aumentada aplicadas ao ensino. Este trabalho tem como objetivo identificar trabalhos que utilizam técnicas de realidade aumentada aplicadas ao ensino de química. Neste sentido, foi realizada uma revisão sistemática buscando identificar quais são esses trabalhos, quais os assuntos abordados, as metodologias de teste da ferramenta que foram utilizadas e os resultados obtidos.

    A sessão 2 apresenta o protocolo de pesquisa que foi utilizado nesta revisão sistemática, identificando as questões de pesquisa e as fontes de dados utilizados. A sessão 3 apresenta uma sumarização dos resultados, identificando as principais características dos trabalhos selecionados. Para concluir, a sessão 4 apresenta uma avaliação critica dos trabalhos apresentados.

    2. Protocolo da Revisão Sistemática

    Nesta revisão sistemática, adotou-se a metodologia apresentada por Pai et al (2004), a qual descreve os passos necessários para o desenvolvimento de uma revisão sistemática. A primeira etapa no desenvolvimento de uma revisão sistemática é definir quais as perguntas de pesquisa que serão respondidas, em seguida os termos e filtros de busca e depois avaliar os resultados obtidos a fim de responder a pergunta de pesquisa.

    Neste trabalho buscou-se identificar quais os assuntos abordados em trabalhos que utilizam realidade aumentada para o ensino de química. Através da pesquisa para resposta dessa pergunta, é possível responder algumas outras, quais as metodologias de testes utilizadas por estes trabalhos e qual a avaliação dos usuários na utilização dessas ferramentas.

    A pesquisa por trabalhos relacionados à aplicação de realidade aumentada utilizada no ensino de química foi realizada através de buscas na base de periódicos da CAPES (www.periodicos.capes.gov.br). Para a pesquisa foi utilizada a própria ferramenta do portal de periódicos, pois através dele é possível pesquisar em algumas bases renomadas.

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    O termo de pesquisa utilizado foi baseado em conter Augmented Reality no assunto e qualquer parte da publicação conter Chemistry. O termo foi pesquisado em inglês pois a maioria das bases de dados possuem trabalhos nesse idioma. Com a utilização desse termo de pesquisa, foram encontrados 28 trabalhos, sendo que foram aplicados mais dois filtros para selecionar apenas trabalhos relevantes para esta pesquisa.

    Os outros filtros aplicados a essa revisão foram, somente trabalhos com texto completo disponível e, periódicos revisados por pares. Isso fez com que sobrassem apenas 9 trabalhos, os quais foram avaliados.

    3. Extração de Informações

    Nesta sessão são apresentados os trabalhos selecionados na revisão sistemática. A seguir são apresentados os detalhes de cada trabalho e a Tabela 1, apresenta um resumo desses trabalhos. A descrição de cada trabalho será feita na ordem de data de publicação.

    O artigo de Thalmann e Thalmann (1997) foi o artigo mais antigo encontrado na revisão sistemática, nele são descritos os passos necessários para criar um ator virtual em uma animação real. É apresentado como podem ser feitas máscaras para que o ator seja inserido no ambiente real e seja sobreposto sobre objetos reais. Este trabalho não está relacionado ao ensino de química, ele foi selecionado por conter o termo “Agumented reality” no assunto do papper.

    Rolland et al (2002) apresentam um head-mounted display (HMD) utilizado no ODALab para visualizar elementos tridimensionais, apresentam a aplicação desse HMD na visualização de exames médicos e seus benefícios. Esse artigo também não trata diretamente da utilização de realidade aumentada aplicada à química, mas sim em exames médicos.

    Sung-Gaun e Sitti (2006) apresenta um sistema de uma interface háptica para ambientes virtuais em nanoescala usando um microscópio de força atômica. Através dessa interface háptica, é possível simular as forças intermoleculares de um átomo, como por exemplos as forças de van der Waals e as forças de capilaridade atômica. Este artigo utiliza uma técnica de realidade aumentada aplicada à química, porém não está voltada ao ensino, e sim voltada a uma interface que será controlada remotamente, utilizando aplicativos de tele-nanomanipulação, os quais são sugeridos como trabalhos futuros desse artigo.

    Hsiao (2010) apresenta o uso do Chemistry Augmented Reality System (CARL) no ensino de atividades físicas. Para comprovar a eficácia do uso de realidade aumentada aplicada à educação, foram feitos testes com 673 estudantes do sétimo e oitavo ano do ensino fundamental, entre 13 e 14 anos, em 22 turmas diferentes e cinco escolas diferentes do norte de Taiwan durante o ano de 2009. Todos os estudantes foram divididos em quatro grupos, Grupo AR-Jump, Grupo AR-Stretch, Grupo AR-Box e Grupo KMCAI. Apenas os três primeiros grupos utilizam o sistema de realidade aumentada para o ensino, o KMCAI utilizou mouse e teclado para interagir com o computador. Para verificar o aprendizado dos alunos foi aplicado um pré-teste e um pós-teste, como a média em cada teste foi diferente, foi utilizada a técnica de covariância para análise dos resultados. Os resultados encontrados mostram que os grupos que utilizaram as técnicas de realidade aumentada tiveram uma mudança de

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    atitude significativamente mais positiva de aprendizagem para a ciência do que aqueles do grupo KMCAI, que não utilizaram técnicas de realidade aumentada.

    El Sayed et al (2011) apresenta o ARSC, que consiste em um cartão com alguns marcadores, a ideia dessa ferramenta é representar qualquer lição no formato 3D, ajudando os alunos a visualizarem os fatos e interagir com as teorias de um modo totalmente novo e interativo. Foram desenvolvidos os marcados e aplicados a 51 estudantes, depois disso foi aplicado um questionário para os estudantes avaliarem a utilização desses marcadores, 89% deles dizem estar satisfeitos com a eficiência desses marcadores. Entre as outras perguntas feitas no questionário de avaliação, foi feita uma para identificar em qual área do conhecimento isso seria bem empregado, 34.7% dizem que terá grande influência na área de Arte e Design e principalmente na área da Química.

    Singhal et al (2012) apresentam o Augmented Chemistry, uma ferramenta que visa auxiliar os estudantes na visualização de estruturas moleculares tridimensionais, um argumento utilizado é que os alunos tem muita dificuldade em visualizar a estrutura tridimensional apenas em um quadro-branco ou em um cenário bidimensional. O Augmented Chemistry, tenta apresentar ao usuário a teoria da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência (VSEPR), pois para entender melhor esse conceito, é necessário ter uma visualização tridimensional da molécula. O artigo não apresenta dados sobre a aplicação dessa ferramenta no ensino, apresenta apenas as técnicas utilizadas para seu desenvolvimento e uma possível interação com alunos de várias escolas, os quais apresentam que a visualização das moléculas é a parte com maior complexidade no entendimento da química.

    Lee (2012) apresenta os benefícios da utilização de realidade aumentada no ensino e treinamento. O trabalho não foca apenas no ensino de química, mas sim, um apanhado geral sobre o uso de realidade aumentada, citando diferentes trabalhos aplicados em diferentes áreas do conhecimento. Ele apresenta que ferramentas de realidade aumentada aplicadas à química possuem o nome Augmented Chemistry. Como não se trata de um artigo aplicando o uso de realidade aumentada no ensino de química, não é utilizada nenhuma metodologia de testes. Já nas conclusões, é apresentado que o uso de realidade aumentada na educação ainda tem muito para evoluir, principalmente em áreas que possuem um difícil entendimento e visualização, como Física, Química, Matemática e astronomia.

    Fujinami et al (2012) propõem um middleware para dar suporte ao desenvolvimento de visualização de informações sobre a mesa, tendo como foco, aplicações que necessitem informações sobre um objeto em particular. Eles citam como exemplo a química experimental, em que cada ferramenta utilizada, possui uma característica, funcionalidade e uso diferenciado. Sendo assim, foi desenvolvido um protótipo com algumas ferramentas de química experimental e marcadores de realidade aumentada, e em cada interação com cada objeto, eram apresentadas informações sobre os riscos que o usuário poderia ter ao manusear aquele objeto ou para que ele servia, além do nome. Esta é uma aplicação muito interessante para laboratórios de química que não possuem todas as ferramentas de um laboratório devido ao alto custo na aquisição de um laboratório completo. Através do middleware desenvolvido, o desenvolvedor que utilizá-lo precisará apenas escrever a lógica da aplicação que está

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    desenvolvendo, o middleware já faz a separação das informações para aquisição e os mecanismos de apresentação.

    Alsberg (2012) aplica conceitos de realidade aumentada para gerar imagens químicas e combiná-las com a visão humana. Este trabalho não está diretamente relacionado a aplicação de realidade aumentada para o ensino de química, mas sim, utilizando conceitos de realidade aumentada para auxiliar na visualização de imagens químicas. Por não estar relacionado ao ensino, não será entrado em detalhes sobre este trabalho.

    4. Resultados observados

    No resultado da avaliação dos artigos, é possível observar que desde 1997 vêm sendo aplicados conceitos de realidade aumentada para auxiliar em alguma outra área. Mesmo existindo alguns trabalhos que não sejam totalmente voltados ao ensino de química, é possível observar que os autores geralmente apresentam que a grande dificuldade dos usuários está na visualização dos conceitos, por isso são propostas ferramentas e middlewares.

    Alguns trabalhos como o de El Sayed et al (2011), são importantes para comprovar a eficácia e o interesse do aluno em visualizar e manipular objetos tridimensionais através de marcadores.

    Já o trabalho de Hsiao (2010) comprova que os alunos aprendem melhor quando estão interagindo com o ambiente de ensino, principalmente por esta interação ser feita através de exercícios físicos, os quais auxiliam o aluno a fixar a matéria aprendida.

    Outros trabalhos como o de Alsberg (2012), Fujinami et al (2012), Sung-Gaun e Sitti (2006) e Singhal et al (2012), apresentam diferentes aplicações e conceitos químicos abordados através de técnicas de realidade aumentada. Esse tipo de análise é importante para ver quais os assuntos e temas que são tratados por diferentes pesquisadores.

    Hsiao (2010) e El Sayed et al (2011) utilizam uma metodologia parecida para avaliar a eficácia de seus sistemas. Ambos aplicam pré-testes e pós-testes para validar seus sistemas. Além de comprovarem que uso de realidade aumentada no ensino faz com que os alunos tenham um melhor desempenho, pois acabam visualizando conceitos dificilmente observados.

    Com base nisso, é possível afirmar que trabalhos relevantes nessa área vêm sendo feito por diferentes grupos de pesquisa. Além disso, pelas matérias de Física, Química e Matemática possuírem um grande leque de assuntos a serem tratados, são áreas que ainda necessitam de ferramentas que auxiliem no ensino/aprendizagem. E o uso de ferramentas de realidade aumentada é bem promissor.

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    Referências

    Alsberg, Bjørn K. (2012), “Is sensing spatially distributed chemical information using sensory substitution with hyperspectral imaging possible?”, Chemometrics and Intelligent Laboratory Systems, Vol. 114, pp.24-29.

    Ávila, V. A.; Lemos Neto, M. (2010), Desenvolvimento de uma ferramenta audiovisual aplicada ao ensino da farmacologia. Dissertação (Mestrado) Mestrado Profissional em Ensino em Ciência da Saúde e do Meio ambiente. Centro Universitário de Volta Redonda, UNIFOA, Brasil.: UNIFOA.

    El Sayed, Neven A.M.; Zayed, Hala H.; Sharawy, Mohamed I. (2011), “ARSC: Augmented reality student card”, Computers & Education, Vol. 56 (4), pp.1045-1061.

    Forte, C. E.; Kirner, C. (2009), Software educacional potencializado com realidade aumentada para uso em física e matemática. Dissertação (Mestrado) Mestrado em Ciência da Computação, Faculdade de Ciências Exatas e da Natureza, Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba - SP.

    Fujinami, Kaori; Inagawa, Nobuhiro; Nishijo, Kosuke; Sokan, Akifumi (2012), “A middleware for a tabletop procedure-aware information display”, Multimedia Tools and Applications, Vol. 57 (2), pp.269-293.

    Hsiao, Kuei – Fang (2010), “Can we combine learning with augmented reality physical activity? (Report)”, Journal of CyberTherapy and Rehabilitation, Spring, Vol. 3 (1), p.51(12).

    Kirner, C.; Tori, R. (2006), Fundamentos de Realidade Aumentada. VIII Symposium on Virtual Reality, p. 20-34.

    Lee, Kangdon (2012), “Augmented Reality in Education and Training”, TechTrends, Vol. 56 (2), pp.13-21.

    Pai, M. McCulloch, M. Gorman, J.D. et al. (2004) “Systematic Reviews and metaanalyses: An illustrated, step-by-step guide”, The National Medical Journal of India, vol. 17, n.2.

    Rolland, J.; Davis, L.; Yonggang Ha; Meyer, C.; Shaoulov, V.; Akcay, A.; Haocheng Zheng; Banks, R.; Del Vento, B. (2002), “3D visualization and imaging in distributed collaborative environments”, IEEE Computer Graphics and Applications, Vol. 22(1), pp.11-13.

    Singhal, Samarth; Bagga, Sameer; Goyal, Praroop; Saxena, Vikas (2012), “Augmented Chemistry: Interactive Education System”, International Journal of Computer Applications, Vol. 49 (15), p.1.

    Sung-Gaun Kim; Sitti, Metin (2006), “Task-based and stable telenanomanipulation in a nanoscale virtual”, IEEE Transactions on Automation Science and Engineering, Vol. 3 (3), pp.240-247.

    Thalmann, Nadia M.; Thalmann, Daniel (1997), “Animating virtual actors in real environments”, Multimedia Systems, 1997, Vol. 5 (2), pp.113-125.

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    UNEMAT, Alto Araguaia – vol. 2, ISSN: 2179-1953

    Estudo e Aplicação da Técnica de Personas como Método de Avaliação de uma Ferramenta de e-Gov

    Kaue S. A. Arima¹, Patricia C. Souza¹

    ¹ Laboratório de Ambientes Virtuais Interativos (LAVI) - Instituto de Computação (IC) – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

    Cuiabá – MT- Brazil

    [email protected], [email protected]

    Abstract. In this work, a study was conducted on some techniques of Human-Computer Interaction, in particular the use of the technique of personas as a method for usability evaluation. From this study, an evaluation plan was designed for usability. This plan describes the method adopted in this work has three basic steps: 1) the development, validation, application of the online questionnaire and tabulation of data, 2) creation of personas, and 3) evaluation itself. The questionnaire was designed to collect data on the socio-economic profile, computer use and knowledge of e-government services (e-Gov) research participants. Possession of personas created, has begun the process of evaluating the tool and Social-Gov.

    Resumo.Neste trabalho, foi realizado um estudo sobre algumas técnicas de Interação Humano-Computador, em especial, o uso da técnica de personas como método de avaliação de usabilidade. A partir deste estudo, um plano de avaliação de usabilidade foi elaborado. Este plano descreve o método adotado neste trabalho que possui basicamente três etapas: 1) elaboração, validação, aplicação do questionário online e a tabulação dos dados; 2) criação das personas; e 3) avaliação propriamente dita. O questionário visava levantar dados sobre o perfil sócio-econômico, o uso do computador e o conhecimento de serviços de governo eletrônico (e-Gov) dos participantes da pesquisa. De posse das personas criadas, deu-se início ao processo de avaliação da ferramenta Social e-Gov.

    1. Introdução

    O objetivo deste trabalho foi realizar estudo sobre a técnica de personas e aplicá-la no Framework Social e-Govem desenvolvimento para que fosse possível delinear o comportamento humano em relação à usabilidade de sua interface. Desta forma, utilizar também as técnicas de IHC para complementar e concluir a avaliação de usabilidade e acessibilidade deste Framework.

    Assim como em outro estudo do grupo de pesquisa LAVI (Laboratório de Ambientes Virtuais Interativos) da UFMT, nossa hipótese era de que a técnica de personas podia ser bem utilizada para o contexto de avaliação de usabilidade de sistemas que possuem alta variedade de perfis de usuários.

    Com essa hipótese comprovada através de pesquisas bibliográficas, foi possível sugerir mudanças para ferramenta no intuito de deixá-la mais eficiente, eficaz como também promover uma maior satisfação de uso ao usuário do Framework Social e-Gov.

    2.Personas

    Benyon (2011) descreve personas como uma representação dos diferentes tipos de pessoas para as quais o sistema ou o serviço está sento projetado e também que estes

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    representantes devem possuir nomes, alguns antecedentes, metas e aspirações, sendo esses elementos muito importantes para que os projetistas reconheçam que não estão criando para si mesmo.

    A técnica de persona foi apresentada no final da década de 1990 por Alan Cooper e foi rapidamente aceita como meio de captar conhecimento sobre as pessoas as quais o sistema serve.Segundo Cooper (2003), personas são composições de informações realísticas e representativas que incluem detalhes fictícios para caracterização mais completa do usuário. A composição da persona pode ser baseada em informações imaginadas, características demográficas e biográficas da personalidade modelada.

    As personas têm nomes e podem ser representadas com uma imagem, por meio de uma foto para adicionar realismo. De modo simplificado, persona é uma técnica de modelagem de perfis de usuários de sistemas ou produtos, representando o público alvo, descrevendo um ou mais personagens com dados e características (NÓBREGA,2011).

    3.Plano de Avaliação

    A partir do estudo sobre personas e sua utilização, um plano de avaliação de usabilidade foi elaborado. Este plano descreve o método adotado neste trabalho que possui basicamente três etapas: 1) elaboração, validação, aplicação do questionário online e a tabulação dos dados; 2) criação das personas; e 3) avaliação propriamente dita.

    Nestas etapas, utilizaram-se análises quantitativas e qualitativas. O questionário visava levantar dados sobre o perfil socioeconômico, o uso do computador e o conhecimento de serviços de governo eletrônico (e-Gov) dos participantes da pesquisa.

    Esse plano de avaliação foi elaborado a partir da Metodologia para Avaliação de Sistemas Colaborativos (MASC) apresentado por Madeira et al (2008). Segundo o autor essa metodologia foi criada devido a “necessidade de um processo para avaliar a utilização do sistema colaborativo, retornando valores objetivos”.

    Figura 1. Metodologia para Avaliação de Sistemas Co laborativos

    A metodologia MASC (Figura 1) é dividida em três etapas: investigação contextual, análise quantitativa e análise qualitativa. E, nossa pesquisa não foi executado a etapa de investigação contextual, pois nessa etapa é necessário observar o usuário em seu ambiente de trabalho, em suas atividades rotineiras com ou sem o uso do sistema, e o Framework Social e-Gov ainda estava em fase de teste.

    3.1.Questionário para coleta de dados para criação dos personas

    O questionário foi elaborado seguindo as perspectivas apresentadas anteriormente, composto por 18 questões sob três temáticas: 1) Perfil Sócio Demográfico composto por

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    10 questões; 2) Acerca do Uso do Computador composta por 4 questões; 3) Acerca do Conhecimento Sobre Governo Eletrônico composta por 4 questões.

    A opção por essas temáticas foi definida na tentativa de responder às questões propostas no primeiro passo do método de criação de personas proposto por Nielsen (2011).

    O questionário foi desenvolvido na ferramenta gratuita Google Docs que permite a criação, edição de formulário, o compartilhamento do formulário criado com os participantes da pesquisa e ainda oferece diversos modelos de gráficos para tabulação e visualização das respostas.

    O questionário foi validado com três usuários de perfis diferentes. Após este teste, o questionário foi divulgado pelo período de 5 de fevereiro a 12 de abril de 2013 no Facebook e por meio de uma rede de e-mails de conhecidos. Foram obtidos 94 formulários válidos.

    3.2.Definição de personas

    A definição de cada persona foi estabelecida a partir dos dados conseguidos através do questionário. Cada resposta foi agrupada por faixa etária. Gráficos foram gerados, no qual as características dominantes são ressaltadas. A partir destas características foram formuladas histórias para cada persona seguindo as dicas de Cooper &Reimann (2003).

    Foram elaborados cinco personas (representando as faixas etárias de 15-24, 25-34, 35-44, 45-54 e de 55 ou mais). Para cada persona temos as características dominantes e uma estória representativa destas características foi formulada.

    4.Resultados e Trabalhos Futuros

    Além de validar a hipótese inicial, esta pesquisa teve como objetivo melhorar a facilidade de uso bem como a satisfação dos usuários do Framework Social e-Gov. O uso da técnica de personas possibilitou uma maior aproximação com as necessidades e preferências de uso dos possíveis usuários da ferramenta.

    De posse das personas criadas, deu-se início ao processo de avaliação do Framework Social e-Gov. Os produtos desta fase são um relatório descritivo sobre o processo de avaliação bem como as recomendações de melhorias para as interfaces com base nos problemas encontrados. Com a conclusão do relatório de melhorias na interface, além do conhecimento adquirido com esta pesquisa-experimental, o Grupo LAVI terá seu sistema, o Social e-Gov com uma nova maturidade, pronto para um experimento real de uso. Novas pesquisas muito provavelmente ainda serão realizadas com tal sistema.

    Referências

    COOPER A. and REIMANN R. About Face 2.0: The Essentials of Interaction Design. Wiley, 2003.

    NÓBREGA, C. “Um Framework de Elaboração de Persona Empresa para Suporte na Análise de Valor de Negócio na Aplicação em Sistemas de Redes Sociais”. Fortaleza, 2011.

    MADEIRA, K., MILITÃO, J., NÓBREGA, L., SANTIAGO, L., CURSINO, D., MATOS, I. “Uma Avaliação do Orkut utilizando Personas sob a ótica da Nova Usabilidade”. In: VIII Simpósio Brasileiro de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais (IHC 2008), Porto Alegre, 2008.

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    BENYON, David, “Interação humano-computador”, 2.ed. – São Paulo: Pearson

    Prentice Hall,2011.

    NIELSEN, L. (2011). Personas - User Focused Design. Springer.

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    Planejando o Desenvolvimento da Tecnologia Assistiva “Ubi-Converge”para Suporteà Educação de Pessoas Surdas

    Juliana Machado Alves Pinto1, Soraia Silva Prietch1, Lucia Vilela Leite Filgueiras2

    1Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Rondonópolis Rod. Rondonópolis-Guiratinga, KM 06 (MT 270). Bairro Sagrada Família

    Rondonópolis-MT, CEP 78735-901

    2Engenharia Elétrica, Escola Politécnica, Universidade de São Paulo (USP) Av. Prof. Luciano Gualberto, trav. 3, n°.158. São Paulo-SP, 05.508-970

    [email protected], [email protected], [email protected]

    Abstract. The main goal is to propose a technology that enables minimizing educational barriers that deaf students face in schools. As a partial result, we identified specific barriers, and features inspired in ClassInFocus project.

    Resumo. O objetivo deste trabalho é propor uma tecnologia que possibilite minimizar barreiras educacionaisque estudantes surdos enfrentam nas escolas.Como resultado parcial, identificaram-se as barreiras específicas que podem ser minimizadas, e os aspectos inspirados no projeto ClassInFocus.

    1. Introdução

    As pessoas surdas precisam que suas necessidades sejam atendidas. Através de pesquisas realizadas até o momento, nota-se que muitos surdos brasileiros se comunicam através da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), e que muitas vezes esse é o meio de comunicação utilizado em sala de aula juntamente com um intérprete.

    Em uma sala de aula, em escolas regulares, uma aula pode ser composta por diversos tipos de açõesque envolvem os alunos. Neste contexto,os estudantes surdos encontram dificuldades em concentrar sua atenção em mais de uma ação ao mesmo tempo, devido a sua necessidade de acompanhar o intérprete. Um estudo que relata essa dificuldadeé o projetoClassInFocus,deCavender, Bigham e Ladner (2009).

    Mediante o exposto, a seguinte questãofoi levantada: As tecnologias podem proporcionar maior autonomia ao indivíduo surdo no que se refere à construção do conhecimento em uma sala de aula regular? Assim, na tentativa de responder a esses questionamentos, decidiu-se desenvolver o protótipo Ubi-Converge.

    Este artigo apresenta os materiais e métodos utilizados no projeto Ubi-Converge na Seção 2. A Seção 3 apresenta uma comparação entre o projeto ClassInFocus e o Ubi-Converge. Os resultados parciais e as considerações finais são apresentados na Seção 4.

    2. Materiais e Métodos

    A etapa 1 refere-se à revisão bibliográfica, a qual está sendo realizada por meio de fichamentos de livros, de artigos científicos, da Legislação brasileira, com o intuito de conhecer métodos, técnicas, sistemas de monitoramento, ambientes de EAD, e as barreiras e necessidades das pessoas surdas em relação ao ensino.

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    Na etapa 2, a proposiçãode desenvolvimento do protótipo Ubi-Converge tomando como base o projeto ClassInFocus[Cavender, Bigham e Ladner2009]. Algumas adequações são necessárias, visto que é preciso “conhecer as capacidades e as limitações das tecnologias disponíveis” [Barbosa e Silva 2010, p.13].

    A etapa 3 aborda os estudos e os planejamentos referentes às técnicas de Interação Humano-Computador (IHC) utilizadas nesta pesquisa. Desta forma, com o intuito de atender as necessidades dos estudantes surdos, a técnica deStoryboardserá aplicada durante o projeto de Design de Interação, de modo que os requisitos para o protótipo sejam levantados. Outra técnicaa ser utilizada é o teste de usabilidade na fase de avaliação,em campo, do protótipo.Para a pesquisa de campo, definiu-se pelo usodo SUS (Escala deUsabilidade do Sistema), bem como de um questionário específico para validarsua colaboração para a aprendizagem.

    Por fim, na etapa 4, uma análise e discussão dos resultados serão realizadas, verificando quais características e benefícios o protótipo desenvolvido foram atingidas conforme as informações adquiridas pela revisão bibliográfica realizada.

    3. O protótipo do Ubi-Converge

    Visando colaborar com os estudantes surdos, algumas pesquisas foram desenvolvidas para propor novas TA para uso no contexto de salas de aula. O trabalho que inspirou a realização do projeto Ubi-Converge foi a pesquisa desenvolvida por Cavender, Bigham e Ladner(2009), denominado projeto ClassInFocus. O ClassInFocus é um protótipo de software com quatro opções de visualização do conteúdo abordado em uma única tela, a saber: filmagem do intérprete, exibição de slides, filmagem do professor e legendas, testado através de uma aula expositiva comestudantes surdos de graduação.Pretende-se que o Ubi-Converge também utilizeessas 04 formas de visualização em sala de aula.

    Para que o protótipo Ubi-Converge possa atender as necessidades dos estudantes surdos brasileiros, alguns ajustes iniciais se fazem necessários devido ao contexto da pesquisa, como, por exemplo:a língua de sinais utilizada, o nível de ensino do público-alvo, e as experiências vivenciadas pelos participantes no que se refere ao uso de tecnologias em sala de aula.Além disso, o projeto do Ubi-converge também está sendo guiado por uma lista de barreiras evidenciadas por Prietch e Filgueiras (2011). Essa definição ocorreu para propor soluções que sejam aproveitadas na prática.

    No trabalho de Prietch e Filgueiras (2011), uma lista de barreiras educacionais para estudantes surdos é apresentada, dentre as quais se considera que as seguintes possam ser minimizadas com a solução proposta (Ubi-Converge), a citar: (1) dificuldade em acompanhar as atividades sincronizadas que ocorrem em sala de aula; (2) constrangimento aotirar dúvidas, em LIBRAS, em sala de aula; (3) falta de colaboração entre estudantes surdos e a turma; (4) existência de complicações ao realizar anotações referentes aos conteúdos de aula; (5) ausência da revisão da aula já ministrada, para sanar dúvidas que venham a surgir; (6) desconhecimento da sociedade referente à Cultura Surda; (7) falta de intérpretes suficientes e preparados; e, (8) o uso da tecnologia não é, ou é inadequadamente, explorado.

    Visto que os estudantes surdos tem dificuldade em acompanhar as atividades sincronizadas que ocorrem em sala de aula (Barreira 1), o ClassInFocus propôs reunir os focos de atenção da sala de aula em uma só tela, assim como será realizado no Ubi-

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    converge. O intérprete de LIBRAS será apresentado em uma janela exclusiva, podendo estar presente física, ou remotamente“cedido” por outra instituição (Barreira 7).

    Dois tipos de notificações automáticas serão utilizadas, uma referente à mudança de slides e outra na mudança do interlocutor, que colaborapara a percepção do aluno como aponta a pesquisa do ClassInFocus. Para identificar os focos de atenção do protótipo, será utilizado um software para captar o movimento ocular dos participantes.

    Com relação à Barreira 2, a opção de realizar comentários por meio de LIBRAS ou por texto colabora com que o aluno possa recorrer ao professor após a sua explicação.Em relação àBarreira 3, o estudante terá os focos de atenção reunidos em uma só tela, o aluno surdo pode escolher o melhor local para se sentar dentro da classe.

    No que se refere à Barreira 4,o estudante poderá realizar suas anotações, via vídeo ou texto, sem perder a visualização dos demais focos da classe. Para minimizar os problemas como a Barreira 5, as aulas e os comentários realizados sobre a mesmapoderão ser gravados e disponibilizados via web, desta forma o estudante podeassistir ao vídeo quantas vezes desejar. Com o Ubi-Convergeem sala de aula,surgirão oportunidades de discussão sobre o assunto, esclarecendo à comunidade escolar as possibilidades de comunicação e interação com as pessoas surdas (Barreira 6).

    Para a implantação do Ubi-Converge em sala de aula, um treinamento prévio deve ser realizado para que os estudantes e os docentes aprendam a utilizar essa TA de forma favorável ao processo de ensino-aprendizagem, como aponta a Barreira 8.

    4. Resultados parciais e Considerações finais

    Com os estudos já realizados, considerando os trabalhos correlatos e as técnicas de IHC, foi possível identificar algumas das barreiras que os estudantes surdos brasileiros encontram na sala de aula. Para colaborar na minimização das mesmas,os recursos e os procedimentos metodológicos que se fazem necessários foram identificados.

    Com o intuito de testar a TA ClassInFocus, um contato foi realizado com um dos autores da pesquisa para verificar a possibilidade de realização deste teste no Brasil. No entanto, visto que esta possibilidade não pode ser atendida pela equipe de pesquisa americana, optou-se por iniciar os estudos para desenvolver uma tecnologia assistiva brasileira que colaborasse com os estudante surdos.

    Referências

    Barbosa, S.D.J., Silva, B.S. (2010). “Interação Humano-Computador”. RJ: Ed. Campus.

    Cavender, A. C., Bigham, J. P., e Ladner, Richard. E. (2009) “ClassInFocus: Enabling Improved Visual Attention Strategies for Deaf and Hard of Hearing Students”.ASSETS 2009, p. 67–74, Pittsburgh, PA, USA.

    Preece, J.; Rogers, Y.; Sharp, H. (2005).“Design de Interação: Além da Interação Homem-Computador”. trad. VivianePossamai. Porto Alegre: Bookman.

    Prietch, S. S.; Filgueiras, L. V. L. (2011). “Identificação de Barreiras Educacionais aos Estudantes Surdos para Proposição de Solução usando Alta Tecnologia Assistiva”. 11º ErgoDesign/ USIHC, Manaus/AM.

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    Modo Alternativo para Implementação de Internet no Brasil: via PLC – Power Line Communication

    Diego Vinicius de Lima Rosa1, Lidia Martins da Silva1

    1Ciência da Computação – Centro Universitário Cândido Rondon (UNIRONDON) Cuiabá – MT – Brasil

    [email protected], [email protected]

    Abstract: This summary aims to present a study about the feasibility of the technology Power Line Communication - PLC, as the physical medium alternate in transmitting data, voice and video over broadband, assessing among its features, implementation techniques and their advantages. PLC is a practical and complete solution, which uses the voltages of an infrastructure of a segment of electricity and turns it into an intranet, leading to the desired locations of a service LAN. The technology provides a permanent connection to the user, ie 24 hours (such as electricity). It will be of most benefit to people who want to avoid spending on infrastructure or people who do not have access to transmission lines and internet in rural areas. The technology also enables connection of stereos and various other electronic network.

    Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre a viabilidade da tecnologia Power Line Communication – PLC, como meio físico alternativo na transmissão de dados, voz e vídeo em banda larga, avaliando dentre suas características, técnicas de implantação e suas vantagens. PLC é uma solução pratica e completa, que usa as voltagens de uma infraestrutura de um segmento de eletricidade e o transforma em uma LAN, levando aos locais desejados um serviço de LAN. A tecnologia prove uma conexão permanente com o usuário, ou seja 24 Horas (como a energia elétrica). Esta tecnologia beneficiará principalmente as pessoas que não possuem acesso a uma linha de transmissão de dados ou telefônica, principalmente nas zonas rurais, também possibilita a conexão de aparelhos de som e vários outros eletroeletrônicos em rede.

    1. Introdução

    Comunicações através de linha de força (Power Line Communication - PLC) é a tecnologia que utiliza a rede de energia elétrica para transferência de dados, voz e vídeo. A tecnologia PLC transforma a rede elétrica de prédios e residências em uma rede local ou LAN, onde todas as tomadas de energia podem ser convertidas em pontos de voz e dados, necessitando apenas de um adaptador.

    O tema já tem amplos estudos e resultados científicos publicados no meio acadêmico, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a regulamentação em 2009, e desde então se tornou ainda mais divulgado.

    2. Power Line Communication

    De acordo com Zenum, Kreutz e Righi (2006), a tecnologia que viabiliza a comunicação de dados via rede elétrica recebe o nome PLC (Power Line

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    Communication). Ela permite a criação de enlaces de dados que tornam possível a troca de informações e pacotes entre diferentes serviços ou componentes, tendo como único canal de comunicação à própria rede elétrica.

    Segundo Lages (2007) o desenvolvimento da tecnologia PLC foi possível devido às técnicas de modulação, pois consiste no processo de transformar um sinal em uma forma adequada para transmissão através de um determinado meio físico.

    O processo de modulação que ocorre no transmissor, algum parâmetro da onda portadora é modificado de acordo com a mensagem a ser enviada pelo canal de transmissão (LAGES, 2007, p.23).

    Ainda de acordo com Lages (2007) o processo de modulação recria o sinal original a partir do sinal recebido através do canal, existe a presença de ruídos e a distorção no sinal recebido, porém não implica na recriação exata da mensagem original graças aos três tipos de modulação existentes, que são a modulação de ondas contínuas, por pulsos e a multiplexação do sinal. A degradação no sistema em geral é influenciada pelo tipo de modulação usado, já que algumas técnicas são mais sensíveis a ruídos e distorções que outras.

    Segundo Zenum, Kreutz e Righi (2006) em relação à Estrutura e Elementos das Redes de Acesso, um sistema PLC pode utilizar as redes de baixa tensão como meio de transmissão para criar redes de acesso a serviços de telecomunicação. As redes de baixa tensão consistem de um transformador e cabos de energia conectados aos usuários finais, que também são conectados à rede através de medidores. Dessa forma, ela pode ser utilizada para a criação das chamadas redes de comunicação “última milha”.

    A modulação pode ser classificada em dois tipos: A Modulação de onda contínua e a Modulação por pulsos. Segundo Lages (2007) a modulação de onda contínua nada mais é do que uma modulação analógica, que usa uma onda portadora senoidal para transmitir informação. E a modulação por pulso é uma modulação digital, que usa um trem de pulso que é usado para transmitir a informação.

    3. Conclusão

    Este trabalho apresentou um estudo sobre tecnologia de comunicação pela rede elétrica ou Power Line Communication que nada mais é do que um modo alternativo para o uso de uma banda larga. Vale ressaltar que o Brasil ainda sofre muito com a exclusão digital, já que grande parte do país, principalmente nas zonas rurais, não possui alguma linha telefônica. Uma das principais vantagens do uso da tecnologia Power Line Communication é o fato de não precisar da implantação de uma nova infraestrutura para o uso de uma banda larga, já que a tecnologia usa a rede de baixa ou alta tensão já existente no cliente. Com essa vantagem será desnecessário a compra de equipamentos como cabos e pontos de acesso a rede, gerando economia e evitando transtornos com a instalação de uma nova infraestrutura.

    Referências

    ZENUM, André; KREUTZ, Diego; RIGHI, Rafael(Uma Arquitetura para a Integração e Avaliação da Tecnologia Voz sobre IP e Enlaces PLC)Faculdade de tecnologia SENAI. Florianópolis, 2006. Disponível em.Acesso em 29 de jul.

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    2013.

    LAGES, Walter F. Comunicação de dados através da rede elétrica.Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Elétrica. Porto Alegre, 2007. Disponível em:. Acesso em 28 de out. 2013

    AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA(ANEEL). Disponível em: Acesso em 13 de out. 2013.

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    Modelagem e Prototipagem de uma Plataforma Web para Tratamento de Dados Ambientais

    Ariane A. Noite1, Thiago M. Ventura1, Claudia A. Martins 1

    1Instituto de Computação – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Av. Fernando Correa da Costa, n 2367 – B. Boa Esperança, Cuiabá – MT - 78.060-900

    [email protected], {thiago,claudia}@ic.ufmt.br

    Abstract. Environmental data are used in several research that has as subject the environment. However, it is normal these data series present gaps and outliers. To solve this problem, this paper proposes the modeling and prototyping of an application using a framework for environmental data processing and JSF technology provide a way on the internet to easier fill gaps and detect outliers in environmental data.

    Resumo. Dados ambientais são utilizados em diversas pesquisas que tem como tema o meio ambiente. Entretanto, é normal tais séries de dados apresentarem falhas e outliers. Para contornar esse problema, esse trabalho propõe a modelagem e prototipação de um sistema que, utilizando um framework de tratamento de dados ambientais e a tecnologia JSF, disponibilize na internet uma maneira facilitada de preencher falhas e detectar outliers em dados ambientais.

    1. Introdução

    Para pesquisas sobre o meio ambiente são utilizados dados ambientais. Esses dados são coletados por sensores em estações meteorológicas produzindo uma grande quantidade de dados. Entretanto, nem sempre são armazenados com sucesso, já que os sensores podem sofrer influências externas, como deterioração e falta de energia, e assim emitirem dados inválidos, sejam esses dados ausentes ou ainda outliers, que são dados que desviam significativamente de outros membros da amostra da qual faz parte (GRUBBS, 1969).

    Tais erros prejudicam as análises das pesquisas, sendo de grande utilidade uma ferramenta capaz de preencher as falhas presentes e detectar os possíveis outliers. O objetivo deste trabalho é criar a modelagem e prototipação de um sistema que seja capaz de realizar as ações de tratamento de dados ambientais, criando assim uma ferramenta útil para melhorar as análises das pesquisas da área.

    2. Metodologia

    O sistema a ser desenvolvido utilizará um framework que tem a capacidade de realizar o preenchimento de falhas e detecção de outliers em dados ambientais. Tal framework, chamada de Tratamento de Dados Multivariados(TDM), foi baseada nos conceitos apresentados em Ventura (2012).

    Para disponibilizar o sistema na internet foi feito um estudo sobre a ferramenta de desenvolvimento web denominada JavaServer Faces (JSF), comentada em Andrade (2010), que é baseada no padrão de projeto Model-View-Controller, separando a

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    visualização das regras de negócio. Com o JSF é possível integrar o framework e a interface web, visto que ambos utilizam a linguagem de programação Java.

    Na modelagem da plataforma web utilizou-se os conceitos aprendidos em Larman (2007) sobre Unified Modeling Language(UML), principalmente o diagrama de classes, por ser uma notação de padrão de diagramação em que é possível abstrair conceitos do mundo real e do virtual. O software utilizado na modelagem UML foi o Microsoft Visio 2010. Para a prototipagem foi utilizada a ferramenta HotGloo.

    3. Resultados

    O diagrama de classes na UML, que representa a perspectiva lógica da plataforma web, é mostrado na Figura 1 e apresenta as telas de interação que o usuário acessará para utilizar o framework.

    Figura 1. Modelagem UML da plataforma web

    A página inicial terá um campo para o usuário inserir um arquivo com os dados, representada pela classe PaginaInicial e contém um link para o usuário acessar a documentação do framework. Após o envio do arquivo, será feita a validação pela classe ProcessarArquivo que verificará se o arquivo está no formato que o framework trabalha. Ao fim da verificação, caso os dados sejam válidos, o usuário terá em sua tela a interface para solicitar o tratamento dos dados, controlado pela classe Visualizaçao. A classe ExportaçaoDeVersao representa a tela na qual o usuário poderá fazer o download da versão selecionada. E as classes restantes, PreenchimentoDeFalhas e DetecçaoDeOutliers, serão as classes que acessarão o framework TDM para tratar os dados selecionados pelo usuário.

    Cada vez que o usuário solicitar uma operação (detecção de outliers de uma coluna ou preenchimento de falhas) o sistema deverá exibir essa nova versão na tela Visualizaçao, além de disponibilizar essa versão para exportação.

    Os protótipos apresentam a interface que o usuário acessará para solicitar o tratamento dos dados. A Figura 2 mostra as principais telas do protótipo, no qual em (a) pode ser visto a tela inicial com um botão para buscar e outro para inserir o arquivo, além de possuir um link para a documentação. Em (b) tem-se a exibição da tabela original e os botões para as operações de preenchimento de falhas e detecção de outliers. Em (c) mostra a tela que será exibida para o usuário caso ele clique no botão “detectar outliers”. E em (d) tem-se a geração de uma nova aba no painel central mostrando a versão gerada a partir da última operação solicitada pelo usuário.

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    Figura 2. Telas do protótipo: (a) tela inicial, (b) visualização de versões, (c)

    selecionar coluna para detecção de outliers e (d) outliers em destaque.

    4. Considerações Finais

    Este trabalho apresenta uma modelagem lógica da interface web que disponibilizará, por meio da ferramenta JSF e do framework TDM, métodos de preenchimento de falhas e detecção de outliers para dados ambientais.

    Foi feito um estudo sobre JSF e posteriormente a modelagem do diagrama de classes. A modelagem possui classes que representam as telas de interface do usuário, bem como as operações que ele terá disponível. Em seguida, foram feitos protótipos que mostram como o usuário poderá utilizar o framework no seu navegador.

    O próximo trabalho será implementar a plataforma web utilizando programação HTML associada à ferramenta JSF, disponibilizando, assim, o sistema na internet para testes remotos com dados micrometeorológicos.

    Referências

    Andrade, T. F. (2010) “DWJSF – Desenvolvimento Web com JavaServer Faces”, http://www.algaworks.com/downloads/apostilas/algaworks-dwjsf-desenvolvimento-web-com-javaserver-faces-2a-edicao.pdf.

    Grubbs, F. E. (1969) “Procedures for detecting outlying observations in samples”.Technometrics 11, p 1–21.

    Larman, C. (2007)Utilizando UML e Padrões,Bookman, 3ª edição.

    Ventura, T. M. (2012) “Preenchimento de Falhas de Dados Micrometeorológicos Utilizando Técnicas de Inteligência Artificial”. 73 p. Dissertação – Programa de Pós-Graduação em Física Ambiental – UFMT.

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    AbordagensparaCriação de serviços Web Semânticos

    Ruth karielly A. Silva1, Thiago P. da Silva1

    1Campus Universitário do Araguaia – Universidade Federal deMato Grosso (UFMT) Rodovia BR-070, Km 5– Barra do Garças – MT – Brasil

    {ruth_karielly, thiagosilva.inf}@gmail.com

    Abstract. Typically Web services contain only syntactic information that describes their interfaces. Due to the lack of semantic descriptions of the Web services, service composition becomes a difficult task. To solve this problem, Web services can exploit the use of ontologies for the semantic definition of service’s interface, thus facilitating the automation of discovering, publication, mediation, invocation, and composition of services. However, ontology languages, such as OWL-S, have constructs that are not easy to understand, even for Web developers, and the existing tools that support their use contains many details that make them difficult to manipulate. This paper describes the initial stage of research to discover new approaches to creation of semantic Web services.

    Resumo. Tipicamente serviços Web contêm apenas informações sintáticas que descrevem suas interfaces e a falta de descrições semânticas torna a composição de serviços Web uma tarefa difícil. Para resolver este problema, pode-se usar ontologias para a definição semântica da interface dos serviços, facilitando a automação da descoberta, publicação, mediação, invocação e composição dos serviços. No entanto, linguagens que permitem se descrever semanticamente serviços Web utilizando ontologias têm construções que não são fáceis de entender, mesmo para desenvolvedores Web, e as ferramentas existentes levam aos usuários muitos detalhes que as tornam difíceis de serem manipuladas. Este trabalho descreve o estágio inicial de investigação para descoberta de novas abordagens para criação de serviços Web semânticos.

    1. Introdução

    Os Serviços Web [Alonso et al., 2004] são um modelo efetivo da computação distribuída na internet, visto que oferecem um meio de comunicação entre diversas plataformas e sistemas. Eles representam uma forma de solucionar o problema que surge com as rápidas atualizações de sistemas, plataformas e/ou linguagens criadas, decorrentes do grande avanço tecnológico, visto que sem uma forma de integração esses sistemas se tornariam obsoletos.

    Mesmo com o esforço da W3C em padronizar os serviços de forma a aumentar a interoperabilidade, para o uso de muitos recursos é necessária à intervenção humana, já que suas definições são sintáticas. Como exemplo, tem-se a descrição puramente textual de catálogos de serviços Web, como o UDDI. As descrições das operações e parâmetros dos serviços Web são passíveis de ambiguidade. Isso torna a utilização dos serviços, processos de busca e logística imprecisos, visto que os serviços encontrados podem não ser interoperáveis devido à incompatibilidade de suas interfaces. Devido a este fato,

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    tem-se a necessidade de uma descrição mais profunda, que estabeleça relação do comportamento do serviço com elementos de uma ontologia: uma descrição semântica.

    Para satisfazer a necessidade de uma descrição semântica, surgiram então os Serviços Web Semânticos [McIlraith et al., 2001], que proporcionam a definição semântica dos serviços Web através de ontologias. Essas ontologias são modelos de dados que representam um conjunto de conceitos e relações de um determinado sistema ou serviço, o que facilita a interoperatividade dos recursos.

    Porém, diversos desafios surgem no processo de criação de Serviços Web Semânticos [Berners-Lee et al., 2001]. A construção das ontologias é um desafio, pois são notoriamente complexas e difíceis de representar graficamente de forma concisa e clara, sendo muitas vezes interdependentes e construindo assim longas hierarquias ao utilizar conceitos definidos em outras ontologias. As linguagens usadas são muitas vezes distintas entre si, possuindo um vocabulário extenso e complexo. As ferramentas não fogem à regra: geralmente despede ao usuário certo grau de dificuldade para serem utilizadas, por ter muitos detalhes, tornando difícil a manipulação aos mesmos.

    Após uma investigação inicial, percebeu-se que, o Desenvolvimento de Software Dirigido por Modelos (Model Driven Development - MDD) [Stahl and Völter, 2006] pode ser utilizado para gerenciar a complexidade inerente do emprego de ontologias para especificação de serviços Web semânticos, pois MDD é uma abordagem de desenvolvimento de software que está centrada na criação de modelos, em vez de código de programa, permitindo separação de interesses entre especificação e implementação. Usando-se uma abordagem MDD é possível prover abstração das tecnologias subjacentes aos serviços Web semânticos através de modelos.

    No contexto do MDD, a linguagem de modelagem UML (Unified Modeling Language) é usada para a criação de modelos. A UML e as linguagens de especificação de ontologias têm algumas sobreposições e semelhanças, especialmente para representação estrutural de um software. Alguns elementos das duas linguagens são semelhantes como, por exemplo, classes, associações entre classes, propriedades de classes, generalizações e tipos de dados. Estas semelhanças tornam possível o mapeamento de alguns elementos das linguagens de especificação de ontologias em elementos de um modelo UML [Atkinson et al., 2006, Pondrelli, 2005].

    Diante de tal cenário, muitos pesquisadores têm buscado distintas abordagens para a criação de Serviços Web Semânticos. A maioria trata que os serviços Web já estão desenvolvidos, e suas ontologias já especificadas. Outras abordagens tratam a questão somente para serviços Web que utilizam tipos primitivos nos parâmetros de suas operações, deixando de lado os tipos complexos.

    Porém, criar um serviço Web e especificar sua ontologia são problemas que merecem atenção, já que a maioria das ferramentas não suporta totalmente o seu desenvolvimento. As poucas ferramentas que suportam possuem falhas ou necessitam de um aprendizado acentuado do usuário. Este trabalho pretende investigar os desafios

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    da criação de serviços Web semânticos para oferecer alguma ferramenta ou uma contribuição para a comunidade científica que se interessa no assunto.

    2. Objetivos

    Este trabalho tem como objetivos: i) Estudar as ferramentas para a construção de serviços Web Semânticos, de modo que o resultado esperado deste estudo sirva para a compreensão da problemática da criação do serviço e projete novas soluções; ii) estabelecer os requisitos essenciais para ferramentas usadas na criação dos serviços Web Semânticos; iii) especificar e desenvolver uma ferramenta para a criação de serviços Web Semânticos, além de contribuir para o avanço teórico, experimental e prático da temática.

    3. Métodos

    Para atingir os objetivos traçados, foram definidos os seguintes procedimentos: revisão de literatura, análise das principais abordagens usadas pelas ferramentas que compõem a criação de serviços Web Semânticos, análise e estudo das tecnologias emergentes que sejam passíveis de uso, especificação de requisitos de software essenciais para uma ferramenta de alto nível de abstração para a criação dos serviços Web semânticos, aplicação de experimentos controlados e divulgação da pesquisa.

    4. Resultados Esperados

    Seguindo a metodologia descrita e de acordo com os objetivos citados, espera-se que seja desenvolvida uma ferramenta para criação de serviços Web Semânticos, contribuindo efetivamente de forma teórica, experimental e prática para a temática; que sejam encontradas novas abordagens para desenvolver ferramentas que auxiliem a criação de serviços Web Semânticos e também, tornar a temática mais acessível a um público maior do que o formado por especialistas em Web Semântica, permitindo uma busca mais inteligente e sem ambiguidades.

    References

    [Alonso et al., 2004] Alonso, G., Casati, F., Kuno, H., and Machiraju, V. (2004). Web Services: Concepts, Architectures and Applications. Springer-Verlag.

    [Atkinson et al., 2006] Atkinson, C., Gutheil, M., and Kiko, K. (2006).On the relationship of ontologies and models. In Proceedings of the 2nd International Workshop on Meta-Modelling (WoMM 2006), pages 47–60, Karlsruhe, Germany.

    [Berners-Lee et al., 2001] Berners-Lee, T., Hendler, J., and Lassila, O. (2001). The semantic web: a new form of web content that is meaningful to computers will unleash a revolution of new possibilities. Scientific American.

    [McIlraith et al., 2001] McIlraith, S. A., Son, T. C., and Zeng, H. (2001).Semantic web services.IEEE Intelligent Systems. Special Issue on the Semantic Web, 16(2):46–53.

    [Pondrelli, 2005] Pondrelli, L. (2005). An mdd annotation methodology for semantic enhanced service oriented architectures. In Proc. CEUR Workshop, pages –1–1.

    [Stahl and Völter, 2006] Stahl, T. and Völter, M. (2006). Model-Driven Software Development: Technology, Engineering, Management. Wiley, Chichester, UK.

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    Olho Preciso

    Luiz Henrique de Lima Gabriel, Wanderson Rodrigues da Silva

    Sistemas de Informação – Instituto de Ciências Exatas e Naturais – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

    CEP 78735-910 - Rondonópolis – MT – Brasil

    [email protected],[email protected]

    Abstract. This article focuses on the presentation of a development project using the Arduino platform to record pictures or videos through a small camera activated when situations occur dangers such as fires, suspicious movements, etc. Using a platform for easy handling, ride some strategies that can assist in the registration of these video files.

    Resumo. Este artigo tem como foco apresentar o desenvolvimento de um projeto usando a plataforma Arduino para registrar imagens ou vídeos por meio de uma pequena câmera ativada quando ocorrem situações de perigos como: focos de incêndio, movimentos suspeitos, etc. Usando uma plataforma de fácil manuseio, montamos algumas estratégias que podem auxiliar no registro desses arquivos de vídeo.

    1. Introdução Nos dias de hoje, a falta de segurança é um dos problemas que aflige a sociedade. Para tentar amenizar este problema, diversos sistemas de segurança são oferecidos, porém alguns com custo muito elevado. Sistemas mais básicos de monitoramentos são realizados através de câmeras, podendo ser transmitidos em tempo real para alguma central de monitoramento, gravados em vídeo cassete, etc.

    Tendo em vista os diversos crimes, furtos cometidos contra a sociedade, optamos por incrementar uma câmera e ativá-la por sensores utilizando a plataforma arduino. Desta maneira, poderá ser viável para qualquer pessoa com entendimento em informática montar seu próprio equipamento de segurança, da forma que desejar.

    O objetivo principal esperado, era auxiliar os estudantes com curiosidades em informática, a registrar momentos desejados usando a plataforma arduino, a FlyCamOne V2, sensores de temperatura, sensor ultrassônico, dentre outros desejáveis.

    2. Materiais e Métodos

    De início o projeto teve como base o Arduino, através dele os outros dispositivos foram acoplados e seguiram as instruções que foram fornecidas através da plataforma arduino.

    Essa sequência de instruções já estabelecidas fará que o Arduino as execute, três sensores acoplados no Arduino processam as informações em tempo real. Iniciando primeiramente com o sensor de temperatura (18B 20), este sensor irá medir a temperatura ambiente constantemente e se a temperatura ultrapassar a do ambiente, então a câmera (Fly Cam OneV2) será ativada registrando um arquivo de vídeo no formato .AVI com duração de tempo igual ao tempo em que o sensor estiver captando a mudança de temperatura. Em seguida o sensor ultrassônico (URM 37) irá medir a

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    distância entre o sensor e um determinado objeto, se algo interferir na distância a câmera (Fly Cam OneV2) será ativada e registrará vídeos conforme descrito acima. Porém, a duração dos vídeos através deste sensor, será determinada pelo usuário, ou seja, conforme o sensor for ativado você poderá configurar (no código do arduino) o tempo de duração dos vídeos.

    3. Descrição dos Sensores Utilizados e Sketchs

    A FlyCamOne eco V2, registra vídeos em formato .AVI, fotos em formato .JPEG podendo ser até 180º, atinge a resolução de 720x480 pixel. Para ser ativada, usamos a biblioteca Servo.h, que contém a função writeMicroseconds() que envia ao arduino um parâmetro, que neste caso será 1800 para ligar a câmera e 1200 para desligar a câmera (Eletronics123.com, 2013), (Arduino, 2013 ).

    O sensor de temperatura 18B20 capta a temperatura em graus Celsius que varia de -55 ~ +125ºC. Para ativá-lo, foi usado a biblioteca exclusiva , que contém uma função especifica (podendo ser encontrada no site do arduino) para retornar o valor da temperatura (DFROBOT, 2013), (Arduino,2013).

    O sensor ultrassônico URM37 V3.2 envia pulsos ultra – sônico (bem acima do ouvido humano) até o alvo determinado, medindo o tempo necessário para o retorno do eco. Para ativá-lo usamos funções principais do próprio arduino, como digitalWrite() (DFROBOT, 2013), (RoboCore, 2013), (Arduino, 2013).

    O esquema do projeto (Figura 1) foi desenvolvido com a ferramenta Fritzing, tornando mais fácil a leitura e compreensão (Fritzing, 2013).

    Figura 1. Esquema usado para ligações no arduino

    4. Resultado

    Todos os testes realizados foram com intuito de aproveitar o máximo dos recursos dos sensores.

    O sensor de temperatura foi testado em alguns cômodos de uma residência, tais como: quarto, sala, cozinha e em ambientes com ar condicionado. Para simular um foco de incêndio, a um pequeno pedaço de papel foi ateado fogo com o sensor a 1m de

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    distância e notou – se um aumento na temperatura. Já o ultrassônico, seu foco foi direcionado a pontos específicos de uma residência, como portas e janelas. Com a porta fechada, o ultrassônico mediu uma distância de X cm, e no momento que esta porta foi aberta e alguém adentrou a residência por ela, ele registou uma distância menor do que X cm.

    5. Conclusões

    Concluo este projeto com todos os procedimentos esperados e os sensores retornaram aos valores desejados; demonstrando ser flexível, pois foi possível adicionar novos sensores ao protótipo sem grandes mudanças no software. As tecnologias utilizadas são de baixo custo se comparadas a equipamentos de similar funcionalidade.

    Em suma, após os estudos realizados neste projeto, o mesmo pode ser adaptado para cada usuário e em diversos ambientes. A plataforma arduino demonstra – se de fácil entendimento e com recursos que podem ser de grande proveito explorado.

    6. Agradecimentos

    Os autores agradecem a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso pelo apoio a este trabalho via projeto de extensão com interface a pesquisa Nº 313438/2011 e a Professora Ma Mara Andrea Dota da Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Rondonópolis-MT (curso de Sistemas de Informação/ICEN) pela orientação durante a disciplina na qual esse trabalho foi desenvolvido.

    Referências

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    Banzin, Massimo. (2011) “Primeiros Passos com o Arduino”. São Paulo: Novatec.

    CamOneTec. FlyCamOne eco V2. Acedido em Junho de 2013, em: http://www.flycamone.com/CamOne/en/FC2410en.html

    DFROBOT. 18B20 Temerature Sensor (Arduino Compatible) (SKU: DFR0024). Acedido em Julho de 2013, em: http://www.dfrobot.com/wiki/index.php/18B20_Temerature_Sensor_(Arduino_Compatible)_(SKU:_DFR0024)

    DFROBOT. URM37 V3.2 Ultrasonic Sensor (SKU:SEN0001) . Acedido em Agosto de 2013, em: http://www.dfrobot.com/wiki/index.php?title=URM37_V3.2_Ultrasonic_Sensor_(SKU:SEN0001)

    Electronics123.com, Inc. FlyCamOne eco V2. Acedido Junho de 2013, em: http://www.electronics123.com/FlyCamOne-eco-V2.html

    Fritzing. Plataforma Fritzing. Acedido em Agosto de 2013, em: http://fritzing.org/projectsby-tag/arduino/

    RoboCore. Módulo – Sensor Ultrasonico V3.2 URM37. Acedido em Agosto de 2013, em: http://www.robocore.net/modules.php?name=GR_LojaVirtual&prod=190

    Silveira, João A. (2011) “Experimentos com Arduino”. São Paulo: Ensino Profissional.

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    Perfil dos Profissionais da Educação de Corumbá-MS

    Raphael Alex de Sousa1, Edelir Salomão Garcia2

    1Acadêmico do curso de Sistemas de Informação (UFMS/CPAN)

    2 Professora Doutora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Câmpus do Pantanal, Corumbá, MS, Brasil.

    [email protected], [email protected]

    Abstract. The focus of this study is to analyze the formation and work of the educator in the city of Corumbá-MS. As a source of knowledge extraction we will use the microdata of Census Professionals Teaching of Basic Education provided by the Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (INEP). We will use data from the years 2007-2011, to check who are the professionals, their education and how they work. To read the data will be used SPSS software. We will cross the data to identify the information and discuss the teaching profession and improving the quality of education.

    Resumo. Este estudo tem por objetivo analisar a formação e trabalho do educador do município de Corumbá-MS. A fonte de pesquisa será os Microdados do Censo dos Profissionais do Magistério da Educação Básica que compõem o Censo Escolar disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) referente aos anos de 2007-2011, a fim de verificar quem são; formação; jornada de trabalho dos profissionais da educação do referido município. Para leitura dos dados será utilizado o software SPSS. A partir dos diferentes dados pretende-se cruzá-los com a finalidade de agregá-los e contribuir com o debate sobre a profissão docente e a melhoria da qualidade da educação.

    1. Introdução

    A análise e a reflexão sobre a formação e atuação do professor devem ter como referência o novo quadro social em que se acentuam as mudanças no mundo do trabalho, a mundialização da economia, a centralização das políticas educacionais, os indicadores de desempenho para medir a qualidade educativa, dentre outros. Essa nova realidade social demanda novas propostas de formação que tenham por princípio a conexão entre a preparação inicial e a formação continuada, numa perspectiva de processo não linear, tendo como referência as necessidades formativas postas hoje para esse profissional. Neste sentido, visando entender o novo quadro e mudanças atuais este estudo visa analisar grandes bases de dados disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) a fim de traçar o perfil dos profissionais de Corumbá/MS e levantar situações e deficiências até então implícitas nos dados.

    2. Metodologia

    Após a coleta dos microdados do intervalo temporal 2007-2010 no sítio do INEP, iniciamos o processo de estudo e entendimento de tais dados. Primeiramente tentamos

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    compreender como os dados foram coletados, computados, organizados e disponibilizados pela INEP a fim de identificar possíveis falhas no processo como um todo. Acreditamos necessária a identificação dos dados de trabalho após analise do estudo de Rosemberg (1999) que levanta vários problemas nos dados disponibilizados para fins de pesquisa científica.

    Os dados estavam dispostos em forma numérica (int) e alfa numérica (char, string) o que nos obrigou, após o estudo das variáveis, realizar o processo de normalização do banco a fim de melhorar sua estrutura Elmasri (2011). Após o processo de normalização, decidimos converter todas as variáveis alfanuméricas para valores inteiros (0s e 1s) para que assim possamos usar os mesmos em nossa pesquisa exploratória.

    Após o processo de entendimento e normatização e conversão dos dados iniciamos a escolha das variáveis para o traçado do perfil da formação e trabalho do educador da educação básica do município de Corumbá-MS. Esse estudo está pautado no método estatístico descritivo chamado estudo das frequências para a mensuração e análise dos dados. As possibilidades na utilização de dados são inúmeras como Gatti (2001 e 2004) e Andre (2001) exibem em seus estudos sobre o tema.

    3. Considerações Preliminares

    Apesar dos dados não apresentarem regularidade e consistência segundo os conceitos de qualidade de dados de Elmasri (2011), em referencia aos dados de ano a ano conseguimos extrair uma boa base de conhecimento a partir das variáveis utilizadas para o estudo Choo (2003). Em análise inicial verificamos que a maioria dos professores respondentes está lecionando na faixa do 6º ano e 7º ano do ensino fundamental, que a os docentes da educação básica possuem formação superior plena ou licenciatura, em sua maioria. Após o estudo e qualificação dos dados para traçado do perfil os professores em Corumbá pretende-se compreender quem sã