CAPITULO 6 Compatibilizacao Do Projeto Com a Execucao Da Obra

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Compatibilizacao Do Projeto Com a Execucao

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  • Prof. Luciano da Costa Bandeira

    UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP

    INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

    CURSO: ENGENHARIA CIVIL

    DISCIPLINA: GERENCIAMENTO DE OBRAS CIVIS

    PROFESSOR: Msc. Luciano da Costa Bandeira.

    CAPTULO 6: Compatibilizao do Projeto com a Execuo da Obra

    Em uma obra de construo civil grande parte dos erros decorrente de

    problemas relacionados ao projeto. THOMAZ (2001, p.271) apresenta o resultado de

    uma pesquisa que indica que mais de 90% das obras efetuam modificaes durante

    a execuo da obra (sendo que a grande maioria das vezes as discusses com os

    projetistas sobe as modificaes nos projetos so feitas informalmente. Apenas 11%

    dessas empresas fizeram algum tipo de comunicao por escrito com o projetista). Alm

    disso, 22% das empresas revelaram que as obras se iniciaram antes da concluso de

    todos os projetos executivos. Os problemas mais comuns detectados nessa pesquisa

    foram:

    De acordo com MELHADO (1994), na etapa de execuo podem ocorrer alteraes

    nas especificaes, cronogramas, mtodos construtivos e at mesmo no projeto,

    envolvendo a participao de toda a equipe de projeto. E, como todos os projetos devem

    estar integrados, formando um conjunto, uma alterao em um dos itens pode implicar

    em interferncias em todos os demais.

    THOMAS (2001) apresenta algumas diretrizes bsicas a serem seguidas por uma

    equipe de coordenao de projetos para minimizar os problemas. So elas:

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    1. Definir, de forma clara para os diferentes atores, todos os requisitos e parmetros que nortearo o desenvolvimento dos vrios projetos (programa de necessidades, padres de acabamento, limitao de custos, prazo de construo, tecnologias de construo);

    2. Definir, de forma clara, o contedo esperado de cada projeto (nvel de detalhamentos, memrias de clculo, quantificao de materiais e insumos) e as atividades previstas para os diferentes projetistas (reunies de coordenao, visitas ao terreno e obra, revises de projeto / "as built" e outros);

    3. Definir a padronizao da forma de apresentao das informaes, inclusive a padronizao das representaes grficas;

    4. Definir softwares e outras ferramentas de informtica que facilitem a troca de informaes tcnicas entre os projetistas / anlise simultnea de projetos / alimentao de dados a partir dos diferentes projetos;

    5.Prover aos diferentes projetistas todos os levantamentos necessrios (planoaltimtrico, cadastral, clima, sondagens); definir uma nica referncia de nvel a ser adotada em todos os projetos;

    6. Garantir a mxima agregao de tecnologia e a mxima racionalizao dos processos construtivos;

    7. Definir, em conjunto com projetistas e a produo, as solues para as interferncias entre os diferentes projetos, buscando sempre a melhor forma tcnica e econmica;

    8. Efetuar, em conjunto com os projetistas, anlise de riscos de engenharia (ao do vento, inundaes, incndios ou outros eventos semelhantes na fase de construo);

    9. Garantir a troca de informaes e a perfeita comunicao entre os diferentes atores (empreendedor, projetistas, engenheiros de produo, fornecedores);

    10.Conduzir as decises a serem tomadas no desenvolvimento do projeto;11.Definir cronograma / prazos para desenvolvimento dos projetos pelos diferentes

    projetistas (atraso num projeto compromete o desenvolvimento dos demais projetos);

    12.Convocar reunies com os projetistas para anlise / liberao de fases dos projetos;

    13.Garantir a integrao entre o projeto e a obra, incentivando a insero nos projetos de sugestes c definies da engenharia de produo;

    14.Ativar a contribuio dos setores de planejamento, oramento, compras, custos;15.Garantir a coerncia entre o produto projetado e a forma de produo,

    considerando as tecnologias que sero adotadas e a "cultura construtiva" da empresa construtora;

    16.Garantir, em conjunto com a produo, integrao entre as diferentes etapas da obra;

    17.Controlar a qualidade em todas as etapas de desenvolvimento dos projetos, tendo em vista os requisitos e condicionantes previamente definidos;

    18.Encarregar-se pelo controle de recebimento / aceitao dos projetos contratados;19.Observar a constante atualizao dos projetos executivos distribudos para a

    obra;20.Coordenar o acompanhamento das obras pelos projetistas, desenvolver cm

    conjuntos com os mesmos avaliaes do projeto e da construtibilidade; coordenar revises nos projetos e respectivos registros ("as built");

    21.Criar uma sistemtica de avaliao e retroalimentao dos problemas ocorridos durante o desenvolvimento dos projetos; registrar todos os eventos importantes, de forma a constituir uma memria tcnica que auxiliar futuros processos semelhantes.

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    De acordo com THOMAS (2001), o coordenador de projetos pode ser o prprio autor

    do projeto de arquitetura, o responsvel pela execuo da obra ou mesmo um consultor

    contratado com a finalidade de ser o coordenador dos projetos. O autor sintetiza no

    quadro abaixo as vantagens e desvantagens da escolha de cada um dos profissionais:

    Com relao compatibilizao dos projetos, o que o futuro indica o

    desenvolvimento de softwares inteligentes, que em funo de informaes alimentadas

    anteriormente em um banco de dados prprio (no permitir que se faam fixao com

    parafusos em superfcies impermeabilizadas, incompatibilidade entre as deformaes da

    estrutura e da alvenaria de vedao, ausncia de espao para passagens de tubulaes,

    espessura de uma laje insuficiente para a passagem das tubulaes, espao insuficiente

    para a montagem do barrilete, recuos laterais incompatveis com a legislao municipal,

    tubulaes de gua pluvial com quedas incompatveis com o desnvel do terreno, entre

    outras) e dos projetos inseridos dentro dele possa indicar os pontos de interferncia ou

    incompatibilidade entre um projeto e outro. Esses pontos seriam indicados pelo software

    e as solues, dadas pela equipe de gerenciamento do projeto, ficariam tambm

    armazenadas no banco de dados para uso futuro em outras situaes semelhantes. Por

    enquanto, os programas que trabalham nesse sentido ainda no apresentam resultados

    numericamente satisfatrios.

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    THOMAS (2001, p.280) apresenta em seu livro as principais interferncias entre

    projetos e servios. O quadro pode ser utilizado como check-list pelo coordenador de

    projetos para verificar as principais interferncias:

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    LISTA DE INTERFERNCIAS / PROBLEMAS

    1. Empuxo / solicitao dinmica do rolo compactador sobre as contenes.2. Consolidao de aterros, gerando atrito negativo em estacas, tubules etc.3. Sobrecarga, eventuais impactos dos equipamentos de terraplenagem nos elementos das fundaes.4. Instabilidade de taludes, gerando solicitaes horizontais em elementos das fundaes.5. Interferncias com fossas, poos ou obstculos presentes no terreno.6. Vibraes transmitidas estrutura e alvenarias por rolo compactador.7. Consolidao de aterros, provocando ruptura de tubos ou eletrodutos enterrados.8. Consolidao de aterros provocando fissuras e / ou destacamentos de pisos externos em relao ao corpo da edificao.9. Interferncias com contenes vizinhas.10. Danos introduzidos nas contenes pelas vibraes resultantes da cravao de estacas.11. Interferncias geomtricas entre contenes e sapatas ou blocos de divisa.12. Interferncias geomtricas entre contenes e pilares de divisa.13. Infiltraes de gua atravs das contenes provocando danos em revestimentos de paredes de subsolos.14. Entupimento de ralos, vazamentos nas tubulaes, acmulo de gua e sobrepresso nas contenes.15. Detalhes / forma de execuo de camada de impermeabilizao externa s paredes de conteno (subsolos).16. Interferncias com fundaes vizinhas.17. Recalques diferenciados entre diferentes sistemas de fundao numa mesma obra.18. Previso de recalques para dimensionamento da superestrutura em concreto armado, e para adoo de detalhes visando prevenir fissurao de alvenarias / deformao de caixilhos.19. Atuao de momentos fletores nas fundaes decorrentes da ao do vento sobre a superestrutura, excentricidade de pilares etc.20. Previso de aberturas em vigas de fundao para sada de tubulaes enterradas para fora do corpo da edificao.21. Infiltrao de guas pluviais no solo provocando recalques das fundaes.22. Recalques de fundao, provocando fissuras em pisos internos e externos.23. Recalques diferenciados entre corpo do edifcio e anexos, causando ruptura ou outros danos da camada de impermeabilizao no encontro com o corpo do edifcio.24. Falta de escoramento residual de andares superiores.25. Previso de contra-flechas em lajes, para prevenir enchimentos excessivos e sobrecarga da estrutura.26. Detalhes das ligaes das alvenarias com pilares, vigas e lajes.27. Limitao da deformabilidade de vigas e lajes, visando prevenir fissuras e destacamentos das alvenarias.28. Limitao da deformabilidade de lajes e vigas, principalmente de balanos, visando prevenir compresso, destacamentos e fissuras em revestimentos de paredes.29. Preparao da superfcie do concreto para garantir boa aderncia com revestimentos.30. Compatibilidade entre vos livres da estrutura e dimenses dos caixilhos (alturas das portas etc).31. Limitao da deformabilidade de lajes e vigas, principalmente de balanos, visando prevenir compresso da caixilharia; eventual adoo de detalhes especiais (caixilhos telescpicos, ligaes deformveis) para ligao dos caixilhos estrutura.32. Aberturas em vigas e lajes para passagem de tubulaes, construo de shafts.

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    33. Fixaes elsticas de prumadas, para prevenir danos s instalaes pela deformabilidade da estrutura.34. Adoo de detalhes (buzinotes etc) para evitar lanamento / presena de gua nas peas estruturais; localizao de ralos e grelhas longe do p de pilares e paredes.35. Limitao da deformabilidade de lajes para prevenir fissuras e destacamentos de pisos rgidos; juntas de dessolidarizao no encontro dos pisos com elementos estruturais.36. Rebaixos / caimentos de pisos molhveis.37. Embutimento da impermeabilizao no p de pilares e paredes.38. Rebaixos em terraos para embutimento da impermeabilizao.39. Detalhes de fixao de forro suspenso sob lajes.40. Arranques em laje de cobertura para ancoragem de pilaretes e platibandas.41. Modulao, detalhes de amarrao entre paredes.42. Juntas de controle em paredes muito longas, mudanas de direo ou de espessura da parede.43. Aparelhamento das alvenarias para reduzir consumo de emboo.44. Preparao da base para otimizar aderncia do revestimento.45. Detalhes da ligao / rejuntamento entre caixilhos e paredes; emprego de vergas e contravergas.46. Especificao de peitoris para evitar acmulo de gua nas paredes.47. Espao necessrio e forma de embutimento de tubos, eletrodutos e caixas nas paredes.48. Espao necessrios para embutimento e eficincia da isolao trmica em tubulaes de gua quente.49. Juntas dc dessolidarizao no encontro dos pisos com as paredes.50. Caimentos dos pisos para evitar acmulo de gua nos encontros com paredes.51. Embutimento da impermeabilizao no p das paredes.52. Sistema de apoio de forros suspensos nos encontros com paredes.53. Isolao trmica de lajes de cobertura, para prevenir fissurao das alvenarias; juntas de dilatao em platibandas.54. Detalhes que evitem o escorrimento de gua pelas paredes de fachada (pingadeiras).55. Tipos de emboo e regularidade para aplicao de placas cermicas, pedras etc.56. Requadramentos, reforo de quinas vivas para evitar esborcinamentos sob impactos.57. Modulao / acabamento nos encontros de caixilhos com placas cermicas, pedras etc.58. Especificao de peitoris e pingadeiras para evitar escorrimento de gua / manchas no revestimento.59. Modulao / coplanaridade com caixas de luz, caixas de tomada etc.60. Perfeito contato entre emboo e tubos metlicos, para evitar corroso.61. Coplanaridade entre o revestimento e registros, pontos de gua ou esgoto nas paredes.62. Adoo de detalhes (buzinotes etc) para evitar lanamento de gua nos revestimentos.63. Emprego de rodaps nos encontros dos pisos com as paredes.64. Tela metlica embutida no revestimento, no encontro da impermeabilizao com a parede.65. Mesma cota da travessa superior dos marcos de portas e janelas.66. Eventual embutimento de fiao nos marcos de portas.67. Interferncia de vasos sanitrios ou lavatrios com abertura de portas.68. Evitar desgue de guas pluviais nas proximidades de portas.69. Modulao / arremate do piso no encontro com porta balco.70. Transpasse da impermeabilizao sob soleiras de portas balco.71. Bitola / raio de curvas / nmero de fios e cabos para execuo da enfiao.

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    72. Cruzamentos, sobreposies, proximidade de tubos e eletrodutos.73. Possibilidade de infiltrao de gua em eletrodutos.74. Eventual embutimento de tubos e eletrodutos em contrapisos.75. Eventuais vazamentos sobre cabinas de fora, motores eltricos etc.76. Proteo de fios e cabos em forros suspensos.77. Fixao de luminrias em forros suspensos.78. Bases para fixao de antenas e suportes de pra-raios em lajes de cobertura.79. Possibilidade de corroso bi-metlica entre componentes das instalaes.80. Bitolas / pontos de ligao da ventilao para perfeito funcionamento das instalaes de esgoto.81. Eventual infiltrao de gua de chuva em reservatrios de gua potvel.82. Tubulaes na base de paredes, interferindo com dobra da impermeabilizao.83. Presena de tubulaes ou equipamentos sobre laje* de cobertura, dificultando execuo da impermeabilizao.84. Fixao de tubulaes / eventuais vazamentos de esgoto sobre forro suspenso.85. Altura de reservatrios de gua dispostos em ticos.86. Sadas de tubos de ventilao / ladro de caixa d'gua atravs das coberturas.87. Ventilao das instalaes de gs em espaos confinados.88. Quantidade, posicionamento e cota de ralos nos encontros com impermeabilizao.89. Dimensionamento / acoplamento de calhas e condutores em telhados e platibandas.90. Soleiras, diferena de cota entre pisos molhveis e no molhveis.91. Soleiras, diferenciao de cores entre pisos separados por pequenas diferenas de cota.92. Adequao de caimentos de contrapisos para o bom desempenho da impermeabilizao.93. Caimento / estanqueidade de pisos para prevenir ocorrncia de umidade no forro do apartamento inferior.94. Altura mnima de lajes/contrapisos para prevenir danos no piso pela fixao de luminrias no forro do apartamento inferior.95. Juntas de dilatao no piso / juntas de dessolidarizao no encontro do piso com platibanda executada sobre laje de cobertura.96. Detalhes apropriados no encontro da impermeabilizao com vigas invertidas na laje.de cobertura; embutimento da impermeabilizao nos ps das platibandas; detalhes apropriados nas regies de juntas de dilatao.97. Posicionamento / proteo das camadas de impermeabilizao e isolao trmica.98. Juntas de dilatao / juntas de dessolidarizao nos forros rgidos (gesso etc).99. Detalhes de fixao / preveno de umidade no forro em funo de infiltrao de gua pela cobertura.100. Adequao da declividade do telhado / sobreposio das peas em funo do tipo de telha especificado, concordncia entre guas, peas de arremate.

    QUESTIONRIO

    1) Vrios so os problemas relacionados ao projeto de uma obra de construo civil.

    Cite cinco dos principais problemas, explicando as possveis implicaes dos erros

    decorrentes destes problemas.

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    2) Considere as afirmativas a seguirI. A maioria das obras efetua modificaes no projeto durante a execuo da obra.II. Normalmente, quando ocorre modificao no projeto, a maioria das empresas faz

    uma comunicao por escrito com o projetista.III. A maioria da obras se inicia antes da concluso de todos os projetos executivos.

    Atribuindo V para a afirmao verdadeira e F para a afirmao falsa, a

    combinao que se associa s afirmaes acima :

    a. F, V, F

    b. F, F, V.

    c. V, F, F.

    d. F, V, V.

    e. V, F, V.

    3) Durante a execuo de uma obra podem ocorrer alteraes. Quais os documentos

    podem ser alterados?

    4) O que significa o termo al built? Quando deve ser realizado?

    5) Os procedimentos abaixo so indicados para uma equipe de projetos, exceto:

    a) Orientar para que cada projetista adote uma referncia de nvel independente em seu

    projeto.

    b) Definir todos os requisitos e parmetros que nortearo o desenvolvimento dos vrios

    projetos (programa de necessidades, padres de acabamento, limitao de custos,

    prazo de construo, tecnologias de construo).

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    c)Prover aos diferentes projetistas todos os levantamentos necessrios

    (planoaltimtrico, cadastral, clima, sondagens).

    d) Definir softwares e outras ferramentas de informtica que facilitem a troca de

    informaes tcnicas entre os projetistas / anlise simultnea de projetos /

    alimentao de dados a partir dos diferentes projetos.

    e) Efetuar, em conjunto com os projetistas, anlise de riscos de engenharia (ao do

    vento, inundaes, incndios ou outros eventos semelhantes na fase de construo).

    6) Quais as vantagens e desvantagens de se ter um Arquiteto como coordenador de

    projetos?

    7) Quais as vantagens e desvantagens de se ter um profissional lidado construtora

    que ser responsvel pela execuo da obra como coordenador de projetos?

    8) Quais as vantagens e desvantagens de se ter um Consultor independente como

    coordenador de projetos?

    9) O coordenador de projetos precisa avaliar a interferncia de um projeto no

    outro, assim como a interferncia do projeto com a execuo dos servios. Avalie as

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    interferncias abaixo, citando como ocorrem as interferncias entre:

    a) Terraplenagem e contenes.

    b) Terraplenagem e fundaes.

    c) Terraplenagem e alvenarias.

    d) Terraplenagem e instalaes hidrulicas/eltricas.

    .

    .

    .

    GLOSSRIO

    ticos- Localizados na parte alta da casa, os ticos so os espaos que se formam na

    ltima laje de uma edificao e em baixo dos telhados inclinados. Eles tambm podem

    ser chamados de stos e caracterizam-se por terem tetos inclinados e baixos.

    as builtAs Built uma expresso inglesa que significa como construdo. Na rea da

    arquitetura e engenharia a palavra As Built encontrada na NBR 14645-1, elaborao de

    como construdo ou As Built para edificaes. O trabalho consiste no levantamento

    de todas as medidas existentes nas edificaes, transformando as informaes aferidas

    em um desenho tcnico que ir representar a atual situao de dados e trajetos de

    instalaes eltricas, hidrulicas, estrutural, entre outras. Dessa forma, cria-se um

    registro das alteraes ocorridas durante a obra, facilitando a manuteno de futuras

    intervenes.

    Buzinote - que so tubos de pequeno dimetro e extenso, que esgotam as guas

    que neles chegam. Normalmente, em marquises, utiliza-se buzinotes para evitar o

    entupimento.

    Caixilhos Peas de contorno, normalmente metlicas, de madeira ou PVC, que ficam

    chumbadas na parede, onde sero encaixadas ou parafusadas portas e janelas.

    Contra-flechas Escoramento realizado para que a forma da laje fique deformada para

    cima de maneira que, aps a retirada das escoras, o movimento de flexo da laje ocorra

    e ela fique nivelada.

    Contra-vergas pequena viga de concreto usada abaixo de uma janela, porta ou outra

    abertura numa parede de alvenaria, para dar resposta concentrao de tenses nessa

    zona e evitar a fissurao da parede.

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    Empuxo - fora resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Pode ser lateral ou

    de baixo para cima. Como tem sentido oposto fora Peso, causa o efeito de leveza,

    por exemplo, no caso da piscina. No caso de muros de conteno, o empuxo lateral

    decorrente do peso da gua pode derrubar o muro.

    juntas de dessolidarizao - o espao regular, cuja funo subdividir o

    revestimento do piso, para aliviar tenses provocadas pela movimentao da base ou do

    prprio revestimento. Situada em mudanas de planos (quinas de paredes tanto internas

    quanto externas) e permetro das reas revestidas.

    Pilaretes pilares pequenos, muitas vezes utilizados para sustentar alvenarias baixas,

    como as de platibandas e muretas.

    Platibandas alvenaria que faz o

    contorno de coberturas, retirando a

    viso lateral do telhado.

    Shafts Espao em uma edificao

    destinado passagem de tubulaes,

    normalmente com estrutura de visita

    (vide figura ao lado).

    Vergas pequena viga de concreto

    usada acima de uma janela, porta ou

    outra abertura numa parede de

    alvenaria, para dar resposta concentrao de tenses nessa zona e evitar a fissurao

    da parede.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    THOMAZ, Ercio. Tecnologia, gerenciamento e qualidade na construo. So Paulo: Editora PINI, 2001.MELHADO, S. B. Qualidade do Projeto na Construo dc Edifcios:Aplicao ao Caso das Empresas dc Incorporao e Construo. Tese apresentada Escola Politcnica da Universidade de So Paulo (doutorado). So Paulo.1994

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